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Compreensão

A compreensão é algo importante e nos não esperamos que a criança atenda às nossas
expectativas. Em vez disso, nos queremos ser a pessoa que vai ajudar no suporte para o seu
desenvolvimento.

Os nossos desejos ativam os nossos sistemas sensoriais, emocionais, comunicação, e é a partir


daí que atingimos os nossos objetivos. Estes sinais conectam a compreensão com o affect e
criam significado com o contexto de experiencias partilhadas.

Nós incentivamos a criança a alcançar os seus desejos através do WAA – Words affect action,
na qual ancoramos a sua atenção com a nossa. Quando nós gostamos muito de alguma coisa,
investimos de forma afetiva e engajamos por completo. E isto aplica-se nas relações.

And in terms of getting that connection with a child, adding in a sensory component is often so
crucial to getting that engagement, too, as Marilee said. In my kicking the box of tissue
example, my son got to kick, had the visual experience o

O adulto às vezes molda instruções como: “Eu quero mais”, mas temos aqui algumas questões:

- O pronome na primeira pessoa “Eu” surge mais tarde, depois de meu por exemplo

- E temos a questão do “mais” o mais pode ser substituído por vários vocábulos: quero bolas,
quero bolachas, quero saltar…e utilizar cada vez mais palavras é algo fabuloso.

- E também temos a situação de perceber porque é que a criança quer: se por prazer,
motivação, segurança, necessidade, curiosidade, interesse….

Ecolália SCRIPTS

Existe a ideia e a conexão a uma determinada associação, e assim surge o scritp. Para nós pode
parecer algo aleatório e não conseguimos perceber a conexão, mas em termos de praxis, a
criança pode ter a ideia mas não conseguir executar essa ideia. Muitas vezes no meio da
ecolália surge o jargon, em que existe quase que uma desconexão entre a atividade cerebral e
a componente oro-motora para produzir os sons corretamente.
Existem situações em que surgem dificuldades na memória de trabalho, em que a criança
lembra-se do início e do fim, mas ficam confusas no meio.

Outra situação em que a criança pode utilizar a ecolália, é utilizá-la como uma maneira de
iniciar uma interação.

Pode estar relacionado com uma experiência emocional. Por exemplo uma criança falar sobre
princesas, mas querer de facto exprimir a emoção sentida do que propriamente a princesa em
si.

Em situações em que não percebemos, sorrimos, podemos tentar repetir o que a criança diz, e
validar o que ela diz. Ao contrário da abordagem de suprimir a ecolália ou o script de forma a
não reforçar comportamentos obsessivos. Isto pode fazer toda a diferença. Mas, também
temos que analisar o contexto e ser detetives, porque por vezes não temos que ser muito
literais perante uma ecolália. E é por isso que os pais são fundamentais no processo, porque
muitas vezes eles vão dar informação e contextualizar as ecolálias. Ex. camião está preso

Nós geralmente queremos responder ao nível desenvolvimental da criança para manter o


ritmo. Geralmente é utilizado o método analítico, em que é utilizada uma palavra de cada vez e
depois juntamos essas palavras.

No entanto, no caso de discursos de ecolália, scripts, as crianças utilizam grandes porções de


discurso o chamado gestalt, e nós queremos gradualmente desfragmentar. Tem situações em
que a criança utiliza um script inteiro quase ininteligível em que podemos perceber como um
jargon, para chegar a uma palavra que contextualize a situação: por exemplo cantam a canção
do atirei o pau ao gato porque viram ao gato; ou temos outras crianças que utilizam expressões
tipo “para o infinito e mais além”, que por vezes até podem se enquadrar em certos momentos
e ter uma intencionalidade comunicativa;

EX. numa atividade com bolas de sabão num método analítico podíamos adpotar vários
vocábulos isolados como: sopra! Ou mão para indicar que quer estourar com a mão, ou pum
pum para estourar as bolas. Numa abordagem de gestalt poderíamos introduzir porções de
discurso por exemplo: “que legal” “que fixe”, estou feliz, que engraçado.

he steps we take with our children staring with seeing them regulate, then engage, then
reciprocate. That’s the foundation for language development. It’s comprehension first. Then
once there’s this back-and-forth going, you have the sharing and they have the opportunity and
the breathing space to share their ideas in their own language.

That’s when we go in and respond and it becomes alive. Here’s where they start picking up–in
that interaction and communication–the ‘conventional’ language. We follow their lead by going
to what they’re thinking and feeling and to their understanding of the world when we engage.
The child needs to be interested and motivated. To deepen his understanding of his world, he
needs to be appreciated in the back-and-forth and feel safe in the Relationship.
By following the child’s motivation and interest we also need to meet them where they are
developmentally. When we do, we can present a ‘just right’ playful challenge. When the child
relates the present experiences in the moment with past experiences within the interaction, it
is wiring the brain. Jehan assesses not with pictures but within the interaction to determine the
complexity of ideas and the use of language.

AAC

Para uma criança neurotípica combinar duas palavras pode demorar algum tempo, até um
intervalo de 12 meses. E juntar três ou quatro palavras mais um ano. Portanto, o que acontece
no AAC é que a abordagem utilizada é grande parte pelo método analítico. Em crianças com
gestalt depois pode ser um desafio de como introduzir.

Existe alguma ansiedade em adquirir resultados rápidos com a AAC, mas o certo é que temos
que respeitar o ritmo da criança e ter em conta que num processo desenvolvimento
neurotípico esta aquisição leva o seu tempo.

A AAC pode ser de alta tecnologia em que tempos os aplicativos eletrónicos, ou então de baixa
tecnologia como livros ou quadros comunicativos ou sistema de gestos. E deve ser
individualizado para cada criança e seu perfil único. Deve também ser utilizado de forma muito
natural e com prazer compartilhado, já que esta se desenvolve com ca comunicação e
competências sócio-emocionais. Temos algumas abordagens que não são commumente
utilizadas no DIR/Floortime como o método que se utiliza no PECS em dar o símbolo em troca
do objeto, pode se tornar frustrante para a criança estarmos a impingir uma troca. No
floortime não forçamos a criança nem puxamos a mão dela. Tenho um exemplo de um menino
que começou a fazer floortime e que tinha começado com abordagem comportamental. Ele de
facto começou a expandir alguns vocábulos e a utilizar símbolos para comunicar. Mas o que
acontecia era que, sempre que ele queria ir ao banheiro, fazia o pedido. Ou seja, a questão da
autonomia e iniciativa ficou por trabalhar, porque ele assumia que necessitava sempre do
adulto para completar determinadas ações.

Fala-se muito de pré-requisitos na introdução da AAC como por exemplo ter capacidade
simbólica ou noção dos objetos, mas alguma perspetivas defendem que não há pré-requisitos
na medida em que no desenvolvimento neurotípico as crianças não tem necessariamente estas
capacidades antes de serem expostas à linguagem. Agora…o que é necessário, é que a criança
esteja regulada, atenta, manifeste um interesse compartilhado.. sinta-se segura. Para além
disso, se tivermos uma criança ainda com um número de interesses muito limitado e não
concretize muitos círculos comunicativos, talvez seja melhor esperar um pouco.

Depois cada caso será um caso, existem imensas aplicações. Por exemplo em situações em que
a criança tenha dificuldades no planeamento motor, será vantajoso ter uma aplicação em que
os símbolos estejam colocados sempre da mesma forma para depois gerar frases ou
expressões linguísticas. Dentro disso, os vocábulos podem estar organizados numa página de
acordo com um determinado tópico, ou então podem estar por categorias, mas isso será o
fonoaudiólogo que terá o conhecimento para fazê-lo.

Durante a implementação do AAC, a linguagem é modelada como seria suposto.

Bilingue

Neste artigo que vocês podem aceder, basicamente refere que o bilingue não afeta
negativamente indivíduos com PEA, até porque é algo que faz parte da sua identidade. E acima
de tudo o terapeuta deve encorarajar a língua que a família e a criança se sintam mais à
vontade.

Exemplo da família de Itália

- aprender novas palavras

- a própria família tinha estrategicamente introduzido algumas expressões em ingles ou italiano


para facilitar a comunicação.

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