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Efésios 1.20-23
1. EXPOSIÇÃO DA PASSAGEM
I. Introdução contextual – Paulo ora incessantemente diante de Deus pela igreja.
a) Oração pedindo que Deus conceda: espírito de sabedoria e de revelação no
pleno conhecimento dele.
b) Três propósitos específicos, através dos quais eles iriam saber qual era:
A esperança do seu chamamento;
A riqueza da glória da sua herança nos santos;
A suprema grandeza do seu poder;
II. Breve discussão exegética dos principais pontos
a) Paulo vem tratando da necessidade dos crentes em conhecer o processo da
salvação de suas almas bem como entender, à medida que o Espírito os ensina,
do que da parte de Deus lhes foi revelado, todo o plano da Salvação.
b) Esse plano eterno está sendo agora descortinado pelo Espírito da sabedoria e
da revelação que, de maneira inspirada, toma o apóstolo como instrumento em
suas mãos para realizar essa tarefa.
c) A primeira coisa que ele faz é orar, e orar incessantemente; mas ele ora com
um objetivo específico: Que seja concedida, da parte de Deus, aquilo que
somente ele mesmo pode dar: sabedoria e revelação = conhecimento.
d) Conhecimento para sustentá-los na fé e não serem rapidamente conduzidos de
forma inadequada para outro evangelho.
e) O ponto principal dessa questão está relacionado com a habitação do Espírito,
o selo que eles receberam, o penhor da sua herança, suficiente para mantê-los
guardados até o seu resgate. Isso faz Paulo abrir um parêntese (v. 15) para
elogiá-los quanto a estarem praticando essa compreensão no aconselhamento
mútuo.
f) Isso se deu porque os olhos espirituais deles foram abertos. Não há sentimento
de individualidade; há ali uma compreensão vívida de que eles pertencem a um
mesmo corpo, formado por judeus e gentios, cujo propósito da sua existência é
a glória do cabeça da igreja, Cristo Jesus nosso Senhor.
g) Aí entra a compreensão a que Paulo quer que eles cheguem: QUE ELES ESTÃO,
DE TAL MANEIRA, LIGADOS A CRISTO, QUANTO NÃO PODEM SER E AGIR
EXATAMENTE COMO ELE AGIU, fazendo isso pelo poder do Espírito Santo.
h) O mesmo poder que operou na Criação, e que também agiu na Redenção, é o
que rege a Providência contínua de Deus na vida cristã. Esse mesmo poder
haverá de operar na Consumação de todas as coisas.
i) De uma maneira especial Cristo já operou a consumação da nossa redenção, na
cruz. E esse poder que operou na cruz a nossa redenção é o mesmo poder que
agiu na ressurreição gloriosa de Jesus, para concentrar novamente toda a
autoridade nas mãos dele. Isso remete ao v.10: “de fazer convergir nele, na
dispensação da plenitude dos tempos, TODAS AS COISAS, tanto as do céu, como
as da terra”. Incluindo-se sob essa autoridade, os que foram salvos por ele.
2. EXPOR A DOUTRINA DA PASSAGEM
I. Principais ensinamentos do texto (proposições)
a) Paulo propõe nessa passagem a compreensão do que é de fato a igreja. Eles
não estavam lidando com um aspecto institucional ali. O poder que Deus
exerceu através de Cristo e em Cristo, não era simplesmente para mantê-los
subjugados a uma instituição denominacional, fazendo deles massa de
manobra ou frente de batalha para conquistar benefícios desse mundo. Até
porque Cristo não precisa de homens para conquistar algo ou dominar sobre o
que já lhe pertence. Tudo é dele, nós sabemos disso. Mas o Espírito deseja que
os crentes reconheçam a autoridade de Cristo e permaneçam nele. Paulo sabe
que o coração do homem, mesmo regenerado, pode ainda assim ser enganado
e seguir outro líder que não seja Cristo. E é nessa relação que entra a oração de
Paulo em favor dos irmãos. Que neles habite a certeza de que “Todo poder me
foi dado no céu e na terra” (Mt 28.18).
b) Esse poder inclui a retomada completa de toda autoridade sobre todas as
coisas. Por isso ele diz (v.20) “exerceu em Cristo”.
Ressuscitando-o dentre os mortos (autoridade sobre a morte);
Fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais (autoridade sobre
os anjos);
O deu à igreja (autoridade da cabeça sobre o corpo que lhe pertence).
c) Isso fez de Cristo o SENHOR, o soberano sobre todas as coisas, também na Nova
Aliança. A igreja não deu origem a Cristo, mas Cristo deu origem e sentido à
igreja. Paulo fala de plenitude, a completude, o enchimento de todas as
medidas necessárias para que a igreja chegue ao pleno conhecimento de Deus,
para mantê-la firme e inabalável.
II. Comprovar a doutrina com outros textos (analogia da fé)
a) Mt 28.10 – Ao sair para o mundo e pregar o Evangelho, eles precisariam do
poder do Espírito de Cristo para subjugar as nações;
b) Efésios 3.14-21 – o poder que opera nos verdadeiros crentes;
c) Efésios 4.8-13 – o poder para a edificação da igreja (ele ensina a igreja como
viver o evangelho);
d) Filipenses 1.6 – poder para completar a obra iniciada;
e) I Tessalonicenses 1.5 – poder para ser modelo de vida cristã;
f) Apocalipse 7.11 – a expressão máxima de adoração a Cristo como Deus.