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12ª Encontro das Famílias

Tecchio e Pavan
Faxinal dos Guedes – SC
13 de Janeiro de 2019

Breve Histórico realizado e organizado por: Ana Paula Tecchio Gonçalves, Aline

Casagranda, Evandro Pavan, com contribuições de Humberto Tecchio e Elisabetta Papini

com informações colhidas na Itália e com nossos tios-avós, Tecchio e Pavan.


CURIOSIDADES:

Por que a festa é realizada com as duas famílias?

As Famílias Tecchio e Pavan, quando já residentes em Santa Catarina, residiam muito


próximos, fazendo com que houvesse a aproximação como vizinhos, e após o casamento entre
Dulcemina Tecchio com Fernande Pavan e Laurindo Antônio Tecchio com Osília Maria Pavan, as
duas famílias criaram laços além da vizinhança.
Diante da união dos irmãos Tecchio e Pavan, e da proximidade das famílias que
perduram até hoje, entre todas as gerações, as festas foram sempre efetuadas em conjunto, e
tornaram-se praticamente anuais, unindo sempre ambas as famílias e as gerações mais próximas.
Atualmente, diante da confecção da árvore genealógica da família, surge a tentativa de
que mais familiares da linhagem de Francesco Tecchio e Angela Giareta, e de Carlo Pavan e Regina
Toniolo, participem das festividades que são tão importantes para a manutenção do vínculo familiar
e conhecimento de nossas raízes.

Quantas Festas já foram realizadas até o momento?

Já foram realizadas 12 festas, estamos na 12ª festa das Famílias Tecchio e Pavan,
conforme histórico abaixo:
1ª Festa – 01/01/2005 – Três de Outubro – Concórdia/SC
2ª Festa – 29/01/2006 – Dionísio Cerqueira/SC
3ª Festa – ___/01/ 2007 – Lindóia do Sul/SC
4ª Festa – 27/01/2008 – Xaxim/SC
5ª Festa – 31/01/2010 – Planalto, Concórdia/SC
6ª Festa – 23/01/2011 – Alto Cascalho – Irani/SC
7ª Festa – 22/01/2012 – São José do Cedro/SC
8ª Festa – 20/01/2013 – Encruzilhada, Ipumirim/SC
9ª Festa – 19/01/2014 – Linha Gorete, Irani/SC
10ª Festa – 17/01/2016 – Lindóia do Sul/SC
11ª Festa – 11/02/2018 – Alto Cascalho, Irani/SC
12ª Festa – 13/01/2019 – Faxinal dos Guedes/SC
Breve Histórico da Família Tecchio

Curiosidades:
O BRASÃO

Atualmente a família Tecchio se utiliza de dois brasões, sendo que o primeiro, é emitido por uma
empresa online norte americana, a qual confecciona e vende brasões para os sobrenomes, conforme
Humberto Tecchio, o qual vem pesquisando sobre a história dos Tecchio e a possível existência de um brasão
desde 1994, após verificar na biblioteca central de Milão onde são depositados as poucas informações
existentes sobre a nobreza italiana, teria tido essa constatação de que o brasão seria falso, e que a empresa
que o emite, ganha para emitir brasões, com base nas informações colhidas por pessoas conhecidas que
possuem o sobrenome, mudando apenas alguma linha central, lateral, ângulos etc.. Humberto menciona
ainda, que infelizmente até o momento (ano de 2015), não havia encontrado nenhum brasão que fosse
realmente oficial e concedido para a família.
Diante de tais fatos, confeccionou um próprio brasão, retirado da cidade de Montecchio
Maggiore, e acrescentou traços do brasão de Romeo Montecchio, Brasão este, que é utilizado também nas
festas e encontros da família pelo mundo, juntamente com o primeiro.

Brasão 1 Brasão 2
Etimologia:

Quase todos os sobrenomes europeus têm várias variações ortográficas; porque


somente os escrivães e oficiais da igreja podiam ler e escrever na época, os nomes eram geralmente
falados, não escritos e, portanto, não tinham ortografia fixa e eram escritos conforme eram
pronunciados.
Os nomes Tecchio, Tecchia, Tichy, Tecchini, Teccio, Techini, Techio, Teccini, Ticchini,
Ticcio, Ticini, Ticchio, Tichio, Tecchiny, Techiny, Tecciny, Ticchiny, Tichiny, Ticciny, Techy, Ticcy,
Techino e Tichino, são todas variações do nome Tecchio e todos compartilham a mesma origem.
Em quando ao significado do sobrenome Tecchio o historiador prof. Luciano Chilese em
seu livro “della toponomastica di Montecchio Maggiore” diz que o sobrenome tecchio está
documentado neste município já no século XVI, mas acreditasse que seja muito além disso.
Em 1909 o escritor agostin menciona que Tecchio é a abreviação de montecchio. Há
também a hipótese de que ele possa vir do nome próprio alemão thichilo. Pois tem todas as terras
e colinas do norte da Itália, em 1200, vieram famílias da Baviera ou do Sul Alemanha, para ter novas
terras onde pastar e cultivar para poder alimentar a população que tinha aumentado muito nessa
época.
O que não se tem como negar, é que a grande maioria de Tecchio, encontra-se em
Montecchio Maggiore, província de Vicenza, na Itália.

Geração de Antepassados na Itália e no Brasil

O registro mais antigo do qual temos conhecimento e que tem ligação direta coma nossa
linhagem no Brasil, e que fora repassado e pesquisado pela Senhora Elisabetta Papini, uma
estudiosa de genealogias na Itália, e que verificou tais informações junto aos arquivos do estado
civil italiano de Arcugnano na província de Vicenza, é o Sr. Domenico Tecchio, casado com Antônia
Feltre, pai de Agostino Tecchio. Não encontramos mais registros sobre os demais filhos até o
momento, tendo em vista que as pesquisas de determinadas épocas só se é possível realizar
pessoalmente nos arquivos italianos, sendo que, inclusive não é permitido tirar fotos de tais
arquivos.
Agostino Tecchio, nascido aproximadamente em 1813, foi casado com Teresa Marcolin
(provavelmente a 1ª esposa) e posteriormente com Margherita Sammartin (2ª esposa), pois na
certidão de óbito fora registrado que era viúvo de Sammartin.
Agostino faleceu em 02 de outubro de 1883, no hospital civil de Vicenza, com 70 anos
de idade, e encontramos o registro de dois filhos de Agostinho:
Luígia Tecchio, filha de Agostino e de Teresa, nascida aproximadamente em 1836 na
comunidade de Castelgomberto, casada com Giuseppe Andriolo, e que faleceu aos 44 anos, em 31
de março de 1880, que residia em Villabalzana na Itália.
E o outro filho de Agostino, é Francesco Tecchio, o qual é o nosso patriarca e que veio
ao Brasil, e que não foi possível verificar ainda, se era filho de Teresa Marcolin ou de Margherita
Sammartin.
Francesco nasceu por volta de 1841, e casou-se com Angela Giaretta, dos quais tiveram
muitos filhos, acredita-se que aproximadamente mais de 10 filhos, sendo que Encontramos os
registros de nascimento em Arcugnano, de Bem-Venuta Tecchio (16/02/1872 a 19/02/1872),
Fausto Tecchio (31/07/1873) – ambos nasceram em Lapio, Olívio Luigi Tecchio (09/04/1876),
Benvenuta Tecchio (31/10/1878 a 05/11/1878) – estes, nascidos em Villabalzana, Federico
Tecchio (07/03/1880) e Margherita Tecchio (17/03/1883), Antonio Tecchio, nasceu na comune de
Abano Terme, Padova em 1872, Rosa Tecchio (1868), Luigi Tecchio (1878).
Fora os presentes registros, consta na certidão de óbito de Francesco, que o mesmo
possuía uma filha chamara Josephina, que teria nascido por volta de 1884, mas não se sabe se
realmente se seria uma nova filha ou apenas registraram a filha Margherita como se tivesse nascido
no Brasil, bem como, há o registro de Giuseppe Tecchio (1865), do qual não temos 100% de certeza,
se realmente seria filho ou um parente próximo de Francesco e Angela.
Diante da grave crise econômica em que se encontrava a Itália, Francesco e Ângela,
vieram para o Brasil em 27 de Novembro de 1883, cerca de 40 dias após o falecimento do pai de
Francesco, embarcaram no vapor Colombo, que partiu de Gênova, junto com a Filha Rosa de 16
anos, o filho Antônio de 11 anos, Fausto de 7 anos, Luigi com 9 anos, Federico, com 3 anos, e
Margherita com 8 meses de idade, chegando ao Rio de Janeiro em 20 de Dezembro de 1883, onde
permaneceram por 4 dias na hospedaria Ilha das Flores, onde após acesso aos registros,
encontramos registrado como filho, registro nº 6794 – Giuseppe com 19 anos, o qual também
encontra-se na listagem do vapor Colombo, como o penúltimo passageiro a embargar.
O vapor utilizado para que a família se deslocasse do Rio de Janeiro ao Rio Grande do
Sul, ainda é desconhecido, todavia, Francesco Tecchio e a família foram residir na Colônia Dona
Isabel, no lote 9 da Linha Graciema. Colônia esta, que hoje é a atual cidade de Bento Gonçalves.
Francesco faleceu em 03 de agosto de 1916, com setenta e cinco anos de idade, na linha
Graciema, em Bento Gonçalves, e Ângela Giaretta, faleceu no mesmo local, em 11 de setembro de
1924, com 86 anos de idade.
Dos filhos de Francesco e Ângela, que vieram ao Brasil, conforme registro de cartórios
encontrados, verificamos que Rosa casou-se com Luigi Masetto, Antônio casou-se com Lucia
Lovison, Luigi casou-se com Bona de Bortoli, e Federico casou-se com Catharina Lovison que
também era nascida na Itália – Catharina e Lúcia eram irmãs, filhas de Antonio Lovison e Maria
Chemello.
O filho de Francesco, Federico Tecchio, Nascido em 07 de março de 1880, em
Arcugnano, Vicenza, Veneto, Itália, faleceu com 59 anos, em 01 de dezembro de 1939. Federico e
Catharina, residiram após o casamento no lote 7 da linha boa-fé, que pertenceu as cidades de Nova
Bassano, e Nova Prata/RS.
Segundo meu tio-avô Albino, Federico suicidou-se, atirando-se do alto da casa em que
moravam (3º ou 4º andar), algumas semanas após a morte de Catharina.

Federico e Catharina tiveram 11 filhos:


Antônio Giuseppe Tecchio (20/03/1900) - Francisco Tecchio (1901) - Giovanni Tecchio
(1902) - Maria Tecchio Bonissoni (1904) - Pedro Tecchio (29/06/1910) - Ângela Tecchio (1912) -
João Tecchio (31/06/1914) - Albino Tecchio (28/03/1919) - Hector (Heitor) Tecchio - Rosa Tecchio
– Faustino Tecchio

O filho de Federico, Pedro Tecchio, Nasceu em 30 de junho de 1910 em Nova


Bassano/RS, falecido em30 de junho de 2001, com 91 anos de idade em Lindóia do Sul/SC, casou-se
com Carmelina Parisotto, filha dos imigrantes, Albino Parisotto (1891 a 1939) e Ângela Grisa (1839
a 1969), também de descendência italiana.

Pedro e Carmelina tiveram 11 filhos:


Laurindo Antônio Tecchio, nascido em 1939 em Prata (atual Nova Prata) - Osília
Tecchio, nascida em 1940 - Avelino Tecchio, nascido em 1948 - Adelino Tecchio (05/12/1941)-
Albino Frederico Tecchio - Alcino Tecchio - Catarina Tecchio - Dulcemina Tecchio Pavan - Jacir
Tecchio - Ermínio Tecchio - Maria Tecchio;

Maria e Ermínio são gêmeos e nasceram em Alto Cascalho, segundo o Tio Avelino, a
nona Carmelina falava que Maria “parecia uma espiga de milho pelo tamanho, e deveria pesar
menos de um kilo”, já Ermínio sobreviveu apenas por alguns dias. Quanto a Osília, a mesma teve
apenas 7 ou 8 meses de vida.
Quando Pedro e Carmelina vieram pra Santa Catarina, Carmelina estava grávida,
esperando Adelino, chegaram a seu destino nos meses de julho ou agosto de 1941, sendo que após
sua chegada, cerca de três ou quatro meses depois, nasceu Adelino.
Uma parte dos irmãos de Pedro veio junto para Santa Catarina, e outra parte ficou com
Albino no Rio Grande do Sul, posteriormente, João e Hector se estabeleceram em Xaxim, os filhos
de Hector foram morar em Serra Alta. Hector chegou a residir em Descanso por um tempo, sendo
que o único que permaneceu no Rio Grande do Sul, foi Albino Tecchio que faleceu em Paraí/RS,
cujo os descendentes ainda residem na mesma cidade.
O meio predominante de sobrevivência entre os Tecchio, desde sua chegara ao Brasil,
pelo que se sabe sempre foi a agricultura.

(Foto da Família de Pedro Tecchio e Carmelina Parisotto)


Foto tirada em 27
de janeiro de
2008, no 4º
Encontro das
Famílias Tecchio e
Pavan, Xaxim/SC
Breve histórico da Família Pavan

Etimologia

O sobrenome, extremamente frequente em todo o Vêneto, derivado do PADOVAN, e uma


origem bem mais antiga de PADUAN, semelhança clara e óbvia com a cidade de Pádua. Encontram-
se ainda as variações PAVAN, PADOVAN, PADOVANI, PAVANI ou PAVANINI.
A terminação em “N” é voltada a região de Veneto.

Origem
Não temos dados concretos sobre a etimologia correta do sobrenome PAVAN, contudo,
fora encontrada em uma pesquisa realizada nos Arquivos do Estado de Treviso e da Paroquia de
Santa Maria Del Rovere, a qual certifica e documenta que nossos PAVAN eram originalmente de
Treviso, onde eles viveram a partir da segunda metade dos anos de 1.700.

(Treviso – Itália)
Primeira Geração

O mais antigo de ascendente da família Pavan, o qual, temos registros oficiais, se


chamava Carlo Pavan, nascido aproximadamente no ano de 1834 na Itália.

Lápide de italianos que não retornam com imagem de


Carlo Pavan localizada em Treviso.

Carlo era casado com Regina Toniolo e viviam no Município de Treviso, na Rua Sant’Angello, casa
nº 46.

(Casa localizada no endereço onde Carlo e Regina residiam)


Da emigração para o Brasil
Entre o período de 1880 a 1930, a Europa passou por grande crise socioeconômica que
afetou principalmente a propriedade das terras. Cerca de 40 milhões de europeus deixaram seus
países em busca de melhores condições de vida, principalmente nas Américas.
Não diferente, a Itália que era um país formado por grandes discrepâncias sociais: o
Norte entrava em um ângulo de processo de industrialização, enquanto o Sul tinha sua economia
baseada na agricultura.
Em outubro de 1886, na Cidade de Gênova, Carlos Pavan, na época com 52 anos de
idade, embarcou no vapor Cenísio juntamente com seus filhos: David com 16 anos, Ferdinando com
11 anos e Caterina com 08 anos de idade rumo ao Brasil.
Não foram encontradas informação de Regina Toniolo, no embarque para o Brasil.

Porto de
Genova - Itália

Porto do Rio de
Janeiro
Chegando, no porto da Cidade do Rio de Janeiro em 27 de novembro de 1886.
Ferdinando migrou para o Estado do Rio Grande do Sul, não se tem relatos do que
aconteceu com seus irmãos David e Caterina.
Ferdinando casou com Ana Mezzono e aos 30 anos foi pai de Santo Pavan, nascido em
24 de janeiro de 1905 na Cidade de Lagoa Vermelha, permanecendo naquele Município na sua
infância até seu casamento.
Em 10 de agosto 1931, Santo Pavan casa-se com Rosina Turmena, mudando-se
posteriormente para a comunidade de Três de Outubro na Cidade de Concórdia para constituir
família e patrimônio.

Santo e Rosina

A sobrevivência da família era vinda do pequeno moinho que mantinham.

Santo e Rosina tiveram 09 filhos sendo eles:


Josephina 1931, Fernande 1935, Afonso 1937, Laurindo 1939, Osilia 1941, Erminio 1943,
Zelinda 1946, Maximino 1949 e Alduino 1952.
Foto tirada em 27 de Janeiro de 2008, no 4º Encontro das Famílias Tecchio e Pavan.

A família Pavan encontra-se atualmente na sétima geração!

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