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O PAREAMENTO DOS ESTÍMULOS

Profa. Nágila Guedes Geraldine

RESUMO

Quando falamos sobre Pareamento de estímulos, afirma-se que parear,


nada mais é do que juntar em par; emparelhar; combinar; compatibilizar;
comparar-se a; unir-se. Ao realizar pareamentos o objetivo é associar e
reproduzir um padrão: a criança/adulto visualiza um modelo e com figuras e
objetos, iguais ou não, o reproduz.
O processo de pareamento de estímulos acontece quando são
apresentados dois estímulos, um condicionado e outro neutro,
simultaneamente, de modo que após algum tempo, ambos os estímulos sejam
capazes de disparar a resposta comportamental, esperadas frente àquele
treino.
O procedimento comumente utilizado para o ensino de relações
condicionais é o emparelhamento ao modelo. No caso de relações de
identidade, diante de cada estímulo modelo, respostas de seleção do estímulo
que apresenta características físicas similares ao modelo, dentre as
alternativas disponíveis apresentadas ao paciente, ou estímulos de
comparação, são correlacionadas com reforço.
Dessa forma, consideramos o pareamento como a habilidade
fundamental também para a alfabetização e demais conceitos acadêmicos. Se
a criança não percebe a diferença ou semelhança entre palavras,
possivelmente poderá ter dificuldade na leitura correta e interpretação. Sendo
assim, precisamos garantir desde uma intervenção precoce esta habilidade.
O pareamento é habilidade fundamental também para a alfabetização e
demais conceitos acadêmicos. Se a criança não percebe a diferença ou
semelhança entre palavras, poderá ter dificuldade na leitura correta e
interpretação.
O pareamento ou emparelhamento é uma forma de ensinar o
reconhecimento visual dos estímulos do mundo. É habilidade fundamental para

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todas as crianças, já que trabalha questões visuais, perceptivas e cognitivas.
Quando pensamos em particularidades do Transtorno do Espectro
Autista (TEA), fica mais evidente sua importância (por utilizar pistas visuais) em
todo processo de aprendizagem, e para ampliar e fortalecer interações. E, não
por acaso, o pareamento costuma ser uma das primeiras estratégias para se
obter o engajamento da criança nas terapias e/ou consultas, para a criança nos
responder de forma adequada durante as sessões, devemos ser pareados a
estímulos que favorecem a motivação e o interesse da criança. Então
geralmente somos pareados com brinquedos, brincadeiras, jogos ou até
mesmo itens de preferência tangíveis à ela, para que a mesma comece a nos
comparar com coisas do interesse delas.
Dessa forma, parear é o ato de combinar e/ou juntar em par, fazer
associação. É estimulado através de brincadeiras, menos ou mais complexas,
que poderão ser utilizadas em diferentes fases do desenvolvimento,
respeitando o nível de compreensão e capacidade da criança.
Parear elementos idênticos (por exemplo: figuras iguais de laranja),
estimula o reconhecimento visual de estímulos; já o pareamento de
não-idênticos inicia o ensino de categorização (ou seja, entender que as coisas
pertencem a classes, ex. gatos de raças diferentes).
A recomendação do ensino por emparelhamento é começar com
associações simples e ir aumentando o grau da demanda (por exemplo:
figura/figura, número/número, objeto real/ figura, figura/palavra, figura/sombra).
Mais adiante podem ser trabalhados pareamento de estímulos relacionados
para aprender a associar (por exemplo: calça/camisa, sapato/meia, garfo/faca),
e ir propondo desafios com comandos mais refinados (por exemplo: separar as
fotos de todos os animais da floresta e questionar onde eles moram), entre
inúmeras possibilidades de investigação desta habilidade.
Sendo assim, o pareamento é habilidade fundamental também para a
alfabetização e demais conceitos acadêmicos. Se a criança não percebe a
diferença ou semelhança entre palavras, poderá ter dificuldade na leitura
correta e interpretação (por exemplo: bolo/bola). Também estimula ainda a
concentração e atenção; a coordenação motora fina; amplia o vocabulário;
trabalha a habilidade de construir sequência; estimula o raciocínio lógico, além
de gerar momentos prazerosos e fortalecer vínculos.

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O pareamento de estímulos consiste em apresentarmos o item de menor
preferência juntamente com o item de maior preferência. Conforme o
pareamento entre itens de preferências diferentes for acontecendo, o que pode
levar muitos dias e muitas tentativas, é possível que o item que inicialmente
tinha menor preferência comece a se tornar interessante e reforçador para a
criança.
Então brincar com a criança utilizando seus brinquedos favoritos é uma
forma de pareamento de estímulos, sem estabelecer nenhum tipo de demanda
durante a brincadeira pode ser uma maneira de favorecer o pareamento de
novas pessoas no ambiente do indivíduo com seus itens favoritos.
Considerando agora o cenário em que nosso objetivo é aumentar o número de
brinquedos e brincadeiras que uma criança se interessa, podemos inserir,
gradualmente, novos brinquedos (itens de menor preferência) durante a
brincadeira de maior preferência.
Dessa forma, podemos estabelecer situações para termos os melhores
resultados e benefícios para os indivíduos que necessitam ampliar seus
repertórios e variar seus interesses. A equivalência de estímulo é
extremamente recomendada para o ensino de novas habilidades, e para
ampliação de novos repertórios.

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