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TRANSFORMAR
o Mundo
Venha A ju d a r
TRANSFORM AR
o Mundo
Esta é a história da visão e do trabalho da Campus Crusade
for Christ International, que no Brasil se denomina Cruzada
Estudantil e Profissional para Cristo. É um convite e um de
safio para vir participar da maior aventura que o homem ja
mais pode conhecer. Nosso mundo pode ser transformado, e
você pode desempenhar um papel importante nesse processo.
Em 1951 o Dr. Bill Bright descobriu que ajudar a transfor
mar o nosso mundo seria uma tarefa estimulante. Ele era um
jovem negociante e estudava em um seminário teológico,
quando, de uma forma dramática, Deus lhe mostrou clara
mente como investir a sua vida. Ele deveria, simplesmente,
ajudar a cumprir a Grande Comissão através de todo o mun
do, começando com os estudantes universitários. Para muitos,
no começo, a Campus Crusade for Christ International pare
cia apenas um sonho estudantil. O Dr. Bill Bright, porém,
sabia que era um plano de Deus.
Atualmente a Campus Crusade for Christ International
dispõe de uma equipe de 16.000 obreiros de tempo integral,
membros associados e incontável número de colaboradores
que estão servindo o Senhor Jesus Cristo em mais de 150 paí
ses. Milhões e milhões de pessoas em todo o mundo estão tes
temunhando acerca da transformação de vida que experi
mentaram, pelo poder de Jesus Cristo, em
decorrência da influência desse ministério.
O Dr. Bill Bright é o fundador e Pre
sidente da Campus Crusade for Christ
International. Entre outros livros, es
creveu: “Espírito Santo - A Chave da
Vida Sobrenatural”, e “Promessas: Um
Guia Diário para a vida Sobrenatural” .
Escreveu também diversos livretos, en
tre os quais “As Quatro Leis Espirituais” .
Venha A judar
TRANSFORMAR
oMundo
E D IT O R A E D IS T R IB U ID O R A C A N D E IA
Caixa Postal 20.822
01498 - SSo Paulo, SP
Título em português:
Venha Ajudar a Transformar o Mundo.
Título original:
Come Help Change Our World.
Copyright © Campus Crüsade for Christ, Inc.
Um telefonema noturno
Cerca de meia-noite, atendi a um telefonema do
Dr. Joon Gon Kim para contar-me os acontecimentos
da noite. O Dr. Kim é diretor da Cruzada na Coréia e
é um querido amigo e colaborador na obra desde
1958; e com sua equipe foi o responsável pela reu
nião de uma multidão tão expressiva.
“Tenho novidades maravilhosas”, ele disse. “Em
resposta ao seu apelo desta noite, nossa equipe calcu
la que cerca de 80% do total estimado em 1 milhão
e trezentas mil pessoas ficou de pé. Já imaginou
que mais de um milhão de pessoas demonstraram que
aceitaram Cristo ou que, pela primeira vez em suas
vidas, tiveram certeza da salvação? ”
Demorei algum tempo para responder, porque
estava dominado pela emoção. Mesmo agora, quase
não posso evitá-la. Sei que a ocorrência deste fato se
deve à obra miraculosa e sobrenatural de Deus, pois
não é o novo nascimento o maior milagre de todos?
Este foi apenas um dos momentos marcantes
que testemunhei durante a EXPLO’ 74. Noite após
noite, eu era presa de temor e louvava a Deus quando
ficava em pé na plataforma e via aquela multidão de
rostos.
Fiquei profundamente comovido ao saber q'e
aquela foi a maior reunião de cristãos registrada na
história. Em uma das noites o número de pessoas
excedeu a um milhão e seiscentos mil, de acordo com
a estimativa oficial.
6
EXPLO'74: Uma experiência assustadora
Os recordes obtidos
Além deste primeiro fato surpreendente na his
tória da igreja cristã, mais tarde o Dr. Kim contou-me
de outros 24 recordes relacionados com a EXPLO’ 74,
alguns dos quais, cinco anos depois, continuam ini
gualáveis. Eis Alguns:
1. O maior número de cristãos treinados em
discipulado e evangelismo durante uma semana (um
total de 323.419 registrados, representando 78 na
ções)
2. O maior número de decisões por Cristo em
uma única noite.
3. O maior número de pessoas reunidas em
grupos de oração durante toda a noite na história do
cristianismo (as reuniões de oração aconteceram du
rante seis noites seguidas, com milhares de participan
tes). Na noite anterior ao início da EXPLO, minha
esposa Vonette falou a mais de 100.000 mulheres
reunidas para orar.
4. A maior campanha de evangelismo pessoal
que já houve (mais de 420.000 pessoas ouviram o
evangelho em uma tarde e 274.000 tomaram a deci
são de se entregar a Cristo).
5. O maior número de cristãos que se apropriou
da plenitude do Espírito Santo ao mesmo tempo
(estimou-se que 70% de uma multidão de 1.500.000
pessoas, em uma das noites, respondeu ao apelo).
6. O maior número de cristãos que entrega
sua vida para o cumprimento da Grande Comissão
ao mesmo tempo (estimou-se que entre uma multidão
de 650.000 pessoas que assistiam à reunião final de
domingo, 90% atendeu ao apelo).
Nenhuma multidão ou reunião de organizações
conseguiu alcançar o que se obteve na EXPLO’74.
Toda a glória deve ser dada ao Senhor Nosso Deus.
7
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
A vida sobrenatural
Recordo-me das palavras do nosso Senhor regis
tradas em João 14:12, que tem sido uma constante
fonte de admiração e desafio para mim, desde meus
primeiros passos como cristão: “Em verdade, em ver
dade vos digo que aquele que crê em mim, fará
também as obras que eu faço, e outras maiores fará,
porque eu vou para junto do Pai”.
Desde o início da minha vida cristã, tenho in
terpretado este versículo com o sentido de que Deus
quer que seus filhos vivam de modo sobrenatural,
particularmente no aspecto de serem santos e produzi
rem muito fruto, pois esta é a razão da vinda do
Senhor Jesus Cristo ao mundo. A Palavra de Deus nos
diz que “O Filho do Homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido” (Lucas 10:10).
Através dos anos tenho orado para que a minha
vida e o ministério da Cruzada possam ser caracteriza
dos pelo miraculoso e sobrenatural; que Deus possa
operar em nós e por nosso intermédio com tal poder
que todos que virem os resultados de nossos esforços,
reconheçam que Deus foi o causador e deem a Ele
toda a glória.
Agora, quando me lembro da EXPLO’74 — cer
tamente uma das lembranças mais significativas e
emocionantes na história do nosso movimento - reve
jo os primeiros dias que também se caracterizavam
pela adoração e glória a Deus, embora eu não tivesse
o privilégio de falar para milhões, ou mesmo milhares.
Houve uma época em nosso ministério que o único
ouvinte compreensivo que eu tinha era minha esposa.
Deixe-me levá-lo para aqueles dias, para o início
da história da Cruzada-Estudantil e Profissional para
Cristo e o momento em que Deus me revelou o
ministério que eu deveria empreender para Ele.
8
O Início
Listas semelhantes
Corrente de oração
Ambiente familiar
Casa nova
Não crente
Visita à Califórnia
Feliz reconciliação
Argumentação eficaz
Alvo determinado
O plano de Deus
O impacto do folheto
O ateu da ddade
Revelação noturna
40
Arrowhead:
um sonho fabuloso
Elefante branco
45
A história de
um milagre
A compra da propriedade
Vidas transformadas
Culto de Consagração
No dia 17 de maio de 1963 reunimos centenas
de amigos da Cruzada para o nosso culto de Consa
gração de Arrowhead Springs como sedè internacional
e centro de conferências. O Dr. Walter Judd, trouxe a
mensagem de consagração, inspiradora e desafiadora,
como era próprio dele. O prefeito e autoridades locais
estavam presentes. O prefeito afirmou: “O que de
melhor já aconteceu à cidade de San Bemardino foi a
vinda da Cruzada para Arrowhead Springs”. Participa
ram do acontecimento: Dr. Bob Pierre, presidente da
World Vision; Dr. Dick Hillis, presidente da Overseas
Crusade; rev. Armin Gesswein, diretor de Pastors’
Revival Fellowship; Dr. Walter Smyth, vice-presidente
da Billy Graham Evangelistic Assodation; Dr. Carlton
50
A história de um milagre
Booth, professor de evangelismo no Fuller Theologi-
cal Seminary; Dr. Roger Voskyle, presidente do Wes-
tmont College e o dr. John MacArthur, evangelista e
pastor radiofônico.
Também presentes estavam o sr. e sra. Guy F.
Atkinson, ele um dos maiores construtores de estra
das do mundo, represas, pontes e outros projetos
multimilionários. Estava, então, com 89 anos — ativo,
perspicaz e arguto - tinha ido para ouvir o Dr. Judd.
Perguntou o que estávamos planejando fazer com a
propriedade e a respeito do ministério da Cruzada em
Arrowhead Springs. Fez mais indagações do que qual
quer outro grupo de pessoas já me fez durante toda a
nossa vida.
Meses mais tarde ele mostrou interesse em aju
dar, mas antes queria mandar seu advogado para veri
ficar nossos registros financeiros e a estrutura de
nossa corporação, incluindo os estatutos. Ficamos
contentes que ele estivesse agindo daquela maneira.
Depois de vários dias de estudo cuidadoso da nossa
organização, orientação e registros financeiros feito
por ele e o advogado, o sr. Atkinson disse que gosta
ria de fazer uma oferta de 300.000 dólares se conse
guíssemos levantar a importância de 1.570.000 dóla
res ainda devidos da dívida de 2 milhões de dólares.
Era um desafio estimulante. Deu-nos o prazo de um
ano para conseguir o dinheiro e nos pusemos em
campo com grande entusiasmo e determinação para
arranjar esta soma tão grande que eu nem podia
imaginar; para mim podería ser um bilhão que parece
ría o mesmo. Tínhamos, porém, confiança que Deus
nos ajudaria.
Progresso lento
Mais ajuda
Olhei no relógio e vi que em Denver deveria ser
cerca de 11,30 da noite. Relutei em telefonar tão
54
A história de um milagre
tarde mas Vonette sugeriu que talvez Gerri quisesse
ajudar. Liguei e ele atendeu meio dormindo: “Como
você está se saindo com sua campanha para levantar
fundos? ”, perguntou-me.
Contei-lhe que ainda tínhamos uma hora e meia
e ainda faltavam 33.000 dólares. A resposta foi que
queria nos enviar 5.000 dólares, se isto ajudasse a
atingir o alvo, e o faria na manhã seguinte. Gerri já
nos auxiliara muito quando da mudança para Arrow-
head Springs e estava ajudando novamente. Era ani
mador, embora eu não achasse que 5.000 dólares
fizesse muita diferença, mas agradeci-lhe calorosamen
te. “Você tinha razão, Vonette; ele queria nos dar
uma oferta. Agora precisamos de apenas 28.000 dóla
res”.
Os minutos finais
57
Provando a fé
Poupando a propriedade
Passou-se uma semana, dez dias. Então o sr.
Atkinson telefonou-me dizendo que gostaria de falar
comigo novamente. Estivera conversando com Arlis
Priest e surgira uma idéia que talvez solucionasse
nossos problemas. Ao chegar a Arrowhead Springs,
veio imediatamente ao meu escritório. “Gostaria de
fazer uma sugestão: Que a Cruzada faça o emprés
timo, como organização, da mesma companhia de
seguros que emprestaria aos 20 homens e estes assina
riam as notas promissórias como fiadores. Se você
aprovar a idéia, minha oferta está mantida”.
Fiquei radiante com o oferecimento. Isto queria
dizer que não precisaríamos vender nossas estimadas
terras, das quais, sem dúvida, um dia necessitaríamos
por causa da expansão do nosso programa de treina
mento. Os 20 homens concordaram com o novo ar
ranjo, pois não estavam interessados em lucros pes
soais, e assinaram as promissórias. Jess Odom, presi
dente da seguradora, um crente sincero e amigo da
61
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Cruzada, aprovou o empréstimo cobrando as menores
taxas de juros legalmente permitidas.
O segundo milagre mostrou-se maior que o pri
meiro. Economizamos muito em juros porque o sr.
Swig, generosamente, descontou 75.000 dólares ao
invéz dos 100.000 que havia tratado anteriormente,
devido ao espaço de tempo decorrido desde nosso
acerto. Assim, rasguei a carta de desculpas que pre
tendia enviar a amigos e mantenedores e escrevi outra
contando o que Deus havia feito.
Serei sempre grato a Deus pela vida do casal
Atkinson pelo estímulo que nos proporcionou de
tantas maneiras. Depois da morte do sr. Atkinson, sua
família e amigos fizeram doações em sua memória, as
quais foram usadas para erigir a capela Guy F. Atkin
son, em Arrowhead Springs, que lhe foi dedicada.
Antes e logo depois da compra de Arrowhead
Springs, tinha sido nossa oração que tudo que Deus
operasse por intermédio da Cruzada e das nossas
vidas, fosse marcado pelo sobrenatural e miraculoso.
Pedimos-Lhe que agisse de tal maneira que as pes
soas pudessem dizer que Ele fora o responsável e Lhe
dessem toda a glória. Deus atendeu aquela oração em
muitas oportunidades.
Falta de água
Alguns meses depois de nossa mudança, enfren
tamos um fato especial que exigia um milagre. Logo
de manhã Arlis Priest me chamou para contar que
nosso reservatório de água se esvaziara, misteriosa
mente, durante a noite e que, com 450 pessoas que
estavam ali para muitas semanas de treinamento, não
era possível ficar sem água. Ao comprar a proprieda
de nos certificamos de que havería água suficiente,
62
Provando a fé
mas verificamos que não era bastante para as nossas ne
cessidades. Esta foi uma das maiores de todas as crises
que já surgiram em Arrowhead Springs.
Todos haviam gasto bastante para poderem es
tar conosco e, no momento, nossa única alternativa
seria mandá-los de volta a menos que Deus realizasse
um milagre e nos suprisse de água. Devolver o dinhei
ro de todos seria impraticável porque já o havíamos
gasto antecipadamente nos preparativos para o semi
nário: manutenção, consertos e alimentação e não
sobrara nada para um eventual reembolso. Mais uma
vez nos deparávamos com um fato inesperado que
podería comprometer a posse da propriedade e possi
velmente afetaria o ministério.
Meu primeiro impulso foi de pânico; depois,
lembrando-me da admoestação de em tudo dar graças
como expressão de fé, caí de joelhos, orando: “Se
nhor, obrigado por este problema. Agradeço porque
uma vez mais o seu poder e sabedoria serão demons
trados em nosso benefício”. Ainda ajoelhado fui ins
tado a telefonar para George Rowan que, fazendo per
furações na propriedade, descobrira grande quantidade
de água quente. Perguntei-lhe se sabia como poderia
mos transformar a água quente do poço em água
potável; não a estávamos utilizando porque soubêra
mos que uma torre para o resfriamento custaria no
mínimo 20.000 dólares e não dispúnhamos nem mes
mo de 20 dólares extras, assim uma despesa de tal
porte estava bem longe de nossas possibilidade.
A torre de resfriamento
Em poucos minutos a pessoa me telefonou e
explicou como poderia ser construída uma torre de
resfriamento barata e simples. Com um esquema rudi
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VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
mentar nas mãos, voei até o departamento de manu
tenção e dei as explicações. Em seguida, várias pes
soas da equipe e outros voluntários, tanto profissio
nais como amadores, puseram mãos à obra. Mais ou
menos às duas horas da manhã, água fria corria da
torre. Novamente Deus ouvira as nossas orações.
Um dos fatos mais bonitos de todo o aconteci
mento, entretanto, foi a atitude de todos diante do
problema. Reuniram-se em grupos, grandes e peque
nos, para dar graças a Deus como expressão de fé,
mesmo na situação difícil, em obediência ao manda
mento de I Tessalonicenses 5:18. Nas 24 horas seguin
tes, cooperação e animação eram a tônica entre to
dos. Alguns iam até San Benardino comprar garrafas
de água para si e para outros. Foi uma experiência
maravilhosa para as pessoas que confiavam em Deus
vendo como Ele honra a fé. Nada melhor para de
monstrar fé do que dar graças a Deus por tudo o que
faz.
Crescendo na fé
Financiando o trabalho
ArlL respondeu: “Deus instou-me a colaborar
com você nesta necessidade”.
Nosso amigo abaixou a cabeça como se estivesse
meditando e orando silenciosamente e, então disse:
“Eu gostaria de tomar a meu cargo a provisão dos
recursos para a construção destes dormitórios. Vou
conversar com meus 4 sócios e ver se estão de acor
do”.
Pouco tempo depois voltou ao meu escritório
para contar seu plano. Explicou-me que viera conhe
cer o novo projeto do Arrowhead Springs Village e se
sentira movido pelo Senhor a entusiasmar seus sócios
a se juntarem a ele e pagar as despesas. “De quanto
vocês vão precisar? ”, perguntou. “De, aproximada
mente, 550.000 dólares”, respondí. “Acho que pode
mos fazer face a isto, se traçarmos um plano que nos
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VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
possibilite fazer jpagamentos mensais durante alguns
anos”.
Conversou por telefone com os sócios e em
pouco tempo haviam concordado unanimemente que
seria um bom investimento para o dinheiro que o
Senhor lhes tinha dado graciosa e generosamente.
Estavam sendo bons despenseiros. Viam ali uma opor
tunidade de multiplicar seu capital em benefício das
milhares de pessoas que receberíam treinamento para
levar as verdades de Cristo ao mundo inteiro.
68
Treinamento:
repetindo os
princípios básicos
Creio que há três razões básicas por que Deus
tem abençoado o ministério da Cruzada de modo tão
extraordinário: 1) dedicação em exaltar Jesus Cristo e
sua causa em todas as circunstâncias; 2) uma forte
ênfase no ministério do Espírito Santo na vida do
crente; 3) treinamento específico, detalhado e abran
gente para cada membro da equipe, estudante e leigo
sobre como viver vidas santas e compartilhar a fé em
Cristo com outros.
O ministério de ensino da Cruzada garante que
todas as pessoas que se associam à organização rece
bam instrução adequada nos diversos programas de
treinamento nos quais se arrolem. Este ensino com
preende princípios de vida cristã, princípios e méto
dos de evangelismo e discipulado e, também, estudos
bíblicos e teológicos.
A importância da repetição
Nestes ministérios são muito enfatizados os
princípios básicos, que são repisados sistematicamen
te. A repetição é um dos pontos importantes para o
aprendizado.
69
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Há algum tempo, tive oportunidade de explicar
à nossa equipe por que repetimos as mesmas mensa
gens básicas com insistência, como parte de nosso
treinamento. Ao final das reuniões, um de nossos
diretores, antigo pastor presbiteriano, disse: “Gostaria
de compartilhar com vocês uma boa ilustração que
vai reforçar a ênfase da necessidade de repetição. Há
anos, eu era membro de uma igreja cujo pastor repe
tia as doutrinas básicas do cristianismo várias vezes
durante o ano. Recentemente, depois de ficar ausente
durante 9 anos, voltei para uma visita e verifiquei que
aquele pastor continua a pregar e ensinar as mesmas
verdades básicas que causaram um forte impacto em
minha vida. Mais tarde, trabalhei junto com um
ministro bastante erudito, que pregava muito bem e
nunca falava duas vezes sobre o mesmo assunto. Gos
taria de lhes dizer que não aprendi nada com este
pastor eloquente, mas, sinto que o que sei a respeito de
Cristo e da Bíblia, devo ao primeiro pastor que acre
ditava e praticava o método de repetição”.
74
Estratégia para
as Universidades
Quando da minha chegada a uma grande univer
sidade do meio-oeste dos Estados Unidos, foi-me dito
que deveria jantar e falar no grêmio principal. Não
havia tempo de ir para o hotel nem me arrumar para
a reunião; já estava atrasado e fui rapidamente para o
local.
Ao entrar na sala, os rapazes saíram depressa,
como se eu fosse leproso. Fiquei imaginando o que
podería estar errado e estava intrigado com a frieza e
indiferença dos que permaneceram ali. Aparentemente
fora convidado sem que soubessem algo a meu respei
to ou qual a natureza de minha mensagem. Não havia
dúvida de que haviam decidido, em alguma reunião
posterior ao convite, que não estavam interessados em
ouvir um pregador e que fora um erro terem me
chamado.
O presidente do grêmio mal falou comigo du
rante o jantar. Era óbvio que não queria que os
outros pensassem que estava interessado em religião.
Foi um dever penoso avisar que haveria uma reunião
“religiosa” no andar superior depois do jantar. Sem
sequer me apresentar, simplesmente mencionou (em
um tom que demonstrava não estar interessado e
quem estivesse era um tolo), que um orador da Cali
75
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
fórnia falaria aos que estivessem interessados em reli
gião.
Não um pregador
Percebi, ao observar a atitude dos rapazes, que
não haveria ninguém para ouvir-me se não agisse rápi
do. Assim, pedi licença ao presidente para dizer algu
mas palavras. Com relutância concedeu-me alguns mo
mentos e eu disse: “Estou notando pelas reações de
vocês que não estão mais interessados em religião do
que eu e quero tranqüilizá-los imediatamente. Não
sou um pregador e nem estou aqui para falar de
religião. Na verdade, oponho-me à religião. A história
tem mostrado que a religião tem feito mais do que
qualquer outra coisa para manter o homem na igno
rância, medo e superstição atravéz dos séculos”.
Aquele grupo de antagonistas frios e indiferen
tes subitamente animou-se. Alguns ficaram confundi
dos. Algumas palavras bem escolhidas chamaram sua
atenção. Naquele momento, os rapazes pareciam
prontos para me ouvir e convidei-os a subir se quises
sem ouvir mais. Alguns começaram a conversar: “pen
samos que você fosse um pregador, mas não parece
muito religioso. Sobre o que vai falar? ” Outros, fi-
quei sabendo mais tarde, correram para o telefone e
convidaram os amigos de outros grêmios para virem
ouvir-me, dizendo: “Temos aqui hoje um pregador
que não parece muito religioso. Venham ouvir”. A
sala ficou lotada para a reunião e muitos tinham ido
movidos pela curiosidade.
“Como disse antes”, “comecei, oponho-me à reli
gião. Deixem-me, porém, explicar o que quero dizer.
Por definição, a religião é o melhor esforço do ho
mem para encontrar Deus, por intermédio de suas
76
Estratégia para as Universidades
boas obras, enquanto cristianismo pode ser definido
como Deus à procura do homem e a revelação de Si
mesmo em Jesus Cristo. Vemos, através dos séculos,
que em busca de Deus os homens se utilizaram até de
meios criminosos, como a Inquisição e as Cruzadas.
Superstições a respeito da reencamação e a crença de
que determinados animais são sagrados, têm feito
com que multidões morram à míngua para poupar
estes animais”.
“Não estou aqui para falar de religião mas para
dizer-lhes como Deus tomou a forma humana e des
ceu à terra na pessoa de Jesus de Nazaré. Vim para
mostrar como podem ter um relacionamento pessoal
com Deus, possibilitado pela pessoa mais importante
que jamais viveu — o Deus-homem que mudou o
curso da história: A.C., antes de Cristo; D.C., depois
de Cristo, ou Anno Domini, ano do Senhor”.
Interesse em Cristo
Feriados prolongados
Uma outra estratégia que tem alcançado sucesso
no trabalho com os estudantes tem sido envolvê-los
em algum ministério quando não estão na faculdade.
Esta estratégia foi utilizada pela primeira vez em
1965, em alguns feriados como os da Páscoa, nas
praias de Balboa e Newport, no sul da Califórnia.
Cerca de 30.000 estudantes da Califórnia e cir-
cunvizinhanças lotavam as praias ensolaradas naquela
época do ano. Estes feriados constituiam-se em um
dos maiores problemas para a polícia local por causa
dos diversos tipos de delinqüência, envolvendo sexo,
drogas, bebedeiras, alcoolismo e vandalismo.
Acreditávamos que deveriamos fazer alguma
coisa para falar de Cristo com os estudantes. Criou-se
um plano que era deslocar um grande grupo para
Balboa, onde ficaria hospedado em casas de amigos.
O período matutino seria passado em treinamento
para ensinar os estudantes a viver sob o controle e
poder do Espírito Santo de Deus e como transmitir
sua fé em Cristo de maneira eficaz aos vagabundos de
praia. As tardes e noites seriam usadas em contatos
pessoais e em grupos com os estudantes.
Resultados surpreendentes
Os resultados foram surpreendentes e fenome
83
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
nais. Não era difícil fazer contatos. Havia muitas
pessoas que não tinham nada para fazer a não ser
sentar e escutar. Estudantes treinados, usando pesqui
sas e folhetos evangelfsticos, cartas de Van Dusen e as
Quatro Leis Espirituais dividiam-se e atacavam à me
dida em que se assentavam ao lado de rapazes e
moças bronzeadas usando as mesmas roupas de praia.
Milhares de estudantes foram alcançados e o impacto
foi tão grande que a delinqüência e vandalismo dimi
nuiram em grande proporção e antes do final da
semana a polícia estava dando aos infratores a opor
tunidade de optar entre ir para a cadeia ou conversar
com alguém da Cruzada.
Em um bar “convertido” chamado The Hunger
Hangar, diversas pessoas do nosso grupo estavam
prontas para providenciar refrigerantes e aconselhar
centenas de estudantes solitários que procuravam al
guém para conversar à respeito das coisas de Deus.
Em frente de nossa sede de verão estava pendurada
uma bandeira onde se lia “Cristo é a Resposta”. Do
outro lado da rua alguns rapazes colocaram outra
bandeira com os dizeres “Booze é a resposta”. Nos
dias subseqüentes, aqueles rapazes foram se achegan-
do a nós, primeiro por curiosidade e depois por
interesse verdadeiro que surgiu à medida que fomos
conversando sobre Cristo e a salvação. Finalmente,
todos eles aceitaram a Cristo e a bandeira “Booze é a
resposta” veio abaixo.
De Balboa e Newport o ministério espalhou-se
para outras praias. Daytona, Forte Lauderdale, Pana-
ma City, Ocean City, Lake Tahoe, Cape Cod, Santa
Cruz, Colorado River e outros centros turísticos tor-
naram-se centros de atividade da Cruzada e milhares
de pessoas da equipe e estudantes, ali testemunhavam
de Cristo.
84
Estratégia para as Universidades
O filho pródigo contemporâneo
87
Berkeley:
uma nova revolução
Em 1967, Berkeley era sinônimo de passeatas
de estudantes, e demonstrações de movimentos radi
cais de todo o tipo.
Como crentes e participantes da equipe da Cru
zada, tomamos consciência de quão pouco estava sen
do feito por Cristo naquela Universidade, o berço do
movimento radical. Assim, em uma de nossas reuniões
para estudar estratégias para utilizar nas faculdades,
resolvemos reunir 600 pessoas, entre estudantes e
pessoal da organização de todo o pais, e saturar a
Universidade da Califórnia com as boas novas de Cris
to por intermédio de uma conveção que duraria a
semana inteira. Nosso tema era “Solução —a Revolu
ção Espiritual.”
Uma cadeia de jornais publicou esta notícia de
Berkeley:
Programa de acompanhamento
Depois que saímos de Berkeley, os que ficaram,
começaram um programa de acompanhamento plane
jado para preservar e estender o impacto ocasionado.
Todos quantos haviam pedido a Cristo que entrasse
em suas vidas e aqueles que demonstraram interesse
em saber mais a respeito, foram contatados na sema
na seguinte à convenção. Cerca de 200 dos que ti
nham recebido Cristo participaram de um retiro para
aprender mais sobre como viver uma vida cristã abun
dante. Muitos dos que se mostraram interessados tam
bém participaram.
Um jornal local descreveu assim a “invasão” de
Berkeley:
“Uma organização sem paralelo. Os radicais,
acostumados a serem saudados como os melhores
organizadores, pareciam espantados com a extensão
da campanha promovida pela Cruzada Estudantil e
Profissional para Cristo para evangelizar todo o corpo
estudantil de Berkely. Grupos de delegados pregaram
e compartilharam sua fé em Cristo em mais de 70
dormitórios, agremiações, e nas proximidades dos alo
jamentos. Outros grupos pregaram e cantaram em
restaurantes, lanchonetes e locais onde há reuniões
dos movimentos pela liberdade de palavra, e, outros
ainda, iam de porta em porta, para terem a certeza de
que nem um dos 27.000 estudantes perdera a oportu
nidade de ouvir a proclamação do evangelho de Cris
to.
Além da programação normal da convenção,
com palestras pela manhã e à tarde, estudos bíblicos
92
Berkeley: uma nova revolução
e reuniões de oração, o pessoal da equipe também
pregou perto de igrejas e em igrejas que estavam
participando do trabalho.
Mais da metade dos estudantes manifestou o
desejo de se tornar cristão. Um jovem do Havaí que
estava visitando Berkeley tomou sua decisão em um
restaurante depois que uma pessoa da Cruzada, duran
te a semana, falou com ele acerca do seu relaciona
mento pessoal com Cristo.
Naquela semana marquei um encontro com um
dos líderes do movimento radical — uma pessoa bri
lhante, dinâmica e de boa aparência. De origem judái-
ca, tornara-se ateu e comunista. Durante anos eu
fizera a seguinte pergunta a muçulmanos, induístas e
comunistas: “ Qual a pessoa mais importante que já
houve? ” Ao fazer esta pergunta ao rapaz, houve um
longo silêncio. “Acho que devo dizer que foi Jesus de
Nazaré,” foi a resposta relutante. Esta foi uma das
pessoas, entre os milhares, que foi confrontada com o
Mestre naquela semana.
O movimento radical foi esvasiado
Operação alternativa
Enquanto os radicais planejavam uma concen
tração contra a guerra, mandávamos 400 pessoas, en
tre estudantes treinados e equipe, trabalhando com
100 pilotos, para apresetnar uma alternativa para a
paz. O impacto mais importante, chamado Operação
Alternativa, seria a realização de duas reuniões de
discursos livres no fim de semana, mas também have
ría duas passeatas pelo campus, distribuição de folhe
tos e cobertura pelo rádio e televisão.
À medida que nosso pessoal começou a chegar
vindo de Arkansas, Oldahoroa e do Texas, colhia
assinaturas perto dos refeitórios.
Na manhã seguinte todos foram ao campus car
regando cartazes, juntando uma multidão para uma
passeata e uma grande concentração no Main Mall,
que os estudantes da Cruzada haviam reservado sema
nas antes.
Cerca de 1000 estavam reunidos para ouvir Josh
Mcdowell, que lhes falou do que Cristo representava
para ele. Falaram, também, outros oradores.
Quando demos oportunidade de usarem o mi
crofone, estudantes e alguns professores falaram con
tra o cristianismo e apregoaram um radicalismo políti
co. Quando terminaram um estudante cubano pegou
o microfone e disse: “Vocês não sabem o que estão
falando. Passei por duas revoluções —uma em Cuba e
agora outra, em Jesus Cristo.” Enquanto falava sobre
94
Berkeley: uma nova revolução
as duas, afirmou que apenas Cristo é a resposta.
No sábado, milhares de estudantes e pais teste
munharam uma concentração parecida no West Hall.
“0 ambiente estava eletrizado”, contou-nos mais tar
de o diretor da Cruzada na Universidade do Texas.
“Centenas paravam para ouvir, em seu caminho o
jogo de futebol. Entre outras coisas, nunca os crentes
foram tão destemidos ou unidos como estavam na
quele momento. Os estudantes da Universidade do
Texas viram como os cristãos estavam ativos.”
Uma estação de rádio descreveu o que houve
naquela semana em seu noticiário: “A Cruzada Estu
dantil e Profissional para Cristo esmaga o Comitê de
Mobilização Estudantil.”
Estas experiências maravilhosas do poder de
Deus foram os pontos altos do ministério nos cam
pus. Têm revelado ao mundo que a luz de Jesus
Cristo é mais poderosa do que as trevas. Quando
volto no tempo, oro mais intensamente para que
Deus faça isto novamente no mundo inteiro. Onde
quer que a luz do amor e perdão de Deus se defronte
com o ateísmo, Sua luz o sobrepuja.
95
Vida para
a América
Um dentista de Cape Kennedy, um homem de
negócios de New Jersey e um homem com uma
família jovem na Califórnia - todos participam do
ministério chamado Vida para a América. Que
os reúne? Um dos participantes do grupo disse: “Eu
e minha esposa éramos membros de igreja, típicos,
tradicionais, medíocres, uma espécie de crentes mor
nos. Agora que experimentamos um relacionamento
profundo com Cristo, temos ajudado outros a encon
trar este tipo de relacionamento e vendo igrejas intei
ras se tornarem vivas, queremos usar o resto de
nossas vidas servindo a Jesus”. É este mesmo objetivo
que une 320 membros da equipe de um ministério
chamado “Vida para a América” nos Estados Unidos
e Canadá, a despeito da variedade de antecedentes e
instrução. Orientado por Alan Nagel, este ministério
está atuando de maneira dinâmica em todo o país.
0 ministério de leigos foi uma conseqüência
direta do ministério nos campus. À medida que Deus
operava poderosamente nas vidas de milhares nos
campus universitários, leigos começavam a perguntar:
“Como se justificam os resultados miraculosos alcan
çados pela Cruzada entre os estudantes? Será que
poderiamos ter o mesmo tipo de treinamento dado à
sua equipe e aos estudantes? ”
96
Vida para a América
Seminários de dia inteiro
Foi em 1959 que iniciei um trabalho chamado
Seminário de Leigos para Evangelização, mais tarde
batizado de Seminários de Vida Cristã, em várias
cidades do país. Desde a manhã até tarde da noite, eu
apresentava os estudos básicos de como viver a vida
cristã e compartilhar sua fé em Cristo de modo mais
eficaz. Centenas de leigos e pastores participavam
destes encontros. Pouco depois, nascia o Ministério de
Leigos, agora chamado de “Vida para a América” e
desde então, tem dado alguns dos resultados mais
animadores que já tenho visto.
Os seminários de um dia inteiro se transforma
ram em seminários de uma semana e se espalharam
pelas cidades, abrangendo centenas de igrejas e milha
res de leigos que assistiram aos treinamentos.
Quanto maior era a freqüência aos treinamen
tos, mais percebíamos a necessidade de que o Ministé
rio Leigo se transformasse em algo mais do que um
seminário de treinamento. Desde o início a igreja
local tem sido a parte mais importante da estratégia
de Deus para ajudar a cumprir a Grande Comissão.
Naquele momento estávamos descobrindo como aju
dar a igreja local mais efetivamente. Estávamos cada
vez mais convencidos de que os pastores e leigos são
a chave para evangelizar as comunidades. Se ensinados
da maneira adequada a compreender como partilhar
sua fé no poder do Espírito, poderão ser usados por
Deus de maneira revolucionária, como o foram os
cristãos do primeiro século.
Assessorando os líderes da igreja
A função do pessoal de “Vida para a América”,
era ajudar a igreja local em duas áreas: desenvolver,
97
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
junto com os pastores e leigos, um ministério de
discipulado e, também, movimentos de multiplicação
espiritual, com grupos da liderança de comunidade
como profissionais liberais e homens de negócios.
Neste ministério relacionado com a igreja, os
leigos ajudavam os líderes da mesma a promover
métodos de discipulado que se tomassem um estilo
de vida. Além deste programa, conferências de âmbito
nacional, chamadas Seminários de Vida Cristã, foram
patrocinados por pastores e leigos. Estes seminários
davam cursos de discipulado, evangelismo para leigos
e treinamento em administração. Os cursos de admi
nistração visavam ajudar os pastores nas reclamações
sobre ter tempo, fazendo com que aprendessem a
determinar prioridades em suas atividades além do
treinamento em discipulado e evangelização.
Um certo pastor disse: “O treinamento sobre
administração supriu uma falha no meu trabalho e em
minha vida. Saber os “como” — como estabelecer
metas objetivas e claras, prioridades, planos de traba
lho e dividir a carga de trabalho - nos ajudará a
alcançar sucesso na construção de uma comunidade
cristã”.
Tarefas de testemunho
Vida transformada
t
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
miserável e improdutivo”.
Telefonou para sua esposa contando-lhe como
havia descoberto a vida controlada e cheia do Espíri
to Santo pela fé e insistiu para que ela viesse encon
trar-se com ele imediatamente no treinamento. Embo
ra tivesse compromissos ela os cancelou e veio. Na
quela noite, ao jantar, ouvindo minha palestra final,
os dois vieram para dizer como o curso de suas vidas
tinha sido mudado por causa dos novos conceitos que
haviam ouvido.
Em um outro seminário, mal havia acabado
uma das palestras sobre o ministério do Espírito San
to, um pastor aproximou-se. Estava se rejubilando
com o fato de que agora sabia estar cheio do Espírito
Santo, pela fé, mas também estava triste porque, a
despeito de seus estudos teológicos e anos de ministé
rio, nunca havia, pessoalmente, levado alguém ao co
nhecimento de Cristo. Estava bastante preocupado.
Ao conversarmos e orarmos juntos, sentí-me compeli
do a perguntar-lhe se gostaria de ser usado por Deus
naquele mesmo dia para levar alguém a Cristo. Olhou-
me com espanto como se dissesse: “Que bobagem.
“Nunca levei ninguém a Cristo em todos estes anos,
como poderia esperar fazer isto hoje?” Sugeri que
orássemos juntos e que então ele fosse de porta em
porta, nas proximidades de sua igreja usando nossa
Pesquisa Religiosa da Comunidade, e apresentasse o
evangelho e explicasse as Quatro Leis Espirituais. Ele
concordou. Pedimos a Deus que honrasse seus es
forços.
Imagine sua animação e alegria quando voltou
naquela tarde, mal podendo falar. Na primeira casa
que visitou encontrou um rapaz de 19 anos que
estava preparado para o evangelho e depois de uma
simples apresentação das Quatro Leis Espirituais, acei-
100
Vida para a América
tou Cristo. Não é necessário dizer que esta foi uma
experiência marcante na vida do jovem pastor.
Treinamento indireto
Os resultados do treinamento
A princípio houve muito questionamento e ceti
cismo. A questão era saber se o treinamento indireto
resultaria em comunicação melhor do que um profes
sor. Larry Marks um leigo metodista de Athens, Ala-
bama, expressou o sentimento das pessoas que haviam
assistido ao treinamento: “Fiquei espantado com a
quantidade de informação que obtive e podia me
lembrar quando necessário,” disse.
Marks também contou a história de Jack, um
leigo de sua igreja, que pensava poder testemunhar
apenas pelo seu modo de viver. Depois do treinamen
to, entretanto, mudou seu modo de pensar. Fez uma
lista de 10 amigos a quem queria falar de Cristo e em
pouco tempo seis deles aceitaram Jesus como salva
dor.
Ken Kirby, pastor da Bryan Street Baptist
Church, em Yuzaipa, Califórnia, também mostrou seu
entusiasmo sobre os benefícios deste treinamento:
“Dá resultados,” disse. “Não o recomendaria se não
houvesse transformação real nas vidas dos leigos. Te
nho visto o Senhor usá-lo para tornar as pessoas
102
Vida para a América
destemidas ao anunciar sua fé.”
Os que fizeram este treinamento, em Seminários
de Vida Cristã, não saem para converter pessoas ao
seu modo de pensar ou à sua filosofia de vida, ou
mesmo à sua religião, mas anunciam com intrepidez a
mais importante notícia que o mundo jamais recebeu:
a boa nova do amor e perdão de Deus em Jesus
Cristo. À medida que milhares atendem ao apelo —
não pelas suas palavras mas pelo Espírito Santo —
sentem a alegria de saber que suas vidas são importan
tes para a eternidade.
Ocorre-me que há muitos como Pedro e João
da Bíblia, que “pescaram” homens durante anos e
estavam desanimados e abatidos. Nunca haviam pega
do ninguém, nunca haviam levado uma pessoa a Cris
to. Há uma solução. É preciso apenas orar e pedir
que o Espírito Santo lhe dê poder e controle sua
vida, e ao mesmo tempo entregar tudo ao Senhor.
Então, você vai aprender como compartilhar sua fé. O
Espírito Santo o capacitará a transmitir aos outros a
mensagem da salvação.
O tempo é agora: homens e mulheres nunca
estiveram mais preparados para ouvir as boas novas de
nosso Salvador. A oportunidade é agora: Seminá
rios de Vida Cristã estão sendo realizados em todo o
país para ajudar leigos e pastores a encher suas redes
e a desafiá-los a esquecer tudo e seguir a Cristo.
103
__________ 12
Ministérios Especiais
Prova inabalável
O cumprimento de professias bíblicas, a evidên
cia da ressurreição e a vida dinâmica de muitos cris
tãos, que viu, finalmente o constrangeram a deixar
Cristo controlar sua vida. Porém, só depois que pas
sou dois dias com Elmer Lappen, então diretor de
nossa equipe na Universidade Estadual do Arizona, é
que André teve uma visão da vida diferente que o
esperava. Criou uma ilustração das Quatro Leis Espiri
tuais e convencido de que podería funcionar, juntou-
se à equipe da Cruzada em 1963.
Atualmente, passa mais de 60% do ano viajan
do; já atuou em 73 países e foi visto por mais de 78
milhões de pessoas pela televisão, em um único ano.
Já falou a mais de 2.600 platéias em universidades e
cerca de 400 cópias de seus dois filmes estão circulan
do pelo mundo.
A qualquer lugar que vá, sua atuação e mensa
gem nunca falham em prender a atenção da platéia.
Em uma recente viagem de 3 meses pela Ásia, desco
briu que “as pessoas estavam receptivas em todos os
lugares. Atuei 100 vezes diante de 110.000 pessoas e
cerca de 10.000 atenderam ao evangelho. No momen
to, a equipe, os estudantes e leigos estão fazendo o
acompanhamento dos novos cristãos”.
Uma turnê de 3 semanas pela América Latina
em 1973 resultou em 14 convites para se apresentar
em programa de TV - nove dos quais em cadeias
nacionais e todos livres de despesas porque seriam
levados ao ar como um serviço público. Ao mesmo
tempo, multidões se aglomeravam à cada atuação.
105
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Também no campus sua popularidade continua
a crescer. Em um ano escolar se apresentou a uma
média de um milhão de pessoas semanalmente, nos
palcos e na televisão. Entre os milhares que aceitaram
Cristo por intermédio de André, acha-se um líder
estudantil em Taiwan que disse: “Sr. Kole, quando
disse que a maioria das pessoas está rindo por fora e
chorando por dentro, descreveu-me perfeitamente.
Não é apenas um retrato da minha vida mas da vida
de todos os estudantes que conheço neste campus. Só
gostaria de tê-lo ouvido há uma semana ou mes
mo há um dia atrás”. Outro disse: “Há 11 anos
que sou cristão mas deixei Cristo fora da minha vida
quando vim para a faculdade. Há cerca de um ano
tentei o suicídio; não achava nada por que valesse a
pena viver. Desde então estou fazendo análise, mas
depois da noite passada não preciso mais dela. Obriga
do, agora eu sei que tenho Cristo. Obrigado por
mostrar minha necessidade”.
Pesquisando em 73 países, André aprendeu que
a maioria dos truques e ilusões são atribuídos ao
sobrenatural (feitiçaria e ocultismo), embora realiza
dos por meios naturais. A única coisa que o homem
não pode reproduzir é a realidade do relacionamento
com Jesus Cristo. Eis porque ele vibra com a possibi
lidade de usar sua capacidade com um propósito
eterno. A todos os lugares que vai, desafia homens e
mulheres a viverem suas vidas para Cristo. “Sempre
achei que Deus usa as pessoas que o mundo considera
pouco prováveis. Se Deus pode usar um mágico para
atingir seu propósito, pode usar qualquer pessoa”.
Ministrando para um grande público
Além de André, Deus tem usado Josh McDo-
well para ministrar a um grande número de pessoas.
106
Ministérios Especiais
Por um período de 12 anos, Josh viajou a 530 cam
pus em 53 países e falou para um público estimado
em mais de cinco milhões de pessoas.
Formado pelo Seminário Teológico Talbot, Josh
mantém os estudantes interessados em sua mensagem
com evidências históricas, científicas e bíblicas bem
documentadas, para fundamentar a fé cristã. Entrega-
se totalmente à sua argumentação, caminhando e ges
ticulando entusiasticamente, brinca com as pessoas e
conta-lhes incidentes de seu passado. Sua retórica é
direta e não mede as palavras para refutar uma idéia
errônea.
Suas mensagens raramente deixam de atingir o
objetivo. Um estudante que ouviu sua palestra sobre
“Sexo ao Máximo”, comentou: “Ele deu uma visão
muito saudável sobre sexo e namoro como eu nunca
tinha ouvido antes”.
Certa vez, 4.500 estudantes foram ouví-lo falar
sobre “Sexo ao Máximo” na Universidade Estadual de
Kansas, representando cerca de um terço do corpo
discente. Mais ou menos 400 deles preencheram car
tões contando que haviam aceito Cristo naquela
noite.
Na Universidade Estadual de Louisiana, 9.000
estudantes foram ouví-lo quando foi ao campus e 900
deles anotaram nos cartões que haviam aceito Cris-
do.
Preparação e oração
Ministério de teatro
Realização de um sonho
A primeira vez que Helmut Teichert pensou em
uma apresentação do evangelho por intermédio de
slides foi logo depois de se converter, no primeiro
ano de faculdade. Com a ajuda de outros 3 amigos,
110
Ministérios Especiais
Teichert começou a trabalhar: os slides mostravam
cenas do Vietnam, problemas de drogas e de ecologia
e oferecia a solução em Jesus Cristo. No verão
seguinte a equipe do Projeto Paragon trabalhou com
afinco para produzir outra projeção, que foi a espinha
dorsal do atual “Se eu devesse morrer”. O grupo fez
a primeira apresentação de um terceiro trabalho na
EXPLO‘72, em Dallas para uma multidão de 5.000
pessoas.
Teichert e sua esposa, Laney, continuaram a
desenvolver o Projeto Paragon em casa, enquanto tra
balhavam em sua fazenda. Em muitas de suas apresen
tações viram que cerca de 25% das pessoas atendia
ao apelo de aceitar Cristo e que havia necessidade
de disdpular estes novos crentes, o que não poderíam
fazer sozinhos. Este fato levou-os a perceber que seu
projeto deveria fazer parte de um ministério como o
da Cruzada, que daria o acompanhamento necessário.
Depois de se inscreverem para participar de nos
sa equipe a serem aceitos os Teicherts passaram a perten
cer aos Ministérios Especiais para trabalhar em seu
próprio projeto. Desde a criação das apresentações, já
viajaram pelos Estados Unidos e Canadá, visitando
não só as universidades mas também igrejas, colégios,
acampamentos, penitenciárias e bases militares.
As pessoas questionam os assuntos apresenta
dos. Um estudante comentou: “Há 19 anos que pro
curo alguém que me ame. Hoje sei que, finalmente,
encontrei Jesus, que agora vive em mim”. Outro dis
se: “Como cristão, eu sempre soube para que fora
salvo, mas nunca pensei sobre do que fui salvo. Esta
noite percebi que preciso começar a falar de Jesus às
pessoas que amo, mesmo que não seja fácil para
mim”.
111
A "Aventura
Estudantil”
Scott Phillips era um estudante do colegial da
Escola Princeton, em Cincinnati, Ohio, ardoroso, fran
co e rebelde. Aos olhos de muitas pessoas era um
sucesso. Um arqueiro violento no time de futebol,
também jogava tênis e participava de outras atividades
escolares.
Estava, porém, envolvido com outras coisas
pouco recomendáveis: bebia e fumava maconha. “Eu
era um selvagem”, ele conta. “Quando quase fui pre
so por posse de maconha, fiquei desiludido com a
minha vida. Vi que não estava caminhando na direção
certa”.
Alguns de seus amigos aceitaram Cristo por
intermédio do grupo da Cruzada e ele começou a
prestar atenção. Depois de 5 meses percebeu que não
conhecia Cristo e só depois de mais um mês é que
abandonou tudo e converteu-se.
Russ Bannister, participante da Aventura Estu
dantil, começou a ajudar Scott em seu crescimento
espiritual e levou a tarefa a fundo. Anos depois, Scott
voltava para casa nas férias de verão e liderava um
ministério de 60 estudantes. Também levou uma dele
gação para assistir a uma conferência da Aventura
Estudantil nas Montanhas Rochosas, e discipulou vá
112
A Aventura Estudantil
rios estudantes, entre os quais, seu irmão.
Pessoas como Scott revelam o potencial de estu
dantes do curso colegial para promoverem impacto
em seu ambiente, que é cheio de realidades cruéis.
Mais de 5.000 adolescentes cometem suicídio anual
mente. Uma pesquisa realizada pela Universidade de
Michigan revela que quase 62% dos adolescentes estão
envolvidos com alguma droga, enquanto 38,7 por
cento contam terem tomado cinco ou mais doses
seguidas de bebidas alcoólicas em um fim de semana.
Relações sexuais também predominam entre eles e
um terço de bebês brancos e 83% de bebês pretos são
ilegítimos.
Depois de 15 anos de ministério entre os estu
dantes universitários, a entrada oficial da Cruzada
neste campo, problemático e confuso, deu-se em
1966. Por esta época muitos estudantes universitários
que haviam sido alcançados para Cristo pela Cruzada
estavam voltando para suas comunidades e procura
vam organizar reuniões entre os jovens do colegial, e
começaram a funcionar grupos extra-oficiais. Não po
díamos fiscalizar nem colaborar a menos que criás
semos um programa organizado especialmente para
eles.
Para evitar conflitos e desentendimentos, mar-
quei um encontro com Bell Starr, presidente do Vida
Jovem e com Sam Wolgemuth, presidente da Mocida
de para Cristo. Ambos foram corteses e calorosos.
Lembro-me de Bill Starr dizer, o que acredito tam
bém expressava o pensamento de Sam Wolgemuth:
“Bill, estamos atingindo talvez um por cento dos
estudantes dos Estados Unidos. Seria ingenuidade de
nossa parte dizer que não há espaço para a Cruzada
alcançar os jovens do colegial. Apenas pedimos que
coopere conosco, que trabalhe conosco, que seja cui
dadoso com o que está pensando em fazer, para não
113
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
cometer erros”.
Oramos juntos e desde então a Cruzada tem
trabalhado com afã para expandir seu ministério entre
seus estudantes.
Assim, o Ministério para o Colegial, denomina
do ‘‘Aventura Estudantil”, começou sob a orientação
de Carl Wilson. Atualmente, como então, a estratégia
visa todos os participantes do mundo estudantil —
atletas, conselhos, presidentes de clubes, torcedores,
todos enfim. Quando alguns líderes são alcançados,
outros os seguem. Uma das coisas que impede os
estudantes de aceitarem Cristo é o medo de rejei
ção, mas quando ficam sabendo que alguém a quem
admiram tomou posição ao lado de Cristo, sentem
liberdade de fazer o mesmo.
Pessoas da equipe conversam com os alunos
antes e depois do horário escolar e, algumas vezes,
durante o horário de almoço. Em uma escola só de
pretos em Atlanta, havia tanta gente querendo con
versar com uma moça que esta pediu a outra garota,
uma crente nova, que a ajudasse falando com outras
duas. Carla leu o folheto das Quatro Leis Espirituais
para elas e estas aceitaram Cristo. Achando que os
estudantes estavam zanzando pelo corredor, o secretá
rio perguntou-lhes o que estavam fazendo e Carla
explicou-lhe que estava compartilhando com as garo
tas um folheto sobre Jesus e se ele gostaria de saber o
que continha. “Não vai me machucar se eu ouvir”,
respondeu e no corredor aceitou a Cristo como Salva
dor.
Membros da equipe, muitas vezes, fazem pesqui
sas ou realizam reuniões com times esportivos ou
agremiações, falando de Jesus a um grupo de estudan
tes. A equipe procura ganhar e discipular aqueles que
serão fiéis em seu andar com Deus e destemidos no
testemunho diante dos colegas. Mike, um estudante
114
A Aventura Estudantil
de Chattanooga, no Tennessee, era um destes. Diante
de 50 jogadores de futebol e das torcedoras, convidou
cada um para encontrar-se com ele e discutir sobre
o relacionamento que tinham com Deus. Mike disse:
“Sei que muitos de vocês usam Deus como um
talismã antes do jogo, e alguns oram quando estão em
dificuldades, mas quero que saibam que conhecê-Lo é
muito mais que isso. Quero falar com cada um que
esteja interessado em desenvolver um relacionamento
pessoal com Jesus Cristo”.
No momento, a equipe da “Aventura Estudan
til”, formada por 225 pessoas mais os voluntários,
está ministrando em mais de 175 escolas em 181
regiões metropolitanas do país, alcançando mais de
100.000 estudantes por ano. “Nossa meta principal é
ajudar a pregar a mensagem do amor de Cristo em
todas as escolas dos Estados Unidos”, diz Chuck
Klein, diretor da Aventura Estudantil. Por volta do
ano 2000 os planos são de atingir 3.800 escolas.
A equipe faz, também, um acompanhamento
pessoal para ajudar no crescimento espiritual dos no
vos crentes, reuniões de discipulado e conferências,
chamadas de Largada, onde agrupam, no verão, os
estudantes para uma semana de desafio em quatro
lugares diferentes do país. Algumas destas reuniões
têm atraído cerca de 1.000 estudantes e seus líderes.
Kathy Schmid, professora de educaçãci física,
por três anos consecutivos, levou estudantes à “Larga
da”. “A Largada”, ela diz, “oferece um ambiente
onde eles podem conhecer Deus além do nível
superficial, ambiente onde todas as distrações, como
som e outras, ficam de fora”.
Este projeto envolve voluntários, residentes,
professores, simpatizantes e leigos no ministério. A
“Aventura Estudantil” ajuda estas pessoas, que de
sempenham papéis importantes na comunidade, a assu
115
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
mir maior responsabilidade em levar o evangelho até
as escolas. Conferências como a Convenção Nacional
para Discipulado nos Colégios oferecem os recursos e
o treinamento necessários para preparar as pessoas a
ministrarem aos estudantes.
Em 1985, a equipe da “Aventura Estudantil”,
trabalhando em conjunto com a Mocidade para Cris
to, patrocinou outro tipo de conferência. Chamado
de Congresso da Juventude’85, esta convenção levou
20.000 estudantes para a capital do país com o obje
tivo de motivá-los e equipá-los para a tarefa de alcan
çar sua escola - e seu mundo —para Jesus Cristo.
Este trabalho tem o compromisso de ajudar
outras organizações cristãs, igrejas, voluntários, profes
sores e pais. O compromisso é grande, mas a causa é
maior ainda: alcançar uma geração. Chuck Klein des
creve este ministério como um investimento no futu
ro de nossa cultura: “Estamos lidando com pessoas
que estão formulando valores para toda a vida. Em
qualquer movimento que vise transformar o mundo,
os jovens terão de ser o alvo principal”.
Podemos transformar não só as vidas dos jo
vens, mas, também, influenciar famílias inteiras. Em
um programa realizado em março de 1984, em San
Diego, 1.300 estudantes e seus pais assistiram a uma
apresentação de André Kole, um dos maiores ilusio
nistas americanos, patrocinada pelo “Aventura Estu
dantil”. Cerca de 258 pessoas escreveram em cartões
que haviam orado para aceitar Cristo. Um destes foi
Rob, de uma das escolas da região. Quando um dos
membros da equipe foi conversar com ele para firmá-
lo em sua decisão, descobriu que sua mãe e duas
irmãs também haviam tomado a decisão por Cristo
aquela noite.
Os pais percebem quando a vida de seus filhos
são transformadas por Cristo. Uma mãe conta: “Pete
116
A Aventura Estudantil
realmente está vivendo uma vida cheia do Espírito”.
Os pais de Kenny ficaram preocupados, no prin
cípio, com medo que ele se envolvesse tanto com a
Cruzada que deixasse sua igreja. Em vez disto, Kenny
e outros estudantes, desejosos de passar a outros as
verdades que haviam aprendido, assumiram mais res
ponsabilidades na igreja local.
Outra mãe comentou: “Nunca vi jovens como
estes — vivendo de acordo com suas crenças. A equi
pe da escola, por certo, está enviando missionários
para a eternidade”.
117
Treinamento básico
para militares
A previsão bíblica é de que ouviremos de guerras e
rumores de guerras. Na condição em que o mundo se
encontra, sabemos que quando esfria uma situação,
outra pega fogo em seu lugar, exigindo um exercício
sempre equipado. Ele precisa ouvir uma pregação
clara do evangelho.
0 ministério entre militares começou em 1966,
logo depois que eu fui convidado a pregar em uma
congregação fundada por um homem que trabalhava
com imóveis. Este simpático senhor sulista, Coronel
da Reserva da Força Aérea Americana, John M. Fain,
servira com o General Douglas MacArthur na 5.a
Força Aérea no Pacífico, durante a II Guerra Mun
dial, e, no momento, estava empenhado em levar
outros ao evangelho.
Depois de pregar em sua igreja, onde um bom
número de pessoas se converteu, o coronel Fain con-
tou-me como foi acordado no meio da noite, sentin
do-se constrangido pelo Senhor a pedir-me que come
çasse um trabalho da Cruzada entre os militares.
Acrescentou que estaria disponível para trabalhar on
de o Senhor o colocasse.
118
Treinamento básico para militares
Alcançando os militares para Cristo
122
Ministério de Música
Famintos de Deus
Grupos de cantores nos Estados Unidos também
notaram que as pessoas têm fome de Deus, pois viram
milhares de indivíduos se entregarem à Ele. Em uma
das apresentações do “New Folk” em um colégio, de
600 alunos presentes, 260 aceitaram a Cristo e 125
outros demonstraram vontade de conversar mais à
respeito do assunto.
Cada um dos grupos musicais criou um estilo
diferente para se apresentar a platéias variadas: leigos,
alunos de colégios e faculdades, militares e detentos.
Além da importância evangelística do ministé
rio, dá-se ênfase ao discipulado. Alguns grupos viajam
para regiões determinadas para que haja oportunida
de de dar um atendimento pessoal às pessoas a quem
levaram a Cristo durante os concertos. Para promover
o discipulado, um programa de acompanhamento é
planejado junto com o diretor local da Cruzada, para
ser realizado depois que terminam as apresentações.
Parte do programa de discipulado consiste em
ensinar como usar os talentos individuais para falar de
Cristo. Seminários de Música para evangelização, diri
gidos por pessoas da equipe, ensinam aos interessados
em música como compartilhar sua fé e como organi
zar um programa evangelístico.
O objetivo do Ministério de Música é apresentar o
amor imutável de Deus e a mensagem emocionante de
Jesus Cristo por intermádio da música. Sua expressão
criativa exerce uma influência que rompe barreiras e
torna fácil a comunicação em todo o mundo.
126
Ministério de Música
Cada programa musical é planejado para apre
sentar Cristo através de um ritmo familiar aos ouvin
tes, seja folclórico, rock leve, comtemporâneo ou clás
sico. A finalidade principal é transmitir a realidade de
Cristo para cada pessoa na platéia.
Um estudante, depois de um concerto musical,
disse: “Todos os grupos profissionais importantes en
tulharam minha mente com perguntas. Este grupo satis
fez-me com suas respostas”.
127
Atletas em ação
Prêmio Warner
Um dos pontos altos de minha experiência com
estes atletas foi o do dia em que Bob e Barbara
Davenport deram-me uma caixinha embrulhada para
presente. Bob era um dos maiores atletas da UCLA e
ganhara medalhas do “All-American” em dois anos e
era o diretor do grupo de alunos da Cruzada. Ao
abrir a caixa, deparei-me com um lindo relógio. Fi-
quei muito contente mas não podia imaginar porque
me estavam oferecendo um presente tão caro. Bob,
então, disse para olhar o que estava escrito atrás:
“Bob Davenport, prêmio Warner, 1955, para Bill, de
Bob e Barbara Davenport”. Olhei para ele espantado,
porque aquilo queria dizer que ele estava me dando
seu prêmio mais cobiçado, um dos mais valiosos, ao
lado do troféu Heisman, que só um atleta da Costa
Oeste pode receber. Disse: “Bob, eu não posso aceitar
isto, pois é algo que você deve conservar ou dar para
seu filho”.
Eles queriam me dar o relógio em gratidão e
amor pelo que Vonette e eu fizêramos por eles,
ajudando-os a conhecer Cristo como parte essencial
de suas vidas. Pode-se imaginar como me senti como
vido com o fato e, naquele momento, agi como
sempre ajo quando meu coração se enche de alegria e
129
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
gratidão e não tenho palavras para expressar a emo
ção: sugeri que orássemos. Ajoelhamo-nos e oramos
para que em minhas viagens pelo país, Deus usasse o
relógio de Bob como um meio de contar as boas
novas de nosso Salvador. Deus respondeu, muitas ve
zes, àquela oração.
Por exemplo, ao visitar a Universidade Estadual
de Michigan, encontrei um calouro que era um craque
do futebol e ganhara medalhas do “All-American” no
colégio e na Faculdade da Califórnia. A primeira coisa
que me perguntou foi: “Conhece Bob Davenport”?
Disse que sim e perguntei-lhe se o conhecia. “Não,
mas sou seu fa há muitos anos” foi a resposta.
Certa vez Bob Davenport falara na assembléia
de sua escola de tal maneira que o deixara muito
impressionado. Sabendo que Bob nunca fala a menos
que possa testemunhar de Cristo, perguntei se ele
havia contado de sua fé em Cristo e fiquei sabendo
que sim. Mostrei, então, o relógio que ganhara e o
rapaz olhou-me com os olhos arregalados. Depois de
explicar porque Bob me dera o presente, pergun
tei-lhe se já havia feito a maravilhosa descoberta da
vida nova em Cristo. Respondeu-me que não. Acres
centou que estava freqüentando uma igreja assidua
mente desde que o ouvira falar na escola, há alguns
anos, mas ainda não havia tomado uma decisão por
que não sabia como fazer.
Rapidamente expliquei-lhe como poderia conhe
cer Cristo pessoalmente e ao ajoelharmo-nos, ele
orou e entregou sua vida a Jesus. Tudo se passou em
poucos minutos, porque Deus já havia preparado seu
coração e usara o relógio de Bob Davenport em
resposta de nossa oração.
Por causa da influência que os atletas podem
exercer, tornou-se bastante evidente que se fazia ne
cessário um trabalho especialmente dirigido a eles.
130
Atletas em ação
Em 1967, pedi a Dave Hannah para dirigir o ministé
rio de atletas, da Cruzada, que mais tarde veio a se
chamar “Atletas em Ação”. Dave jogou futebol para
Universidade Estadual de Oklahoma, onde liderava o
time como goleador. Depois de formado tentou o
“Los Angeles Rams”, mas lesões dolorosas nas pernas
cortaram sua carreira.
“Eu tinha um grande desejo de jogar futebol
como profissional, mas Deus, subitamente, tirou-me a
vontade e, deu-me uma visão para desafiar atletas e
ajudá-los a alcançar o mundo para Cristo”.
Jogos abertos
Dave se recorda de como abriram a primeira
temporada jogando em noites consecutivas contra
“Utah” e “Wichita”. Nossos observadores contaram
que o time de Utah era bom, mas o de Wichita era
espetacular. Em nosso primeiro jogo, Utah ganhou por
mais de 20 pontos. Estávamos perdendo por 18 pon
tos no primeiro tempo e nunca me esquecerei do
desafio que representou para nossos jogadores ficarem
de pé para dizer: “Cristo é a resposta para todos os
problemas da vida” .
A multidão foi calorosa e quase a metade do
público ficou mais um pouco depois do jogo para
saber como poderíam se encontrar com Jesus pes
soalmente.
Depois de voar o dia inteiro, o novo time che
gou a Wichita, Kansas, morto de cansaço. As perspec
tivas não eram promissoras contra o “Shockers”, que
participava do campeonato nacional. Diante de
10.000 torcedores, que gritavam sem parar, os “Atle
tas em Ação” estavam perdendo por 23 a 5 nos
primeiros 5 minutos. Aconteceu, então, uma rèvira-
132
Atletas em ação
volta miraculosa e no fim do primeiro tempo estáva
mos à frente por 46 a 44.
Perdemos o jogo, mas depois de uma luta encar
niçada que teminou no minuto final. 0 técnico Fred
Crowell recorda o que pensou depois do jogo, en
quanto o time fazia sua preleção: “Ali, de pé, lamen
tando o jogo perdido, ouvia Mack (Crenshaw) pedir
que os interessados em receber informações sobre um
relacionamento mais maduro com Cristo olhassem a
última página do programa. Milhares de pessoas aten
deram. Deus estava me mostrando que vencer o jogo
de basquete era insignificante comparado com o nos
so propósito mais importante”.
Embora ganhar jogos não seja o propósito mais
importante, as equipes dos “Atletas em Ação” regis
tram um bom recorde através dos anos. Terminaram
sua primeira temporada com um recorde de 15 jogos
ganhos em 29 partidas, índice considerável quando se
analisa o fato de terem jogado em território adversá
rio. Mais importante, o time falou para mais de
75.000 pessoas a respeito de Cristo. Tanto Dave
quando eu sentimos que é importante organizarmos
os melhores times possíveis para os “Atletas em
Ação”. As pessoas respeitam-no e ouvem-no mais
atentamente quando você é um vencedor.
Almejando o topo
Dave fixou um padrão alto. “Se pudéssemos
reunir o melhor time amador do mundo, muito mais
pessoas nos ouviríam quando falássemos do evange
lho”.
Desde seu primeiro ano, o time de basquete dos
“Atletas em Ação” derrotou muitos dos melhores
times dos Estados Unidos. Em 1972, tínhamos dois
133
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
times, um na costa leste e outra na oeste, que logo
ficaram conhecidos como “USA”, que disputava com
as maiores universidades, e “Challengers”, que jogava
principalmente com times de faculdades menores.
Em 1975, os “Atletas em Ação” começaram a
escalada para atingir o sonho de Dave de se tornarem
o melhor time amador do mundo. Naquele ano, Bill
Oates, técnico de sucesso do “Santa Ana Junior Col-
lege”, na Califórnia, assumiu a direção do time dos
“Atletas em Ação — USA”. Bill sempre orava com
Dave para que surgissem novos jogadores em poten
cial.
Começaram a acontecer coisas; seguidamente
Oates ia ao escritório de Hannah com a notícia de
que outro jogador havia se inscrito. Finalmente, todos
pelos quais tinham orado se juntaram aos “Atletas em
Ação”.
Oates reuniu os novos jogadores em um grupo
que mudou por completo a sorte dos outros times.
De um recorde de 30 partidas ganhas e 13 perdidas
no ano anterior, o “USA” pulou para a marca de 37
a 8. Entre as partidas ganhas estava uma contra o
“Cincinnati Bearcats” , vitória de 86 a 81. Foi a
primeira vez que o “Cincinnati” perdeu em casa em
33 jogos. O “USA” terminou o ano ganhando o
Campeonato Nacional Amador da União de Atletis
mo.
Levantamento de Peso
141
Multiplicando
a mensagem
Nunca antes na história tivemos oportunidades
tão ilimitadas de alcançar o mundo com as boas
novas do amor e perdão de Deus. A diversidade de
informação — rádio, televisão, jornais, revistas, livros
— nos fornecem os meios de transmitir para muitas
pessoas o conhecimento de Cristo como Salvador e
Senhor.
Bob e Amy George e sua família são um
exemplo notável de como o Espírito Santo pode usar
os meios de comunicação para levar as pessoas a Cris
to. Um de nossos mais antigos filmes, “Revolução
Já”, que mostra como Deus estava usando os estudan
tes universitários envolvidos em nosso movimento, foi
apresentado em cadeia nacional de televisão. A famí
lia George, assistindo ao programa em casa, ficou
comovida com sua conclusão que Jesus Cristo é a
única esperança para o mundo. Algum tempo depois
os George foram a Arrowhead Springs para um en
contro particular e tive a alegria de levar ambos a
Cristo.
Compartilhando sua fé
Esta família começou, logo em seguida, a com
142
Multiplicando a mensagem
partilhar sua fé e alegria em Cristo com outras pes
soas - família, amigos, empregados e companheiros
de trabalho — e viram muitos deles aceitarem Cristo.
Desejando saber mais à respeito de evangelização, Bob
assistiu a 3 seminários de Leigos para Evangelização.
Ao conversarmos depois de uma das aulas de treina
mento, perguntou-me a respeito dos 2.500 moradores
de Los Angeles que, com ele, tiveram uma atitude
positiva em relação ao programa de televisão. Contei-
lhe que cada um deles fazia parte de uma relação
para enviarmos correspondência, cartas e outros mate
riais, e que, devido à falta de colaboradores, não
poderiamos lhes dar atendimento pessoal.
Bob falou da responsabilidade que sentia em
relação a isso, afirmando: “Nestes últimos dias tenho
sido compelido pelo Senhor a tomar a meu cargo
estas 2.500 pessoas. Posso ter este privilégio..?
Fiquei surpreso. Havia só quatro meses que era
cristão e já queria fortalecer outros na fé e passar
para adiante o treinamento e conhecimento que ad
quirira. Dei-lhe o encargo e imediatamente começou
a planejar com outros a quem havia ganho para Cristo
uma linha de ação. Juntos, organizaram um programa
de acompanhamento para os que moravam perto de
les e que tinham sido receptivos. Alguns anos mais
tarde, Bob e Amy juntaram-se à nossa equipe para
trabalhar em tempo integral e ele desempenhou o
papel mais importante no sucesso obtido pela campa
nha “Vida para a América”, como diretor desse mi
nistério em Dallas, no Texas.
A família George é igual às milhares de pessoas
que, no mundo inteiro, estão esperando ser alcança
das e discipuladas para Cristo — esperando para se
tomarem parte do grande movimento que quer aju
dar a transformar vidas, levando homens e mulheres
ao Salvador. i
143
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Que meio podería ser melhor do que a comuni
cação de massa?
Ministério de filmes
148
O filme "Jesus”
156
O Centro
de Operações
Tenho passado a maior parte da minha vida
com uma mala nas mãos e, sempre que voltamos a
Arrowhead Springs, cada dia é como se fosse Natal.
Nenhum lugar do mundo é melhor para nós do
que lá.
Não sou o único que espera com ansiedade,
voltar para Arrowhead. Com frequência visitantes co
mentam as fisionomias radiosas, a atitude jovial, a
vida transbordante e o espírito maravilhoso que veem
na equipe que trabalha lá. É este pessoal que dá o
suporte essencial para o ministério da Cruzada ao
redor do mundo.
Muitas vezes recebo elogios pelo admirável mi
nistério da Cruzada — elogios que não mereço nem
procuro. O louvor deve ser dado ao Senhor, que em
Sua soberania e misericórdia chamou um grupo muito
bem dotado e dedicado de homens e mulheres que
me auxiliam na direção e liderança deste trabalho.
Estas pessoas com quem tenho o privilégio de traba
lhar são maduras, cheias do Espírito, capazes, que
participam conosco da obra, em média, há 10 anos.
Juntos oramos, planejamos, estabelecemos estraté
gias e trabalhamos para ajudar a cumprir a Grande
Comissão.
157
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Steve Douglas, Vice-Presidente Administrativo,
lidera os ministérios que atuam ao redor do mundo.
É formado com louvor pelo MIT e colocado entre os
2% melhores de sua classe na Escola de Administra
ção de Harvard. Loren Lillestrond é o Diretor dos
Ministérios nos Estados Unidos.
Quadro de Diretores
Um grupo de renomados homens de negócios
fazem parte da mesa diretora da Cruzada. Seu sábio
conselho tem me ajudado a evitar erros e a tomar
decisões melhores do que faria sozinho. São eles: S.
Elliot Belcher, Jr., Presidente da Southern Life Insu
rance Co.; Clarence E. Brenneman, Presidente da C.W.
Tower, Ltd.; Claude T. Brown, Presidente da Brown
Transport Corporation; Bruce A. Bunner, sócio da
Peat, Marwick, Mitchell & Co.; Leroy O. Eger, Presi
dente da Decent Devices e IXTUS F.A. Costa Rica;
Edward L. Johnson, Presidente da Financial Federa-
tion, Inc; L. Allen Morris, Presidente da Priest Enter
prises. A última participante da mesa é minha querida
esposa Vonette.
Gostaria de escrever um capítulo inteiro sobre
cada uma destas pessoas e de outras que me ajudam
por causa do que significam para mim e para o
ministério, mas teria que usar, no mínimo, 200 pági
nas. Não se pode compreender a razão do grande
sucesso deste trabalho sem mencionar estes e milhares
de outros colaboradores a quem Deus chamou e capa
citou.
Os responsáveis pela sede do ministério, em
Arrowhead Springs, são parte de uma equipe de ho
mens de negócios qualificada e bem sucedida, que
dedicaram suas vidas a Cristo e auxiliam a cumprir a
158
O Centro de Operações
Grande Comissão por intermédio da Cruzada. Estão
sob a direção de Steve Douglas e me orientam em
muitas decisões importantes.
Companheirismo
Todos da equipe da Cruzada, inclusive eu mes
mo, quer estejamos na sede, nas universidades ou
comunidades, somos desafiados diariamente para serr-
mos o que Cristo quer que sejamos — servos, vivendo
em obediência a seus mandamentos sob o poder do
Espírito Santo. Juntos trabalhamos para ajudar a
cumprir a Grande Comissão nesta geração. Cada mi
nistério, escritório, publicação, plano de ação, ativida
de e projeto gira em tomo deste alvo.
Em Arrowhead Springs há uma variedade ilimi
tada de ministérios e oportunidades de servir o mes
mo Senhor.
O maior departamento do sistema financeiro do
ministério é o de contabilidade. Está diretamente afe
to ao Diretor Financeiro e me dá assistência no cuida
do com o dinheiro de Deus; administrando toda a
política financeira, escrituração de livros, orçamento,
folha de pagamento, contas a pagar e a receber e
administração de seguros.
Ligados, também, ao sistema financeiro, estão
os Departamentos de Processamento de Dados, Dati
lografia, Correspondência e Compras. O processamen
to de dados por computador resulta em eficiência
e economia de trabalho.
161
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Conferências
Correio
Dentro da Divisão de Comunicação está o De
partamento de Correspondência. Mantém correspon
dência com milhares de crentes, em uma tarefa co
lossal de programar um acompanhamento regular dos
convertidos e de todo o material da Cruzada.
Separar e encaminhar corretamente a correspon
dência que chega é o principal trabalho deste departa
mento, além de registrar todas as contribuições feitas
por intermédio de cartas e informar ao departamento
de contabilidade.
164
EXPLO’ 72
O poder da oração
Trabalharam longos períodos, sacrificando ativi
dades particulares e até horas de sono. Em todo o
país, enquanto orávamos com eles e por eles, víamos
Deus suprindo suas necessidades dia a dia, pois criam
que Ele faria grandes coisas.
Por exemplo, oramos por 200 agentes de filmes
promocionais que pudessem nos ajudar a criar entu
siasmo pela EXPLO. Ao se iniciar o Congresso, havia
no mínimo este número e 1000 filmes em circulação
- o produtor contou que foi a maior distribuição de
filmes evangélicos já realizada.
Confiando em Deus para prover o material de
escritório, a equipe orou pedindo mais uma máquina
e alguém ofereceu uma. Orou por uma copiadora e
outra pessoa emprestou. Oraram poi uma boa recepti
vidade no departamento de reservas dos hotéis e antes
de o congresso terminar, tínhamos o maior número
de reservas já dado a qualquer organização para uma
convenção em Dallas.
E, é claro, continuávamos a orar pelos delega
dos que iriam para lá. Orávamos para que o Senhor
despertasse milhares para sentirem sua necessidade de
um andar mais próximo de Deus, para sentirem o
desejo de compatilhar com outros os modos práticos
e naturais de realizarmos tudo.
167.
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Oitenta e cinco mil inscritos
173
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
das Quatro Leis Espirituais com pessoas desejosas de
uma nova vida.
Naquele dia, 8S.000 pessoas treinadas deixaram
Dallas com um alvo e um desejo de ganhar suas
comunidades para Jesus Cristo. Como resultado, creio
que foi dada uma nova ênfase ao evangelismo em
muitas igrejas e grupos de jovens evangélicos. Em
entrevistas realizadas por repórteres de rádio e televi
são, a resposta mais comum à pergunta “O que esta
semana significou para você? ”, era: “esta semana eu
aprendi como testemunhar de Cristo”. Pessoas habili
tadas podem transformar comunidades em todo lugar.
Nas últimas duas noites no “Cotton Bowl”, ao
pedir que aqueles que desejassem dispor de seu tem
po, talento e bens para cumprir a Grande Comissão
que ficassem de pé, a maioria atendeu ao pedido.
Louvamos, também, a Deus pelo testemunho
que a EXPLO foi para o mundo dos não-crentes.
Aproximadamente 400 representantes da imprensa
convergiram para Dallas, dos Estados Unidos, Holan
da, Noruega, Nova Zelândia, Israel, Alemanha, Fran
ça, índia e Filipinas. Agências de informações como a
UPI e AP, e cadeias de televisão como CBS e NBC,
revistas evangélicas e seculares e até jornais radicais
estavam presentes.
Em todo o mundo os meios de comunicação
estavam dizendo “estes estudantes são diferentes”.
Os efeitos do congresso se fizeram sentir ainda
mais nos dois meses seguintes, ao serem exibidos os
especiais sobre a EXPLO, de 3 horas de duração, em
cadeias de televisão de todo o país, em um total de
235 emissoras. Cada programa teve uma audiência
calculada em 35 milhões de pessoas.
Os cinco dias em Dallas terminaram, mas cre
mos que a explosão espiritual ali iniciada continuará a
dar resultados em todo o mundo por muitas gerações.
174
Cruzada de oração
“ Preciso de Deus”
183
Alcançar o mundo
À procura de um diretor
Conceito de equipe
193
O impossível:
especialidade
de Deus
Depois de lhes ter contado a respeito do nosso
ministério no exterior por intermédio do Movimento
Ágape, gostaria de retomar os fatos da EXPLO’74 e
compartilhar a extraordinária visão de alcançar o
mundo que os acontecimentos de Seul provocaram
nos milhares que ali estiveram.
Aquela semana foi verdadeiramente um exem
plo de como as bênçãos sobrenaturais de Deus foram
derramadas na vida de um homem —o Dr. Joon Gon
Kim, nosso diretor do ministério na Coréia. Deus o
conduziu por um caminho especial para tomá-lo o
grande homem de fé que é hoje.
Um dos passos difíceis durante a caminhada
teve de ser dado quando estava reunido com a famí
lia, certa noite. Era primavera, e a chuva caia suave
mente enquanto falavam sobre os acontecimentos do
dia. Repentinamente, um grupo de guerrilheiros co
munistas invadiu o povoado, matando os que encon
travam pela frente. Sua família não foi poupada. Os
guerrilheiros deixaram, em sua trilha sangrenta, os
corpos da esposa e do pai do Dr. Kim, sendo que ele
também foi espancado e deixado como morto. No
frio da noite, reanimado, fugiu para, a segurança das
194
O impossível: especialidade de Deus
montanhas junto com sua filha: eram os únicos
sobreviventes.
Amar os inimigos
A Cruzada na Coréia
Terra Santa
A importância da Oração
Não há dúvida de que a oração, mais do que
qualquer coisa, e a diferente ação do Espírito de
Deus, pode explicar a EXPLO’74 e o reavivamento
que tem ocorrido na Coréia. A caminhada não tem
sido fácil. O evangelho chegou ali em 1876 e desde
então a igreja coreana tem passado por dificuldades.
197
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Durante a amarga ocupação do país pelos japoneses,
que durou 35 anos, estes tentaram obrigá-la a adoção
do shintoismo. Depois a Coréia foi dividida ao meio
pelo comunismo. De fato, dois terços dos cristãos
antigamente vivia na região que agora é conhecida
como Coréia do Norte. Durante a ocupação japonesa
milhares foram mortos e muitos fugiram para o sul,
deixando para trás seus haveres e, em muitos casos,
suas famílias.
Porém, a dedicação dos cristãos à oração e ao
comprometimento com a evangelização fez com que
o igreja da Coréia do Sul dobrasse de tamanho a cada
década desde 1940 e crescesse a uma taxa, atualmen
te, 4 vezes maior do que a taxa de crescimento
demográfico. Há anos que os crentes se reunem, antes
do amanhecer, nas igrejas, para orar pelo seu país.
Pelo menos 30 oraram e jejuaram durante 40 dias e
noites especificamente em favor da EXPLO’. Na noite
anterior à abertura oficial da EXPLO’74, cerca de
300.000 coreanos organizaram uma reunião de oração
espontânea, e todas as noites depois daquela, centenas
de milhares permaneciam na Praça Yodo para orar até
o romper do dia. “Os cristãos estão orando por um
despertamento espiritual há três décadas”, disse o Dr.
Kim, “e a EXPLO’74 foi parte da resposta de Deus as
suas orações”.
Sacrifício
Este compromisso de oração demonstra o que
foi a EXPLO. Centenas de famílias reservaram do seu
arroz nos meses que antecederam à grande reunião,
para auxiliar na provisão de alimentos para os delega
dos. Algumas famílias sacrificaram uma refeição diária
durante meses para ajudar na doação de bolsas para
198
O impossível: especialidade de Deus
estudantes. Vinte estudantes universitários venderam
seu sangue para poder pagar a inscrição. Na semana
da EXPLO, cerca de 44.000 coreanos se acomodaram
em barracas na ilha de Yoido, suportando dois dias
de sol forte e ventanias. Outros 176.000 dormiram
no chão de 2.944 escolas colocadas à disposição. A
maioria dos outros quase 100.000 delegados ficou em
suas casas ou em casas de amigos e parentes em Seul.
A alimentação de um grupo tão grande consu
miu 7.000 sacos de arroz e foram utilizadas 20 gigan
tescas panelas projetadas pelo Dr. Joon Gon Kim.
Uma equipe de 320 homens e 60 mulheres trabalhou
desde as 5 horas da manhã até tarde da noite para
preparar as refeições dos delegados. Complementaram
a dieta de arroz com “duk Kwang”, uma espécie de
rabanete amarelo, “saewoo”, um peixe e pão. No
total, foram consumidos 600 toneladas de arroz, 150
toneladas de duk Kwang e saewoo e 3 milhões e
seiscentos pedaços de pão.
Os mais de 3.000 delegados estrangeiros ficaram
instalados com mais conforto. A metade ficou hospe
dada em 12 hotéis de Seul e a outra metade nos
dormitórios da Universidade Feminina de Ewha (a
maior universidade feminina do mundo); nos 18 anda
res do edifício da Cruzada e nas bases militares
americanas foram acomodados mais de 200 membros
da equipe que foram para o treinamento. Uma frota
de 50 ônibus fazia o transporte destes delegados es
trangeiros até a praça Yoido todas as noites. As
mensagens das grandes reuniões eram traduzidas em
Inglês, Japonês, Cantonês, Mandarim,, Espanhol e
Alemão e podiam ser captadas por rádios transistori
zados fornecidos a cada delegado estrangeiro.
Os delegados chegaram a Seul de quase todas as
maneiras possíveis. Cerca de 1.000 jovens coreanos
foram de bicicleta, em caravana. Todas as noites a
199
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
maioria caminhava quilômetros para assistir às grandes
reuniões. Alguns corriam, cantando “Revolução de
Jesus! Manifestação do Espírito Santo”.
Estudantes de um colégio de Hartfor, em Con-
necticut, conseguiram 3.750 dólares em quatro sema
nas vendendo bolos, lavando carros e algumas ofertas
das igrejas para mandar cinco representantes. Uma
moça americana estava tão decidida a ir que alistou-se
na Força Aérea um ano antes para poder participar
junto com a delegação militar. Gideon Umandap per
deu o vôo fretado das Filipinas porque lhe foi negado
visto de saída por causa de suas atividades comunistas
antes de se tornar cristão. No dia seguinte, ao encon
trar um general do exército, falou-lhe de sua “nova
vida em Cristo” e este não só lhe deu o visto como o
levou ao aeroporto a te.mpo de pegar o avião.
A importância do treinamento
Todas as manhãs havia reuniões em vários lo
cais. Quer os delegados se reunissem em barracas,
salas de aula ou hotéis, todos recebiam treinamento
para aprender como viver uma vida cristã plena de
significado, como se apropriar da plenitude do Espíri
to Santo e como falar de sua fé em Cristo a outros,
usando as Quatro Leis Espirituais. Folhetos das Qua
tro Leis Espirituais foram impressos especialmente
para a EXPLO, em coreano de um lado e em inglês,
japonês ou chinês, do outro.
As tardes eram livres para que escolhessem, en
tre os vários seminários realizados, os que gostariam
de assistir, reunidos sob a denominação geral de Insti
tuto de Missões Mundiais. Nestes seminários desta
cavam-se homens como o Dr. Peter Beyerhaus, profes
sor de missões na Universidade de Tubingen, na
200
O impossível: especialidade de Deus
Alemanha Ocidental e o Dr. Samuel Moffett, diretor
do Seminário Teológico Presbiteriano de Seul.
Na tarde do sábado, 17 de agosto, os delegados
se espalharam pelas ruas de Seul, na época a nona
maior cidade do mundo com seis milhões e quinhen
tos mil habitantes. Falaram a 420.000 pessoas das
quais 272.000 aceitaram a Cristo e 120.000 mostra
ram-se desejosas de ouvir mais a respeito do assunto.
Um militar americano, baseado na Coréia há
dois meses, testemunhou para um rico construtor, o
qual aceitou a Cristo e com veemência pediu a Deus
que controlasse todas as áreas de sua vida com o
poder do Espírito Santo. O soldado comentou:
“Aquele homem estava ávido pelo material que lhe
dei. Dei-lhe tudo o que podia e ele gostaria de ter
mais, se eu tivesse para dar”.
Um empresário canadense e membro do Conse
lho da Cruzada, Peter Dueck, declarou: “Eu ouvia
falar dj abertura dos coreanos para o evangelho mas
não achava possível compartilhar com pessoas de ou
tra língua”. Vi como estava errado. Certa noite,
durante o jantar, Peter falou de Jesus a um casal da
universidade e convidou-o a assistir à reunião na ilha
de Yoido. Eles chegaram às 7 horas em ponto e o
rapaz aceitou Cristo.
Pedido de perdão
Transmissão Mundial
Todas as mensagens nas grandes concentrações
foram transmitidas pela Radiofusão do Extremo
Oriente. Uma estação transmissora estava dirigida para
a América Latina, enquanto outra alcançava as Filipi
nas, Sudeste da Ásia, Àustrália, Nova Zelândia e Indo
nésia. Carl Lawrence e Dave Hudson gravaram e pu
blicaram as mensagens mais importantes. A sra. Wil-
kinson, que se encarregara de lecionar os intérpretes,
comentou: “0 Senhor nos deu as pessoas mais capa
zes que poderiamos conseguir”. Somos muito gratos
pelo auxílio inestimável desta organização.
A EXPLO’74 serviu, acima de tudo, para disci-
pulado e treinamento. O Dr. Kim falou à multidão:
“Cada um de vocês precisa se converter em uma
centelha espiritual — uma fagulha que incendeie suas
igrejas”. Não há dúvida de que a maioria dos delega
dos tornou-se uma “centelha”.
203
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
A delegação chinesa
206
Saturando a Nação
Expansão de programas
Os problemas enfrentados
Depois de tudo planejado e do trabalho inicia
do, o inevitável aconteceu. Surgiram os problemas.
No dia 15 de novembro de 1974, a equipe de Atlanta
encontrava-se sem dinheiro, sem o sistema de compu
tador, sem planejamento de mídia e, o pior de tudo,
sem pastores comprometidos para liderar a campanha
programada para começar em cinco meses.
213
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Bruce, Cobby e os demais membros da equipe
dobraram os joelhos e Deus começou a operar os
milagres. Primeiro, providenciou os líderes. O Dr.
Charles Stanley, pastor da Primeira Igreja Batista,
concordou em liderar uma comissão de pastores que
orientaria a campanha. Depois, convidei Bob Screen,
um consultor de propaganda, para reunir-se conosco a
fim de discutirmos o tema da campanha, e adotamos
este: “Já encontrei uma Nova Vida em Cristo”. O
problema do computador foi solucionado mas o di
nheiro necessário ainda estava faltando.
Por volta de 30 de março, 90 igrejas estavam
participando com 4.000 obreiros treinados. Havíamos
conseguido o dinheiro para pagar as primeiras despe
sas, incluindo 122 “out-doors” estrategicamente colo
cados pela cidade.
O dia l.° de abril era a data limite para fazer
mos o pagamento dos anúncios veiculados pela televi
são e pelos jornais — 50.000 dólares. Exatamente às
14 horas daquele dia, King Grant, um dos mais im
portantes empresários de Atlanta, telefonou dizendo
que encarregar-se-ia de conseguir um empréstimo da
quele valor, em seu nome, possibilitando o prossegui
mento da campanha.
10.000 decisões
Durante as 3 semanas de campanha, mais de
140.000 residências foram visitadas, 25.000 pessoa^
interessadas telefonaram, e houve mais de 10.000
decisões por Cristo. Era apenas o início de um traba
lho semanal contínuo que foi realizado pelos mem
bros das igrejas.
Como contar o que ocorreu em Atlanta? Foi
214
Saturando a Nação
tudo um milagre. Lembro-me do que foi dito por
Neemias no Velho Testamento, quando a muralha de
Jerusalém foi reconstruída em 52 dias: “Reconhece
mos que por intervenção de nosso Deus fizemos
esta obra” (Neemias 6:16).
Aquelas poucas semanas foram extremamente
animadoras. A este sucesso espetacular em Atlanta e
o início da campanha “Vida para a América”, em
outras cidades, com a possibilidade de levar milhões a
Cristo, somaram-se bênçãos derramadas por Deus nas
vidas de todos da equipe.
O que ocorreu em Atlanta foi apenas o princí
pio. Nos dois anos seguintes, o movimento “Vida
para a América”, atingiu 246 grandes cidades e milha
res de pequenas comunidades. Nossos consultores de
“marketing” nos asseguraram que, por intermédio dos
meios de comunicação, no mínimo 179 milhões de
americanos tomaram conhecimento da campanha “Já
encontrei Nova Vida em Cristo”. Cerca de 7.700
milhões ouviram o testemunho pessoal de 325.000
obreiros das 15.000 igrejas cooperadoras e mais de
532.000 aceitaram o Senhor durante as campanhas.
Reação em cadeia
221
Vida para o Mundo:
Campanhas
de Saturação
Deus tem realmente realizado milagres conver
tendo pessoas por intermédio de nossa equipe e dos
voluntários espalhados nos 158 países onde exerce
mos ministérios, mas ainda há um grande número de
pessoas que não o conhecem. Em 1984 a população
mundiàl era de 4.7 bilhões de pessoas e na virada do
século espera-se que haja 6.25 bilhões. Do ponto de
vista humano, nosso alvo de ajudar a alcançar cada
um com o evangelho parece absurdo e impossível,
mas a passagem pelo mar Vermelho e a multiplicação
dos pães e peixes também pareceram.
Quando Jesus nos deu o mandamento de ir por
todo o mundo e pregar o evangelho a toda a criatura,
fazendo discípulos em todas as nações, prometeu que
iria conosco. Porque dEle é toda a autoridade no céu
e na terra, podemos ir a cada um dos 210 países e
protetorados do mundo plenamente confiantes em que
Aquele em quem habita toda a plenitude da Divinda
de irá conosco e suprirá todas as nossas necessidades.
Deste modo, o verdadeiro motivo de sua vinda ao
mundo será consumado —buscar e salvar o perdido e
falar de Seu amor e perdão a todos os homens.
222
Vida para o Mundo: Campanhas de Saturação
Estratégia comprovada
Deus nos tem capacitado a fazer grandes avan
ços em direção ao cumprimento da Grande Comissão
por intermédio de “Vida para o Mundo”. Este movi
mento reúne muitas das estratégias e alguns dos con
ceitos que tiveram êxito na campanha “Vida para a
América”. Os planos de ação são recebidos com
maior entusiasmo e obtém mais sucesso do que nos
Estados Unidos.
Em 1977, Bailey Marks, então nosso diretor na
Ásia, convidou-me para dar início ao movimento “Vida
Para...” em alguns países do continente. Inúmeras
vezes ouvi dizer: “Nunca aconteceu algo assim na
história de nosso país”. Parece que houve um traba
lho sem precedentes do Espírito de Deus, chamando
os cristãos de diferentes organizações e denominações,
que geralmente não cooperavam entre si, para traba
lhar em harmonia e amor.
Quando cheguei ao Paquistão, o país estava
passando por perturbações políticas. Embora houvesse
passeatas por toda a cidade, ônibus e trens sendo
incendiados e pessoas sendo mortas, ainda assim os
cristãos compareciam às reuniões. Realizavam reu
niões de manhã e à tarde com cerca de 1.200 pessoas
presentes em cada uma delas. Alguns líderes cristãos
de Lahore e Karachi, duas das maiores cidades paquis-
taneseas, reuniam-se. para orar, confraternizar e fazer
planos para inicar o movimento naquelas importantes
cidades.
A publicidade da campanha em Manila e Ba-
guio, nas Filipinas, começou em março daquele ano, e
Deus a abençoou poderosamente, pois milhares aceita
ram Cristo. Resultados recentes das campanhas trou
xeram-me, e à equipe, um grande entusiasmo. As
estatísticas mostraram que 1.971 obreiros e 102 igre
223
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Adaptações culturais
Embora muitas das estratégias fossem as mes
mas usadas na campanha “Vida para a América”,
fizeram-se necessárias alterações nas campanhas da
Ásia, devido às diferenças culturais. Por exemplo, o
“outdoor” “Já Encontrei” predominou mais em Ma
nila e Baguio do que nas cidades americanas. Os
donos de lojas mostravam-se desejosos de exibir ban-
deirinhas e posters nas vitrinas e milhares de taxis —
que dominam as ruas de ambas as cidades —exibiam
adesivos. “Não se pode olhar para qualquer lugar sem
deixar de ver “Já Encontrei Uma Nova Vida”, comen
tou Bailey Marks.
Em Manila e Baguio houve uma campanha
pequena, mas sistemática, por telefone, a que teve
grande penetração quando utilizada nos Estados Uni
dos. Em regiões onde poucas pessoas possuem telefo
ne, a ênfase da campanha publicitária era informar,
pessoas que gostariam de obter informações mais de
talhadas à respeito de Cristo, que telefonassem ou
preenchessem cartões que deveríam ser colocados em
uma das 800 urnas coletoras com os dizeres “Já
Encontrei” espalhadas pelas duas cidades. O plano
funcionou: mais de 180.000 das 210.000 respostas
obtidas foram encontradas nas urnas.
224
Vida para o Mundo: Campanhas de Saturação
Um casal de Manila usou 40% de seu tempo
fazendo contato com pessoas que haviam respondi
do ao apelo publicitário da campanha. Todos os fun
cionários dos cinco escritórios pertencentes ao casal
aceitaram Cristo.
A campanha na Índia
Um dos resultados mais espetaculares foi obtido
no Estado de Kerola, na índia. 0 diretor nacional
naquele País, Thomas Abraham, confiou no Senhor
para que até o final de 1976, aquele Estado, de 22
milhões de habitantes, fosse totalmente alcançado pe
la pregação do evangelho. Das ruas mais movimenta
das das cidades costeiras até as plantações de chá das
montanhas, obreiros treinados percorreram todo o
Estado, .indo de casa em casa, pregando as boas novas
de Jesus Cristo. No final da campanha, 99% das casas
haviam sido visitadas.
Nos últimos 3 meses foram realizadas grandes
reuniões evangelísticas nos 11 distritos de Kerala,
para que os que trabalhavam e estudavam durante o dia
e não eram encontrados nas visitas, também pudessem
ouvir o evangelho.
A programação destas reuniões compunha-se de
3 partes: uma mensagem evangelística curta, transmi
tida por alguém da equipe da Cruzada: um filme de
André Kole “World of Illusion” e um outro filme,
“Life is Where I’m going”.
“Certa vez, uma igreja que nos dera permissão
para utilizarmos suas instalações para uma reunião,
voltou atrás em sua decisão. Começamos a orar, pe
dindo orientação ao Senhor quanto ao que fazer e
alguém sugeriu que usássemos um terreno em frente
231
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
à uma mesquita”, contou-nos Thomas Abraham. Não
se concebe que muçulmanos pudessem ceder um lu
gar, provido de eletricidade, sem cobrar, para que
fosse realizada uma reunião evangélica, mas foi o que
aconteceu. Provavelmente foi a primeira vez que algo
semelhante ocorreu e muitos tiveram uma experiência
pessoal com Cristo naquela noite. Cerca de 380.028
pessoas aceitaram Cristo por intermédio de reuniões
assim, e o total geral computado foi de 1.850.982 sal
vos durante a campanha.
Thomas conta que parecia um sonho impossível
em 1969, mas pela graça de Deus, no dia 31 de
dezembro de 1976, quase todos os lares de Kerala
haviam sido visitados e todos nôs da equipe da Cruza
da, na índia, estávamos louvando a Deus por termos
completado a tarefa de saturar a nossa Jerusalém com
as boas novas.
Chegando à Colômbia
Deus também agiu poderosamente na Colômbia.
Ao lado de Sérgio Garcia, Diretor de Assuntos para a
América Latina, e de Nestor Chamorro, nosso diretor
na Colômbia, tive oportunidade de participar durante
3 dias da grande campanha realizada naquele país.
Durante todo o ano de 1978, estimou-se que de 65 a
86% dos 27 milhões de habitantes ouviram sobre
como relacionar-se pessoalmente com Jesus Cristo.
Muitos foram abordados pessoalmente, outros ouvi
ram mensagens pelo rádio, viram publicidade em tele
visão, jornais e folhetos.
Na primeira metade do ano deu-se ênfase à
evangelização de casa em casa, as cidades foram divi
didas em regiões sob a responsabilidade de grupos de
voluntários e membros da equipe.
232
Vida para o Mundo: Campanhas de Saturação
Houve também reuniões de massa. No mínimo
750.000 pessoas ouviram o evangelho na semana da
Páscoa e a l.° de julho, Nestor calculou que 45% da
população já tivera contato com a Palavra de Deus.
A l.° de agosto, 9 grupos de estudantes sairam
em viagem, em “missão sacrificial”. Percorreram to
dos os povoados e zonas rurais do país, saturando-os
com o evangelho e organizando grupos de oração.
Uma outra equipe, a “missão impossível”, desenvol
veu um ministério entre funcionários públicos de Bo
gotá. Em dezembro, através de campanhas publicitá
rias, reuniões de massa e outros projetos, a tarefa
estava completa.
Nossos relatórios mostram que quase 18 mi
lhões de pessoas, de uma maneira ou outra, foram
atingidas. Só Deus sabe a verdadeira extensão dos
resultados, mais de 2.6 milhões de decisões por Cristo
foram registradas.
234
Ministério
nas Prisões
Capelães sobrecarregados
242
Embaixada Cristã
A importância da integridade
Experiência gloriosa
251
Centros de
Treinamento
Há alguns anos tive o privilégio de me dirigir a
um grupo ímpar. Era um dia quente e úmido em
Manila, capital das Filipinas, e me levantei para falar
vestindo as roupas essenciais. Os estudantes se acomo
davam em carteiras duras e um quadro negro era o
único enfeite da sala.
Vindos de muitos países da Ásia, aqueles estu
dantes queriam receber treinamento para exercer um
ministério mais eficiente para o Senhor. O tema abor
dado foi o das qualificações para uma revolução espi
ritual e a mensagem foi simples. Falei-lhes da necessi
dade de entronizarem Cristo como Senhor de suas
vidas, de serem cheios do Espírito Santo, de preserva
rem Cristo como o primeiro amor de suas vidas e
terem sempre em mente a tarefa de alcançar o mundo
para o Senhor. No final, instei-os a se compromete
rem com a Palavra de Deus e a oração, e testemunha
rem de Cristo.
Deixei bem claro que deveríam estar na depen
dência do Espírito Santo e não na energia da carne,
que Deus não nos chama para fazer alguma coisa sem
nos dar o poder, sabedoria e graça necessários. Quando
terminei reinava um grande entusiasmo entre eles e
passamos bons momentos em comunhão.
252
Centro de Treinamento
Nos dias que se seguiram, continuaram um tra
balho intensivo de evangelização e discipulado de no
vos crentes, preparando-se para o ministério em seus
países. Tenho certeza de que alguns deles estavam
apreensivos quanto ao treinamento, inseguros quanto
aos benefícios que receberam e poderíam ser postos
em prática na volta para casa, no desempenho da
tarefa que Deus lhes confiaria.
No decorrer das semanas, continuaram a receber
ensinamentos básicos para a vida cristã — como
ser cheio do Espírito, como viver uma vida santa,
como testemunhar e participar no cumprimento da
Grande Comissão, e outros. Além de assistir as
palestras, tinham lições práticas de como dirigir estu
dos bíblicos nos “campi” e ir testemunhando enquan
to cumpriam suas atividades diárias normais.
Ao voltar para casa, além de conhecimentos,
tinham experiência, e puderam iniciar ministérios bem
sucedidos, que em certas situações foram bastante
relevantes para a causa de Cristo.
Um dos que concluiram o treinamento foi con
versar com Bailey Marks, então diretor dos nossos
projetos na Ásia: “Se ao voltar para o meu país
colocar em prática o que aprendi, vou acabar na
cadeia ou morto, porque lá é contra a lei alguém
mudar de religião”.
Bailey confortou-o: “Você deve fazer o que
Deus lhe disser que faça, pois não vamos pressioná-lo
a fazer nada”.
Ao voltar para casa, o rapaz começou a traduzir
o material da Cruzada para seu idioma. Naquela épo
ca havia apenas uma centena de crentes naquele país
segregado. Embora o trabalho de tradução fosse im
portante, ele começou a ficar exasperado por não
estar testemunhando. Finalmente, falou para a esposa:
253
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
“Vou sair para testemunhar, não importa o que acon
teça”.
Naquela tarde, as primeiras pessoas com quem
falou a respeito de Cristo aceitaram-no como Salvador
e no dia seguinte todos participaram de um estudo
bíblico e o rapaz começou a ensinar-lhes o que apren
dera no treinamento em Manila.
Atualmente, é um fato histórico que houve uma
grande repercussão do seu ministério: mais de 25.000
pessoas foram batizadas e quase outro tanto aceitou
Cristo, mas ainda não recebeu o batismo. Nosso dire
tor, com a ênfase em evangelismo e discipulado que
tinha aprendido no centro de treinamento, foi quem
acendeu a fagulha para este reavivamento.
Estes grandes progressos, porém, foram obtidos
por um preço significativo. Nosso diretor, junto com
outros crentes, foi preso várias vezes, mas mesmo
assim ele e sua família conservam um espírito forte e
radioso., a despeito dos obstáculos. Perguntei a sua
esposa como se sentiu com a prisão do marido e ela
respondeu que “com ciúmes”, porque gostaria de
estar na prisão por causa do Senhor. Sua fUha adoles
cente teve um comportamento semelhante. Quando
soube que o pai havia sido preso por causa do seu
testemunho, perguntou à mãe, chorando, por que o
pai tinha todos os privilégios. Certamente foi uma
recordação de como os primeiros cristãos enfrentavam
o sofrimento.
A minha oração é que pessoas como nosso
diretor e sua esposa sejam levantadas em todos os
países e ensinadas em nossos centros de treinamento
para que possam exercer um ministério eficiente na
transformação de suas comunidades e países.
Centros de Treinamento como o de Manila
têm sido muito positivos para ensinar equipes em
todo o mundo. Com duração de 9 meses a um ano,
254
Centro de Treinamento
dão a base necessária sobre a qual as equipes erigem
ministérios dinâmicos, de evangelização e discipulado.
Foram criados centros de treinamento seme
lhantes para leigos, com duração variável de algumas
semanas até 3 meses, e são uma versão abreviada do
ensino que tem capacitado nossa equipe a iniciar
ministérios dinâmicos em várias partes do mundo. Há
anos que venho orando para que possamos implantar
centros de treinamento como este em todas as cida
des do mundo livre com mais de 50.000 habitantes.
Alguns dos centros foram instalados em zonas
rurais remotas por causa das necessidades existentes.
Dale Robertson, um veterano da equipe da Cruzada
de Vista, na Califórnia, é coordenador de um centro
perto de Davao, Filipinas. Ele e seus colaboradores
seguidamente viajam até um outro centro de discipula
do da zona urbana.
Na primeira etapa da viagem chegam até o final
do trecho servido por ônibus; aí pegam um jipe para,
durante 2 horas, vadear rios e transpor montanhas até
chegar ao Vale de Arkann. A viagem é cansativa e
frequentemente suas botas e roupas ficam enlamea
das, mas ao chegar encontram corações ansiosos pelo
treinamento.
Em um grupo de 16 estudantes há 12 pastores,
representando praticamente todas as igrejas do vale.
“Basicamente estas pessoas são fazendeiros sem ins
trução que trabalham como pastores e é muito signifi-
cante ver como têm facilidade para aprender”, disse
Dale.
Isobello Bamunya utilizou o ensino que recebeu
no centro de treinamento de Davao levando 50 pes
soas a Cristo durante as duas semanas de funciona
mento do centro. Muitas delas aceitaram Cristo
depois da projeção do filme “Jesus”, no povoado em
que moram. De outra vez, Bamunya andou quase 30
255
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
km até um povoado próximo onde pregou e compar
tilhou as Quatro Leis Espirituais com seus habitan
tes. Em conseqüência daquela viagem, as pessoas da
região resolveram construir sua própria igreja.
Os Centros de Treinamento “Vida” traba
lham com a igreja local, que se beneficia do treina
mento e com o aumento da freqüência. Quando não
há igrejas para reunir os novos crentes, são iniciados
grupos bíblicos de comunhão nos lares para reuniões
regulares.
No nordeste da Tailandia, como resultado das
estratégias de evangelização dos Centros de Treina
mento “Vida Para...”, que também faz a apresentação
do filme Jesus nos povoados, há milhares de novos
cristãos, muitos dos quais de lugares onde não há igreja.
No momento há mais de 520 grupos bíblicos de
comunhão nos lares com, no mínimo, 15 pessoas em
cada um, naquela região da Tailândia, 40Õ dos quais
onde antes não havia cristãos.
Resultados semelhantes estão sendo obtidos em
outros lugares:
— em 1984, 280 evangelistas de povoados, lei
gos e pastores receberam treinamento no Centro de
Treinamento de Madhya Pradesh, na índia. Deste gru
po surgiram 60 grupos de estudo bíblico nos lares e
muitos novos crentes foram batizados.
— no Paquistão, o Centro de Treinamento de
Lahore instruiu 1.500 estudantes, 150 pastores e
1.200 leigos desde sua instalação. O filme “Jesus” já
foi exibido para 930.000 pessoas, 139.000 das quais
manifestam desejo de aceitar Cristo como Salvador.
— Na Indonésia, foram realizados 2 centros de
treinamento em 1984, em Kelet, com 95 participan
tes. Utilizando-se de métodos variados, os participan
tes compartilharam o evangelho com 7.920 pessoas,
das quais mais de um quarto manifestou desejo de
256
Centro de Treinamento
aceitar Cristo. Foram iniciados 70 grupos de estudo
bíblico nos lares e nove congregações foram criadas a
partir da igreja de Kelet. A maior parte do treinamen
to é dirigida pelos líderes da igreja.
Sob a liderança de Curt Mackey, Diretor dos
Centros de Treinamento “Vida Para...” em todo mun
do, está sendo desenvolvido um plano de trabalho
para treinamento de leigos, capacitando-os a serem
líderes espirituais, aprimorando seus conhecimentos
para poderem fazer parte da equipe de treinamento
em futuros cursos. Estes voluntários leigos são muito
bem sucedidos em seu discipulado com seus pares.
E quanto aos paísçs que não podem ser alcança
dos pelo filme “Jesus”, e onde os convertidos não
podem participar de centros de treinamento e grupos
de estudo bíblico? Embora à primeira vista muitos
possam cair nesta categoria, creio que um dia todos
terão estes grupos de comunhão e estou orando para
que 25 milhões de grupos suijam em todo o mundo.
Muitos destes grupos serão formados como con-
seqüência de programas de rádio em cadeia que ultra
passarão as barreiras, que parecem inexpugnáveis, do
mundo de hoje. Na República Popular da China as
barreiras são políticas; no Oriente Médio, religiosas e
na índia, logísticas.
Desde 1979, a Cruzada tem conseguido transpor
estas barreiras através da transmissão de programas
evangélicos pelo rádio. Com a ajuda dos equipamen
tos de transmissão como o da Rádio Transmundial e
da Companhia Transmissora do Extremo Oriente, pro
gramas de instrução cristã e discipulado têm atingido
a China, Índia, Oriente Médio e Indonésia.
Nosso ministério recebe cerca de 1.200 cartas da
índia por mês, 500 do mundo árabe e 200 da China
como resultado dessas transmissões.
Esses programas deixam sua marca nos ouvintes.
257
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
259
Universidade
Internacional de
Educação Cristã
Observando a comunidade universitária de hoje,
a origem do humanismo e um caldeirão de comporta
mentos morais conflitantes, causa perplexidade lem
brar que mais de 100 das primeiras e mais importan
tes instituições de ensino deste país foram criadas sob
princípios cristãos. Veja a Universidade de Harvard,
fundada em 1636, em cujo escudo se lê: “In Cristi
Gloriam” (Para a Glória de Cristo)! Embora os purita
nos que a fundaram não pretendessem que se transfor
masse em seminário teológico, um dos 19 regulamen
tos da universidade afirma que todo estudante deve
considerar “o fim último de sua vida e de seus estu
dos conhecer a Deus e a Jesus Cristo. .. e colocar
Jesus como a base, o único fundamento de todo o
conhecimento e saber”.
Uma autoridade da época calculou que 52% dos
formandos da escola no século XVII iam para o
ministério.
A Universidade de Columbia foi inicialmente
conhecida como Universidade do Rei e seus estatutos
enfatizavam especificamente as atividades espirituais.
Os anúncios da época dizem o seguinte: “O principal
objetivo desta universidade é ensinar e exortar os
260.
Universidade Internacional de Educação Cristã
estudantes a conhecer Deus em Jesus Cristo, e a
amá-Lo e serví-Lo, com toda a sobriedade, piedade, e
retidão, com um coração puro e humilde... para
orientá-los no estudo da natureza, no conhecimento
de si mesmos e de Deus, e seus deveres para com Ele,
consigo mesmos, uns para os outros e em tudo que
possa contribuir para sua felicidade, agora, e na vida
futura”.
Muitas outras Universidades, como Princenton,
Dartmouth, William e Mary, começaram como escolas
cristãs. Salta aos olhos que a comunidade universitária
desgarrou-se de seus ideais. Educadores sérios têm
demonstrado sua preocupação e mesmo alertado
quanto a decadência do ensino nas salas de aula do
país. O problema é tão grande que várias autoridades
nos disseram que 45% dos cidadãos de um dos países
mais ricos do mundo são formalmente ignorantes. Até
os formandos do colegial de algumas regiões não
aprenderam a ler e escrever.
Qual a razão disto? Em sua maior parte o
ensino superior abandonou o Deus vivo e verdadeiro
para adorar o deus do humanismo secular. Atualmen
te o humanismo tomou-se o tema dominante nas
escolas dos Estados Unidos. Há anos que o cristianis
mo bíblico vem sendo ridicularizado e cristãos since
ros têm sido coagidos ou desestimulados de prosseguir
seus cursos de graduação ou não têm conseguido o
diploma depois de anos de estudo constante.
A universidade exerce sua influência em todos
os aspectos da sociedade e, sendo a nossa cultura
fundamentada na ética cristã, vemos que há um afas
tamento cada vez maior dos currículos escolares dos
fundamentos bíblicos, que tem provocado um câncer
moral no país. Não deve causar surpresa o fato de
estarmos em franca decadência moral e bíblica, pro
vocando problemas sociais, econômicos e políticos.
261
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Este é o motivo pelo qual Deus nos dirigiu para
começarmos a Universidade Graduada Internacional
Cristã. Esta universidade deve ter os padrões mais
altos e inflexíveis, tanto espirituais quando acadêmi
cos, para que os melhores e mais qualificados profes
sores e estudantes cristãos de todo o mundo queiram
participar dela.
Ela representa o início do cumprimento de uma
visão que Deus me deu há muitos anos: o sonho de
fundar uma universidade graduada internacional para
os crentes ao nível de Oxford, Harvard ou Stanford.
Não quero diminuir a importância de muitas faculda
des cristãs muito boas que atualmente oferecem cursos
de graduação em áreas específicas. Nós apoiamos e
incentivamos estas escolas que honram o Senhor e
Sua palavra, mas sem nos mostrarmos pretensiosos,
nossa universidade está planejada para concorrer com
as de melhor nível do mundo.
Creio que uma das maiores necessidades de nos
so tempo é uma universidade de nível acadêmico
excelente e uma visão bíblica do mundo que honre e
exalte a Deus e não a visão do humanismo secular
que entroniza o homem. Treinando estudantes univer
sitários de teologia, comunicação, administração, edu
cação, medicina, direito, letras, educação física, co
mércio, vamos aumentar o número de líderes no
mercado de trabalho que poderá causar impacto para
Cristo.
Lembro-me de estar orando em meu escritório
quando Deus me deu a primeira visão da necessidade
de construir a Universidade Graduada Internacional
Cristã. “Senhor, como vamos construir uma universi
dade assim”? perguntei. Um empreendimento destes,
com “campi” espalhados por todo o mundo, vai cus
tar centenas de milhões, se não bilhões de dólares”.
Desde que foi iniciada em 1951, a Cruzada
262
Universidade Internacional de Educação Cristã
nunca terminou um único dia com um dólar a mais
do que o necessário para os compromissos imediatos,
por isso não havia dinheiro para a universidade, mas
mesmo se tivéssemos, pela ética não podería ser usado
porque não fora destinado a este propósito.
Certo dia, orando no escritório, Deus me deu
um plano de ação específico. Precisávamos encontrar
5.000 acres de terra, separar 1.000 para os “campi”
universitário e deixar que o resto fosse subdividido
em áreas residencial, comercial e industrial em dota
ção, o que daria um financiamento a longo e curto
prazo. Este plano nos daria o dinheiro suficiente para
construir a universidade e os '‘campi” satélites ao redor
do mundo.
Convoquei nossos homens-chave e compartilhei
a visão com eles. “O Senhor quer que construamos
uma universidade de âmbito mundial, com “campi”
satélites nos países mais importantes”, falei. Antes
que fizpssem perguntas, expliquei que o financiamen
to do gigantesco empreendimento viria da receita dos
5.000 acres de terra.
Não temos nenhum dinheiro, mas mesmo assim
vamos procurar os 5.000 acres. O Senhor providen
ciará o dinheiro para a compra, pois este projeto é
Sua idéia, não minha, expliquei. Tenho certeza que os
corretores com quem conversarmos sobre a situação
da terra riram e balançaram a cabeça, estupefatos,
quando ficaram sabendo que não tínhamos dinheiro.
Como Abrahão, não sabíamos para onde ir, mas está
vamos convencidos de que devíamos confiar e obede
cer a Deus.
Quando começamos a procura da terra que seria
escolhida para o nosso projeto, ouvimos falar de uma
grande fazenda perto de Washington, D.C., mas não
tinha 5.000 acres e não era o que queríamos.
Um amigo do ministério comprou cerca de
263
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
2.5000 acres perto de nossa sede central e ofereceu-se
para alugar 1.000 acres para construção da universida
de a 1 dólar por ano durante 100 anos. Era um
oferecimento muito generoso mas não geraria renda
suficiente para construir e manter a universidade. As
sim, recusei, agradecendo sua generosidade. Deus ti
nha determinado 5.000 acres e continuaríamos a pro
curar e a orar.
Um outro amigo ficou sabendo do nosso proje
to e disse que nos daria uma fazenda de 5.000 acres.
Foi também uma oferta generosa e apesar de seu
valor, a terra não era apropriada para o que quería
mos.
Continuando a busca, soube de 5.045 acres de
terra devoluta nos limites da cidade de San Diego.
Pedi à pessoa que fizera o planejamento da Universi
dade da Califórnia em Irvine que preparasse um proje
to para mostrarmos ao prefeito e outras autoridades
em San Diego. Compartilhei com eles a nossa visão da
Universidade Gradudada Internacional Cristã e nosso
desejo de construí-la naquele terreno. Mostraram-se
favoráveis à idéia da universidade e dos benefícios
econômicos que a cidade recebería na esteira do em
preendimento. Incentivaram-nos a continuar com os
planos.
Tranqüilos quanto ao apoio das autoridades,
começamos a negociar a compra, durante todo o ano.
Tenho certeza de que ouve muita dúvida e provavel
mente muitas risadas nos bastidores quando continua
mos nas negociações para comprar a propriedade sem
dinheiro algum. O preço pedido era de 5.500 dólares
o acre, bastante razoável para a região, pois uma área
vizinha estava sendo vendida por 45.000 dólares o
acre. O Senhor nos orientara para encontrar os 5.000
acres e nos mostrara uma propriedade que nos encan
tara na região de melhor clima do país. Agora era Sua
264
Universidade Internacional de Educação Cristã
responsabilidade nos garantir o dinheiro para comprá-
la.
A Cruzada não podia nos ajudar financeiramen
te mas compartilhei o sonho da universidade com
alguns amigos e a necessidade de conseguir 150 mil
dólares para garantir a opção de compra por 90 dias.
O dinheiro para os primeiros 30 dias foi providenciado
por um amigo a quem expliquei que corria o risco
de perdê-lo, mas, no caso de realizarmos a compra
teria um lucro de 50.000 dólares. Outras duas pessoas
nos garantiram os outros 100.000 dólares nas mesmas
condições.
Os noventa dias passaram depressa e não havía
mos conseguido o dinheiro. Quase no último dia do
prazo precisei viajar para a Europa pois tinha compro
missos importantes ali, inclusive uma conferência com
a equipe européia. Os proprietários não concordaram
em prorrogar o prazo mas mesmo assim falei às pes
soas encarregadas das negociações que providencias
sem a escritura da compra, embora não tivéssemos o
dinheiro para fechar a compra. Estávamos a ponto de
perder os 150.000 dólares que já dêramos até ali. Eu
tinha certeza de que em nenhum outro lugar do
mundo encontraríamos 5.000 acres que preenchesse
tão bem nossas necessidades. Além dos mais, parecia
que o Senhor estava dizendo “Confie em Mim, Eu
providenciarei o dinheiro”.
O vôo atrazou-se e perdemos a conexão para
Viena; hospedaram-nos em um hotel em Lourdes até
o dia seguinte. Nas 8 horas seguintes entrei em conta
to com investidores em potencial nos Estados Unidos
e orei bastante. Às 4,30 hs da manhã (horário de
Londres) fiz o último telefonema e pudemos comprar
a propriedade. Verdadeiramente foi um presente de
Deus, o milagre dos milagres. Concretizamos a com
pra em sociedade através de um empréstimo bancário
265
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
sob a responsabilidade de dois amigos, mas como a
propriedade valia mais do que o valor pago, outro
banco fez um refinanciamento sem exigir garantias.
Entre as muitas razões que valorizavam a pro
priedade, estavam a atmosfera acadêmica e cultural,
além do clima ideal, das proximidades de uma das
maiores cidades americanas. Nos meses seguintçs en
frentamos muitas dificuldades financeiras pois quería
mos conservar a propriedade, uma das mais valoriza
das do mundo, de acordo com os entendidos. Era
ideal para o que tínhamos em mente e estávamos
convencidos de que milhares de casais poderíam mu
dar para La Jolla Valley, em bases de arrendamento
ou usufruto vitalício, para nos ajudar a construir e
manter uma grande universidade para a glória de
Deus.
Uma das maiores dificuldades que tivemos sur
giu no dia 11 de setembro de 1984, quando a Câmara
Municipal de San Diego se reuniu para apreciar o
nosso pedido de desenvolver parte do La Jolla Valley,
pois queríamos usar 1.000 acres para a construção da
universidade de 750 para construir um parque indus
trial universitário de tecnologia; os 3.300 acres restan
tes, que seriam utilizados para áreas residenciais, co
merciais, teriam que esperar pela segunda etapa.
Pela perspectiva humana, parecia haver pouca
esperança de aprovação para flosso projeto e se nosso
pedido fosse rejeitado, a própria universidade estaria em
perigo. Sem a renda que receberiamos do parque
industrial, não havería dinheiro suficiente para a cons
trução.
O projeto tinha todo o apoio de altos empresá
rios e profissionais liberais de San Diego, da Associa
ção Evangélica de San Diego, e outros, mas havia
forte oposição do novo prefeito, apoiado pelos ho
mossexuais e alguns grupos de ecologistas.
266
Universidade Internacional de Educação Cristã
Depois de 4 horas de discussão, acabaram reali
zando a votação às 11,30 da noite, dando 5 votos a
nosso favor e 4 contra. Houve um instante de silêncio
e aturdimento, seguido de uma explosão de aplausos
daqueles que nos apoiavam.
Depois de receber a decisão, sentí-me inundado
de alegria e louvor e no hotel, passei quase toda a
noite louvando ao Senhor. Quase não pude dormir, a
não ser por alguns momentos, e logo despertei para
louvar a Deus novamente.
Por volta de 5 horas da manhã levantei-me para
tomar café da manhã em companhia de um grupo de
pastores e leigos que se uniram a nós para agradecer e
louvar ao Senhor.
Muitas vezes já me perguntaram por que a Cru
zada está construindo uma universidade. Eu respondo
apresentando várias razões.
Primeira, a filosofia da universidade é compatí
vel com a primeira visão dada por Deus em 1951, de
alcançar o mundo para Cristo em nossa geração por
intermédio de um processo contínuo de discipulado e
evangelização.
Segunda, os mais de 30 anos de experiência da
Cruzada na organização de programas educacionais e
de treinamento nos deram substratos ricos na área de
educação.
Terceira, o nosso ministério iniciou-se em um
campus universitário e já trabalhamos com milhões de
estudantes em todo o mundo, conhecemos suas neces
sidades e nos sentimos qualificados a satisfazê-las.
Quarta, a Cruzada é muito bem aceita em todos
os países. O movimento Ágape, no qual profissionais
podem desenvolver sua vocação e ao mesmo tempo
pregar o evangelho, é a única missão que canaliza
universitários. Líderes treinados na universidade pode
267
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
rão, através de suas profissões, discipular pessoas in
fluentes em muitos países.
Creio que Deus está nos dirigindo para preen
cher o vácuo existente na educação cristã de nível
universitário, tão necessária na maioria das matérias
acadêmicas. Com a Escola de Teologia fundada em
1979, teremos a unificação dos princípios de ética
para toda a universidade.
Desde seu início, o alvo da Cruzada tem sido
ajudar a transformar o mundo. Para alcançar este
alvo, precisamos de homens e mulheres altamente
qualificados em suas profissões cuja ética esteja fun
damentada na Palavra de Deus. A Universidade Gra
duada Internacional Cristã proverá os líderes que se
rão orientados de acordo com uma visão bíblica do
mundo para compartilhar o amor de Deus com ou
tros, discipular os que aceitam Cristo e demonstrar
a validade de um estilo de vida baseado na Palavra de
Deus.
Um dos pontos básicos da universidade é o
currículo. Em sua preparação, a equipe designada, ao
lado de conhecidos educadores, está recolhendo o
melhor de 200 anos de educação americana e acres
centando conceitos educacionais recentes. Esta combi
nação de métodos comprovados e idéias novas, vai
fazer com que desde o princípio o nível da faculdade
seja de alta qualidade. O currículo está sendo plane
jado para ultrapassar os padrões acadêmicos usuais
sem estar ligado a sistemas educacionais tradicionais.
A universidade vai alcançar o mundo a partir da
sede-mãe, em San Diego, e para isto utilizaremos o
que há de melhor em tecnologia, inclusive satélites,
rádio de longo alcance, televisão e computadores.
É importante para que os planos tenham suces
so, que contemos com líderes enérgicos, poderosos e
academicamente qualificados. Somos afortunados por
268
Universidade Internacional de Educação Cristã
contar com pessoas assim em nossa Escola de Teolo
gia: o Dr. Ron Jenson e o Dr. Ted Cole.
Antes de se tomar diretor da Escola, o Dr.
Jenson fazia parte da equipe da Igreja do Salvador em
Filadélfia, que em 7 anos cresceu de 14 casais para
uma média de freqüência dominical de 1.300 pessoas.
Foi também reitor do Centro de Treinamento de
liderança Cristã — uma extensão da Escola de Teolo
gia em Filadélfia — onde dirigia o treinamento sema
nal de 75 pastores de 22 denominações para evangeli-
zação, discipulado, administração e crescimento da
igreja.
O Dr. Jenson obteve seu doutoramento no Se
minário Batista Conservador do Oeste, onde deu iní
cio, ensinou e dirigiu um programa de evangelização e
discipulado. Começou sua participação na Cruzada
quando era calouro de uma faculdade no Estado do
Oregon.
“Queremos ser conhecidos como uma escola
que sabe tudo a respeito do crescimento saudável do
pastor, da igreja e de líderes cristãos treinados para
colaborar em organizações interdenominacionais e
para-eclesiásticas”, ele comentou, “e por isto estamos
criando um novo modelo entre as escolas para ensinar
os estudantes”.
Novo modelo ao qual se refere é um método de
divisão equitativa entre os estudos formais e os práti
cos. Para os estudantes da Escola de Teologia, isto
significa que estão diretamente envolvidos com a igre
ja local, aplicando os ensinamentos de classe. Quando
se formarem, terão experiência das várias atividades
da igreja e estarão preparados para ocupar um papel
de liderança. Este mesmo padrão de aulas teóricas e
práticas será seguido em outras áreas de ensino.
Outra pessoa que lidera a programação dinâmica
da escola é o Dr. Ted Cole, Vice-Diretor Executivo.
269
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Foi um dos pastores americanos mais importantes
durante 28 anos, dirigindo uma igreja de 6.500 mem
bros. Tem vários diplomas e fez seu doutorado no
Seminário Batista do Leste. É um modelo de prédica
eloqüente, ganhador de almas dedicado e compassivo.
Orienta o trabalho diário da Escola de Teologia, auxi
liado por professores eruditos e colaboradores.
Creio que a verdadeira batalha pelas mentes e
corações dos homens está sendo travada nas escolas,
onde não exercemos maior ação há mais de 50 anos,
em grande parte por causa de nossa letargia e falta de
sensibilidade para o que está ocorrendo. Como disse
certa vez o famoso político, filósofo e estadista britâ
nico Edmund Burke: “O que é preciso para o mal
triunfar é que os homens bons não façam nada”.
Muitas pessoas boas não têm feito nada, e por
causa disto perdemos a universidade. O Dr. Charles
Malik, um dos maiores estadista de nossos dias e
antigo . presidente da Assembléia Geral das Nações
Unidas, acha que precisamos reconquistar esta insti
tuição tão importante. Diz ele que nada se compara à
premência de retomarmos as universidades para Jesus
Cristo. Cristo não é bem-vindo à universidade. Na
realidade, é ignorado; se não, considerado inimigo.
Para influenciarmos o mundo em que vivemos, esta
secularização das universidades, esta separação, se não
franca inimizade entre as grandes universidades e Je
sus Cristo não pode continuar sem consequências de
sastrosas para toda a civilização ocidental.
Confiamos em Deus que a Universidade Gradua
da Internacional Cristã formará os líderes que ajuda
rão a mudar esta situação — homens e mulheres com
uma visão global para honra e glória de Cristo, exer
cendo influência de longo alcance.
270
Expio’ 85
276
Conclusão
Reformas sociais
Os verdadeiros crentes das gerações passadas
sempre estiveram à frente das reformas morais e so
ciais, como por exemplo, as leis de trabalho do me
nor, o voto da mulher, a abolição da escravatura.
Outras reformas sociais tomaram vulto a partir de um
poderoso despertamento espiritual que varreu a Ingla
terra através do ministério de John Wesley, George
Whitefield e seus companheiros. Nossa geração não
deve estar menos preocupada com as injustiças, onde
quer que elas estejam.
Entretanto, a principal maneira de resolver as
doenças sociais é mudar o coração dos homens, falan
do do Senhor Jesus Cristo. Nosso compromisso priori
tário como cristãos deve ser o de fazer discípulo e
evangelizar, em obediência ao mandamento do nosso
Senhor, e então, ensinar os novos crentes que “amar
nosso próximo como a nós mesmos” inclui ajudá-los
onde for necessário. Mas, lembrem-se que o Senhor se
importa mais com a alma do que com o corpo. O
corpo doente quando sara, tornará a ficar doente e
morrerá por fim. A alma vive para sempre!
II Pedro 3:9 diz que o Senhor não quer “que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrepen
dimento”. Ele está dando mais tempo para os pecado
res que se arrependerem.
Como servos do Deus vivo e do nosso Salvador
279
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
vamos continuar atentamente a nos doar, como ex
pressão do nosso amor por Ele, para apressar o dia da
Sua volta, porque “a noite vem, quando ninguém
pode trabalhar”. (João 9:4).
É necessário que milagres aconteçam para que a
Grande Comissão seja cumprida. Nada, fora da visita
ção sobrenatural do poder de Deus, será suficiente.
Mas, precisamos anunciar certas responsabilidades
também. Creio que precisamos fazer pelo menos qua
tro coisas para ver a Grande Comissão cumprida.
Pensamentos sobrenaturais
Em primeiro lugar, devemos pensar sobrenatu
ralmente. Você se lembra dos espias que foram à
terra prometida? Depois de 40 dias eles voltaram
com dois relatos — o da maioria e o da minoria. Os
10 espias relataram que a terra era realmente boa,
mas que havia gigantes ali que os esmagariam, pois
eles pareciam gafanhotos aos seus olhos. Eles não
ousariam entrar naquela terra.
Porém, Josué e Calebe disseram: “O Senhor é
conosco; não os temais”. E o povo de Israel murmu
rou e gritou que não queria entrar na terra da promes
sa, mas, sim, voltar para o Egito. O resultado foi que
todos com idade acima de 20 anos morreram no
deserto. Mais tarde, Deus deu a Josué e Calebe a
oportunidade de entrarem na terra prometida, porque
eles O obedeceram. Os 10 espias foram destruídos
porque foram desobedientes. Tinham inteligência aca
nhada, como a de muitos cristãos de hoje.
A maneira de certos homens com enorme capa
cidade executiva é sempre uma surpresa para mim,
pois pensam em impérios, e em construir grandes
patrimônios, mas quando se trata do reino de Deus,
280
Conclusão
seus pensamentos não vão além de suas pequenas
igrejas. Eles ajudam na igreja, cantam no coral, vão ali
uma ou duas vezes por semana e sentem que seu
dever religioso está cumprido. Quando algum proble
ma surge em sua comunidade eles dizem: “Por que
alguém não faz alguma coisa”? Cerca de 125 milhões
de americanos dizem que são seguidores de Cristo, e
ainda assim, temos deixado esta grande nação se de
sintegrar moral e espiritualmente.
Precisamos começar a pensar com a mente de
Deus. “Porque como imagina em sua alma, assim ele
é.” (Provérbios 23:7). Nós nos tomamos no que pen
samos. Se pensamos que somos fracos e insignifican
tes, nos tomamos assim. Em vez disso, precisamos
nos ver como aptos a cumprir grandes coisas para o
Senhor e, então poderemos ser aquele tipo de pessoa
que diz: “Tudo posso nAquele que me fortalece”.
Orações Sobrenaturais
Em segundo lugar, simplesmente comece a orar
orações sobrenaturais e crer que Deus age poderosa
mente. Logo após a decisão do Supremo Tribunal
em 1963, a qual muitos interpretaram como signifi
cando que a oração e o estudo bíblico nas escolas era
ilegal, Deus começou a nos disciplinar. Foi como se
uma rolha tivesse sido tirada, e o mal veio sobre'nós
como uma praga de gafanhotos. Em curto espaço de
tempo, o presidente John F. Kennedy foi assassinado
em Dallas, a cultura das drogas atingiu milhões de
nossos melhores, o conflito racial entre negros e bran
cos quase se transformou em guerra civil em muitas
cidades, os campus das universidades se inflamaram
com distúrbios, violência, revolução e a guerra do
Vietnã dividiu os Estados Unidos.
281
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
Mas algo maravilhoso aconteceu em 1968. Os
filhos de ;Deus começaram a orar para que houvesse
um grande reavivamento espiritual em nosso país.
Eles reivindicaram as promessas de Deus, intercede
ram e levantaram suas vozes em obediência a II Crô
nicas 7:14. Por todo o país havia reuniões de oração,
pastores começaram a dar mais atenção à oração,
correntes de orações se tornaram comuns em toda a
nação, milhões de americanos estavam orando. A ma
ré começou a mudar.
Deus levantou um exército de pessoas como
Rex Humbard, Jerry Falwell, Pat Robertson, Kathryn
Kuhlman, Robert Schuller e muitos outros no rádio e
na televisão, até que 125 milhões de pessoas puderam
ouvir o evangelho todas as semanas. Cerca de 85
milhões de pessoas estavam freqüentando igrejas. O
Instituto Gallup fez um levantamento e descobriu que
mais de 50 milhões de pessoas, com idade acima de
18 anqs, disseram que eram nascidas de novo. Deus
honrou a oração sobrenatural.
Planos sobrenaturais
286
Apêndice I
Como ter certeza
de que você
é um cristão
Minha experiência em aconselhar estudantes e
leigos, por todos estes anos, desde que conheci
Cristo pessoalmente, me convenceu que há milhões de
bons e fiéis freqüentadores de igrejas que receberam
Cristo, mas, que não estão seguros de sua salvação.
Embora tentando agradar a Deus de todas as maneiras
com esforços disciplinados, ainda estão inseguros de
seu relacionamento com Ele.
Desinformação
O Maior presente
Emoções
Estar seguro de que você é um cristão, envolve
as emoções. Emoção é um sentimento ou reação a
um ato, um evento, ou uma experiência específicos.
O fato de não se distinguirem os diferentes tipos de
emoções, tem confundido muitas pessoas quanto ao
seu relacionamento com Deus. A ênfase errada sobre
as emoções, provavelmente tem sido a maior causa
para a falta de segurança de um relacionamento vital
com Deus através de Jesus Cristo.
Uma pessoa poderá ser muito extrovertida e
altamente emotiva, enquanto que outra será calma,
reservada e introspectiva. Estas duas pessoas encaran
do o mesmo fato ou participando da mesma experiên
cia, vão ter reações bem diferentes — uma, com
grandes emoções e a outra, cahnamente.
Cada pessoa que recebe Jesus Cristo como seu
salvador e Senhor terá um tipo diferente de experiên
cia emocional. Paulo conheceu Cristo num dramáti
co encontro na estrada de Damasco. Timóteo, por
outro lado, foi criado num lar cristão, onde veio
conhecer Cristo ainda bem jovem e crescer gradual
mente na fé. O fato de que sua experiência com Deus
possa não ser tão emocional como a de outras pes
289
VENHA AJUDAR A TRANSFORMAR O MUNDO
soas, não a toma menos real. Nós não devemos de
pender de nossas emoções, pois elas podem ser enga
nosas.
Como, pois, pode alguém estar seguro de que é
um cristão? Não existe alguma confirmação que Deus
dá ao homem que sinceramente recebe Cristo? As
Escrituras nos dão uma tripla confirmação de que
Jesus Cristo está em nossa vida, que somos filhos de
Deus e que temos a vida etema.
A Palavra de Deus
Primeiramente, temos o testemunho externo da
Palavra de Deus. A segurança é baseada na autoridade
da Palavra de Deus. Quando você conhece as condi
ções de Deus, como estão reveladas em Sua Palavra,
você pode ficar seguro de que é um filho de Deus.
Em segundo lugar, há o testemunho interno do Espí
rito Santo: “O próprio Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16).
Nossa vida transformada é um terceiro testemunho de
que somos cristãos: “E assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram;
eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5:17). Esta
mudança pode ser súbita ou gradativa, de acordo com
a personalidade de cada indivíduo.
Há lugar para as emoções na experiência cristã,
mas não devemos procurá-las, nem tentar trazê-las de
volta do passado.
Não devemos ignorar o valor das emoções que
são legítima. Porém, é mais importante lembrar que
devemos viver pela fé — em Deus e em Suas promes
sas — e não na busca de uma experiência emocional.
O próprio ato de buscar uma experiência emocional
contradiz o conceito de fé, que é a única maneira de
agradar a Deus.
290
Como ter certeza de que você é um cristão
A vontade
Além do intelecto e das emoções, tornar-se um
cristão envolve a vontade. Nosso relacionamento com
Cristo pode ser ilustrado com os requisitos para um rela
cionamento matrimonial que tem na sua forma ideal, os
mesmos três ingredientes: intelecto, emoção e vontade.
Por exemplo, um homem pode estar intelectual
mente convencido de que a mulher de quem ele quer
ficar noivo, é a “mulher certa” para ele. Ele pode
estar envolvido emocionalmente e amá-la de todo
coração, mas casamento requer mais do que intelecto
e emoção: envolve o querer.
Somente quando o homem e a mulher, num ato
de vontade, se comprometem mutualmente diante de
um ministro ou de outra autoridade, é que se tornam
marido e mulher. As duas palavras “sim” fazem a
diferença. Assim é o nosso relacionamento com Jesus
Cristo. Não é suficiente crer que Jesus Cristo é o
Filho He Deus e o Salvador dos homens; nem é
suficiente ter uma experiência emocional ou espiri
tual. Embora ambas as coisas sejam válidas, ninguém
se torna um cristão até que, num ato de vontade,
receba Cristo em sua vida como Salvador e Senhor.
Pode, entretanto, haver uma diferença entre o
relacionamento matrimonial e a experiência cristã. No
matrimônio, a seqüência da entrega é sempre intelec
tual, depois emocional e finalmente volitiva. Porém,
na entrega para Cristo, a seqüência geralmente é inte
lectual, depois volitativa e, finalmente, como um re
sultado, emocional.
Verdades básicas