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Moju – PA
2010
1
Moju - PA
2010
2
BANCA EXAMINADORA
______________________________________ Orientador
______________________________________ Membro
______________________________________ Membro
Degram Lopes
Nelma Assunção
5
AGRADECIMENTOS
Nicolai Lobachevsky
7
RESUMO
Lopes, Degram Pereira e Assunção, Nelma Gonçalves da. A Utilização das Razões
Seno e Cosseno Como Ferramentas Essenciais Para a Resolução de
Problemas da Física Básica. 2010. 92 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso
de Licenciatura Plena em Matemática) – Universidade do Estado do Pará, Moju-PA
2010.
ABSTRACT
Lopes, Degram Pereira e Assunção, Nelma Gonçalves da. A Utilização das Razões
Seno e Cosseno Como Ferramentas Essenciais Para a Resolução de
Problemas da Física Básica. 2010. 92 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso
de Licenciatura Plena em Matemática) – Universidade do Estado do Pará, Moju-PA
2010.
This work has as main objective to highlight the importance of the Use of Reasons
Sine and Cosine as essential tools for the Settlement of Problems of Basic Physics at
school. Beginning with a brief history - in general - of trigonometry, showing that,
since its inception, is an important tool capable of facilitating the resolution of
problems, and thus contributes to the development of other sciences. As a result,
has become an essential part of modern trigonometry, with their reasons and
formulas, and within two final pieces of work have been the applications of sine and
cosine to solve problems in physics, showing the value of these reasons for the
development of this science so valuable in the Modern World. To carry out this work,
we used the methodology of literature review, give us sufficient foundation for its
preparation. Furthermore, this research showed that are important for solving
problems of Basic Physics, both the sine and cosine, contributes significantly to the
technological advances.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
Introdução ............................................................................................................ 13
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
4.3 - Ondulatória........................................................................................................ 82
INTRODUÇÃO
Capítulo 1
vara
sombra
Mesmo com todo esse conhecimento vindo do estudo dos relógios de sol,
as primeiras tabelas de sombras foram produzidas pelos árabes somente por volta
de 860. E o nome tangente foi usado pela primeira vez em 1583 por Thomas Fincke.
mesma é conhecida por Plimpton 322, pois pertence à coleção G.A. Plimpton da
universidade de Colúmbia.
Aristarco de Samos³, que viveu por volta de 310 a 230 a.C., escreveu um
tratado cerca de 260 a.C. sobre os tamanhos e as distâncias do sol e da lua. Nessa
época, ele percebeu que sempre quando a lua está em quarto crescente os raios
solares que incidem sobre a mesma são perpendiculares à reta que passa pelos cen
² Segmentos de reta que une os dois pontos que representam as extremidades de cada arco dado na
circunferência.
³ o primeiro astrônomo a desenvolver uma teoria heliocêntrica dos movimentos planetários, ou seja, o
sol como centro do sistema.
19
tros da terra e da lua. Além disso, o ângulo formado pelas linhas de visão terra/lua e
terra/sol era de 29 trintavos de um quadrante, ou seja, correspondia a 87° na
representação moderna. Assim, vê-se que um triângulo retângulo era formado.
Como o sol e a lua, vistos a olho nu, tinham a mesma dimensão, Aristarco
considerou que suas diferenças de tamanho seguiam a mesma proporção das
distâncias. E, por observações de eclipses lunares, concluiu que o diâmetro da terra
era três vezes o do nosso satélite natural. Em seguida, calculou o raio do sol como
sendo vinte vezes o da lua.
Atualmente, sabe-se que o sol está cerca de 400 vezes mais distante da
terra que a lua e tem um diâmetro mais de100 vezes maior que o do nosso planeta.
Além disso, o raio da terra é 3,7 o lunar. Portanto, no diâmetro solar cabe mais de
370 diâmetros lunares.
r
o α c AB=crd (α) AC=semicorda de (α)
r
B
Figura 3 – Corda de um arco.
Fonte: Iezzi, 2004.
simétricos. Alem disso, é provado que a soma dos ângulos dos mesmos é maior que
180°.
possivelmente (pelo menos no que diz respeito ao método utilizado para calcular
cordas em um circulo) tem uma enorme dívida para com a obra de Hiparco de
Nicéia.
Deixando de lado as dúvidas, sabe-se que o Almagesto de Ptolomeu foi
preservado, mesmo com a ação degradante do tempo. Assim, além da tábua
trigonométrica, conhecemos a maneira como se chegou à mesma.
A D
Simplificando
Outro povo que também deve ser lembrado - pois tem parcela de
contribuição para o desenvolvimento trigonométrico - são os árabes, que, além de
terem produzido seus trabalhos, serviram como divulgadores da trigonometria hindu
na Europa.
26
Al-Battani, por exemplo, que viveu por volta de 850 a 929, chegou à lei
dos co-senos para um triângulo esférico obliquângulo; e, na sua obra “Sobre o
movimento das estrelas”, encontram-se fórmulas onde aparecem seno e seno
versor, como esta: b = [a sen (90°-A)]/senA. Aliás, muito provavelmente foi Al-
Capítulo 2
M
K
I
G
E
C
A
α
Q
B D F H J L N
Sombra dos pés do coelho no solo
R1
R2
Adotando α como ângulo que a escada faz com o chão, qualquer que seja
a posição que o coelho se encontre, a razão entre a altura que ele está em relação
ao chão e a distância que falta para terminar de descer a escada é constante. Esses
números estão diretamente ligados à medida do ângulo α. E, como escada, solo e
sombra formam vários triângulos retângulos (triângulos com ângulos retos), pode-se
concluir que em um triângulo retângulo com um ângulo interno agudo de medida α,
as razões entre as medidas dos seus lados sempre serão iguais as razões de
qualquer triângulo retângulo que tenha ângulo α, sendo que cada uma delas recebe
nomes especiais. Assim, tendo como exemplo o triângulo retângulo IJQ, da figura
anterior, temos:
I
hipotenusa
cateto oposto R1 R2
α
Q
cateto adjacente J
=
29
Para calcular seno e cosseno dos ângulos 30° e 60°, vamos considerar
um triângulo eqüilátero7, onde mediana8, altura e bissetriz9 relativas a um mesmo
ângulo interno coincidem. Assim, seja ABC um triângulo eqüilátero de lado x. Se
traçarmos sua altura AH de medida h, poderemos fazer os cálculos.
Veja:
30° 30°
AH = h (altura de ABC)
x x BH = CH =
h
BÂH = CÂH = 30°
60° 60°
B C
H
7
Triângulo com todos os lados e ângulos iguais.
8
Segmento de reta que une um vértice ao meio do lado oposto em um triângulo.
9
Reta que divide um ângulo ao meio.
30
x² = h² + (x/2)²
x² = h² + x²/4
h² = x² - x²/4
h=x
= =
=
=
= =
Ângulo: 45°
A x D
Utilizando o teorema de Pitágoras,
45° temos:
y
x x
45°
B C y=
x
Figura 8 – Cálculo de seno e cosseno em y=x
um quadrado.
Fonte: criação própria.
31
= =
= . = .
= =
eixos das
ordenadas
1
+ Note que o plano, limitado pela
2º quadrante 1º quadrante
B
circunferência, está dividido em
-1 A quatro partes, chamadas quadrantes.
O 1 eixos das E o ponto A (1,0) é a origem dos
abscissas
arcos (partes de uma circunferência).
3º quadrante - 4º quadrante
-1
eixos das
ordenadas
Observe que o arco AB tem medida
1
em graus igual a α. Logo, o ângulo
c B
central (formado pelos segmentos de
r α
d d
-1 α A medida c e r = 1) mede α. Assim:
O c 1 eixos das
abscissas
-1
Pelo que foi mostrado, podemos concluir que o eixo das ordenadas é o
eixo dos senos, e o eixo das abscissas é o eixo dos cossenos. Além disso, os
valores de seno e cosseno variam entre -1 e 1.
O seno vale 1 quando α = 90°, e vale -1 quando α = 270°. Já o cosseno,
tem valor 1 quando α = 0° , e valor -1 quando α = 180°.
33
= )=
c 90°- α b
α
B C cosα = =
a
B
A fig. ao lado mostra um o arco AC,
C
com C simétrico a B, medindo x.
A
O Logo, AB = 180° - x.
Eixo dos
cossenos
A
Observe que em ABC foram traçadas
B C
D a X
= =
= =
Logo:
= =
A
Note que a altura h divide ABC em
dois triângulos menores: ABD e ACD.
b Como ABC tem lados medindo a, b e
c
h c, ABD tem medidas c, h e BD; e
ACD, medidas b, h e a - BD.
B C
D a X
Figura 15 – Demonstração da lei dos cossenos num triângulo escaleno.
Fonte: criação própria.
Logo:
Capítulo 3
A Física é uma ciência que surgiu por volta do ano 650 a.C. e se
caracteriza por estudar os fenômenos naturais. Além disso, o termo “física” é
derivado da palavra grega physis, que significa natureza.
Sendo uma ciência que estuda a natureza, a Física acabou sendo dividida
em partes, cada uma com um campo de atuação definido, pois há uma grande
diversidade de fenômenos naturais.
Assim, tem-se:
1) Física Clássica
2) Física Moderna
que são: Teoria da relatividade (trata dos movimentos produzidos por velocidades
extremamente altas) e Mecânica Quântica (estuda corpos muito pequenos, como os
átomos).
Entende-se por grandeza vetorial toda aquela que possui módulo, direção
e sentido. Assim, a força (resultado da interação entre corpos) representada por um
vetor na figura 16 e que move um bloco sobre um plano é um bom exemplo de
grandeza vetorial.
a b a
s s b
(a) (b)
s=a+b s=a+b
|s| =|a| + |b| |s| = |a| - |b|
a
s
a
b s
(a) b
(b)
s=a+b s=a+b
|s| = |a| -|b| |s|² = |a|² + |b|²
Figura 18 – Soma de vetores.
Fonte: criação própria.
3.3 - Mecânica
Vejamos:
Situação I
(Criação própria) Supõe-se que um carro de corrida com velocidade média igual a
300 km/h (vc) esteja percorrendo uma pista (reta) especial, que se movimenta sobre
a superfície terrestre com velocidade (v p) contrária à do carro e com valor de 100
km/h (observe a fig. 19).
carro
pista
Situação II
(Exemplo adaptado) Imagine que um imigrante, para chegar ao país desejado, tenha
que atravessar um rio em uma pequena embarcação.
L = 200m
α
- margens
- velocidade da correnteza em relação às margens
- velocidade do barco em relação à água
- velocidade do barco em relação às margens
Figura 21 – Representação da margem e dos vetores envolvidos no movimento.
Fonte: criação própria.
Sen2α + cos2α = 1
(0,4)² + cosα² = 1
Cosα = 0,9165
Logo:
mente 22 segundos.
Situação III
(Exemplo adaptado) No mesmo rio da situação anterior, outro imigrante tenta fazer a
travessia em uma embarcação que enfrentará a correnteza fazendo ângulo de 60°
com a margem de onde irá partir. Sabendo que o imigrante pretende fazer uma
trajetória reta e perpendicular à margem, será calculada a velocidade necessária da
embarcação (em relação à correnteza) para se alcançar esse objetivo.
L = 200m
α
60°
- margens
- velocidade da correnteza em relação às margens (vcm)
- velocidade do barco em relação à água ou correnteza (v bc)
- velocidade do barco em relação às margens (v bm)
Figura 22 – Travessia de um rio, margem e vetores.
Fonte: criação própria.
sen30° = vcm/vbc
0,5 = 4/vbc
46
vbc x 0,5 = 4
vbc = 4/0,5
vbc = 8m/s
vo vo
voy
voy
(a) α (b) α
vox vox α
α
seja, que forma com a mesma um ângulo (α) < 90° em sentido positivo, pode-se
decompô-la em duas velocidades perpendiculares entre si. Assim, enquanto uma
terá direção horizontal, com sentido positivo; a outra terá direção vertical, com
sentido de baixo para cima na primeira parte do movimento e sentido de cima para
baixo na segunda parte.
vo - velocidade inicial
vox - velocidade horizontal (vox / vo= cosα vox = vo . cosα)
voy - velocidade vertical (voy / vo = senα voy = vo . senα)
Exemplo:
Resolução:
Logo, temos:
10
À medida que a partícula for subindo, sua velocidade irá diminuindo até chegar a zero, ocorrendo o
contrário na descida.
48
vy = voy +gt1 x= xo + vx . t2
vy = 14,142 – 10t1 x = 0 + 14,142 . t2
0 = 14,142 – 10t1 x = 14,142t2
-14,142 = -10t1
-14,142/-10 = t1
t1= 1,4142s
Algo de muito importante que deve ser dito, diz respeito aos ângulos
complementares, pois, em lançamentos oblíquos de mesma velocidade inicial, se
houver relação de complemento entre os ângulos, os alcances serão iguais. Além
disso, o alcance máximo é obtido quando a inclinação do lançamento é de 45°.
vy = voy +gt1 x= xo + vx . t2
vy = 10 – 10t1 x = 0 + 17,32 . t2
0 = 10 – 10t1 x = 17,32t2
49
y = yo + voy . t1 + gt1²/2
y = 0 + 10t1 – 5 . t1²
y = 10t – 5t1²
y = 10 . 1 – 5 . 1²
y = 5m (altura máxima)
y = yo + voy . t1 + gt1²/2
y = 0 + 17,32t1 – 5 . t1²
y = 17,32t1 – 5t1²
y = 17,32 . 1,732 – 5 . (1,732)²
y = 15m (altura máxima)
Como se nota, o alcance foi maior quando o ângulo media 45°. Além
disso, se verifica a igualdade dos alcances referentes aos ângulos 30° e 60°, pois,
sendo complementares, o seno de um é igual ao cosseno do outro.
F F
a) b) Fy β
α
Fx
Fy
c)
Fx
Logo:
senα = Fy / F cosα = Fx / F
Fy = F . senα Fx = F . cosα
senβ = Fx / F cosβ = Fy / F
Fx = F . senβ Fy = F . cosβ
51
Exemplo:
FN
Px
30° 30°
Py
P
Figura 25 – Movimento de um bloco num plano inclinado.
Fonte: criação própria.
Neste caso, resta apenas a força P x, que, como toda força provocadora
de movimento, pode ser calculada como F = m . a.
Logo:
P = m .g Px = P . sen30°
g = 10m/s² Px = m . g . sen30°
sen30° = 0,5 Px = m . a
m . a = m . g . sen30°
a = g . sen30°
a = 10 . 0,5
a = 5m/s²
F F
Ө Ө
d
Figura 26 – Movimento de um corpo.
Fonte: Sampaio e Calçada, 2005.
Fy F
F = F . d . cosӨ
Exemplo:
Resolução:
F= F . d . cos30°
F = 50 . 10 . 0,866
F = 433 j (joules)
54
Pm = F / ∆t
Portanto:
Pm = F . vm . cosӨ
Pm = 50 . 2 . cos30°
Pm 86,6 W ( 86,6 j/s)
B
.
ӨB r
B
r
i i
P P
ӨA ӨA
A ӨA ӨA
B C ӨB D
ӨB
F
Figura 30 – Demonstração da lei de Snell – Descartes.
Fonte: criação própria.
Logo:
senӨA = P / CD
senӨB = CF / CD
senӨA / senӨB = P / CF
Como P = vA . t e CF = vB . t , tem-se:
senӨA / senӨB = vA . t / vB . t
senӨA / senӨB = vA / vB
senӨA / senӨB = nB / nA
nA . senӨA = nB . senӨB
Exemplo 1:
Resolução:
nA . senӨA = nB . senӨB
nar . sen30° = nágua . sen22°
1 . 0,5 = nágua . 0,3746
0,5 / 0,3746 = nágua
nágua = 1,33
Exemplo 2:
Resolução:
nA . senӨA = nB . senӨB
2 . sen60° = 3 . senӨB
2 . 0,866 = 3 . senӨB
1,732 = 3 . senӨB
senӨB = 1,732 / 3
senӨB = 0,5773
Exemplo 3:
Resolução:
nA . senӨA = nB . senӨB
nC . sen45° = nD . sen60°
1,5 . 0,7071 = nD . 0,866
1,06065 = nD . 0,866
nD = 1,06065 / 0,866
nD = 1,225
Observe:
Sejam A e B dois meios, tal que nA < nB, ou seja, A menos refrigente que
B.
i nA < nB
ӨA > ӨB
ӨA
A
B
ӨB
nA < nB
ӨA
A A
.
(a) B B
(b)
ӨB ӨB = L
nA . sen90° = nB . senL
senL = nA/ nB
Veja um exemplo:
Então:
senL = 0,752
L = 48°42‟
Ar
.
Água Өágua=L
Өágua=70°
Veja:
sua extensão (em cada ponto da corda) ocorrerão os mesmos movimentos. E isso é
uma amostra de ocorrência do transporte de energia, provocado pelo abalo que se
propaga pela corda, já que nem um dos seus pontos move-se sobre esta.
A B
A
v
A B
A A
λA
n
ӨA
A
B
ӨB
λB
senӨA / senӨB = A. f/ B. f
senӨA / senӨB = A/ B
Veja um exemplo:
Solução:
senӨA / senӨB = A/ B
64
sen45° / sen30° = 20 / B
0,7071 / 0,5 = 20 / B
1,4142 = 20 / B
B= 20 / 1,4142
B= 14,142 cm
Vejamos:
(menor) com carga q, surgirá uma força F de atração (se as cargas tiverem sinais
opostos) ou de repulsão (caso as cargas sejam de mesmo sinal). E isto prova a
existência do campo elétrico.
Caso o corpo menor tenha sua carga dobrada (2q), a força F também
dobrará. E se o mesmo for eletrizado com uma carga 4q? Neste caso, F
quadruplicará.
Logo:
F =K . |Q| . |q|
d²
9 . 109 N m² ), Q e d.
C²
Com o conhecimento de como se determinar o valor do campo elétrico
gerado por uma carga, pode-se agora calcular o módulo de um que seja resultado
de duas cargas elétricas.
Vejamos:
E2 P Q2 +
180-Ө
Ө
Eres E1
Exemplo:
Assim:
(Eres)² = (28,125 . 103)² + (21,6 . 103)² - 2 . (28,125 . 103) . (21,6 . 103) . cos
(180° - 60°)
(Eres)² = (791015625) + (466560000) – 2 . (28125) . (21600) . cos (120°)
(Eres)² = 1257575625 + 607500000
(Eres)² = 1865075625
Eres =
Eres = 43,187 . 103 N/C
Quando uma carga elétrica está em repouso num campo magnético, ela
não sofre ação do campo. Mas, quando ela se move, o campo magnético
que ela cria interage com o campo magnético preexistente, o que faz a
carga elétrica mudar a direção do seu movimento (costuma-se dizer: a
carga elétrica em movimento sofre uma deflexão ao atravessar um
campo magnético). Mas a experiência mostra que, quando a carga
elétrica se move na direção do vetor B (pouco importando o sentido do
movimento), ela não sofre deflexão, pois, neste caso, o campo elétrico
não exerce força sobre a carga elétrica em movimento.
(GONÇALVES, 1978, p.316)
B α
F / (|q| x v x senӨ) = 2F / (|2q| x v x senӨ) = B Ө
q>0 v
F / (|q| . v . senӨ) = B
F = |q| . v . B . senӨ
Exemplo:
(Exemplo adaptado) Uma partícula eletrizada, com velocidade igual a 25,0 . 104 m/s,
se move na região de um campo elétrico de B = 1,6 T (tesla). Sabendo que Ө = 90°
e que a carga q = 5,0 . 10-20 C, determinemos a força magnética.
69
Resolução:
F = |q| . v . B . senӨ
F = (5 . 10-20) . (25 . 104) . (1,6) . sen90°
F = 2,0 . 10-14 N
Ө = 0° B Ө = 180° B
F=0 F=0
v v
q q
B B
Veja:
v = ∆s/∆t, logo v = L/∆t, pois L = ∆s.
Assim:
F = |q| . (L/∆t) . B . senӨ
70
Exemplo:
Resolução:
F = B . i . L . senӨ
F = 0,2 . 3 . 0,3 . 0,5
F = 0,09 N
n B n B
S S
(a) (b)
n
Considerando que n seja o raio unitário de
B
uma circunferência trigométrica, e que esteja
Ө
sobre o eixo dos cossenos, verifica-se
facilmente a diminuição do cosseno e,
(c) S
conseqüentemente, do fluxo magnético (Φ).
Figura 41 – Fluxo magnético.
Fonte: criação própria.
Exemplo:
(Exemplo adaptado) Seja S = 2m² a área de uma superfície plana. Sabendo que em
S atua um campo magnético de intensidade B = 1,3 T, e que o mesmo faz ângulo de
45° com a reta normal, calcule o fluxo ( Φ). Dado: cos45° = 0,7071.
Resolução:
Φ = B . S . cosӨ
Φ = 1,3 . 2 . 0,7071
Φ = 1,83846 Wb (weber)
Como vimos, tanto o seno como o cosseno, tem grande utilidade nos
cálculos dos fenômenos estudados pela Física, o que demonstra a importância
dessas razões trigonométricas como ferramentas fundamentais para o
desenvolvimento dessa ciência, bem como para os avanços tecnológicos. Para
deixar mais claro, alguns exemplos podem ser citados:
72
Capítulo 4
4 - Questões Resolvidas
4.1- Mecânica
Resolução:
C
vSolo
v Vento = 60km/h
α
A
B
vAr = 500km/h
2. Um navio pirata, com seu canhão, ataca outro que está a 600 m de distância.
Considerando que a velocidade inicial da bala seja de 50m/s e que consegue atingir
o outro navio após 14s, determine o ângulo de inclinação em relação à horizontal
que o canhão tem no momento do disparo. Desconsidere a resistência do ar.
Resolução:
Assim, tem-se:
vx = vo . cosα x = xo + vx . t
vx = 50 . cosα 600 = 0 + 50 . cosα . 14
600 = 700 . cosα
cosα = 600 / 700
cosα = 0,857
α = 31°
Resolução:
Logo:
vy = voy +gt1 x = xo + v x . t 2
0 = 11,756 – 10t1 x = 0 +16,2 . 2,3512
- 11,756 / -10 = t1 x 38 m
t1 = 1,1756s
76
Portanto, a bola cairá num ponto do solo que fica antes do gol.
Resolução:
Logo:
a = g . sen30° v² = vo² + 2a ∆s
a = 10 . 0,5 v² = 0² + 2 . 5 . 7
a = 5 m/s² v² = 70
v=
v = 8,36 m/s
Resolução:
a = g . senӨ s = so + vo . t + a . t² / 2
a = 10senӨ 16 = 0 + 0 . 5 + 10senӨ . 5² / 2
16 = 125senӨ
senӨ = 16 / 125
senӨ = 0,128
Ө = 7° 21‟
77
Resolução:
F = F . d . cosӨ. Logo:
F = x . 10000 . cos45°
F = x . 10000 . 0,7071
F = 7071x
7. Supondo que, da questão anterior, o tempo gasto pelo guincho para levar o carro
até a oficina foi de 30 minutos, determine a potência média da força.
Resolução:
Veja:
8. Seja F = 200N uma força inclinada aplicada a um bloco B, que desenvolve uma
velocidade média vm = 1m/s. Sabendo que F atua durante 10 segundos sobre B e
que sua potência média é Pm = 141,42 W, encontre o ângulo de inclinação e calcule
o trabalho da força.
Resolução:
relações d = v . t e F = F . d . cosα.
α = 45° F = 1414,2 J
Resolução:
Pm = F . v . cosӨ
150 = F . 3 . 0,8
F = 150 / 2,4
F = 62,5 N
4.2 - Óptica
Resolução:
11. Em um rio com uma camada de gelo de espessura considerável incide um raio
monocromático que faz ângulo de 30° com a normal. Determine variação final
(ângulo final de refração menos o ângulo inicial de incidência) da direção do raio ao
se propagar do ar para o gelo e deste para a água. Dados: n ar = 1; ngelo = 1,31; nágua
= 1,33 e sen30° = 0,5.
Resolução:
Veja:
12. Devido à refração, objetos cobertos pela água são vistos como se estivessem
mais próximos de quem os vê, quando na verdade não estão. Isso ocorre porque os
raios de luz refletidos pelos objetos submersos e que chegam até nossos olhos são
recebidos como se não tivessem sofrido variação alguma, ou seja, enxergamos
apenas na direção final assumida pelos raios. Assim, num tanque cheio de água, um
garoto observa um objeto no fundo e que aparentemente está a 60 cm de
profundidade. Sabendo que o raio refletido pelo objeto - propagando-se pela água -
incide sobre o ar fazendo ângulo com a normal igual a Ө = 30°, determine a
profundidade real (x) do tanque. Dados: nar = 1; nágua = 1,33 e sen30° = 0,5.
80
Resolução:
n
As linhas pontilhadas da figura
ӨAr representam as profundidades aparente
α ar
Superf. e real. E as linhas verde, vermelha e
α água
60 cm preta representam, respectivamente, os
30° raios incidente, refratado e “fictício” (com
x
deslocamento DF igual ao do incidente).
Figura 43 – Fenômeno refração.
Fonte: criação própria.
Logo:
Sen60°= x / DF
0,866 = x / 80,43
x = 0,866 . 80,43
x 70 cm
Resolução:
a) O ângulo que o raio refratado faz com a normal no meio B, quando um raio
monocromático – vindo de A - incide sobre B com ângulo ӨA = 70°. Dado: sen70°
= 0,9397.
Resolução:
nA . senӨA = nB . senӨB
1,5 . sen70° = 2 . senӨB
1,5 . 0,9397 / 2 = senӨB
senӨB 0,705
ӨB 45°
Resolução:
Veja:
4.3 - Ondulatória
Resolução:
Observe:
senӨA / senӨB = A/ B
sen36° / senӨB = 15 / 10
0,5878 / senӨB = 1,5
senӨB = 0,5878 / 1,5
senӨB 0,392
ӨB 23° 6‟
16. Em um meio A uma onda que se propaga com velocidade v A =10 m/s incide em
B fazendo ângulo com a normal igual a 50°. Sabendo que f = 50 Hz e lembrando da
relação v = . f, determine o comprimento dessa onda (que sofreu variação de
direção igual a -15°) no meio B.
Resolução:
B 0,2 / 1,33
B 0,15 m
Resolução:
Veja:
senӨA / senӨB = A/ B
sen90° / senӨB = 16 / 12
1 / senӨB 1,33
senӨB 1 / 1,33
senӨB 0,752
ӨB 48° 48‟
Resolução:
Veja:
4.4 - Eletromagnetismo
Resolução:
E1 Eres
Logo:
Resolução:
(Eres)² = (108 .105)² + (734,693877 . 104)² - 2 . 108 . 105 . 734,693877 . 104 . cos135°
(Eres)² = 11664 . 1010 + 53977509290129,1129 + 112213516864954
(Eres)² = 282831026155083,1129
Eres =
Eres = 168,1758086 . 105 N/C
21. Duas cargas elétricas (Q1 = 2 . 10-9 C e Q2 = 3 . 10-9 C) distam 0,08 m uma da
outra, pois estão situadas nos vértices da base de um retângulo com esta medida.
Sabendo que a altura do mesmo é de 0,06 m, determine o vetor E res no centro do
retângulo. Dado: 9 . 109 N m²/C².
Resolução:
E2 α
E1
0,06 m
x α x
-9 -9
Q1 = 2 . 10 C Q2 = 3 . 10 C
0,08 m
Figura 46 – Campo elétrico de duas cargas.
Fonte: criação própria.
cos(180° - α) = 0,28
Resolução:
Veja:
F = |q| . v . B . senӨ
42 . 10-16 = 3 . 10-19 . 2 . 104 . 1,4 . senӨ
42 . 10-16 = 8,4 . 10-15 . senӨ
senӨ = 0,5
Ө = 30°
Resolução:
Observe:
F = |q| . v . B . senӨ
F = 2 . 10-19 . 8 . 105 . 1,2 . sen60°
F = 16,63 . 10-14 N
88
Resolução:
F = B . i . L . senӨ
F = 0,5 . 4 . L . sen90°
F = 2L N
25. Um fio retilíneo, medindo 0,40 m, sofre os efeitos de uma força magnética
F = 0,576 N devido a existência de um campo de intensidade B = 0,3 T. Encontre a
intensidade da corrente. Dado: senӨ = 0,8.
Resolução:
F = B . i . L . senӨ
0,576 = 0,3 . i . 0,4 . 0,8
i=6A
26. Uma superfície de área A está sob ação constante de um campo magnético de
B = 1 T. Calcule o fluxo magnético quando:
Resolução:
Veja:
a) Φ = B . S . cosӨ
Φ = 1 . 0,5 . cos30°
Φ 0,43 Wb
b) Φ = B . S . cosӨ
Φ = 1 . 0,5 . cos50°
Φ 0,32 Wb
c) Φ = B . S . cosӨ
Φ = 1 . 0,3 . cos30°
Φ 0,26 Wb
Considerações Finais
Logo, sendo tão úteis para a Física, tanto o Seno como o Cosseno tem
parcela de contribuição para os avanços tecnológicos, ou seja, essas ferramentas
são úteis para o Mundo Moderno. Em outras palavras, as razões trigonométricas –
Seno e Cosseno – estão presentes em nossas vidas mais do que imaginamos.
92
REFERÊNCIAS
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Uta C. Merzbach. São Paulo (SP): Blucher, 1996.
FILHO, Benigno Barreto; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática aula por aula.
1.ed. São Paulo: FTD, 2003.
Gonçalves, Dalton. Física: termologia, ótica, ondas. 3. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico, 1979.
Gonçalves Filho, Aurélio; Toscano, Carlos. Física e realidade. São Paulo (SP):
Scipione, 1997. 3 v.
Iezzi, Gelson. Matemática: ciências e aplicações, 2ª série. Ensino médio. 2. ed. São
Paulo: Atual, 2004. (coleção matemática: ciências e aplicações).
Iezzi, Gelson. Matemática: ciências e aplicações, 1ª série. Ensino médio. 2. ed. São
Paulo: Atual, 2004. (coleção matemática: ciências e aplicações).
Nussenzveig, Herch Moysés. Curso de Física básica: Mecânica. 4. ed. São Paulo
(SP): Edgard Blucher, 2002.
93
Paraná. Física. 5. ed. rev. São Paulo (SP): Editora Ática, [2000]. (Série Novo Ensino
Médio).
Sampaio, José Luiz; Calçada, Caio Sérgio. Física: volume único. 2. ed. São Paulo
(SP): Atual, 2005. (Coleção ensino médio atual).