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7.

VENTILADORES
INTRODUÇÃO

Ventiladores são máquinas de fluxo geradoras que transmitem a energia mecânica recebida do eixo para o
fluido (gás). Seu funcionamento é similar às bombas, sendo a principal diferença a de que o fluido que recebe
energia é um gás.
São usados em sistemas de ventilação e têm a função de conduzir os gases entre dois ambientes,
reservatórios, equipamentos, dispositivos, etc. Além dos sistemas de ventilação, podem ser aplicados na
movimentação de ar ambiente (ventiladores de coluna, de teto, etc), no controle de temperatura e umidade para
conforto, no controle de contaminantes, entre outros.
Sistemas de ventilação aplicados no condicionamento de ar (refrigeração, aquecimento, exaustão, filtragem,
renovação, diluição de poluentes, etc) em ambientes residenciais, comerciais e industriais constituem grande parte
das unidades em uso. Os ventiladores usados nessas instalações são, geralmente, de baixa pressão, isto é, não
transferem energia suficiente para impor uma variação apreciável de densidade do fluido de trabalho (gás). Além
disso, o escoamento nestes sistemas tem velocidade relativamente baixa. Sob essas condições o escoamento do ar
(e outros gases) pode ser tratado como escoamento de um fluido incompressível, o que facilita bastante a análise e a
torna similar à do escoamento de líquidos em tubulações.

CAMPOS DE APLICAÇÃO

Existe uma ampla gama de ventiladores que podem ser usados em um espectro grande de aplicações, o que
torna difícil definir as melhores máquinas para cada caso, sendo que em alguns desses vários tipos podem ser
usados. Pode-se ver na Figura 7.1 a faixa de utilização de cada um deles.

Figura 7.1 – Campo de aplicação de ventiladores e compressores (HENN, 2006, p.30)

Para efeito de nomenclatura, será denominado ventilador (fan) a máquina que trabalha com gás onde a
alteração da densidade entre a admissão e descarga é tão pequena que o gás pode ser considerado um fluido
incompressível (diferenças de pressão até 10kPa ou 1000 mmca). O compressor (compressor) também trabalha com
gás, porém a alteração da densidade é significativa e não pode ser desprezada. Pode-se denominar ainda de
soprador (blower) a máquina que trabalhe numa faixa de diferença de pressão entre admissão e descarga da ordem
de 10 a 300 kPa (1000 a 30000 mmca).

7-1
A ASME (American Society of Mechanical Engineers) limita o campo correspondente aos ventiladores aos
equipamentos que gerem um acréscimo máximo de 7% na massa específica do ar em sua saída.
Considerando o processo isentrópico:

pv k  cte  p  cte. k
Diferenciando a equação acima:

dp  cte.k. k 1d
Dividindo a segunda equação pela primeira
dp d
k
p 
Supondo a pressão atmosférica de 101.300 [Pa], a razão de calores específicos (k) para o ar de 1,4 e uma
variação de massa específica (dρ/ρ) de 7%:
p  
k  p  pk  101300.1,4.0,07  9927,4[ Pa ]  1,012[mca]  1.000[mmca]
p  
Confirmando que a classificação inicial dos ventiladores está de acordo com o que preconiza a ASME.

Classificação dos Ventiladores


As formas de classificação dos ventiladores variam bastante, podem ser classificados de acordo com a forma
do rotor, formas das pás, número de rotores, entre outros. A seguir são exemplificadas algumas classificações.

Quanto à forma do rotor

 Centrífugos (radiais): a partícula gasosa tem trajetória sobre um plano praticamente normal ao eixo (
Figura 7.2). O fluxo de gases é direcionado para uma única saída. O motor é
ligado diretamente ao rotor ou ligado a este por meio de polias/correias;
 Hélico-centrífugos: partícula tem trajetória em superfície de revolução cônica cuja geratriz é uma
linha curva;
 Axiais: a trajetória da partícula é paralela ao eixo do rotor (Figura 7.2). São os mais comuns para uso
residencial, ventilação em computadores, entre outros. No caso “a” não há duto de ventilação. No
caso “b” o ventilador está no duto, e o ventilador é dito do tipo tubo axial, e no caso “c” além do
duto há aletas (fixas) para direcionar o movimento após o rotor, o que melhora o rendimento, nesse
caso o ventilador é chamado de “vane axial”.

1 2
Figura 7.2 – Ventiladores axiais Figura 7.3 – Ventiladores radiais

1
http://www.mspc.eng.br/fldetc/topdiv_vent_10.shtml
2
http://www.mspc.eng.br/fldetc/topdiv_vent_10.shtml
7-2
Quanto à forma das pás em ventiladores centrífugos

As formas de pás utilizadas em ventiladores centrífugos são mostradas na Figura 7.4 e suas características
são descritas a seguir:

 Pás radiais retas: ventilador robusto; movimenta grandes cargas de partículas (em suspensão); trabalho
pesado; e rendimento baixo. É apresentado na Figura 7.4, item “a”.
 Pás inclinadas para trás (curvas): apresentado na Figura 7.4(b) é usado para gases limpos; silencioso; bom
rendimento; potência auto limitada; e alta pressão.
 Pás curvadas para frente: mostrado na Figura 7.4(c), usado para alta pressão; bom rendimento. Permite
vazões mais altas com menores diâmetros. Não é adequado para gases com partículas abrasivas ou
material pegajoso.
 Pás curvas de saída radial: Mostrado na Figura 7.4(d). Usado para alta pressão e grandes vazões. Bom
rendimento.
 Pás perfil de asa: mostrado na Figura 7.4 (e). Usado para ar limpo, baixo nível de ruído, tem bom
rendimento.

3
Figura 7.4 - Forma de pás de rotores radiais

Segundo o número de entradas de aspiração do rotor

 Simples aspiração
 Dupla aspiração

Segundo o número de rotores

 Simples estágio (1 rotor)


 Duplo estágio (2 rotores no mesmo eixo)

Quanto à pressão

 Baixa: até 200 mmH2O


 Média: 200 a 800 mmH2O
 Alta: 800 a 2.500 mmH2O
 Muito Alta: 2.500 a 10.000 mmH2O

Obs. o aumento de pressão provocado pelos ventiladores na maioria dos sistemas de refrigeração e ar condicionado é
geralmente inferior a 300 mmH2O.

3
http://www.mspc.eng.br/fldetc/topdiv_vent_10.shtml
7-3
A Tabela 7.1 mostra alguns ventiladores e suas características. Nesta tabela os sub índices dos raios indicam
o raio de entrada (4) e o raio de saída (5).

Tabela 7.1 – Tipo, nome e características de alguns ventiladores

Tipo Nome Nr. de Características Conhecido por


estágios
Baixa pressão: ~ 150 mmH2O Centrífugo
Radial Centrífugo 1
R5/R4≈1,1 a 1,3
Média pressão: ~ 250 mmH2O Centrífugo
Radial Centrífugo 1
R5/R4≈1,3 a 1,6
Alta pressão: 250 ~ 750 mmH2O Soprador (Blower)
Radial Centrífugo 1
R5/R4≈1,6 a 2,8
Δp até 100mca, até 12 rotores em série, R5/R4 até 4. Compressor ou
Radial Centrífugo >1
turbocompressor
hélice simples p/ movimentação de ar ambiente, Helicoidal
Axial Axial 1
ventilador de teto, vent. de coluna.
Axial Axial 1 carcaça tubular envolve rotor único. Tubo-axial
Axial Axial >1 Δp até 30 mmH2O Turbocompressor

PROPRIEDADES DO AR
Viscosidade cinemática (ν)

Como a maioria das aplicações são a pressões próximas à atmosférica, bem abaixo das pressões críticas, a
viscosidade pode ser considerada como independente das variações de pressão, sendo função somente da
temperatura.

T - Temperatura do ar [o C ]
  (13  0,1 T ) 10 6  (7.1)
  viscosida de cinemática [m 2  s 1 ]

Massa específica (ρ)

T  Temperatur a absoluta do ar [ K ]
 p  Pressão absoluta do ar [ Pa ]
p  (7.2)
  3
RT    Massa específica [kg / m ]
 Rar  287[ J / kg .K ] - Constante do gás (ar)

Viscosidade absoluta (μ)

 - Viscosidad e absoluta [kg  m 1  s 1 ]


 2 1
   .   viscosida de cinemática [m  s ] (7.3)
 3
   massa específica [ kg  m ]

Condições padrão do ar

A temperatura de 20ºC a pressão atmosférica ao nível do mar é de 101.300 [Pa], a massa específica do ar é
de 1,2 [kg/m3] e a viscosidade cinemática de 1,5.10-5 [m2/s].

7-4
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENERGIA

Equação de Bernoulli

Antes de quantificar as trocas energéticas que ocorrem neste equipamento, será feita uma rápida revisão da
equação de Bernoulli, para dar as bases para usar tal equação na forma mais apropriada a gases.
A equação de Bernoulli pode ser obtida a partir da aplicação da 2ª lei de Newton a uma partícula se
movendo ao longo de uma linha de corrente, considerando:
 Fluido invíscido: μ=0
 Condutividade térmica (k) : k=0 → Q=0
 Forças que agem sobre o fluido: gravidade e pressão
 Regime permanente
 Fluido incompressível
 Avaliado sobre uma linha de corrente
Aplicando a 2ª lei de Newton a uma partícula de fluido se deslocando sobre uma linha de corrente, sujeito a
forças de pressão e do campo gravitacional, chega-se à equação de Bernoulli, dada por;
1
p  V 2  z  constante
2
O primeiro termo da equação é a pressão estática (p), tal pressão tem este nome por ser considerada como
se fosse medida por um observador que se move com o escoamento. Representado na Figura 7.5, pela coluna “h” de
fluido, a pressão estática no ponto “1” é dada por “p1=patm+γh”. O segundo termo da equação é a pressão dinâmica.
E finalmente o terceiro termo está relacionado à pressão hidrostática. A soma de todas estas pressões é chamada de
pressão total, dada por:
1
pT  p  V 2  z
2
Ou seja, a equação de Bernoulli indica que a pressão total é constante para a partícula fluida que se desloca
sobre uma linha de corrente, em escoamento invíscido, regime permanente, fluido incompressível e sem ganho ou
perda de energia.

Figura 7.5 – representação da pressão estática e pressão de estagnação

O ponto “2” da Figura 7.5 indica um ponto de estagnação. Considera-se que o fluido que passar pelo ponto
“1” será levado à velocidade zero no ponto “2”. Comparando o manômetro em “1” ao manômetro em “2” pode-se
ver que há diferença de pressões, se a pressão em “1” é denominada pressão estática, em ”2” será dita pressão de
estagnação e será obtida utilizando Bernoulli. Supondo o fluido seguindo uma linha de corrente entre “1” e “2” e
sendo desacelerado até V=0 no ponto “2” (V2=0), então:

1 1 1
p1  1V12  z 1 p2   2V22  z 2  p2  p1  1V12
2 2 2
7-5
E a pressão de estagnação é dada em sua forma mais geral por:

1
pestagnação  pestática  V
2

pressão
dinâmica

Se em determinado ponto do escoamento a parcela relativa à pressão hidrostática é zero, então neste ponto
a pressão total é igual à pressão de estagnação. A Figura 7.6 mostra como podem ser medidas as pressões estática,
total (ou estagnação) e dinâmica.

Figura 7.6 – Medição das pressões estática, total e dinâmica

Instalação de referência

As equações obtidas para os ventiladores terão como referência a Figura 7.7, onde as câmaras podem
representar salas, câmaras frigoríficas, ou a própria atmosfera, tendo assim uma determinada pressão absoluta.

Figura 7.7 – Esquema de uma instalação com ventilador

Vazão (Q)

A vazão de um ventilador é o volume de ar deslocado na unidade de tempo.

Altura de elevação (H), ou variação de pressão total (ΔPT), ou pressão total do ventilador(PTV)

A altura de elevação (H) é a diferença entre as energias do ar na saída e a na entrada do ventilador. Usando o
trinômio de Bernoulli,

1 1  1 1 
H  2 2
 p3  V3  z3    p2  V2  z 2   H  PT saída  PT entrada (7.4)
 2   2 

Ou seja, a altura de elevação é a variação da pressão total, Δ(PT), entre a entrada e a saída do ventilador.

7-6
 1   1 
 PT    p3  V32  z 3    p2  V22  z 2 
 2   2 

As pressões usadas são as pressões absolutas:

 1   1 
PT    p3  patm3  V32  z3    p2  patm 2  V22  z 2  (7.5)
 2   2 

 1   1 
 PT    p3  V32    p2  V22    patm 3  patm 2     z3  z 2 
 2   2 
A relação entre as pressões atmosféricas em dois pontos é dada pela hidrostática por:

patm3  patm2    z 2  z3   patm3  patm 2    z 2  z3   patm3  patm2   z3  z 2 


Resultando para a equação e variação da pressão total:

 1   1 
 PT    p3  V32    p2  V22 
 2   2  (7.6)

A Figura 7.8 mostra como medir a variação de pressão total do ventilador.

Figura 7.8 – Leitura da variação de pressão total do ventilador (Fonte: Clezar e Nogueira, 2009, p.188)

Para o caso específico da admissão do ventilador estar aberta para a atmosfera, considerando a velocidade
de admissão nula e a pressão atmosférica, também nula (manométrica), então:

 1 
 PT    p3   3V32   0  0    PT   PT saída (7.7)
2
 
 PT saída

Designada pressão total do ventilador. A pressão total, por definição, é a soma da pressão estática na saída
do ventilador com a pressão dinâmica também na seção de descarga do ventilador. Pode ser expressa em
comprimento de coluna de água (milímetro ou metro, mmH 2O ou mH2O) se

1  1 
PT   p3   ar V32  (7.8)
 água  2 ( CNTP ) 
7-7
A pressão total, considerada no formato da Eq.(7.8) representa a quantidade de energia específica que o
ventilador transfere ao fluido de trabalho, sob certas condições de referência. Tais condições de referência aplicam-
se ao fluido de trabalho e à instalação do ventilador. O fluido de trabalho padrão é o ar, à pressão de 101.300 N/m2
(1 atm), à temperatura de 20ºC, que tem a densidade de 1,2 kg/m3. A condição de instalação impõe que a energia
cinética na entrada no ventilador seja nula (V2 = 0). Note que, ao impor uma energia cinética nula na entrada do
ventilador, a pressão total define a máxima energia possível que o ventilador transfere ao fluido de trabalho.
Essa definição da pressão total do ventilador como a máxima energia transferida pelo ventilador pode ter
sido motivada pela forma das montagens de sistemas de ventilação para aquecimento e resfriamento de ar, onde o
ventilador é instalado na extremidade inicial do sistema de ventilação (Figura 7.9). Imediatamente após a descarga
do ventilador (antes da serpentina), isto é, na seção inicial do sistema de ventilação. A energia do fluido escoando é
a soma das energias cinética e de pressão. Essa quantidade de energia, evidentemente, é igual à variação das
energias cinética e de pressão entre a entrada e a saída (o ambiente onde o ar é insuflado) do sistema de ventilação,
mais a energia dissipada como perda de carga ao longo do duto de insuflamento.

'Fan-coil'
Água fria (ventilador + serpentina) Duto de
(entrada) insuflamento

Ar frio p/
Ar externo ambiente

(saída)
Figura 7.9 – Esquema de insuflamento em um sistema de ar condicionado centralizado4

Conclui-se então que:


 a pressão total é a energia específica, obtida a partir da equação da energia, se as condições de
referência são atendidas (energia cinética na entrada nula, pressão absoluta na entrada p2 =
101.300 N/m2, e massa específica do ar de 1,2 kg/m3), e se a compressão do ar no ventilador ocorre
para um fluido de trabalho que pode ser modelado como incompressível; e
 a curva que representa a relação entre a pressão total e a vazão descarregada, quando o ventilador
opera em rotação constante, é denominada curva característica do ventilador.
É importante observar que devido a compressibilidade dos fluidos com os quais os ventiladores trabalham, a
massa específica pode variar de uma seção para outra. Os fatores que influenciam nesta variação são: a temperatura
e a velocidade.

Pressão de velocidade do ventilador (PVV)

É a pressão dinâmica na saída do ventilador, considerando sua velocidade média. Dada por:

1
PVV  V32 (7.9)
2

4
Fonte: França, 2004
7-8
Pressão estática do ventilador (PEV)

É a diferença entre a pressão total do ventilador e a pressão de velocidade do ventilador. É dada por

PEV  PTV  PVV (7.10)

A Figura 7.10 mostra como medir a pressão estática do ventilador.

Figura 7.10 Pressão estática do ventilador (Fonte: Clezar e Nogueira, 2009, p.188)

Altura de carga estática (HPE)

Também chamada de carga estática, pressão estática, ou ainda pressão manométrica total. Representa o
ganho de energia de pressão do fluido desde a entrada até a saída do ventilador. É dada por,
p3 p2
H PE  
  (7.11)

Altura de carga dinâmica (HV)

Também chamada de carga dinâmica, ou pressão dinâmica. Representa o ganho de energia cinética do fluido
desde a entrada até a saída do ventilador. É dada por

V32 V22
HV   (7.12)
2g 2g

Perda hidráulica (Jh)

São as perdas que ocorre dentro do ventilador por atrito e turbilhonamento.

Jh  Ht  H (7.13)

7-9
As alturas de elevação (H) e teórica (Ht), para número finito, de pás pode ser relacionadas pelo rendimento
hidráulico

H
h  (7.14)
Ht
Para ventiladores

1
H t  H t  u5  Cu 5  u 4  Cu 4  (7.15)
g

Altura motriz de elevação (Hm)

Nem toda energia fornecida pelo motor ao eixo do rotor é transferida para o fluido (altura teórica de
elevação). Uma parte dela é perdida, mecanicamente, nos mancais, transmissão por correias, e outras. Essa perda é
denominada perda mecânica (Jm). A altura motriz de elevação (Hm) é dada por

Hm  Ht  J m (7.16)

As alturas motriz de elevação (Hm) e a teórica (Ht), para número finito de pás, podem ser relacionadas pelo
rendimento mecânico.
Ht
m 
Hm (7.17)

Rendimento volumétrico

O rendimento volumétrico é dado por


Q
V 
Q  qi (7.18)

Potência Hidráulica

Ph  QH  Q.PV  (7.19)

Potência Efetiva

Também chamada de potência motriz, mecânica, ou ainda, brake horse-power (BHP), é a potência fornecida
pelo motor ao eixo do rotor do ventilador. Se relaciona com a potência hidráulica através do rendimento total (ηt).

Ph
Pef 
t (7.20)

 t   m   h  V (7.21)

7-10
EXERCÍCIOS
1. Calcule a diferença de pressão estática (Δp), em mmHg, fornecida por um ventilador da Fig. 6 e também sua potência efetiva,
sabendo que:
3
a. Q=50 m /s
b. L2 xb2 =2 x1,5 m2
c. D1=2 m
d. Rendimento total de 80%
Resp. Δp=122,86 mmHg; Pef= 1.417,62CV

Figura 6

3
2. Um ventilador aspira ar de um forno entregando uma vazão de 18620 m /h a 116ºC contra uma pressão estática de 250 Pa. Nestas
condições opera com 796 rpm e requer 9,9 kW. Considerando que o forno sofre uma perda de calor e começa a operar a 20º C.
Determine nestas condições de operação a pressão estática e potência absorvida pelo ventilador.
3
3. Um ventilador trabalha com ar a 20º C com uma vazão de 20.000 m /h. Determine a potência hidráulica sabendo que a altura de
elevação é igual a 50 mmH20. Resposta: Ph = 2.725 kW
4. Num ventilador centrífugo é medida a pressão estática na entrada da boca de aspiração registrando-se uma pressão igual a -127
mmH20 (negativo). A pressão estática na saída da boca de insuflamento é medida sendo igual a 10 mmH20. A pressão dinâmica na
entrada do ventilador é igual a 25 mmH20 e a pressão dinâmica na boca de saída do ventilador é igual a 25 mmH2 0. Determinar a
pressão total do ventilador. Resposta: Δ(PT)=137 mmH2O
5. Um sistema de ventilação apresenta uma perda de carga equivalente a 100 mmH20. Considerando que a velocidade na saída do
ventilador é igual a 10 m/s. Determine a altura de elevação em mcar e mmH20 e a pressão total do ventilador. Considere ar a 20º C.
Resposta: H=88,44 mcar H=106,29 mmH2O PT=1.041 Pa
6. Um ventilador de ar condicionado está operando a uma velocidade de 600 rpm com variação de pressão total de 500 Pa e exigindo
3
potência de 6,5kW. Está liberando 19.000 m /h de ar nas condições padrão. Para trabalhar com uma carga térmica de ar
3
condicionado maior que a planejada originalmente é necessário que o sistema trabalhe com 21.500 m /h. Determinar as novas
condições de operação do ventilador. Resposta: n=679 rpm PT=640 Pa P= 9.42 kW

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLEZAR, C.A.; NOGUEIRA, A.C. Ventilação Industrial. 2ª Ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2009.
FRANÇA, F.A. Apostila: Sistemas fluidomecânicos5. Campinas: Unicamp, 2004.
HENN, E.A.L. Máquinas de fluido. 2ª ed, Porto Alegre: UFSM, 2006.
MACINTYRE, A.J. Ventilação industrial e controle da poluição. 2ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990.

5
http://www.fem.unicamp.br/~em712/sisflu01.html
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