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4.3.

5- Trocando permissões de arquivo

Somente o usuário root (administrador do sistema) ou o usuário dono do arquivo


podem mudar a permissão do arquivo.
O comando a ser usado é o chmod.
Existem duas formas de usar o comando: através de uma forma mnemônica ou
através de uma forma octal.

a) Forma mnemônica

chmod escopo ação privilégio nome-do-arquivo

onde:
escopo – para quem vai ser dada ou de quem vai ser tirada a permissão.
u – para o usuário dono do arquivo.
g – para o grupo dono do arquivo.
o – para outros que não estão no grupo dono.
a – para todos os acima.

ação - + adiciona o privilégio


- retira o privilégio

privilégio – que tipo de privilégio vai ser dado ou retirado


r – leitura
w – gravação
x – execução

Exemplo:
Um arquivo instala.bat que tenha originalmente a seguinte configuração:

rw-r—r-- instala.bat

Para dar permissão de execução para outros:

chmod o+x instala.bat


vai ficar: rw-r—r-x instala.bat

Para dar permissão de gravação para o grupo:

chmod g+w instala.bat

vai ficar: rw-rw-r-x

Para dar permissão de execução para o dono:

chmod u+x instala.bat


vai ficar: rwxrw-r-x

Para tirar a permissão de execução para o dono, o grupo e outros ao mesmo


tempo:

chmod a-x instala.bat

vai ficar: rw-rw-r—

b) Forma octal

Trabalha com 3 valores representando cada tipo de permissão

4 --> permissão de leitura


2 --> permissão de gravação
1 --> permissão de execução

Para combinar as permissões, basta somá-las:

leitura e execução: 4 + 1 = 5
leitura e gravação: 4 + 2 = 6
leitura, gravação e execução: 4 + 2 + 1 = 7

Seguindo o exemplo anterior, teríamos:

rw-r—r-- instala.bat

Para dar permissão de execução para outros:

O usuário dono continua com permissão de ler e gravar = 4 + 2 = 6


O grupo dono continua com permissão de leitura = 4
O grupo de terceiros passa a ter permissão de leitura e execução = 4 + 1 = 5

chmod 645 instala.bat


Obs: para mudarmos a permissão de outros, devemos manter a do dono e do
grupo dono.

Para dar permissão de gravação para o grupo:

chmod 665 (considerando que se queira manter a mudança do exemplo anterior)

Para dar permissão de execução para o dono:

chmod 765 instala.bat

Para tirar a permissão de execução para o dono, o grupo e outros ao mesmo


tempo:
chmod 664 instala.bat

4.3.6 – Pipe e Tee

Pipe | - passa o resultado de um comando para um segundo comando, como input


deste

ls –l | less o resultado de ls –l serve de input para o comando less, que irá


paginar este resultado.

Tee - recebe o resultado de um comando e, além de exibí-lo na tela, salva-o em


um arquivo.

4.3.7 – Listando o conteúdo de um arquivo

Usa-se o comando cat

Exemplo:

cat leiame.txt vai listar na tela o arquivo leiame.txt


Caso o arquivo seja grande, pode-se paginá-lo através do comando less ou do
comando more.

cat leiame.txt | less

O cat também pode ser usado para gerar arquivos texto

cat >> teste.txt

Obs: Caracteres especiais de redirecionamento

cmd1 > log.txt grava o resultado do comando1 para o log.txt, sobrescrevendo-o

cmd1 >> log.txt "apenda" o resultado de cmd1 no arquivo log.txt.

cmd1 < comandos.txt usa comandos.txt como fonte de entrada de comandos


para cmd1

4.3.8 – Encontrando um arquivo

Para se buscar por um arquivo usa-se o comando find

find diretório-início expressão-busca

diretório-início diretório onde começa a busca. Pode ser um caminho completo


ou ponto ( . ) para o diretório corrente.
expressão-busca:
-name nome-do-arquivo especifica um nome de arquivo (ou parte dele) para a
busca.
Ex: find . –name "test*"

-size valorc busca arquivos com aquele tamanho em bytes


Ex: find . –size 100c

-exec executa o comando que vem em seguida


Ex: find . –name test* -exec ls-l

4.3.9 – Procurando por padrões em arquvos

Para procurar por padrões específicos em um ou mais arquivos, usa-se o


comando grep.
Alguns flags importantes que podem ser usados com grep são:
-i para ignorar maiúsculas / minúsculas
-l para listar os arquivos onde o padrão aparece
-n para mostrar a linha do arquivo onde o padrão aparece

Ex:
Para encontrar todas as ocorrências de uva no arquivo teste1
grep uva teste1

Para encontrar todas as ocorrências de uva independente de letras


maiúsculas/minúsculas
grep –i uva teste1

No mesmo exemplo, para mostrar o número das linhas encontradas


grep –i –n uva teste1

4.3.10 – Trocando de diretório

A troca de diretório no Linux é feita através do comando cd


Se estivermos no diretório /bin e quisermos ir para o diretório /apache2, faremos:

cd /apache2

O uso de dois pontos seguidos ( .. ) faz com que troquemos para o diretório
imediatamente acima do que estamos

Ex: /apache/www/htdocs> cd .. nos levará a /apache/www

cd sem argumentos nos leva ao diretório home de nossa conta

/apache/www> cd nos leva a /usr/luiz


4.3.11 – Copiando arquivos

Para copiar arquivos usa-se o comando cp


Para copiar todos os arquivos html do diretório /apache/www para o diretório
/apache2/www, podemos fazer:

cp /apache/www/*.html /apache2/www

Para copiar o arquivo .htaccess de /apache2/www para /apache2, podemos fazer:

cp /apache2/www/.htaccess ..

Para copiar os arquivos .css de /backup para o diretório corrente, fazemos:

cp /backup/*.css .

4.3.12 – Movendo arquivos

O comando usado para mover arquivos é o mv


Seu funcionamento é bem parecido com o cp só que ele remove o arquivo do
diretório de origem.
Ex:

Para mover todos os arquivos do diretório /apache/www para o diretório


/apache2/www, fazemos:

mv /apache/www/* /apache2/www

Para mover o arquivo .htaccess de /apache2/www para /apache2, fazemos:

mv /apache2/www/.htaccess ..

Para mover os arquivos css de /backup para o diretório corrente:

mv /backup/.css .

4.3.13 – Renomeando arquivos

Para renomear arquivos, também usamos o comando mv, só que no mesmo


diretório.
Para renomear o arquivo index.html para index.htm, fazemos:

mv index.html index.htm
4.3.14 – Compactando arquivos

a) GZIP

O arquivo compactado com gzip fica com a extensão .gz

gzip instala --> vai gerar instala.gz

gzip backup.tar --> vai gerar backup.tar.gz

Para descompactar um arquivo gzip, usar gzip –d ou gunzip

gunzip instala.gz --> vai gerar instala

gzip –d backup.tar.gz --> vai gerar backup.tar

b) compress

Compacta arquivos gerando a extensão .Z

compress backup.tar --> vai gerar backup.tar.Z

Para descompactar um arquivo compactado com compress, usar o comando


uncompress

4.3.15 – Fazendo backups com tar

O utilitário tar criar um arquivo compartimento (archive) contendo arquivos e


diretórios. Criado inicialmente para gerar estes compartimentos em fita, ele pode
gerar compartimentos em disco rígido ou mesmo em disquete

a) Criando um compartimento

tar cvf arqbackup.tar /apache --> vai copiar o conteúdo de /apache para dentro

do compartimento arqbackup.tar
onde cvf significa:
c -> cria um novo archive (compartimento)
v -> lista os arquivos a medida em que vão sendo adicionados
f -> salva em disco ou disquete

b) Extraindo os arquivos do compartimento

tar xvf arqbackup.tar

onde xvf significa:


x -> extrair arquivos
v -> listar os nomes dos arquivos a medida que extrai
f -> indica que o arquivo está em disco ou disquete

É possível instruir o tar para chamar o utilitário gzip e compactar cada arquivo
antes de adicioná-lo ao compartimento

tar czvf arqbackup.tar.gz /apache

o z indica a chamada ao gzip

Para extrair os arquivos descompactando-os:

tar xzvf arqbackup.tar.gz

4.3.16 – Criando links simbólicos

Um link simbólico é um ponteiro que aponta para o arquivo físico desejado.


Supondo que exista um arquivo físico chamado instala.bat
É possível criar um ponteiro que, na verdade, não existe fisicamente, funcionando
como um atalho, usando o comando ln –s

ln –s arquivo-original atalho

ln –s instala.bat setup
Ao listarmos o diretório veremos os dois nomes, mas só existe fisicamente o
arquivo instala.bat

Ao usarmos ls –l para listar o diretório, vemos que o tipo de arquivo do link


simbólico é l.
ls –l
-rwxrwxr-x ............. instala.bat
lrwxrwxr-x ............. setup

4.3.17 – Removendo arquivos

Para excluir um arquivo usa-se o comando rm

rm lista.txt

4.3.18 – Removendo diretórios

Para excluir um diretório, usa-se o comando rmdir

rmdir teste

Ou, para excluir o diretório com todos os seus subdiretórios e arquivos, usa-se
rm –rf
rm –rf teste

onde rf significa:
r -> incluir os subdiretórios
f -> não pedir confirmação de exclusão

4.3.19 – Listando processos

Os processos que estão rodando podem ser vistos através do comando ps

ps -> lista os processos do usuário que está com a sessão aberta.


ps –aux (ou ps –ef) -> lista todos os processos

4.3.20 – Montando partições

- Para montar um CD

Criar um diretório para o CD


Ex: mkdir /mnt/cd
Montar o CD-ROM para este diretório
mount /dev/cdrom /mnt/cd

- Para tornar uma partição do Windows visível no Linux

Criar um diretório para a partição no Linux


mkdir /mnt/win
mount –t vfat /dev/hda2 /mnt/win

Obs: como funcionam as partições no Linux:

Supondo uma máquina com dois HDs

/dev/hda – primeiro disco físico


/dev/hda1 – partição primária no primeiro disco físico
/dev/hda2 – partição estendida no primeiro disco físico
/dev/hda5 – primeiro disco lógico na partição estendida
/dev/hda6 – segundo disco lógico na partição estendida
/dev/hdb – segundo disco físico
/dev/hdb1 – partição primária no segundo disco físico
/dev/hdb2 – partição estendida no segundo disco físico
/dev/hdb5 – disco lógico na partição estendida

Podem haver 4 partições primárias ou 3 partições primárias e 1 estendida no


disco.
O Linux reserva os números de 1 a 4 para as partições primárias e/ou estendidas
A partir de 5 são os discos lógicos nas partições estendidas
Tipos de partição no Linux: ext2, ext3, reiserFS

Para desmontar uma partição montada, usamos o comando umount

umount /dev/cdrom

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