Teoria

das cores

 A Cor
A percepção das cores

Os olhos captam as luzes que os corpos (seres vivos

ou objetos) refletem. Sabemos, contudo, que os
corpos não têm cor em si, mas sim a capacidade de
absorver e de refletir, de maneiras diversas, os raios
luminosos que sobre eles incidem.

Existem três condições essenciais para que a cor

exista para nós: luz (sombra), visão, anteparo.

 As principais Aristóteles (384-322) classifica a cor como uma propriedade dos

teorias da cor objetos, da mesma forma que tinham peso, material e textura. As
cores são sete, branco, amarelo, vermelho, violeta, azul, verde e
preto, as demais cores decorrem da mistura daquelas. Toda cor
resulta da mistura do branco com o preto.

Leonardo da Vinci (1452-1519) que em seu Tratado sobre Pintura

já chamava as cores primárias de cores simples, ou seja, aquelas
que não podem ser produzidas pela mistura de outras cores.
Afirma que a cor não é uma propriedade dos objetos e sim da luz.

Isaac Newton (1642-1727) vai elaborar a expressão “Espectro das

cores”, começando no vermelho, passando por laranja, amarelo,
verde, azul, índigo e violeta, a partir da definição de seus ângulos
de refração. Utilizando um prisma de vidro, Newton decompôs a
luz branca em sete raios sucessivos, as sete cores que compõe o
arco íris. De acordo com Newton, quando uma luz incide sobre um
objeto, este absorve e reflete os diferentes comprimentos de onda
do espectro eletromagnético.

Wolfgang Von Goethe (1749-1832) observou a tonalidade natural

púrpura do vermelho – atualmente denominada magenta – assim
como o tom azul-esverdeado, hoje reconhecido como o ciano.
Essas cores, juntas ao amarelo, são denominadas modernamente
como as três primárias.

 A classificação das cores

• A atual teoria da cor reflete muitas vezes o pensamento de autores que nos
passado estudaram a Cor, como:

• Leonardo da Vinci (1452-1519) que em seu Tratado sobre Pintura já

chamava as cores primárias de cores simples, ou seja, aquelas que não
podem ser produzidas pela mistura de outras cores.

• Wolfgang Von Goethe (1749-1832) observou a tonalidade natural púrpura

do vermelho – atualmente denominada magenta – assim como o tom azul-
esverdeado hoje reconhecido como o ciano. Essas cores juntas ao amarelo
são denominadas modernamente como as três primárias.



 As cores em duas categorias: cores luz e cores pigmento

• Cor-luz ou sistema aditivo é a • Cor-pigmento ou sistema

radiação luminosa visível que tem subtrativo é a substância material
como síntese (resultado da mistura) que, conforme sua natureza,
a luz branca. Sua melhor expressão é absorve e reflete os raios
a luz solar, por reunir de forma luminosos componentes da luz
equilibrada todos os matizes que se difunde sobre ela. É a
(gradações, nuanças) existentes na qualidade da luz refletida que
natureza. determina sua denominação. O
fato de vermos um objeto azul,
• Cor-pigmento ou sistema subtrativo por exemplo, resulta de sua
RYB é definido como um sistema capacidade de absorver quase que
subtrativo opaco de cores, pois aqui todos os raios contidos na luz
leva-se em conta as cores como branca que sobre ele incide,
pigmentos materiais que podem ser refletindo para nossos olhos
misturados. apenas raios azuis.

• Modelos Cromáticos:
RGB (Cor luz); CMYK (Cor pigmento transparente); RYB (Cor pigmento opaco)

 Albert Henry Munsell (EUA, 1858 – 1918)

Em fins do século XIX, surgiram inúmeros sistemas de referência e

padronização das cores. Dos diversos métodos criados, o que teve maior
sucesso foi aquele do artista e professor Albert Munsell.
Em seu Atlas de Sistemas de Cores, ele define as três propriedades
principais de uma cor: matiz, valor e croma.

 Propriedades das cores

As cores têm propriedades inerentes que as distinguem umas das outras e criam
variações de seu aspecto. Dessas propriedades assinalamos:

Matiz (Hue)
É a cor em seu estado puro, sem o branco ou o preto em sua composição. O Matiz
é um atributo de cor que nos permite, por exemplo, distinguir o azul do amarelo, e
as diferentes matizes do verde, como o verde amarelado e o verde azulado.

Saturação ou intensidade (Croma)

Também conhecido como Croma, diz respeito à pureza ou intensidade, à vivacidade
ou palidez de uma cor.

Valor ou Brilho
É a propriedade da cor ligada a sua luminosidade ou sombra, isso quer dizer, o
quanto ela é clara ou escura.

Matiz (Hue)
Saturação ou intensidade (Croma)
Valor ou Brilho
 Cores Aditivas (luz) primárias: VERMELHO, VERDE e AZUL-VIOLETADO

A mistura das três cores luz primárias têm como resultado o BRANCO




Cores Subtrativas (pigmento) primárias (opacas): CIANO, AMARELO, VERMELHO e PRETO
A mistura das três cores pigmento primárias têm como resultado o
CINZA NEUTRO





 Cores secundárias

As cores secundárias são o

resultado da mistura de duas cores
primárias em proporções iguais.

ROXO: vermelho + azul

VERDE: azul + amarelo

LARANJA: vermelho + amarelo

 Cores terciárias

• Cor terciária é o resultado da

mistura de uma cor secundária
com uma das duas cores
primárias que a formam.
• Exemplo 1: a cor verde-limão
(terciária) é resultado do verde
(secundária) com o amarelo
(uma das cores primárias que
formam o verde).
• Exemplo 2: a cor azul-violeta
(terciária) é resultado do roxo
(secundária) com o azul (uma
das cores primárias que formam
o roxo).

 Cores neutras

As cores neutras "absolutas" são o

branco e o preto, porém há uma
variação de cores e tons que também
são neutros, como as variações de
cinzas, marrons, beges, alguns tons de
azul, como os acinzentados e os mais
escuros. São caracterizadas por
apresentar pouco reflexo e baixa
intensidade.
 Cores complementares

• Toda a cor tem uma outra cor que a complementa, como se fossem
atraídas uma pela outra.
• Cores complementares pigmento: amarelo e roxo; vermelho e
verde; azul e laranja.

• Cores complementares luz:

azul e vermelho, verde e magenta, roxo e amarelo.

Asilo Arkam, ilustrado por Dave McKean, 1989

Coringa do seriado de TV Batman, 1966
Interação cromática
Círculo cromático: relações cromáticas
 Cores quentes

• Classificamos de cores quentes o vermelho e o amarelo, assim como todas aquelas cores que
contêm uma predominância percentual de vermelho e / ou amarelo.
• O conceito quente advém de sua maior intensidade. As cores quentes são em geral mais
luminosas.

 Cores frias

• Classificamos de cores frias o azul e o verde, assim como todas aquelas cores que contêm uma
predominância percentual de azul e / ou verde.
• O conceito frio advém de sua menor intensidade. As cores frias são em geral menos luminosas.

• O valor de uma cor é

determinado pelo seu grau de
proximidade do preto ou do
branco.
• Cada cor tem um valor próprio
correspondente a um valor de
cinza.
• (Podemos perceber isso
quando transformamos uma
fotografia colorida em uma
preto e branco).

• A intensidade ou croma é, segundo Israel Pedrosa, “a qualidade

específica de saturação de cada cor que indica seu grau de pureza. As
cores perdem croma, dessaturando-se, ao serem misturadas com o
branco”. (PEDROSA, 2009)

• (Podemos perceber isso quando misturamos uma cor pura a

diferentes proporções de tinta preta e branca)

• Cor na Arquitetura
 Raquel Stolf (Brasil, 1975)
Lista de coisas brancas -coisas que podem ser,
que parecem ou que eram brancas, 2000-2005

arroz.açúcar.nuvem.sal.caderno novo.tontura.neve.pérola.céu
nublado.sussurro.borracha de apagar.concha.minha geladeira.cabelo
branco.vermes.pasta dental.eco.naftalina.dia de sol forte na
praia.ovos.morte.tinta de parede.vômito.guarda-pó.cocaína.maionese.roupas de
médico e dentista.larva de inseto.dados.pasta
d’água.remela.papel.nervo.página.palmito.branco do olho.máscara para
pó.quando se esquece de repente.mingau de aveia.dor de cabeça.melão
aberto.tempo que não passa.papel toalha.dentro do pequi.sabão de côco.caneta
quando falha.vôo.pedriscos de aquário.farinha de trigo.alho.dentro da
barata.polpa de fruta-do-conde.franqueza.ossos.quase no fim de alguma
coisa.metade da zebra.pelicano.glândula parótida.anseio.sofá.barba.arrepio.miolo
de pão branco.sêmen.dentro da semente da fruta.esqueleto.rabo de macaco
comodo.guardanapo.couve-flor.insônia.sulfato de bário.cimento
branco.iceberg.dentro da maçã.falha.travesseiro.gaivota adulta.urso
polar.máquina de lavar roupa.dentro da jabuticaba.magia branca.forno
microondas.leveza.roupa delutador de sumo.marfim.entre a polpa da laranja e a
casca.cabra-das-neves.flor da figueira-do-inferno.cegueira segundo
Saramago.quando a unha cresce.papel higiênico.leite.neblina.dentro do
travesseiro de penas.faixa de pedestres.saudade.instante antes do desmaio.saco
de leite tipo a, b, c.ovos de siba.legenda de filme.shampoo.varinha de
condão.plâncton.cano de esgoto.farinha de mandioca.pólo
sul,mosquiteiro.nudez.copo de plástico descartável.interruptor de luz.glândula
mamária.cursor.talo de couve-chinesa.desejo.lacre do vidro de requeijão.pólo
norte.borboleta.
 Sophie Calle (1953)
com Paul Auster (1947)

Double game, 1998, livro de artista,

instalações

“A regra do jogo: No livro Leviatan de

Paul Auster, (o autor) serviu-se de certos
episódios de minha vida para criar uma
personagem de ficção. Seduzida por meu
duplo, decidi jogar com o romance de
Paul Auster e de mesclar à minha
maneira, realidade e ficção. Já que em
Leviatan, Paul Auster tomou-me como
assunto, eu imaginei inverter os papeis,
tomando-o com autor de minhas ações.”





Le régime chromatique (O regime cromático) De l’obéissance (livre I), 1998
 Yves Klein (França, 1928-1962)

Le Vide (O Vazio), Galeria Íris Clert, Paris, 1958. Paredes e expositores

de vidro, cortina. Galeria esvaziada e pintada de branco



 Apresentação de Antropometrias da época azul, 1960

Antropometria da época azul 1961

– Azul Internacional Yves Klein




Anthropométrie de l’époque bleue (ANT 82), 1960
Pigmento puro e resina sintética sobre papel montado sobre tela,
155 x 281 cm





Relevo Esponja 19, 1958, esponja

natural, pigmento e resina sintética
Iluminação do obelisco da
Place de la Concorde, Paris,
2006 a partir de projeto do
artista de 1953.
 Um dia um gato
(Tchecoslováquia, 1963)
de Vojtěch Jasný

 Letícia Lambert (Brasil)

A Escala de cores das coisas

"Inspirado no formato dos catálogos de padronização de cores, ‘Escala de

Cor das Coisas’ é um livro de artista que traduz, revela e brinca com as
relações entre cor, palavra e imagem. São 70 cores apresentadas através
de fotografias dos elementos que utilizamos para denominar e
referenciar as cores na linguagem popular. A primeira edição foi lançada
em 2009, com 58 cores e uma tiragem de 1000 exemplares que está
esgotada. Na segunda, lançada em 2014, houve um aumento para 70
cores e a publicação de um pôster promocional com todas as cores
reunidas.” L.L.