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A Terapia ABA, por sua vez, é uma forma de intervenção que trabalha

comportamentos alvo da criança. Por exemplo, bebês mesmo antes


de falar conseguem olhar no olho quando chamam ele pelo nome, e
também seguem instruções como mandar beijo e bater palminha.
Imitam ações com brinquedos, apontam as partes do próprio corpo,
etc. Assim, esses comportamentos acabam sendo pré-requisitos para
respostas mais complexas como falar o nome das coisas ou
responder perguntas.
Sabemos da ansiedade das famílias em ver seu filho falar, mas tem
muitos comportamentos que devem ser desenvolvidos antes da
criança emitir as primeiras palavras funcionais. Nesse sentido é
desenvolvido um programa de intervenção, com tarefas de ensino em
contextos mais estruturados (DTT) ou em contextos mais naturais
(Ensino Naturalístico). Geralmente usamos os dois formatos no
trabalho com a maioria das nossas crianças. O que vai dizer o quanto
usar de cada um desses formatos é o perfil da criança, o quanto ela
consegue aprender em ambientes mais naturais, e o quanto ela
precisa de ambientes mais estruturados para aprendizagem
acontecer.
De modo geral, usamos dicas físicas, verbais, visuais para ajudar a
criança a ter sucesso nas tarefas de ensino. Também usamos itens
preferidos (brinquedos, por exemplo) para reforçar essas respostas e
garantir que elas vão aumentar de frequência no repertório do
paciente. Podemos começar com o ensino de repertórios que são pré-
requisitos da fala, no entanto, o trabalho é individualizado e
personalizado. Se uma criança, já chega para avaliação com
respostas de falante, pedindo e nomeando coisas, por exemplo,
vamos elaborar um plano de ensino para ampliar essas habilidades,
para que elas sejam as mais próximas do repertório de uma criança
neurotípica da mesma faixa etária. Assim, trabalhamos com diversos
comportamentos de acordo com a avaliação feita de cada criança. Os
dados são coletados continuamente para avaliar o procedimento e o
comportamento alvo da intervenção.
Muitos comportamentos alvo podem ser ensinados: a imitação, a
compreensão auditiva, a vocalização, entre outros.Utilizamos DICAS
físicas, visuais, vocais e gestuais, e aapresentação de itens preferidos
pela criança após resposta para o ensino de diversas habilidades. Por
exemplo, quando estamos ensinando a imitação "dar tchau" e a
criança permanece imóvel, pegamos sua mão e balançamos como se
ela estivesse dando tchau (essa é uma dica física), depois
apresentamos a consequência da imitação feita por ela, que pode ser
comestíveis, brinquedos, desenhos animados, enfim, itens que a
criança mais gosta. Assim, com o tempo reduzimos e retiramos as
dicas e fortalecemos a resposta independente do paciente.

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