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RESUMO
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todas as crianças, já que trabalha questões visuais, perceptivas e cognitivas.
Quando pensamos em particularidades do Transtorno do Espectro
Autista (TEA), fica mais evidente sua importância (por utilizar pistas visuais) em
todo processo de aprendizagem, e para ampliar e fortalecer interações. E, não
por acaso, o pareamento costuma ser uma das primeiras estratégias para se
obter o engajamento da criança nas terapias e/ou consultas, para a criança nos
responder de forma adequada durante as sessões, devemos ser pareados a
estímulos que favorecem a motivação e o interesse da criança. Então
geralmente somos pareados com brinquedos, brincadeiras, jogos ou até
mesmo itens de preferência tangíveis à ela, para que a mesma comece a nos
comparar com coisas do interesse delas.
Dessa forma, parear é o ato de combinar e/ou juntar em par, fazer
associação. É estimulado através de brincadeiras, menos ou mais complexas,
que poderão ser utilizadas em diferentes fases do desenvolvimento,
respeitando o nível de compreensão e capacidade da criança.
Parear elementos idênticos (por exemplo: figuras iguais de laranja),
estimula o reconhecimento visual de estímulos; já o pareamento de
não-idênticos inicia o ensino de categorização (ou seja, entender que as coisas
pertencem a classes, ex. gatos de raças diferentes).
A recomendação do ensino por emparelhamento é começar com
associações simples e ir aumentando o grau da demanda (por exemplo:
figura/figura, número/número, objeto real/ figura, figura/palavra, figura/sombra).
Mais adiante podem ser trabalhados pareamento de estímulos relacionados
para aprender a associar (por exemplo: calça/camisa, sapato/meia, garfo/faca),
e ir propondo desafios com comandos mais refinados (por exemplo: separar as
fotos de todos os animais da floresta e questionar onde eles moram), entre
inúmeras possibilidades de investigação desta habilidade.
Sendo assim, o pareamento é habilidade fundamental também para a
alfabetização e demais conceitos acadêmicos. Se a criança não percebe a
diferença ou semelhança entre palavras, poderá ter dificuldade na leitura
correta e interpretação (por exemplo: bolo/bola). Também estimula ainda a
concentração e atenção; a coordenação motora fina; amplia o vocabulário;
trabalha a habilidade de construir sequência; estimula o raciocínio lógico, além
de gerar momentos prazerosos e fortalecer vínculos.
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O pareamento de estímulos consiste em apresentarmos o item de menor
preferência juntamente com o item de maior preferência. Conforme o
pareamento entre itens de preferências diferentes for acontecendo, o que pode
levar muitos dias e muitas tentativas, é possível que o item que inicialmente
tinha menor preferência comece a se tornar interessante e reforçador para a
criança.
Então brincar com a criança utilizando seus brinquedos favoritos é uma
forma de pareamento de estímulos, sem estabelecer nenhum tipo de demanda
durante a brincadeira pode ser uma maneira de favorecer o pareamento de
novas pessoas no ambiente do indivíduo com seus itens favoritos.
Considerando agora o cenário em que nosso objetivo é aumentar o número de
brinquedos e brincadeiras que uma criança se interessa, podemos inserir,
gradualmente, novos brinquedos (itens de menor preferência) durante a
brincadeira de maior preferência.
Dessa forma, podemos estabelecer situações para termos os melhores
resultados e benefícios para os indivíduos que necessitam ampliar seus
repertórios e variar seus interesses. A equivalência de estímulo é
extremamente recomendada para o ensino de novas habilidades, e para
ampliação de novos repertórios.