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RESUMO DO ENCONTRO CRISTÃO EM SÃO LOURENÇO/MG 2019

Tema: Combatendo o bom combate

“Levantai-vos e ide-vos embora, porque não é lugar aqui de descanso; ide-vos por causa da
imundícia que destrói, sim, que destrói dolorosamente” Miqueias 2:10

Foram explorados quatro subtemas paralelos em torno do tema principal acima:

1) pelo irmão Romeu Bornelli – a herança é conquistada pelo progresso espiritual: nós fomos
justificados pela fé, ou seja, nossa salvação está garantida a partir do momento em que cremos
no Senhor Jesus. No entanto, a herança (ou Reino ou glória de Cristo) que o Senhor Jesus nos
prometeu deve ser conquistada pelo esforço; e cada um participará dela proporcionalmente
ao desenvolvimento espiritual que tiver alcançado ao longo da jornada cristã, moldando seu
caráter ao caráter de Cristo. Portanto, conforme nos ensina o livro de Hebreus (principalmente
nos capítulos 3, 4 e 6) devemos progredir espiritualmente sempre. Se pararmos,
retrocederemos. Precisamos estar atentos para não cair nos pecados crescentes da
negligência, incredulidade, apostasia, pecado voluntário e indiferença.

2) pelo irmão Luiz Fontes – o Espírito Santo: quando Adão caiu, o homem perdeu as faculdades
do espírito. Através do Pentecostes, Jesus derramou o Espírito Santo sobre nós. Através do
batismo, o Espírito Santo vivifica nosso espírito com suas três faculdades (consciência,
comunhão e intuição), que devem governar nossa alma (mente, emoção, vontade). Então, os
cristãos têm dois paracletos: Jesus no trono e o Espírito Santo dentro de nós. O Espírito Santo
é uma pessoa, que exerce hoje a função de professor e de mensageiro. Ele nos ensina todas as
coisas através da unção. Precisamos aceitar (não resistir) a obra do Espírito Santo e entregar-
lhe todo o governo de nossas vidas, não entristece-lo e nem apaga-lo dentro de nós.

3) pelo irmão Claudimir Morais – a história da igreja com ênfase nas assembleias que se
mantiveram à margem do sistema institucional: ao longo da história da igreja, percebemos que
há uma tendência cíclica. Inicialmente, é fácil ter um coração dedicado ao Senhor, progredir
espiritualmente, principalmente nos momentos difíceis e de perseguição. Conteúdo, nos
momentos de tranquilidade há o risco da mornidão e até da frieza espiritual. Nesses
momentos, a história nos mostra que os homens também têm tendência de criar estruturas
hierárquicas e instituições; de querer ter autoridade e dominar sobre assembleias e irmãos; e
que isso historicamente levou a divisões das igrejas.

4) pelo irmão César Coneglian – afetos limitantes e medo: nossa alma tem três partes – mente,
emoção e vontade. A mente predomina, pois sentimos o que pensamos; e a vontade decorre
do pensamento ou da emoção. Alguns de nossos pensamentos são fortalezas mentais.
Exemplos comuns: comida, bebida, “vestes”, desempenho, ajuntar, impureza, idolatria,
paixões da mocidade. Precisamos “rodear” até derrubar pensamentos desse tipo, para levar
nosso pensamento cativo a Deus. Emoções são naturais e a Bíblia as cita. Ex: medo, ira,
ansiedade. Quando não cuidadas elas podem virar pecado. A emoção do medo, por exemplo,
pode virar incredulidade, pode levar a esconder ou distorcer a verdade e impede-nos de
avançar em amor. A emoção do medo decorre do pensamento de estar sozinho. Pensamos
estar sozinhos quando pelo pecado perdemos a comunhão e a presença de Deus em nossas
vidas (ex: Adão). No entanto, pela graça e pela justiça somos plenamente aceitos por Deus.
Nosso desafio é compreender a presença de Deus em nossa vida; que Ele nos protege de
nossos inimigos; e que nossa segurança está Nele.
Notas tomadas na íntegra:

26/09 às 20h, pelo irmão Romeu Borneli

Deus promete uma herança para os que perseverarem e forem fiéis. Analogia com a parábola
do rei que volta de suas bodas e encontra os servos fiéis esperando por ele. O rei lhes promete
que preparará um lugar à mesa para eles.

Nossa relação com Deus não é estática; é dinâmica. Nós crescemos em conhecimento Dele; e
em serviço.

Hebreus é a epístola do progresso cristão e é uma epístola de exortação. Estudaremos seus


capítulos 3, 4 e 6 segundo a abordagem das cinco exortações contra os seguintes níveis
crescentes de pecado a que os cristãos estão sujeitos: negligência; incredulidade; apostasia;
pecado voluntário; indiferença.

TEXTO PANO DE PECADO PRIVILÉGIO ADVERTÊNCIA


FUNDO
2:1-4 Sinai e calvário Negligência Tão grande “jamais nos
salvação desviemos”
3:7 a 4:13 Deserto e Canaã Incredulidade Vocação “não endureçais
celestial os vossos
corações”
5:11 a 6:20 Canaã e s/ Apostasia Maturidade “não lançando
frutos (perfeição) de novo a
base...”
10:26-39 O Santo dos Pecado Vida no “não
santos voluntário Santíssimo abandoneis a
vossa
confiança”
12:25-29 Nova Jerusalém Indiferença ....?....Reino “não recuseis...”
e Monte Sião “sirvamos a
Deus de modo
agradável a Ele”

A herança prometida por Deus é seu Reino e é um prêmio. Ela não está garantida porque não é
automática por crer em Deus.

Precisamos nos apegar para não desviar (Hebreus 2:1)

Frase de Andrew Murray sobre a negligência: a fraqueza e a enfermidade da vida cristã de hoje
decorre da falta de intensa atenção, de prioridade de atenção às coisas de Deus e à sua
Palavra.

Deus quer nossa reação à sua Palavra. Existe o risco, principalmente para quem já tem mais
tempo na fé, de perder o prazer, o interesse e o amor por aquilo que se torna familiar. Isso é
um engano, pois sempre há mais naquele versículo, naquele livro, naquela ministração da
Palavra.

Devemos considerar (observar) atentamente a Jesus, pois assim somos transformados


(Hebreus 3:1). Precisamos nos deixar levar para o que é perfeito ou maduro (Hebreus 6:1).

Temos que perseverar, ser fiéis, nos aprontar como a noiva que espera por seu noivo.
Hebreus 10:35 fala do galardão (recompensa). A palavra grega do original é mistapodocia, que
aparece três vezes só em Hebreus: 2:2 traduzida como castigo; 10:35 traduzida como galardão;
e 11:26 traduzida como galardão.

Só somos capazes de trocar as aparentes “glórias” do mundo se contemplamos o galardão.

A graça é maravilhosa, mas é também provisão para que possamos correr bem esta carreira e
entrar na posse plena da herança.

Precisamos nos esforçar para entrar no descanso, ou seja, na posse da herança prometida por
Deus (Hebreus 4:11).

Portanto mistapodocia ou galardão é uma recompensa dada como reconhecimento de


serviço, esforço ou conquista.

Analogia com a parábola dos talentos: havia o servo bom (fiel) e o mau (negligente). Analogia
com a parábola das dez virgens (símbolo de cristãos): havia cinco diligentes e cinco
negligentes.

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens,
cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais
servindo (Colossenses 3:23-24). Neste trecho a palavra grega do original é outra: antapodosis
(compensação, prêmio, retribuição, remuneração).

Características dos cristãos hebreus destinatários da epístola aos Hebreus:

- eram veteranos (cerca de oito anos de jornada cristã) e cansados

- eram perseguidos, sofreram espólio de seus bens, mas com alegria, porque sabiam que
possuíam patrimônio superior (herança de Deus)

- eram rodeados pela Palavra

Precisamos ouvir de verdade a Palavra e misturá-la com a fé para que possamos apreender.

Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído (Oseias 14:1).

Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (Jeremias 2:13).

Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: (...) Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia,
não quer arrepender-se da sua prostituição. Eis que a prostro de cama, bem como em grande
tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita
(Apocalipse 2: 21-22).

Características da infância espiritual:

- debilidade de compreensão e capacidade de transmissão das verdades espirituais

- não assumir responsabilidade por outras vidas

- intensa distração da mente e do coração

- envolvimento com várias doutrinas estranhas

- reação inadequada à disciplina de Deus e da igreja


- inexperiência na palavra da justiça (não discerne o que agrada ou não a Deus)

- dificuldade de reter/apreender a Palavra (analogia com a parábola do semeador de Lucas 8)

27/09 às 9h, pelo irmão Claudimir Morais

Foi dada uma perspectiva histórica das assembleias livres da igreja desde o século I até XV.

Através dos fatos históricos, foi demonstrado que o Senhor sempre manteve um testemunho
vivo no meio da sua igreja (linha dourada); e que houve ciclos repetitivos de avanço/progresso
-> perseguição -> tranquilidade/estagnação. Hoje, nós precisamos lembrar que não somos os
primeiros cristãos, que existe toda essa história; e que precisamos aprender com ela.

A lição mais importante que tiramos desse passado histórico é que a vida cristã é uma batalha
contínua. Precisamos avançar. A tranquilidade é perigosa porque leva à mornidão espiritual.

Dize-me, ó amado de minha alma: onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes repousar pelo
meio-dia, para que não ande eu vagando junto ao rebanho dos teus companheiros? Se tu não
o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas dos rebanhos e apascenta os
teus cabritos junto às tendas dos pastores (Cântico 1:7-8).

Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém
pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o
meu nome. Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos
se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e
conhecer que eu te amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te
guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que
habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa (Apocalipse 3:8-11).

Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns
dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a coroa da vida (Apocalipse 2:10).

27/09 às 11h, pelo irmão Luiz Fontes

A cruz (tipificada pelo cordeiro) e Pentecostes (tipificado pelo pombo) foram eventos únicos
porque foram para a eternidade. Portanto não haverá um novo Pentecostes e devemos
retornar àquele.

Fundamento de Pentecostes foi a vida de Cristo. Antes de o Espírito Santo vir habitar em nós,
ele habitou em Cristo.

Didática dos quatro Evangelhos:

- Mateus, Marcos e Lucas: Evangelhos sinótipos – focam na pessoa de Cristo. Mostram que
Cristo foi cheio do Espírito e movido por ele

- João: mostra o ensino de Cristo quanto ao Espírito Santo e Sua obra em nós.

Parte A

Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não
pode entrar no reino de Deus (João 3:5).
Nascer = ser gerado.

Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi
gerado é do Espírito Santo (Mateus 1:20)

No início, o Espírito habitava em Adão e governava sua alma:

Espírito Alma
Consciência (discernimento)  Governava Mente
Comunhão (com Deus)  Governava Emoção
Intuição (voz de Deus)  Governava Vontade

Hoje temos dois paracletos: Cristo no trono e o Espírito Santo dentro de nós.

O novo nascimento é a vivificação do nosso espírito com suas três faculdades (consciência,
comunhão e intuição).

Os frutos e os dons do espírito são nove:

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,


fidelidade, 23mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. (Gálatas 5.22-23)

Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo


Espírito, a palavra do conhecimento; 9a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo
Espírito, dons de curar; 10a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro,
discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-
las (1 Coríntios 12:8-10).

Exortações quanto ao Espírito:

- não devemos resistir ao Espírito

- não devemos entristecer ao Espírito: E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção (Efésios 4:30).

- não devemos apagar o Espírito: Não apagueis o Espírito (1 Tessalonicenses 5:19)

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-17). Podemos entender essa
imagem pensando que o homem é como uma sombra, gerada pela luz de Deus projetada em
Cristo (Salmos 39:6). Tudo isso o pecado destruiu. No entanto, o Espírito reverteu isso e nos
vivificou com a nova vida.

A Bílbia nos fala um pouco mais sobre o que é a vivificação nos seguintes trechos:

- Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de
vida (Romanos 6:4).

- e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da
verdade (Efésios 4:24).

- e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou (Colossenses 3:10).
Parte B

- O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de
eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não
sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito (João 3:6-8)

- O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo
(Provérbios 20:27)

- Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do
homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim
(Eclesiastes 3:11)

- Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo
(Salmos 46:4)

- Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e
do Cordeiro (Apocalipse 22:1)

- Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (João 7:38)

Parte C

- Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em
vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em
vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da
justiça (Romanos 8:9-10)

- Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1 Coríntios
3:16)

- Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do
pecado que está nos meus membros (Romanos 7:22-23)

Obs: existem três leis espirituais: de Deus; do pecado; e do Espírito.

27/09 às 20h, pelo irmão Romeu Borneli

Deuteronômio 1: 19-46 relata a chegada dos hebreus próximo a Canaã, em Cades-Barneia


após os 40 anos no deserto. O Senhor lhes diz para possuir a terra. Eles enviam primeiro os
espias, que dizem que a terra é boa, mas, mesmo assim, essa notícia é recebida com
incredulidade e murmuração. O povo é rebelde e não entra na terra. O Senhor fica indignado e
jura que aquela geração não entrará na terra; manda Moisés voltar com o povo para o Mar
Vermelho e Josué entrar na terra com a geração dos filhos do povo. Então o povo resolve
entrar na terra, apesar de o Senhor dizer para não fazerem isso, pois Ele não estava com o
povo. Eles são presunçosos, entram mesmo assim e são derrotados pelos amorreus.

A herança do Senhor é prometida e concedida por graça, mas exige uma resposta do nosso
coração para que seja plenamente possuída. Ela precisa ser conquistada para ser possuída em
sua plenitude.

Hoje estamos na Era da graça. Segundo a Bíblia sabemos que haverá sete anos de tribulação e,
depois, haverá a Era do reino. Sabemos também que em algum momento a igreja será
arrebatada, mas não sabemos quando nem como. Talvez seja antes da tribulação, talvez seja
depois. Sabemos também que o Filho da perdição virá e depois haverá o Dia do Senhor.

O que podemos entender como verdades absolutas e inquestionáveis, que a Bíblia nos fala:

- toda a igreja será arrebatada, mas não sabemos como nem quando;

- a vinda do Senhor será pessoal, visível e triunfante;

- nós fomos chamados para nos preparar para a vinda do Senhor (analogia da noiva que se
prepara para seu noivo. Lembrar da história de Eliezer e Rebeca)

Os princípios de Deus são imutáveis. Ele trata seu povo segundo Seus princípios, tanto no
Antigo como no Novo Testamento.

Hebreus capítulos 3, 4 e 6 – que estamos estudando – tem como pano de fundo a história de
Cades-Barneia relatada em Deuteronômio 1:19-46. Precisamos ter isso em mente ao estudar o
livro de Hebreus.

As concessões que Deus faz à nossa vontade são diferentes da vontade Dele. Devemos buscar
a vontade, e não as concessões de Deus. Lembrar que ao sair do Egito, Deus queria que o povo
se alimentasse do maná do céu, mas o povo pediu carne. Na primeira vez, Deus lhes deu a
carne (codornizes trazidas pelo vento) e não os julgou; nas na segunda vez que o povo pediu
carne, Deus também deu, mas os julgou e alguns pereceram.

Assim, pois, como diz o Espírito Santo:

Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia
da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as
minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes
sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. Assim, jurei na
minha ira: Não entrarão no meu descanso (Hebreus 3:7-11).

Esse trecho de Hebreus faz referência a uma passagem do Salmo 95:

Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando
vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras.
Durante quarenta anos, estive desgostado com essa geração e disse: é povo de coração
transviado, não conhece os meus caminhos (Salmos 95:7-10).

Negligenciar é não dar importância. Não devemos negligenciar, mas sim agarrar o que o
Senhor tem para nos dizer.

Nós já estamos plenamente justificados para sempre. Todos que creram serão salvos.

No entanto, nem todos receberão a mesma herança. Haverá uma participação diferente na
glória de Cristo para cada cristão. Por isso, precisamos nos esforçar para possuir a herança em
sua plenitude. Devemos trocar tudo pelo Senhor. Nunca pensar em sacrifício para seguir ao
Senhor, mas sim em privilégio de poder fazê-lo.

Para entrar na plenitude da herança, a Palavra nos ensina que se ouvirdes a sua voz, não
endureçais o coração.
As coisas do mundo que o Senhor nos dá são todas imundas, mas podem ser instrumentos
para a consecução da Sua vontade. Devemos reduzir nossos interesses a alguns poucos,
desembaraçar-nos do peso e do pecado. Aliviar o peso sobre o lombo do camelo.

prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses
3:14).

O Senhor tem duas facetas:

- salvador: Ele nos justificou;

- juiz: Ele julgará cada um conforme seus atos e seu coração para participar da herança
(prêmio)

É por esse prêmio que estamos combatendo e correndo. Deus nos chamou para: i) o céu; e ii)
para conquistar o prêmio.

Menções a “descanso” (catapalsis em grego) em Hebreus:

- Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso (...) E contra quem jurou que não
entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? (Hebreus 3: 11 e 18)

- Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus,


suceda parecer que algum de vós tenha falhado (...) Nós, porém, que cremos, entramos no
descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso.
Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo (...) E
novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso (...) Porque aquele que entrou no
descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.
Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o
mesmo exemplo de desobediência (Hebreus 4:1,3,5,10,11)

Catapalsis é o descanso de Deus. Ocorreu no sétimo dia após a criação do mundo em Gênesis.
Ocorrerá novamente no tempo de glória, quando o pecado e a morte tiverem sido banidos do
mundo por Deus.

O trabalho do Espírito Santo em nossas vidas não é compulsório. O Espírito é gentil. Ele precisa
do nosso consentimento para trabalhar em nós. Por isso, o Espírito teme que nós falhemos
(Hebreus 4:1).

Nosso coração para Deus é como um jardim. Nele há vermes sob as pedras, escondendo-se da
luz por não poderem suportá-la. Nós não podemos combater esses vermes diretamente. Deus
nos pede que levantemos as pedras para que a Sua luz brilhe sobre os vermes e os aniquile.

A Palavra cita sete obstáculos para que alcancemos a plenitude de Cristo ou provocações do
povo a Deus:

1) Pôr Deus à prova (Deuteronômio 1:19-46 e Números 14:1-4,11-12,19-23)


2) Se rebelar (Hebreus 3:16)
3) Indolência ou preguiça, descuido (fé + constância -> herança) (Hebreus 6:11-12)
4) Incredulidade ou desobediência
5) Não querer (Deuteronômio 1:25-26)
6) Murmurar, que denota descontentamento (Deuteronômio 1:27)
7) Presunção
Devemos sempre nos perguntar acerca de tudo em nossas vidas: Onde está o Senhor?
Lembrar de Jeremias 2:6 “e sem perguntarem: Onde está o Senhor, que nos fez subir da terra
do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra
de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava e na qual não
morava homem algum?”

Não há paralisia na jornada cristã. Se pararmos, imediatamente retrocederemos.

28/09 às 9h, pelo irmão Claudimir Morais

Foi dada a continuação da perspectiva histórica das assembleias livres da igreja do século XV
em diante. Partindo dos hussitas, que passaram a ser chamados taboritas, depois morávios.

No século XVI houve a Reforma. No século XVII, acomodação e estagnação. No século XVIII,
frieza espiritual. Surgem, então os pietistas, dentre os quais o conde Nicolau von Zinzendorf. O
século XIX foi o culminar de tudo que o Senhor vinha fazendo.

Em 1825 na Irlanda, em Dublin, depois Bristol, Primus e outras formou-se a Assembleia dos
Irmãos, muito preciosa e que realizou muitas missões para levar a Palavra a diversos
continentes. Nessa assembleia havia Newton e Darwin, que inicialmente estavam juntos, mas
que, devido a diferenças de entendimento, acabaram entrando em conflito. Para Newton, a
comunhão entre as igrejas deveria ser horizontal, enquanto que para Darwin deveria haver
uma autoridade centralizada. Os dois discutiram e romperam, dividindo a igreja. Isso nos
mostra o perigo da intransigência. Darwin passou a excomungar irmãos e assembleias que não
se sujeitavam a ele. Isso gerou outra divisão, entre “irmãos abertos” (que tinham comunhão
com quaisquer outros irmãos e assembleias) e “irmãos exclusivos” (que tinham comunhão
apenas com alguns selecionados). Essa divisão perdura até hoje. Conclusão: o Senhor abriu
uma porta para os irmãos em Primus. Eles avançaram em muitos pontos, principalmente nos
primeiros 20 anos, antes das divisões, no estudo e compreensão das Escrituras, no sacerdócios
de todos os irmãos, na volta do Senhor. No entanto, houve também estagnação, pois
dividiram-se erroneamente em torno de quem comanda a assembleia.

O século XX herdou o problema da divisão gerada no século XIX. Watchman Nee visitou Austin
Sparks e, por isso, foi excomungado, junto com as igrejas da China.

Essas estruturas foram criadas, em tese, para “proteger” o rebanho. No entanto, isso não está
na Bíblia. Cristo é o único que comanda as assembleias locais.

É muito fácil dividir os irmãos e angariar seguidores, porque Deus nos deu natureza de ovelhas
para segui-Lo. Precisamos ter cuidado com tentativas de domínio de pessoas e com a
imposição de doutrinas.

28/09 às 11h, pelo irmão César Coneglian (Afetos limitantes)

O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses
5:23) nos mostra que o ser humano é tripartido em:

i) Corpo (expressa e transmite a glória de Deus)


ii) Alma (pensamento, afeto e vontade)
iii) Espírito (através do qual temos comunhão com Deus)
O Espírito Santo quer tocar nossa vontade, mas para isso ele precisa primeiro tocar nossos
pensamentos e emoções, para não ficarmos limitados por eles.

Hoje temos muita informação e não conseguimos suportar. Estamos paralisados numa mente
e em emoções sobrecarregadas.

Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode
fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mateus 10:28) nos ensina que devemos
temer aquilo que pode destruir nossa alma, porque se a alma for destruída, o corpo também
será.

Funcionamento da alma: tudo tem início na mente; ela predomina na alma porque informa o
afeto. Sentimos o que pensamos. A vontade decorre do pensamento ou da emoção.

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis [emoção] qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus
(Romanos 12:2)

Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do
Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que
penseis [mente] a mesma coisa, tenhais o mesmo amor [atitude], sejais unidos de alma,
tendo o mesmo sentimento [emoção]. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por
humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo (Filipenses 2:1-3).

Jesus tinha a mente preservada porque a tinha colocada no Pai o tempo todo (olhos no alto).
Temos que preservar nossa mente também. Como fazer isso?

O que alimenta a mente são os cinco sentidos. O primeiro é a visão, mas o mais importante é a
audição. A fé vem pelo ouvido. Portanto, precisamos preservar nossos olhos e ouvidos.

Mas, agora, vou para junto daquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde
vais? Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas, a tristeza encheu o vosso coração
(João 16:5) nos mostra que a mente dos apóstolos recebeu a informação [morte] e, por isso,
eles sentiram a emoção [tristeza]. Nós sentimos o que pensamos. Sentimos coisas erradas
porque pensamos coisas erradas. Se não formos visitados pelo Espírito para purificar nossa
mente, podemos passar a vida escravizados a determinadas emoções.

Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará,
e a vossa alegria ninguém poderá tirar (João 16:22) nos mostra que logo na sequência a mente
dos apóstolos recebeu outra informação [o Senhor está comigo] e, por isso, eles sentiram
outra emoção [alegria]. Pessoas que têm solidão não têm alegria, têm medo. Quando temos
uma percepção clara da presença de Jesus, o medo se dissipa.

Nossa grande libertação ocorre quando nos vemos como filhos de Deus.

Portanto, vimos até aqui os três pontos principais sobre o funcionamento da nossa alma que
precisamos entender para entender nossas reações:

1) Mente tem predominância


2) Sentimos o que pensamos
3) Nossa vontade decorre de nosso pensamento ou de nossa emoção

Outro ponto importante é que nós temos pensamentos que são fortalezas mentais. Quem nos
instrui como quebrar essas fortalezas é o Espírito Santo.
Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo
pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma
vez completa a vossa submissão (2 Coríntios 10:3-6).

Canaã tipifica Cristo e a vida cristã na Bíblia. Quando o povo hebreu entrou em Canaã depois
de vagar muitos anos pelo deserto, o primeiro inimigo que enfrentou foi Jericó, que era uma
fortaleza. Sua muralha caiu após ter sido rodeada por sete vezes (número perfeito).

Exemplos de pensamentos-fortaleza comuns que nos distraem do Senhor:

- no caso de César, ele tinha medo de ser enterrado vivo – o Espírito Santo o visitou e mostrou
que se isso acontecesse, Deus estaria com ele, então o medo cessou

- comida, bebida e tudo que nos “veste”, como nossa pele, carro, casa, título, etc. Por isso, vos
digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo
vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo,
mais do que as vestes? (Mateus 6:25)

- ajuntar, desempenho Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em
celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que
as aves? (Mateus 6:26) ou futuro. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o
amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal (Mateus 6:34)

- fuga da Palavra para os seguintes pecados:

- impureza ou qualquer tipo de sexo transviado, desde a fornicação até a


homossexualidade Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer
é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo (1
Coríntios 6:18)

- idolatria (tipificada pelo bezerro de ouro) Portanto, meus amados, fugi da idolatria (1
Coríntios 10:14). O ser humano deseja segurança e prazer, por isso cai em idolatria.
Destaque para idolatria à avareza, que significa o desejo de possuir o que você não
tem condição de ter e o que não é da vontade de Deus que você possua.

- paixões da mocidade (aquilo que lhe deu muito prazer na juventude)

28/09 às 20h, pelo irmão Romeu Bornelli

Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o
prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para
alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem
meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado (1
Coríntios 9:24-27).

Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar
para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da
fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do
juízo eterno. Isso faremos, se Deus permitir. É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram
iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e
provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível
outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si
mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia. Porque a terra que absorve a chuva que
frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada
recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está
da maldição; e o seu fim é ser queimada. Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos
persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta
maneira. Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que
evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. Desejamos,
porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena
certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela
fé e pela longanimidade, herdam as promessas (Hebreus 6:1-12).

Notas preliminares aos textos lidos:

1 Tessalonicenses fala dos cinco impactos da vinda do Senhor para a igreja. 2 Tessalonicenses
fala dos impactos da vinda do Senhor para o mundo.

quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram,
naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho). Por isso, também não
cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra
com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus
seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo (2
Tessalonicenses 1:10-12).

Paulo ora para que os santos sejam dignos, ou seja, para que tenham o caráter de Cristo, de
modo que Ele possa ser admirado neles.

O nível de transformação de caráter que experimentamos hoje determina o nível de


participação que no futuro teremos na glória de Cristo. O objetivo de moldar nosso caráter não
é nosso bem-estar psicológico, mas sim que Jesus “seja glorificado em vós” e que possamos
alcançar a participação plena na glória Dele no futuro.

Para isso, o Espírito Santo precisa encontrar caminho e espaço para trabalhar em nós e moldar
nosso caráter. Precisamos permitir isso. O casamento é um relacionamento poderoso para
moldar nosso caráter ao caráter de Cristo.

A herança pode ser entendida como a glória de Cristo.

A coroa (no grego stephanus) representa a honra e a recompensa pela dignidade alcançada.

Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia;
e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda (2 Timóteo 4:8)

- será dada àqueles que amam a vinda do Senhor, porque esses não amam o mundo, não têm
o coração dividido
- é recompensa pelo serviço fiel
- perseverança na provação (longanimidade, constância)
- precisamos guardar o que temos recebido

Sobre o texto lido no início (1 Coríntios 9:24-27). Em nossa carreira cristã precisamos aprender
a nos dominar. Todas as coisas nos são lícitas, mas i) nem todas nos convém; ii) nem todas
edificam; e iii) não me deixarei dominar por nenhuma delas. Os cristãos são comparados a
atletas. Devemos ter clara qual a nossa meta, e não ter incerteza quanto a isso. Também não
devemos dar golpes no ar, mas sim ter discernimento espiritual para reconhecer nossos
inimigos e dar um soco na cara deles. Devemos ser como Maria que ficava aos pés do Senhor,
que O amava, entregava tudo a Ele (lembrar do vaso de alabastro com nardo, que era o que
ela tinha de mais valioso e que na tradição a moça virgem guardava para o dia do casamento,
para entregar ao noivo) e era sua serva (lembrar que Maria enxugou os pés do Senhor com
seus cabelos, que representam a glória da mulher). Maria tinha devoção, paixão, amor pelo
Senhor. Em nossa carreira cristã, não podemos ser desqualificados ou rejeitados (a palavra em
grego é a mesma de Hebreus 6:8). A terra cuidada pelo Senhor é desqualificada quando produz
espinhos. Paulo temia isso.

Hebreus 6 mostra que o povo que tinha sido iluminado (quanto à redenção e aos propósitos
de Deus por Moisés) e provado o dom celestial (comeram do cordeiro e do maná) e os poderes
do mundo vindouro (shekinah ou glória de Deus, nuvem, coluna de fogo, roupas que não
envelheciam no deserto), mesmo assim caiu (lembrar que pano de fundo é Cades-Barneia).
Essa queda significa que eles desviaram, se afastaram, perambularam, porque perderam a
confiança que dá o galardão. O Espírito Santo diz que é impossível renová-los por causa deles.
Precisamos ter atenção às práticas judaizantes.

Hebreus 6 nos ensina que devemos ter confiança e perseverar na luta/corrida com constância
(longanimidade).

Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus
servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não
haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus
brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos (Apocalipse 22:3-5). Desse texto
retiramos a sétupla perfeição:

- ausência de pecado e bênção perfeitos


- perfeito governo (trono de Deus e do cordeiro)
- perfeito serviço
- perfeita comunhão
- perfeita semelhança e identificação
- perfeito conhecimento
- perfeita glória

Estamos marchando para essa realidade. Façamos isso com dignidade. Tratemos aquilo que o
Espírito Santo tem nos mostrado que precisa ser tratado em nós hoje, principalmente:
relacionamentos inadequados; coração dividido; e pecados habituais. Corramos a carreira que
nos está proposta olhando firmemente para o Senhor.

29/09 às 9h, pelo irmão César Coneglian

Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não
tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos (2 Coríntios 6:11).

Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus,
pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu (Salmos 42: 5 e 11).

As emoções podem virar pecado se forem distorcidas e não cuidadas. A Bíblia descreve as
emoções:
- medo: pode virar pecado da incredulidade e até fobia. Ex: Adão

- irritação/ira: a ciência demonstra que está intimamente relacionada à depressão, que a Bíblia
chama de desânimo. Ex: Caim

- ansiedade: ter momentos ansiosos é natural, mas a Bíblia nos ensina que não devemos andar
ansiosos, ou seja, estar ansiosos dia após dia. O oposto da ansiedade é o repouso. Precisamos
aprender a repousar no Senhor.

Quando sobrecarregamos nossas mente com medo, irritação e ansiedade, não conseguimos
caminhar, o corpo fica lento.

Vamos analisar a emoção do MEDO:

Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável
para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de
figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim
pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por
entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi (Gênesis
3:6-11).

Nessa passagem, a árvore da vida representa Cristo; e a árvore do conhecimento do bem e do


mal representa o pecado. Eva pecou enganada pela serpente e Adão pecou consciente. Ambos
são pecado. Por causa do pecado, Adão e Eva deixaram de ter comunhão com Deus (perderam
a presença de Deus) e sentiram medo.

O pensamento que gera o medo é a solidão.

Nós nascemos em pecado, desprovidos da presença do Pai. Por isso o bebê muitas vezes chora
quando se percebe sozinho e para de chorar quando o pai ou a mãe o pega no colo.

Estudar paternidade e filiação ao Pai, pois é isso que nos dá descanso. João 8:3 ensina que a
verdade nos libertará. Ela nos liberta completamente quando nos vemos na condição de filhos.

A graça de Deus significa aceitação. Somos plenamente aceitos por Jesus, mas não
entendemos isso, então nos vemos sozinhos e sentimos medo. A presença de Deus é descanso
e dissipa o medo.

Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não
temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande (Gênesis 15:1).

Nosso desafio é compreender a presença de Deus em nossa vida; e que Ele nos protege de
nossos inimigos.

Na mesma noite, lhe apareceu o Senhor e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão,
meu servo (Gênesis 26:24).

Estudar justiça para entender que fomos plenamente aceitos.

Nada pode ser feito contra nós que afete nossa relação com o Pai; e a nossa segurança não
está nas coisas, mas Nele.
Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu
caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu
povo. Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso (Êxodo 33:13-14).

Em 1 João aprendemos que no amor não há medo. O amor provém do Pai.

Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a
quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem
disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo;
não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a
minha destra fiel (...) Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo:
Não temas, que eu te ajudo (Isaías 41:8-10 e 13).

Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, ó Israel, a quem escolhi. Assim diz o Senhor, que te criou,
e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo meu, ó amado, a quem
escolhi (Isaías 44:1-2). Deus nos escolheu e Sua graça significa aceitação.

Os problemas emocionais decorrem de não nos sentirmos aceitos. As consequências ou danos


do medo podem ser:

- esconder a verdade

- distorcer a verdade: “Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o
mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É
um fantasma! E, tomados de medo, gritaram” (Mateus 14:25-26)

- não avançar no amor: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João
4:18).

29/09 às 11h, pelo irmão Luiz Fontes

Não podemos nos esconder atrás das massas da igreja e do cristianismo. Devemos assumir
nossa parcela da responsabilidade. Se formos a última geração de cristãos, podemos estar
atrasados.

Em Números, o povo deveria seguir a nuvem no deserto; e os trombeteiros (anciãos da igreja)


deveriam observar a nuvem. O epíscopo é uma função espiritual, e não uma posição de estar
envolvido com as coisas elevadas e de ter a visão do todo. É uma função de responsabilidade.
Os ancião devem cuidar uns dos outros. Lembrar da reconstrução dos muros de Jerusalém,
Neemias e Esdras construíram suas casas defronte.

Quando o povo andava pelo deserto, eram quatro grupos organizados. A arca ia na frente
caminho de três dias. E havia a retaguarda para garantir que ninguém ficasse para trás. O povo
seguia a nuvem. A nuvem de hoje é o Espírito Santo.

Jesus conquistou o Espírito Santo para nós. Ele foi julgado em nosso lugar, passou pelo
calvário, venceu a morte para nós, para que pudéssemos ter o Espírito Santo.

Em nossa vida de igreja, algumas vezes ficamos apegados a questões pequenas, perdemos a
direção do Espírito e causamos divisões na igreja.

Quando o homem caiu, perdeu as faculdades do espírito. Aprendemos a ser bons maridos e
esposas através da comunhão com Deus e deixando Ele revelar nossos pecados.
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse
com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele
momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado (João 7:38-39).

até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o
pomar será tido por bosque (Isaías 32:15).

Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu
Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes (Isaías 44:3).

Temerão, pois, o nome do Senhor desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; pois
virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor (Isaías 59:19).

Quando o Espírito foi derramado em Pentecostes, houve um vento impetuoso que soprou
localizado e encheu o lugar. Esse foi o nosso Pentecostes, porque somos a posteridade.

Precisamos aceitar a obra do Espírito Santo em nossas vidas como ela é, e não como nós
queremos. Precisamos entregar todo o governo de nossas vidas ao Espírito Santo, porque
sairemos desta terra sem nada, apenas com nossas obras.

Na Bíblia José de Arimatéia entregou tudo ao Senhor (100%), enquanto que Ananias e Safira
entregaram quase tudo (99%), mas retiveram um pouco. Ou o Espírito governa tudo, ou Ele
não governa nada. Nossa vida deve ser um culto a Deus 100% do tempo.

Colossenses 3 nos ensina a pensar e a buscar as coisas do alto. No entanto, estamos limitados
pelos padrões do mundo. Mas nosso padrão não é mundano, é celestial.

Ansiedade vem de olhar para frente (futuro). Devemos olhar para o alto (Deus).

Proposições do evangelho de João (capítulos 14, 15 e 16) acerca do paracleto:

- o Espírito Santo é a pessoa na qual o Pai e o Filho se encontram. Deus é comunhão.

- outro consolador

- espírito da verdade

- vos guiará (professor dos inexperientes) e anunciará (mensageiro entre duas coisas – vida de
Jesus e Sua volta). Deus não nos deixará para trás. Ele nos ensinará todas as coisas através da
unção. Cristo não disse tudo na sua vinda porque não poderíamos suportar. O Espírito Santo
nos lembrará de tudo que Jesus disse.

e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai
casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me
consumirá. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?
Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os
judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?
Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os
mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na
palavra de Jesus (João 2:16-22).

Nós somos o templo em que o Espírito Santo de Deus habita hoje.

Os quatro fundamentos da doutrina (Mateus 16:13-28) e da igreja (Atos 2:42) são


relacionados:
Da doutrina Da igreja
Cristo Doutrina dos apóstolos
Igreja Comunhão da igreja
Cruz objetiva e subjetiva Mesa do Senhor
Reino Oração

E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações


(Atos 2:42).

Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser
o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros:
Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou:
Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas
meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino
dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido
desligado nos céus. Então, advertiu os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo.
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário
seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos
escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a
reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas
Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque
não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então, disse Jesus a seus discípulos: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem
quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que
aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem
em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus
anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras. Em verdade vos digo que alguns
há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam
vir o Filho do Homem no seu reino (Mateus 16:13-28).

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