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A Fonte da PALAVRA

Mateus 14, 13-21

13 Ao ser informado da morte de João, Jesus partiu dali e foi, de


barco, para um lugar deserto, a
sós. Quando as multidões o souberam, saíram das cidades e o
seguiram a pé. 14 Ao sair do barco,
Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e
curou os que estavam
doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e
disseram: “Este lugar é deserto e
a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir
aos povoados comprar
comida!” 16 Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora.
Vós mesmos dai-lhes de
comer!” 17 Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães
e dois peixes”. 18 Ele disse:
“Trazei-os aqui”. 19 E mandou que as multidões se sentassem na
relva. Então, tomou os cinco
pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a
bênção, partiu os pães e os deu
aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões. 20
Todos comeram e ficaram
saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos
cheios. 21 Os que comeram
foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e
crianças.
Campanha anterior que tratava da fome
 O objetivo geral: Contribuir para motivar a
comunidade cristã a assumir sua responsabilidade
ante a situação de fome que existe no Brasil.
 Em 1985, realizou-se a Campanha da Fraternidade
com o tema “Fraternidade e Fome” . foi abordado
na Campanha de 1985. Dois grandes eventos
marcaram a Igreja no Brasil em 1985: a realização
do 11º congresso Eucarístico Nacional realizado em
Aparecida (SP) e a Campanha da Fraternidade.
Ambas as iniciativas receberam o mesmo
lema “pão para quem tem fome”. Um dos grandes
temas refletidos foi o cenário da fome apresentado
como “um problema crucial”.
 Na encíclica Fratelli Tutti, o Papa Francisco fala do
escândalo da fome e chama o atual sistema de
assassino: “As crises sociais, políticas e
econômicas fazem morrer à fome milhões de
crianças, já reduzidas a esqueletos humanos por
causa da pobreza e da fome; reina um inaceitável
silêncio internacional” (nº 29).
 O Santo Padre adverte ainda que “a política
mundial não pode deixar de colocar entre seus
objetivos principais e irrenunciáveis o eliminar
efetivamente a fome. Com efeito, quando a
especulação financeira condiciona o preço dos
alimentos, tratando-os como uma mercadora
qualquer, milhões de pessoas sofrem e morrem de
fome… a fome é criminosa e a alimentação é um
direito inalienável”(nº 189).
• Reflexão sobre a temática da fome sob as óticas
dos dados atualizados sobre a realidade, à luz da
fé e da doutrina da Igreja e na perspectiva da
ação pastoral para o enfrentamento do
problema. O tema da fome será abordado pela
terceira vez pela Igreja no Brasil em uma
Campanha da Fraternidade.
• No primeiro momento, vamos VER a realidade
da fome em nosso país e o muito que já se faz no
seu combate.
• No segundo momento, vamos ILUMINAR com a
luz do Evangelho e do Magistério Eclesial este
dura realidade.
• No terceiro momento, refletiremos sobre como
devemos AGIR para livrar a multidão de irmãos
e irmãs que sofrem o flagelo da fome, cumprindo
o mandato de Jesus, que é o lema da CF-2023:
“Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16)”,
disse padre Jean Poul.
VER
a realidade da fome
“Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se
de compaixão por eles e curou os que estavam enfermos”
(Mt 14,14)

Causas da fome
• os fatores climáticos, as guerras e os desastres naturais
de todas as espécies, por mais que sejam, estão longe de
constituir as únicas causas da miséria e da fome.
• Umas das primeiras no Brasil é a sua estrutura fundiária.
• Politica agrícolas perversas
ILUMINAR
com a luz do Palavra

“Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Vós


mesmos dai-lhes de comer!”. (Mt 14,16)

"Sim, eu conheço seu sofrimento" (Ex 3,7)

• Segundo a Escritura, a fome sempre foi um flagelo do povo,


sentido com grande compaixão por Deus. O Antigo Testamento
registra a identidade de um Deus que, a partir do Êxodo, se
revela comunitariamente como o Deus, que vê o sofrimento
humano e age para sua libertação. São inúmeros os textos que
tratam da fome e de sua sociedade, tanto em uma perspectiva
metafórica e espiritual tratando dos anseios humanos por Deus”
quanto em uma perspectiva prática, impelindo à consciência da
partilha e da solidariedade.

• A fraternidade cristã só se torna realidade com profecia e


compaixão — e há que se dizer que, diante da fome, a profecia
começa sendo compaixão para depois tornar-se algum tipo de
ação concreta, individual, comunitária, eclesial e
socioambiental.
AGIR
para transformar a realidade da fome
“E mandou que as multidões se sentassem na relva.
(...) partiu os pães e os deu aos discípulos; os
discípulos os distribuíram às multidões”.
(Mt 14,16)

 A fome nos desafia e desinstala.


 O motor do nosso agir não é outro senão a mística do
segmento.
 A caridade não pode morrer entre nó cristãos
 A fraternidade está em serviço ao próximo.
 O empenho na construção de estruturas sociais justas

A ação de nós cristãos deve contemplar três níveis:


 Assistencial, promocional e sociopolítico
ORAÇÃO DA CAMPANHA DA
FRATERNIDADE 2023

Pai de bondade, ao ver a multidão


faminta, vosso Filho encheu-se de
compaixão, abençoou, repartiu os cinco
pães e dois peixes e nos ensinou: “dai-
lhes vós mesmos de comer”.

Confiantes na ação do Espírito Santo, vos


pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo
novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz;
ajudai-nos a promover uma sociedade mais
solidária, sem fome, pobreza, violência e guerra;
livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.

Que Maria, nossa mãe, interceda por nós para


acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa,
sobretudo nos abandonados, esquecidos e
famintos. Amém.

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