Você está na página 1de 8

JAMILE OLIVEIRA LOPES

MARIA EDUARDA CASSIANO


MARIANA IZABELY RODRIGUES LEMOS
SARAHLUZ ROMBOLI SAMPAIO
VITÓRIA DA COLL
YASMIN DA SILVA FIRMINO

IMIGRAÇÃO

Primeiro trabalho do primeiro bimestre


apresentado à disciplina de Sociologia do
segundo ano F do Ensino Médio ministrado
na Escola Estadual Doutor Américo
Brasiliense no ano de 2023 período da
manhã.
Profª. Joseneide Santana

SANTO ANDRÉ
2023
1. PERGUNTAS INDIVIDUAIS

1) A minha família já migrou, imigrou ou emigrou?


2) A quanto tempo ela (família) está aqui (bairro, cidade, país)?
3) O que eu sei sobre o passado da minha família?

JAMILE OLIVEIRA:

Resposta 1 - Sim, a minha família mudou de estado;


Resposta 2 – Está há mais de 35 anos;
Resposta 3 - Sei que meu pai e seus familiares moravam no Pernambuco, numa
cidadezinha chamada Afogados da Ingazeira; temos terreno até hoje lá, que parentes que
ainda vivem na região cuidam. O dono das terras era meu avô, senhor Domingos, que
chegou a vir para São Paulo, mas com uma doença avançada decidiu passar seus
últimos momentos no seu estado, voltando para Afogados. Depois de um tempo meu
pai, meus tios e minha avó vieram para São Paulo, e até hoje moram em Santo André;
nunca mais retornaram para lá, mas o contato com os parentes, mesmo que raro, ainda
existe. Minha avó de parte de mãe é de Minas Gerais, mas desconheço a trajetória delas
até aqui.

MARIA EDUARDA CASSIANO:

Resposta 1 - Sim, a minha família já migrou;


Resposta 2 - 36 anos;
Resposta 3 - Sei que eles migraram para uma melhor oportunidade de vida.

MARIANA IZABELY RODRIGUES LEMOS:

Resposta 1 - Apenas me mudei de bairro e cidade. Minha família sempre morou em São
Paulo, mas já moramos no interior do estado também;
Resposta 2 - Faz 12 anos que estamos em Santo André;
Resposta 3 - Minha família nunca viu necessidade de mudar de estado ou país, só
quando meus pais se separaram que minha mãe veio para Santo André fazer a vida dela
longe dele.
SARAHLUZ ROMBOLI SAMPAIO:

Resposta 1 - Minha curta família (isto é, apenas aqueles que moram na minha casa e
estão presentes na minha vida integralmente) já mudou de estado, bairro e cidade. Os
familiares de parte paterna e materna, junto aos meus ancestrais, mudaram também de
país;
Resposta 2 - Minha mãe nos trouxe a Santo André fazem 15 anos;
Resposta 3 – Por parte paterna, minha avó tem descendência indígena e meu avô
espanhola. os dois se conheceram e vieram de Minas Gerais há muito tempo,
construindo sua família de quatro filhos, nove netos e seis bisnetos aqui em São Paulo;
apenas os familiares do meu avô vieram o-acompanhar. Por parte materna, minha avó
tem descendência Iugoslávia e espanhola, e meu avô italiana. Os dois nasceram em São
Paulo, e apesar das várias mudanças de cidade (indo de litoral a centro) e construíram
sua família aqui, de três filhas e quatro netos. Meu padrasto, que apareceu na história da
minha vida a uns onze anos, nasceu no Paraná, junto com sua mãe e seus quatro irmãos.

VITÓRIA DA COLL:

Resposta 1 – Sim;
Resposta 2 - 47 anos;
Resposta 3 - Os dois lados migraram de Minas Gerais. Meu bisavô de parte de pai era
descendente de Italiano e minhas duas bisavós de parte de pai eram descendentes de
indígenas, segundo minha avó.

YASMIN FIRMINO:

Resposta 1 – Sim, meu bisavô veio de Alagoas pra São Paulo com a sua esposa e filhos;
Resposta 2 - Faz 47 anos que estamos neste bairro;
Resposta 3 - Minha descendência materna é de Portugal e a paterna é Italiana.
2. PERGUNTAS PARA O ENTREVISTADO

1) Você sabe como se deu a imigração, a emigração ou a migração da sua família?


Resposta: A migração de estado inicialmente foi feita pela minha mãe, depois fui eu e
por último a minha irmã, quando saímos de Salvador para São Paulo.

2) O que você sabia da cidade/ estado/ país de destino?


Resposta: Sabíamos que era um lugar que fazia muito frio e também era a terra da
oportunidade.

3) Há quanto tempo está no lugar (bairro, cidade, país)?


Resposta: 36 anos.

4) Sentiu-se estrangeiro ao chegar? Ainda se sente estrangeiro?


Resposta: Sim, mas no momento não me sinto mais, mesmo mantendo as minhas raízes.

5) Já pôde voltar ao lugar de origem? Se sim, como foi essa volta?


Resposta: Sim, uma vez voltei para rever os familiares que ficaram uma viagem de lazer,
foi muito gratificante poder rever os mesmos e a evolução da cidade natal, outra vez
quando voltei para trabalhar e pude rever os mesmos.

6) Já sentiu vontade de voltar para o lugar de origem? se sim, por que ficou?
Resposta: Sim, por que aqui tive mais oportunidades de trabalho.

7) Qual era ou é a religião da sua família? E se ela mudou?


Resposta: Éramos católicos, a da minha mãe e irmã mudaram, elas fazem parte da
congregação cristã do Brasil e eu tenho fé em Deus.

8) Uma lista de gírias, expressões regionais, termos usados no seu local de origem que
diferem dos usados de onde você vive hoje.
Resposta: Barril (tenso), se pique (saia), lá ele (eu não/Deus me livre), crocodilagem
(enganar), éniuma (deixe estar/vai ter troco), boca de me dê (pessoa pidona), vú (viu),
bater uma baba (jogar futebol), migué (mentira), brocou (mandou muito bem), bora
(vamos sim), pronto (tudo certo).
9) Tipos de alimentos que eram comuns no seu local de origem e se hoje continua
utilizando esses alimentos e como faz para adquiri-los aqui. Houve adaptação de antigas
receitas e a incorporação de novas aqui? Como alguns pratos que não comiam ou que
não conheciam que foram introduzidos no seu dia a dia?
Resposta: Acarajé, vatapá, caruru, feijão de leite, mariscada, dentre outros. Continuamos
utilizando os alimentos e encontramos os ingredientes necessários em casas do norte;
aqui os pratos que não conhecíamos fomos descobrindo através de restaurantes, e
tentávamos reproduzir em nossa própria casa.

10) Nos costumes, você usava alguma peça de roupa ou acessório diferente? as
brincadeiras, as festas típicas, danças, maneiras de se cumprimentar? As festas eram
diferentes como as daqui?
Resposta: As roupas não se diferenciavam. As brincadeiras, as festas típicas, danças,
maneira de se cumprimentar soam diferenciadas até o dia de hoje, as festas de carnaval,
são João dentre outras são totalmente diferentes das daqui.

11) Tem alguma história engraçada ou triste sobre a adaptação no novo lugar?
Resposta: Na chegada a são Paulo fomos visitar uma família que era conhecida da minha
mãe e acabei falando algumas palavras que falávamos quando morávamos na Bahia e
para o pessoal eram palavrões e o pessoal era da congregação.

12) Como você conheceu sua esposa e construiu sua família?


Resposta: Conheci ela através do irmão dela porque jogávamos futebol juntos, e aí
começamos a namorar daí mesmo e tivemos duas filhas e acabamos nos casando.

13) Em qual cidade você se estabeleceu quando chegou para São Paulo?
Resposta: Me estabeleci em São Paulo mesmo.

14) Você continuou os estudos? Fez alguma faculdade? Se sim, do que?


Resposta: Sim, fiz faculdade de logística e hoje em dia faço pós graduação em TI.
3. REDAÇÃO

Meu nome é Maurício, tenho 45 anos e migrei da capital da Bahia (Salvador)


para São Paulo com 18 anos, vim para esse estado por querer novas oportunidades e
mais condições para viver a vida. Vim acompanhado da família, mesmo que em tempos
diferentes: primeiro minha mãe veio para cá, depois eu vim, e por último chegou a
minha irmã. Minha mãe sempre trabalhou muito para nos dar do bom e do melhor.
Ao chegar aqui acabei me sentindo estrangeiro pelas diferenças culturais que
minha terra (Salvador) tem com São Paulo, e apesar de hoje em dia já não me sentir mais
assim, continuo mantendo as raízes que criei na cidade, frequentando casas do norte e
escutando músicas locais. Sobre as diferenças culturais, o dialeto foi um dos principais
pontos que me chocou, pois além das gírias serem diferentes, há palavras que aqui são
consideradas insultos e lá na Bahia são palavras cotidianas, usadas normalmente.
Uma vez voltei para rever os familiares que ficaram em uma viagem de lazer, foi
muito gratificante poder revê-los e ver a evolução da cidade natal. Pude encontra-los
outra vez quando precisei trabalhar nos arredores da grande capital baiana. Em questão
da religião, eu e as duas familiares que partiram comigo do estado da Bahia eram
católicos, hoje, apenas a religião da minha mãe e irmã mudaram, já que hoje frequentam
a Congregação Cristã do Brasil.
Após alguns anos da mudança, conheci o irmão da minha mulher Ana Paula
enquanto jogávamos futebol, e comecei a ter contato com ela através dele. Atualmente,
nós temos duas filhas, Maria Eduarda e Alicia, e bons vinte anos casados. Apesar do
amor ao restante da família e da adaptação com a cultura daqui, não voltaria a minha
cidade natal para morar, pois lá não tem tanta oportunidade quanto aqui, e acredito que
não seja um lugar que compensa tanto morar com uma família grande, mas nunca
perderia minhas raízes e jamais esqueceria da história do meu estado e da minha cidade
natal, Salvador.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIRETORIA DE ENSINO DE SANTO ANDRÉ
ESCOLA ESTADUAL DOUTOR AMÉRICO BRASILIENSE

JAMILE OLIVEIRA LOPES


MARIA EDUARDA CASSIANO
MARIANA IZABELY RODRIGUES LEMOS
SARAHLUZ ROMBOLI SAMPAIO
VITÓRIA DA COLL
YASMIN DA SILVA FIRMINO

IMIGRAÇÃO

SANTO ANDRÉ
2023

Você também pode gostar