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E no principio havia uma tela a óleo, escuro, vazia de cor e tintura.

Dessa
mesma escuridão se originou os espasmos de cores advindos da ausência de
personalidade e originalidade assim dando à tona uma forma amórfica
criada pela própria escuridão que permeava a todos, uma sensação de
necessidade que o vazio construirá para ter no que trabalhar, e essa forma
amórfica tomou um nome para si, um início de independência quista por
sua própria necessidade, uma palavra fora dita em idiomas interruptos
através do que seria conhecido como TEMPO.

Ao terminar seu pronunciamento das poucas formas que foram ditas aquilo
se tornou realidade e assim se nomeou Huur’Avhar, sendo a primeira
existência tendo consciência própria e contraria a necessidade primal da
tinta a óleo.

Huur’Avhar, A Primeira, tomou liberdade expressar seu descontamento


em estar só esboçando tristeza e solidão, de suas lagrimas vieram riachos e
mares, cachoeiras e lagos, de seus gritos vieram os ventos e brisas, de sua
necessidade de companhia ela deu a primeira luz com o pouco que tinha, a
brisa doce da ventania a acalmava e a agua morna e recente a requintava.

As suas extensões metafísicas, seres quase iguais a ela porém com o


mesmo dom de livre arbítrio para serem o que quiserem e dela surgiram o
numero equivalente ao décimo numero de sua existência, todos com nomes
e razões pré-existência iniciais.

Esses novos seres em comunhão observaram a alegria de sua criadora em


ver o resultado de agora não estar mais só, e juntos cantarão e um coro para
curar suas feridas.

Tal era a música que vinda delas se criarão o firmamento das terras e o
fogo das montanhas, tal era esse fogo que recebeu o nome de Fogo do
Imaterial, matéria prima para que, durante esta canção, criasse a primeiras
obras de muitas por este vasto vazio que agora estaria preenchido pouco a
pouco.

Huur’Avhar, ficou conhecida entre seus familiares como Carnatic, do


idioma Orhamico antigo, e esses ASPECTOS se nomearam; Tallian,
Yanzhou, Oshitet, Sorwen, Criord, Koparalar, Hieme, Ténebris,
Prestad e Agoas.
Carnatic, após sua recuperação e vendo o que seus primogênitos criaram
vos ordenou a criação e preparação da terra e da agua para futuras outras
criações de Carnatic, seres de existência menor.

Cada um foi incumbido com a mesma tarefa de moldar a terra abaixo de


seus olhos da melhor forma possível. Afim de dar um certo conforto para
todos e trazer conforto a sua criadora e matriarca.

Tallian, ficará aturdido pela cantiga recitada eras atrás e agora


parcialmente enlouquecido se recusou a criar algo para algo que nem ao
menos se quer existe, e sendo o primeiro a descer ao céus torturou a terra
com o fogo e o silêncio, trazendo consigo a loucura de um ser tomada pelo
egoísta sentimento de que quem merecia aquela terra era ele e seus próprios
projetos.
Tallian ao tentar e fracassar em dar vida a terra viu que tudo que a de vir
pela vida viria a sua mãe, Carnatic era a detentora de todas as coisas vivas
e não vivas e tolo á de se pensar aquele que tentar usurpar os primeiros
respiros de um recém-nascido destorcido por Tallian.

Tallian, em terra e se sentido repreendido e humilhado por sua mãe, jurou


vingança e chacina a todas as coisas vivas. Assim um a um eles descerão
dos céus para a terra com o objetivo de construção.

Quando Oshitet semeou os primeiros ramos de vida junto de seu igual


Agoas, gerando as primeiras copas de pinheiros entorno dos primeiros
lagos, Tallian cortava suas madeiras com seu olhar invejoso e queimava
suas folhas com a raiva de sua mãe.

Sorwen, erguendo as primeiras bases para seus grandes picos de carregadas


montanhas e minerais, Tallian zombava da lapidação do irmão e de sua
zombaria a rochas rolaram ladeiras abaixo, porém, sem Tallian perceber,
ele ajudou a criar as primeiras moradas e a dar mais personalidade a algo
geométrico.

Koparalar, com permissão de sua mãe, criou as mais belas e inocentes


criaturas que vagariam as primeiras clareiras. Esses seres imortais levariam
as sementes de copas frutíferas e a semeação de pequenas fontes de cores
puras representando a bela forma de Koparalar.
As primeiras aves levando as sementes as derrubaram em terras inóspitas e
com a cantiga de Koparalar elas floresceram se baseando em vossa beleza,
humildade e delicadeza. Tallian ao tocar em algumas das primeiras
sementes as envenenou com sua visão deturpada do que seria belo, assim,
gerando frutos venenosos, flores expelindo um polem venenoso que iria por
ventura adoecer esses seres puros e imortais.
As aves de Koparalar vagaram por várias léguas de distância atravessando
as terras criadas por Sorwen, terras tão distantes que nem mesmo o calor
da presença de Carnatic proveria vida e calor a aquelas terras, e então
Hieme e Ténebris trabalharam lá, criando e moldando estas terras
desprovidas de vida, porém, com persistência as aves de Koparalar
sobreviveram e se habituaram ao clima hostil, criaturas marinhas e
terrestres migrarão para lá e estabeleceram vossa morada no que viria ser a
PRIMEIRA GEADA.

Hieme, se apaixonou por Ténebris e ambos se unirão em amor para tornar


aquelas terras um reflexo do oposto das terras cálidas de seus irmão e
refletindo a tela a óleo acima das primeiras nuvens. Ténebris, envolto com
tamanha beleza nomeou a ESCURIDÃO e espalhou para toda a criação e
junto de Hieme, trouxe frio para equilibrar o calor do coração de Carnatic
que era intenso como uma forja viva.

Prestad foi adotado pelo casal, sendo um aspecto mais jovem e frágil,
pouco a pouco se desenvolveu e trouxe luz a escuridão dos céus e as
nomeando ESTRELAS, uma forma de tanto guiar os aspectos pelo mundo
que estavam criando quanto para iluminar até mesmo na mais pura das
escuridões.

Ténebris amaldiçoou suas construções com a mortalidade perpétua,


Tallian, influenciando no feitiço, atrelou o mesmo para as coisas vivas, os
seres imortais e inocentes de Koparalar, como uma forma de parar sua
propagação de amor e vida pela terra. Mal sabendo Tallian que isso apenas
influenciou a acelerar o florescimento e a ceifa da superlotação dessas
criaturas, pois, as mesmas estavam se tornando uma praga por conta da
grande abundancia.

Tallian, se afeiçoou a Ténebris e compartilhou de seus ideais em criar uma


forma de vida que não viesse de Carnatic.
Ténebris, sendo o mais sábio dos aspectos riu e não compartilhava da
mesma visão de seu irmão, assim irrompendo a primeira discussão entre
seres tão belos e de pura luz.

Desta discussão se criaram raios e trovões que refletiam os insultos


desferidos e ameaças criadas. Sendo estes constructos reflexos de um céu
revoltoso e choroso, pois, Carnatic, ao ver seus filhos brigando entre si,
chorou dez vezes mais do que chorara antes e dos primeiros ventos que
hoje se chamavam nuvens jorravam estas lagrimas na terra e o estrondar
dos raios tomava o brilho dos céus.

E proveniente da primeira morte, a primeira alma estava agora vagando


pelos campos imortais, sem rumo e sem guia, Agoas, prontamente
determinado em guiar aquela alma perdida para seu descanso, seja ele onde
for, abandonando o trabalho de seu reconhecido pai Oshitet.
Oshitet construirá uma embarcação para seu filho Agoas, capaz de
suportar a mais revolta maré de Yanzhou.

Tal embarcação capaz de levar apenas almas perdidas que agora eram
incontáveis. Sabendo que nada que ele falará para Agoas mudaria a cabeça
de seu filho, conversou com Prestad em dar de presente a primeira estrela
HIEME, A ESTRELA GUIA DA ALVORADA, para Agoas para que o
mesmo nunca se perdesse e sempre estivesse iluminado e banhado pela
estrela mais bela e pura existente, Prestad sem pestanejar acatou o pedido
e então Agoas, O Marinheiro; partiu em suas viagens em direção a
ALVORADA, um terra dita por Koparalar ser imortal e perfeita para os
seres mortais, uma terra imortal.

Yanzhou cuidou dos primeiros marés, lagos, riachos e cachoeiras. Ela


ordenou esses seres elementais para se dobrarem perante ela e Carnatic, e
assim o fizeram, mas como todo ser, vez ou outra eram brigões e se
tornavam implacáveis, e perigosos para se navegar ou nadar, e assim foram
até a primeira embarcação ser criada por Oshitet, onde Agoas estaria sendo
abençoado também por Yanzhou a nunca se perder ou ser afundado pelo
mar.

Criord ficou por conta da selvageria e violência de todos os seres,


regrando e cuidando da loucura desenfreada que agora os Linfanos, éguas
que saiam a galopes pela terra pisoteando toda a vida de forma vil e rápida.
Além de Linfanos, outros mais como seres silvestres de Koparalar, e
marinhos de Yanzhou receberam esta violência primal em seu âmago.
Criord agora era conhecido por instaurar a loucura e inquietar o coração de
todo ser vivo e seu temperamental. Tallian se aproveitando disto incutiu
raiva em tais seres para que ele os pudesse ver digladiando uns aos outros
como divertimento para um ser tão vil.

Usando da loucura desenfreada de animais para destruir as florestas,


Tallian agora tentava a todo custo destruir as criações de seus irmão e usa-
las contra eles mesmos, Sorwen, Ténebris e Criord, os mais fortes e
capazes foram de encontro e iniciaram o primeiro conflito direto que ficou
conhecido pelas rachaduras da terra como FOGO E IRÁ, décadas e
combate se passaram e Tallian saiu humilhado e derrotado.

De tal combate a terra agora sangrando jorrava sobre sua planície o sangue
de mil sóis e de montanhas este liquido fora expelindo e jogado em várias
direções junto a várias pedras incandescentes que brilhavam como
Carnatic. Um cenário apocalíptico se assolou sobre a terra e Tallian fugiu,
se escondendo no mais escuro buraco permaneceu e lá pode usar deste
liquido e desespero sobre a terra para criar seu primeiro projeto que por
ventura marcharia sob seu comando acima da superfície e faria esta terra
sangrar uma vez mais.

Passando milênios abaixo das montanhas e criando seres vis e distorcidos


porém sem alma, estas foram as primeiras criaturas a devorar as terras
imortais da criação, seres nomeados VERMES TÉRICOS que eram
insaciáveis e expelindo seus dejetos entre eles mesmos, tais eram esses
minerais orgânicos esmagados pela grande pressão avassaladora de
Sorwen, dando inicio a um metal tão raro, resistente e único quanto
qualquer outro que seria encontrado e usado pelas próximas gerações.

Carnatic, observando a terra preparada para receber suas criações, as


colocou com certa delicadeza sobre os campos de algodão e daquela terra
pés caminharam entre seus ramos e toda a natureza se envolvia entre seus
calos, como se as tivesse abraçando, sendo atraídas por aqueles seres
recém-nascidos.

Porém os mesmos teriam de vagar entre os arbustos e migrar todos juntos


para a ALVORADA, a terra imortal das almas imortais.
Eles observaram aqueles seres de luz, até mesmo Tallian estava lá para os
receber de bom grado e como forma de redenção ofereceu um primeiro
presente, presente esse que seria o poder daqueles pequenos seres os
nomearem, e com muito custo todos mal sabendo falar proferiram uma só
palavra que seria este o nome dos aspectos que agora seriam conhecidos
como KOSTAR, seres iluminados e nascidos das costas dos mares escuros
do abismo infinito.

Os Kostar junto a Tallian, deram presentes, e um a um foram se


apresentando:
Eu sou Sorwen, O Comum, meu presente será estar entre todos e ser
um igual a vós quem buscais conselhos e orientação.
Eu sou Yanzhou, A Implacável, minha dadiva será a benção dos
mares, nenhuma criatura será afligida pelas tempestades e impetuosidade
das mares sem meu contentamento.
Eu sou Oshitet, O Marinheiro, vos dou o dom da criar, todos
criativos terão minhas habilidades de confecção e maravilhas andaram sob
os mares, terra e até mesmo o ar.
Eu sou Criord, O Louco, agraciarei seus corpos com resistência
inigualável, astucia capaz de enfrentar qualquer situação, força para tomar
decisões e garra para segurar sua própria irá em momentos ruinosos.
Eu sou Koparalar, A Amante, lhes darei a empatia e amor por esta
terra que os agracia e os cuidará pelas gerações, bons frutos hão de vir para
saciar suas necessidades e aconchegos, os silvestres se sentarão em
comunhão e se prostarão a sua presença.
Eu sou Agoas, O Navegador, eu prestarei meus serviços pela
eternidade para leva-los a ALVORADA e para as próximas gerações serei
seu capitão em viagens futuras, abençoando-os com minha presença e
espirito, dando-lhes a proteção de olhar para HIEME, A ESTRELA GUIA
DA ALVORADA como forma de orientação pelos mares sem ceifarem a
visão eternamente.
Eu sou Prestad, O Jovem e abraçar-vos-ei com meu amor
incondicional os tratando como meus irmãos e irmãs, oferecendo o calor de
minha morada e de minha cama, minhas ESTRELAS brilharam sob seus
cabelos de linho fino como a chuva prateada que escorre entre os veios das
montanhas para que nunca estejam escondidos e com medo.
Eu sou Hieme, A Fria, em momentos de calmaria e frieza para a
tomada de decisões importantes, adentrarei vossos corações e os esfriarei
com o vento frio da calmaria, e os tornarei fortes através das eras com o
dom da experiencia ao decorrer da vida, meu dom é pouco mas necessário
para que enfim aprendam a lidar com o fogo das emoções. E sempre que se
pegarem aturdidos e derrotados, olhem aos céus admirados pois a
AURORA dos primeiros ventos brilhará mais viva que as ESTRELAS e de
cores únicas.
Eu sou Ténebris, O Ausente e com meus dedos e olhar os incutirei
duvidas e questionamentos, a ausência de crendice e anseio por respostas, o
dom para que busquem suas respostas para questionamentos mundanos,
com as minhas sombras sob suas cabeças e corações, estarão protegidos das
luzes que irradiaram suas peles e as carbonizaram. Minha presença entre
vós será breve e com um lembrete de falecimento, bendito for aquele que
me ver entre as sombras.

Os Kostar, um a um se apresentaram e se dobraram perante os pequenos, e


um deles tomou a frente e se ajoelhou em humildade proferindo “Seremos
seus humildes seguidores, seres da pura luz, e nós os Horovar (Os
primeiros vindos do Orhamico antigo) acataremos suas dadivas, eu sou
Fimusn e liderarei meus iguais em direção aos granitos apáticos de cor
rente ao primeiro mar”.

E assim eles partirão montados em Linfanos, para se encontrarem na


embarcação de Agoas, uma viagem de mil luas havia começado e Tallian,
vendo como seres tão puros e curiosos, abastou-se de reverencia-los e
guiado por uma chama de ideias em seu âmago, agora realizará sua
vontade.
Tallian capturou um a um dos Horovar, cerca de dois quintos das
valências do número original dos que haviam descido dos céus estavam
agora nas gaiolas frias de Tallian, eles foram torturados e condenados pela
curiosidade, pediram socorro e se perguntaram “Kostar Tallian, porque
fazes o que fazes com vossos seguidores? Sentimos dor, frio, fome e
desconforto, nos liberte!”.

Tallian, ignorando suas lamurias e impedindo as ondas de choros dos


Horovar irromperem as brisas das arvores, agora abaixo das terras, estando
no mais fundo buraco sem luz, ele os torturou e distorceu sua aparência
assim ridicularizando e zombando da criação de sua mãe, seres esses que
tendo suas peles queimadas e manchadas pelo frio corte do ferro, seus
cabelos agora caídos ao chão e manchados pela lama e pelo sangue, tendo
suas mentem deturpadas e corrompidas, abaixaram a cabeça e
reconheceram Tallian como seu senhor.
Aqueles Horovar teriam seu coração envenenado pois mesmo pedindo
socorro aos outros Kostar eles não vieram ao seu auxilio e lamuria,
entendendo que Tallian apenas estava vos mostrando que suas promessas
eram falsas e jurando lealdade ao seu verdadeiro senhor, pois ele nunca vos
abandonou, ele sempre esteve ali os ensinando através da dor o que
significa ABANDONO.

O restante dos Horovar chegaram as praia brancas e vislumbraram a


embarcação do Kostar Agoas e subiram seu deque e lá ficaram prontos
para partirem daquela terra que por séculos os recebeu com amor.

Agoas percebendo que o numero previsto era demasiado menor, alertou


Sorwen sobre o aleijo daquele montante, então Sorwen subiu e ficou
incumbido da proteção do navio como tendo seu título dado PRIMEIRO
GUERRIERO DAS ERAS.

A viagem durou oito vezes o valor da caminhada até a embarcação e


Tallian, corrompendo os seres marinhos como antes o fez, os ordenou a
atacar a embarcação de madeira rustica que atravessava seus territórios,
incutindo mentiras em seus pequenos corações abaixo d’agua. E assim a
criaturas marinhas emergiram dos mares revoltos e cobertos por raios.

Sorwen, tendo auxilio de Oshitet, criou a primeira arma que viria a ser
chamada de HYUNVIRAAR, traduzindo do Orhamico antigo seria
Cruceigam, A Eclipse da Alvorada. Desembainhando Cruceigam contra
as criaturas marinhas, Sorwen, com relutância chacinou aqueles serem
manipulados por Tallian, seus golpes eram precisos e tamanha era a força
de Sorwen que abria fendas abaixo dos mares onde prendera aquelas
criaturas marinhas amaldiçoadas pela mentira de seu irmão.

Os Horovar, desenvolvendo o dom da escrita, registraram aquele


acontecimento com desenhos sequencias daquela cena catastrófica ocorrida
nas madeiras do navio de Agoas. Aquilo ficará registrado como um aviso
de que o Kostar Sorwen estará vos defendendo até que um dia os mesmos
possam se defender sozinhos.

Buscando auxilio ainda no navio, pediram com humildade o ensinamento


da esgrima de Sorwen e assim o Kostar detentor de Cruceigam o fez com
orgulho guiou aquela geração do que viria ser chamado de espadachins.
Sorwen e Agoas, ambos Kostar indagados pelo ataque e mergulhados em
duvidas sobre o que teria afetado tais criaturas, voltaram-se aos céus para
se guiar com a estrela HIEME, e vindo dela encontraram seu Norte e um
norte para vos guiar em pensamentos nebulosos, Tallian fez aquilo, mas
será que fez sozinho?

Fimusn, o líder dos Horovar, em meio a cantigas e historias criadas para


preencher a viagem, nomeou com amor e ternura aquela embarcação, tendo
o consentimento de Agoas que aquele nome seria apropriado para tal,
HINIUGAGA, A EMBARCAÇÃO DAS ESTRELAS, e com tais
palavras, as estrelas de Prestad, entusiasmadas com tal nome e dedicação,
desceram aos céus em um instante e se alojaram na polpa do navio, todo o
deque do navio agora estava refletindo uma cor brilhantina para afastar as
sombras e iluminar o caminho.

Hiniugaga chegou ao seu destino, próximo a costa da ALVORADA, eles


desceram, um a um dos Horovar, agradecendo a companhia e o treino que
tiveram, muitos ouviram Sorwen dizer “Apartar-vos-ei das areias brancas
do mar de salina, hão de estar livres para correr sobre as gramíneas e
proliferar-se sem medo de tentações pois eu estarei os protegendo,
espalhem-se para todos os cantos e vivam livres, senhores do Monte-
Livre”.

E com o passar das eras os Horovar se multiplicaram e migrarão pela terra


abençoada, seu numero com o passar dos anos só aumentará.

Tallian, tendo seus pequenos Horovar corrompidos, de pele negra como o


carvão e cabelos de linho fino do algodão, pupilas imitando as cinzas do
primeiro embate, e orelhas atentas para ouvir as malicias de seu senhor,
Secus-Horovar eram agora aqueles seres distorcidos e queimados pelo
fogo do ódio.

E como ervas daninhas, se multiplicaram naquela terra que depois de tanto


tempo e com um certo abandono dos Kostar, se tornou menos magica e
mais comum, vagando e saqueando aquelas terras, assassinando os animais
em prol de necessidade, treino ou diversão.

Ele mancharam a terra com o sangue e isso marcou para todo o sempre sua
pele, nem a mais pura luz perfurara camadas de fuligem e cicatrizes.
Sorwen junto dos outros Kostar, sabiam que Tallian estava por de trás do
ataque porém agora teria de tomar certo cuidado e ternura com a terra para
não a machuca-la e nem mesmo atingir os pequenos Horovar.

E foram caça-lo como se fosse um animal, e assim o fizeram. Tallian,


abaixo da terra estava construindo sua fortaleza de ferro e aço vulcânico, e
das fundações da terra tamanha era a construção e rasgará os céus e feria a
terra de um machucado que ela não poderia mais se curar. Tallian
nomeando ela de Pratsu-is’rd, e lá estava armando e ensinando a arte da
guerra as seus soldados, porém vendo ao longe que seus irmãos estavam
vindo em seu cativo, Tallian escondeu a fortaleza entre as primeiras
montanhas, passando a construir outro posto avançado ao sul daquele
planeta que por muito estava sem nome, e pela primeira vez fora dito por
Tallian “viajarei ao sul, contrariando ao norte da terra de HOMINIS, e lá
estenderei meus domínios, estão agora seu senhor para comandá-los,
contudo, se escondam e me aguardem, meus filhos”.

Uma terra, mais magica do que todas as outras, cenário do primeiro embate
e agora tendo uma fortaleza para se abrigar da chuva que virá, Tallian, se
escondeu atras de muros e torres, soldados, e seus irmão chegaram c lá se
iniciou a guerra conhecida como A ULTIMA CENTELHA, todos os
Kostar estavam lá, guerreando e dando o melhor de si contra o mais forte e
caído irmão, enquanto Sorwen o subjugava com Cruceigam, Prestad
derramou o fogo dos céus sobre aquela terra, devastando a vida corrompida
por Tallian, deixando apenas areia fina e dourada para trás.

Criord, foi de encontro contra Tallian, usando seus punhos, mas o mesmo
teve seus ouvidos arrancados, olhos retirados e língua cortada, como ultimo
recurso, usando da selvageria dos animais, tomando uma forma demoníaca,
quimérica enlouquecida, Tallian o prendeu aquela forma para todo o
sempre.

Ténebris, o prendeu em sombras e Yanzhou cortou o ligamento de seus


braços, expondo-o ao calor das estrelas de Prestad, assim derretendo sua
pele e queimando seu corpo belo.

Ela o perfurou e o fez pagar mil vezes a profanação dos mares junto de seus
irmãos. Antes de ter sido derrotado, se escondeu na catacumba mais escura
do abismo mais escuro.
Criord, Ténebris, Yanzhou, Sorwen, Agoas e Hieme foram atrás do
covarde e de lá se depararam com uma revoada criada por Tallian, um
enxame de Dragões Demoníacos de nascimento prematuro, porém todos
jovens foram destruídos e Tallian fora subjugado e levado a CORTE DAS
ESTRELAS.

Carnatic, sendo aconselhada por Oshitet, e recebendo as diversas queixas


de Tallian que, com o passar dos anos nada mais foi feito a não ser
atormentar os Horovar. Tallian barganhou com seu perdão sujo e coberto
de lodoso, porém intrinsicamente, ele queria chorar, mas as queimaduras
que Prestad causou sob sua forma física não mais permitiam isso, e um ato
fracassado e simples de chorar ele falhou, mas transpareceu o perdão de
uma vida de erros.

Carnatic o castigou mesmo assim com o serviço de antes, porém com a


supervisão de Ténebris, e Oshitet.

Do campo de batalha nas terras do sul o estrago era tamanho que se


levantou 22 picos vulcânicos, cada um jorrando e expelindo rochas
derretidas, como se a terra estivesse chorando ou sangrando, aquilo estava
se espalhando tão rapidamente, a onda de calor e destruição, que Hieme,
sem pensar duas vezes, tendo o auxilio de Yanzhou, congelou aquela terra
incessantemente parando e obstruindo as saídas, agora eram picos nevados
e altos, e no meio de tudo isso, aquela terra atormentada residiu magia, e
vida selvagem nunca antes vista, claro que com o toque de Carnatic aquilo
poderia vir a ser real, e então, Oshitet teve uma ideia.

Oshitet se ajoelha perante Carnatic e diz -Agraciado estou perante minha


criadora e com humildade me prosto perante sua persona. Mãe, terias tua
benção comigo para então entrar em comunhão com a terra para criar uma
vida, diferente de seus projetos magníficos, mas de extrema importância-

Carnatic se ajoelha como uma igual a seu filho e responde -Minhas obras
não hão de ser magnificas ou perfeitas, elas são simples e corriqueiras,
feitas de forma imperfeita e bela, tu terás minha benção e compaixão,
permissão para criar tão vida que reside de ti e de suas ideais-

Oshitet com a força das arvores em sua mão esquerda, o fogo da paixão e
vida na mão direita, e todo o projeto esquematizado na sua cabeça, decidiu
onde construirá seu projeto máximo, e decidiu, entre as montanhas.
Lá de dentro de quilômetros de espessuras de granitos, rochas e minerais, o
martelo de Oshitet, O Sábio, trabalhava, o nome de tal ferramenta era em
homenagem a seu filho Agoas, que partiu em busca de guiar a vida mar a
fora, esta ferramenta irá replicar a implicância de Agoas, teimosia e rigidez
para o mal e os maus hábitos.

Usando a bigorna Hyingv, o metal mais puro da terra, tendo o brilho das
estrelas de Prestad para o auxiliar na escuridão e a benção de Carnatic,
ele começou, dos pinheiros vieram os cabelos castanhos, rufos, enegrecidos
e até mesmo louros, do material surgia a pele resistente como aço e teimosa
como Agoas, porém, por erro de Oshitet, a falta de material foi evidente
pois a estatura daquela primeira criatura era abaixo da média.

Pensando ter fracassado, o mesmo foi mergulhado por um numero infinito


de possibilidades daquele projeto ser o que Carnatic dissera, ecoando em
sua mente (Minhas obras não hão de ser magnificas ou perfeitas, elas
são simples e corriqueiras), ele entendeu o que exatamente tinha criado e
continuou.

Colocando o fogo da vida em seus corações, uma pitada da personalidade


de Agoas e o requinte extremo de perfeccionismo e cobiça de seu criador
por joias raras, projetos, construções e realizações de constructos como
pitada final.

Aquele ser acordou como se fosse um dia qualquer, por conter


conhecimento prévio e um carisma inigualável ele conversou com seu
criador “Ora bolas, estou tão vivo como os vermes abaixo de meus pés,
meu senhor, não fique parado aí, me ensine seu dom e o ajudarei a
construir meus irmãos”, Oshitet, vendo a audácia do anão relembrar seu
filho, sorriu e o abraçou, dizendo “Claro, meu amado filho” e juntos deram
seguimento a aquela civilização.

Ao leste do esparso mar azul, na orla das praias de uma terra outrora criada
por seus irmãos, Yanzhou caminhou sob os grãos de areias e com muito
pesar refletiu sob os últimos acontecimentos envolvendo seus irmãos e
como seu trabalho foi violado.

Jurando perdão a todas as coisas, tendo a permissão dos ventos, da terra, do


fogo e dos ventos primordiais, Yanzhou, brandiu seu dedos em uma dança
e seus pés de tanto caminhar agora calejados acompanharam o ritmo.
Tal era a dança que os elementos primordiais da criação se manifestarão
em fitas de tinta e tecido vivo, acompanhando os passos de Yanzhou que
comandava aquela apresentação sem plateia.

De pequenos gestos e fintas, emanaram fagulhas de uma chama azul.


Tomando a forma de pétalas de um Lírio Azul, aquelas fagulhas tomaram
forma conforme a dança de sua senhora, Carnatic deu três flâmulas da
chama incolor da criação a Yanzhou para a auxiliar em sua obra e assim
ela o fez, com muito esforço e cuidado, as fitas tornaram-se matéria viva e
não viva, algo único, de sua cor, muitos seres distintos de pele e estatura,
de tipos e jeitos únicos.

As pétalas adentraram seus corpos e lá se alojaram, ao incinera-los com as


flâmulas eles se tornaram sencientes e únicos, porém, por ter três décimos
da chama original, eles nasceram primitivos e não muito dotados de
sabedoria e inteligência. O Lírio Azul simbolizaria a esperança e o espirito
coletivo daquela civilização recém criada, algo que mais tarde eles irão
entender o que é.

Os primeiros vindos seriam nove, um número impar associado ao


altruísmo, à espiritualidade e à fraternidade. Como se trata de um número
de pessoas que conseguem entender ambos os lados, espiritual e material,
representa a realização total do homem em todas as suas aspirações,
oferecendo o atendimento de todos os seus desejos.

Yanzhou os nomeou Homem e Mulher, e disse em decoro e sentido rítmico


“Vós sois de Yanzhou, e Yanzhou de Carnatic. Caminhais sobre a terra e
dominais sua selvageria. Abençoar-vos-ei com todas as bençãos de meus
irmãos, vivei e prosperai.”

Eram 4 homens e 5 mulheres, e se deram continuidade com novos


herdeiros e eles caminharam sobre a terra por diversos caminhos e se
multiplicaram como planejado. O Leste agora era o berço da criação do
homem, uma terra cheia de frutas e vida, algo digno para seres tão
humildes.

Yanzhou tratou agora de cuidar tanto dos mares como da terra do Leste,
onde seria conhecida por dois títulos A TERRA DA CEREJA e ONDE O
SOLTICIO NASCE.
Prestad, nas terras do norte, envergonhado pelo feito creditado a ele nas
terras do sul, partiu em reclusão até sua vergonha, e lá onde a terra agora
era dourado e arenosa, onde havia a marca do primeiro combate contra
Tallian, de lá, agora seus montes não mais jorravam magma, agora
acumulava a neve de sua mãe, os 22 picos formavam quase que uma cadeia
para o que surgiria ali.

Vendo que a maior parte das estrelas morreram em prol de um “bem


maior”, Prestad reuniu o calor das primeiras era com a frieza de sua mãe.
Criou um globo de luz dez mil vezes maior que HOMINIS que era o nome
dado a terra abaixo de seus pés, de cor amarelada, ofuscante e igualmente
cálido, lançando este globo aos céus, ele se expandiu e assim deu segmento
a sua rota, a cada 24 horas ele dará as caras uma vez mais aonde quer que
você esteja.

E para igualar, um globo de material sólido e sendo metade do tamanho de


HOMINIS foi criado, tendo propriedades sobre os mares e a vida, trazendo
o descanso e frieza, uma esfera álgida de cor branca e azul. Prestad
lançou-a em direção igual a Solínes, ordenando a Luari para segui-lo, não
importando o que, e assim, ela brilha uma luz fraca e revigorante, até
mesmo na escuridão da noite.

Prestad olhou para os céus e se pegou pensando como estaria seu irmão
Tallian preso, zelando por seu cuidado.

Tallian, agora preso, em posição de joelhos, coluna levemente curvada em


direção ao chão, tendo seus braços abertos em direções de leste a oeste, e
seu pescoço retido por grilhões, assim como o resto de seu corpo.
Matutando sobre como sairia dali, e se suas ideias permaneceriam como
ordenado, os Secus-Horovar saíram de suas tocas e se misturarão com as
futuras sociedades que hão de existir, prontos para se rebelarem, por mais
que esqueçam quem são e o que são, seu senhor irá chamá-los mais uma
vez para a guerra, e mais tarde uma versão mais bruta e vigorosa dos
Secus-Horovar emergiria da lama, seres de pele, por ventura verde,
marrom e cinza, e seus derivados, todos sendo vermes criados da lama de
seu senhor, a mesma lama onde ele pisou e cuspiu.

Os Hur-Horo’a Vorar emergirão da terra e ela será saqueada e profanada


por eles de pele verde, escravos eles são e permanecerão sendo, seu mestre
ordena que sua existência seja assim.
Dos ovos das feras aladas agora, tendo a maioria sendo morta, os
poucos sobreviventes revoaram e se esconderam entre as montanhas,
uma versão mais fraca e ínfima de seu poder surgiu, como planejado,
um ser humanoide de características semelhante a seus semelhantes,
sendo um aleijado sem asas, sua procriação é como uma praga,
porém igualmente lenta.

Quando Tallian voltar a castigar esta terra mais uma vez, um entre
muitos, aquele que nascer com a marca do dragão, a fera alada de mil
sois, adotara o nome de Rod, e governaram como mão de ferro sobre
os céus e será a mão esquerda de Tallian, tal chamado será
respondido.

E o ultimo pensamento vago é que Criord, ferido e fraco, agora


infectado pela ódio e pela servidão, mesmo não sabendo, aos poucos
se tornará, um servo de Tallian, ele será a mão direita de seu senhor,
e sua vinda está escrita nas estrelas. Quando Criord ressurgir e
queimar esta terra no ano septingentésimo quadragésimo sétimo.

O seu grito será ouvido por todos e queimará como brasa viva o
corpo físico e espiritual de todo ser vivo, exceto os Kostar, Tallian
planeja fazer isso para dar estopim, como uma forma de “tambores
do apocalipse” e está previsto que Sorwen intervirá e ao fazer isso se
mostrará para os homens, e lentamente suas forças se moveram pela
terra.

Tomado pelo ódio, seu pensamento se foca especialmente em um


ato, matar Sorwen e sangrar os céus primeiro, para depois subjugar a
terra. Ténebris e Koparalar sentem malicia de dentro do cativeiro
de seu irmão e de certa forma, descobriram como parar ou impedir
esse suposto “chamado” de Tallian.

Ao persuadir e usar de magia antiga, adentraram na mente retorcida


de Tallian, buscando algo e acharam um epitáfio num suporto
cemitério, algo projetado pela sua mente onde diz “O ser marcado,
ao proferir nosso idioma, sobre ao condições de guerra e violência
perturbando os mortos, destrancará meu cativeiro e cavalgará o
Línfano Be-lock, como minha mão esquerda.”
Koparalar, rapidamente, ceifou o conhecimento sob cento e vinte
pés abaixo da linha estável equivalente a nulo, nenhum outro ser nem
vivo e nem morto terá mais o dom de ler ou falar o Orhamico antigo,
se esquecendo da habilidade de aprender ela não o fez, um erro fatal
ou até mesmo provocando o próprio destino.

Todo o conhecimento estará marcado em um livro de cento e vinte


paginas de papiro antigo, encapado pelo magma e pela terra, tendo
seu título escrito na língua comum dos homens, um título tentado
para afastar mas lido com soberba será atrativo aos gananciosos.

Koparalar, pediu a todos os seus irmãos não falarem mais sequer


uma silaba qualquer de vosso idioma para os ventos, pois até ele
possa estar envenenado assim como tudo aquilo criado por ele após a
prisão de Tallian.

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