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O ENSINO DE MANDOS E TATOS

Profa. Karina Faraco Corrêa

RESUMO

A linguagem é um sistema composto por símbolos arbitrários,


construídos e convencionados socialmente. Ela é governada por regras, e sua
principal função é representar suas ideias sobre o mundo. Durante o processo
natural do desenvolvimento infantil, a criança passa a partilhar do meio de
comunicação utilizado por seus familiares, agregando valores e conceitos aos
símbolos comunicativos.
As práticas interativas permitem à criança desenvolver suas habilidades
comunicativas, sendo possível internalizá-las para em outras situações,
exteriorizar sentimentos, desejos e ideias.
Como dito anteriormente, a linguagem é todo conteúdo contido no
léxico. E qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos
através de signos convencionais, sonoros, gráficos e gestuais. Por exemplo,
uma logo empresarial, um rótulo, gráficos, a escrita e situações gestuais
(linguagem corporal).
Os aspectos importantes para o desenvolvimento de linguagem são: o
sistema neurobiológico, a maturação biológica, a plasticidade cerebral,
intercorrências peri/pós natais, fatores genéticos/hereditários, integridade do
Sistema Auditivo, integridade do Sistema Visual, integridade das Estruturas
Orofaciais, aspectos sociais, fatores ambientais, culturais e econômicos.

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Na fonoaudiologia a linguagem é considerada em três partes: norma,
conteúdo e uso. A forma, diz respeito à produção dos sons, como se emite o
fonema. A estrutura da frase - se possui todos os componentes e se a ordem é
aceitável pela língua – níveis fonético-fonológico e morfossintático. O conteúdo,
diz respeito aos significados, que podem estar na palavra, na frase ou no
discurso mais amplo – nível semântico. Por fim, o uso refere-se ao uso social
da língua. Não basta emitir sons, estruturar uma frase e saber o significado,
tem que adequar esses fatores ao contexto em que está sendo empregado –
nível pragmático.
A estimulação da linguagem pode ser feita de diversas formas, e na
maioria das vezes através de brincadeiras (forma lúdica). Alguns exemplos são
as brincadeiras construtivas (jogos de montar/desmontar); plásticas (desenho,
massinha, etc); projetivas; imitação de situações vivenciadas; o faz de conta; o
devaneio (presença de situações imaginárias, história com sequência e
narrativa, criatividade, brincar junto e não ao lado) ou jogos com regras,
inicialmente mais simples, se tornando mais sofisticados.

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