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CÉLULAS

ROTEIRO DAS

Nº 18 - De 2 à 8 de julho de 2023.

Tema: DANGERS – Os 4 perigos na vida de um Servo; Textos: 2R 4:8-41; 2Rs 5:9-27 Pr. Jhonatan Fagundes
INTRODUÇÃO
 Quase todas as profissões e ocupações trazem consigo perigos peculiares – alguns sutis, outros mais óbvios e claros.
Inclusive os verdadeiros servos. A condição de servo parece tão segura e inofensiva! O que poderia ser perigoso nesta
questão de servir aos outros?
 Vamos sobre a vida de GEAZI, que era um servo do profesta Eliseu (2Rs 4:8-17). Vamos ver através de experiência de Geazi,
alguns dos perigos mais comuns que ameaçam todos os que resolvem servir aos outros.
 Trabalhar ao lado de um profeta importante e grandemente respeitado com Eliseu era um alto privilégio. Mas, ao mesmo
tempo, era uma posição que trazia consigo tentações peculiares, que chamaremos aqui de “perigos”.

I. O PERIGO DA SUPERPROTEÇÃO E POSSESSIVIDADE (2 RS 4:18-26)


 O “filho do milagre” que Deus concedeu à mulher sunamita cresceu, e agora já tem idade suficiente para trabalhar na
lavoura. Enquanto ele está trabalhando lá com seu pai ele passa mal, e é levado para a sua mae e morre. Naturalmente, a
mãe pensa logo em Eliseu – pois se alguém pode socorrer o menino, esse alguém é ele. Quando o profeta a avista de longe,
reconhece-a. É neste ponto que vemos a tendência do servo para reagir erradamente. (2Rs 4:26-28).
 Está claro que Geazi é totalmente dedicado a Eliseu. Ele deseja ser como um escudo protetor em volta do profeta – então,
quando a aflita mãe se aproxima, Geazi se chegou “para arrancá-la”.
 É muito comum as pessoas que possuem um coração de servo terem sua visão voltada apenas para uma pessoa e se
esquecem das necessidades dos outros. Servo, cuidado com o perigo da possessividade.

II. O PERIGO DE SE SENTIR USADO E NÃO SER RECONHECIDO (2 RS 4: 29-40)


Eliseu concebera um plano pelo qual ressuscitaria o rapazinho, e nesse plano Geazi estava incluído.
 O servo é enviado ao quarto do menino. Seu coração batia rapidamente. Ele preve algo maravilhoso, pois Deus certamente
iria fazer reviver o garoto. Assim ele estaria participando de um milagre. Mas nada aconteceu. Nada se modificou (v.29-31).
 De repente, Eliseu irrompe em cena – e ocorrem fatos fenomenais. E acontece o milagre (v.32-37).
 Geazi fizera exatamente o que lhe haviam mandado fazer. Mas, não presenciara nenhum milagre, nenhuma mudança. Logo
em seguida, entra Eliseu que, de repente, faz tudo. E Imagine só quem teve a missão de dar a notícia à mãe – Geazi!
E se isso não for suficiente, veja os versos seguintes, algo parecido ocorre: (2Rs 4:38-40).
 A região estava sofrendo uma grande fome. Geazi recebe a ordem de preparar um “cozido”. Inadvertidamente, ele coloca
plantas venenosas na panela e todos protestam. Mas vejamos bem o que acontece depois (v.41).
 Geazi fizera o trabalho, mas foi Eliseu quem recebera os créditos. Parece que Geazi além de frustrado, também ficou um
pouco envergonhado, e provável tenha sentido a picada do não reconhecimento de seu trabalho. Lembre, Eliseu estava
sempre tendo a primazia, embora Geazi estivesse fazendo o que lhe era ordenado.
E o mesmo acontece hoje.
 É muito fácil nos sentirmos usados sem que nosso trabalho seja reconhecido. Será que que vc é um desses auxiliares
anônimos em um ministério ou empresal? Você trabalha fiel e diligentemente, e, no entanto, quem recebe as glórias é
outra. Seus esforços fazem o sucesso de outra pessoa. Como é fácil ficarmos ressentidos numa situação dessas.
 Pois então, vocês, assistentes de direção, co-pastores, secretários, administradores, “pessoal subalterno”, vocês que
formam o grupo dos que trabalham muito, mas nunca recebem os louros por não estarem nas posições de destaque,
ânimo! O nosso Deus, que recompensa em segredo, não ignorará a dedicação de vocês. (Hb 6:10; Mc 10.45)
Servir e dar.
 O orgulho deseja louvores, muitos louvores. Ele gosta de receber os créditos pelo serviço prestado, gosta de receber glórias,
de ver as pessoas exclamando de admiração. O ideal era que nossos superiores fossem pessoas reconhecidas, que nos
dessem os méritos devidos, mas infelizmente isso nem sempre acontece. E assim nosso orgulho precisará ser contido.
 E nessas ocasiões em que fazemos o serviço e outra pessoa recebe o tapinha no ombro, lembremos que nosso papel nisso
tudo é servir e dar.
 O verdadeiro amor, quando flui do coração de um servo autêntico, não fica a registrar os feitos realizados, e não se volta
para os outros em busca de reconhecimento. Em outras palavras, o verdadeiro servo está sempre muito consciente da
cegueira causada pelo orgulho.

III. O PERIGO DO DESRESPEITO E DO RESSENTIMENTO (2 RS 5: 9-12)


 Um homem de nome Naamã, um alto oficial do exercito sírio, era pessoa de grande influência, muito rico, cheio de
nobreza, coragem, patriotismo e poderio militar. Só que havia um problema – estava leproso. Por uma série de
circunstâncias curiosas, ele foi levado a sair em busca de Eliseu, para se curara de sua terrível moléstia.
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 Provavelmente o mensageiro enviado foi Geazi. Coube a ele então ser o portador da resposta do profeta que o general
sírio não queria receber. Naamã sentiu-se ofendido, muito indignado. E veja quem está aí bem na linha de fogo – o servo.
Não fora o pobre rapaz o autor da notícia – ele apenas a comunicou ao destinatário – e buuuummmm! Isso nos mostra
outro perigo muito comum para quem serve fielmente a outrem. O Perigo do Desrespeito e do Ressentimento
 Geazi não possuía nem posição nem autoridade, entretanto sua responsabilidade o coloca numa situação bastante
desagradável. Ele tem a missão de apresentar a determinada pessoa uma verdade que ela não deseja ouvir. O resultado
disso? Ele acaba ouvindo e sentido a agressão verbal do desrespeito e do ressentimento.
 Há ocasiões em que o servo de Deus é convocado para um confronto com determinada pessoa, ou para dizer-lhe uma
verdade que ele não deseja ouvir. Pode ser uma informação muito dolorosa, mas Deus quer que ela seja comunicada.
Então o servo fiel entrega a mensagem. Com cuidado, mas também com exatidão. E de repente a válvula explode. Ele se vê
debaixo de fogo cruzado. O que fazer em momentos tão difíceis como este? Revidar? Gritar e ameaçar?
 Em 2 Tm 2:24-26, vemos o que Deus diz aos servos cuja missão é dar essas informações penosas.
 Às vezes uma pessoa nos procura e abre o coração para nós, numa condição não muito diferente da do leproso Naamã. E
Deus nos revela claramente que devemos confrontá-la com determinados fatos, ou mencionar pontos específicos, que
aquele indivíduo acha penoso ouvir, para não dizer aceitar. E de repente, passamos a ser alvo de sua agressão verbal, um
verdadeiro saco de pancadas moral. E o que fiz para merecer tal tratamento? Disse a verdade.
 Ser servo às vezes não é muito agradável, mas sempre que fazemos ou dizemos o que é certo – mesmo que seja uma
palavra indesejada – no fim, o resultado será bom. Ou melhor, como nos diz Salomão em Pv 16:7.
 E você sabe o que aconteceu depois com Naamã? Acabou fazendo o que lhe haviam dito, e recebeu o milagre que lhe fora
prometido. (2Rs 5:14). Diferentemente de muitos a quem ajudamos, aquele homem voltou para agradecer a Eliseu e Geazi.
Ficou tão maravilhado, que ofereceu uma boa recompensa em gratidão. Mas Eliseu recusou qualquer agradecimento
material. (2Rs 5:15-19)

IV. O PERIGO DA GANÂNCIA OCULTA (2 RS 5:20-24)


 Notemos que Naamã ofereceu presentes também a Geazi. E o profeta havia recusado.Mas bem lá no fundo do coração do
servo, (aninhava-se uma besta silenciosa) – a ganância – que não é muito incomum entre os servos. E para que não pensem
que estou sendo EXAGERADO demais, leiamos o resto: (2Rs 5:20-24)
 Trata-se de um desejo secreto, uma vontade de ser recompensado, aplaudido, exaltado. Eliseu dissera: “Não.” De modo
algum queria que o general dissesse mais tarde: “Ele fez aquilo somente para obter alguma paga.” Essa idéia fez o profeta
responder prontamente: “Não aceitarei.” (v.16)
 Mas Geazi tinha outro “ENTENDIMENTO”. Talvez estivesse cansado de estar sempre sendo usado sem receber
reconhecimento, ou talvez estivesse farto de viver com pouco dinheiro. Fosse qual fosse o motivo, o certo é que tinha idéias
próprias sobre o assunto, pois menosprezou a decisão de Eliseu (v.20), e foi atrás de Naamã, inventando uma história (v.22),
e depois tentou cobrir seu erro, quando teve que comparecer diante de seu Senhor (v.25).
 E ai ele tem um fim trágico (2Rs 5:25-27). Tendo seu erro exposto e severamente castigado, Geazi teve que sofrer
amargamente uma terrível punição. Não apenas agiu contrariamente à decisão do profeta, mas também mentiu ao se ver
confrontado com seu erro. O servo era responsável. A questão da responsabilização é essencial, para que qualquer servo
que deseje continuar sendo usado por Deus.

CONCLUSÃO: ALGUMAS LIÇÕES QUE APRENDEMOS


1. Nenhum servo se acha completamente a salvo/ISENTO de nada (nesta terra).
 Quando estamos constantemente nos dando, servindo aos outros, nos tornamos mais vulneráveis, à medida que o tempo
passa. Haverá momentos em que seremos totalmente esvaziados de tudo. E seremos usados. E não receberemos gratidão.
Se compreendermos antecipadamente isto, estaremos melhor preparados para enfrentar essa realidade, quando ela surgir.
2. A maioria dos serviços que prestamos não trarão, inicialmente, recompensa.
 Quem gosta de sempre receber tapinhas nas costas, e recebendo agradecimentos para continuar servindo, será melhor
desistir de ser servo. Na maioria das vezes, ficará esquecido, por trás dos bastidores, sua presença praticamente ignorada.
Sua recompensa não virá de fora, e, sim, do seu interior. Não virá dos outros, mas daquela satisfação íntima que Deus faz
nascer em nosso coração.
3. Nossa motivação deve ser analisada com sinceridade.
 Antes de agir, lembremos de nos indagar por quê. Antes de aceitarmos os presentes materiais de Naamã (haverá ocasiões
em que esses presentes serão perfeitamente aceitáveis) examinemos nosso coração, para saber a razão por que os
aceitamos. Examine bem sua motivação!
QUAL É A SUA MOTIVAÇÃO? Esta é uma pergunta-chave, que devemos aplicar regularmente a tudo que fazemos.
Por que está planejando isso? Qual a intenção secreta ai fazer aquilo? Por que você disse sim (ou não)? Qual é a sua
intenção ao escrever essa mensagem (email, post, etc)? Por que está tão entusiasmado com essa possibilidade? O que levou
você a levantar esse assunto? Por que mencionou o nome dele (ou dela)?

 Se Geazi tivesse feito esta pergunta, não teria sofrido a morte trágica que teve. Graças a Deus, porque essas conseqüências
extremas não nos sobrevêm hoje, quando temos uma motivação errada, pois estamos debaixo da Graça de Deus. Se isso
acontecesse, as igrejas estariam cheias de pessoas leprosas.

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AVISOS

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