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e do chacal
Quando comecei a estudar CNV, assisti primeiramente os vídeos do psicólogo Marshall
Rosenberg no YouTube e achei bem intrigante e excêntrico vê-lo com fantoches para
falar sobre comunicação não violenta. Foi o primeiro contato que tive com a girafa e o
chacal que habita em todos nós. Para mim, fez muito sentido e me permitiu
compreender de forma simples, clara e precisa como podemos nos comunicar com o
mundo de forma empática ou hostil.
A CNV se baseia em habilidades de comunicação e linguagem, que possui
como foco principal a conexão autêntica entre as pessoas, preservando a
nossa capacidade de continuarmos humanos. Ela nos ajuda a preservar a
consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando enquanto nos
comunicamos. A esse processo damos o nome de comunicação consciente ou
compassiva, por ser sustentada pela honestidade e empatia, com si mesmo e
com o outro. Marshall decidiu usar a metáfora da girafa e do chacal para
explicar como as nossas palavras, ações e intenções podem contribuir para a
vida ou nos distanciar dela. À medida que escolhemos expressar nossas
necessidades pela via do coração ou do julgamento, optamos por ser "girafa"
ou "chacal."
Para Marshall Rosenberg, somos seres naturalmente compassivos, mas que fomos
aprendendo a nos comunicar com violência visível e invisível, onde o julgamento tomou
o lugar da empatia, onde as nossas necessidades se tornaram mais importantes que a do
outro. A CNV é uma proposta que nos convida a resgatar a amorosidade e o desejo
genuíno pelo bem comum, é a comunicação a serviço da vida. O que o autor nos propõe
com a CNV é "uma vida com compaixão, um fluxo entre si e os outros, com base numa
entrega mútua, do fundo do coração." Essa entrega pelo coração enriquece a conexão
interpessoal, beneficiando quem doa e quem recebe. É a linguagem girafa, ajudando a
silenciar o nosso chacal, fazendo brotar amorosidade, acolhimento, honestidade e
empatia na relação.