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A MAIS LINDA HISTÓRIA DE AMOR

O Natal chegou e os sinais do Advento (do latim “vinda”) estão por toda
parte com o objetivo de antecipar a vinda, gerar aquela espera desejada pela
chegada do nascimento do Jesus Cristo, exemplo disso são as: Melodias
natalinas, arvores de pinheiros decoradas com luzes, as ruas e lugares cheios
de decorações natalinas que parecem surgir mais cedo a cada ano. Essa
familiaridade e essa nostalgia costumam fazer do Natal “o momento mais
maravilhoso do ano”.

Para muitos, no entanto, esta temporada pode ser uma lembrança


dolorosa de bons momentos que já não existem mais. Talvez este ano haja um
lugar vazio na mesa, e a única coisa que podemos pensar é na tristeza profunda
que estamos prestes a experimentar novamente a todo natal. Este conflito entre
alegria e dor pode trazer mais confusão e mágoa do que podemos suportar. Até
a própria história do Advento tem seu mistério.

Mas afastando essas questões pessoais que talvez tornem o natal não
tão maravilhoso assim. Podemos celebrar o Natal por vários motivos, não vou
mencioná-los aqui, mas o próprio termo Natal, vem do latim “Natalis” que
significa, Nascimento, e o nascimento do Messias só foi indesejado e doloroso
para aqueles que rejeitaram o Salvador.

Em João 3.16-21 podemos encontramos o sentido da nossa


comemoração. O diálogo entre Nicodemos e Jesus Cristo fala sobre o novo
nascimento necessário para entrar no Reino de Deus, o nascimento de espírito.
Conhecida como Regeneração, a nova gêneses, um novo começo, o começo de
uma nova vida.
Mas para que nós pudéssemos nascer de novo, o próprio Deus fez nascer
no ventre materno o Salvador. E nós celebramos o Natal porque como disse o
profeta Isaias 9.6: Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado e o governo
está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus
Poderoso, Pai da Eternidade, Principe da Paz.
A primeira vinda de Jesus Cristo, ou seja, o seu nascimento até a sua
morte e ressureição é uma linda história de amor, e eu diria ainda, é a mais linda
história de amor, contada aos homens de todas as épocas, gerações e nações.
Uma história contada por Deus em fatos reais. Que supera qualquer filme
ganhador do Oscar. E por mais que a humanidade tente retratar sua arte no
cinema com belas histórias de amor. Não há nada que possa ser comparado ao
Amor de Deus.
Portanto quero analisar nesta unidade porque o nascimento de Jesus é para
nós A mais linda história de amor:
1. O AMOR DE DEUS É MAIOR QUE O MUNDO (16)
Como diz aquela canção infantil: Grande, tão grande, alto, tão alto! Fundo,
profundo, é maior que o mundo Mas é pequeno, cabe lá dentro
Do coração de quem se entrega ao salvador: Jesus Cristo disse a Nicodemos:
16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para

que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 1
Foi com razão que Lutero chamou de “Bíblia em miniatura” esse versículo
maravilhoso.
Ao afirmar que Deus amou o mundo, o kosmon, palavra original no grego que
compreende a universo, e toda a terra habitada, que é alvo do amor ágape como
é comumente transliterado e significa o afeto e o cuidado de Deus.
O amor aqui mencionado não se refere àquele amor especial com que o Pai
contempla seus escolhidos, mas, sim, à grande compaixão e misericórdia com
que ele olha para toda a raça humana.
O alvo desse amor não é somente o rebanho que, desde a eternidade, ele
concedeu a Cristo, mas também o “mundo”, constituído por todos os pecadores,
sem exceção. Então, podemos afirmar em certo sentido, sim, Deus ama
profundamente este mundo.
Deus, com misericórdia e compaixão, contempla todos os que por ele foram
criados. Deus não ama os pecados dos homens, como falsos mestres ensina,
mas, sim, suas almas. “O SENHOR é bom para todos, e suas ternas misericórdias
permeiam todas as suas obras” (Sl 145.9).
Este versículo nos faz duas perguntas fundamentais, a primeira pergunta
implícita: Como Deus demonstra seu amor ao mundo? Alguns já a

1
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Jo
3.16.
responderam dizendo que “o amor de Deus é tão grande, tão grande que João
não conseguiu descrever, e acabou utilizado a expressão de “tal maneira”. Mas
essa ideia é não é verdade, visto que no grego “tal maneira” é um advérbio usado
para expressar uma correlação entre dois elementos em uma cláusula, seria o
mesmo que “assim”, então o restante do versículo descreve o modo, a maneira
como Deus amou ao mundo. Portanto o mundo é o objeto do amor de Deus e
como presente ele dá seu Filho unigênito, com um proposito, dar vida eterna aos
que Nele crê.
A segunda pergunta mais explicita seria: Por que Deus amou ao mundo?
John Charles Ryle diz acertadamente que Deus amou o mundo não para que
toda a humanidade fosse finalmente salva; ele amou o mundo e deu o seu Filho
unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Dar é, entregar é suportar a perda, do seu filho, no mesmo sentido de dar em
sacrifício o seu único filho. E unigênito, não diz respeito apenas ao pai que
possui um filho, mas fala também sobre o filho que é único e radicalmente distinto
e sem igual.
Jesus é o descendente, mais esperado de toda a humanidade, seu
nascimento é a encarnação daquilo que já prediz toda profecia, e ainda bem
antes, la em Genesis 3.15, chamado de proto-Evangelho, porque é a primeira
indicação da intenção redentora de Deus após a queda no jardim do Éden.
Quando Adão e Eva falharam em obedecer aos termos do pacto das obras (Gn
3:6), Deus não os destruiu (o que seria justiça feita), mas em vez disso revelou
Seu pacto da graça a eles, prometendo um Salvador.
E como disse Miqueias 5.2: Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis
que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel
(Isaías 7:14). E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá,
de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade.
APLICAÇÃO:
A mais linda história de amor, fala de um amor único, não há maior
demonstração sacrificial de amor, amor divino, mas humanamente retratado.
Se somarmos todas as virtudes humanas e as elevarmos ao máximo grau.
Ainda perceberemos que não importa quão grande e gloriosa é a imagem total
formada na mente, pois mesmo isso é mera sombra da bondade que existe
eternamente no coração daquele cujo nome é Amor. Isso porque Deus age em
conformidade ao seu caráter. Todo bem e todo dom perfeito procedem de Deus,
ele não é apenas o padrão de bondade mas também a fonte.
A bondade de Deus é portanto, um fato único na vida de toda a humanidade
terrena, esse amor está vivo, ativo e se estende desde a eternidade, até os dias
atuais, torna-se realidade encarnada em Belém e no Calvário torna-se
consumado.
Quando em Belém nasceu um bebê frágil envolto de panos humildes, alí
estava o próprio Deus. Mas sendo em forma de Deus, não teve por usurpação
ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-
se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Filipenses 2:6-8
2. O AMOR DE DEUS É UMA GRACIOSA OFERTA PARA VIDA(17-18)
Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não
é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus.
Jesus nasceu em um mundo mal e condenado, por causa da rejeição a
revelação pessoal de Deus (Romanos 1:19-21Porquanto o que de Deus se pode
conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas
coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a
sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão
criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus,
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos
se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.)
Pergunto: Se Cristo veio para que aqueles que nele crê não morram,
como os que rejeitam seu presente de vida podem evitar a morte? A
Escritura em nenhum lugar sugere que todos devem ser salvos; fica implícito que
aqueles que insistem em dar as costas à salvação de Deus serão privados dela.
A única maneira pela qual os benefícios de Cristo tornam-se nosso é quando
depositamos em Cristo nossa fé e confiança. Ter fé significa crer. Por três vezes,
o Senhor repetiu essa verdade gloriosa a Nicodemos. Por duas vezes, ele disse:
“Para que todo o que nele crê não pereça”; e também uma vez afirmou: “Quem
nele crê não é julgado”.
Aos que rejeitam a oferta da vida, da luz e da verdade, o texto diz: “já está
condenado” indica que a pessoa entrou num estado contínuo de condenação
porque se recusou a entrar num estado contínuo de fé. Nessa mesma linha de
pensamento, William Hendriksen ressalta que ninguém precisa aguardar o dia
da grande consumação para receber sua sentença. Certamente, naquele grande
dia, algo muito importante acontecerá: o veredito será publicamente proclamado
(5.25–29). Mas a decisão em si, que é básica para essa proclamação pública, já
foi tomada há muito tempo. JÁ E AINDA NÃO!

APLICAÇÃO:
A linda história do nascimento de Cristo, trouxe, vida e libertação, nada mais
é necessário, além de Fé, para nossa completa justificação; porém, nada mais
nos dará direito aos benefícios de Cristo a não ser essa fé. Fé nas Escrituras,
Crer no Verbo que se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como
a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1.14).
Podemos jejuar e nos lamentar por nosso pecado, fazer muitas coisas
corretas, cumprir ordenanças religiosas, dar todos os nossos mantimentos para
alimentar os pobres e, ainda assim, não sermos perdoados e perdermos nossa
alma. Mas, se tão somente viermos a Cristo como pecadores culpados e nele
crermos, seremos imediatamente perdoados e nossas iniquidades serão
inteiramente removidas. Assim como a morte era afastada daqueles que
olhavam para a serpente de bronze, os pecados são perdoados daqueles que
creem no Filho de Deus.
Não nos importa se hoje é o exato dia de comemorar seu nascimento, o que
nos comemoramos é que seu nascimento trouxe vida aqueles que estavam
mortos, a luz que brilhou no céu e conduziu muitos ao salvador, também brilhou
nos nossos corações e nos conduziu até Deus.
3. DEUS TORNA TREVAS EM LUZ, OBRAS MÁS EM MANIFESTAÇÕES
DE BONDADE (19-21)
19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. 20 Pois todo
aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de
não serem arguidas as suas obras. 21 Quem pratica a verdade aproxima-se
da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.
O termo julgamento significa (neste contexto) decisão ou veredito divino.
Deus mostra seu veredito final. Se parafrasearmos essa sentença, ouviríamos o
seguinte veredito: Ora, quanto a estes que rejeitam o unigênito Filho de Deus,
este é o veredito divino: que a verdadeira encarnação da verdade e do amor
de Deus e de todos os seus atributos, Cristo, veio ao domínio da
humanidade caída, por meio da palavra de profecia e, especialmente, por
meio de sua própria encarnação. Contudo, embora alguns o tenham
aceitado, a grande maioria preferiu a escuridão moral e espiritual do
pecado. De fato, eles realmente amaram as trevas. O motivo não era por
serem ignorantes, nunca tendo ouvido o Evangelho, mas antes: era porque
suas obras eram más.
Amaram as trevas mais do que a luz significa, que todo aquele que tem o
hábito de praticar o que é errado odeia a luz e não vem para a luz. Uma pessoa
que está sempre evitando a luz, não tem nada a ver com Cristo, a origem e a
encarnação da verdade e do amor de Deus.
Todavia, enquanto os incrédulos podem ser comparados aos habitantes do
domínio das trevas, os crentes, por outro lado, assemelham-se a lindas plantas
caseiras que viram suas folhas verdes na direção da janela e da luz do sol.
Aquele que tem o hábito de fazer o que é verdadeiro (cf. 1 Jo 1.6) vem para a
luz pois existe uma estreita relação entre a luz e a verdade; portanto, não é
surpresa que aquele que pratica a verdade se aproxime da luz, para que possa
ficar claramente evidente que seus atos foram feitos em Deus.

APLICAÇÃO

A luz que brilhou nas trevas, e fez separação entre o que é de Deus e o
aquilo que não lhe pertence. Está em Cristo, crer nele e pertencer a ele faz com
que vivamos como tal, na verdade.
Portanto, aqueles que nunca leem a Bíblia; recusa-se a frequentar a
igreja, não se desfazem da velha natureza, alimentam os pecados da carne é
porque em seu coração, realmente odeia a luz. O pecado da humanidade repele
a luz de Cristo. Por isso falam mais nas festas, presentes, Papai noel, porque
precisam mascaram o verdadeiro sentido do natal. Pois chegada do Salvador
trouxe luz as trevas e revelou o estado de condenação, ao mesmo tempo que
trouxe vida e verdade, vidas restauradas, resultado da união com Deus, frutos e
obras de justiça.
O mundo teme a luz, ainda hoje teme o nascimento de Jesus, a fim de
que seus atos (maus) não sejam expostos. Pessoas desse tipo parecem insetos
repugnantes que se escondem debaixo de pedaços de madeira ou pedras,
sempre preferindo as trevas e assustados terrivelmente sempre que ficam
expostos à luz.

CONCLUSÃO:

Não tenho mais palavras para este amor, eu e não o Apóstolo João estou
sem palavras, mas Quero concluir lendo com a igreja esse poema em alta
voz e pausadamente, vamos lá.

O Criador do homem se fez homem para que ele, regente das estrelas, fosse
amamentado pela mãe; Para que o Pão sentisse fome; A Fonte sentisse sede;
A Luz dormisse; O Caminho se cansasse da jornada; A Verdade fosse acusada
de testemunho falso; O Mestre fosse açoitado; A Fundação fosse suspensa no
madeiro; A Força se tornasse fraqueza; A Cura fosse ferida; A Vida morresse.
AGOSTINHO DE HIPONA

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