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Estado de Santa Catarina

PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ


Rua Francisco Mees, 1.915 – XV de Novembro – Corupá – SC – CEP: 89.278-000
Fone (0**47) 375-6500 – www.corupa.sc.gov.br

LEI COMPLEMENTAR Nº 112, de 24 de Fevereiro de 2023

DISPÕE SOBRE O PROGRAM A DE


REGULARIZAÇ ÃO DE OBRAS E
CONSTRUÇÕES IRREGULARES E/OU
CLANDESTINAS - PROCIC E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCI AS.

CLAUDIO FINTA, Prefeito Municipal de Corupá em


Exercício, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições
constitucionais, faz saber a todos que a Câmara Municipal aprovou e
ele sanciona a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAIS

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Programa de


Regularização de Obras e Constr uções Irregulares e/ou Clandestinas
de Corupá – PROCIC, visando regularizar as obras e construções
irregulares e/ou clandestinas, edificadas ou constituídas até a data de
31 de outubro de 2022, desde que apresentem condições mínimas de
higiene, segurança, estabilidade, salubridade e habitualidade,
mediante à observância das regras definidas na presente legislação.
Parágrafo Único: As obras e construções irregulares e/ou
clandestinas existentes ou concluídas até a data prevista no caput
deste artigo, poderão ser aprovadas para fins de regularização e
concessão do “habite -se”, na forma da presente legislação.

Art. 2º Para a regularização prevista nesta Lei


Complementar, o Poder Público dispensará ou reduzirá as limitações
administrativas estabelecidas nas Lei Complementar nº 21, de 12 de
janeiro de 2007 – Código de Obras e suas alterações, ficando
autorizado a celebrar termo de compromisso de ajustamento de
conduta, com pessoas físicas e jurídicas, responsáveis pela
construção, ampliação e/ou reformas que tenh am sido executadas em
desacordo com a referida Lei Complementar.

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”


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§ 1º Toda e qualquer edificação que tiver iniciada a sua


execução após a data supracitada no artigo 1º não poderá ser
contemplada com o benefício desta legislação.
§ 2º Na análise do projeto de regularização, o Município
se resguarda o direito de exigir obras de adequação, para dar
condições de estabilidade, permeabilidade, acessibilidade,
segurança, higiene e salubridade da edificação, independentemente
do pagamento das medidas compensatórias .

Art. 3º Para efeitos da presente Lei Complementar,


considera-se:
I - construção irregular: aquela cuja licença foi expedida
pelo Município, porém executada total ou parcialmente em desacordo
com o projeto aprovado;
II - construção clandestina: aquela ex ecutada sem prévia
autorização do Município, ou seja, sem projetos aprovados e sem a
correspondente licença;
III - construção irregular parcial: aquela correspondente à
ampliação de construção legalmente autorizada, sem licença do
Município para a ampliaçã o;
IV - obra iniciada e/ou existente: aquela que proporciona
condições mínimas de uso e/ou habitabilidade na data descrita no
artigo 1º desta lei, contendo vedação, cobertura, instalação
hidráulica, instalações sanitárias, e instalações de energia elétrica
(ou fonte alternativa similar);
V - imóvel residencial unifamiliar: aquela edificação
residencial para uma única família;
VI - imóvel residencial multifamiliar: edificação com mais
de uma unidade;
VII - imóvel de uso comercial ou não residencial : é aquele
imóvel constituído de uma edificação com finalidade de explorar
atividades empresariais, oferecendo estrutura para que essas ações
possam ser realizada s, ou com unidades destinadas ao uso os fins de
instalação de comércio, indústria, escritórios, depósito s, ou qualquer
outra atividade que não seja residencial ;
VIII - imóvel de uso misto: é aquele que envolve,
simultaneamente, o uso residencial e o uso não residencial ;
IX - vedação: é aquela parede que na área interna possua
reboco e na parte externa possua no mínimo o chapisco;
X - edificação com irregularidade superveniente decorrente
de parcelamento de solo : é aquela que as construções existentes
sobre o imóvel mesmo que regulares, tornam -se irregulares após o
parcelamento.

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§ 1º Entende-se por habitabilid ade a condição da


edificação de ser utilizada, devendo a mesma apresentar conforto
térmico, acústico, ventilação, ausência total de umidade, iluminação
natural (ou mecânica com eficácia devidamente comprovada) e
estabilidade estrutural.
§ 2º São consideradas condições irreversíveis aquelas em
que não é possível alterar a estrutura sem prejudicar a estabilidade,
devendo as eventuais alterações não comprometerem a habitabilidade
da edificação.

CAPÍTULO II
DOS IMÓVEIS P AS SIVEIS DE REGULARIZAÇÃO

Art. 4º Serão passíveis de regularização, com base nesta


legislação, as edificações que possuírem irregularidades atreladas
com os seguintes parâmetros urbanísticos:
I - recuos;
II - afastamentos;
III - taxa de ocupação;
IV - coeficiente de aproveitamento;
V - projeção de sacadas e/ou coberturas sobre o recuo
e/ou passeio público;
VI - número de vagas de estacionamento e garagem
disponibilizadas inferior a exigida;
VII - taxa de permeabilidade;
VIII - altura da edificação , pé direito e acréscimo de
gabarito;
IX - regularização de Elevadores;
X - altura de paredes cegas superiores ao permitido;
XI - demais irregularidades não previstas no artigo 13.
Parágrafo Único. Os imóveis que possuam edificações
devidamente licenciadas e concluídas até o prazo definido no artigo
1º desta lei e que em razão de projeto de parcelamento do solo
submetido à aprovação em data posterior a 31 de outubro de 2022,
do qual resulte em irregularidade superveniente aos padrões
construtivos definidos no plano diretor, poderão ser aprovados
mediante de adesão ao PROCIC.

CAPÍTULO II
DO PROCE DIMENTO DE REGULARIZAÇÃO

Art. 5º A legitimidade para propor a regularização de


construção irregular e/ou clandestina, será:
I - Do proprietário ou promissário comprador;

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II - Do legítimo possuidor;
III - Do representante legal dos legitimados nos incisos I e
II, desde que devidamente constituído pare este fim, observadas as
formalidades legais.

Art. 6º A regularização das construções dependerá da


apresentação dos seguintes documentos pelo requerente do imóvel:
I - requerimento do interessado solicitação de
regularização da obra edificada, bem como, responsabilizando -se sob
as penas da lei, pela veracidade das informações prestadas conforme
Anexo I;
II - cópia de documento que indique a titularidade do
imóvel, tais como matrícula atualizada do Cartório de Registro de
Imóveis (máximo 90) e/ou Compromisso ou Promessa de Compra e
Venda, acompanhado de declaração de autorização ;
III - certidão negativa de tributos municipais relativo ao
imóvel;
IV - planta de situa ção;
V - planta de locação contendo, no mínimo, as cotas da
situação real da edificação sobre o lote o quadro de áreas da mesma;
VI - planta baixa de todos os pavimentos da edificação;
VII - dois (02) cortes, passando por locais que melhor
identifiquem tod a a edificação;
VIII - fachada frontal;
IX - termo de responsabilidade técnica ref erente à
regularização da obra , emitido por profissional qualificado
devidamente registrado em órgão de classe;
X - Laudo Técnico emitido por profissional qualificado
devidamente registrado em órgão de classe, atestando a situação de
segurança de uso, estabilidade, higiene, habitabilidade e
acessibilidade, conforme modelo sugerido no Anexo II ;
XI - no selo de identificação de cada prancha deverá
constar: “REGULARIZAÇÃO DE OBR A, NOS TERMOS D O PROCIC”;
XII - comprovante dos recolhimentos da taxa de pré análise
e para a aprovação de projetos e concessão de licença, pagamento
dos valores correspondentes à regularização da obra prevista nesta
Lei, que só será exigida após aprovado o projeto de regularização da
obra;
XIII - comprovante de que a construção foi iniciada e/ou
concluída até a data prevista no artigo 1º desta legislação a ser
aferido pela municipalidade ;
XIV - cópia da notificação emitida por fiscal municipal,
quando hou ver;

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XV - comprovação de quitação das multas e pendências,


fora do período decadencial de 05 anos, que deram origem ao
embargo da obra .

Art. 7º. As construções para fins residências unifamiliares


de até 70m² (madeira ou mista – madeira e alvenaria), ficam
dispensadas da apresentação do projeto arquitetônico, devendo
apresentar a Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica
(ART/RRT), laudo técnico, planta baixa, planta de locação e quadro de
áreas.

Art. 8º As regularizações, para qualquer tipo de


edificação, somente serão efetivadas mediante o pagamento de uma
contrapartida financeira (compensação urbanística), conforme
estabelecido na legislação, salvo os casos constantes do artigo 15
desta Lei Complementar.
Parágrafo Único: Os requerimentos de regula rização de
obras e construções de que trata esta Lei Complementar serão
autuados através de procedimentos próprios, que serão numerados
conforme a ordem cronológica de sua protocolização
eletrônica/mecânica junto à S EMAFIP, que manterá o controle dos
protocolos e atuará, em tais procedimentos, com as mesmas práticas
de controle, gestão e tramitação de processos administrativos
dispostas no Código de Obras, e seguindo a me sma fila de análise de
projetos.

Art. 9º Para atendimento do que dispõe a presente


legislação, serão aceitos declaração, parecer técnico ou laudo
técnico, elaborado e firmado por profissional devidamente habilitado
em seu órgão de classe , observadas em qualquer situação, as
disposições constantes na legislação vigente aplicável, no que coub er.
§ 1º Os documentos de que trata o caput deste artigo
deverão ser sempre acompanhados do respectivo documento de
responsabilidade técnica.
§ 2º Para a execução das obras referidas no caput do
artigo, será concedido o prazo máximo de 180 (cento e oitenta ) dias,
prorrogáveis uma única vez por igual período se necessário, desde
que devidamente justificado.

Art. 10. Na paralisação do processo de regularização por


prazo superior a 90 (noventa) dias corridos, por culpa do interessado,
este será automaticament e indeferido e arquivado , anulando-se todos
os atos administrativos até então praticados.

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Art. 11. O Poder Público Municipal poderá negar, em ato


fundamentado, a regularização a qualquer obra ou construção
indevidamente executada, sempre que esta, em f unção das
transgressões e afronta as normas urbanísticas, afete o conjunto
urbanístico local, não apresente condições mínimas de habitabilidade,
uso, segurança, higiene, saneamento básico, bem como afete as
condições de trânsito, estacionamento, e nos caso s de interesse
público.

CAPÍTULO III
DA COMPROV AÇ ÃO DA DAT A DE CONCLUS ÃO DA OBRA

Art. 12. Para o devido enquadramento em relação à data


de início e conclusão da edificação, o requerente poderá apresentar o
seguinte rol de documentos :
I - Comprovantes de inscrição do imóvel no Cadastro
Imobiliário do Município, com a identificação das áreas existentes;
II - Fotografias datada(s) da edificação;
III - Dados de levantamentos cadastrais realizados pelo
Município;
IV - fotos, faturas de fornecimento de água, en ergia
elétrica, ou outros documentos que vinculem a construção à data
relatada;
V - Foto aérea (Google Earth ou software equivalente) que
apresente data anterior à publicação desta Lei e a implantação total
da área a ser regularizada;
VI - Qualquer documen to oficial expedido pela
Administração Municipal que comprove a área construída existente;
VII - Auto de infração, notificações, ou embargos
administrativos relativos à construção, lançamento de tributos sobre a
construção, dentre outros;
VIII - Outros documentos resultantes de solicitações feitas
à municipalidade, por meio de procedimentos administrativos que
comprovem a área construída;
IX - Quaisquer outros documentos idôneos, inclusive de
outros órgãos e entidades, cuja aceitação ficará a critério da
Administração;
Parágrafo Único: Caso necessário, serão realizadas pelo
órgão competente , as diligências indispensáveis a constatar a
veracidade das informações e documentos apresentados pelo
interessado na regularização de que trata esta Lei Complementar.

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CAPÍTULO IV
DOS IMPEDIMENTOS P ARA REGULARIZAÇ ÃO

Art. 13. Não serão passíveis de regularização nos termos


desta Lei as obras e construções e/ou edificações:
I - Situadas em Áreas De Preservação Permanente (APP),
nos termos da legislação federal, estadual o u municipal, exceto se
reconhecidas como sendo área urbana consolidada ;
II - Situadas em áreas non aedificandi junto a cursos
d’água, galerias, canalizações, junto às faixas de domínio de
ferrovias, rodovias estaduais ou federais, e junto a linhas de
transmissão de energia de alta tensão , exceto as exceções previstas
na legislação federal, estadual ou decorrentes de procedimentos
judiciais;
III - Que estejam localizadas ou que tenham invadido,
ainda que parcialmente, áreas públicas institucionais, áreas ver des
e/ou áreas de sistema viário, ou ainda que tenham comprovadamente
avançado sobre imóveis de terceiros;
IV - Que as aberturas estejam em recuo inferior a 1,50 m
(um virgula cinco metros) em relação as linhas divisórias laterais e
dos fundos do imóvel, s alvo se a edificação tiver sido concluída há
mais de 1 ano e 1 dia sem oposição, ou com autorização expressa
assinada, com firma reconhecida, do proprietário lindeiro para período
inferior.
V - Que sejam edificações irregulares e/ou clandestinas
iniciadas a partir de 01 de novembro de 2022.
VI - Que estejam localizadas em áreas de risco, assim
definidas pelos órgãos competentes, especialmente:
a) as construções em terrenos suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos, inundações bruscas, ou processos geológic os ou
hidrológicos correlatos, salvo se atendidos as diretrizes das Cartas
Geotécnicas de Aptidão a Urbanização, e as exigências específicas
das autoridades competentes visando a garantia da segurança e a
viabilidade do uso e/ou ocupação;
b) as construções em terrenos que tenham sido aterrados
com material nocivo à saúde pública, sem o prévio saneamento de
acordo com as Leis e normas vigentes aplicáveis;
c) as construções em terrenos situados em áreas onde a
poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção
se ela for possível e tecnicamente viável;
d) as construções nos locais considerados contaminados
ou suspeitos de contaminação por material nocivo ao meio ambiente
ou à saúde pública, sem que sejam previamente saneados e

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descontaminados, atendidas as exigências do órgão ambiental


competente;
e) as construções em terrenos com declividade igual ou
superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas as exigências
específicas das autoridades competentes, e respeitadas as restrições
das legislações federal, estadual e municipal sobre a matéria;
f) as construções nas áreas sujeitas a deslizamento de
encostas, abatimento do terreno, processo de erosão linear ou outra
situação de risco, antes de tomadas as providências para garantir sua
estabilidade, se isso for possível e tecnicamente viável, ouvidos os
órgãos competentes;
VI - Que apresentem irregularidades não previstas na lei.
Parágrafo Único: Para as construções localizadas em
imóveis localizadas em possíveis áreas de risco descritas no inciso VI
deste artigo , o deferimento e a adesão ao PROCIC será precedido de
parecer da Defesa Civil pela concessão da licença.

CAPÍTULO V
DAS MULTAS COMPENS ATÓRI AS

Art. 14. São medidas compensatórias para a


regularização de edificações, o pagamento aos cof res públicos de
valor correspondente à área ocupada pela edificação em
desconformidade com a legislação vigente.
§ 1º O cálculo do valor estabelecido como medida
compensatória será baseado no CUB médio - Custo Unitário Básico
da Construção Civil (médio), estabelecido pelo Sindicato da Indústria
da Construção Civil do Estado de Santa Catarina - SINDUSCON SC.
§ 2º O valor referente à compensação urbanística deverá
ser pago à vista até o montante de 1 00 (cem) UFRMs e, nos valores
acima deste, em até 24 (vinte quatro) parcelas com vencimento
mensal e consecutivo , observado o disposto no artigo 17 desta
legislação.
§ 3º O valor referente à parcela mínima será de 20 (vinte)
UFRMs para pessoa física e 50 (cinquenta) UFRMs para pessoa
jurídica.
§ 4º Serão isentos de pagamento de contrapartida
financeira as entidades públicas.
§ 5º Para efeito de atendimento desta lei, as infrações
constatadas serão consideradas de forma cumulativa, devendo sua
regularização exigir o pagamento do somatório dos valores referentes
a cada uma das compensações urbanísticas aplicadas, de acordo
com cada irregularidade identificada .

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Art. 15. O valor da multa compensatória será certo e


determinado, correspondente ao tipo de infração, que será calculado
mediante a aplicação da fórmula abaixo e seus índices definidos da
Tabela do Anexo III:

MC = (CUB x ICM) x AI x AC

Onde: MC = Multa Compensatória;


CUB = Custo Unitário Básico de Construção de
Santa Catarina;
ICM = Índice do Custo por Metro quadrado;
AI = Área Irregular a ser regularizada em m etros
quadrados;
AC = Adicional Construtivo sobre a área invadida
em m² (metros quadrados) .

Art. 16. O produto da arrecadação da multa compensatória


prevista neste artigo, será recolhida através de documento de
arrecadação, destinado ao Fundo Municipal de Fiscalização e
Urbanismo.
Parágrafo Único: A aplicação da multa compensatória
prevista neste artigo não exclui eventual penalidade anteriormente já
aplicada.

Art. 17. O documento de “habite -se” da edificação


regularizada conforme esta Lei Complementar s ó poderá ser liberado
para o interessado após a comprovação efetiva do recolhimento da
multa compensatória.
Parágrafo único. A aplicação da multa não exclui eventual
penalidade anteriormente aplicada pelo Município, como também não
isenta o responsável do pagamento dos demais tributos devidos,
atrelados ao imóvel onde se encontra a edificação em processo de
regularização.

Seção I
Das Base de Cálculo

Art. 18. A base de cálculo da Multa C ompensatória - MC


para as edificações irregulares e/ou clandestinas, definidas no artigo
1º desta Lei, será a área construída que efetivamente infringiu o
licenciamento original.

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Art. 19. Para os casos em que o imóvel possua construção


parcial regularizada, através de Alvará de Licença para Construção
anterior, esta deverá ser informada no projeto arquitetônico, inclusive
com o número de Alvará de Construção correspondente.

Seção II
Das Isenções

Art. 20. Fica isento do pagamento da MC e do imposto de


sobre serviço - ISS, a construção residencial unifamiliar (unidade
isolada) de até 70,00m² (setenta metros quadrados) de área total
construída, e contribuinte em situação de vulnerabilidade definida no
artigo 33, IV do CTMC .

Art. 21. A isenção prevista no artigo anterior será


solicitada em requerimento, e acompanhada dos el ementos de prova
do cumprimento das exigências necessárias para sua concessão.

Art. 22. Verificada, a qualquer tempo, a inobservância dos


requisitos exigidos para a sua concessão, ou o desaparecimento das
condições que a motivaram, a isenção será cancelad a, por despacho
da Autoridade competente, ficando o contribuinte obrigado a recolher
a contrapartida financeira devida, dentro do prazo máximo de 30
(trinta) dias corridos, contados da comunicação da decisão, sem
prejuízo de outras sanções legais.

Art. 23. As edificações públicas, pertencentes à União,


Estado e Município, ficam isentas do pagamento das multas
compensatórias previstas neste artigo, devendo cumprir os demais
requisitos para sua regularização.

Art. 24. Os interessados ficarão isentos do paga mento da


contrapartida financeira para regularização da construção quando:
I - o imóvel, quando de sua construção, tiver sido edificado
em local situado fora do perímetro urbano vigente à época;
II - o imóvel estiver totalmente construído até a data de 11
de dezembro de 198 5.
III - o imóvel tombado como patrimônio histórico pelo
município, estado ou união.
§ 1º A isenção prevista nos incisos I e II do caput deste
artigo será solicitada em requerimento escrito, instruído com as
provas do cumprimento das exig ências necessárias à sua concessão.

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§ 2º Verificada, a qualquer tempo, a inobservância dos


requisitos exigidos para sua concessão, ou o desaparecimento das
condições que a motivaram, a isenção será cancelada, por despacho
da autoridade competente, ficando o contribuinte obrigado a recolher
o valor da contribuição urbanística devida, dentro do prazo de 30
(trinta) dias, contados da comunicação da decisão.

CAPÍTULO VI
DA CRI AÇÃO DO FUNDO MUNICIP AL DE FISCALIZAÇÃO E
URBANISMO

Art. 25. Fica criado o Fundo Mun icipal de Fiscalização e


Urbanismo, com o objetivo de receber, gerir, administrar e aplicar os
valores correspondentes as multas compensatórias decorrentes das
regularizações previstas na presente Lei.
§ 1º Os recursos do Fundo Municipal de Fiscalização e
Urbanismo, destinam-se a implementação de ações visando à
qualificação, capacitação, reaparelhamento e contratação de serviços
para o desempenho da missão institucional da Secretaria de
Administração, Finanças e Planejamento – SEMAFIP.
§ 2º A administração do Fundo Municipal de Fiscalização e
Urbanismo, será exercida pelo titular da SEMAFIP, em conjunto com o
Chefe do Poder Executivo .
§ 3º O Fundo Municipal de Fiscalização e Urbanismo ,
criado por esta lei, será regulamentado através de Decreto e do Poder
Executivo, que baixará os atos complementares necessários.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. A regularização de edificação decorrente desta Lei


Complementar não implica o reconhecimento de direitos quanto ao
uso irregular, ou a permanência de atividades irregulares porventura
instalados no imóvel.

Art. 27. A regularização de que trata esta Lei


Complementar não implica no reconhecimento, pelo Município, do
direito de propriedade, posse ou domínio útil, a qualquer título, das
dimensões e da regu laridade do lote, nem exime os proprietários de
glebas parceladas ou os seus responsáveis, pelas obrigações e
responsabilidades decorrentes da legislação de parcelamento do solo.

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Art. 28. As demandas judiciais promovidas pelo Município


visando à demolição , à paralisação ou à interdição de construção
irregular ou clandestina, que tenham sido definitivamente
regularizadas com base nesta Lei Complementar, e, devidamente
atestada sua regularidade pela S EMAFIP, serão extintas, devendo o
proprietário ou responsá vel pela obra promover o pagamento das
custas judiciais e emolumentos.

Art. 29. Ocorrendo reincidência de qualquer irregularidade


quanto às obras de construção, modificações ou acréscimos nos
termos desta Lei, resultará na aplicação das seguintes sanções ao
infrator:
I - multa a ser aplicada na importância de 05 (cinco) vezes
dos valores fixados nesta Lei para regularização, não excluindo a
responsabilidade civil, criminal e funcional que no caso couber;
II - declaração de inidoneidade para licitar ou cont ratar
com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição.

Art. 30. Fica estabelecido que a data limite para


apresentação de protocolo do pedido de adesão ao PROCIC poderá
ser realizado até 31 de dezembro de 2025.
Parágrafo Único: Findo o prazo, e havendo necessidade
de prorrogação da vigência da presente norma complementar, poderá
o Chefe do Poder Executivo prorrogar o prazo para a adesão ao
PROCIC.

Art. 31. O Poder Executivo Municipal realizará vistoria na


edificação para expedição do alvará de regularização e habite - se,
podendo haver vistoria complementar sempre que necessário.
Parágrafo único. Constatada, a qualquer tempo,
divergência nas informações, o interessado será notificado para
prestar esclarecimentos e sanar as irregularidades quando for o caso,
no prazo de 15 (quinze) dias corridos, sob pena de nulidade da
regularização da edificação e aplicação de multa correspondente a 03
(três) vezes o valor da multa compensatória.

Art. 32. Todas as edificações a serem reg ularizadas nos


termos da presente Lei, deverão ser dotadas de sistema de tratamento
individual de esgotamento sanitário, devidamente dimensionados
conforme normativas vigentes.

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Art. 33. As despesas decorrentes desta Lei Complementar


correrão por conta de dotação própria, consignada no orçamento do
Município.

Art. 34. Fica o chefe do Poder Executivo autorizado a


tomar as providências legais ao fiel cumprimento desta Lei
Complementar, prescritas em Decreto se necessário.

Art. 35. Casos omissos e eventualmente conflitantes d a


presente lei serão deliberados pelo Conselho da Cidade de Corupá.

Art. 36. Esta Lei Complementar entrará em vigor na data


de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de Corupá, 24 de fevereiro de 2023.

CLAUDIO FINTA
PREFEITO MUNICIP AL E. E.

Sancionada, Registrada e Publicada a presente Lei, nesta


Secretaria de Administração, Finanças e Planejamento aos vinte
quatro dias do mês de fevereiro de dois mil e vinte três.

Publicada e Registrada na Forma da Lei nº 1.891 de 10 de


Março de 2009.

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ANEXO I

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO - PROCIC


PROPRIETÁRIO
Nome:
CNPJ/ CPF:
E-mail: Tel.:

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Nome:
Título Profissional:
CREA/ CAU/ CFT:
E-mail: Tel.:

IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL
Endereço do Imóvel.....:
Bairro: CEP:
Área: M2 IPTU:
Registro de Imóveis:
Uso:
Residencial Comercial Misto Outros:

LOCALIZAÇÃO POR GEOREFERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO IRREGULAR


Latitude..........:
Longitude.......:

Local e Data...............:
DE DE

ASSINATURA:

Nome do Requerente:

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”


Estado de Santa Catarina
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ
Rua Francisco Mees, 1.915 – XV de Novembro – Corupá – SC – CEP: 89.278-000
Fone (0**47) 375-6500 – www.corupa.sc.gov.br

ANEXO II

LAUDO TÉCNICO – EDIFICAÇÃO À REGULARIZAR


1. QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE
 Nome do proprietário:
 Inscrição no CPF / CNPJ:

2. QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO


 Nome do responsável técnico:
 Inscrição no CPF / CNPJ:
 Nº do Reg. Órgão de Classe:
 Nº da Reg. Órgão de Classe do Laudo:

3. DESCRIÇÃO DO IMÓVEL
 Endereço do imóvel:
 Nº Cadastro da Prefeitura:
 Uso:
 Área a regularizar:
 Área do terreno:

4. OBJETIVO

O presente laudo tem como objetivo descrever as condições de uso, segurança,


higiene, habitabilidade, acessibilidade, conforto térmico, conforto acústico,
ventilação, iluminação e estabilidade estrutural.

5. DATA DA VISTORIA
O presente imóvel foi vistoriado na data de xx/xx/xxxx

6. CONDIÇÕES DE USO
Descrever as condições de uso do imóvel e suas condições (está sendo feito as
manutenções prediais ou o imóvel está degradado)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

7. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
Descrever as condições de segurança do imóvel (o imóvel apresenta segurança
aos ocupantes ou estes correm perigo ao ocupar o imóvel)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

8. CONDIÇÕES DE HIGIENE
Descrever as condições de higiene do imóvel (o imóvel está limpo ou cheio de
entulhos)

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”


Estado de Santa Catarina
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ
Rua Francisco Mees, 1.915 – XV de Novembro – Corupá – SC – CEP: 89.278-000
Fone (0**47) 375-6500 – www.corupa.sc.gov.br

OBS: Apresentar fotos comprovatórias

9. CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL


Descrever as condições de estabilidade estrutural (o imóvel é estruturalmente
estável ou corre risco de colapso)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

10. CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE


Descrever as condições de habitabilidade do imóvel (verificar se possui portas
janelas, cobertura, piso, instalações mínimas, etc)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

11. CONDIÇÕES DE CONFORTO TÉRMICO


Descrever as condições de conforto térmico (verificar se a habitação atende a
norma de desempenho)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

12. CONDIÇÕES DE CONFORTO ACÚSTICO


Descrever as condições de conforto acústico (verificar se a habitação atende a
norma de desempenho)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

13. CONDIÇÕES DE VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO


Descrever as condições de ventilação e iluminação (verificar se todos os ambientes
possuem a ventilação e iluminação necessária)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

14. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE


Descrever as condições de acessibilidade (caso tenham sido construídas de modo
irreversível quanto à estrutura e adequação espacial descrever medidas
mitigatórias)
OBS: Apresentar fotos comprovatórias

15. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Considerando o acima descrito, concluo que o imóvel...

Local, data.

_____________________________________
Responsável técnico:
CREA/CAU:

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”


Estado de Santa Catarina
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ
Rua Francisco Mees, 1.915 – XV de Novembro – Corupá – SC – CEP: 89.278-000
Fone (0**47) 375-6500 – www.corupa.sc.gov.br

ANEXO III

TABELA DE ÍNDICES PARA REGULARIZAÇÃO

1 – Imóvel Residencial Unifamiliar e /ou Multifamiliar:

TIPO DE INFRAÇÃO IM AC
Taxa de Ocupação 0,013 1,0025
Ultrapassar nº de Pavimentos 0,013 1,35
Índice de Aproveitamento 0,013 1,35
Taxa de Permeabilidade 0,013 1,05
Gabarito 0,013 1,25
Recuo Mínimo Frontal 0,013 1,25
Recuo Laterais e Fundos 0,013 1,25
Vagas de Estacionamento (*) 1,15
Altura parede cega ou muro superior ao permitido 0,013 1,15
Sacadas/coberturas sobre recuo ou passeio 0,013 1,30
Construção sobre a Área de Passeio 0,013 1,80
Demais irregularidades 0,013 1,30

2 - Imóvel de uso comercial ou não residencial e/ ou misto:

TIPO DE INFRAÇÃO IM AC
Taxa de Ocupação 0,018 1,0025
Ultrapassar nº de Pavimentos 0,018 1,35
Índice de Aproveitamento 0,018 1,35
Taxa de Permeabilidade 0,018 1,05
Gabarito 0,018 1,25
Recuo Mínimo Frontal 0,018 1,25
Recuo Laterais e Fundos 0,018 1,25
Vagas de Estacionamento (*) 1,15
Altura parede cega ou muro superior ao permitido 0,018 1,15
Sacadas/coberturas sobre recuo ou passeio 0,018 1,35
Construção sobre a Área de Passeio 0,018 1,80
Demais irregularidades 0,018 1,35

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”


Estado de Santa Catarina
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ
Rua Francisco Mees, 1.915 – XV de Novembro – Corupá – SC – CEP: 89.278-000
Fone (0**47) 375-6500 – www.corupa.sc.gov.br

3 - Imóvel de uso Industrial:

TIPO DE INFRAÇÃO IM AC
Taxa de Ocupação 0,023 1,003
Ultrapassar nº de Pavimentos 0,023 1,40
Índice de Aproveitamento 0,023 1,40
Taxa de Permeabilidade 0,023 1,10
Gabarito 0,023 1,30
Recuo Mínimo Frontal 0,023 1,30
Recuo Laterais e Fundos 0,023 1,30
Vagas de Estacionamento (*) 1,20
Altura parede cega ou muro superior ao permitido 0,023 1,20
Sacadas/coberturas sobre recuo ou passeio 0,023 1,40
Construção sobre a Área de Passeio 0,023 1,80
Demais irregularidades 0,023 1,40

(*) o MC da Vaga de Estacionamento será calculado pelo número de


vaga que estiver faltando

“CAPITAL CATARINENSE DA BANANA”

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