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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL E ESCOAMENTO

EM POÇOS DE PETRÓLEO

Instrutor: MSc. Luã Monteiro


Doutorando em Engenharia de Petróleo com ênfase em Simulação Numérica de Reservatório:
Mestre em Engenharia de Materiais e Tecnólogo em Petróleo e Gás

1
INTRODUÇÃO

Surgência BCS BM BCP


natural

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

7
ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

8
ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

9
ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO

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BOMBEIO MECÂNICO

• A elevação de fluido no sistema de


BM, resulta do funcionamento de
uma bomba alternativa instalada no
fundo do poço.

• O movimento alternativo é produzido


na superfície por uma unidade de
bombeio (UB) e transmitido ao pistão
da bomba de fundo por uma coluna
de hastes, o qual, com isto, consegue
elevar uma determinada quantidade
de fluido para superfície.

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BOMBEIO MECÂNICO

UNIDADE DE BOMBEIO (UB)

• Objetivo:
Responsável pelo fornecimento e transmissão de energia;

• Composta por:
✓ Motor
✓ Redutor de velocidade
✓ Unidade de bombeio
✓ Haste Polida
✓ Cabeça de Poço

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BOMBEIO MECÂNICO

COLUNA DE HASTES

• Objetivo
É uma parte vital do sistema, sendo a
responsável por ligar a UB à Bomba de Fundo

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BOMBEIO MECÂNICO

BOMBA DE FUNDO

• Objetivo:
Fornecer energia ao fluido elevando-o até a superfície

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BOMBEIO MECÂNICO

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BOMBEIO MECÂNICO

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BOMBEIO MECÂNICO

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Abrange uma faixa maior de • Baixa eficiência volumétrica;


profundidade; • Maior consumo de energia;
• Maior resistência à corrosão e • Menor durabilidade com sólidos
temperatura; em suspensão e gás;
• Manutenção do equipamento • Maior investimento inicial;
de fundo mais barata; • Manutenção do equipamento de
• Maior simplicidade superfície mais caro;
operacional; • Não é indicado para fluidos muito
• Maior continuidade viscosos;
operacional; • Não é indicado para produção
offshore;
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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
• São bombas de deslocamento positivo, composto de um rotor metálico com a
forma de um parafuso sem fim e de um estator. As folgas existentes entre o rotor e
o estator formam os volumes das cavidades. A rotação do rotor produz o
deslocamento dos fluidos dentro das cavidades.

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
CABEÇA DE ACIONAMENTO

• Objetivo
Fornecer energia mecânica necessária para movimentar a bomba, bem como
sustentar o peso da coluna de hastes.

• Componentes
✓ Motor
✓ Redutor
✓ Conjunto de polias/correias
✓ Caixa de Gaxetas
✓ Haste Polida
✓ Sistema de Freio
✓ Sistema de Rolamento e
✓ Lubrificação

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
COLUNA DE HASTES E TUBOS

• Objetivo
Transmitir o movimento de rotação do
motor de superfície para o rotor.

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
BOMBA DE FUNDO

• Objetivo
Conduzir o fluido da admissão para o
recalque, fornecendo a pressão
necessária para que o petróleo chegue
até o ponto de coleta na superfície.

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO BCP


• Habilidade para bombear óleos • Requer mínima manutenção;
viscosos; • Apresenta maior eficiência
• Permite trabalhar com elevadas volumétrica;
concentrações de areia; • Opera com motores de menor
• Sob condições apropriadas, pode
trabalhar com gás livre; potência, gerando menor consumo de
• Acarreta menor investimento inicial, energia;
em comparação com outros métodos; • Possui boa flexibilidade operacional,
• Apresenta simplicidade de instalação e ajustando-se a variáveis condições de
de operação operação;
• Unidade de acionamento de superfície
de pequenas dimensões e baixo risco
ambiental.

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
EFICIÊNCIA DE UMA BCP
• O exemplo a seguir apresenta que caso tenhamos duas bombas com o mesmo
valor de interferência rotor/estator, ao se adicionar um número maior de
cavidades, a eficiência da bomba aumentará porque existirá uma menor pressão
diferencial entre as cavidades.

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS

VANTAGENS DESVANTAGENS
• Maior eficiência volumétrica; • Abrange uma faixa de
• Maior durabilidade com sólidos profundidade menor;
em suspensão e gás; • Menor resistência à corrosão e
• Menor investimento inicial; temperatura;
• Melhor vazão para fluidos • Maior gasto com o
viscosos; equipamento de fundo;
• Manutenção do equipamento • Maior complexidade
de superfície mais barata; operacional;
• Consumo de energia menor; • Baixa continuidade
• Também pode ser usado operacional;
offshore;

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BOMBEIO POR CAVIDADES
PROGRESSIVAS
COMPARAÇÃO DO ESPAÇO OCUPADO – BM X BCP

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Bombeio Mecânico – BM

https://w
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e.com/wat
ch?v=Mcpl
7s_78Yw

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Bombeio de Cavidades Progressiva – BCP

https://w
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e.com/wat
ch?v=cvT0
qhq_GWw

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO (BCS)

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CONCEITO

• Método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluido


através de uma bomba centrífuga posicionada no fundo do poço,
acionada por um motor elétrico acoplado à bomba.

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CARACTERÍSTICAS DO BCS

• Range flexível de vazão


• Aplicável a poços desviados (dogleg  3º/100 ft para passagem e  1º/100 ft
para assentamento)
• Aplicável a poços com alta RAO
• Aplicável a poços profundos
• Não apresenta partes móveis na superfície (aplicável em áreas urbanas)
• Os vazamentos na superfície são inexistentes
• Automação, supervisão e controle é relativamente simples

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

LIMITAÇÕES DO BCS

• O custo inicial do sistema é relativamente alto


• Restrição à areia
• Problema com alta razão gás-líquido
• Problema com alta viscosidade
• Limitações de temperatura
• Requer uma fonte de eletricidade estável e de confiança
• Para reparar qualquer equipamento do conjunto de fundo é necessária a
retirada de toda coluna de produção

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
ONSHORE OFFSHORE

BCSS BCS
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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

EQUIPAMENTOS:
• Motor
• Protetor
• Admissão da bomba
• Bomba
• Cabo elétrico
• Cabeça de produção
• Quadro de comando
• Transformador
• Caixa de ventilação

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

PARTES
• Impelidor
• Difusor
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS:
• Velocidade: 3500 rpm
• Vazão: 30 a 10000 m3/dia
• Diâmetro: 3,38” até 10”
• Número de estágios: até 550 stg
• Profundidade: até 5000 metros

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

IMPELIDOR FLUTUANTE

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
SEPARADOR DE GÁS DE FUNDO

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

MOTOR DE FUNDO

CARACTERÍSTICAS
• Trifásico
• Velocidade de 3500 rpm a 60 Hz
• Rotor e estator
• Potências de até 1500 HP
• Voltagens de 230 a 5000 Volts
• Amperagens de 12 a 200 Amperes
• Resfriado com o fluido produzido
• Cheio com óleo isolante

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
PROTETOR DO MOTOR

PRINCIPAIS FUNÇÕES
• Equalizar pressões do fluido
produzido e do óleo do motor
• Prover volume para a expansão
do óleo do motor
• Alojar o mancal que absorve os
esforços
• transmitidos pelo eixo da bomba;
• Conectar as carcaças e eixos do
motor
• e da bomba;
• Evitar entrada de fluido produzido
• no motor;

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CABO ELÉTRICO

CARACTERÍSTICAS
• Trifásico
• Redondo e chato
• Partes:
❑ Condutores
❑ Isolamento
❑ Fita de proteção
❑ Jaqueta
❑ Armadura

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
CABO ELÉTRICO

DIMENSIONAMENTO
• Queda de voltagem deve ser inferior a 30 Volts/1000 pés ou 10
Volts/100 metros
• Corrigir “ΔV” para temperatura
• Verificar temperatura, fluidos corrosivos, pressão, presença de gás,
espaço entre revestimento e luvas da coluna de produção.

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
CONEXÃO CABO CHATO X MOTOR PROCESSO DE CINTAGEM

Conexão tape in

Cintagem do cabo Cintagem do cabo


Conexão plug in
chato redondo
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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO
QUADRO DE COMANDOS

FUNÇÕES:
▪ Ligar e desligar conjunto de fundo (Chave)
▪ Registrar amperagem (Amperímetro registrador)
▪ Desligar o conjunto quando há excesso de carga (Relé de sobrecarga)
▪ Desligar o conjunto quando há baixa amperagem (Relé de subcarga)
▪ Religar o conjunto automaticamente(Temporizador)

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CAIXA DE VENTILAÇÃO

Utilizada em poços terrestres para:

▪ Evitar migração de gás para o quadro de comando


▪ Medir as condições elétricas do cabo
▪ Inverter o sentido de rotação do motor

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CABEÇA DE PRODUÇÃO

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO

• Nos poços equipados com BCS, o acompanhamento da produção é


feito através de cartas amperimétricas;

• Uma análise das cartas permite a detecção de problemas operacionais


logo que eles surgem.

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BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO

CARTA AMPERIMÉTRICA

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

GÁS-LIFT CONTÍNUO É considerada uma extensão do


fluxo natural do poço, porque é baseado
no processo de liberação e expansão do
gás na medida em que o óleo vai
subindo pela coluna de produção;

O método é considerado bastante


versátil, podendo ser aplicado a poços
de qualquer profundidade, com
qualquer pressão de reservatório e para
vazões de produção variando de poucos
barris a dezenas de milhares por dia

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Gás-Lift Contínuo
Ao iniciarmos o bombeio de gás a
uma pressão ligeiramente maior que a
pressão estática exercida pela coluna de
fluido dentro da coluna de produção
teríamos fluxo de gás para dentro do
tubo de produção. Este gás, por ser mais
leve que o fluido da formação subiria e
gaseificaria o conteúdo do tubo de
produção.

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Gás Lift

Definição segundo THOMAS (2004):

“Esse método de elevação por ter um custo


relativamente baixo para produzir em poços
profundos, é bastante utilizado. ”

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

PRINCIPAIS MÉTODOS

1. Gás Lift Contínuo


2. Gás Lift Intermitente

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

1. Gás Lift Contínuo

Definição segundo LEONEZ (2011):

“O gás lift contínuo consiste na injeção de gás a alta pressão


continuamente na coluna de produção,
tendo como objetivo de gaseificar o fluido desde
o ponto de injeção até a superfície. ”

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

2. Gás Lift Intermitente

Definição segundo LEONEZ (2011):

“O gás lift intermitente é produzido através da


injeção de gás a alta pressão, necessário para o
deslocamento do petróleo a base das golfadas
(fluxo para a superfície de forma inconstante).”

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Gás-Lift Intermitente

➢ Aplicável apenas a poços de baixa produtividade;

➢ Baixas vazões e altas RGL;

➢ Baixa eficiência energética.

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Gás Lift Contínuo X Gás Lift Interminente

Quadro 1 – Comparativo entre GLC e GLI

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Vantagens

• Podendo ser utilizado em áreas de produção onshore e offshore;


• Utilizado para grandes teores de areia e razão gás –líquido (RGL);
• Baixo custo operacional;
• Pode ser utilizado em poços direcionais;
• Método mais utilizado na indústria petrolífera.

Desvantagens

• Só irá funcionar com a injeção de gás comprimido;


• O gás a ser trabalhado não poderá ser corrosivo;
• Não pode trabalhar com grande distância entre o poço e os compressores que irão
fornecer gás comprimido.

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Gás-Lift Contínuo

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e.com/wat
ch?v=5sYJI
_oCOWU

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Comparação entre os Métodos de Elevação Artificial

PROBLEMA BM BCP BCS GLC


Areia Regular Excelente Fraco Excelente
Parafina Regular Regular Regular Regular
Alta RGO Regular Fraco Fraco Excelente
Tortuosidade Regular Fraco Bom Excelente
Corrosão Bom Bom Regular Regular
Alta Vazão Regular Fraco Excelente Bom
Baixa Vazão Excelente Excelente Fraco Regular
Grande profundidade Regular Fraco Regular Regular
Alta temperatura Excelente Regular Regular Bom
Alta viscosidade Bom Excelente Regular Regular
Flexibilidade Bom Regular Fraco Excelente

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UNIDADES INSTALADAS (BR)

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

COMO DEFINIR O MÉTODO A SER UTILIZADO


• Para se preferir um dos métodos, a resposta deve convergir para uma das
características abaixo:
- Razões técnicas: O método opera tão bem, ou melhor que outros sistemas?
- Razões econômicas: O método de elevação deve proporcionar menores custos
globais de operação.

• Finalidade Do Poço;
• Localização Do Poço;
• Tipo E Qualidade Da Rocha;
• Tipo Dos Fluidos Presentes (Óleo Ou Gás, Com Co2 E/Ou H2s);
• Profundidade E Pressões Envolvidas;
• Vazões/Sistema De Elevação De Fluídos;
• Aspectos De Segurança;
• Considerações Econômicas (Menores Custos / Padronização De Equipamentos).

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
• SOUZA, L. A. Noções de elevação de petróleo. Apostila, Programa Alta
Competência – Petrobras, PUC-RJ, 2009;

• CARVALHO, P.C.G. Elevação de petróleo por bombeio de cavidades


progressivas. Apostila, Petrobras;

• COSTA, R.O. Curso de bombeio mecânico. Apostila, Petrobras, 2008;

• THOMAS, J. E. – Fundamentos de Engenharia do Petróleo. Interciência, 2ª


Ed, 2004.

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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Obrigado por estar conosco nessa missão de


compartilhar conhecimento.

Aguardamos você no Próximo Curso!

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