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O IDEAL é que toda criança com atraso na linguagem seja atendida por uma
EQUIPE multiprofissional que poderá traçar uma estratégia INDIVIDUALIZADA
para ela.
Porém, eu sei que infelizmente conseguir esse tipo de atendimento nem sempre
é fácil, principalmente para quem depende do SUS. Apesar de termos alguns
centros de estimulação de excelência na rede pública eles não dão conta de toda
a demanda.
E é comum as crianças ficarem longos períodos na fila de espera. Então a ideia é
começar a estimular em casa ENQUANTO aguarda uma vaga numa equipe é
não postergar o início do tratamento.
Diminua o uso de telas ao máximo! Não canso de repetir isso. Criança aprende
a falar quando há INTERAÇÃO. TV, celular, tablet só projeta, NÃO há TROCA.
Isso vale inclusive para os “programas educativos”.
Se a criança não olha nos seus olhos, estimule-a com um brinquedo próximo
aos seus olhos (da mãe, não da criança) ao chamar o nome dela. Inicialmente ela
olhará para o brinquedo, mas eventualmente começará a olhar para você.
Ao conversar, desça a altura dela, olhe nos olhos e fale lentamente. Não TÃO
lentamente a ponto de parecer ARTIFICIAL. Mas de modo que ela consiga
entender.
Controle a ansiedade e permita que ela tente realizar suas atividades sozinho.
Se a criança começar a falar e titubear, espere, não complete a sequência por
ela. Se está tentando vestir uma roupa, de um tempo para que ela tente antes de
ajuda-la.
Descreva o que está fazendo. Por exemplo, no banho fale: “mamãe vai lavar a
sua cabeça, vamos esfregar a barriga, agora cadê o seu pé?”
Repita a mesma palavra em várias frases diferentes. Ex: você quer ÁGUA?
Mamãe vai pegar ÁGUA para você. Olha o copo, vamos colocar ÁGUA nele.
Agora você irá beber a ÁGUA.
Nas crianças pequenas ou que falam poucas palavras utilize livros de figuras
para apontar. “Olha o cavalo!” “ Agora olha a zebra.” Eles costumam prender
mais a atenção do que ler a história em si.
Converse com seu bebê nas atividades de vida diária (banho, alimentação,
trocas de fraldas, vestuário)
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