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CAPÍTULOS PÁGINA
CAPÍTULO 01 - PISTOLA 9 M973 "FI" 02
CAPÍTULO 02 - PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus 17
CAPÍTULO 03 - FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL 35
CAPÍTULO 04 - METRALHADORA 7,62 M 919 A4 65
CAPÍTULO 05 - METRALHADORA M9 M972 BERETTA 80
CAPÍTULO 06 - METRALHADORA 7,62 M971 “MAG” 96
CAPÍTULO 07 - METRALHADORA .50 M2 HB “BROWNING“ 125
CAPÍTULO 08 – ARMAS NÃO-CONVENIONAIS 161
CAPÍTULO 01 - PISTOLA 9 M973 "FI"
INDICE
NO Assunto Página
01 APRESENTAÇÃO
02 CARACTERÍSTICAS
03 MEDIDAS PRELIMINARES
04 DESMONTAGEM DE 1O ESCALÃO
05 DESMONTAGEM DE 2O ESCALÃO
06 DESMONTAGEM DE 3O ESCALÃO
07 DESMONTAGEM DE 4O ESCALÃO
08 MONTAGEM DA ARMA
09 FUNCIONAMENTO
10 SEGURANÇAS DA ARMA
11 MANEJO DA ARMA
12 VISTA SECCIONADA DA PISTOLA
13 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO
14 VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA
15 LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA PISTOLA
1-APRESENTAÇÃO
A pistola é definida como arma de fogo leve, de porte e individual. Durante os dois grandes
conflitos mundiais, ficou consagrada nos campos de batalha para o combate a curta distância,
comprovando sua eficiência técnica e operacional.
A pistola 9 mm fabricada no Brasil, pela IMBEL, é um projeto derivado da Colt .45 projetada
por J. Browing.
Esta arma, adotada pelo Exército norte-americano desde 1911, é veterana de inúmeros
conflitos internacionais, onde obteve o melhor conceito de arma de defesa aproximada pelo alto grau
de rusticidade, aliada a um eficiente desempenho operacional.
As Forças Armadas do Brasil optaram também por esse modelo, e a pistola Colt .45 passou a
ser construída pela IMBEL, na sua fábrica de Itajubá-MG. Ao longo dos anos, a IMBEL incorporou-
lhe uma série de melhoramentos derivados da experiência e estudos próprios, como melhor
empunhadura, redução do peso e climatização para operações em ambiente tropical.
A pistola Colt emprega como princípio motor o curto recuo do cano. É classificada como semi-
automática, pois realiza automaticamente todas as operações de funcionamento, exceto o
desengatilhamento e disparo.
Com a tendência mundial do calibre 9 mm Parabellum, o Brasil teve de modificar suas armas,
abandonando o calibre .45.
A IMBEL introduziu no projeto 9 mm, Modelo 1973, vários melhoramentos que fizeram dela
uma pistola praticamente perfeita. As melhorias foram:
Climatização
Todas as peças são tratadas com fosfato de manganês e pintura ao forno. As molas recebem
oxidação negra brilhante.
Revestimento interno
O interior da câmara e do cano é totalmente cromado. A película de cromo duro dificulta a
deposição e aderência de resíduos da combustão, facilitando e tornando mais eficiente sua
manutenção.
Ausência de peças de alumínio ou ligas leves
Construída somente em metais de dureza superior, tratados termicamente, a arma não sofre
desgaste prematuro.
Segurança
Ao contrário das armas congêneres, a pistola IMBEL não dispara acidentalmente por queda ou
qualquer situação imprevista. Possui três dispositivos para isso: um imobiliza o cão quando a arma está
engatilhada; outro impede o disparo acidental no semi-engatilhamento; e uma tecla de segurança que
só permite o disparo se a arma estiver corretamente empunhada.
O mecanismo da IMBEL 9 M973 é simples e robusto, proporcionando maior confiabilidade e
segurança. No Brasil, mais de 50 mil pistolas já foram produzidas, não só para as Forças Armadas
brasileiras, como para as nações amigas. Em todo o mundo, a fabricação dessa arma já supera 50
milhões de unidades.
2.1-DESIGNAÇÃO
NEE ...........................................................1005-1063-726-2
Indicativo militar.........................................Pst 9 M973 "FI"
Nomenclatura .............................................Pistola 9mm Modelo 1973-Fábrica de Itajubá
2.2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..............................................De porte
Quanto ao emprego .......................................Individual
Quanto ao funcionamento .............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento.......Ação direta dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ...................................A ar
2.3-ALIMENTAÇÃO
Carregador ....................................................Metálico tipo cofre
Capacidade....................................................8 cartuchos + 1
Sentido .........................................................De baixo para cima
2.4-RAIAMENTO
Número de raias ...........................................4 (quatro) ou 6 (seis)
Sentido .........................................................À direita
2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ................................................Tipo entalhe
Massa de mira ..............................................Seção retangular
2.6-DADOS NUMÉRICOS
Cano comprimento ....................................12,8 cm
Arma comprimento .....................................21,8 cm
Calibre .........................................................9 mm Parabellum
Passo do raiamento ......................................25,4 cm
Peso sem carregador ..................................1.010 g
Peso com carregador vazio .........................1.100 g
Peso com carregador completo ...................1.208 g
Peso da massa recuante ..............................532 g
Peso do gatilho .............................................Entre 2.300g e 3.100g
Comprimento ..............................................21,8 cm
Velocidade inicial .......................................349 m/s a 25 m da boca da arma
Velocidade teórica de tiro............................20 tiros por minuto
Velocidade prática de tiro............................14 tiros por minuto
Alcance máximo .........................................1.800 m
Alcance útil .................................................50 m
Vida da arma ...............................................Indefinida
Penetração em tabatinga a 50 m ..................40 cm
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 3
Penetração em bloco de pinho a 50 m.........10 cm
3 -MEDIDAS PRELIMINARES
1ª- Retirar o carregador.
2ª- Trazer o ferrolho à retaguarda.
3ª- Inspecionar a câmara.
4ª- Levar o ferrolho à frente.
5ª- Desengatilhar a arma.
4-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
4.1-RETIRAR O CARREGADOR
Comprimir a cabeça serrilhada do retém do carregador e retirá-lo.
4.2-ENGATILHAR E TRAVAR A ARMA
Com o polegar, trazer o cão totalmente a retaguarda.
Levar para cima, o dispositivo de segurança do cão.
4.3-RETIRAR O ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA
Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador.
Comprimir a cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e girar a manga do cano para
a esquerda.
Afrouxar a pressão gradativamente sobre o referido estojo até que o mesmo saia do seu
alojamento, forçado pela mola recuperadora.
Em seguida, retira-se o estojo.
4.4-RETIRAR A MANGA DO CANO
Girar a mesma para a direita e, logo em seguida, puxar a manga para fora, retirando-a.
4.5-DESTRAVAR A ARMA
Levar para baixo, o dispositivo de segurança do cão.
4.6-RETIRAR A CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
Recuar o ferrolho, até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta, coincida com o
entalhe médio, existente no ferrolho.
Empurrar o eixo da chaveta que aflora do lado direito da armação, retirando-a em seguida
pela esquerda.
4.7-RETIRAR O FERROLHO
Tendo o cuidado de manter o punho voltado para cima, puxar a armação para a retaguarda,
segurando o ferrolho com a mão esquerda.
4.8-RETIRAR O TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA E A MOLA
RECUPERADORA
O tubo-guia e a mola recuperadora estarão soltos e apoiados sobre o cano, na mão esquerda
do operador.
4.9-RETIRAR O CANO
Ainda com o ferrolho na posição anterior, vira-se o elo de prisão do cano para frente.
Em seguida, levanta-se a parte posterior do cano, fazendo com que se desengrazem do
ferrolho os ressaltos engrazadores (existentes no cano).
Leva-se o cano para frente até que abandone totalmente o ferrolho.
7-DESMONTAGEM DE 4o ESCALÃO
7.1-RETIRAR O EJETOR
Com um toca-pino de ponta bem fina, retirar o pino de fixação do ejetor.
Retirar o ejetor pela parte superior da armação.
8-MONTAGEM DA ARMA
8.1-MONTAR O EJETOR
Colocar o ejetor no seu alojamento e prendê-lo com o pino de fixação do ejetor.
8.2-MONTAR O BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
Prender o bloco alojamento em um torno de bancada.
Colocar no bloco alojamento a cabeça-apoio inferior da mola do cão, a mola do cão e a
cabeça-apoio superior da mola do cão.
Com auxílio de uma haste de ponta arredondada, pressionar a cabeça-apoio superior até que
seja possível introduzir o pino-retém da cabeça-apoio superior da mola do cão.
8.3-COLOCAR O GATILHO
Colocar o gatilho pela parte traseira da armação, fazendo-o deslizar até sua posição normal.
8.4-COLOCAR O RETÉM DO CARREGADOR
Colocar o retém do carregador na armação de maneira que a cabeça serrilhada faceie a
armação.
Com uma chave de fenda pequena, girar o fixador do retém do carregador para a direita.
8.5-MONTAR O CARREGADOR
9-FUNCIONAMENTO
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Recuo do Ferrolho e Avanço do Ferrolho.
RECUO DO FERLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração 2a Fase
4-Ejeção
5-Apresentação
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 7
AVANÇO DOFEROLHO
6-Engatilhamento
7-Carregamento
8-Fechamento
9-Extração 1a Fase
10-Trancamento
11- Desengatilhamento
12-Disparo
13-Percussão
Para o estudo do funcionamento, vamos iniciar do momento em que partiu o primeiro tiro. As
fases se processarão na seguinte seqüência:
9.1-DESTRANCAMENTO
Os gases agindo sobre o fundo do culote do cartucho, farão com que o ferrolho recue,
trazendo consigo o cano.
O elo de prisão do cano inclinando-se para trás, faz com que o cano se abaixe e se
desengraze do ferrolho, havendo portanto o destrancamento.
9.2-ABERTURA
Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto recuo".
O ferrolho entretanto, continua recuando e se afasta do cano, dando-se a abertura.
9.3-EXTRAÇÃO 2a FASE
No seu movimento para trás, o ferrolho ao deixar de ter contato com o cano, retira da câmara
o estojo, por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.
9.4-EJEÇÃO
Continuando o ferrolho o seu movimento para trás e mantendo o estojo ainda preso pelo
extrator, faz com que o culote deste venha se chocar com o ejetor, que está montado à retaguarda e a
esquerda da armação.
A violência desse choque, vence a ação da garra do extrator e o estojo é projetado para fora,
através da janela de ejeção.
9.5-APRESENTAÇÃO DO CARTUCHO
O ferrolho ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo cartucho que
ficará na condição de ser levado à câmara.
9.6-ENGATILHAMENTO
Quando o ferrolho recua, leva para trás o cão, o qual gira em torno do seu eixo e comprime a
sua mola.
A parte ínfero-posterior do ferrolho, força para baixo a alavanca de disparo, que é articulada
com a noz de armar.
Ao baixar, a alavanca de disparo permite que a noz de armar tenha movimentos livres
(ficarão desengrazadas).
A noz de armar que está sob pressão do ramo esquerdo da mola tríplice, gira colocando o
seu apoio dos dentes do cão, em condições de impossibilitar o avanço do cão.
No final do recuo a mola recuperadora está completamente comprimida e a parte ínfero-
posterior do ferrolho está forçando o cão completamente para trás, além da posição de engatilhamento.
10-SEGURANÇAS DA ARMA
11-MANEJO DA ARMA
Sempre ao iniciar o manejo, o atirador deverá trazer o ferrolho à retaguarda e inspecionar a
câmara, para verificar se a arma está carregada. As operações de manejo, são as seguintes:
11.1-Municiar o carregador
Consiste em colocar os cartuchos no carregador.
11.2-Alimentar a arma
Consiste em colocar o carregador municiado na arma.
11.3-Carregar a arma
Consiste em trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo. Ao final desta operação, a
arma estará engatilhada.
11.4-Travar a arma
Consiste em levantar o dispositivo de segurança do cão.
11.5-Destravar a arma
Consiste em abaixar o registro de segurança do cão.
11.6-Disparar a arma
TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Garra do extrator quebrada ou 1-Substituir o extrator.
FALHA
gasta. 2-Retirar o estojo.
NA
2-Virola do estojo quebrada. 3-Verificar as guias de desliza-
EXTRAÇÃO
3-Recuo incompleto do ferrolho. mento.
FALHA NA
1-Ejetor quebrado. 1-Substituir o ejetor.
EJEÇÃO
1-Alavanca de disparo quebrada 1-Substituir a alavanca de disparo.
ou gasta. 2-Remover a obturação.
FALHA
2-Cavado existente na parte 3-Substituir a mola.
NO
ínfero-posterior do ferrolho
DESENGATILHA-
obturado.
MENTO
3-Ramo central da mola tríplice
quebrado.
1-Dente de engatilhamento do 1-Substituir o cão.
cão gasto. 2-Substituir a noz de armar.
2-Apoio dos dentes do cão, na 3-Substituir a mola.
FALHA
noz de armar, quebrado ou gasto. 4-Substituir a alavanca de disparo.
NO
3-Ramo esquerdo da mola
ENGATILHAMENTO
tríplice quebrado.
4-Cabeça da alavanca de disparo
quebrada ou gasta.
NEGA 1-Munição defeituosa. 1-Substituir a munição.
1-Mola do cão quebrada ou 1-Substituir a mola.
FALHA NO fraca. 2-Substituir a alavanca.
DISPARO 2-Alavanca de armar o cão
quebrada.
1-Ponta do percussor quebrada 1-Substituir o percussor.
FALHA NA
ou gasta.
PERCUSSÃO
2-Cauda do percussor quebrada. 2-Substituir o percussor.
1-Estojo rompido no interior da 1-Retirar o estojo.
FALHA câmara. 2-Substituir a munição.
NO 2-Munição defeituosa. 3-Reparar as abas.
CARREGAMENTO 3-Abas do carregador amassadas. 4-Substituir a mola.
4-Mola recuperadora quebrada.
1-Mola do carregador quebrada, 1-Substituir ou inverter a mola.
FALHA fraca ou montada incorretamente. 2-Reparar ou substituir o
NA 2-Transportador amassado. transportador.
APRESENTAÇÃO 3-Reparar ou substituir o corpo do
3-Corpo do carregador amassado. carregador.
1-Corpo do carregador amassado. 1-Reparar ou substituir o corpo do
FALHA carregador.
NA 2-Retém do carregador gasto. 2-Substituir o retém.
ALIMENTAÇÃO 3-Mola do retém do carregador 3-Substituir a mola.
quebrada ou fraca.
a)alma
b)boca
c)raias
d)cheios
e)câmara
f)rampa de acesso
g)ressaltos engrazadores
h)encaixe do elo de prisão do cano com olhal.
NO Assunto Pag
1 Apresentação
2 Características
3 Medidas preliminares
4 Desmontagem
5 Montagem
6 Funcionamento
7 Seguranças
8 Quadro de incidentes de tiro
9 Calibradores (Utilização, manuseio e conservação)
10 Vista da arma seccionada
11 Vista explodida
12 Legenda da vista explodida
1-APRESENTAÇÃO:
As pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-92 “Taurus”, calibre 9mm x 19 mm “parabellum”, são
armas de tiro semi-automático, com trancamento através de um bloco oscilante em vertical e com
desbloqueio mediante o recuo do cano. Tal característica apresenta, entre outras, a notável vantagem
de uma sensível redução de velocidade de retrocesso da massa recuante, com conseqüente diminuição
do solavanco da arma durante o disparo.
Construída com a utilização de aços e ligas especiais, as pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-92
Taurus, não obstante seu peso limitado de 0,950 Kg, foi projetada para usar cartuchos 9mm
“parabellum”. Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente energia cinética
do projetil, proporcionam um alto poder de impacto em disparos de até 150/200 metros de distância.
2-CARACTERÍSTICAS
2.1-Sistema de dupla ação
Este sistema, pelo simples acionamento do dedo no gatilho, possibilita uma maior rapidez de
manuseio, mesmo com o cão desarmado.
2.2-Carregador bifilar
Com capacidade para 15 cartuchos, tem o mesmo comprimento de um carregador tradicional,
permitindo praticamente duplicar a autonomia de fogo da arma.
2.3-Indicador de cartucho na câmara
Quando o mesmo estiver alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente, revelando
uma marca vermelha. Assim, é possível controlar visualmente, ou pelo tato, a existência de um
cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho.
2.4-Indicador de carregador vazio
Quando o último cartucho ou estojo, for ejetado, a arma, pela ação do retém do ferrolho,
permanece aberta, alertando o atirador acerca do término da disponibilidade do carregador.
2.5-Dispositivo de desmontagem
Extremamente rápido e simples, foi projetado de tal forma a evitar qualquer desmontagem
casual ou involuntária.
2.6-DESIGNAÇÃO
NEE....................... .......................................1005-1052-800-8
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975 “Beretta”
Nomenclatura ................................................Pistola 9mm Modelo 1975 (Beretta)
NEE....................... .......................................1005-1064-425-0
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975A1
Nomenclatura ............................................Pistola 9mm Modelo 1975A1 (PT-92 Taurus)
2.7-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ...............................................De porte
Quanto ao emprego .......................................Individual
Quanto ao funcionamento. ............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento ........Ação dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
2.9-RAIAMENTO
Número de raias .............................................6 (seis)
Sentido ..........................................................Da esquerda para a direita
2.10-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira .................................................Tipo entalhe, retangular
Massa de mira ...............................................Seção retangular
2.11-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ..........................................................9 mm
Peso com carregador vazio ...........................0,950 kg
Peso com carregador cheio ...........................1,137 kg
Peso do carregador vazio ..............................0,094 kg
Peso do carregador cheio ..............................0,282 kg
Comprimento da arma ..................................217 mm
Comprimento do cano ..................................125 mm
Velocidade inicial ........................................401 m/seg
Velocidade teórica de tiro ............................275 tiros por minuto
Velocidade prática de tiro ............................Variável
Alcance máximo ...........................................1.800 m
Alcance de utilização ...................................50 m
Pressão do gatilho (com 2.700 g) .................Não dispara
Pressão do gatilho (com 5.000 g) .................Dispara
3-MEDIDAS PRELIMINARES
3.1-RETIRAR O CARREGADOR
Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da arma.
3.2-VERIFICAR A CÂMARA
Sem executar o manejo da arma, observar se a extremidade do extrator encontra-se saliente e
destacando-se uma marca vermelha. Em caso positivo, significa que há um cartucho introduzido na
câmara da arma.
Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à retaguarda verificando a
câmara e levando-o à frente.
3.3-DESENGATILHAR A ARMA.
4.1-RETIRAR O FERROLHO
Com a mão direita empunhar a arma.
Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da alavanca
de desmontagem (à direita da arma). Simultaneamente, girar a alavanca de desmontagem de 90o.
Deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação.
4.3-RETIRAR O CANO
Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos de
trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho.
Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano e o bloco de trancamento, levantando a sua
parte posterior.
4.6-DESMONTAGEM DO CARREGADOR
Com o auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da placa retém do fundo do carregador,
em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a placa retém do fundo
do carregador, a fim de evitar uma descompressão violenta da mola. Sairão do interior do carregador:
Placa retém do fundo do carregador;
Mola do carregador e transportador. Bastará separá-los.
5-DESMONTAGEM DE 20 ESCALÃO
6-DESMONTAGEM DE 30 ESCALÃO
6.2-RETIRAR O EJETOR
Apoiar a face esquerda da armação sobre uma superfície plana, em seguida deslocar da
direita para a esquerda os pinos do ejetor. Retirar o ejetor da armação.
6.6-RETIRAR A ARMADILHA
Com um toca-pino, deslocar o eixo da armadilha da esquerda para direita, de modo que o
toca-pino fique fixando em seu lugar à mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal da mola da
armadilha, retirá-la da armação. Com o dedo indicador, amparar a armadilha. Em seguida, girar a parte
anterior da armação para baixo e a armadilha cairá por ação da gravidade, sendo retirada da armação
com auxílio do dedo indicador.
6.9-RETIRAR O CÃO
Com um toca-pino, retirar o eixo do cão. Retirar, em seguida, pela parte superior da armação
o guia da mola do cão.
7-MONTAGEM DA ARMA
7.1-MONTAR O CÃO
7.4-MONTAR A ARMADILHA
Introduzir o ramo menor da armadilha no seu alojamento (em cima).
Introduzir o eixo da armadilha da direita para a esquerda.
7.8-MONTAR O CARREGADOR
7.9-MONTAR O GATILHO
Colocar, no seu encaixe, a mola do gatilho, ficando o ramo curvo da mola voltado para
cima.
Introduzir o gatilho e sua mola na armação.
Colocar o eixo do gatilho da esquerda para a direita.
8-FUNCIONAMENTO
RECUO DO FERROLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração
4-Ejeção
5-Apresentação
AVANÇO DO FERROLHO
6-Carregamento
7-Fechamento
8-Trancamento
9-Engatilhamento
10- Desengatilhamento e Percussão
8.1.1-Destrancamento
Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue, trazendo
consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se choca no batente
da armação e a parte anterior do mergulhador age na rampa do mergulhador no bloco de trancamento,
abaixando-o. Em conseqüência os ressaltos de trancamento são retirados dos alojamentos no ferrolho.
Neste momento, estarão desengrazados o cano e o ferrolho e os ressaltos de trancamento estarão em
seus alojamentos na armação, havendo portanto o destrancamento.
8.1.2-Abertura
Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto recuo".
O ferrolho entretanto continua recuando e se afastando do cano, dando-se a abertura.
8.1.3-Extração
No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano, retira
da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.
8.1.4-Ejeção
Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo ainda preso
pelo extrator, faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se encontra montado à
retaguarda e a esquerda da armação. A violência deste choque vence a ação da garra do extrator e o
estojo é projetado através da janela de ejeção, para fora da arma.
8.1.6-Carregamento
A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se, levando-o à frente e, ao
encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na câmara.
8.1.7-Fechamento
Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato com a
parte posterior do cano, dando-se o fechamento.
8.1.8-Trancamento
Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de trancamento
sobe a sua rampa de elevação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus alojamentos no
ferrolho, o que caracteriza o trancamento da arma.
8.1.9-Engatilhamento
Quando o ferrolho recua, o cão gira para a retaguarda e comprime a sua mola, através do
guia da mola do cão. O espigão do tirante do gatilho abandona o seu alojamento sendo forçado para
baixo, pela parte inferior do ferrolho. Em conseqüência, o ressalto do tirante do gatilho sai de cima do
ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha e esta volta à sua posição de repouso, por ação de sua
mola. Quando a armadilha volta à sua posição normal, o seu ressalto apoio do dente do cão é colocado
no dente de engatilhamento do cão, prendendo-o à retaguarda e dando-se o engatilhamento.
Nesta situação, será evitado que se faça o tiro de rajada, ainda que o atirador continue a
comprimir a tecla do gatilho. No intervalo compreendido entre o disparo e o recuo do sistema, é
comum o atirador continuar comprimindo a tecla do gatilho. Ao ser relaxada a pressão sobre a tecla do
gatilho, o tirante do gatilho, forçado pela sua mola é obrigado a subir. Em seguida o ressalto do tirante
do gatilho entra em contato com o ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha. Fica, desta forma,
a arma pronta para um novo disparo, isto é, engatilhada.
8.1.10-Desengatilhamento e percussão
Quando se comprime a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, através da ação do seu ressalto
sobre o ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha, faz com que esta gire para frente e o seu
ressalto apoio do dente do cão (na armadilha), abandone o dente de engatilhamento do cão, liberando-
o. Estando livre, o cão gira violentamente para frente por descompressão de sua mola. O cão choca-se
na cauda do percussor, que avança no seu alojamento comprimindo a sua mola, indo sua ponta alojar-
se no seu orifício, percutindo a cápsula do cartucho. Em seguida, o percussor retrai-se por
descompressão de sua mola .
9-SEGURANÇAS DA ARMA
Possui a pistola, duas seguranças:
SEGURANÇAS
1-Registro de Segurança
2-Dente de Segurança do Cão
9.1-REGISTRO DE SEGURANÇA
Situado ao lado posterior esquerdo da armação, trava a arma, imobilizando a armadilha. Esta
segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando engatilhada ou
desengatilhada.
9.1.A) Arma engatilhada: agindo-se no registro de segurança para cima, a sua haste de
segurança coloca-se na parte superior da armadilha. Em conseqüência, a armadilha fica imobilizada
não permitindo que o cão tenha movimentos livres.
TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Carregador com mossa ou sujo. 1-Retirar o carregador da arma e
O carregador não entra totalmente executar uma manutenção
FALHA no seu receptor. adequada.
NA 2-Retém do carregador com 2-Desmontar o retém do
ALIMENTAÇÃO desgaste ou quebrado. O carregador e substituí-lo.
carregador não poderá ficar fixo
no interior do receptor.
1-Mola do carregador fraca ou 1-Substituir a mola do
defeituosa. O cartucho não fica em carregador.
FALHA
condições de ser alcançado pela
NA
parte anterior do ferrolho.
APRESENTAÇÃO
2-Transportador amassado ou 2-Substituir o transportador.
defeituoso.
1-Rebarba, sujeira ou corpo 1a)Eliminar a rebarba;
estranho na câmara. 1b)Limpeza e lubrificação da
2-Cartucho amassado ou câmara;
defeituoso. 1c)Remover o corpo estranho.
3-Mola recuperadora defeituosa. O 2-Substituir a munição.
ferrolho não irá totalmente à 3-Substituir a mola recuperadora.
FALHA
frente.
NO
4-Abas do carregador defeituosas. 4-Substituir o carregador.
CARREGAMENTO
Durante a apresentação do
cartucho fica com sua ponta
demasiadamente elevada, em
conseqüência não entra na
câmara, quando levado à frente
pelo ferrolho.
FALHA NA EJEÇÃO 1-Ejetor gasto ou quebrado. 1-Substituir o ejetor.
FALHA NO 1-Substituir a mola do cão.
1-Mola do cão fraca ou quebrada
DISPARO
1-Munição defeituosa. A cápsula 1-Substituir a munição.
NEGA
tem marca da ponta do percussor.
1-Dente de engatilhamento do cão 1-Substituir o cão.
com desgaste.
2-Mola da armadilha montada 2-Montar corretamente.
incorretamente.
FALHA 3-Mola da armadilha quebrada. 3-Substituir a mola da armadilha.
NO 4-Apoio para a mola da armadilha 4-Substituir a armadilha.
ENGATILHAMENTO quebrado.
5-Espigão do tirante do gatilho 5-Substituir o tirante.
gasto.
6-Ressalto apoio do dente do cão 6-Substituir a armadilha.
(na armadilha) gasto.
11-EMPREGO DE CALIBRADORES
Com a arma montada, retrair o ferrolho até que seja aprisionado pelo retém do ferrolho,
ficando em posição aberta.
Introduzir o calibrador de câmara B-780 433/3, de forma que o mesmo se aloje como se
fosse um cartucho comum (Fig. 3).
Completada a operação anterior, a arma deverá ficar aberta, isto é, não deverá fechar
totalmente. Para controle visual, basta verificar a parte traseira do ferrolho que não deverá concordar
com a parte traseira da armação (Fig.4).
Se a arma fechar totalmente, fica evidenciado que a câmara atingiu a folga máxima admitida
para o cartucho e, nesse caso, o cano da arma deverá ser substituído.
Passar o calibrador “C” na ponta do percussor aflorada, conforme indicado nas Figs.9 e 10.
O lado do entalhe gravado 2,0 mm deve passar sem interferência, e o lado gravado 1,30 mm não deve
passar livremente.
Caso o afloramento da ponta do percussor esteja fora dos limites controlados pelo calibrador
“C”, o percussor deverá ser substituído.
Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da boca, sem forçar e observar a posição da
linha de referência “A” na Fig.11, gravada no calibrador.
Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “b” que passa pela boca da arma.
Caso ocorra a ultrapassagem do limite acima citado, indica que o cano está com o seu
diâmetro interno maior que o máximo admissível devendo, em conseqüência, ser substituído.
Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da câmara, sem forçar e observar a posição da
linha de referência “B” na Fig.12, gravada no calibrador.
Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “a” que passa pela boca da arma.
Caso a ultrapassagem do limite acima citado, indica que o cano está com o seu diâmetro
interno maior que o máximo admissível devendo, em conseqüência, ser substituído.
11.4-FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
A não ser que ocorra algum acidente, ou que outros indícios assim recomendem e com vistas
a assegurar um bom desempenho da arma, ela deve ser controlada através dos calibradores descritos
com a seguinte freqüência:
1o controle: após 1000 tiros acumulados;
2o controle: após 2000 tiros acumulados;
3o controle: após 2500 tiros acumulados.
Após o 3o controle, a cada 500 tiros acumulados subsequentes.
11.5.1 Os calibradores são instrumentos de alta precisão. Apesar de serem fabricados com aços
endurecidos, entretanto, estão sujeitos a deformações e desgastes. Assim sendo, devem ser manuseados
com cuidado de forma a evitar quedas, bem como passados nas peças a controlar sem esforço ou
choque.
11.5.2 Para melhor proteção e conservação, os calibradores devem ser mantidos nos estojos de
madeira.
11.5.3 Após o uso, limpá-los com um pano macio ou algodão, embebido em um solvente tal
como tetracloreto de carbono, tricloroetileno ou ainda benzina, protegendo-os em seguida com
vaselina neutra.
11.5.4 Caso sejam pouco usados, a cada 6 meses limpar, inspecionar quanto a um possível
ataque corrosivo e proteger novamente com vaselina neutra.
ÍNDICE
NR Assunto Pagina
1 Apresentação
2 Características
3 Medidas preliminares
4 Desmontagem de 1o escalão
5 Desmontagem de 2o escalão
6 Desmontagem de 3o escalão
7 Montagem
8 Funcionamento
9 Segurança
10 Seguranças adicionais
11 Manejo
12 Quadro de incidentes de tiro
13 Incidente de tiro
14 Acidente de tiro
15 Ação imediata
16 Acessórios
17 Regulagem do escape de gases
18 Regulagem do Aparelho de Pontaria
19 Instruções para substituição do Apoio do ferrolho
20 Emprego de caliradores
21 Resumo do emprego de calibradores
22 Vista explodida
21 Legenda da vista explodida
1-APRESENTAÇÃO
O fuzil 7,62 M964, é uma arma adotada no exército brasileiro em substituição aos antigos fuzis
e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30. Foi adotado como arma portátil do combatente de
qualquer arma, atendendo as necessidades de uniformização da munição, bem como da modernização
do equipamento.
É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde 1960 na África quando
de lutas internas. Suas excepcionais características já foram comprovadas nas mais diversas situações e
condições de emprego.
Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos do soldado, uma arma
que tenha – em grau até agora não igualado – as mais importantes qualidades a saber:
perfeita maneabilidade;
possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado;
facilidade de manutenção em campanha;
segurança absoluta de funcionamento.
2 -CARACTERÍSTICAS
2.1 -DESIGNAÇÃO
NEE.................................................................1005-1062-443-5
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”
NEE................................................................1005-1062-414-6
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964 Br1
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”
2.2 -CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ................................................Portátil
Quanto ao emprego ........................................Individual
Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático
Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um ponto do cano)
Quanto a refrigeração .....................................A ar
2.3 -ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade .................................................... 20 cartuchos
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.4-RAIAMENTO
Números de raias ...........................................04 (quatro)
Sentido ...........................................................A direita
2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e visor com cursor
2.6-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ............................................................7,62 mm
Comprimento .................................................1,10 m
Peso do carregador vazio ...............................250 g
Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg
Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg
Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s
Velocidade do tiro .........................................Automático: 120 tiros por minuto
Semi-automático: 60 tiros por minuto
Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto
Alcance máximo ............................................3.800 m
Alcance útil sem luneta .600 m
Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros
2.7-MUNIÇÕES UTILIZADAS
Ordinário .......................................................7,62 M1
Perfurante ......................................................7,62 Pf
Traçante .........................................................7,62 Tr
Festim ............................................................7,62 Ft
Manejo ...........................................................7,62 Mnj
Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO
2.8-TIPOS DE GRANADAS
Anti-pessoal ...................................................Cor havana / cinta vermelha
Anti-carro .......................................................Cor amarela / vo / cinta branca
Incendiária .....................................................Cor cinza
Exercício ........................................................Cor preta ou azul
3-DESMONTAGEM
3.1-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
Retirar o carregador.
Dar dois golpes de segurança.
Retirar o reforçador para tiro de festim.
Retirar a bandoleira.
Abrir a arma, agindo na chaveta do trinco da armação. (Atenção: Manter o cano voltado
para BAIXO)
3.2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
3.2.1-Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho
Puxar para trás, a haste do impulsor do ferrolho.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 37
3.2.2-Retirar a Tampa da Caixa da Culatra
Puxando para trás, a tampa deslizará em suas corrediças.
3.2.4-Retirar o Percussor
Fazendo pressão sobre sua cauda e por meio de um toca-pino, retirar o pino do percussor.
Retirado o pino do percussor, o mesmo sairá do seu alojamento por força de sua mola.
3.3-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
3.3.1-Retirar o Guarda-Mão
Afrouxar o parafuso do guarda-mão e retirá-lo
3.3.2-Desmontar o Extrator
A desmontagem do extrator é feita com auxílio de uma ferramenta especial.
Retirando o extrator, retira-se com cuidado, o impulsor do extrator de seu alojamento e sua
mola.
3.3.4-Retirar o Disparador
Girar o disparador de 90o efetuando leve pressão para trás
Continuar o movimento para a retaguarda, até liberá-lo da caixa da culatra.
A mola do disparador é cravada e não deve ser desmontada, a não ser para substituição,
em órgão de 3o escalão.
3.3.9-Desmontar o Carregador
Fazer deslizar, em seu encaixe, o fundo do carregador até ficar um centímetro para fora.
Puxar o fundo do carregador.
Retirar a mola do transportador, até o fim.
Girar o transportador cerca de 45o, no interior do carregador.
Separar a mola do transportador.
3.4-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
A desmontagem de 3o escalão deverá ser realizada somente em níveis mais elevados de
instruendos. Não utilizá-la para conscritos.
3.4.7-Desmontar o Punho
Com auxílio de uma chave de fenda, desaparafusar a porca de fixação do punho e retirá-la
junto com o punho.
3.4.8-Desmontar o Guarda-Mato
Após retirar o punho, basta girá-lo para frente e para baixo, que o mesmo está solto.
3.4.13-Desmontar os Zarelhos
Zarelho Anterior
Retirar o parafuso do zarelho e afastar a braçadeira, retirando-a do cano.
Zarelho Posterior
Desaparafusar os dois parafusos e retirá-lo.
3.4.16-Desmontar o Ejetor
Com auxílio de um toca-pino, empurrar o pino do ejetor somente até a metade, para facilitar
a desmontagem.
Retirar o ejetor, puxando-o na direção da boca da arma.
Caso não saia facilmente, empurrá-lo com um toca-pino de bronze. Esta operação, somente
será realizada em caso de substituição.
5 - FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
Ação dos gases;
Recuo das peças móveis e
Avanço das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
Um cartucho encontra-se na câmara;
A arma está trancada e
Dá-se a percussão.
1-Destrancamento e Abertura
Quando o impulsor do ferrolho recua, as suas rampas de destrancamento (B1-Fig. 3), entram
em contato com os ressaltos de destrancamento do ferrolho (C1) e faz com que a parte posterior do
ferrolho, erga-se e abandone o seu apoio (D-Figs. 3 e 4), na caixa da culatra (E-Fig. 4).
5.3.1-Extração 2a Fase
O batente do ferrolho no impulsor do ferrolho (B2-Fig.5), entra em contato com o ferrolho
(C2) e este é levado para a retaguarda.
Nesse momento, a garra do extrator retira o estojo da câmara, conservando-o preso ao
ferrolho.
5.3.2-Ejeção
Quando a face anterior do ferrolho se acha próxima ao defletor da janela de ejeção, o estojo
choca-se com o ejetor (Fig. 6) que obriga-o a girar e sair para cima e para a direita.
Depois desta fase, o movimento das peças móveis continua até que o conjunto ferrolho-
impulsor do ferrolho vem parar junto da parte posterior da armação.
5.3..3 -Apresentação
Durante a última parte do movimento das peças móveis para trás, os cartuchos existentes no
carregador, sob o impulso da mola do transportador, sobem, e o mais acima, apresenta seu culote de
maneira a ser empurrado pelo ferrolho, quando este avançar.
5.3.7-Trancamento
Como o ferrolho não pode avançar mais, o impulsor do ferrolho, por intermédio de sua
rampa de impulso (B3-Fig. 7) que age sobre a rampa de impulso do ferrolho (C3), obriga este a baixar.
6-SEGURANÇA
O fuzil possui uma segurança. O registro de tiro e segurança na posição “S”, seu eixo apresenta
à cauda do gatilho, sua parte arredondada, não permitindo que este suba e atue no gatilho
intermediário.
7-SEGURANÇAS ADICIONAIS
7.5.1-Posição Inicial
Suponha-se a seguinte posição inicial:
A arma está engatilhada;
A arma está travada.
7.5.2-Posição “Travada”
O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “S”, que indica que a arma está travada.
O eixo do registro de tiro e segurança (J1 e J2-Fig. 11), apresenta à cauda do gatilho o
seu arredondamento (J1).
Nesta posição, a cauda do gatilho não pode subir e não pode atuar no gatilho
intermediário.
8- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações diretas
com a utilização do armamento.
8.1 - Municiar o Carregador
Consiste em introduzir o cartucho no carregador.
8.2 - Alimentar a Arma
Colocar o carregador municiado na arma.
8.3 -Engatilhar
Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda, e, logo após, deixar que a mesma
vá à frente.
8.4 -Travar
Colocar o registro de tiro e segurança na posição “S”.
8.5 -Destravar
Colocar o registro de tiro segurança na posição “R” ou “A”.
8.6 -Desngatilhar
Pressionar a tecla do gatilho.
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o
material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado
“ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
Ao Fz 7,62 M964, aplicam-se com a devida adaptação, as prescrições do capítulo 4 do T 9-
210.
11 - ACIDENTE DE TIRO
Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de qualquer
natureza, para o material e/ou pessoal.
As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma da
legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza, que resulte
em inservibilidade, ou não, do material.
13 - AÇÃO IMEDIATA
14 – ACESSÓRIOS
13.3 - Baioneta
A baioneta é igual a que está na Fig. 16, para transformar este fuzil como arma de choque.
13.4 - Luneta para Tiro Especial (LUN PNT FZ OIP 3,6X / FZ 7,62 M964)
A luneta para tiro especial Fig.17, fixada a uma tampa da caixa da culatra de forma
especial, próprio para receber esta luneta, é um acessório a ser montado, em substituição à tampa da
caixa da culatra normal, num fuzil escolhido para tiro de precisão.
O fuzil deve ser escolhido pela sua precisão e regularidade no tiro normal, e, após a
regulagem da luneta do fuzil, deve ser considerado como “fuzil para tiro especial”, ficando a luneta
como seu acessório normal.
13.5 - BANDOLEIRA
Utilizada para dar mais comodidade para o transporte do armamento Fig.18.
4a) Girar (aparafusando), o anel regulador de escape de gases, entalhe por entalhe, e disparar
(após introduzir cada cartucho na câmara de carregamento, com a mão), um tiro depois de cada
manobra, até verificar que, após determinado disparo, de que o ferrolho ficou preso à retaguarda pelo
seu retém, Fig.10;
5a) Confirmar tal retenção do ferrolho à retaguarda, fazendo o disparo de alguns tiros (cada
cartucho deve ser introduzido na câmara, com a mão, um por um);
6a) Recomeçar, se necessário, a 5a operação, até que em cinco (5) disparos, haja cinco (5)
retenções do ferrolho pelo seu retém;
7a) Fechar um entalhe no anel regulador, para ter certeza plena de que o recuo do ferrolho está
correto. A arma está regulada. Na falta da chave do anel regulador Fig.21, o anel pode ser girado por
meio da ponta de um cartucho Fig.22, ou, em último caso, à mão.
15.1.1 – FERRAMENTAS
Deve ser usada somente a chave para massa de mira Fig.23, destinada a regular esta peça, pois,
do contrário, ela seria danificada pelo uso de ferramenta imprópria.
15.1.2 - MASSAS DE MIRA
Existem quatro (4) tipos de massas de mira de alturas diferentes, como na Fig.24.
As massas de miras identificam-se pelo número de pontos brancos que aparecem sobre a parte
superior da base circular das mesmas.
Na parte inferior da base circular da massa de mira, existem 16 (dezesseis) entalhes que servem
para fixar a massa de mira, por meio do engrazador da massa de mira.
Na parte superior, encontram-se os números: 0, 4, 8 e 12. Servem para localizar a posição da
massa de mira com relação à linha de referência que se encontra sobre o bloco do cilindro de gases,
Fig.25.
As massa de mira, possuem as seguintes medidas: No 1 = 3,65mm; No 2 = 4,30mm; No 3 =
4,95mm e No 4 = 5,60mm.
15.2.3.1 -FERRAMENTAS
Uma chave de fenda de dimensões apropriadas é necessária.
15.2.3.4 - CORREÇÃO
A correção dos erros em direção, se faz deslocando a base da alça para a esquerda ou para a
direita, conforme o caso.
17 - EMPREGO DE CALIRADORES
17.1-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-se suas
penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
17.1.1 - Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)
Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá penetrar no
interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos, isto é, da câmara
para a boca e da boca para a câmara, Fig.29.
Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, deve ser recolhida para
manutenção de 3o ou 4o escalão, significando que a arma está REFUGADA, Fig.29.
É a medida da folga mínima que deve existir entre a garra do extrator e a face anterior do
ferrolho (apoio do culote do cartucho). A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador de folga
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 59
do extrator E 8000 = U 10865 Co, Fig.31, que colocado como se fosse a virola de um cartucho, entre a
face do ferrolho e a garra do extrator, deve passar livremente, sem movimentar o extrator (sem forçar o
culote). A espessura deste calibrador é de 1,37 mm.
FIM
NO Assunto Pagina
01 CARACTERÍSTICAS
02 DESMONTAGEM
03 MONTAGEM
04 FOLGA DA ARMA
05 MANEJO
06 FUNCIONAMENTO
07 SEGURANÇA
08 INCIDENTES DE TIRO
09 NOMECLATURA
1 – Características
1.1 - Designação
NEE.......................................................................................................1005-1060 830
Indicativo militar ............................................................................Mtr 7,62 M919 A4
Nomenclatura ..................................................................Metralhadora 7,62 M919A4
1.2 – Classificação
Quanto ao tipo ..............................................................................não portátil
Quanto ao emprego........................................................................coletivo
Quanto ao funcionamento..............................................................automático
Quanto princípio de funcionamento ...........................................utilização do recuo do sistema
cano caixeta ( curto recuo do cano )
Quanto a refrigeração.....................................................................a ar
1.3 – Alimentação
Carregador ..................................................................................tipo fita , de lona
Capacidade .................................................................................100 ou 250 cartuchos
Sentido .......................................................................................da esquerda para direita
1.4 – Raiamento
Número de raias ........................................................................................04 ( quatro )
Sentido ....................................................................................da esquerda para direita
Observação
1. A metralhadora 7,62 M919 A4, normalmente utiliza o reparo. 30 M2 Ter. podendo, no
entanto de acordo com a viatura em que é instalado, usar os mais variados tipos de reparos.
2. Existe a metralhadora 7,62 A4 – fixa, NEE 1005-1060-880, que só difere desta por não
possuir punho no bloco de fechamento e ter para - choque inclinado .
2 - DESMONTAGEM DA METRALHADORA
2.11.2 – Gatilho
Puxá-lo pela retaguarda do conjunto amortecendo.
2.11.3 – Acelerador
Retirar o eixo do acelerador e o acelerador.
2.15.2 – Impulsor
Desloca-se o impulsor para qualquer lado e o retira da ranhura guia; com um tocapino, retira-se
o eixo da lingüeta; ficam livres a lingüeta com braço do impulsor e sua mola .
3 – Montagem
4 – Folga da arma
Folga de uma arma é a distância entre o culote de um cartucho introduzido na câmara e a face
anterior do ferrolho. A folga nas Mtr. 30 é regulada mediante a obtenção de um determinado espaço
entre a parte posterior do cano e a face anterior do ferrolho. A folga de uma arma deve ser regulada,
obrigatoriamente antes do primeiro tiro, para assegurar o funcionamento perfeito da arma e evitar
possíveis incidentes decorrentes de uma folga excessiva ou insuficiente.
4.1 - Folga insuficiente – Acarreta um funcionamento mais lento, com um emperramento das
partes móveis. A tranca não entrará em seu alojamento no ferrolho, o que poderá danificar o ferrolho, a
caixeta o ressalto da tranca ou a própria tranca. Incidentes na extração também poderão ocorrer devido
ao trancamento incompleto ou destrancamento inoportuno.
4.2 - Folga excessiva – A folga excessiva acarreta um funcionamento deficiente, com choque
entre as partes móveis, podendo danificá-las. A folga em excesso também poderá provocar a ruptura
do estojo, ficando parte do mesmo engastado na câmara.
4.4 - Para regular a folga da arma, agir da seguinte maneira, com a arma montada:
Trazer o ferrolho à retaguarda cerca de 2 cm, com o auxílio de uma chave de fenda, atarraxar o
cano à caixeta, agindo nos entalhes da parte traseira do cano, até que, soltando a alavanca de manejo, o
ferrolho impulsionado pela mola recuperadora não consiga ir totalmente a frente: desatarraxar o cano
da caixeta, um ponto de cada vez, até que o ferrolho, por ação da mola recuperadora, vá complemente
a frente. Não forçar o ferrolho à frente com as mãos. Seu avanço dar- se-á unicamente por ação da
mola recuperadora. O conjunto cano – caixeta avançará com o ferrolho para a posição de disparo;
desatarraxar, em seguida, de mais um ponto, o conjunto cano-caixeta; dar um golpe na alavanca de
manejo para fazer a verificação. No avançar para a posição de disparo o sistema, não deverá haver o
menor forçamento entre as partes móveis. Estas deverão atingir facilmente a posição mais avançada,
que será de um som metálico, correspondente ao trancamento. É importante essa verificação, e
conforme seu resultado, deverá ser atarraxado ou desatarraxado o conjunto cano-caixeta, de mais um
5 – Manejo
5.1- Municiar o carregador: Organizar o carregador tipo fita de lona, com auxílio da
máquina de carregar .30 M918.
5.2- Alimentar a arma: Com a tampa aberta colocar a fita sobre a mesa de carregamento de
modo que o primeiro cartucho fique empolgado pelo transportador - ejetor; com a tampa fechada
colocar a fita de modo que o primeiro cartucho ultrapasse o retém do carregador.
5.3- Carregar e engatilhar: Agir na alavanca de manejo trazendo-a uma vez a retaguarda,
caso a alimentação tenha sido feita com a tampa aberta, e duas vezes caso a alimentação tenha sido
feita com a tampa fechada.
5.2 - Disparar: Acionar a tecla do gatilho .
6 - Funcionamento:
Para melhor compreensão do funcionamento, vamos partir do momento em que houve o
primeiro disparo, observando-se em seguida as fases do funcionamento.
Recuo No Avanço
• Destrancamento • Ejeção
• Abertura • Carregamento ( 2 ª fase )
• Extração • Fechamento
• Carregamento ( 1 ª fase ) • Trancamento
• Engatilhamento • Desengatilhamento e percussão
No Recuo:
• Destrancamento:
Por ocasião do disparo, os gases agindo sobre o culote do cartucho farão sentir esta ação. Cano
ou ferrolho, que recuará levando consigo a caixeta, que faz sistema com o ferrolho por intermédio da
tranca. A tranca, que deslizava sobre sua plataforma, quando encontra a sua rampa de acesso é forçada
para baixo pelos abaixadores da tranca (na armação), liberando o ferrolho que começa a recuar sozinho
• Abertura:
Quando começa recuar sozinho, o ferrolho se afasta da parte posterior do cano havendo, então,
a abertura.
• Extração:
Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio da ranhura extratora é retido
o estojo da câmara, houve, então, a extração. durante a queima da carga de projeção, o estojo dilata-se
ligeiramente aderindo as paredes da câmara e poderá partir se for extraído no mesmo instante, para
evitar tal acidente, é necessário uma certa ressividade no início da extração, o que é conseguido pela
parte anterior e superior da tranca que, sendo duplamente biselada, assegura um destrancamento
progressivo e consequentemente uma extração sem violência.
• Carregamento( 1ª fase ):
Desde o início do recuo, o transportador-ejetor, que faz sistema com o ferrolho, vai retirando o
cartucho da fita. Deslizando sobre a parte superior do ressalto de rotação é forçado para baixo pela
rampa abaixadora; sai de cima do ressalto de rotação e coloca o cartucho no extrator.
• Engatilhamento:
Durante o recuo, o percursor é forçado pela alavanca de armar a recuar ficando preso pelo
gatilho intermediário.
• Fechamento:
Ao colocar o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato com a parte posterior do cano e
há então, o fechamento.
• Trancamento:
No avanço, o ferrolho encontra-se com o acelerador, desfaz o sistema cano–caixeta, avançando
a partir deste momento, ficando a armação parada. A tranca encontrando a rampa de acesso do seu
ressalto, sobe engrazando-se no ferrolho, que passa a fazer sistema com o cano – caixeta continuando
assim o avanço.
• Desengatilhamento e percussão:
No final do avanço, a parte anterior do gatilho, agindo no gatilho intermediário faz com que o
mesmo se abaixe liberando o percursor, este indo a frente, vai ferir a cápsula do cartucho, isto é, há a
percussão.
7 - Segurança:
Por não dispor esta arma de registro de segurança, é conveniente retirar o carregador da arma
quando esta não estiver atirando. Para isso, colocar um bloco de madeira entre a câmara e a face
dianteira do ferrolho.
8 - INCIDENTES DE TIRO
TIPOS DE CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
FALHA NA 1. Virola do estojo quebrada 1. Substituir
EXTRAÇÃO 2. Ranhura extratora quebrada 2. Substituir
FALHA NA 1. Ejetor quebrado 1. Substituir
EJEÇÃO 2. Mergulhador do transportador ejetor quebrado 2. Substituir
1. Alavanca de armar gasta ou quebrada. 1. Substituir
FALHA NO
2. Mola do batente do percursor quebrado. 2. Substituir
ENGATILHA
MENTO 3. Ressalto do gatilho intermediário ou do percursor gasto 3. Substituir
ou quebrado
FALHA NO 1. Gatilho empenado 1. Substituir
DESENGATI 2. Bico ou ressalto do gatilho quebrado 2. Substituir
LHAMENTO
NEGA 1. Munição defeituosa 1. Substituir
1. Alavanca de armar gasta ou quebrada 1. Substituir
2. Pino do batente da mola do percursor quebrado 2. Substituir
DISPARO
3. Mola do percursor quebrada 3. Substituir
9 - NOMECLATURA
FERROLHO
CAIXETA
ARMAÇÃO
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 76
CONJUNTO DA TAMPA
FIM
ÍNDICE
Nr Assunto Página
01 APRESENTAÇÃO
02 CARACTERÍSTICAS
03 DESMONTAGEM
04 MONTAGEM
05 FUNCIONAMENTO
06 SEGURANÇAS
07 INCIDENTES DE TIRO
08 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO
1 – APRESENTAÇÃO
A Metralhadora de mão, calibre 9mm, modelo 1972 “BERETTA”, é uma arma automática que
funciona pela ação dos gases diretamente sobre o ferrolho (utilização direta dos gases), sem nenhum
sistema de trancamento mecânico. Pode efetuar dois tipos de tiro: o tiro semi-automático (tiro a tiro) e
o tiro automático (rajada). É uma arma compacta, pois grande parte do cano situa-se no interior do
ferrolho, característica esta que lhe dá grande estabilidade no tiro automático. Em face de sua baixa
cadência de tiro, possui uma boa concentração de impactos, não havendo desperdício de munição. É
alimentada por carregadores metálicos, tipo cofre, com capacidade de 30 ou 40 cartuchos. Dispõe de
uma coronha metálica que pode ser dobrada sobre o lado direito da arma, para maior facilidade de
transporte.
2 - CARACTERÍSTICAS
2.1 - Designação
Referência numérica NEE 1005-1 N 063 052
Indicativo militar Mtr M9 M972
Nomenclatura Metralhadora de mão, calibre 9mm, mod. 1972
2.2 - Classificação
Quanto ao tipo Portátil
Quanto ao porte individual
Quanto ao emprego individual
Quanto ao funcionamento Automática
Quanto ao princípio de funcionamento Ação dos gases sobre o ferrolho culatra
desaferrolhada
Espécie de tiro Tiro direto
2.3 - Alimentação
Carregador Tipo cofre metálico
Capacidade 30 ou 40 cartuchos
Sentido De baixo para cima
2.4 - Raiamento
Número de raias 6 (seis)
Sentido À direita
Passo 0,250 m
3. DESMONTAGEM
dação
c) Punho posterior
Retirar a cavilha do tubo de fixação do punho posterior, comprimindo suas extremidades e
empurrando-a para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior. Forçar, com pequenos
golpes, o punho para trás e para baixo, retirando-o.
NOTA: O tubo de fixação do punho posterior deve ser colocado sempre da esquerda para a
direita da arma e sua cavilha pelo lado oposto.
a) Carregador
Com um toca pinos, pressionar o retém do fundo do carregador, fazendo-o deslizar para fora de
seu encaixe.
Com o polegar, apoiar o retém para evitar a descompressão violenta da mola do carregador.
Retirar a mola do carregador e o transportador.
b) Extrator
Com um toca - pino, retirar o eixo do extrator, apoiando o extrator com o dedo polegar. Retirar
o toca - pino, liberando o extrator, que sairá juntamente com sua mola.
d) Punho anterior
Com uma chave de fenda especial, desaparafusar a porca do tirante do punho anterior. Retirar o
fundo do punho e o punho. Com um toca - pino, retirar o eixo do tirante, ficando livre o tirante.
g) Registro de tiro
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 83
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de tiro e retirá-la.
Pressionando o registro de tiro para a esquerda, retirá-lo.
h) Registro de segurança
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do registro de segurança e retirá-la.
Pressionando o registro de segurança para a direita, retirá-lo.
i) Armadilha
Com um toca - pino, retirar o pino limitador e o eixo da armadilha. Retirar a armadilha.
j) Impulsor da alavanca de disparo
Com uma chave especial, girar o impulsor de meia volta, até que a aba do seu suporte saia de
seu encaixe no bloco central. Retirar o impulsor.
a) Coronha
Com uma chave de fenda, retirar o eixo da charneira da coronha, ficando livre a coronha e o
mergulhador da charneira da coronha com sua mola.
b) Chapa da soleira
Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do eixo da chapa da soleira e retirá-la.
Com um toca pino, retirar o eixo da chapa da soleira, ficando livre a chapa da soleira com seu
mergulhador e mola.
e) Percursor
Com um toca - pino, retirar o pino do percursor. Introduzindo o toca - pino no alojamento do
extrator, forçar o percursor para frente, retirando-o.
f) Armadilha
Com um toca - pino, retirar a bucha do eixo e da alavanca da armadilha, ficando livres o corpo,
a alavanca e a mola da armadilha.
h) Retém do carregador
l) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, desatarraxá-la, retirando-a de seu suporte.
m) Alça de mira
Com um toca - pino, retirar o pino de pressão do parafuso de regulagem da alça de mira. Ficará
livre a mola do parafuso de regulagem da alça de mira. Com uma chave de fenda, desatarraxar o
parafuso de regulagem da alça de mira retirando-o. A alça de mira e sua mola ficarão livres.
4 - MONTAGEM
a) Alça de mira
Colocar a mola da alça de mira, em seu alojamento, colocar a alça de mira com o visor marcado
com número 1, voltado para a parte posterior da caixa da culatra. Introduzir o parafuso de regulagem
da alça de mira pela direita. Montar a mola do parafuso de regulagem e, pressionando-a, introduzir o
pino de pressão do parafuso de regulagem.
b) Massa de mira
Com a chave da massa de mira, atarraxá-la em seu suporte.
d) Ejetor
Colocar o ejetor pela janela de ejeção, coincidir seu orifício superior com o orifício III da caixa
da culatra, introduzindo, a seguir, o pino superior do ejetor.
e) Retém do carregador
Colocar a mola do retém do carregador no seu alojamento existente no retém. Em seguida,
colocar este conjunto na caixa da culatra, de modo que sua ponta superior penetre no rasgo “A”
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 85
existente no ejetor. Obrigar a mola do retém, com uma chave de fenda, a se alojar no alojamento do
retém do carregador. Em seguida, coincidir, com o auxilio de um toca - pino, o orifício inferior do
ejetor e o orifício do retém do carregador com o orifício IV da caixa da culatra. Colocar o eixo do
retém - pino inferior do ejetor.
g) Armadilha
Introduzir a mola da armadilha entre o corpo e a alavanca da armadilha. Comprimir as duas
peças até coincidir os orifícios e colocar a bucha do eixo da armadilha.
h) Percursor
Colocar o percursor em seu alojamento no ferrolho. Fazer o entalhe do percursor passando uma
broca pelo furo do pino do percursor (diâmetro 2,57 + 0,033). Colocar o pino.
l) Chapa da soleira
Colocar em seu alojamento o mergulhador e mola da chapa da soleira observando a posição
correta da chapa da soleira. Pressionar o tubo da coronha contra a mesma, de modo a comprimir a
mola, fazendo coincidir os orifícios. Colocar os eixos da chapa da soleira. Montar a arruela de
travamento no eixo da chapa da soleira.
m) Coronha
Colocar a mola do mergulhador e o mergulhador no alojamento do suporte da coronha com a
ponta do mergulhador para fora. Pressionar a coronha, fazendo coincidir os orifícios do suporte da
coronha e da charneira. Colocar o eixo da charneira da coronha. A coronha deve ser pressionada
aberta.
d) Registro de segurança
Colocar o registro de segurança no orifício XI da caixa da culatra, pelo lado direito da arma
(onde está gravado FUOCO - primeiro). Fixar o registro de segurança pelo lado oposto, colocando a
arruela de travamento em seu rebaixo.
e) Registro de tiro
Segurando a arma com o alojamento do carregador virado para cima, comprimir, com a chave
de fenda, a alavanca de disparo e introduzir o registro de tiro, pela esquerda do orifício VIII da caixa
da culatra. Fixá-lo com a arruela de travamento.
g) Punho anterior
Colocar o tirante do punho de modo que coincida seu orifício com o orifício II da caixa da
culatra e prendê-lo em seu eixo. Montar o punho em seu tirante, colocar o fundo do punho e fixar estas
peças com a porca do tirante do punho utilizando a chave de fenda especial.
i) Extrator
j) Carregador
Introduzir o transportador e o conjunto mola - retém no carregador, com a extremidade mais
elevada da espira superior voltada para frente. Pressionar o retém, de modo a permitir que o fundo do
carregador deslize em seu encaixe.
d) Carregador
Introduzi-lo em seu alojamento até que fique preso pelo seu retém.
e) Bandoleira
Prendê-la nos zarelhos com os grampos de segurança.
5 - FUNCIONAMENTO
a) Extração
A pressão que empurra o estojo contra seu alojamento no ferrolho obriga-o a recuar. A função
do extrator consiste em manter o estojo no seu alojamento no ferrolho, a fim de evitar que ele tombe
no mecanismo antes da ejeção. O extrator servirá, também, para extrair um cartucho ou estojo que
tenha provocado um incidente de tiro.
1 . Estojo (amarelo)
2 . Ejetor (vermelho)
b) Ejeção
No momento em que o alojamento do culote do cartucho, no ferrolho, se encontra,
aproximadamente, à altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em contato com o
ejetor que, sobressaindo no alojamento do culote, obriga-o a girar em torno da garra do extrator e o
projeta para fora da arma.
c) Apresentação do cartucho
Continuando seu movimento para retaguarda o ferrolho ultrapassa o carregador, não estando
mais pressionados pelo ferrolho, o transportador eleva-se pela ação da mola do carregador, até que o
cartucho de cima seja limitado pelas abas do carregador, dando-se, então, a apresentação deste
cartucho.
a) Engatilhamento
Após o fim do recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para a frente; ele é retido logo
no inicio do avanço pela armadilha, caso o registro de tiro esteja na posição “SINGOLO” (tiro semi-
automático); ou recomeça o ciclo, se o registro está na posição “RAFFICA” (tiro automático).
b) Desengatilhamento
Ação do dedo sobre o gatilho abaixa a parte posterior da armadilha, liberando o ferrolho que,
sob a ação da mola recuperadora, é lançado à frente.
c) Carregamento
Após um percurso para a frente de cerca de 35mm, a parte inferior do ferrolho “F” entra em
contato com o culote do cartucho apresentado e o empurra para a frente.
Em seu movimento, o projetil encontra a rampa de acesso “R” existente no cano, orientando-se
para a câmara, desprendendo, assim, o cartucho, das abas do carregador. O ferrolho continua
empurrando o culote do cartucho, introduzindo-o completamente na câmara, dando-se, então, o
carregamento.
d) Percussão
O ferrolho, terminando seu movimento para frente, obriga o extrator a levantar-se, indo o
culote do cartucho ocupar seu alojamento. Ao mesmo tempo, o percursor “P” que é saliente no
alojamento do cartucho, percute a cápsula, provocando a deflagração.
P . Percursor
6 - MECANISMO DE DISPARO
6.1 - Seguranças
a) Registros de segurança
Com o registro de segurança comprimido do lado “FUOCO”, o rebaixo existente no mesmo
permite a introdução da forquilha “F” da armação do dispositivo de segurança do punho, quando se
comprime sua tecla, ao empurrar a arma. Com o registro de segurança comprimido do lado
“SICURA”, a forquilha “F” do dispositivo de segurança do punho encontra o diâmetro maior do
registro, não podendo, pois, se deslocar, ficando imobilizado o dispositivo de segurança.
F . Forquilha
A . Alavanca da armadilha
F . Forquilha
B . Batente
R . Retém do ferrolho
A . Armadilha
B . Batente
M - Mola da armadilha
I - Impulsor do dispositivo de segurança do punho
N - Nervura da alavanca de disparo
H - Impulsor da alavanca de disparo
(2) Caso a tecla do dispositivo de segurança seja liberada sem que se libere o gatilho, o
dispositivo de segurança não voltará à sua posição, devido à alavanca da armadilha.
7 -INCIDENTES DE TIRO
7.1 - Generalidades
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro (sem danos para o material
e/ou pessoal) por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é normalmente eliminada por um conjunto de operações chamadas “ação
imediata” . É constituída pelas seguintes operações:
- Retirar o carregador
- Dar dois golpes de segurança, para extrair, se possível e ejetar um cartucho ou estojo que
esteja na arma.
- Travar a arma com o ferrolho à retaguarda.
- Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma do cano, para ver se existe
qualquer anormalidade.
- Recolocar o carregador.
- Destravar e recomeçar o tiro.
FIM
NR Assunto PÁGINA
01 APRESENTAÇÃO
02 CARACTERÍSTICAS
03 DESMONTAGEM 1º ESCALÃO
04 DESMONTAGEM DE 2O ESCALÃO
05 DESMONTAGEM DE 3O ESCALÃO
06 MONTAGEM
07 FUNCIONAMENTO
08 MANEJO
09 MANEJO DO BIPÉ
10 INCIDENTE DE TIRO
11 ACIDENTE DE TIRO
12 AÇÃO IMEDIATA
13 REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA
14 MANUTENÇÃO
15 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO
16 EMPREGO DE CALIBRADORES
17 RESUMO DO EMPREGO DE CALIBRADORES
18 VISTA EXPLODIDA
19 LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA
Quando se cogita a utilização de uma metralhadora pesada para um carro de combate ocidental,
a escolha recai fatalmente sobre a extraordinária Browning .50.
Contudo, ao se necessitar de uma arma de alta flexibilidade tática para o mesmo carro, capaz de
assumir a função de arma coaxial e até figurar como segunda metralhadora em reparo de torre, a
eleição se faz baseado em vários fatores, como por exemplo, o calibre, a capacidade de
aprovisionamento de munição, habilidade em suportar rajadas prolongadas e pouca necessidade de
manutenção a partir do 3o escalão.
Todos os fatores citados, acrescidos do peso específico do armamento, também são levados em
conta ao se buscar o equivalente para equipar as tropas de infantaria.
Graças a herança da II Guerra Mundial, onde os vencedores procuraram absorver o máximo da
inventiva existente nos territórios conquistados pelos Aliados, surgiram alguns projetos, não tão novos
assim, francamente baseados no que se havia criado “do outro lado da trincheira”.
Dentre os projetos encontrados pelos pesquisadores de material bélico, havia uma, não
propriamente novidade, que havia feito fama no campo de batalha devido a sua enorme capacidade de
destruição, acompanhada por um ruído característico, tamanha era a sua cadência de tiro: a MG 42
alemã, por si, uma evolução da não menos famosa MG 34.
O ruído característico, era o resultado dos seus 1.000 disparos por minuto.
No estudo da metralhadora MAG, que só realiza o tiro automático, temos que atentar para o
cuidado de não aquecer seu cano demasiadamente, o que se consegue com muita facilidade, evitando
rajadas prolongadas. Contudo, a remoção e a troca do cano são facílimas, graças a um sistema que
permite tal operação seja efetuada em pequeno espaço de tempo.
Outro detalhe importante é a regulagem dos gases, feita através de uma válvula que se encontra
sob o cano. Ao fazer uso desta válvula, consegue-se uma variação da cadência de 600 a 1.000 tiros por
minuto. Também devemos ressaltar a fácil desmontagem, tornando operações normais de manutenção
bem simples, além de diminuir o tempo despendido com o treinamento de recrutas.
Esta magnífica arma é utilizada em mais de 60 países, sendo o equipamento de eleição imediata
por qualquer força armada, não só pelo seu desempenho fora do comum, como também, pela
confiabilidade e grande poder de fogo.
2-CARACTERÍSTICAS
1-DESIGNAÇÃO
NEE..........................................................1005-1063-756-0
Indicativo militar ......................................Mtr 7,62 M971 “MAG”
Nomenclatura ...........................................Metralhadora 7,62 Modelo 1971 “MAG”
2-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ..........................................Não portátil
Quanto ao emprego ...................................Coletivo
Quanto ao funcionamento ........................Automático
Princípio de funcionamento......................Ação dos gases, por tomada no terço médio do cano
Quanto a refrigeração ...............................A ar
Quanto a espécie de tiro ...........................Tiro direto
3-ALIMENTAÇÃO
Carregamento ............................................Retrocarga (mesa de alimentação)
Alimentação ...............................................Fita de elos metálicos articuláveis
3-DESMONTAGEM
1-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
Abrir a tampa da caixa da culatra, agindo nos ferrolhos de travamento.
Trazer a alavanca de manejo completamente para a retaguarda.
Colocar o registro de segurança, na posição de segurança “S”.
Levantar a mesa de alimentação e verificar se a câmara está vazia.
Colocar o registro de segurança, na posição de fogo “F”.
Agindo na tecla do gatilho, levar as peças móveis à frente.
2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 97
a -Retirar o Cano
Comprimir, com o polegar da mão esquerda, o botão da alavanca de retenção do anel
roscado de fixação do cano e com a mão direita dar um golpe para a esquerda no punho de transporte.
Levar o cano à frente liberando-o da arma.
c-Retirar a Coronha
Pressionar o retém do bloco posterior e, simultaneamente, exercer um esforço para cima
sobre a coronha, a fim de separá-la da arma.
4-DESMONTAGEM DE 2o ESCALÃO
a- Retirar o Quebra-Chamas
Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxá-lo e retirá-lo.
c- Desmontar o Extrator
Utilizaremos a chave para desmontagem do extrator (OREA 19). Na falta desta ferramenta,
poderemos trabalhar com o raspador para limpeza do cilindro de gases, combinado com a chave para
desmontagem do extrator (OREA 78).
Introduzir um dos ganchos da ferramenta, na ranhura existente no impulsor do extrator e o
outro na ranhura do ferrolho.
Mantendo a ferramenta de desmontagem nesta posição, exercer pressão sobre o ferrolho de
modo a trazê-lo no prolongamento da culatra móvel.
Retirar o extrator e liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 19), deixando o ferrolho
voltar para cima sob a ação da mola do extrator.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 98
Retirar o impulsor do extrator e sua mola.
f- Retirar a Armadilha
Com um toca-pino, retirar o eixo da armadilha.
Girar a armadilha 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-la por cima, liberando-a do gancho
da armadilha.
5-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
a- Desmontar o Ejetor
Adaptar a ferramenta especial para desmontagem do ejetor (OREA 15), no conjunto culatra
móvel-ferrolho.
Comprimir o ejetor por meio da ferramenta (OREA 15), pressionando-a sobre o ferrolho.
Com um toca-pino apropriado e um martelo, retirar o pino de travamento do ejetor.
Liberar cuidadosamente a ferramenta (OREA 15) e retirar do seu alojamento o ejetor e sua
mola.
e- Desmontar o Bipé
Com um toca-pino, rebater o pino de travamento do bipé.
Girar o bipé 1/4 de volta para qualquer lado e retirá-lo pela frente.
Retirar o anel-grampo do eixo das pernas do bipé.
Retirar a porca e a arruela do eixo das pernas do bipé.
Retirar o eixo, ficando livres a mola das pernas e as pernas do bipé.
Girar a cabeça articulada do bipé, a fim de retirar o pino de ligação do bipé.
Girar 1/4 de volta para qualquer lado, o eixo oco do bipé, retirando a bucha com o
mergulhador e a mola da cabeça do bipé.
Ficam livres a cabeça principal, cabeça articulada e o eixo oco do bipé.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 100
l- Desmontar a Garra de Travamento da Tampa
Adaptar a ferramenta para desmontagem da garra de travamento da tampa (OREA 8), na via
de alimentação, de modo que a parte posterior da ferramenta (menor), fique apoiada sobre as guias
principais anteriores; e a parte anterior da ferramenta (maior), fique alojada na garra de travamento.
Pressionar a parte posterior da ferramenta (OREA 8), para baixo deixando a mesma na
posição horizontal.
Com um toca-pino, retirar o pino de retenção da garra de travamento.
Afrouxar gradativamente a ferramenta e retirá-la da arma.
Retirar a garra com as suas molas.
m- Desmontar a Aldraba da Janela de Ejeção
Com um toca-pino, retirar o eixo da aldraba.
Ficam livres o corpo da aldraba e a sua mola.
n- Desmontar a Alça de Mira
Com um toca-pino, retirar o eixo da lâmina da alça de mira.
Ficam livres o impulsor da alça de mira e sua mola.
Retirar o parafuso de fixação do cursor da alça de mira.
Retirar o cursor da alça de mira.
o- Desmontar a Alavanca de Manejo
Retirar o pino de fixação do botão da alavanca de manejo.
Retirar o botão da alavanca de manejo.
Retirar o corpo da alavanca de manejo, puxando-o para trás.
Retirar o pino de travamento do botão de travamento da alavanca de manejo.
Ficam livres o botão de travamento e sua mola.
p- Desmontar o Botão de Comando da Alavanca de Alimentação
Com um toca-pino, retirar o pino de retenção do botão de comando.
Ficam livres o botão e sua mola.
q- Desmontar o Percussor
Com um toca-pino, retirar o pino retentor do percussor.
Retirar o percussor de seu alojamento.
r- Desmontar o Retém do Bloco Posterior
Com um toca-pino, retirar o pino do retém do bloco posterior.
Com um toca-pino, retirar o eixo do retém do bloco posterior, ficando livres o retém, a mola
e o apoio da mola.
s- Desmontar a Chapa da Soleira - Zarelho Posterior
Com uma chave de fenda, retirar os parafusos da chapa da soleira.
Retirar a chapa da soleira da coronha.
t- Desmontar a Coronha
Adaptar a ferramenta especial para retirar o anel-mola do parafuso de fixação da coronha
(OREA 64) e retirá-lo.
Adaptar a ferramenta especial para retirar a roseta do parafuso de fixação da coronha
(OREA 45) e retirá-la.
Com uma chave de fenda, retirar o parafuso de fixação da coronha.
v- Desmontar o Amortecedor
Fixar o bloco posterior em um torno de bancada.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 101
Com a chave de boca especial com massa (OREA 46), desatarraxar a bucha do bloco
posterior, tendo o cuidado de levantar as duas extremidades da arruela de fixação da bucha.
Retirar as arruelas “Belleville”, em número de 11 (onze).
Retirar o eixo-guia das arruelas.
Retirar o anel-freio.
Retirar o cone de aço e o tampão.
4-MONTAGEM
A montagem é executada na ordem inversa da desmontagem, observando-se os seguintes
detalhes:
A posição da mola da armadilha e do gatilho, com o ramo inferior, por trás do pino de
apoio, no gatilho. (Veja detalhe na Fig. 10-W).
Na montagem do extrator, atenção na correta adaptação da ferramenta especial (OREA 78),
e cuidado com a respectiva mola.
Na montagem da mola do extrator, introduzir o lado com espira mais aberta no impulsor do
extrator e o lado com espira mais fechada no alojamento na culatra móvel.
Na colocação do conjunto êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel na caixa da culatra, o
gatilho deve ser pressionado, e o dedo indicador, deve ser colocado entre os conjuntos, de modo que os
mesmos fiquem na horizontal e possam ser completamente introduzidos na arma.
5-FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
Avanço das peças móveis;
Ação dos gases; e
Recuo das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
Mecanismo da culatra retido, pela armadilha, na sua posição posterior (engatilhado); e
Fita de cartuchos introduzida na arma, estando fechada a tampa da caixa da culatra.
A-Fases de Funcionamento
Estudaremos o funcionamento em duas fases: Avanço das Peças Móveis e o Recuo das Peças
Móveis.
Durante o Avanço das Peças Móveis: Durante o Recuo das Peças Móveis:
1-Desengatilhamento 8-Destrancamento
2-Carregamento 9-Extração Primária
3-Extração 1a Fase 10-Abertura
4-Fechamento 11-Extração 2a Fase
5-Trancamento 12-Ejeção
6-Confirmação do Trancamento 13-Engatilhamento
7-Percussão
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 102
A armadilha é mantida nesta posição, por ação de sua mola.
1-Desengatilhamento
Ao ser acionado o gatilho, a ação deste provoca a descida da armadilha, liberando assim, a
corrediça.
O mecanismo da culatra avança, então, sob a ação do conjunto recuperador.
2-Carregamento
O talão da culatra móvel, encontra o culote do primeiro cartucho, retirando-o da fita e
direcionando-o para a câmara, através da rampa de alimentação (R-Fig. 1-A).
3-Extração 1a Fase
Após o cartucho está parcialmente introduzido na câmara, o extrator se afasta e permite ao
culote do cartucho se colocar na cubeta da culatra móvel, por trás da garra do extrator (Fig. 1-B).
4-Fechamento
No final da introdução do cartucho na câmara, a parte anterior da culatra móvel, encostará
na parte posterior do cano.
A arma está assim fechada (Fig. 1-C).
5-Trancamento
Quando a culatra móvel encosta na parte posterior do cano, a parte côncava do ferrolho
entra, então, em contato com as extremidades das guias principais anteriores da culatra móvel, fixadas
nas paredes laterais da caixa da culatra, o que obriga o ferrolho a baixar-se.
Durante este tempo, a corrediça continua seu movimento para frente e, por intermédio da
biela, abaixa ainda mais o ferrolho, cuja superfície de trancamento vem se colocar diante do suporte de
trancamento, que fica no interior da caixa da culatra.
A arma está assim trancada (Fig. 1-D).
6-Confirmação do Trancamento
Após o trancamento, o conjunto êmbolo-corrediça, avança ainda uma curta distância, até a
extremidade anterior da corrediça encostar na parte posterior do cilindro de gases (Fig. 1-E).
7-Percussão
No momento final do contato do conjunto êmbolo-corrediça com o cilindro de gases, o
percussor, que é solidário à corrediça, aflora em seu orifício de passagem na culatra móvel, dando
assim a percussão (Fig. 1-E).
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 103
D-Recuo das Peças móveis
Com a ação dos gases sobre o êmbolo, este passa a recuar, acontecendo o mesmo com a
corrediça, o ferrolho e a culatra móvel, que lhes são solidários.
1-Destrancamento
No princípio deste movimento para trás, o conjunto êmbolo-corrediça, perde contato com a
parte posterior do cilindro de gases, que provoca o retrocesso do percussor, o qual é solidário à
corrediça, e arrasta também a biela, a qual se liga, por um lado, à corrediça e, por outro, ao ferrolho.
A biela atuando sobre o ferrolho, arrasta-o contra as extremidades, em forma de ressaltos,
das guias principais anteriores da culatra móvel, fixadas nas paredes laterais da caixa da culatra,
obrigando o ferrolho a efetuar um deslocamento para cima, sob a ação da biela, e para trás, sob o efeito
do contato entre a parte côncava do corpo do ferrolho e os ressaltos (Fig. 1-F).
2-Extração Primária
Tal ação da biela, provoca o arrastamento lento e progressivo do ferrolho, que, por
intermédio do extrator, “descola” o estojo da câmara (Fig. 1-F).
É a isto que se convencionou chamar de “extração primária”, o qual permite, às armas que
a possuem, um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas, causadoras de
incidentes, como a degola do estojo.
3-Abertura
Prosseguindo a corrediça em seu movimento de recuo, a parte posterior do ferrolho é
levantada até desprender-se completamente do suporte de trancamento, ficando praticamente na
horizontal e, a partir daí, começa a recuar também a culatra móvel, a qual se afasta da câmara e
propiciando a abertura (Fig. 1-F).
4-Extração 2a Fase
Recuando os conjuntos êmbolo-corrediça-ferrolho-culatra móvel, este último arrasta consigo
o culote do estojo, empolgado pela garra do extrator (Fig. 1-G).
5-Ejeção
Retirado o estojo, o ejetor situado na parte anterior da culatra móvel, acima do extrator, pode
então atuar por ação de sua mola, que estava comprimida, empurrando o estojo para baixo, vencendo
assim a força da garra do extrator.
O estojo, é então, ejetado pela janela situada embaixo da caixa da culatra (Fig. 1-G).
6-Engatilhamento
O engatilhamento, será estudado no funcionamento dos mecanismos do gatilho e do registro
de segurança (Letra G, Pág.14).
E- Mecanismo de Alimentação
Conforme fizemos para as fases do funcionamento, vamos iniciar o estudo, com a arma
engatilhada e a fita na mesa de alimentação.
1- Posição Inicial
O mecanismo da culatra encontra-se engatilhado, isto é, na sua posição posterior. O
mecanismo é mantido nesta posição, pela retenção da corrediça através da armadilha.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 104
Uma fita de alimentação M971 está introduzida na arma, estando o primeiro cartucho
colocado sobre a via de alimentação, em frente à rampa de alimentação (R-Fig.1-A); o culote deste
cartucho se encontra, pois, em frente ao talão da culatra móvel, sobre o caminho que este vai percorrer
(Figs. 2 e 3).
2-Alimentação
A alimentação se efetua em duas fases, ocorrendo uma metade no percurso transversal da
fita de alimentação durante o avanço das peças móveis da arma e a outra metade durante o recuo.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 105
o curso do movimento do mecanismo da culatra móvel para adiante, ocorrem as seguintes
ações:
Quando a culatra móvel se movimenta para frente, o botão de comando da alavanca de
alimentação (A-Fig. 2), solidário com a culatra móvel, acompanha esta última em seu movimento
retilíneo.
Em seu movimento para a esquerda, o impulsor inferior arrasta a garra central (5-Fig. 4), a
qual, comprimindo suas molas, liberta o segundo cartucho (Figs. 4 e 5) empurrado para a direita pelas
garras anterior e posterior do impulsor superior, para vir se colocar por detrás desse cartucho.
Neste momento, as três garras se encontram por trás do segundo cartucho e o mecanismo da
culatra acaba seu movimento de avanço (Fig. 5).
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 106
4-Segunda Fase - Recuo das Peças Móveis
No curso do movimento do mecanismo da culatra para trás, ocorrem as seguintes ações:
Após a percussão do primeiro cartucho, a culatra móvel com o botão de comando da
alavanca de alimentação são lançados para trás, deslocando-se em um movimento retilíneo.
Na primeira metade do deslocamento da culatra móvel para trás, o botão de comando se
desloca na parte axial da alavanca de alimentação, não transmitindo, portanto, qualquer movimento às
garras de alimentação.
Na segunda metade do deslocamento para trás, o botão de comando (A-Fig. 6) que corre na
ranhura da alavanca de alimentação, atua sobre a parte oblíqua e curva da alavanca (H-Fig. 6),
obrigando esta a girar ao redor de seu eixo (C-Fig. 6) e deslocando, assim, a sua extremidade anterior
(D-Fig. 6) para a esquerda, isto é, em sentido contrário ao indicado na primeira fase.
Esse movimento para a esquerda da extremidade anterior da alavanca, arrasta as bielas (J-
Fig. 6), a qual provoca um deslocamento, para a esquerda, do impulsor superior (M-Fig. 6), o qual
arrasta as garras anterior e posterior (4-Fig. 7) e, para a direita, o impulsor inferior (L-Fig. 6), o qual
arrasta a garra central (5-Fig. 7).
Em seu movimento para a direita, o impulsor inferior, por intermédio da garra central,
exerce uma pressão sobre o segundo cartucho obrigando-o a deslocar-se transversalmente para a
direita até que se encontre em frente à via de alimentação. Durante seu deslocamento para a direita, o
cartucho obriga a placa de retenção a levantar-se e vem colocar-se debaixo dela (6-Figs. 7 e 8).
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 107
Em seu movimento para a esquerda, o impulsor superior arrasta as garras anterior e posterior
(4-Fig. 7), as quais, comprimindo suas molas, libertam o terceiro cartucho, o qual é arrastado para a
direita em virtude de estar ligado ao segundo cartucho através dos elos da fita de alimentação. As
garras vêm, então, colocar-se por trás do terceiro cartucho (4-Fig. 8) prontas a recomeçar o ciclo.
O recuo total da culatra móvel provoca a abertura da via de alimentação e permite, pois, que
o segundo cartucho venha a colocar-se sobre ela, debaixo da pressão da placa de retenção (6-Fig. 8),
estando, pois, em sua posição definitiva, pronto para ser empurrado para a câmara pela culatra móvel,
quando esta novamente avançar (Fig. 8).
Os gases que passam pelos orifícios referidos se introduzem no regulador (B) propriamente
dito, cujo corpo está provido de três pequenos orifícios de escape (C).
Quando se gira a luva de comando (D) do anel regulador do escape de gases, este desloca o
anel regulador (E) ao longo da parede do bloco do cilindro de gases que abraça o regulador de gases e
assim obtura mais ou menos os três orifícios de escape do bloco, correspondentes aos pequenos
orifícios abertos no regulador. Pode-se, assim, variar a quantidade de gases que trabalha sobre a cabeça
do êmbolo (H).
Quando o anel regulador (E) se encontra na posição em que obtura completamente os três
orifícios de escape (posição “MAX”), a quantidade de gases que atuam sobre a cabeça do êmbolo, isto
é, a destinada a fazer funcionar a arma, é a quantidade máxima. A velocidade de tiro e a força de recuo
do mecanismo, são assim, elevadas ao máximo.
Caso contrário, isto é, caso se folgue a luva de comando (D), o anel regulador (E) se desloca
de maneira a liberar, progressivamente, o três orifícios de escape já mencionados; a quantidade de
gases que escapa para o exterior aumenta e a que trabalha sobre o êmbolo diminui.
Com os orifícios completamente abertos (posição “1”), obtém-se velocidade de tiro e força
de recuo mais reduzidas.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 108
O registro não pode ocupar a posição “Segurança”, quando o mecanismo móvel está para
adiante, na posição “desengatilhado”.
A (Fig. 10), mostra o mecanismo da culatra “engatilhado” com o registro de segurança (K)
na posição de “Segurança” (S). Nesta posição, o eixo do registro apresenta uma superfície cheia junto
ao ressalto (T) da armadilha, o que impede que esta gire, mantendo assim a sua extremidade posterior
(A) alojada na caixa do mecanismo da culatra de tal maneira que esta extremidade retém a corrediça na
sua posição recuada, mesmo quando se atua sobre o gatilho.
A (Fig. 11), representa o mecanismo da culatra “engatilhado”, com a corrediça na posição
recuada e o registro na posição de “Fogo” (F). O gancho (B) da armadilha e a extremidade posterior
(A) da armadilha penetram na caixa da culatra.
Quando se comprime o gatilho, este gira ao redor do seu eixo (H); ao começar este
movimento de rotação, o gancho da armadilha baixa, girando em torno do seu eixo (E). Ao mesmo
tempo, o pino (D) do gatilho, o qual comanda a armadilha, se levanta e entra em contato com a face
inferior do braço anterior (1) da armadilha.
O braço anterior é empurrado para cima e, simultaneamente, a extremidade posterior (A) da
armadilha baixa, enquanto o gancho (B) continua descendo e é arrastado para trás.
Este movimento para trás é determinado pela ação das duas projeções (F) da armadilha,
trabalhando sobre a rampa (G) do gancho da armadilha.
Depois de ultrapassada a parte superior desta rampa (Fig. 12), o gancho é empurrado para a
frente, pela mola do gancho, e o nariz do gancho (I) vem se colocar sob as projeções (F) da armadilha.
Enquanto se mantém apertado o gatilho, o gancho permanece em sua posição inferior, bem
como a extremidade posterior (A) da armadilha, esta última em conseqüência da introdução do ressalto
(T) da armadilha no vazado (K) do eixo do registro de segurança; a corrediça pode então, mover-se
livremente realizando assim, o tiro automático (Fig. 12).
Quando se liberta o gatilho (Fig. 13), a sua parte anterior se levanta, arrastando consigo o
gancho (B) e o braço anterior (1) da armadilha, do que resulta uma maior descida da extremidade
posterior (A) da armadilha.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 109
O gancho (B) sobe, ficando mais elevado que a face posterior (M) da corrediça; quando esta
retrocede (Fig. 14) faz, por meio de seu ressalto, girar o gancho (B), para trás. O gancho se liberta
assim, do braço anterior (1) da armadilha, cuja mola (Z), empurra a extremidade posterior (A) para
cima, obrigando a armadilha a penetrar novamente na caixa da culatra.
H-Ação da Armadilha
O gancho da armadilha, serve para proteger esta última, contra os choques devidos aos
deslocamentos da corrediça, e para impossibilitar a colocação do registro de segurança, na posição de
segurança, quando a arma não está engatilhada.
Qualquer que seja a ação sobre o gatilho, durante o tiro, o gancho mantém a extremidade
posterior da armadilha em sua posição baixa, evitando assim a sua avaria por ação da corrediça.
Quando o mecanismo da culatra está na sua posição avançada e o gatilho livre, o gancho
mantém ainda a extremidade posterior da armadilha na sua posição baixa, impedindo assim a
colocação do registro na posição de segurança; estando o ressalto da armadilha introduzido no vazado
do corpo do registro. Este dispositivo impede a avaria da armadilha se, por inadvertência, se quiser
engatilhar o mecanismo com a arma na posição de segurança.
I-Ação do Amortecedor
O funcionamento do amortecedor (Fig. 16), dar-se-á da seguinte forma:
Ao final de seu deslocamento para trás, a corrediça (G) vem se chocar contra o tampão do
amortecedor (A) alojado no bloco posterior e obriga o tampão a retroceder ligeiramente.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 110
O tampão do amortecedor comunica seu movimento ao cone de aço do amortecedor (B) que,
penetrando no anel-freio do amortecedor (C), provoca uma ligeira compressão da camada de ar no
interior do bloco posterior.
Dilatando-se, em função dessa ação, o anel-freio faz contato com a parede do tubo (E) que
contém o dispositivo amortecedor, exercendo, assim, uma ação de frenagem a qual, juntamente com a
compressão das arruelas “Belleville” (D), amortece consideravelmente o choque de recuo.
Depois de comprimidas, sob a ação do choque da corrediça, as arruelas “Belleville” voltam
à sua posição inicial por si mesmas e empurram para frente o anel-freio, o cone de aço e o tampão do
amortecedor, fazendo assim, com que todo o dispositivo se rearme em sua posição inicial.
6- MANEJO
As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas aquelas que tenham ligações diretas
com a utilização do armamento.
1-Municiar a Fita
Com o auxílio da máquina para carregar elos metálicos M971, introduzir os cartuchos na
fita.
2-Alimentar
Abrir a tampa da caixa da culatra.
Colocar a fita de cartuchos sobre a mesa de alimentação, de modo que o primeiro cartucho
esteja em contato com o ressalto-retém do cartucho que se encontra no lado direito da mesa de
alimentação. É aconselhável não colocar qualquer cartucho no primeiro elo da fita. Quando se coloca a
fita na arma é necessário encaixar o primeiro elo nos ressaltos existentes para esse fim. Assim
encaixada, a fita não pode soltar da arma durante as manipulações da tampa da caixa da culatra.
Fechar a tampa da caixa da culatra.
3-Engatilhar
Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda.
4-Travar
Pressionar o registro de segurança para a direita colocando na posição “S”.
5-Destravar
Pressionar o registro de segurança para a esquerda colocando na posição “F”.
6-Disparar
Pressionar a tecla do gatilho.
7-Escolha da Cadência de Tiro
Agir no anel regulador de escape de gases, de modo a fechar ou abrir os orifícios de escape
de gases, aumentando ou diminuindo a cadência (variável de 600 a 1000 tiros por minuto).
8-Reforçador para o Tiro de Festim
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 111
A metralhadora MAG, possui o reforçador para o tiro de festim M971.
Para adaptá-lo na boca do cano, devemos desatarraxar o quebra-chamas, com auxílio da
chave de boca especial com massa (OREA 46).
Retirá-lo e atarraxar o reforçador.
7-Manejo do Bipé
b-Rebater o Bipé
Estando o bipé pronto para o tiro, para rebatê-lo:
Aproximar uma da outra, as duas pernas do bipé.
Girar o bipé para trás até que as pernas venham a se alinhar contra a arma.
Introduzir os ganchos das pernas do bipé nos entalhes abertos na parte anterior das guardas
da caixa da culatra.
A tecla de retenção do bipé voltará assim, automaticamente, para o seu alojamento entre as
duas pernas do bipé, travando-o nessa posição.
8-Colocação do Carregador
Cada arma pode ser também alimentada por meio de uma caixa metálica contendo uma fita
de 50 cartuchos.
O propósito principal deste acessório é permitir ao soldado progredir com sua arma e abrir
fogo sem ter preocupações de que a fita possa soltar da arma.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 112
Para colocá-la na arma, deve-se:
Introduzir o trilho na ranhura correspondente, existente na caixa da culatra.
Guiar a caixa metálica de alimentação até que o retém se enganche por trás do botão de
retenção.
11-Alimentação da Arma
A alimentação da arma se efetua da mesma forma que quando se emprega a fita sem a caixa
metálica, porém, é necessário exercer um movimento de tração sobre a fita, de modo a trazer o
primeiro cartucho para a correta posição de alimentação.
12-Recomendações
Para o transporte, levar o mecanismo da culatra para a frente; para tanto, comprimir o
gatilho para libertar a corrediça. Para evitar um choque inútil ao mecanismo deve-se, enquanto se
comprime o gatilho, freiar com a mão, o movimento do mecanismo por meio da alavanca de manejo.
As partes móveis devem ser lubrificadas. Porém, quando se emprega a arma em uma região
arenosa, estas peças devem estar apenas ligeiramente lubrificadas.
Não se deve introduzir manualmente um cartucho com a arma aquecida pelo tiro.
Em caso de nega de fogo, deixar transcorrer pelo menos um minuto antes de abrir o
mecanismo.
Em caso de incidente de tiro, abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita da via de
alimentação.
Quando a arma não está atirando, a aldabra da janela de ejeção deve permanecer fechada a
fim de evitar a introdução de areia ou poeira no mecanismo. Quando se recomeça o tiro, o atirador não
deve se preocupar com a aldabra, pois a mesma abre automaticamente pelo movimento do mecanismo
da culatra.
Deve-se ter cuidado para que as fitas não se arrastem pelo chão ou tenha contato com poeira
antes de sua introdução no mecanismo de alimentação.
13-INCIDENTE DE TIRO
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o
material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado
“ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
14-ACIDENTE DE TIRO
Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de qualquer
natureza, para o material e/ou pessoal.
As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma da
legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza, que resulte
em inservibilidade, ou não, do material.
15-AÇÃO IMEDIATA
Há três séries de ações imediatas para a metralhadora MAG:
a- 1a Ação Imediata
Realizar as seguintes operações:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 113
1a) Manter a arma em posição de tiro.
2a) Engatilhar o mecanismo e assegurar-se que o mesmo permanece na sua posição posterior.
3a) Colocar o registro de segurança na posição de segurança “S”.
4a) Abrir a tampa da caixa da culatra e retirar a fita de alimentação.
5a) Colocar o registro de segurança na posição de fogo “F” e trabalhar sobre o gatilho para
fechar o mecanismo.
6a) Engatilhar novamente o mecanismo.
7a) Recolocar a fita de alimentação, assegurando-se que os primeiros cartuchos estão
corretamente colocados.
8a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
9a) Reiniciar o tiro.
b- 2a Ação Imediata
Se a primeira ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
a
1 ) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Fechar o regulador de gases, de um ou dois entalhes (1 ou 2 “cliques”).
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
c- 3a Ação Imediata
Se a segunda ação imediata não foi eficaz, realizar as seguintes operações:
a
1 ) Realizar as seis primeiras operações descritas na primeira ação imediata.
2a) Mudar o cano.
3a) Recolocar a fita de alimentação.
4a) Fechar a tampa da caixa da culatra.
5a) Reiniciar o tiro.
6a) Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal após a realização dessas operações, é
necessário determinar a causa do incidente e realizar a sua correção, a menos que a correção seja
operação de um escalão superior, caso em que a arma deve ser enviada para reparos.
a-Regulagem em Direção
A massa de mira possui lateralmente dois parafusos de regulagem, que permite deslocar os
tiros para ambos os lados.
Cada clique dos parafusos, corresponde, no alvo, a um deslocamento lateral de 1 cm, a uma
distância de 100 m.
Para trazer o centro dos impactos para a direita, desatarraxa-se o parafuso da esquerda e
aperta-se o da direita, tantos cliques forem necessários.
Para a esquerda, atua-se de modo contrário ao da direita.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 114
b-Regulagem em Altura
A massa de mira possui uma forma retangular, que é atarraxada no bloco da massa de mira e
permite variar sua altura.
Cada meia volta na massa de mira, corresponde, no alvo, um deslocamento vertical de 5,40
cm; a uma distância de 100 m.
Caso se deseje trazer para baixo o centro dos impactos, devemos, com auxílio da ferramenta
especial para desmontagem e regulagem da massa de mira (OREA 34), levantar o estribo de retenção
da massa de mira e desatarraxar tantas meias voltas sejam necessárias.
Para subir, faz-se de modo inverso.
Estas operações devem ser realizadas por pessoal especializado e com a arma pelo menos
sobre o reparo M971 Ter, para melhor fixação.
17-MANUTENÇÃO
É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma automática,
deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo.
Quando a manutenção é bem executada, os incidentes de tiro são raros, e o desgaste da arma
decorre de sua utilização normal e ideal. É idéia errada que a arma deve estar sempre brilhando com
excesso de óleo. O óleo tem a função de proteger as partes internas da arma quando esta não se
encontra em uso e de lubrificar as partes móveis durante o tiro. O uso excessivo de óleo facilita o
acúmulo de poeira que passará a agir como abrasivo, aumentando o desgaste da arma.
PEÇAS COM LEVE CAMADA DE ÓLEO PEÇAS QUE DEVEM FICAR SECAS
Conjunto recuperador Cano
Culatra móvel Cubeta da culatra móvel
Corrediça Êmbolo
Interior da caixa da culatra Regulador do escape de gases
Mecanismo de alimentação Cilindro de gases
Mecanismo de disparo Partes externas
TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
FALHA NA 2-Câmara suja. 2-Limpar a câmara.
EXTRAÇÃO 3-Extrator defeituoso. 3-Substituir o extrator.
4-Munição suja. 4-Limpar a munição.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 115
5-Mola do extrator defeituosa. 5-Substituir a mola.
1-Percussor quebrado. 1-Substituir o percussor.
FALHA NA 2-Sujeira no interior do mecanismo. 2-Limpar o interior da arma.
PERCUSSÃO 3-Orifício de passagem da ponta do 3-Desobstruir o orifício.
percussor obstruído.
1-Insuficiência de gases. 1-Reduzir o escape de gases.
FALHA NA 2-Caixa da culatra suja. 2-Limpar a caixa da culatra.
EJEÇÃO 3-Ejetor quebrado. 3-Substituir o ejetor.
4-Mola do ejetor defeituosa. 4-Substituir a mola.
FALHA NO 1-Pino do gatilho quebrado. 1-Substituir o pino do gatilho
DESENGATI 2-Braço anterior da armadilha quebrado. 2-Substituir a armadilha.
LHAMENTO
1-Má colocação do cartucho na fita de 1-Colocar o cartucho na posição
alimentação. correta.
2-Defeito em alguma peça do mecanismo 2-Substituir a peça defeituosa.
de alimentação (garras ou molas). 3-Substituir o conjunto
FALHA NA
3-Conjunto recuperador defeituoso. recuperador.
ALIMENTAÇÃO
4-Má colocação da fita na via de 4-Retirar a fita e colocá-la
alimentação. corretamente.
5-Elos da fita de alimentação defeituosos. 5-Substituir os elos.
6-Cartuchos defeituosos. 6-Substituir os cartuchos.
1-Caixa da culatra ou peças do me- 1-Limpar a caixa da culatra.
canismo da culatra sujos. 2-Substituir o conjunto
2-Conjunto recuperador defeituoso. recuperador.
TRANCAMENTO 3-Cartucho sujo ou defeituoso. 3-Limpar ou substituir o
INCOMPLETO cartucho.
4-Degola do estojo. 4-Retirar o estojo da câmara.
5-Biela quebrada. 5-Substituir a biela.
6-Eixo da biela quebrado. 6-Substituir o eixo.
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19-EMPREGO DE CALIBRADORES
A-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-se suas
penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
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B-CALIBRADORES DE CÂMARA
É a medida a partir do diâmetro 10,16 cm, do cone de encosto do cartucho na câmara, até a face
anterior do ferrolho (apoio do culote do cartucho), estado este em uma posição de trancamento, em
contato com o seu apoio, na caixa da culatra. É verificada utilizando-se os seguintes calibradores:
MÍNIMA: Saliência de 0,15 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser maior do
que esta dimensão.
MÁXIMA: Saliência de 0,74 mm: o afloramento da ponta do percussor deve ser menor do
que esta dimensão.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 118
D-CALIBRADOR DE FOLGA DO EXTRATOR
É a medida das folgas máxima e mínima, que deve existir entre a face da cubeta da culatra
móvel e a garra do extrator. A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador de folga do extrator
G 9278 Co ou E-8000, como na Fig.20, que colocado como se fosse a virola de um cartucho, entre a
face da cubeta da culatra móvel e a garra do extrator, que deve passar livremente, sem movimentar o
extrator (sem forçar a sua mola). Este calibrador, apresenta as seguintes dimensões:
MÍNIMA: 1,51 mm: o calibrador deve ser introduzido entre a parede da cubeta e o extrator.
MÁXIMA: 1,90 mm: o calibrador não deve alojar-se entre a parede da cubeta e o extrator.
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1- CALIBRADORES DE CANO
2- CALIBRADORES DE CÂMARA
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20-VISTA EXPLODIDA DA METRALHARA MAG
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21-LEGENDA DA VISTA EXPLODIDA DA METRALHADORA MAG
01-Cano 86-Mola do botão de comando da alavanca de
03-Bloco da massa de mira alimentação
05-Bloco do cilindro de gases 87-Pino de retenção do botão de comando da
alavanca de alimentação
08-Corpo do suporte da massa de mira
88-Ferrolho
09-Mola de travamento do parafuso de
regulagem do suporte da massa de mira 89-Biela
10-Estribo de retenção da massa de mira 90-Semi-eixo maciço da biela
11-Eixo do estribo de retenção da massa de 91-Semi-eixo oco da biela
mira 93-Eixo superior da biela
12-Parafuso de regulagem do suporte da massa 94-Mola do eixo superior da biela
de mira 95-Extrator
13-Massa de mira 96-Impulsor do extrator
14-Regulador de gases 97-Mola do extrator
15-Meia-luva do regulador de gases 98-Mola secundária do extrator
16-Parafuso de comando do anel regulador de 99-Percussor
escape de gases 100-Pino retentor do percussor
17-Cavilha do anel regulador de escape de 101-Ejetor
gases
102-Pino de travamento do ejetor
18-Arruela de regulagem do regulador
103-Mola do ejetor
19-Anel regulador de escape de gases
104-Eixo-guia anterior do recuperador
20-Lâmina de fixação do anel regulador de
escape de gases 106-Mola do recuperador
23-Chaveta do parafuso de comando do anel 107-Eixo-guia interior do recuperador
regulador de escape de gases 108-Guia anterior do recuperador
24-Luva de comando do anel regulador de 109-Pino de fixação do guia anterior do recuperador
escape de gases 110-Retém do eixo-guia do recuperador
25-Porca de fixação do parafuso de comando 111-Botão-engate do recuperador
do anel regulador de escape de gases 112-Alavanca de manejo
26-Arruela de segurança do regulador 113-Botão da alavanca de manejo
27-Alavanca de travamento do cano 114-Pino de fixação do botão da alavanca de manejo
28-Braço do punho de transporte e de retenção do mergulhador do registro de
30-Punho de transporte segurança
31-Porca de fixação do punho de transporte 115-Botão de travamento da alavanca de manejo
33-Ferrolho da alavanca de travamento do 116-Mola do botão de travamento da alavanca de
cano manejo
34-Mola do ferrolho da alavanca de 117-Pino de travamento do botão de travamento da
travamento do cano alavanca de manejo
35-Anel roscado de fixação do cano 118-Alavanca de manejo propriamente dita
36-Pino de fixação do anel roscado de fixação 119-Arruela de fixação da alavanca de manejo
do cano propriamente dita
37-Zarelho anterior 120-Tampa
41-Cilindro de gases 134-Eixo da tampa
42-Pino de travamento do bipé 135-Mola do eixo da tampa e do eixo da armação
58-Cavilha anterior 136-Impulsor superior de alimentação
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 122
59-Carretel anterior 137-Garra anterior de alimentação
60-Anel da cavilha anterior 138-Garra posterior de alimentação
74-Placa de obturação do bloco anterior 139-Mola das garras anterior e posterior de
75-Alavanca de retenção do anel roscado de alimentação
fixação do cano 140-Eixo das garras anterior e posterior de
76-Botão da alavanca de retenção do anel alimentação
roscado de fixação do cano 141-Impulsor inferior de alimentação
78-Eixo da alavanca de retenção do anel 142-Garra central de alimentação
roscado de fixação do cano 143-Mola da garra central de alimentação
79-Mola da alavanca de retenção do anel 144-Eixo da garra central de alimentação
roscado de fixação do cano
145-Biela superior de alimentação
80-Êmbolo
146-Biela inferior de alimentação
81-Corrediça
147-Ligação curta da biela de alimentação
83-Culatra móvel
84-Botão de comando da alavanca de
alimentação
148-Ligação longa da biela de alimentação 207-Retém do bloco posterior
149-Rodete da biela de alimentação 208-Mola do retém do bloco posterior
150-Grampo circular das bielas 209-Apoio da mola do retém do bloco posterior
151-Placa de retenção do cartucho 210-Eixo do retém do bloco posterior
152-Eixo da placa de retenção do cartucho 211-Pino do retém do bloco posterior
153-Mola do eixo da placa de retenção do 212-Tampão do amortecedor
cartucho 213-Cone da aço do amortecedor
154-Mola de retenção da placa de retenção do 214-Anel-freio do amortecedor
cartucho
215-Arruelas “Belleville”
155-Alavanca de alimentação
216-Eixo-guia das arruelas “Belleville”
159-Mola de retenção da alavanca de
217-Bucha do bloco posterior
alimentação
218-Arruela de fixação da bucha do bloco posterior
160-Ferrolho de travamento da tampa
219-Cabeça principal do bipé
161-Mola dos ferrolhos de travamento da
tampa 220-Cabeça articulada do bipé
162-Mola-lâmina de retenção da alavanca de 221-Eixo oco do bipé
alimentação 222-Mergulhador do bipé
163-Garra de travamento da tampa 223-Mola do mergulhador do bipé
164-Pino de retenção da garra de travamento 224-Bucha da cabeça do bipé
da tampa 225-Mola das pernas do bipé
165-Mola da garra de travamento da tampa 226-Eixo das pernas do bipé
166-Aldabra da janela de ejeção 227-Arruela do eixo das pernas do bipé
172-Eixo da aldabra da janela de ejeção 228-Porca do eixo das pernas do bipé
173-Mola da aldrrabra da janela de ejeção 229-Anel de segurança do eixo das pernas do bipé
177-Plaqueta esquerda da armação 230-Perna esquerda do bipé
178-Plaqueta direita da armação 231-Gancho da perna esquerda do bipé
179-Roseta da plaqueta direita da armação 232-Perna direita do bipé
180-Parafuso das plaquetas da armação 233-Gancho da perna direita do bipé
181-Gatilho 236-Rebite dos ganchos das pernas do bipé
182-Gancho da armadilha
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 123
183-Mola do gancho da armadilha 237-Sapatas das pernas do bipé
184-Pino do gatilho 238-Cavilha de ligação do rebite longo das sapatas
186-Eixo do gancho da armadilha das pernas do bipé
188-Pino de apoio da mola da armadilha e do 239-Rebite longo das sapatas das pernas do bipé
gatilho 240-Rebite curto das sapatas do bipé
189-Eixo do gatilho 241-Pino de ligação do bipé
190-Armadilha 242-Tecla de retenção do bipé
191-Mola da armadilha e do gatilho 243-Eixo da tecla de retenção do bipé
192-Eixo da armadilha e da mola da armadilha 244-Mola da tecla de retenção do bipé
193-Registro de segurança 245-Coronha
196-Eixo da armação 246-Roseta do parafuso de fixação da coronha
197-Lâmina da alça de mira 247-Parafuso de fixação da coronha
198-Cursor da alça de mira 248-Anel-mola do parafuso de fixação da coronha
199-Parafuso de fixação do cursor da alça de 249-Chapa da soleira
mira 250-Parafuso da chapa da soleira
200-Eixo da lâmina da alça de mira 251-Quebra-chamas
201-Impulsor da alça de mira 254-Armação
202-Mola do impulsor da alça de mira
203-Ferrolho do cursor da alça de mira
204-Eixo dos ferrolhos do cursor da alça de
mira
205-Mola dos ferrolhos do cursor da alça de
mira
206-Bloco posterior
OBS:
Arruela de regulagem do Anel Regulador de Escape de Gases
No interior do anel regulador de escape de gases, existe uma arruela para o anel regulador.
Esta fica entre o anel regulador e o parafuso de comando deste anel.
A arruela pode ser substituída por 5 (cinco) outras que são:
1ª : Lisa e fina, vem na montada na arma;
2ª : Possui 2 dentes em sua borda tem maior espessura;
3ª : Possui 3 dentes em sua borda tem maior espessura;
4ª : Possui 4 dentes em sua borda tem maior espessura;
5ª : Possui 5 dentes em sua borda tem maior espessura;
Com o uso da arma, os gases ao passarem pelos orifícios de regulagem do regulador de gases
provocam um desgaste com o aumento do seu diâmetro, com isso, num determinado ponto o anel
regulador não vai mais obstruir totalmente o orifício de regulagem do regulador de gases,
ocasionando uma baixa cadência de tiro pela perda de gases.
Para solucionar este problema desmonta-se o anel regulador, verificando a arruela existente, e
substitui a mesma pela próxima da relação acima. Este processo se repetirá até o uso da ultima
arruela (5ª). Quando não tiver mais regulagem o armamento deverá ser recolhido para manutenção de
4º escalão, para substituição do bloco do cano e todo o conjunto de regulagem de gases.
FIM
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 124
CAPÍTULO 07 - Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING“
NO Assunto Pagina
01 INTRODUÇÃO
03 DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
04 MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
05 DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO
06 MONTAGEM DE 2º ESCALÃO
07 NOMENCLATURA
08 FUNCIONAMENTO
09 SEGURANÇA
10 INCIDENTES DE TIRO
11 MANEJO
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 125
Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING“
I. INTRODUÇÃO
A Mtr. 50 M2 HB é utilizada por vários países como arma de ataque e defesa. Seu emprego é o
mais variável possível: pode ser empregada como arma coaxial de carro de combate ou como arma
automática deste mesmo veículo, ou ainda, como arma antiaérea, terrestre e de aeronaves. Um dos
principais motivos de sua preferência é a capacidade de efetuar tiros em profundidade, visando situar o
inimigo através de sua resposta ao fogo. Dessa forma, considerando o seu grande alcance, o soldado
pode, confortavelmente, saber onde estão os focos de resistência sem correr o risco de ser atingido pelo
fogo inimigo. No entanto, para realizar o tiro com segurança esta arma requer certo cuidado que,
normalmente, não são necessários em outras armas. A não observância de tais cuidados pode ocasionar
danos à arma e riscos ao atirador. No Brasil, pesquisa da antiga DAM (Diretoria de Armamento e
Munição) revela que 70% dos acidentes envolvendo esta arma foram provocados por imperícia no seu
manejo. Estes acidentes conferiram à arma a má fama de problemática, sendo evitada pelos
combatentes brasileiros.
Podemos atribuir o alto índice de acidentes a dois fatores principais: um de natureza técnica e
outro de natureza pessoal.
O de natureza técnica reside no fato de que o cano desta arma não é fixado de forma
permanente, à caixa da culatra. Portanto, não possui uma posição previamente estabelecida em relação
às peças móveis, como ocorre normalmente com as outras armas. Desta forma, dependendo do
posicionamento do cano, a distância entre a sua parte posterior e a face anterior do ferrolho ficará fora
daquela requerida para um funcionamento seguro, ou seja, se o cano estiver demasiadamente
atarraxado a distância entre este e o ferrolho será insuficiente (folga insuficiente) e poderá
comprometer o funcionamento da arma. Em contrapartida, se o cano estiver, insuficientemente,
atarraxado à caixeta, a distância entre este e o ferrolho será muito grande (folga excessiva) e poderá
causar danos ao armamento e ao atirador.
O problema de natureza pessoal está relacionado com a perícia do atirador ou responsável pela
preparação da arma para o tiro, pois, é este militar que posicionará o cano corretamente em relação às
peças móveis e, tal posicionamento exige conhecimento técnico e o emprego de acessórios que
acompanham o armamento, sem os quais, não será possível verificar se o cano está ou não posicionado
corretamente.
Se o militar não sabe como posicionar o cano, certamente, sua imperícia irá contribuir para a
ocorrência de incidentes ou acidentes de tiro.
A fim de resgatar a confiança dos usuários desse armamento as OM de manutenção têm se
empenhado, no sentido de minimizar as ocorrências de acidentes por falhas técnicas, enquanto as OM
usuárias convergem esforços para melhorar o adestramento de suas tropas.
A - DESIGNAÇÃO
Referência Numérica.....................................NEE 1005-1 061 100 2
Indicativo Militar..........................................Mtr .50 M2 HB MV “Browning”
Nomenclatura................................................Metralhadora .50 M2 HB “BROWNING”
B- CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo................................................Não portátil
Quanto ao emprego........................................Coletivo
Quanto ao funcionamento..............................Automático
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 126
Quanto ao Princípio de Funcionamento.........Utilização do recuo cano-caixeta (curto recuo
do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
C - ALIMENTAÇÃO
Carregador .......................................................Tipo fita, de elos metálicos
Capacidade.......................................................Indeterminada
Sentido..............................................................Da esquerda para a direita ou vice-versa
D - RAIAMENTO
Número de raias.................................................8 (oito)
Sentido...............................................................Da esquerda para a direita
E - APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira........................................................Tipo lâmina, com cursor e visor
Maça de mira.......................................................Seção retangular, com protetor
F - DADOS NUMÉRICOS
Calibre...................................................................0.50 pol ou 12,7 mm
Peso da metralhadora............................................38,140 Kg
Peso do cano.........................................................12,712 Kg
Comprimento da metralhadora.............................1,750 m
Velocidade Inicial.................................................880 m/s.
Velocidade Teórica Automática...........................450 a 550 tpm
Velocidade Teórica Intermitente..........................75 tpm
Alcance Máximo...................................................6900 m
Alcance de Utilização...........................................900 m
Alcance Útil..........................................................2300 m
Vida da arma.........................................................15000 tiros
2. DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 127
d) Inspecionar a câmara
A desmontagem de 1º escalão é executada pela guarnição da Mtr .50 M2, visando a
manutenção de 1º escalão ou seja, limpeza e lubrificação, e se compõe de 07 (sete) operações:
1) Retirada do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e coloque o
anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida, leve o conjunto
suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa de alimentação. A
utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o furo existente do lado
direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse procedimento é necessário para
atarraxar ou desatarraxar o cano. Desatarraxar o cano, em sentido anti-horário e retirá-lo da caixa
da culatra.
5) Retirada do ferrolho
Apoiar com uma das mãos a parte posterior do ferrolho e empurrá-lo para trás até que saia da
caixa da culatra.
a) Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola retém do
cano para a direita. Com a mão direita, segurar a armação (indicador por baixo do acelerador) de modo
que os abaixadores da tranca fiquem para frente . Aproximamos a caixeta da armação tendo o cuidado
de:
- Colocar os ABAIXADORES DA TRANCA em correspondência com seus alojamentos;
- girar o ACELERADOR para cima;
- colocar o "dente" da CAUDA DE LIGAÇÃO por cima do "dente" do PISTÃO DO
AMORTECEDOR.
b) Tomando esses três cuidados, basta empurrar a armação contra a caixeta até que o acelerador
complete o giro para trás e suas garras se prendam na cauda de ligação.
ATENÇÃO
A alavanca de armar deve ser deitada para frente, a fim de evitar o emperramento do
ferrolho no interior da caixa da culatra. É um incidente difícil de ser sanado, requerendo, via de
regra, intervenção de órgão especializado.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 129
5) Montagem da mola recuperadora
Colocar a mola recuperadora em seu alojamento no ferrolho, encaixando o pino da cabeça da
haste-guia da mola recuperadora na parede direita da caixa da culatra.
7) Montagem do cano
Agindo nas alavancas de manejo recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho e coloque o
anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida, leve o conjunto
suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa de alimentação. A
utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola retém do cano com o furo existente do lado
direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse procedimento é necessário para
atarraxar ou desatarraxar o cano. Atarraxar o cano completamente e retroceder dois cliques. Retirar o
elo metálico.
A montagem de 1º Escalão completa-se ao serem executadas as Medidas Complementares, em
número de 03 (três):
b) Engatilhar a arma
Puxar o sistema cano-caixeta-ferrolho à retaguarda, agindo na alavanca de manejo e alavanca
de manejo auxiliar, até que o ferrolho fique preso pelo seu retém. Em seguida, agir na tecla do retém
do ferrolho, liberando-o, para que volte à posição avançada.
c) Desengatilhar a arma
Basta agir na tecla do gatilho.
4. DESMONTAGEM DE 2º ESCALÃO:
Para que se entenda melhor todo funcionamento da arma e a manutenção possa ser feita dentro
do escalão requisitado, faz-se necessário a desmontagem de 2º escalão, que inclui as seguintes
operações:
A- DESMONTAGEM DO FERROLHO
1) Retirada do transportador-ejetor
Colocar a peça na vertical (90º com o ferrolho) e em seguida, puxá-la para a esquerda
retirando-a.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 130
2) Retirar o desvio
Basta levantá-lo, tomando-se o cuidado de, quando da montagem, observar o sentido de
alimentação. O desvio deverá coincidir com a letra "L", se a arma for alimentada pela esquerda; e com
a letra "R", se a arma for alimentada pela direita. Para saber o sentido da alimentação da arma basta
observar o posicionamento dos batentes do cartucho, existentes na mesa de alimentação. Tais batentes
limitam o movimento do cartucho, portanto, se estiverem montados à direita da mesa de alimentação, a
arma está sendo alimentada pela esquerda; e, se estiverem montados à esquerda a arma está sendo
alimentada pela direita.
ATENÇÃO
A montagem incorreta do desvio provocará a quebra do talão da alavanca do impulsor,
indisponibilizando o armamento.
a) batente inteiriço: é composto de uma única peça. Para desmontá-lo basta deslocar sua lâmina
para fora de seu encaixe no ferrolho, com o auxílio de um toca-pino ou chave de fenda, e, em seguida,
com um toca-pino, empurrá-lo para fora de seu alojamento pela parte inferior do ferrolho.
b) batente conjugado: é composto de uma lâmina e um pino batente com ressalto. Para
desmontá-lo desloque a lâmina para fora de seu encaixe no ferrolho com o auxílio de um toca-pino ou
chave de fenda, desencaixe a lâmina do pino batente, retirando-a de seu alojamento, em seguida, com
um toca-pino, empurre o pino batente para baixo, retirando-o de seu alojamento pela parte inferior do
ferrolho.
Durante a montagem deve-se observar o correto posicionamento do ressalto do pino batente,
que deve ocupar toda a extensão do alojamento da tranca no ferrolho. A montagem incorreta não
permitirá o perfeito encaixe da tranca com o ressalto do pino batente, impossibilitando o trancamento
da arma, ou seja, as peças móveis não irão completamente a frente na hora da montagem na caixa da
culatra.
ATENÇÃO
O batente da mola do percussor conjugado admiti apenas, para um perfeito trancamento,
a tranca com entalhe. Essa tranca, no entanto, possibilita o trancamento com o batente inteiriço,
porém, a utilização desse batente com este tipo de tranca não é recomendável.
O batente inteiriço só deve ser utilizado com a tranca inteiriça.
B- DESMOTAGEM DA ARMAÇÃO
1) Retirar o amortecedor
Empurrar o amortecedor para retaguarda e puxá-lo; o mesmo sairá pela parte posterior da
armação.
ATENÇÃO
Durante a montagem tomar o cuidado de posicionar a seta, existente na parte posterior
do amortecedor, entre as marcações "C" e "O", existentes na parte posterior direita da
armação, próximo à sua mola retém. A montagem da seta fora dessas marcações, poderá
provocar incidentes de tiro, devido ao aumento da resistência oferecida ao recuo das peças
móveis pelo amortecedor de recuo.
2) Retirar o acelerador
Usando um toca-pino, empurrar o eixo do acelerador, retirando-o da armação.
C- DESMONTAGEM DA CAIXETA
1) Retirada da tranca
Usando um toca-pino, empurrar o eixo da tranca, retirando-a de seu alojamento na caixeta. Na
montagem, atentar para que a parte da tranca que possui inscrições fique para retaguarda da caixeta.
Desmontagem da tampa
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 132
Desmontagem da alavanca do gatilho intermediário
Girar o eixo da alavanca do gatilho intermediário até que sua chaveta encontre o rasgo existente
na caixa da culatra. Retirar o eixo de seu alojamento até que a alavanca do gatilho intermediário caia
no interior da caixa da culatra.
Para a montagem recomenda-se que esta alavanca seja a última peça a ser montada na arma,
pois, com o conjunto caixeta-ferrolho-armação já montados na caixa da culatra, a citada alavanca pode
apoiar-se no ferrolho e, com isso, ter a sua montagem facilitada.
ATENÇÃO
A alavanca do gatilho intermediário deve ser montada no centro da placa superior da caixa da
culatra, abaixo da porca de ajustagem e na direção do gatilho intermediário. A montagem em local
diferente não possibilitará o desengatilhamento da arma, indisponibilizando-a.
5. MONTAGEM DE 2º ESCALÃO:
A montagem é feita no sentido inverso da desmontagem.
6. NOMENCLATURA:
Para estudo da nomenclatura analisaremos a Mtr .50 M2 sob dois aspectos:
Externamente:
a) Caixa da culatra;
b) camisa de refrigeração;
c) cano;
d) bloco de fechamento.
Internamente:
a) Ferrolho;
b) caixeta;
c) armação.
A- Externamente:
a) Caixa da culatra: é uma peça de aço, onde se acha montado o mecanismo da arma. Divide-se
em seis partes:
1) bloco dianteiro;
2) tampa da caixa da culatra;
3) placa de cobertura;
4) placa lateral direita;
5) placa lateral esquerda; e
6) placa inferior.
1) Bloco dianteiro: parte da arma por onde é feito o carregamento. É constituído de:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 133
- mesa de alimentação;
- batente anterior do cartucho;
- retém da fita;
- guia da fita;
- batente posterior do cartucho com lingüeta-guia do cartucho;
- janela de alimentação (quando a tampa da caixa de culatra estiver fechada).
2) Tampa da caixa da culatra: parte da arma que serve para fechar a caixa da culatra e auxiliar a
alimentação. Nela encontramos:
- Trinco;
- rampa abaixadora;
- mola abaixadora;
- alavanca do impulsor (talão, corpo, ponta e mergulhador com mola );
- impulsor (cursor, lingüeta, braço, eixo e mola ).O impulsor tem por missão arrastar a fita de
munição para o interior da mesa de alimentação.
3) Placa de cobertura
- Alça de mira, compreendendo: base e lâmina graduada, contendo esta última uma escala de
200 a 2.600 jardas, numerada a cada 100 jardas.
- suporte da luneta telescópica com dedal serrilhado;
- corretor de vento com botão serrilhado e escala;
- alavanca do gatilho intermediário com eixo;
- retém do ferrolho;
- guia da alavanca de armar.
- Alavanca de manejo;
- cursor da alavanca de manejo;
- suporte do cursor da alavanca de manejo;
- pino da alavanca de manejo;
- fenda do pino da alavanca de manejo;
- orifício para compressão da mola retém da armação;
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo;
- orifício para ressalto da cabeça da haste-guia da mola recuperadora.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 134
b) Internamente:
6) Placa inferior
- Janela de ejeção;
- ressalto da tranca com rampa e plataforma .
b) Camisa de refrigeração: consiste em um pequeno tubo oco de ferro com perfurações, o qual
envolve a parte do cano, próxima a câmara, à fim de arrefecê-lo durante o tiro. A camisa de
refrigeração é solidária a caixa da culatra.
c) Cano: peça que recebe o cartucho para ser percutido, resistindo às pressões dos gases,
imprimindo movimento de rotação ao projétil e orientando-o na direção do alvo. É reforçado para
resistir ao aquecimento e possui um pequeno movimento horizontal (avanço-recuo) solidário ao
mecanismo da culatra. É composto de:
- Boca;
- alma (raiada);
- câmara de carregamento;
- entalhes para a mola retém do cano;
- rosca;
- alça de transporte.
B- Internamente:
b) Caixeta: é a peça onde se atarraxa o cano, fazendo a ligação deste com o mecanismo da
culatra. É composto das seguintes partes:
c) Armação: é mantida na caixa da culatra pela mola retém da armação e liga-se à caixeta por
intermédio do acelerador e do amortecedor de recuo que se prendem à cauda de ligação. Nela
observamos:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 136
7. FUNCIONAMENTO
d) Destrancamento
A força de reação, proveniente da expansão dos gases, agindo sobre o fundo do estojo farão
sentir esta ação sobre o ferrolho, obrigando-o a recuar, levando consigo a caixeta, que está a ele ligada
por intermédio da tranca, e, consequentemente o cano. Durante o recuo desse sistema, a tranca, que
deslizava sobre a plataforma do seu ressalto, ao encontrar a rampa do ressalto é forçada para baixo por
intermédio dos abaixadores da tranca, que simultaneamente, vão penetrando em seus alojamentos na
caixeta, forçando o pino da tranca para baixo. Ao abaixar a tranca sai de seu alojamento no ferrolho,
que começa a recuar sozinho por ação dos gases e pelo impulso que recebeu do acelerador ,
comprimindo as molas recuperadoras. Neste momento cessa o recuo do conjunto cano-caixeta, que
e) Abertura
Completando o destrancamento, o ferrolho passa a recuar sozinho por ação dos gases e pelo
impulso do acelerador, que forçado a girar violentamente para retaguarda pela parte posterior da
caixeta, age no talão do ferrolho, acelerando o seu recuo. O ferrolho, então, afasta-se da câmara de
carregamento do cano, dando-se a abertura.
f) Extração
Peças que interessam:
- Ranhura extratora do ferrolho;
- câmara. de carregamento do cano;
- acelerador;
- aresta anterior e superior da tranca;
- caixeta;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 138
- estojo da munição;
- talão do ferrolho.
Ao mesmo tempo que o ferrolho se afasta do cano, por intermédio de sua ranhura extratora é
retirado o estojo da câmara, havendo então a extração. Durante a queima da carga de projeção, o estojo
dilata-se ligeiramente, aderindo às paredes da câmara e, poderá se partir se for extraído no mesmo
instante. Para evitar tal incidente, é necessário uma descolagem do estojo das paredes da câmara e,
também, uma certa progressividade no inicio da extração. A descolagem do estojo ocorre por ação do
acelerador, que pelo seu formato côncavo - convexo e pelo impulso que levou da caixeta no recuo do
sistema cano-caixeta-ferrolho, age no talão do ferrolho, obrigando este a fazer um pequeno movimento
e descolar o estojo antes de se completar o destrancamento. A progressividade no inicio da extração é
conseguida pela aresta anterior e superior da tranca, que é duplamente biselada. Portanto, a ação
conjunta do acelerador e da aresta anterior e superior da tranca, asseguram um destrancamento
progressivo e uma extração inicial sem violência.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 139
Fig 1
Fig 2
Fig 3
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 140
i) Alimentação (1ª fase)
Peças que interessam:
- Talão da alavanca do impulsor;
- ranhura-guia do talão (no ferrolho);
- lingueta do impulsor e mola;
- cartucho.
Durante o recuo do ferrolho , a fita permanece parada, enquanto o impulsor é levado para a
esquerda ou direita, dependendo do sentido de alimentação da arma, pela alavanca do impulsor, cujo
talão desliza em sua ranhura-guia existente na parte superior do ferrolho.Com o movimento do
impulsor, a lingueta é obrigada a subir, comprimindo sua mola de encontro à tampa, pelo cartucho que
se encontra na mesa de carregamento. No final do recuo, a lingueta do impulsor sai de cima do
cartucho e, por descompressão de sua mola, volta a sua posição normal posicionando-se na lateral do
cartucho, ficando, desta forma, em condições de arrastá-lo ao encontro de seus batentes na mesa de
carregamento.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 141
Fig 1 Fig 2
b) Carregamento
Peças que interessam:
- Transportador/ejetor;
- ressalto de rotação;
- ressalto de elevação;
- ferrolho;
- câmara de carregamento;
- cartucho.
Com a apresentação, o transportador-ejetor passa para baixo do ressalto de rotação, coincidindo
o cartucho com a câmara de carregamento. O ferrolho continuando seu avanço vai introduzindo o
cartucho na câmara de carregamento do cano (fig 1). Quando vai se processar o carregamento, o
transportador-ejetor sobe a rampa do ressalto de elevação e abandona o cartucho, parcialmente
introduzido na câmara. Ao subir a rampa do ressalto de elevação o transportador-ejetor é forçado pela
mola abaixadora a empolgar um novo cartucho que se encontra na mesa de carregamento.
Continuando seu avanço o ferrolho introduz o cartucho na câmara, caracterizando o carregamento (fig
2).
Fig 1 Fig 2
c) Trancamento
Peças que interessam:
- Sistema cano-caixeta-armação;
- sistema cano-caixeta;
- mola do amortecedor de recuo;
- ferrolho;
- tranca;
- ressalto da tranca.
Durante o avanço do ferrolho, seu talão bate no acelerador, desfazendo o sistema cano-caixeta-
armação Com isso, a mola do amortecedor de recuo se distende e lança o sistema cano-caixeta à frente,
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 142
ficando a armação parada. A tranca, acompanhando o avanço da caixeta, sobe a rampa de seu ressalto
alojando-se no ferrolho que, ao desfazer o sistema cano-caixeta-armação, recebe uma aceleração em
seu movimento do acelerador para poder acompanhar o movimento do sistema cano-caixeta. No
momento em que a tranca aloja-se perfeitamente no ferrolho ocorre o trancamento, passando o ferrolho
a fazer parte do sistema cano-caixeta por intermédio da tranca.
Fig 1
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 143
Fig 2
Fig 3
Fig 4
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 144
Durante o avanço do ferrolho a alavanca do impulsor é obrigada a girar em torno de seu eixo
para a esquerda ou direita, dependendo do sentido da alimentação da arma, pelo deslizamento de seu
talão nas ranhuras guias do ferrolho. Com esse movimento a alavanca obriga o impulsor a deslizar para
o interior da tampa. Nesse deslizamento do impulsor, sua lingueta, que se encontra posicionada na
lateral do cartucho, empurra-o de encontro aos seus batentes, arrastando a fita de munição e deixando o
cartucho em condições de ser retirado da fita pelo transportador/ejetor.
f) Desengatilhamento
Peças que interessam:
- Gatilho;
- alavanca do gatilho intermediário;
- gatilho intermediário;
- extensão do percussor.
g) Disparo
Peças que interessam:
- Extensão do percussor;
- batente da mola do percussor;
- mola do percussor.
Ao ser liberada pelo gatilho intermediário, a extensão do percussor é lançada violentamente à
frente pela descompressão da mola do percussor, que se encontrava comprimida de encontro ao seu
batente.
h) Percussão
Peças que interessam:
- Percussor;
- Espoleta do cartucho.
Indo à frente, o percussor fere a cápsula do cartucho, caracterizando a percussão.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 145
8. SEGURANÇA:
Esta arma não possui dispositivo de segurança. É conveniente, entretanto quando não estiver
atirando, retirar a fita de munição, abrir a tampa da caixa da culatra e prender o ferrolho à retaguarda,
deixando a arma aberta. Para isso não esqueça de liberar a tecla do retém do ferrolho.
9. INCIDENTES DE TIRO
INCIDENTE C A U S A CORREÇÃO
FALHA NA 1. Virola do estojo quebrada. * Remover.
EXTRAÇÃO 2. Ranhura extratora quebrada. * Substituir.
3. Folga excessiva ou insuficiente. * Regular.
FALHA NA EJEÇÃO 1. Ejetor quebrado. * Substituir.
2. Mola do ressalto de rotação quebrada.. * Substituir.
FALHA 1. Alavanca de armar gasta ou quebrada. * Substituir.
NO 2. Mola do gatilho intermediário quebrada. * Substituir.
ENGATILHAMENTO 3. Ressalto da extensão do percussor ou ressalto * Substituir.
do gatilho intermediário gasto ou quebrado.
FALHA NO 1. Talão do gatilho intermediário gasto ou * Substituir.
DESENGATILHA quebrado. * Substituir.
MENTO 2. Alav. do gat. intermediário gasta ou quebrada.
3. Alav. do gat. Intermediário montada no local * Montar no
errado.
local correto.
FALHA 1. Pino do batente da mola do percussor * Substituir.
NO quebrado.
DISPARO 2. Mola do percussor quebrada. *.Substituir.
FALHA NA 1. Ponta do percussor gasta ou quebrada. * Substituir.
PERCUSSAO
FALHA NO 1. Estojo rompido no interior da câmara. * Remover.
CARREGAMENTO 2. Mola recuperadora quebrada. * Substituir.
3. Munição defeituosa. * Substituir.
FALHA NA 1. Mola do ressalto de rotação quebrada. * Substituir.
APRESENTAÇÃO 2. Batentes do cartucho trocados. * Destrocar.
FALHA 1. Posicionamento incorreto fita de munição. * Reposicionar.
NA 2. Retém da fita quebrado. * Substituir.
ALIMENTAÇÃO 3. Molas do retém da fita quebradas * Substituir.
4. Taão da alav. do impulsor quebrado. *Substituir.
NEGA 1. Munição defeituosa. * Substituir.
10. MANEJO:
Antes de se executar as operações de manejo, deve-se, com o auxílio de uma das máquinas de
carregar M2 ou M7, organizar a fita, tendo o cuidado de utilizar, sempre, um elo a mais que o número
de cartuchos.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 146
Operações de manejo
1) abrir a tampa da caixa da culatra;
2) colocar a fita sobre a mesa de carregamento de modo que o transportador-ejetor empolgue o
primeiro cartucho;
3) fechar a tampa da caixa da culatra;
4) selecionar o regime de tiro:
a) Tiro intermitente – a tecla do retém do ferrolho deve estar na posição superior. Para cada
disparo, deve-se pressionar primeiro a tecla do retém do ferrolho e, em seguida, o gatilho.
b) Tiro automático - pressionar a tecla do retém do ferrolho para baixo e prendê-la com o
gancho-retém , existente na luva do pára-choque do bloco de fechamento.
ATENÇÃO
Se a metralhadora estiver preparada para o tiro semi-automático o ferrolho permanecerá
na posição recuada. Neste caso, levar a alavanca de manejo para a frente, depois de soltar o
ferrolho com o retém. Se a metralhadora estiver preparada para o tiro automático a alavanca de
manejo irá para a frente com o ferrolho, quando for liberada.
6) Selecionar a alça;
7) disparar a arma, pressionando a tecla do gatilho.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 147
e) Retire o cano da Mtr, desatarraxando-o;
NOTA
f) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano
caixeta- ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;
g) Limpe e seque a câmara e a alma do cano;
h) Faça a inspeção visual, para verificar danos que possam comprometer à alma do cano. Caso
positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o cano está aprovado;
i) Faça a inspeção de toque na câmara, para verificar corrosões ou mossas que possam
comprometê-la. Caso positivo o cano deverá ser classificado como “ destruir”, caso negativo o cano
está aprovado.
j) Verifique o desgaste do cano, aplicando o calibre de início de raiamento na câmara e faça a
leitura.
l)Verifique se está ainda de .520 ( marca vermelha ). Caso positivo o cano deverá ser
classificado como “destruir”, caso negativo o cano está aprovado.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 148
APLICAÇÃO DO CALIBRE DE INÍCIO DE RAIAMENTO
b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MIN como indicado;
c) Verifique se existe Luz entre a parte posterior do calibre D 5845 MIN e a base do calibre F
6575 (fig 1). Caso positivo, classifique o cano como “selecionável” e verifique a profundidade máxima
da câmara, caso negativo classifique o cano como “destruir” e retire-o do processo (fig 2);
Fig 1 Fig 2
b) Aplique o calibre F 6575 sobre a parte posterior do calibre D 5845 MÁX como indicado;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 149
c) Verifique se existe luz entre a parte posterior do cano e as abas do calibre F 6575 ( fig 03 ).
Caso positivo classifique o cano como “selecionável” , caso negativo classifique o cano como
“ajustável” (fig 04);
Fig 03 Fig 04
h) Verifique se o cano tem número, caso positivo preencha o campo nº 1 da etiqueta e o campo
nº 2 com o nº da arma. Caso negativo preencha o campo nº 2 com o nº da Mtr;
i) Para facilitar a passagem da luz coloque uma folha de papel em branco sob os calibres.
d) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano-
caixeta- ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;
e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do Cano aflora. Caso positivo vá para o passo
seguinte; caso negativo classifique o cano como “refugado”;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 150
NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque,
neste caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de
alimentação.
h) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano-
caixeta-ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente e verifique se a caixeta encosta na
mesa de alimentação. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe mais um
clique, no máximo três, até que a caixeta encoste na mesa de alimentação;
l) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho
e o cano e verifique se entra. Caso positivo classifique o cano como “refugado”; caso negativo retire
tantos cliques quantos necessários, no máximo cinco, até que o calibre D6096 "NO GO" passe entre a
ranhura extratora do ferrolho e o cano;
n) Coloque o calibre D6096 "GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e
verifique se passa. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe tantos cliques
quantos necessários, no máximo dois, até que o calibre D6096 "GO" passe entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano;
o) Coloque o calibre D6096 (Fig. 7) "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho
e o cano e verifique se entra. Esse calibre não deverá passar, já que sua espessura é maior que a do
calibre “GO”. Caso passe houve erro na verificação. Certifique-se, verificando novamente.
NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do
calibre D6096 “GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano
e o lado do calibre “NO GO” não passar.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 151
B) REGULAGEM DA FOLGA DE TRANCAMENTO
o) Marque o número da arma no Cano, Caixeta, Ferrolho e Tranca como indicados no Padrão
do ANEXO D.
OBSERVAÇÃO: As armas que não aceitarem nenhum cano, ainda poderão ser adequadas,
trocando-se o ferrolho ou a caixeta e, em seguida, submetidas novamente ao processo de adequação
com os canos que estiverem sobrando.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 152
APRESENTAÇÃO
A Seção de Armamento da Escola de Material Bélico elaborou a presente nota de aula,
buscando uniformizar os procedimentos relativos à preparação da Mtr .50 M2 HB para a execução do
tiro real.
Este trabalho pressupõe que a metralhadora a ser inspecionada e calibrada possua os seus canos
perfeitamente adequados e validados.
A validação e adequação de canos são realizadas pelas OM de manutenção e, em linhas gerais,
são trabalhos executados em cada arma, a fim de se obter o melhor conjunto possível. Uma arma que
não possua os seus canos perfeitamente validados e adequados pode ser objeto de um grave acidente.
Caso haja dúvidas quanto à realização desses trabalhos em uma determinada arma, não a empregue no
tiro real; solicite, antes, uma inspeção específica ao órgão de apoio de 3° escalão.
Outra observação de suma importância, diz respeito ao intercâmbio de peças entre as armas.
Cada metralhadora deve possuir dois canos a ela adequados. Nunca utilize em uma arma, um cano
pertencente à outra.
Lembre-se de que uma preparação adequada para o tiro evita acidentes e incidentes, permite o
treinamento do combatente e prolonga a vida da arma.
DESENVOLVIMENTO
Antes de ser empregada, a Mtr .50 M2 HB requer uma inspeção e duas calibragens (folga de
carregamento e tempo de percussão ou sincronismo) que são primordiais à segurança da arma e de sua
guarnição.
Os procedimentos a serem desenvolvidos neste trabalho, podem ser sintetizados nos seguintes
tópicos:
1. Retém do ferrolho;
2. ressalto de rotação;
3. ressalto da tranca;
4. desvio e batentes do cartucho;
5. amortecedor de recuo;
6. mola retém do cano;.
7. tranca;
8. alojamento da tranca no ferrolho;
9. gatilho intermediário;
10. extensão do percussor.
Calibragens:
1. folga de carregamento;
2. tempo de percussão ou sincronismo.
Para que se possa realizar as inspeções, deve-se desmontar a arma até o escalão permitido. Com
a arma desmontada , são iniciados os trabalhos afetos à inspeção.
1ª tarefa
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 153
A primeira tarefa consiste em verificar se a porca da haste do retém do ferrolho encontra-se
contrapinada.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a haste do retém do ferrolho, a porca da haste do retém do
ferrolho e o contra-pino que imobiliza a citada porca.
Este conjunto de peças está localizado internamente na caixa da culatra, em sua parte superior.
Esta verificação é importante, tendo em vista que, na ausência do contra-pino, a constante
vibração da arma provocada pelos tiros, pode fazer com que a porca da haste do retém do ferrolho se
desajuste. Caso isto ocorra, o retém do ferrolho sairá da sua posição correta de funcionamento e
provocará falhas na execução do tiro intermitente.
Para realizar esta verificação, você deve:
1. observar, na parte anterior e interna da placa superior da caixa da culatra, se a porca está
contrapinada;
2. caso se verifique a sua ausência do contra-pino, apertar ou afrouxar a porca até que o seu
entalhe coincida com o orifício existente na haste do retém do ferrolho;
3. a seguir, colocar um novo contra-pino com diâmetro proporcional ao do orifício.
2ª tarefa
A segunda tarefa consiste em verificar se a porca do ressalto de rotação encontra-se
contrapinada.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o ressalto de rotação, a porca do ressalto de rotação e o
contra-pino que imobiliza a citada porca.
Este conjunto de peças se localiza na lateral esquerda da caixa da culatra. O ressalto de rotação
está no interior da caixa da culatra na face esquerda; enquanto a sua porca pode ser vista no lado
externo à esquerda.
O ressalto de rotação tem a função de direcionar os movimentos do transportador-ejetor. Na
ausência do contrapino, a trepidação da arma durante o tiro, pode fazer com que a porca se desajuste.
Caso isto ocorra, o ressalto de rotação impedirá o ferrolho de ir à frente, provocando incidentes de tiro
.
Esta tarefa pode ser realizada da seguinte forma:
3ª tarefa
A terceira tarefa consiste em verificar as condições e a correta fixação do ressalto da tranca.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o ressalto da tranca, a porca do ressalto da tranca e o
contra-pino que imobiliza a citada porca.
O ressalto da tranca está localizado no interior da caixa da culatra e a sua porca pode ser vista
externamente na face inferior da mesma.
O ressalto é uma peça fundamental ao trancamento e destrancamento da arma. Se ele estiver
frouxo no interior da caixa da culatra, certamente será danificado. Se demasiadamente apertado, ou
empenado oferecerá uma grande resistência ao movimento do sistema cano-caixeta-ferrolho,
provocando um retardo na abertura da câmara de carregamento e, consequentemente, incidentes de tiro
provocados por insuficiência de recuo.
Esta tarefa pode ser cumprida por você, da seguinte forma:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 154
1. Observar se a porca do ressalto da tranca encontra-se contrapinada;
2. na ausência do contra-pino, apertar ou afrouxar a porca até que haja a coincidência entre um
dos seus entalhes e o orifício do parafuso do ressalto;
3. colocar um contra-pino com diâmetro proporcional ao do orifício, tendo a preocupação de
prender o contra-pino, também, na mola do ressalto da tranca.
4. observar, pela parte inferior da caixa da culatra, se o ressalto fica perfeitamente assentado
sobre a face interna da caixa da culatra.
5. se, por um acaso, houver um espaço entre as laterais do ressalto e a face interna da
caixa da culatra, é um sinal de que o ressalto está empenado. Nesse caso deve-se substituí-lo.
4ª tarefa
A quarta tarefa consiste em verificar a correta montagem de algumas peças responsáveis pela
alimentação da arma.
As peças envolvidas nesta tarefa são: o desvio e os batentes do cartucho.
Cada uma dessas peças, individualmente, será verificada.
A - Desvio
O desvio está localizado na parte superior do ferrolho e é perfeitamente identificado pela forma
circular de sua superfície.
Se estiver montado de maneira inversa ao sentido de alimentação da arma, certamente haverá
danos à alavanca do impulsor. A arma ficará indisponível.
A verificação da sua montagem pode ser feita da seguinte forma:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 155
4. na hipótese de não haver qualquer inscrição no corpo dos referidos batentes, basta saber que
o batente anterior é o de maior comprimento.
5ª tarefa
A quinta tarefa consiste em verificar a correta montagem do amortecedor de recuo.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a haste do amortecedor de recuo e a armação.
Este conjunto se localiza no interior da caixa da culatra.
O amortecedor de recuo tem dupla função: amortecer o recuo das peças móveis e auxiliar no
movimento de impulsão para a frente (recuperação) dessas mesmas peças. Sua montagem incorreta
prejudicará o funcionamento do armamento.
6ª tarefa
A sexta tarefa consiste em verificar se a mola retém do cano cumpre a sua finalidade de evitar
que o cano desatarraxe.
As peças envolvidas nesta tarefa são: a mola retém do cano e os entalhes do cano.
A mola retém do cano se localiza na face anterior direita da caixeta.
Se o cano girar durante o tiro, afastando-se do ferrolho, a necessária distância entre ele e o
ferrolho será afetada. Com isso, a percussão do cartucho realizar-se-á sem que o mesmo esteja
totalmente introduzido na câmara, causando um acidente de proporções consideráveis.
Para executar esta tarefa, é preciso considerar os dois tipos de mola retém:
- com simples ressalto;
- com duplo ressalto.
A mola com simples ressalto é utilizada nas armas de modelos mais antigos. Ela permite que o
cano gire em qualquer situação. Pode ser usada em qualquer tipo de caixa da culatra. Este tipo de mola
oferece pouca segurança para o tiro. Por esta razão, deve-se fazer uma linha de fé com giz entre o cano
e a camisa de refrigeração, para observar se o cano está desatarraxando e, sempre que possível,
verificar a folga de carregamento nos intervalos de tiro.
A mola com duplo ressalto é utilizada nas metralhadoras mais modernas. Nessas armas,
encontramos um pequeno orifício na face anterior direita da caixa da culatra, abaixo da mesa de
carregamento. O cano só deve girar se houver coincidência entre o ressalto externo da mola e o citado
orifício.
A tarefa de verificação para este tipo de mola pode ser efetuada, por você, da seguinte forma:
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 156
7ª tarefa
Terminadas as tarefas da inspeção, você deve preparar a arma para as calibragens de folga de
trancamento e de tempo de percussão, executando a montagem completa da arma.
O cano desta arma não é fixado, de forma permanente, à caixa da culatra, nem possui uma
posição previamente estabelecida em relação às peças móveis. Desta forma, dependendo do
posicionamento do cano, a distância entre a sua parte posterior e a face anterior do ferrolho ficará fora
daquela requerida para o funcionamento seguro. Se esta distância for pequena (insuficiente), significa
que o cano está demasiadamente atarraxado, não permitindo o trancamento completo. Se for grande
(excessiva), o cano está demasiadamente desatarraxado, permitindo a percussão sem que o cartucho
esteja totalmente introduzido na câmara. Em ambos os casos, haverá sérios danos à arma. A finalidade
da calibragem de folga de carregamento é exatamente posicionar o cano corretamente em relação ao
ferrolho, permitindo um funcionamento seguro do armamento.
d) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano-
caixeta- ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 157
e) Observe se uma pequena parte das ranhuras do cano aflora. Caso positivo vá para o passo
seguinte; caso negativo, o cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro. A arma deve
ser submetida a um programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção.
NOTA
No avanço do sistema pode ocorrer que o ferrolho não tranque,
neste caso haverá um espaço de cerca de 1cm entre a caixeta e a mesa de
alimentação.
h) Retire o elo metálico, agindo na alavanca de manejo e recuando levemente o conjunto cano-
caixeta-ferrolho, em seguida, leve o conjunto suavemente à frente e verifique se a caixeta encosta na
mesa de alimentação. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe mais um
clique, no máximo três, até que a caixeta encoste na mesa de alimentação;
l) Coloque o calibre D6096 "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o
cano e verifique se entra. Caso negativo retire tantos cliques quantos necessários, no máximo cinco, até
que o calibre D6096 "NO GO" passe entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano; caso positivo, o
cano está refugado, ou seja, não oferece segurança para o tiro. A arma deve ser submetida a um
programa de validação de cano. Informe a OM de manutenção
n) Coloque o calibre D6096 "GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano e
verifique se passa. Caso positivo vá para o passo seguinte; caso negativo desatarraxe tantos cliques
quantos necessários, no máximo dois, até que o calibre D6096 "GO" passe entre a ranhura extratora do
ferrolho e o cano;
o) Coloque o calibre D6096 "NO GO" suavemente entre a ranhura extratora do ferrolho e o
cano e verifique se entra. Esse calibre não deverá passar, já que sua espessura é maior que a do calibre
“GO”. Caso passe houve erro na verificação. Certifique-se, verificando novamente.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 158
NOTA
A folga de carregamento estará correta quando o lado do
calibre D6096 “GO” passar entre a ranhura extratora do ferrolho e o cano
e o lado do calibre “NO GO” não passar.
3. com o auxílio de uma chave de fenda, desatarraxar a porca de ajustagem, até que não mais
ocorra o desengatilhamento. Se houver a necessidade de engatilhar a arma durante esta operação, basta
trazer a alavanca de manejo auxiliar até a metade do seu curso e levá-la novamente à frente.
Obs: caso o ferrolho fique preso à retaguarda, pressione, para cima, a cauda do retém do
ferrolho.
4. a seguir, continuar desatarraxando a porca de ajustagem, até que não mais ocorra o
desengatilhamento;
5. colocar o calibrador com a inscrição “Fire . 020” entre a mesa de carregamento e a caixeta;
7. retirar o calibrador;
8. engatilhar a arma novamente e levar o ferrolho à frente;
9. introduzir o calibrador “No fire . 116” no mesmo local, mantendo-o nesta posição;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 159
12. desatarraxar a porca de ajustagem, considerando a metade dos cliques contados;
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 160
CAPÍTULO 08 – ARMAS NÃO-CONVENIONAIS
INDICE
NO Assunto Pag
01 Introdução
02 Desmontagem
03 Desmontagem Especial
04 Montagem
05 Manejo
06 Funcionamento
07 Seguranças
08 Incidentes de Tiro
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 161
INTRODUÇÃO
A presente nota de aula foi elaborada pela Seção de Armamento da Escola de Material Bélico,
com a finalidade de servir como fonte de informação para o estudo das armas leves não convencionais,
ou seja, armamento leve de não dotação do Exército Brasileiro.
Em termos de armamento individual, a pólvora foi a grande responsável pela substituição
gradual do arco-e-flecha e da balestra pelas armas de fogo curtas (Revólveres e Pistolas) e longas
(Espingardas, Mosquetões, Fuzis, etc.).
“Canhões de mão” como eram conhecidos, começaram a surgir por volta de 1450, os
Mosquetões de mecha e ação de roda já estavam em uso 100 anos depois, gradualmente foram sendo
introduzidos canos raiados, projéteis alongados e espoletas de fulminato de mercúrio, aumentando a
precisão do tiro, nascia o Fuzil. Em meados do Século XIX um grande passo foi dado com a criação do
cartucho metálico.
O crescente avanço tecnológico a partir da Segunda Guerra Mundial, evidenciou uma grande
corrida armamentista, com o desenvolvimento pelas grandes potências de artefatos de elevado poder
de destruição. Apesar dessas considerações, as armas leves não perderam a sua importância no
combate. Elas continuam sendo empregadas em todas as fases de uma guerra, em todos os tipos de
conflitos e em qualquer variedade de terreno. Seja qual for o emprego do combatente no campo-de-
batalha, ele sempre necessitará utilizar um armamento leve para sua defesa.
Os conhecimentos e informações tratados no presente trabalho foram extraídos das seguintes
fontes de informações:
• Nota de aula “Introdução ao estudo do armamento leve”, EsMB.
• Nota de aula B1-01 “Generalidades do armamento leve”, EsMB.
• Grande enciclopédia de armas de fogo, Editora Século Futuro.
• Armas & Armas, Ronaldo Olive.
• Guia de armas de guerra, Editora Nova Cultural.
• Revistas Magnum, diversos exemplares, Editora Magnum.
• Gun, o mundo da arma ligeira, G&Z Edições Ltda.
• Munições, Editora Fittipaldi.
• Revista do Exército Brasileiro, a evolução do armamento leve, 1° trimestre 1997.
• Artigos e fotos extraídos da “Internet”.
A compreensão dos conceitos aqui transmitidos são de extrema necessidade aos militares
especializados na resolução de panes e incidentes de tiro, bem como torna importante o aprendizado da
correta manutenção a ser realizada, tornando-a uniforme, prática e mais eficiente no âmbito do
Exército Brasileiro.
BOM ESTUDO !
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 162
ARMAS LEVES NÃO CONVENCIONAIS
I. GENERALIDADES
A. DEFINIÇÕES:
1. ARMAMENTO LEVE: Antes de iniciar o estudo do armamento leve não convencional,
necessário se torna que expliquemos o que seja um armamento leve.
Compreende-se por armamento leve, aqueles que possuem pesos e volumes relativamente
reduzidos, podendo ser transportados , geralmente, por um homem, ou em fardos por mais de um, além
de possuírem calibre inferior a .50 pol.
Devido a grande variedade do material bélico, existem armas que não se enquadram
perfeitamente dentro da definição. Ex. Lç Rj AT4, Lç Gr 40, espingardas cal 12, etc.
Fig 1 - Lç Gr 40 M79
2. CALIBRE: Quando se fabrica o cano de uma arma, longa ou curta, um cilindro de aço é
furado, alargado e retificado até um determinado diâmetro. Este diâmetro, antes de procedido o
raiamento, é chamado de CALIBRE REAL ou DIÂMETRO ENTRE CHEIOS. Em seguida, o
raiamento, constituído de um certo número de ranhuras de pequena profundidade, será usinado de
forma helicoidal ao longo do cano. A distância entre os fundos opostos do raiamento é chamada de
DIÂMETRO ENTRE FUNDOS e é igual ao DIÂMETRO OU CALIBRE DO PROJÉTIL que
será usado na arma. Conclui-se, portanto, que o calibre do projétil será sempre maior que o calibre real
do cano e essa diferença a mais é que irá fazer com que o projétil seja forçado contra os cheios, neles
se engrazando e passando a acompanhar a hélice segundo o qual o raiamento foi fabricado e
adquirindo, assim, a rotação necessária para sua estabilização após sair do cano.
B. ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS:
Para fins de estudo, o armamento leve é classificado, segundo suas características principais,
em diferentes grupos.
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1.QUANTO AO TIPO:
a- DE PORTE: conduzidas em coldre
b- PORTÁTIL: conduzidas por um só homem, geralmente dotadas de bandoleira.
c- NÃO PORTÁTIL: conduzidas por viaturas ou divididas em fardos para dois ou mais
homens.
2. QUANTO AO EMPREGO:
a- INDIVIDUAL: quando se destina à proteção daquele que o conduz.
b- COLETIVO: quando é utilizado em benefício de um grupo de homens ou fração de tropa.
3. QUANTO AO FUNCIONAMENTO:
a- REPETIÇÃO: funcionam pelo princípio da força muscular do atirador, que através de suas
ações desencadeará cada fase do funcionamento.
b- SEMI-AUTOMÁTICO: funcionam pelo princípio do aproveitamento dos gases resultantes
da queima da carga de projeção, o qual realiza quase todas as fases do funcionamento, exceto o
desengatilhamento.
c- AUTOMÁTICO: funcionam pelo princípio de aproveitamento dos gases da carga de
projeção, que realiza todas as fases do funcionamento.
4. QUANTO AO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
a- FORÇA MUSCULAR DO ATIRADOR: Ação sobre o gatilho.
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• Sistema de alavanca ou “lever action” .
• Sistema de ferrolho.
• Ação direta sobre o ferrolho ( ex. Submtr Ingram, Uru, Pst de pequeno calibre, etc. ).
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• Tomada de gases em um ponto do cano ( ex. Fz Steyr AUG A1, Colt M 16, etc.).
5. QUANTO À AÇÃO:
a- SIMPLES: a ação do atirador sobre o gatilho, só realiza o desengatilhamento ( ex. Pst 9
M973, etc. ).
b- DUPLA: estando a massa percutente em repouso, a ação do atirador sobre o gatilho, pode
realizar várias fases do funcionamento, culminando com o desengatilhamento.
c- SIMPLES E DUPLA: as duas características são reunidas em uma só arma. (ex. Pst
TAURUS PT 92 ).
6. QUANTO AO TRANCAMENTO:
a- CULATRA DESAFERROLHADA OU DESTRANCADA ( blowback ): utiliza-se do
princípio da massa ( peso do ferrolho, com auxílio das molas recuperadoras ), para retardar a abertura.
b- CULATRA AFERROLHADA OU TRANCADA: utiliza-se do princípio de sistemas de
trancamento. ( basculante, rotativo, roletes, etc. ).
7. QUANTO À ALIMENTAÇÃO:
a- MANUAL: a munição é colocada uma de cada vez na arma.
b- COM CARREGADOR:
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• Tipo cofre metálico ou de polímeros: - retangular ( Mtr Uzi, Fz Steyr AUG A1, etc. ).-(
tambor ( Mtr Thompson, etc. ).
Fig 7 – carregador tipo cofre retangular Fig 8 – carregador tipo cofre tambor
• Tipo fita metálica de elos destacáveis ( Mtr .50, etc.). ou não destacáveis ( Mtr MAG, etc. ).
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• Tipo tubular ( Carabina Puma .38, Espingarda de Repetição Cal 12, etc. ).
• Tipo especial: - lâmina de adaptação da mun .45 ACP P/ Rv .45 M917 S&W
-“Speed loader”: dispositivo que permite o carregamento rápido e
simultâneo de todas as câmaras de um Revólver.
8. QUANTO AO RAIAMENTO:
a- ALMA LISA:
• Cilíndrica
• Tronco-cônica
b- ALMA RAIADA:
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• Geralmente hexágono ou octógono retorcido
3.CANO:
Divide-se em:
a- CÂMARA: recebe a munição e suporta a pressão inicial dos gases.
b- RAIAS: quando existentes, são sulcos internos em formato helicoidal, destinados a
imprimir rotação ao projétil.
c- CHEIOS: diametralmente opostos nos dão a dimensão do calibre.
5.CARREGADOR:
Alojamento da munição para os tiros subsequentes.
6.CORONHA:
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Suporte destinado à estabilização da pontaria por apoio no ombro do atirador, podendo ser
fixa, rebatível, articulada, retrátil, destacável, etc.
7.CAIXA DA CULATRA:
Invólucro metálico, disposto na parte média de uma arma longa, no interior do qual se
movimenta o ferrolho, ligando ao mesmo tempo o cano e a coronha.
8.EJETOR:
Lança para fora da arma o estojo ou cartucho.
9.EXTRATOR:
Retira o estojo ou cartucho da câmara.
10. FERROLHO:
Geralmente aloja o percussor e realiza o trancamento da arma.
11. GATILHO:
Tecla destinada ao acionamento da arma.
D. FASES DO FUNCIONAMENTO:
1. ABERTURA:
Perda do contato entre o ferrolho e a câmara.
2. ALIMENTAÇÃO:
Ato de colocar a munição no tambor ou colocar o carregador municiado na arma.
3. APRESENTAÇÃO:
Estando a câmara vazia, é o ato realizado pelo carregador de colocar um cartucho pronto para
ser levado à câmara. No revólver, é o alinhamento do cartucho com o percussor, realizado pelo giro do
tambor.
4. CARREGAMENTO:
Realizado pelo ferrolho, é a retirada do cartucho do carregador e a introdução do mesmo na
câmara.
5. DESENGATILHAMENTO:
Perda de contato entre a massa percutente e o gatilho ou sua extensão.
6. DESTRANCAMENTO:
Operação que permite que o ferrolho possa se separar da câmara.
7. DISPARO:
Avanço da massa percutente resultado da distensão da sua mola.
8. EJEÇÃO:
Ato de expulsar o estojo deflagrado do armt, depois que o mesmo foi extraído da câmara.
9. ENGATILHAMENTO:
Massa percutente presa somente pelo gatilho ou sua extensão.
10. EXTRAÇÃO:
Divide-se em duas fases: na primeira o extrator empolga a virola do cartucho e na segunda
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o extrator retira o estojo da câmara.
11. FECHAMENTO:
O ferrolho entra em contato com a câmara.
12. PERCUSSÃO:
O percussor fere a cápsula do cartucho.
1.TRANCAMENTO:
Ligação rígida realizada entre o ferrolho e a câmara.
II. REVÓLVERES
A. DEFINIÇÃO:
Arma de porte, de repetição, na qual os cartuchos são colocados num tambor atrás do cano,
podendo o mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.
B. HISTÓRICO:
1836- Patenteado pelo Cel Samuel Colt nos EUA. Tinha uma configuração rígida e seu
carregamento era feito câmara por câmara, com os componentes individuais ( PN, PROJÉTIL,
ESPOLETA ) e o funcionamento era por ação simples.
Fig 14 – Rv Colt
1851- Robert Adams, inglês, cria o revólver de ação dupla.
1857- Expira a patente da Colt e surgem os revólveres S&W nos EUA.
1858- Surge o cartucho metálico.
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1870- É criada pela S&W a ejeção automática dos estojos pelo basculamento do cano.
Fig 15 – Rv S&W
1899- A S&W cria o basculamento lateral do tambor.
C. CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS:
1. VANTAGENS:
• Grande versatilidade balística, permitindo a variação de cargas, pois sua carga de projeção só
trabalha no lançamento do projétil.
• Muito boa rusticidade e segurança, tanto em porte quanto em uso de pronto emprego.
• Intercambiabilidade de munições.
2. DESVANTAGENS:
OBS: Estas informações são meramente comparativas. Na prática, os valores costumam ariar
consideravelmente, de fabricante para fabricante e, até mesmo, entre lotes diversos de um mesmo
fabricante. Quando possível, a velocidade inicial do projétil foi dada com base num cano de arma
típica daquele cartucho.
III. PISTOLAS
A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, de porte, que utiliza a pressão dos gases resultante da queima da carga de
projeção para seu funcionamento, podendo realizar tiros semi-automáticos ou automáticos.
Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.
B. HISTÓRICO:
1883- Andres Scharzlose, belga, propôs a utilização dos gases para uma pistola que
funcionasse pelo movimento do cano.
1891- Hugo Bochardt, norte-americano radicado na Alemanha, cria a primeira pistola e põe
o carregador no punho.
1896- Peter Paul Mauser, alemão, amplia a capacidade de tiros e introduz o sistema de
segurança.
1898- George Luger, alemão, cria a empunhadura anatômica.
1899- John Moses Browning, norte-americano, radicado na Bélgica, reduz drasticamente o
número de peças componentes e viabiliza a rusticidade.
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1911- Browning, sugere a munição de grande impacto por ampliação de massa.( .45 ACP ).
1929- Carl Walther, alemão, introduz o sistema de dupla ação.
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C. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os princípios de funcionamento mais comuns são:
• Ação direta dos gases sobre o ferrolho: ( para pequenos calibres. Ex. .22 LR - 6,35 BROWNING -
7,65 BROWNING - .380 ACP – etc. ).
• Curto recuo do cano: ( para calibres mais potentes. Ex. 9 x 19 - .40 S&W – .45 ACP ).
MUNIÇÕES:
Munições mais utilizadas e suas respectivas Vo:
A. DEFINIÇÃO:
São armas de funcionamento automático, leves e simples o suficiente para serem operadas por
um único soldado e sem a necessidade de acessórios de apoio.
B. HISTÓRICO:
Utilizadas pela primeira vez em combate durante a primeira guerra mundial, para suprir as
necessidades de um grande volume de fogo a curta distância, era a única opção para tiros contínuos,
uma vez que os fuzis da época eram de repetição e tinham pouca capacidade de tiros no carregador.
A Villar-Perosa, introduzida pelos italianos em 1915, poderia ser considerada a primeira arma
desse tipo.
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Fig 18 – Mtr Villar-Perosa
C. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GERAÇÃO:
1a GERAÇÃO: pesadas, primorosamente produzidas e com material de primeira linha, onde
denota-se o emprego de usinagens e utilização de madeiras nobres. ( ex. Mtr Thompson ).
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3a GERAÇÃO: foram compactadas, o ferrolho agora passou a revestir o cano, e o carregador
passou a ter seu alojamento no interior do punho, e ainda, a sua estabilidade durante o tiro contínuo
passou a ser a primeira fase do seu desenvolvimento. ( ex. Mtr Uzi, Ingram, etc. ).
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4a GERAÇÃO: (existente somente para alguns autores). O uso de polímeros especiais tem
substituído o trabalho de estamparia, (ex. Mtr Steyr Mpi 69 / MPi 81). O percussor deixa de ser
usinado ou cravado no ferrolho e passa a utilizá-lo como alojamento e apoio, permitindo assim que o
armamento funcione com a culatra fechada.
D. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Ainda que as metralhadoras de mão tenham aparecido, ao longo dos seus mais de 80 anos de
existência, em grande variedades de formatos e calibres, o seu princípio de funcionamento permaneceu
virtualmente inalterado. A quase totalidade das submetralhadoras, tem o seu princípio de
funcionamento baseado na ação direta dos gases sobre o ferrolho, conhecido também como
“blowback”.
MUNIÇÕES:
As metralhadoras de mão utilizam munições iguais as de pistola, porém as mais comuns são:
.380 ACP - .45 ACP e 9x19 PARABELLUM, sendo esta última a mais usada militarmente em todo o
mundo.
V. ESPINGARDAS
A. DEFINIÇÃO:
Arma de fogo, comprida, portátil, com cano de alma lisa, geralmente empregada para caçar.
B. HISTÓRICO:
Desde a sua invenção as espingardas fizeram parte das dotações armamentistas de vários
exércitos. Porém um largo passo, para tornar-se um armamento militar, foi dado na I guerra mundial,
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onde as características daquele combate ( as trincheiras ), consagrou a WINCHESTER 1897, em
calibre 12 e com ação de bomba.
Já na II grande guerra, sua utilização sofreu grande declínio, as trincheiras quase não existiam e
os blindados tornariam as espingardas quase inúteis, se não fosse a utilização destas para a guarda de
instalações e campos de prisioneiros de guerra.
Prestes a cair em desuso, foi extremamente reaquecida nas florestas da Corea e do Vietnã. E
hoje sofre um grande reaquecimento, devido a adoção de 2 “espingardeiros” no GC Mariner’s dos
EUA.
OBS.: O número que indica o calibre de uma espingarda é expresso pela quantidade de
projéteis esféricos de chumbo de diâmetro igual ao do cano, necessário para formar 1 libra de peso, ou
seja, 0,454 Kg. Exemplificando: o calibre 12 tem um diâmetro interno nominal correspondente a uma
esfera de chumbo que pesa 1/12 lb, são necessárias, portanto, 12 esferas para se atingir 1 lb.
O calibre 36 é uma exceção pois, segundo o critério acima, deveria ser calibre 67. Tendo um
diâmetro nominal de 0,410 pol, esse calibre é também designado por.410, especialmente fora do
Brasil.
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A. DEFINIÇÃO:
O fuzil de assalto é uma evolução natural e obrigatória dos “fuzis” que já na II guerra mundial
possuíam um sistema de automatismo.
B. CARACTERÍSTICAS:
Selecionar seus tiros em intermitentes e contínuos. Possuir grande capacidade de munição no
carregador e utilizar munição de grande potência e longo alcance.
C. HISTÓRICO:
Após a II guerra mundial, os fuzis de repetição foram relegados ao segundo plano e as
pesquisas recaíram para o desenvolvimento dos novos fuzis de assalto.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 182
armeiros da época, o que logicamente alimentou a idéia dos armeiros de todo o mundo, com o grande
problema que era: capacidade de tiro e o uso da arma com uma repetição mais rápida.
SISTEMA DE ALAVANCA
Nos anos de 1860 a 1880 vários fuzis com sistema de alavanca que foram criados com vários
calibres, (50/70, 45/70,.50, .54) dentre as mais famosas está a MARLIN 1895 SS Americana,
conhecida pelo emblema de um cavaleiro a galope, está arma utilizava munição calibre 45/70, mais no
final do século XIX, começaria a fabricação das carabinas como são conhecidas hoje pela COLT e
uma das primeiras foi a COLT .44, hoje seu modelo é produzido por vários países inclusive o BRASIL
que é fabricado pela ROSSI.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 183
Ainda no final do século XIX começou a aparecer os fuzis de repetição por ação de ferrolho,
onde modelos foram fabricados em vários países do mundo, principalmente na Europa e Ásia, na
Europa um dos mais renomados foi o MAUSER por parte dos alemães que utilizava munição 7mm.
Sendo utilizado na Primeira Guerra Mundial.
Já no continente norte americano foi empregado pelos Estados Unidos o fuzil KRAG-
JORGENSEN calibre 30/40 modelo 1896.
Após a primeira Grande Guerra, viu-se a necessidade de aumentar o poder de fogo das armas
portáteis, ou seja, de emprego individual, começando assim a busca de um fuzil que aumentasse o
poder de fogo em relação a capacidades tiros e a velocidade de seus disparos.
Sendo que em 1936 foi utilizado pela primeira vez por um Exército um fuzil com
carregamento automático o M1 GARAND .30, com capacidade de oito de tiros no carregador, já neste
fuzil nota-se a preocupação do remuniciamento, pois uma vez dado o ultimo tiro o carregador era
ejetado e o ferrolho ficava aberto, facilitando sua alimentação.
Obs: Este foi o único fuzil automático utilizado na segunda Grande Guerra.
Durante o decorrer da Segunda Grande Guerra Mundial viu-se que o volume de fogo de armas
portáteis tornou-se fundamental para conquista de objetivos, tipos localidades e área estratégicas, tendo
em vista que os combates iam tornando-se mais móveis ou seja o combate saía das trincheiras, o que
custou muito caro aos Alemães, já que a fabricação bélica germânica só desenvolveu um fuzil
automático em 1944 o MP 44, que após ser analisado por Adolf Hitler teria dito o termo STUM-
GEWEHR ou seja fuzil de assalto.
Após este pequeno prefácio, estudaremos a evolução dos fuzis de assalto, quanto ao seu
principio de funcionamento seu trancamento e a classificação por gerações destes fuzis.
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FUZIS DE ASSALTO
DEFINIÇÃO:
Fuzil de assalto é o que possui capacidade de selecionar seus tiros em intermitente e contínuos,
possui grande capacidade de munição no seu carregador e sua munição tem capacidade de abater alvos
a grandes distâncias.
CARACTERISTICAS:
Os fuzis de assalto possuem varias características que os diferem dos antigos fuzis dentre elas a
principal é o aumento da capacidade de tiros, diminuição de seu comprimento, assim como seu peso, e
principalmente o aumento de polímeros na construção dessas armas.
SISTEMA DE TRANCAMENTO:
Dentro do estudo da cinemática dos armamentos o que sempre denotou curiosidade e
preocupação é o tipo de trancamento utilizado por diversos fuzis, pois do trancamento vem a segurança
para o usuário.
Os tipos de trancamento mais utilizados são:
-Basculante utilizado no FAL. MD2 IMBEL
-Roletes utilizado nos fuzis HK33, HKG3
-Rotativos utilizado nos COLT, STYER AUG, AK 47
PRIMEIRA GERAÇÃO
Podemos enquadrar como de primeira geração os fuzis que surgiram até a metade do
século XX, onde eram feitos de metais com bastante resistência, o que acarretava em um maior
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peso, tais armamentos são constituídos na sua maioria por peças de aço, utilizam como placas de
guarda mão, telha e coronha madeira ou polímero, sendo este ultimo em pequena proporção,
pois a principal idéia é a rusticidade do armamento, caracterizado ainda por um comprimento
demasiado mesmo aqueles com coronha retráteis
O principio de funcionamento destes fuzis é por tomada de gases na extensão do cano, e
este atuando sobre um êmbolo; os fuzis de primeira geração são classificados pelo calibre que
são os seguintes: 7,62x39 – 7,62x51
SEGUNDA GERAÇÃO
Caracterizamos como de segunda geração todos os fuzis de assalto com calibre 5,56 x 45,
o que ocasionou um aumento considerável na capacidade de tiros por carregador. Constituídos
de ligas metálicas leves como alumínio endurecido e com emprego amplo de polímero no seu
formato.
Os fuzis de segunda geração tem seu princípio de funcionamento por tomada de gases em um
ponto do cano, e o que difere dos de primeira geração é a ausência de um êmbolo para acionar o
impulsor do ferrolho, geralmente estes fuzis recebem a ação dos gases diretamente em um estojo no
impulsor como por exemplo o M 16 – AR 15, ou por ação de choque em um pistão, proveniente da
força dos gases no caso do fuzil STYER AUG.
Seu sistema de trancamento é feito na maioria das armas deste calibre por ferrolho rotativo,
com exceção do fuzil HK 33, que possui trancamento por meio de roletes.
A GERAÇÃO 7,62 x 51
O apoio mútuo ao remuniciamento, por parte dos aliados, criou seríssimos problemas
logísticos, e forçosamente passou-se a pesquisar o desenvolvimento para aquele que haveria de tornar-
se a munição dos futuros campos de batalha.
Escola de Material Bélico - Subseção de Armamento Leve – Apostila de Armamento Leve 02 186
Fig 25 – Fz HK G3
OBS.: O FAL é adotado por mais de 90 países e produzido, sob licença por mais de 10 e o
Brasil é o único país no mundo que produz o FAL em clone perfeito do belga.
Por outro lado, os soviéticos desenvolveram em 1947 a munição 7,62x39 e o Fz AK 47 que
viria a ser o fuzil de maior produção mundial.
Fig 26 – Fz AK 47
1. A GERAÇÃO 5,56 x 45
Os EUA , baseados nas teorias do efeito hidráulico, que se produz no choque de pequenos
projéteis a velocidades muito altas, criaram a munição 5,56x45.
PAÍS FUZIL ANO
EUA M16 1959
ALEMANHA HK-G33 1963
ISRAEL GALIL-AR 1969
ITÁLIA BERETTA-AR70 1970
EUA RUGER MINI 14 1973
AUSTRIA STEYR AUG A1 1978
BÉLGICA FNC 1984
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Fig 27 – Fz Steyr AUG A1
A RESPOSTA SOVIÉTICA: em contrapartida à movimentação ocidental, em torno dos
novos sistemas armamento/munição, a URSS cria em 1974 a versão atualizada do seu AK 47, o AK 74
e uma nova, e polêmica munição, a 5,45x39 que devido a sua ponta oca e base de aço, tem um efeito
altamente traumatizante, contrariando assim a convenção de Genebra.
D. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO:
Os fuzis de assalto já produzidos no mundo, utilizam os mais diversos princípios de
funcionamento, porém os mais comuns são:
MUNIÇÕES :
Munições mais comuns e suas respectivas Vo.
• 5,45x39.....................................................................900 m/s
E. A NOVA GERAÇÃO:
Se considerarmos as armas de desenho curto, o “bullpup” ( carregador à retaguarda do punho,
ex. Fz Steyr AUG A1 ), como os últimos vestígios dentro de um desenho clássico, a próxima geração
de fuzis de assalto será constituída por armas de aspecto semelhante, que irão disparar munição sem
estojo.
Fig 29 – Fz HK G 11
O primeiro desta nova série é o Fz alemão HK G11 com sua munição 4,7x21 sem estojo, que
por si só obriga os exércitos de todo o mundo repensar no armt individual do soldado do terceiro
milênio.
FIM
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