Você está na página 1de 5

A

Evolução da Ethernet Industrial


Em meados de 2001, as previsões para a Ethernet industrial não eram muito boas. Acreditava-se que a tecnologia dessa rede
não chegaria ao chão de fábrica. Diziam que ela não possuía os requisitos necessários, como cabos industriais, padrões para
conectores, protocolos de segurança, protocolos com prioridade para motores, etc.

Além disso, alguns alemães afirmavam que ela já vinha com um tempo de vida determinado de no máximo 4 anos.

Em 2016, quando publicamos o texto “E a Ethernet Industrial continua linda…”, com o intuito de divulgar as estatísticas da
utilização das redes industriais, descobrimos que a aplicação dominante na Europa é o conjunto Profibus/Profinet, enquanto
nos Estados Unidos é o conjunto Ethernet/IP/DeviceNet. Não somente isso, mas também vimos que o Profinet apresenta uma
grande possibilidade de crescimento.
A seguir iremos mostrar os novos números sobre o mercado atual de redes industriais. Nos acompanhe!

Aplicações Atuais
Hoje em dia, ao contrário do que havia sido previsto, enquanto redes Fieldbuses ocupam 42% das aplicações do mercado, a
Ethernet Industrial chega a 52%. A Ethernet IP, substituta da rede Devicenet, lidera esse ranking, sendo responsável por 15%
desse resultado. Isso se deve ao fato de apresentar vantagens. Por exemplo: dispositivos Ethernet integrados à rede, conter a
facilidade de utilizar um único arquivo de configuração para todos os dispositivos de redes, diagnóstico local e via CLP, entre
outros benefícios.
Em segundo lugar, com 12%, está a rede Profinet, evolução da Profibus. Ela se comunica com sistemas e aplicativos de
negócios, além de facilitar a sua adoção simplificando conexões de campo, componentes necessários e configurações exigidas.
Após as duas primeiras, a taxa de utilização entre as outras é de 25%, sendo: EtherCAT 7%, Modbus-TCP 4%, Powerlink 4%
e outros tipos 10%. O gráfico abaixo facilita a representação visual dessas informações:

Ou seja, a Ethernet industrial superou os fieldbuses tradicionais em termos de novos nós instalados na automação de fábrica.
Esta é a principal descoberta no estudo anual da HMS Industrial Networks sobre o mercado de redes industriais.
Outro fato relevante, foi o crescimento acelerado. No ano anterior, em 2018, a porcentagem de uso da Ethernet industrial era
de 46%, contra 52% deste ano.

Pesquisa no Brasil
A Murrelektronik desenvolveu uma pesquisa sobre automação industrial no Brasil. Os resultados foram analisados e estão
disponíveis neste artigo: Mercado Brasileiro de Automação Industrial Análise da Pesquisa.
Ao levantar os dados para essas análises, vimos quais foram as redes mais utilizadas. Mas qual será o fabricante da CLP
implementada nos projetos? Por isso, também criamos uma outra pesquisa sobreos maiores fabricantes de CLP!.
Acesse nossos materiais e fique por dentro das atualizações do mercado.
E a Ethernet Industrial continua linda!
A Ethernet Industrial continua crescendo. De acordo com a análise anual de market-share das redes de campo feita pela HMS,
a Ethernet Industrial já ocupa 38% do mercado e cresce a uma taxa de 20%. Redes de campo tradicionais como Profibus,
DeviceNet e ASi ainda possuem 58% do mercado e continuam crescendo, mas a uma taxa de 7% e a novidade da pesquisa são
as redes wireless.
Foi em 2001, quando li sobre Ethernet industrial pela primeira vez, acredito que tenha sido na “InTech”, famosa revista da
ISA. A matéria não era muito otimista em relação ao uso da Ethernet que já era muito usada (e talvez a única) rede para
escritórios. A matéria dizia que a Ethernet ainda não era determinística, que não havia cabos industriais, que precisaria de
padrões para conectores, protocolos de segurança, protocolos com prioridade para motores, etc. A conclusão era que baseada
em outras tecnologias a Ethernet não chegaria no chão de fábrica…

E Hoje como esta a Ethernet Industrial?


Depois de alguns anos surgiram os padrões Ethernet/IP, Modbus/TCP, Ethercat e por último Profinet. Hoje, depois de 15 anos,
acredito que a revista não tenha errado totalmente, porque até hoje o Ethernet ainda não está na maioria das novas aplicações.
Mas a descrença de que adaptações no Ethernet comercial produziriam excelentes redes e que essas redes compartilhariam os
mesmos cabos, switches, estrutura, etc, talvez tenha sido um pouco falta de visão.

Já vi alguns alemães dizerem que o Ethernet/IP não vai durar mais que 4 anos, porque a Rockwell não conseguiu fazer muitos
fabricantes usarem. Eu não penso assim e a pesquisa também não. Entre os Ethernets Industriais o Ethernet/IP é a rede mais
usada com 9% do mercado. Profinet é o segundo com 8%, EtherCAT 6% e Modbus TCP com 4%. Entre as redes de campo
consolidadas, o Profibus possui 17% do mercado, Modbus possui 7%, CC-Link 6%, Devicenet e CanOpen com 5% e ASi com
3%.

A pesquisa também mostrou uma realidade que vemos na pratica. Na Europa o conjunto Profibus/Profinet dominam e nos
Estados Unidos o conjunto Ethernet/IP/DeviceNet dominam. Ponto para os americanos que conseguiram converter as redes
tradicionais em Ethernet mais rápido que os europeus. Mas também apresenta que o Profinet ainda tem muito para crescer.
Uma feliz surpresa foi o aparecimento do Wireless pela primeira vez, a HMS acredita esse crescimento à divulgação da
Indústria 4.0.
A pesquisa no Brasil
Como somos uma mistura de Europa e Estados Unidos, não sabemos exatamente quais redes são mais utilizadas nas terras
tupiniquins. Pensei em fazer uma pesquisa sobre este assunto, ai falei com o pessoal das revistas IPESI e eles toparam nos
ajudar. Invista 4 minutos respondendo a pesquisa feita pela Murr e pelas revistas IPESI. Todos que responderem receberão em
primeira mão os resultados e ajudarão o mercado de automação a se conhecer melhor e a crescer.

Publicado por Marcelo Barboza


Marcelo Barboza é Engenheiro Eletricista, Mestre em Controle
e Automação, Doutorando em Mecatrônica pela Poli, Gerente
de Marketing da Murrelektronik e fundador de Meetup de
Automação Industrial. Já possui 18 anos de experiência na área
em departamentos como Suporte Técnico, Engenharia de
Aplicação e Gerência de Produtos. Nas horas vagas, tenta jogar
futebol com os filhos e assistir bons filmes com a esposa.

Máquinas modulares são a saída para a


flexibilidade
Mesmo quando departamentos de engenharia tomam grande cuidado com o projeto de máquinas e equipamentos, o aumento,
ou, as mudanças de escopo ao longo da montagem e tryout podem tornar a construção e entrega de máquinas uma tarefa
complicada e seus lucros incertos. Trabalhar com máquinas modulares na instalação elétrica pode ser uma grande solução
para este problema.
Depois de montados conforme o projeto, painéis elétricos não são as áreas mais flexíveis de uma máquina caso mudanças
sejam necessárias. Fios e cabos passados, todos os componentes conectados nos seus lugares, todos os testes de sinal feitos…
Mudar algo neste local pode ser uma grande dor de cabeça.

Também não é incomum que máquinas e equipamentos sofram alterações ao longo dos primeiros anos de uso para aumentar a
sua capacidade e agregar novas funções. Mais uma vez “mexer no que está pronto” pode ser fonte de sérios problemas.

Atuar na construção de máquinas modulares é uma saída que fabricantes de máquinas do mundo todo estão adotando para
resolver estas questões.

Máquinas modulares atendem sempre e melhor.


As máquinas modulares são uma excelente saída para estes desafios. Vamos a alguns aspectos interessantes:

 Equipamentos e componentes certos podem tirar de dentro do painel boa parte das conexões e distribuição de sinais. A
utilização de Fieldbus e distribuidores IP67/IP68 alocados no corpo das máquinas para a distribuição de sinais, permite que
mudanças e ampliações sejam feitas de forma simples;
 No momento de desmontar e embalar a máquina, cada cabo de Fieldbus pode ser guardado no seu “pedaço” de máquina,
facilitando em muito a operação logística de envio para o cliente;
 As ampliações das máquinas não exigem que grandes alterações em painéis elétricos e principalmente, que a passagem de
novos fios e cabos sejam feitas desde o painel. Acrescentar novos distribuidores IP67/IP68 nos equipamentos e conecta-los ao
CLP é uma tarefa muito mais simples.

E isso não para aqui!


Elegemos somente alguns pontos importantes para demonstrar a você a importância de trabalhar com máquinas modulares.

Faça contato com a nossa equipe técnica e trabalharemos para fazer uma prova de conceito no seu equipamento. Temos
certeza que ficarão claras as vantagens.

Se o botão não estiver funcionando Clique Aqui!

Publicado por Raphael Calegari


Raphael Calegari já trabalha há 9 anos na Murrelektronik,
sendo 4 anos como Vendedor Interno e outros 5 anos como
Gerente de Produtos, além disso também atuou 2 anos em
Manutenção Eletrônica em uma Indústria Metalúrgica. No
tempo livre gosta de ir a shows de rock e acompanhar os jogos
do São Paulo no Morumbi.

Você também pode gostar