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Miguel Torga Biografia

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em São Martinho de Anta,
concelho de Sobrosa, trás os montes a 12 de agosto de 1907 e morreu em Coimbra a 17 de
janeiro de 1995. Emigrou para o Brasil ainda jovem e, quando regressou, em 1925, matriculou-
se na Universidade de Coimbra, onde se formou em Medicina. Durante os estudos
universitários, travou conhecimento com o grupo de escritores que viriam a fundar a Presença.
Por volta de 1930, estava já afastado do grupo, fundando a revista Sinal. Funda, pouco depois,
a revista Manifesto. Começou a ser conhecido como poeta, tendo mais tarde ganho
notoriedade com os seus contos ruralistas e os seus dezasseis volumes de Diário, estes
publicados entre 1941-1995. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu
também romances, peças de teatro e ensaios. Foi várias vezes nomeado para o Prémio Nobel
da Literatura, tornando-se assim, um dos mais conhecidos autores portugueses do século XX.

Miguel Torga- Temática

Analisando o pseudónimo de Adolfo CR, verificamos que esta opção está intimamente
relacionada e não pode dissociar da íntima ligação do homem com a natureza, uma vez que:

Miguel- relaciona-se com Miguel de Cervantes (autor de Dom Quixote) e Miguel Unamuno
(Pedagogo, filósofo e ensaísta espanhol)

Torga- designação nortenha da urze, planta brava da montanha

Podemos considera-lo um poeta mítico que vivia na intimidade das forças elementares: Terra,
Sol, Vento e Água

Torga centra-se em 3 grandes pilares:

1- Desespero humanista (drama de criação poética);

-Preocupação com o ser humano, as suas limitações e a sua necessidade de


transcendência.

2- Problemática religiosa;

- Esperança e desesperança surgem com uma expressão de conflito íntimo que se


desenvolve no interior do poeta.

3- Sentimento telúrico (interesse pelos espaços rurais)

- O telurismo do poeta exprime-se no seu apego à terra, na sua fidelidade ao povo, na


sua consciência de português, de ibérico, no espírito da comunidade europeia e universal.

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