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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

Balanço do Período de Estiagem - 2021

Belo Horizonte – MG
2021
COMANDANTE-GERAL DO CBMMG
EDGARD ESTEVO DA SILVA, CEL BM

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
ERLON DIAS DO NASCIMENTO BOTELHO, CEL BM

ELABORAÇÃO
MOISÉS MAGALHÃES DE SOUSA, MAJ BM
MARDELL DA SILVA ALVES, CAP BM
LEANDRO FIGUEIREDO GOMES, 1º TEN BM
DENNIS HENRIQUE DIAS PEÇANHA, 3º SGT BM

CAPA
DENNIS HENRIQUE DIAS PEÇANHA, 3º SGT BM

FOTOS DA CAPA
EMBM5
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Capa do Plano de Preparação ao Período de Estiagem .................. 7 


Figura 2 - Capa do Plano Integrado de Preparação e
Resposta aos Incêndios Rurais ........................................................ 8 
Figura 3 - Série Histórica do Período de Estiagem - CBMMG .......................... 9 
Figura 4 - Série Histórica dos Focos de Calor do INPE (2015 a 2021) ............. 9 
Figura 5 - Aumento dos Atendimentos em Relação à Média Histórica. .......... 10 
Figura 6 - Redução dos Atendimentos em Relação à Média Histórica. .......... 10 
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados do CBMMG referentes aos empenhos


em UC e entornos. ......................................................................... 11 
Tabela 2 - Valor aproximado em TSP (efetivo e viaturas) .............................. 12 
Tabela 3 - Custo do Empenho do Airtractor.................................................... 12 
Tabela 4 - Custo de Diárias dos Pilotos do Airtractor ..................................... 13 
Tabela 5 - Custo Total Empenho em UC e Entorno ....................................... 13 
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6

2 CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................................. 7

3 ATUAÇÃO DO CBMMG................................................................................ 9

3.1 Atuação do CBMMG em incêndios em Unidades


de Conservação e no seu entorno .................................................... 11
3.1.1 Custo da operação em unidades de conservação
e seu entorno .................................................................................. 12

4 SUGESTÕES DOS COMANDOS OPERACIONAIS E ESPECIALIZADO.. 14

4.1 1º COB .................................................................................................. 14

4.2 2º COB .................................................................................................. 15

4.3 3º COB .................................................................................................. 15

4.4 4º COB .................................................................................................. 16

4.5 5º COB .................................................................................................. 16

4.6 6º COB .................................................................................................. 17

4.7 CEB....................................................................................................... 17

5 ATUAÇÃO LOGÍSTICA DA INSTITUIÇÃO VOLTADA AO


COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS ................................................... 18

5.1 DLF ....................................................................................................... 18

5.2 EMBM4 ................................................................................................. 19

5.3 CSM ...................................................................................................... 19

6 CONCLUSÃO .............................................................................................. 21
6

1 INTRODUÇÃO

Nos dias 18 e 19 de outubro ocorreu o Workshop de encerramento do Período de


Estiagem visando revisar e refletir no PÓS-AÇÃO, avaliando minuciosamente o que
aconteceu, o que foi feito de bom, e o que pode ser feito de diferente na próxima vez
para uma melhor performance institucional.

O evento ocorreu de forma híbrida, on-line e presencial onde os gestores operacionais


e da área logística apresentaram o planejamento para o período de estiagem 2021,
como ocorreram as ações além de propostas para aprimoramento dos processos para
o ano seguinte.

A partir desta experiência, que permitiu a promoção da aprendizagem compartilhada,


o reforço do espírito de equipe e o aprimoramento contínuo de pessoas e processos,
apresenta-se o balanço do período de estiagem, na expectativa de contribuir para
melhorar a eficácia e a gestão do desempenho operacional.
7

2 CONTEXTUALIZAÇÃO

O período de estiagem 2021 foi marcado pela severidade da seca e necessidade de


apoio em algumas regiões mais afetadas do estado. Para fazer frente a este cenário,
o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais realizou diversas ações e
planejamentos com foco na Redução do Risco de Desastres e aumento da eficiência
na Resposta aos Desastres.

Através do Plano de Preparação ao Período de Estiagem – 2021, almejou-se


potencializar os eixos de prevenção a desastres, diminuição dos riscos e preparação
à resposta com base na Gestão do Risco de Desastre (GRD) e a Gestão do Desastre
(GD). Dentre as ações podemos destacar:

- Operação Alerta Verde;


- Cooperação entre CBMMG e AMIF;
- Cooperação entre CBMMG e SEAPA;
- Implantação dos Núcleos de Incêndio Florestal (NIF) nas Unidades
Operacionais;
- Memorando 3.153/2018 - Período Sazonal;
- Memorando 3.165/21 - Sala de Situação;
- Plano de Intervenção Serra Verde;
- Treinamentos e Atualizações.

Figura 1 - Capa do Plano de Preparação ao Período de Estiagem

Fonte: EMBM3
8

Atuando de forma conjunta com a Secretaria Estado de Agricultura, Pecuária e


Abastecimento – SEAPA, foi desenvolvido ainda o Plano de Preparação e Resposta
aos Incêndios Rurais (PIIR). Neste primeiro ano, como projeto piloto, promoveu ações
visando potencializar os eixos de prevenção a desastres, diminuição dos riscos e
preparação à resposta na área de articulação do 12º BBM (2ª CIA - Unaí e 2ª CIA/2º
Pel. Paracatu), obtendo resultados positivos.

Figura 2 - Capa do Plano Integrado de Preparação e Resposta aos Incêndios Rurais

Fonte: EMBM3
9

3 ATUAÇÃO DO CBMMG

Em análise a Série Histórica dos Atendimentos do CBMMG, observa-se que o período


de estiagem de 2021 alcançou a máxima histórica de atendimentos a incêndios
florestais, superando a máxima anterior que ocorreu no ano de 2020.

Figura 3 - Série Histórica do Período de Estiagem - CBMMG

Fonte: EMBM3

Analisando a Série Histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais é possível


observar que os focos de Calor do período de estiagem de 2021 também superaram
os números dos últimos 6 anos. Um fator que vale ressaltar no comparativo dos
gráficos é que o CBMMG aumentou sua capacidade de atendimento em mais de 200%
desde o início da série histórica.

Figura 4 - Série Histórica dos Focos de Calor do INPE (2015 a 2021)

Fonte: INPE
10

Deste aumento extremamente expressivo dos focos de calor, houve também uma alta
no último ano de 2021 em relação à média histórica no atendimento das naturezas de
Incêndios em área de florestamento (O04004), área urbana não protegida (O04011),
incêndio em área rural não protegida (O04008) e em lote vago (O04012),
respectivamente com 124,66%, 70,27%, 44,19% e 44,11%. Por meio do Painel de
Gestão Operacional, na série histórica, essas informações foram extraídas e
apresentadas na figura 5.

Figura 5 - Aumento dos Atendimentos em Relação à Média Histórica.

Fonte: EMBM3

Ao analisar a figura 6, verifica-se que mesmo com a elevação dos números de focos
de calor em algumas ocorrências superarem as marcas dos últimos anos, houve
reduções em outras naturezas. Nas ocorrências de Incêndio em produção agrícola
(O04003) foram 94,04%, 45,41% em incêndios no entorno de unidade de conservação
(O04002) e 32,09% de incêndios em área rural pertencente à órgão público (O04005).

Figura 6 - Redução dos Atendimentos em Relação à Média Histórica.

Fonte: EMBM3
11

3.1 Atuação do CBMMG em incêndios em Unidades de Conservação e no seu


entorno

O CBMMG no ano de 2021 atendeu até o mês de setembro 348 incêndios em


Unidades de Conservação (O 04.001) e no seu entorno (O 04.002). Nessas
ocorrências foram empenhados 1.981 militares e 524 viaturas (terrestres ou aéreas).

Somando o tempo de duração dessas ocorrências, obtemos mais de 2.632 horas de


combate, sendo que o mês de setembro concentrou a maioria dos atendimentos
(1.517 horas e 54 minutos).

Tabela 1 - Dados do CBMMG referentes aos empenhos em UC e entornos.

Duração das
Mês do Militares
Ocorrências Viaturas Ocorrências
fato Empenhados
(Horas: Minutos)
Janeiro 1 1 3 00:30
Fevereiro 1 2 7 04:34
Março 7 9 30 39:28
Abril 13 14 48 14:53
Maio 23 30 92 48:19
Junho 14 15 49 19:25
Julho 64 107 314 247:55
Agosto 98 159 646 739:17
Setembro 127 187 792 1517:54
Total Geral 348 524 1981 2632:15

Fonte: CINDS, 2021.

Além disso, como o estado foi bastante afetado em todas as regiões pelo período de
estiagem, houve uma alta demanda de solicitações ao CBMMG em apoio as
prefeituras, secretarias e gerentes de parques.
12

3.1.1 Custo da operação em unidades de conservação e seu entorno

3.1.1.1 Viaturas Terrestres e Efetivo

O custo da operação em Unidades de Conservação e entorno, baseado na Taxa de


Segurança Pública (TSP), pode ser estimado conforme valores abaixo, considerando
as 348 ocorrências atendidas, 524 viaturas utilizadas e o efetivo total de 1981
Bombeiros Militares empregado. Para cada uma das ocorrências foi utilizada a
fórmula:

TSP = Efetivo ou Viatura x Duração do Empenho x UFEMG x Quantidade de UFEMG

Após aplicação da fórmula, foi realizado a soma dos valores encontrados de TSP em
cada ocorrência, o que foi possível chegar aos valores apresentados na tabela 2:

Tabela 2 – Valor aproximado em TSP (efetivo e viaturas)

Recursos Valor em TSP


Efetivo R$ 34.391,68
Viatura R$ 188.560,76
Total R$ 222.952,44
Fonte: CINDS e EMBM3

3.1.1.2 Aeronaves

Foi empregado aeronave do Batalhão de Operações Aéreas no combate a incêndio


em vegetação na APA Pandeiros e APA Cochá e Gibão, sendo os custos detalhados
nas tabelas abaixo:

Tabela 3 - Custo do Empenho do Airtractor

Horas de Custo Hora de Valor Total


Voo Voo AirTractor AirTractor
31,6 R$ 6.325,00 R$ 199.870,00
Fonte: Batalhão de Operações Aéreas
13

Tabela 4 - Custo de Diárias dos Pilotos do Airtractor

Diárias dos
Dias de
Militares Total
Empenho
Empenhados
19 R$ 472,14 R$ 8.970,66
Fonte: Batalhão de Operações Aéreas

3.1.1.3 Quadro Resumo

Tabela 5 - Custo Total Empenho em UC e Entorno

Descrição Valor
Diárias Pilotos Airtractor R$ 8.970,66
Custo Airtractor R$ 199.870,00
Valor em TSP R$ 222.952,44
Total R$ 431.793,10
Fonte: EMBM3
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4 SUGESTÕES DOS COMANDOS OPERACIONAIS E ESPECIALIZADO

Os Comandos Operacionais, o Comando Especializado e as unidades operacionais


avaliaram minuciosamente o cenário e apresentaram sugestões de melhorias para
aprimorar a eficácia e a gestão do desempenho operacional para o próximo período
de estiagem.

Desta forma, a seguir estão consolidadas as propostas apresentadas que demandam


envolvimento de outros setores institucionais para solução.

4.1 1º COB

 Aquisição de Veículos 4x4. Foi informado que as viaturas ABT foram


empenhadas em chamadas distantes de incêndios em lotes vagos,
provocando indisponibilidade de atendimento em sinistros urbanos de maior
potencial lesivo; 
 Aluguel de veículos 4x4 para fazer frente aos incêndios florestais no Estado
durante os meses de agosto a outubro;  
 Aquisição de EPI’s para CIF;
 Aquisição de Soprador Costal, Retardantes de chamas, Pinga-Fogo e Perneira
Individual; 
 Realização de Novos Cursos de RPA;
 Digitalização da rede de rádio na região de Sete Lagoas;
 Emprego dos 3º, 4º e 5º esforços, em atividades de outras naturezas, distintas
das de combate a incêndio florestal. Durante os meses de maior demanda, a
escala do 4º esforço seja contínua, sem que haja necessidade de solicitação
prévia para posterior mobilização; 
 Ampliação dos treinamentos e capacitação junto ao BEMAD. 
15

4.2 2º COB

 Melhoria no plano de manutenção de viaturas/equipamentos, bem como a


aquisição de mais viaturas do tipo ASF (Auto Salvamento Florestal);
 Aquisição/Locação de ABTF/ASF para as Unidades;
 Contratação de serviço de internet/telefone via satélite para SCO;
 Aquisição de drone com câmera térmica para CIF;
 Modernização da comunicação em grandes operações (via satélite, rádio
aeronáutico, sistema portátil de rádio-comunicação, etc);
 Realização do alerta verde entre os meses de março a junho; 
 Previsão orçamentária para despesas com diárias para o PIIR;
 Ampliação dos treinamentos e capacitação em PCIF e
geoprocessamento/sensoriamento remoto;
 Redução de férias e escala diferenciada nos meses de agosto e setembro;
 Diante da prioridade do Governo para proteção das propriedades rurais,
importante focar nas ações de prevenção e preparação, com efetivo dedicado,
sugere-se a criação de Pelotão de CIF na área do 12º BBM;
 Convênio com a PMMG para utilização do georreferenciamento da Rede de
Fazendas Protegidas;
 Proposição de legislação estadual para uso das faixas de domínio de rodovias
estaduais para plantio (de forma análoga ao que já ocorre em âmbito federal1);
 Utilização do Sistema Emergência 193 para acionamentos e gerenciamento
das operações;
 Reforço no efetivo do Pelotão de Paracatu.

4.3 3º COB

 Que o planejamento das atividades para o ano de 2022, sobretudo as


preventivas (Ex.: Alerta Verde) sejam antecipadas e ocorram em todo o período

1
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 02 DE MARÇO DE 2021 Dispõe sobre o uso das faixas de domínio
de rodovias federais sob circunscrição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/decreto/D8489.htm.
16

de estiagem (Plano de Ação mês a mês), com intervenções específicas,


pontuais e evolutivas, permitindo assim, uma interação institucional (a nível de
Estado) com a temática dos incêndios florestais de forma preventiva em todas
as regiões do Estado, gerando maior visibilidade;
 Uma interlocução entre a SEMAD e CBMMG permitindo uma intervenção
específica no entorno das Unidades de Conservação, promovendo ações
preventivas e de preparação para o período de estiagem 2022, considerando a
incidência e aumento dos incêndios florestais em UC;
 Potencializar campanhas de orientação junto as mídias sociais e veículos de
imprensa de maneira que envolva a população, sobretudo nas escolas,
formando multiplicadores acerca da necessidade de prevenir IF.

4.4 4º COB

 Melhorar a capacidade de transporte de tropa (terreno arenoso) e das


comunicações via rádio;
 Aquisição de equipamentos de comunicação via satélite ou rede rádio móvel
com repetidor para ser instalado no local da ocorrência;
 Aquisição soprador, estação meteorológica portátil, GPS;
 Barracas e camas de campanha, estruturar local para acampamento;
 Aquisição de veículos com tração 4x4, munidos com kit combate a IF;
 Aquisição de RPA's com câmera térmica e formação de novos pilotos do
equipamento;
 Aquisição de EPIs específicos para combate a incêndio florestal.

4.5 5º COB

 Aquisição de veículos e equipamentos específicos para combate a IF;


 Realização campanhas de educação ambiental, em conjunto com as
prefeituras e demais órgãos, para conscientizar a população sobre os danos e
prejuízos causados pelos incêndios;
17

 Realização de cursos de pilotos RPA;


 Instalação de novas frações do CBMMG e de brigadas municipais, de forma a
melhorar a capilaridade e reduzindo o tempo de resposta, tendo em vista a
extensa área de atuação de algumas Unidades, gerando tempos de
deslocamentos de até 3h para chegar ao local do incêndio.

4.6 6º COB

 Melhoria na comunicação via rádio através da digitalização da rede;


 Formar novos pilotos de RPA;
 Sugeriu-se a aquisição e a renovação de equipamentos de combate a
incêndios das Unidades;
 Aquisição de equipamentos de comunicação via satélite, ou rede rádio móvel,
com repetidor instalado no local da ocorrência, de veículos com tração 4x4,
munidos com “kit picape” e drones com câmera térmica; 
 Modificar as distâncias para concessão de diárias e onde não for possível a
utilização do cartão alimentação, sugerimos a possibilidade de saque do valor
em dinheiro, com a apresentação de notas fiscais ou cupom fiscal
comprovando a despesa.

4.7 CEB

 Levantamento de pistas para pouso de aviões dentro das áreas de


interesse;
 Aquisição de equipamentos para combate a incêndios florestais; (bambi,
bomba água, caminhão de abastecimento 4x4.);
 Aquisições de RPAs;
 Aquisição de rádios HT aeronáutico;
 Locação de Air tractor;
 Aumentar a frota de veículos especializados.
18

5 ATUAÇÃO LOGÍSTICA DA INSTITUIÇÃO VOLTADA AO COMBATE A


INCÊNDIOS FLORESTAIS

A Diretoria de Logística e Finanças e a 4ª Seção do Estado-Maior apresentaram os


planejamento e aquisições voltadas para o período de estiagem com equipamentos
inovadores visando melhoria da eficiência no combate.

O Centro de Suprimento e Manutenção apresentou demandas para melhoria dos


processos para os anos seguintes.

5.1 DLF

Apresentou os planejamentos da Diretoria para aquisição de novos materiais,


equipamentos de proteção individual e viaturas para auxiliar no combate a incêndio
florestal, dentre eles:

 Roupões para combate a incêndio florestal a serem destinados aos NIFs;


 Equipamentos mais versátil e modernos: Abafador retrátil, pinga-fogo portátil
de 1L;
 Serviço de Locação de aviões para combate a Incêndios Florestais;
 Mochila costal de alta resistência e ergonomia;
 Capacetes, Óculos de Proteção, Óculos de ampla visão (alta performance) e
Mochilas costais;
 Ferramenta multifuncional gorgui avançado;
 Botas multimissão e EPI multimissão certificado;
 Repetidora digital e HTs para Bonito de Minas (região 4º COB);
 Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF).
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5.2 EMBM4

A quarta seção do Estado-Maior relatou como foi possível a operacionalização das


duas aeronaves Air Tractor recebida por decisão judicial em regime de depositário fiel,
sendo uma por parte da Justiça Federal do Paraná e a outra do Tribunal de Justiça de
São Paulo.

Além das operações das aeronaves, foi divulgada as tratativas para a criação da
Minuta de TDCO a ser celebrado entre o CBMMG, SEMAD e IEF para o
desenvolvimento dos trabalhos relacionados a prevenção e combate a incêndios
florestais em Unidades de Conservação Estaduais, ações preventivas, capacitação e
atendimentos as emergências ambientais no estado de MG.

5.3 CSM

 Realização de capacitações para os motoristas para condução e operação de


viaturas em locais de difícil acesso; 
 Evitar o emprego de militares especialistas do Centro em escalas de apoio (4º
esforço), tendo em vista que os períodos de grande demanda operacional
coincidem com os momentos de grande demanda da frota e,
consequentemente, os profissionais são necessários em suas funções
ordinárias. A ausência destes militares traz grande impacto devido ao número
reduzido destes especialistas na Corporação uma vez que suas atividades não
podem ser exercidas por outros militares.
 Não emprego de militares do quadro combatente, pertencentes ao Núcleo
Motomec e Núcleo de Material Operacional em escalas de apoio (4º esforço).
Estes militares atuam em funções de apoio a manutenção de viaturas e
equipamentos operacionais (fornecimento de peças, controle de contratos de
serviços e etc.). A ausência, mesmo que temporária, impacta diretamente na
execução da manutenção/distribuição de equipamentos uma vez que se torna
necessário o uso de especialistas para suprir este claro.
 Manutenção do processo de inclusão de Praças especialistas Motomec, com
ampliação do quadro, visando a descentralização da mão de obra
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especializada nos COB's do interior. Com isto espera-se a redução no tempo


de resposta às solicitações de manutenção em sistemas de corpo de bomba,
tanque e tubulações, através da disponibilidade regional de especialistas,
impactando em um menor tempo de baixa das viaturas de combate a incêndio,
além da redução dos custos com diligências para realização de manutenções
no interior.
21

6 CONCLUSÃO

O Workshop Encerramento do Período de Estiagem serviu de debriefing das


atividades desenvolvidas durante todo o período. Os conhecimentos compartilhados
e demandas apresentadas serão fundamentais nos planejamentos dos próximos
anos.

Todas as unidades ressaltaram a importância na Operação Alerta Verde desenvolvida


no mês de março de 2021, direcionada para redução dos incêndios em lotes vagos,
que é a natureza que apresenta o maior número de atendimentos e demanda grande
esforço operacional. Esta ação coordenada de toda a Instituição fomenta a cultura de
prevenção aos incêndios florestais, busca efetividade nas vistorias em lotes vagos já
realizadas pelas unidades operacionais e incentiva o desenvolvimento de políticas
públicas para a limpeza de lotes. Como ponto positivo, verificou-se que nos municípios
onde há legislações que permitam a utilização do REDS BM como notificação aos
proprietários de lotes vagos, foram obtidos resultados notáveis na redução dos
incêndios nestas áreas, reforçando, portanto, a importância das Unidades realizarem
gestão junto as prefeituras, câmaras municipais e Ministério Público, fomentando a
criação de algum dispositivo legal no município que permita a fiscalização aos imóveis
com vegetação e lixo em lotes vagos que estejam oferecendo risco a população. Com
base na série histórica, verificou-se ainda uma redução de 27% dos atendimentos no
mês de junho em relação aos anos de 2019-2020. E de acordo com dados do
COBOM, neste ano, a RMBH apresentou uma redução de 20% na demanda reprimida
para as ocorrências de incêndio em vegetação, mesmo com uma seca severa,
demonstrando o êxito da operação.

Outro ponto a ser ressaltado, foi a organização e estruturação dos Núcleos de


Incêndios Florestais (NIF), que permite a mobilização e deslocamento de equipes de
bombeiros militares entre diferentes Comandos Operacionais, sob a égide de doutrina
padronizada e sistematizada, a fim de potencializar as respostas em eventos de maior
capacidade danosa, para que a Unidade responsável pela atuação na área atingida
possa responder com o menor impacto possível em seu efetivo ordinário. Com o apoio
do BEMAD, foram realizados treinamentos de tropa e padronização dos
procedimentos de atendimentos de todos os integrantes dos NIFs. Com isso, foi
salientado por todos que houve um fortalecimento das ações de combate e um rápido
22

acionamento em apoio a todo o estado, resultando em uma maior efetividade nos


combates.

Verificou-se ainda que a ferramenta: Série Histórica, do Painel de Gestão Operacional,


foi bastante difundida e fez-se valer de suas funcionalidades para embasar tomadas
de decisões e parametrizar a real situação de cada região. A inserção da ferramenta
“Dados do INPE – Focos de Calor” no painel, foi bastante benéfica, tornando-se outro
ponto de suporte para as ações de Gestão do Risco de Desastre, pois com ela, foi
possível o monitoramento constante de todos os comandos institucionais, por meio
dos focos de calor em todas as regiões do estado.

Como em todo processo de aprendizado e melhoria constante, foram apresentados


pelas Unidades carências envolvendo a área logística, que demandará investimento
por parte da Instituição para aquisição/ aluguel de veículos 4x4, equipamentos, epi,
melhorias no sistema de comunicação, dentre outras. Desta forma, haverá
desdobramentos para os setores envolvidos analisarem o pleito e proporem soluções.

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