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TT ‘definidas no ambito de tori, nfo podem considerarhierarquicamente ‘essas duas dimens6es do conhesimento ede referéaca dos professores | znem entender que es recomendagdes de uma sto passiveis de aplicagio automética pela outra. Na verdad, teoriae prética sto das dimensbes ve se alimentam mutuamente na composgio do trabalho pofissional, desde que uma e outra sejam problematizadss e confrontadas, como | rmediagdes que o professor dspbe para lidar com a realidede [| Raeertorcortnn tte | [ates eee eens | Sees ‘Spica ques objeos deconteeinestondo apenas agile seman, as ‘amin opocedimercs, as habla, a ade eo valores linens conbecineis, 4 Papatatrs _seogtificeelaborada cientiicamente pela humanidade e considerade relevante para. formagio do aluno, Propostas mais ecentes desseensino So pautadas na necessidade de teabalhar com os conteldos escolares sistematizados de forma critica, criativa, questionadora, buscando favoreer sus interapso e seu confronto com outros saberes. ‘Acesoola 6, ness linha de entendimento; um lugar de encontro de calturas, de saberes, de saberescienificas ede saberescotidianos, ainda «que osu trabalho tenha como refertnciabisica os saberescientifics. A escola lida com culturs, sea no interior da sala de aul seja nos demas cespagos escolar, ea geografia escolar éuma das mediagbes pelas quis ‘encontro © o conffonto entre culturas acontecem. Na escola, portanto,o ensino das diferentes matéiasescolares, 4 metodologia ¢ os procedimentos devem ser pensados em razio da cultura dos alunos, da cultura escolar, do saber sistematizado e em ‘aro, anda, da cultura da escola, A tensfo entre a selepfo a prior! de ‘un conkecimento, a organizaedo do trabalho pedagégico na escola © a ldentidade de alunos e professores deve sera base para sdefinigdo do trabalho docente. Nesse sentido, ensinar geografa€ abrir espagona sala mad ‘er otem ninereren dosent" its ome fms nous clean im ore mao vit tn i, Bas ome aes tnt noses veri mish pn pecan Stoney ep stm aba coma ‘em a alcdepoapigic-ddca de eelaecer diets posilides de ‘rato cam os asda gga, ma on sods oes! iar com es entbios ues a means “clasieaes” fonds conto costs, {6 Segund Sener (1998, p. 107) ne timas ans, sri tbo lvoe sions qu peocuram nod nova orient eine models 0 ‘eam do ens da cae, sperando a ik finials, Lo eon ma ‘acisn de novos ems a lato campe-sad, a rouso do expo uaon, 1 questo dos melt de wa colo, uo sl, xine da vida acide role, moved soci, vegeta vila, Papert Em uma proposta cuticular da Seeretara Municipal de Educa 4 Goinia(Prefetura Municipal de Goidnis 1998), o tema da cidade aparece como eixo temético central, “Cidade ecidadania”, endo apenes de geografia. No interior da proposta, esse tema é contemplado em diferentes sublemas e nos conceitos que orientam a organizagdo dos contedidos, ‘Da mesma forma, proposta curricular da Secretaria de Estado da Educagio de Goits (2009) para a escolarizagio do 20 9 ano, vigente pati de 2009, contempla os contedidos referents & cidade em diferentes temas eem diferentes anos. Para exemplifica,destaca-e um conte do (ano: “Paisagem urbana e paisagem rural, com o objetivo de observar, ler, compare interpetar os espagos urbanos e rua, Acrientagao que se epecitica neste cepitulo 6a de que seconsidere ‘tema da cidade um conteido que busca desenvolver comportamentos € attudes em relagdo aos espapos, em especial acs espagos urbanos, além de favorecer a aquisigéo de informag6es ea formagao de conceitos importantes no desenvolvimento espacial, como: paisagem urbana, urbanizacZ0, metropolizagio e rede urbana. Nesse sentido, importants que cidade seja vista como espago educativo, lugar da “copresenga”. Sua estruturaplo se dé de tal modo, que ela educa seus habitantese pode ‘eduedclos, por exemplo, para a vida solidria ou, 20 contro, para 0 ibolamentoe a segrezacio, Na cidade, pelos movimentos urbanos, épossivel «formato do Sujeto coletvo, Segundo Carlos (1999, p. 89), 0 “contato com 0 outro implica a descobesta de modos de vida, problems, perspectivas projetos ‘omuns. Por outro lado, produ junto com a idetidade a conseincia a desgualdade e das eontradigses, nas quis se funda a vida humana” [Nessa mesma fina de preocupasio, o tema de cidade como conte se refere a valores e aides ‘A Eafase pedapigica sobre a formasto integral do estudat, ‘olocando junto wos conteédos de carder copntivo (0 sabee), ‘amb, esbretude, os comportement (ber zr) ees atts «valores (os), confanne a perspective presente em Col (199, Ferulta na necesita de prstsplanejar ess tematic de ua form me srangent, ainda que omando como foc ga: Nie tastt Saber sobre a cidade © urbno, mas impti-e um envolvimento ‘om Ir, em altudes de cooperate, respekt, pancpago © soldered. Schl 1995, 107) ‘Ao iar com os tas sade edo urn como coneos ducts profesor propici wos lio poids de confota fate os frets imagens de clade, as coin 8 lens a como semanfeum ns expr os conhecnexon que zen ‘Dawe modo, pose cpr sucomporamento em rela ide, Como deve s compet ate cy como «edu 4 comport com ls, como devera se copra como ¢ elt dos gers a cidade com anus esas raga ¢ dees joven, cm x Ingres onde localiza es bag © com oars lug, come ce de zy, abo cto, astncn ice como 6x reso de Stings ovens com o abies urbane Einporane bala om e ebjev de arn odio cidade, Al po xe do um cxerio de cidade. 0 tema ica ambient como oe a ia, dve servo. an context do cco aq desenvolio, ono cote referente formasio de valores ¢ convicebes. Tatas, portanto, de incluir na dscussto de conteddos referentes ao ensino de geografla 4 reflexto sobre os valores, comportamentos e conviegdes que tm. ‘orientado ou que podem orienta a préticas ambientais — queso agbes individuaise sociais em relago & natureza e ao ambiente construdo, ‘A nogio de ambiente tem aqui um significado cultural, que supera 4 tendéncia dominante, que enfatiza apenas 0 meio fisco eo confunde com os ecossistemasnaturais. O ambiente 6 diferentemente, o resultado ainterago do consttunts fsicos e sociis. Tatas, portant, de uma leitura geogrifica do ambiente, que envolve abjetos e agbes na mora, ‘nos espagos piblicos de lszer, estudo, transporte, nas reas de jardin, argues, nas dreas de ros, malas e florestas. 55 Papas (© objetivo, quando se propoe incluiresse tema como conteido da g2ografa, € construircom os alunos, em consonéncia com o movimento social, uma tica ambiental que orientepriticas demociticas solidérias, respeitosas com a natureza ¢ com o ambiente constuido. O propésito levar 0 aluno a entender a légice que alimenta intesiicagzo dos problemas ambientais auaises uma atiudederesponsabilidade para com esses problemas. Com sso, esperase que sea possivel o desenvolvimento nos alunos de uma atitude de agentes responsive pela construezo de ambiente, mas nto agentes genéricos, com igual responsabiidade nos resultadas das ages, como se todos fossem iguai; ao contro, tata-se de compreeader que todos so atuantes, mas cada um tem seu modo © seualeance de ago, com responsabilidades especfics nessa construc, O ambiente €construido no jogo entre paderes,nteressespriticas da sociedad com a natureza e com os objets materais, em que, de um lado, esto aqueles dominantes, principalmente os ezondmicos e, de cuto, aqueles que se expressam no cotiiano como resistacia ou como reprodugdo de uma determinad ordem, mas sempre expressando valores, hibitos, comportaments individuals e coletives. E porisso que a superago de determinadas problemas ambientais depende, além das mudangas no modo de produzir a sociedade, das alterapes de comportamentos sia culturis,o que implica mudangas nas percepptes ambientsis do cidadto, Incluiro tema, vinculado a objetivos valorativos, visa permitir 20 ‘aluno abalhar com suas diferentes concepebes: 0 vivido, o percebido 0 concebido, Trats-se, por exemplo, de lidar com as representagses soctis dos alunos erespeito de elementos do ambiente mais “timo” em seu cotidiano, como # Agua, a tera, os alimentos, para levé-los fuze ligagdes como: égua-sobrevivencia,égua-bem-estr, igua-ciclo da ‘gua, gua desmatamento, recursos hdrieos-equilfvio ambiental, dgua do cotidiano-igua do planeta As orientagdes apontam para esse trabalho de “ir vit" com as ideas dos alunos entre 0s conhecimentos mais empiricos¢ imediatos € 0s mais abrangentes,tericos, buscando desenvolver uma mentalidade holistca de ambiente, que ntegreedistings pritcasindividuasesocsis, processos de pequenae grande escela, que compreenda a dindmica dos clomentos naturais¢ da propria natureza e sua rlacio com a dinfmica social, e que procure superar o dualsmo (por exemplo, entre natureza& sociedade) ¢ 0 maniqueismo (por exemplo, homens bons nlo destroem ‘a natueza, os mus, sim). Nessa visto: Meio ambiente pain ser no apenas 0 espago bioléaico das «sper nimaise vegeta, mas, amb, um aspect Redan ae ages antpons,Valoria-t a utopia refit de um Meio ‘Abin ondeo espsos nature eeociis vive econviver cn 1 dimensdes harmonise onficvs ccupando oespago da tia ‘alia onde o aspct confitio € exeliio 08 propositalente ‘gnorado, Siqueire 1997, p. 13) Esse auloyhama e alengdo para aimportinca da cultura televisiva nna formagio de uma meatalidade ambiental. De outra perspective, CColtrinari (1999, p. 40) também destaca a preocupario com as informagdesveiculadas nos meios de comuniasto sobre 0 processot ‘que mantém o sistema da Tera em funcionamento. Na sua Vso, hi nesses eis, informaySes imprecia, genealzaBesinadequada ou combinago de desinformao e ausEnca de sesoentico. Dante dessa | situ, faz uma cosideraso que reforgao papel do asin formal na xicapto ambient to € fei encanta o pont de ei gue parma preender a livesidade dos tse eons porns devs 20 mesmo tempo corres ede fil ansmisso, Fea a mpesso de qe, em alum onto da peouisa ceca ed informag cota, hi um vzio fem que devia estar a ponte consul pel ensino. De fato,o tema da educago ambiental, no sentido da formas para vida no ambient, esté cada ver mais presente nas formulagdes tedricas nas indicagdes para o ensino de geografia. Esse fato érelevante | para fazer frente aos inimeros apelos da midia em gera quanto ao tema a Papeete para eprofundar sua compreensio, Entre esss formulagSes, podem-se destcaralgumas a titulo de iustragso, do campo de preecupacdo dos pbarafes ‘A questo ambicta ao deve ser vista como un discus sndoita ‘op “antigamente orn er melbor porque es ess Linpo ‘ecalmo". Devemot ver a0 desegulibrio ambiental 0 #6 em ‘eseguilicio homem-natres, ma, sortie, um deseo en os seres humans, it nem odo stem perdeda com et esi dos recursos maturis.(Kercer 1998, pp 15-16) Asuperago de determines problemas do cio com sevambiente ‘m cide depend de una alteapdo do proceso de estuturajdo icra decade, mas, mbm, concomiantemente, Spende Se _odangas de comporamentos socase ulus o que, por Sua ‘er, depende de mudanas nas preps ambinas dessa, estacandose mais una Vez os jvens e a rings, levando 3 possbiliade de compeeeder, de ey, de Vsulzy, de setrmelboe © tas itegrlmenteo lug de sua vide easing, ugar (ou os lugares) de us cidade. (Cavan 1995, p. 21) “Ta sbordagem vie fvoreer amb compres, po pate do slno, de qe ele epi é pare earn do ambient e ane Saeco pusiv dastnsfonaes dss pasagen erexes Conbu pra forma de una eonsiéniaconsenacionsa ambiental no some em sus aspects nari, mas também cutis, enemas eoliens. (rai 1958, p32) Considero que ess ideias sto orentagbes necessirias, mas no sufcientes, a0 cumprimento de tarefas que a escola ea peoprafia escolar tém atualmente, que"visam & formagio de individuos capacitados a viver em uma sociedade comunicacional,informatizada e globalizada. Acscola ea geografia escolar precisam se empenhar para formar alunos com capacidade de pensar cienlificamente e assumiratitudes éicas,

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