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Havia um caçador chamado Tomás que morava em uma pequena cabana na beira da floresta com seus

dois filhos, Pedro e Miguel. Ambos os filhos eram muito próximos do pai e adoravam acompanhá-lo em
suas caçadas pela floresta. Eles sempre voltavam para casa com presas, geralmente javalis ou coelhos,
que os alimentavam por dias.

Certo dia, enquanto caminhavam pela floresta, eles avistaram uma ursa com seus filhotes pequenos. A
ursa parecia ameaçadora e o caçador se preparou para atacá-la com sua lança, mas quando viu os
filhotes, Tomás percebeu que não poderia fazê-lo. Ele decidiu que eles deveriam voltar para casa e caçar
outro animal para sua subsistência.

"Não podemos matar essa ursa com seus filhotes, precisamos ser mais respeitosos com a vida
selvagem", disse Tomás aos seus filhos, que concordaram com ele.

No caminho de volta, eles encontraram um javali e o caçador o matou. Eles voltaram para casa com a
presa e, naquela noite, jantaram e dormiram tranquilamente.

No dia seguinte, enquanto Tomás dormia em sua cabana, Pedro e Miguel foram brincar na floresta. Eles
corriam e riam, aproveitando a liberdade que a floresta lhes proporcionava. De repente, foram
surpreendidos pela ursa que haviam encontrado antes. Ela os atacou ferozmente, e os meninos ficaram
gravemente feridos antes de conseguirem subir em uma árvore para se protegerem.

Quando Tomás acordou e descobriu o que havia acontecido, ficou revoltado. Ele pegou seu rifle e saiu
em busca de vingança. Encontrou a ursa, que começou a correr quando o viu. Ele tentou atirar nela, mas
errou todos os tiros.

De repente, um urso negro muito maior do que a ursa apareceu e começou a persegui-lo. Tomás correu
o mais rápido que pôde, mas o urso negro o alcançou e começou a atacá-lo. Surpreendentemente, a ursa
apareceu e lutou com o urso negro, sendo atingida por várias bofetadas enquanto tentava ajudar o
caçador.

"Eu preciso ajudar meus filhos, não posso deixar que esse urso me mate!" Gritou Tomás, enquanto
recarregava sua arma.
Finalmente, o caçador conseguiu dar um tiro que acertou o urso negro em cheio e ele fugiu. Tomás
olhou para a ursa e viu um olhar que parecia ser seus próprios olhos refletidos nela. Ele entendeu que foi
o urso negro que atacou seus filhos e não a ursa.

"Me perdoe, eu estava cego pela dor e pela raiva, você foi uma aliada na proteção dos meus filhos",
disse Tomás à ursa, abaixando seu rifle e deixando-a ir.

Tomás voltou para casa, com o coração pesado pelo que havia acontecido, e cuidou dos seus filhos
feridos. Ele pensou muito sobre a lição que havia aprendido e decidiu que nunca mais caçaria animais
que não precisasse para sobreviver.

Passaram-se algumas semanas e os meninos se recuperaram completamente. Tomás levou seus filhos
para a floresta para que pudessem agradecer à ursa que os salvou. Quando chegaram ao local onde tudo
aconteceu, encontraram a ursa com seus filhotes novamente. Ela parecia assustada, mas não atacou
quando os viu.

"Obrigado por ter nos ajudado. Se não fosse por você, eu poderia ter perdido meus filhos", disse Tomás
para a ursa, que olhou para ele com gentileza.

Tomás, Pedro e Miguel passaram a visitar a ursa e seus filhotes com frequência. Eles traziam frutas e
outros alimentos para ajudá-los a sobreviver. Com o tempo, a ursa começou a confiar neles e permitiu
que se aproximassem. As crianças adoravam brincar com os filhotes, e Tomás aprendeu muito sobre a
vida selvagem e a importância de respeitá-la.

Desde então, Tomás se tornou um defensor da vida selvagem e passou a trabalhar na proteção e
preservação da floresta. Ele ensinou seus filhos a importância de respeitar a natureza e a vida animal, e
juntos, eles viveram felizes em sua pequena cabana na beira da floresta, cuidando e protegendo a
natureza que tanto amavam.

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