Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPINAS – SP
2008
i
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA FEA – UNICAMP
ii
BANCA EXAMINADORA:
____________________________
Profa. Dra. Gláucia Maria Pastore
(Orientadora)
____________________________
Prof. Dr. Yong Kun Park
(Membro)
____________________________
Dra. Yara Maria Franco Moreno
(Membro)
____________________________
Dr. Mário Roberto Maróstica Júnior
(Membro)
iii
iv
!
"
! #
$ "
$ % & $ "
$
' ( )
*
! +
, - . ,
v
/ (. , 0
'
, *
!
, - *1
vi
O homem não teria alcançado o
possível se repetidas vezes não
tivesse tentado o impossível.
(Max Weber)
vii
viii
) '2/ '345 '( '2/ 6
7 6 82/ )/ (45)' *
*
* - +
'
$ "
,
/39 '4')3 ) 4/ :5
ix
x
) '2/ '345(
5 *
, * #
; *
7 . < $
, < 6 *
3 ,
7 , ) = , ( *
-
$
7 , +, * ) 2
, ,
$ . ,
, 0
, 5 ,
7 , 8 $ >< ? ,
* , , 1 $
0 "
xi
7 6; * - @
"
7 , ( <
*
,
0 / 4 - A -
" , *
6 * -
0 / , ) (
-
< . 0 /
0 ) 3 . < .
0 / ,
< . *
$ , #% , ' . 4
, 6 ,
$ . @
2 ., -
"
xii
7 , 6 - 2
" - * B
7 2 * , -
$
* $ % &
; - ,
' "
* * "
.
(
)
- * $
C ,D E C 0
) %; *1 , 1
xiii
0 ' , >0' F8 ?
2" >< ?
! *1 - *
23
, , $
xiv
SUMÁRIO
RESUMO xxv
ABSTRACT xxvii
1 – INTRODUÇÃO 1
1.1.1 – Histórico 1
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13
xv
2.5.4 – Aplicações dos NDOs na Industria de Alimentos 24
2.6.1 – Definição 25
2.7.2 – Imunoglobulinas 35
2.7.2.1 – Definição 35
xvi
2.7.2.2 – Função das Imunoglobulinas 36
3 – OBJETIVOS 44
4 – MATERIAL E MÉTODOS 45
4.1.1 – Animais 45
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 53
xvii
5.2.3 – Avaliação da concentração deImunoglobulina IgG 56
6 – CONCLUSÕES 67
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68
xviii
LISTA DE FIGURAS
xix
FIGURA 19 – Pesagem corporal dos animais 47
xx
LISTA DE TABELAS
xxi
xxii
LISTA DE SIGLAS
FOS – Frutoologossacarídeo
MOS – Mananoligossacarídeos
IgA – Imunoglobulina A
IgG – Imunoglobulina G
IgM – Imunoglobulina M
xxiii
xxiv
RESUMO
xxv
Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média (EPM) e
submetidos a analise de variância (ANOVA) As comparações entre grupos foram
realizadas empregando-se o teste Tukey. As diferenças foram consideradas
estatisticamente significativas para p<0,05.
O efeito da suplementação dietética com FOS na concentração de 100 e 150
mg/kg aumentou (p <0,05) as concentrações no soro das Imunoglobulinas IgA, IgG e
IgM. Em ambos os períodos de 21 e 42 dias a suplementação dietética com 50 mg/Kg
não aumentam (p>0,05) as concentrações no soro de imunoglobulinas. A
suplementação dietética com 100 mg/Kg e 150 mg/kg promoveu um aumento (p <0,05)
nas concentrações no soro de imunoglobulinas durantes os 21 e 42 dias de
suplementação. A Suplementação com FOS não promoveu o aumento (p>0,05) no
desenvolvimento dos órgãos linfóides. Os animais que foram suplementados com 100 e
150 mg/kg apresentaram um ganho de peso estatisticamente significativo (p<0,05)
quando comparados com grupo controle.
Com os resultados do presente estudo pode se concluir que o FOS melhorou a
resposta imune em ratos, por modulação positiva da resposta imune.
xxvi
ABSTRACT
The prebiotics are non-digestible foods, however fermented, they affect the host
by selectively stimulating the growth and/or activity of one of a limited number of bacteria
in the colon.
From all the available prebiotics, the only ones that possess enough studies of
activity are the Fructooligosaccharides (FOS), inulin and galactooligosaccharides. Due
to their chemical structure, they are fermented in the colon by endogenous bacterias to
metabolic and energy substrata and they promote improvement of the intestinal
functions by inducing the growth of beneficial bacterias, resulting in specific effects on
the gastrointestinal physiology, mineral availability, immune system, genesis of tumors
and regulation of the Serum cholesterol.
At present, little is known about the effect of FOS on the development of lymphoid
organs or the molecular mechanisms of it´s action on the immune response. The
objective of this study was to determine the effects of supplementation with FOS on
immune system in rats.
For the development of this work, 32 male Wister rats were used, young adults, of
the lineage Wistar. The animals were fed with standard food for rodents (Purina) and
water “ad libitum”, maintained in cages at temperature of 25ºC and picture period of 12
hours of light and 12 of darkness.
During biological assays the animals were divided into 4 groups (n=8), the
supplement was administered daily by 21 and 42 days by gavage, in different
concentrations (0, 50, 100 and 150 mg/kg). At the end of the experimental period the
animals were anesthetized and the samples of blood (5ml) collected by heart puncture,
centrifuged by 15 minutes, being the separate sanguine serum. The llymphoid organs
(thymus, spleen) they were removed and wighted. All the
experimental procedures were previously approved for the Committee of ethical in
Animal Research of the State University of Campinas.
The collected serum was maintained at 5°C and direc ted to the laboratory of
Biochemistry of the University of the Sacred Heart (Bauru) for the quantification of
imunoglobulins IgA, IgG and IgM following the nefelometria technique .
xxvii
The data were expressed as average ± standard deviation of the average (SD)
and submitted to analyzes of variance (ANOVA). The comparisons among groups were
accomplished Tukey test. The differences were considered statistically significative for p
<0,05.
The effect of dietary supplementation with FOS in the concentration of 100 to 150
mg/kg increased (p<0,05) on serum concentrations of Imunoglobulins IgA, IgG e IgM. In
both of periods 21 and 42 day, dietary supplementation wich 50 mg/Kg did not increase
(p>0,05) serum concentrations of imunoglobulins, Dietary supplementation with 100
mg/Kg e 150 mg/kg resulted in higher (p <0,05) serum concentration of imunoglobulins
and 21 and 42 day. The suplementation with FOS don’t increase (p>0,05) lymphoid
organ development. The animals that were suplementation with 100 and 150 mg/kg
presented an weight gain statistically significant (p <0,05) when compared with control
group.
The results of the present study it may concluded that FOS can improve immune
response in rats, Through positive modulation of the immune response.
xxviii
1. INTRODUÇÃO
1.1.1 – Histórico
1
devendo ser salientado que esse efeito restringe-se à promoção da saúde. (LAJOLO,
2001; SAAD, 2006; MORAES, 2006).
2
1.1.2 – Alimentos Funcionais e Nutracêuticos: definições
3
Administration) regula os alimentos funcionais, baseada no uso que se pretende dar ao
produto, na descrição presente nos rótulos ou nos ingredientes do produto. A partir
destes critérios, a FDA classificou os alimentos funcionais em cinco categorias:
alimento, suplementos alimentares, alimento para usos dietéticos especiais, alimento-
medicamento ou droga (NOONAN & NOONAN, 2004).
4
atuando em seis áreas do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema
cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no desenvolvimento e
diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes
(SOUZA et al., 2003; MORAES et al., 2006).
Um termo introduzido em 1989 foi “nutracêutico”. Esse termo foi criado para
tentar diferenciar os alimentos funcionais dos medicamentos (ANJO, 2004). Por sua
vez, o nutracêutico é um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios
médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença. Tais produtos
podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de
cápsulas e dietas até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais e
alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas (ROBERFROID, 2002;
NEUMANN et al., 2000).
5
Vários nutracêuticos podem ser produzidos através de métodos fermentativos
com o uso de microrganismos considerados como GRAS (Generally Recognized as
Safe). Os nutracêuticos podem ser classificados como fibras dietéticas, ácidos graxos
poliinsaturados, proteínas, peptídeos, aminoácidos ou cetoácidos, minerais, vitaminas
antioxidantes e outros antioxidantes como a glutationa, selênio (JONES, 2002;
MORAES, 2006).
6
TABELA 1 – Compostos ativos, efeito fisiológicos e principais fontes de
alimentos funcionais
Composto ativo Efeito Fonte
Frutas (melancia, mamão, melão,
Atividade antioxidante e
Terpenóides damasco, pêssego), verduras
aticancerígena (útero, próstata,
Carotenóides (cenoura, espinafre, abóbora,
seio, cólon, reto e pulmão).
brócolis, tomate, inhame, nabo).
7
1.1.3 – Legislação sobre os Alimentos Funcionais
8
aumentaram, inclusive com solicitações para anúncio desta categoria de produtos em
meios de comunicação. Em virtude da necessidade de posicionamento diante das
solicitações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através do apoio de
pesquisadores da área de nutrição, toxicologia, tecnologia de alimentos e outras,
propôs e aprovou em 1998 a Regulamentação Técnica para Análise de Novos
Alimentos e Ingredientes, inclusive os chamados Alimentos Funcionais (SGARBIERI &
PACHECO, 1999).
Devido ao novo enfoque atribuído aos critérios de análise dos alimentos, que
passou a considerar o critério de risco, a SVS decidiu constituir uma Comissão
9
Tecnocientífica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos
(CTCAF) com a finalidade de fornecer subsídios à diretoria de alimentos e Toxicologia
nas decisões referentes ao tema. Ficaram estabelecidos os seguintes conceitos:
10
produto ou princípio ativo; 6) Disponibilidade do produto para uso como alimento ou
ingrediente funcional.
11
- Fisiologia do trato disgestivo: funções associadas a flora bacteriana, imunidade,
biodisponibilidade de micronutrientes, modulação da proliferação epitelial.
12
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vários microrganismos são usados como probióticos, entre eles bactérias ácido-
lácticas, bactérias não ácido-lácticas e leveduras. As mais conhecidas bactérias que
13
exercem as funções no organismo são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial
Lactobacillus acidophillus (LOSADA, et al., 2002, ANJO, 2004; GRAJEK et al., 2005;
SAAD, 2006).
14
2.2 – Ingredientes prébióticos
● Não pode ser hidrolisado nem absorvido na parte superior do trato gastrointestinal;
● Deve ser seletivamente fermentado por um ou um limitado número de bactérias
potencialmente benéficas ao cólon;
● Deve alterar a composição da microbiota colônica para uma composição mais
saudável;
15
● Deve preferencialmente induzir efeitos que são benéficos para a saúde do hospedeiro
(GIBSON, 1999; TUOHY et al., 2005; ROBERFROID, 2007).
Não há hidrólise
Aumenta o número
Não há e a atividade das
Hidrólise e bifidobactérias.
absorção
São fermentados
Pelas bactérias
intestinais
Não há excreção
16
● Colaboram para que somente sejam absorvidas pelo intestino as substâncias
necessárias, eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol, favorecendo
a diminuição do colesterol e triglicérides totais no sangue;
● Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias. Essas
bactérias suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem
formar substâncias tóxicas.
● Favorece a imunidade;
● Favorece a absorção e a produção de vitaminas (B1, B2, B3, B6, B9 e B12) (ARABBI,
2001; LOSADA et al., 2002; KAUR et al., 2002; SILVA et al., 2003; OUWEHAND et al.,
2005; BOSSCHER et al., 2006; MACFARLANE et al., 2006).
17
sobrevivência dos probióticos durante a passagem pelo trato digestório superior, pelo
fato de seu substrato específico estar disponível para fermentação (SAAD, 2006;
HUEBNER, 2007).
18
Três possíveis mecanismos de atuação são atribuídos aos probióticos, sendo o
primeiro deles a supressão do número de células viáveis através da produção de
compostos antimicrobianos, a competição por nutrientes e a competição por sítios de
adesão. O segundo desses mecanismos seria a alteração do metabolismo microbiano,
através do aumento ou da diminuição da atividade enzimática. O terceiro seria o
estímulo da imunidade do hospedeiro, através do aumento dos níveis de anticorpos e o
aumento da atividade dos macrófagos (figura 4). O espectro de atividade dos
probióticos pode ser dividido em efeitos nutricionais, fisiológicos e antimicrobianos
(FULLER, 1989; LOSADA et al., 2002).
Assim como ocorre no caso de outras fibras da dieta, prebióticos como a inulina
e a oligofrutose, são resistentes à digestão na parte superior do trato intestinal, sendo
subseqüentemente fermentados no cólon (figura 4). Eles exercem um efeito de
aumento de volume, como conseqüência do aumento da biomassa microbiana que
resulta de sua fermentação, bem como promovem um aumento na freqüência de
evacuações, efeitos estes que confirmam a sua classificação como fibras (BRUZZESE,
et al., 2006; MACFARLANE, et al., 2006; JUSKIEWICZ, et al., 2007).
19
FIGURA 4 – Destino dos prebióticos e dos probióticos no organismo humano, os
prebióticos como fatores bifidogênicos e os principais mecanismos de atuação
dos probióticos
Fonte: SAAD, 2006.
20
Os oligossacarídeos prebióticos podem ser produzidos por três diferentes
formas: extração no vegetal, síntese microbiológica ou enzimática e hidrólise enzimática
de polissacarídeos. A maioria é produzida em escala industrial e estão amplamente
disponíveis no mercado mundial (GULEWICZ et al., 2003).
21
formar ácidos e poliglucanas, conseqüentemente são usados como açúcares de baixa
cariogenicidade em confeitos, gomas de mascar, iogurtes e bebidas. (CRITTENDEN et
al., 1996; SWENNEN, 2006).
Propriedades Características
Doçura, amargor, higroscopicidade, atividade de água,
Propriedades Físicas agente espessante para bebidas, estabilização das
substâncias ativas (proteína, sabor, cor, etc).
22
TABELA 4 – Tipos de Oligossacarídeos produzidos
Produção Nomes
Tipos de ligossacarídeos Maiores produtores
estimada (t) comerciais
Galacto-oligossacarídeos 15 000 Yakult Honsha (Japão) Oligomate
Nissin Sugar Manufacturing Company (Japão) Cup-Oligo
Snow Brand Milk Products (Japão) P7L e outros
Broculo Whey Products (Holanda) TOS-Syrup
ligossacarídeos de ICP/O
5 000 Hayashibara Shoji Inc. (Japão)
palatinose (isomaltulose) IOS
Oligossacarídeos de soja 2 000 The Calpis Food Industry Co. (Japão) Soya-oligo
Fonte: http://www.biotempo.com
24
2.6 – Frutooligossacarídeo – FOS
2.6.1 – Definição
São mais solúveis que a sacarose e fornecem entre 30-50% da doçura desta
(HAULY, 2002), não cristalizam, não precipitam, e não deixam sensação de secura ou
areia na boca (YUN, 1996). Os FOS não são degradados durante a maioria dos
processos de aquecimento, mas podem ser hidrolisados em frutose em condições muito
ácidas e em condições de exposição prolongada de determinados binômios tempo
temperatura. Esses compostos apresentam propriedades físicas que os tornam
aplicáveis em produtos alimentícios, como ausência de cor e de odor, estabilidade em
pH neutro e em temperaturas superiores a 140ºC (HAULY, 2002; PASSOS et al., 2003).
26
maltodextrinas) por FOS pode aumentar a quantidade de fibras desta categoria de
barras, melhorando suas características nutricionais. Barras consumidas com diferentes
finalidades, como por exemplo, barras energéticas para praticantes de esportes e
aquelas usadas como alimentos funcionais especificamente também são adicionadas
de FOS (HAULY, 2002; PASSOS et al., 2003).
Purificação
Mistura e Separação
Spray-drying
Frutooligossacarídeo
27
O FOS é comercializado como "Raftilose", produzido pela Orafti Ltda, da Bélgica,
ou como "Frutafit", produzido pela Imperial-Suikner Unie, da Holanda. O grau de
polimerizaçao desses FOS varia entre 1 e 7 unidades de frutosil. Este processo ocorre
amplamente na natureza, e esses oligossacarídeos podem ser encontrados em uma
grande variedade de plantas (mais de 36 mil), mas principalmente em alcachofras,
aspargos, beterraba, chicória, banana, alho, cebola, trigo, tomate. Também podem ser
encontrados no mel e açúcar mascavo, em tubérculos, como o yacon e em bulbos
como os de lírios vermelhos (PASSOS et al., 2003
Esse produto é produzido pela Meiji Seika Ltd (Tóquio, Japão), e comercializado
como "Neosugar", "Profeed", "Meioligo", ou "Nutraflora". O "Actilight" é comercializado
na Europa pela Béghin Meiji Industries (YUN, 1996; HAULY, 2002; PASSOS et al.,
2003).
28
aprovação de FOS no Japão estabeleceu como consumo diário aceitável cerca de
0,8g/kg de peso corpóreo por dia. Encontra-se neste país o maior mercado comercial
de FOS, com um volume comercializado de mais de 400 t em 1990, mostrando que os
oligossacarídeos são um dos produtos mais populares como alimentos funcionais neste
país (PASSOS et al., 2003, TUOHY et al., 2005).
29
2.6.5.1 – Promoção e crescimento de bifidobactérias, inibição do
crescimento de bactérias patogênicas e putrefativas.
30
2.6.5.2 – Melhora do habito intestinal
31
2.6.5.6 – Melhora a absorção de minerais
Existem também outros fatores que contribuem para o aumento da absorção dos
minerais como: Acidificação do lúmen intestinal (pH diminui) por fermentação seletiva
do FOS pelas bifidobactérias e produção de AGCC, solubilização dos sais de cálcio no
cólon, aumento da difusão passiva (absorção para-celular), trocas eletrolíticas
intracelulares (H+ e Ca2+). Efeito trófico dos AGCC (butirato e ou poliaminas)
aumentando tamanho das criptas e o número das células da mucosa intestinal.
Aumento da superfície de absorção. Efeito osmótico aumentando a permeabilidade das
funções intracelulares. Estimulação indireta da síntese de proteínas ligadoras de Ca
pelos AGCC ou poliaminas (PASSOS et al., 2003; SUZUKI & HARA, 2004).
32
2.6.5.8 – Redução da incidência do câncer de cólon
33
propriedades imuno-estimulatórias (por exemplo: lipopolissacarídios, peptidoglicanas e
ácidos lipoteicóicos) que interagem com o sistema imune em vários níveis, incluindo a
produção de citoquinas, a proliferação de células mononucleares, a fagocitose
macrofágica e a indução na síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em
especial a imunoglobulina IgA (SILVA, 2003; HOSONO, 2003).
34
Anticorpos são produzido com a função principal de neutralizar e eliminar o
antígeno que estimulou a sua produção. Esse processo de eliminação é feito de
diversas formas, através da fixação do complemento, opsionização, reação anafilática
(desgranulação de mastócitos), neutralização da substância, aglutinação, etc.
(HARPPER et al., 1999; MONTENEGRO et al., 1999; BENJAMIN et al., 2000).
2.7.2 – Imunoglobulinas
2.7.2.1 – Definição
As imunoglobulinas ou anticorpos são moléculas de glicoproteínas presentes no
soro e nos líquidos orgânicos, produzidas pelos linfócitos B, precursores que, depois de
35
sensibilizados, originam os plasmócitos de diferentes linhagens e clones celulares, que
irão produzir as cinco frações de imunoglobulinas, denominadas imunoglobulinas G, A,
M, D e E. Apesar de apresentarem muitas semelhanças, diferem entre si no tamanho,
na composição de aminoácidos, no conteúdo de carboidratos e na carga elétrica
(BENJAMIN et al., 2000; JANEWAY et al., 2002)
36
FIGURA 08 – Estrutura básica de imunoglobulina - Cadeias leves e pesadas
37
FIGURA 9 – Estrutura básica de imunoglobulina – Região variável, Região Constante
38
2.7.2.4 – Classes de Imunoglobulinas
39
A IgA representa 10-15% da imunoglobulinas do soro humano. Existe no
organismo sob duas formas: monomérica e polimérica. No homem, mais de 80% da IgA
ocorre sob a forma monomérica e está presente no sangue nesta forma. É a
imunoglobulina predominante em secreções: saliva, lágrima, leite, mucosas do trato
gastrointestinal, trato respiratório e geniturinário. Sua estrutura pode variar, dando
origem a duas subclasses: IgA1 e IgA2. A maior parte das IgAs é da subclasse IgA1, a
mais encontrada no soro, e a IgA2, mesmo em menor quantidade, tem um papel
importante, por se tratar da subclasse dominante nas secreções. Não atravessa a
barreira transplacentária, mas, por sua grande concentração no colostro, tudo indica
que contribua para a proteção dos recém-natos contra infecções, principalmente do
tubo gastrointestinal (ANTUNES, 1999; CALICH et al., 2001).
40
anticorpo principal nas respostas imunes secundárias e a única classe antitoxinas,
apresenta quatro subclasses (figura 13) (ANTUNES, 1999; CALICH et al., 2001).
Subclasses de Imunoglobulina G
41
Pontes
dissulfídicas
42
FIGURA 15 – Estrutura de uma molécula de imunoglobulina IgE
Fonte: http://pathmicro.med.sc.edu/Albanian/Albanian-imuno5.htm.
43
3 – OBJETIVOS
Avaliar o efeito das diferentes concentrações (50, 100 e 150 mg) de FOS sobre o
sistema imunológico.
44
4 – MATERIAL E MÉTODOS
4.1.1 – Animais
Os animais foram obtidos após o desmame (21 dias) e criados até completarem
três meses de vida (90 dias) adultos jovens, quando foi dado início ao experimento. Os
ratos foram mantidos em caixas plásticas (2 animais por caixa) contendo maravalha
(figura 17), em ambiente com controle de luminosidade (ciclos claro/escuro de 12h). Os
animais foram alimentados com ração balanceada padrão para roedores (Purina) e
água “ad libidum” durante todo o experimento.
45
No final do experimento, o sacrifício dos animais foi realizado através de
anestesia prévia com Cloridrato de Ketamina 2% e Cloridrato de Xilazina 10% e
exsanguinação por punção cardíaca.
46
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
RATOS WISTAR
(n=32)
47
4.1.4 – Soluções e doses empregadas
O FOS foi administrado por gavagem oral nas concentrações 50, 100 e 150
mg/kg de peso corpóreo.
FOS produzido pela Corn Products tem 55% de compostos prebióticos, com a
seguinte composição descrita na tabela 5.
Nutrientes/Composição Quantidade
Sólidos, % 75
Umidade, % 25
Carboidratos, % 33,7
Dextrose e Frutose 25,0
Sacarose 8,7
Oligossacarídeos, % 41,3
1-kestose (GF2) 15,4
Nistose (GF3) 20,0
1-frutofuranosil nistose (GF4) 5,9
Minerais, % 0,05
Proteínas, vitaminas e gordura Quantidades traço
Valor calórico, kcal/100g 218
Fonte: CornProducts
48
4.1.5 – Suplementação com FOS
49
FIGURA 21 – Punção cardíaca
50
O soro foi recolhido (figura 23) e armazenado em frascos esterilizados sob
congelamento a – 20ºC até o momento da execução dos testes bioquímicos.
Após a punção cardíaca o timo e o baço foram removidos (figura 24), lavados
com soro fisiológico e pesados (figura 25) em balança analítica (BEL MARK 210A
máxima 210 g e mínima 100 mg). Os animais, após remoção das peças histológicas,
foram sacrificados com dose excessiva de anestésico.
51
4.1.8 – Determinação da concentração das Imunoglobulinas
52
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
IgA 2,9 ± 0,25 2,8 ± 0,03 *5,3 ± 0,1 *6,2 ± 3.3 0,0012
IgG 3,2 ± 0,4 3,52 ± 0,02 *9,5 ± 0,4 *6,8 ± 1.6 0,0013
42 dias
IgA 2,35 ± 0.30 2,55 ± 0,1 *5,4 ± 0,31 *6,5 ± 0,5 0,0011
IgG 2,9 ± 0.3 2,8 ± 0,2 *8,6 ± 0,3 *6,16 ± 0,1 0,0010
53
Conforme pode ser observado na tabela 6 a imunoglobulina IgA apresentou maior
concentração no soro dos ratos que receberam suplementação 150 mg/kg de peso
corpóreo de FOS. A concentração no soro de IgG e IgM apresentou valores maiores
nos ratos que receberam suplementação de 100 mg/kg de peso corpóreo de FOS. As
concentrações de imunoglobulinas não diferiram entre os períodos de suplementação
21 e 42 dias.
Como pode ser observado na figura 26, não houve diferença estatisticamente
significativa na concentração de imunoglobulinas IgA entre os grupos GC e G1 que
receberam gavagem com FOS na concentração de 50 mg/kg de peso corpóreo, os
grupos G2 e G3 que receberam gavagem com FOS nas concentrações de 100 e
150 mg/kg de peso corpóreo apresentaram um aumento estatisticamente
significativo (p>0,05) quando comparados com o grupo Controle. A concentração de
Imunoglobulinas IgA no soro dos ratos que foram suplementados com 150 mg/kg de
peso corpóreo apresentou uma melhor resposta, quando comparado com os demais
grupos.
54
IMUNOGLOBULINA IgA
8 c
b
6
mg/dL
a
4 a
2
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 21 dias
55
IMUNOGLOBULINA IgM
b
10
8 c
mg/dL
6 a
a
4
2
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 21 dias
Como pode ser observado na figura 28, não houve diferenças estatisticamente
significativas na concentração de imunoglobulinas IgG entre os grupos GC, G1 e
G3, que receberam gavagem com FOS nas concentrações de 50 e 150 mg/kg de
peso corpóreo. O grupo G2 que recebeu gavagem com FOS na concentração de
100 mg/kg de peso corpóreo foi o único que apresentou diferenças estatisticamente
significativa (p < 0,05) na concentração de imunoglobulinas IgG.
56
IMUNOGLOBULINA IgG
200 b
150
a
mg/dL
a a
100
50
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 21 dias
57
aumento estatisticamente significativo (p>0,05) quando comparados com o grupo
controle. A concentração de Imunoglobulinas IgA no soro dos ratos que foram
suplementados com 150 mg/kg de peso corpóreo apresentou uma melhor resposta
quando comparado com os demais grupos.
IMUNOGLOBULINA IgA
8 c
b
6
a
mg/dL
4 a
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 42 dias
58
5.3.2 – Avaliação da concentração de Imunoglobulina IgM
IMUNOGLOBULINA IgM
10 b
8 c
b
mg/dL
6
a
4
2
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 42 dias
59
5.3.3 – Avaliação da concentração de Imunoglobulina IgG
Como pode ser observado na figura 31, não houve diferenças estatisticamente
significativas na concentração de imunoglobulinas IgG entre os grupos G1 e G3, que
receberam gavagem com FOS nas concentrações de 50 e 150 mg/kg de peso
corpóreo quando comparados com o grupo controle. O grupo G2 que recebeu
gavagem com FOS na concentração de 100 mg/kg de peso corpóreo apresentou
diferença estatisticamente significativa (p<0,05) na concentração de imunoglobulinas
IgG quando comparado com os demais grupos.
IMUNOGLOBULINA IgG
200 b
150
mg/dL
a a
100 a
50
0
GC G1 G2 G3
Suplementação 42 dias
60
O efeito da suplementação dietética com FOS administrada nas concentrações 100
e 150 mg/kg de peso corpóreo em ambos os períodos de suplementação 21 e 42 dias
promoveu o aumento na concentração das imunoglobulinas IgA, IgG e IgM em ratos, os
resultados sugerem que ocorreu modulação positiva da resposta imune. O FOS tem
grande potencial como efetivo antibiótico e como promotor de crescimento em animais.
Porém, tais efeitos não são sempre observados em humanos.
Estes efeitos podem ser explicados, em parte, por uma ativação dos macrófagos,
pela elevada produção de prostaglandinas e interleucinas, que poderiam estimular a
produção de linfócitos B através dos macrófagos peritonial (HUANG et.al, 2007).
61
5.4 – Desenvolvimento dos órgãos linfóides (timo e baço) após o período de
suplementação 21 e 42 dias
42 dias
*Timo 0,17% 0,16% 0,15% 0,15% 0,1690
*Baço 0,29% 0,25% 0,27% 0,29% 0,1042
* valores X (%) (n= 32- 8/ grupo)
O peso dos órgãos foi expresso em porcentagem relativa ao
peso do corpo do animal.
Peso relativo = peso órgão imune/peso corporal X 100%
62
No entanto, os resultados experimentais obtidos por HUANG et al. (2007) que
suplementaram oligoquitosanos em diferentes concentrações (50, 100 e 150 mg/kg de
peso corpóreo) em dietas para aves, demonstraram uma ação efetiva no aumento dos
órgãos linfóides (timo, baço e bursa de Fabricius) após os períodos de suplementação
de 21 e 42 dias. Este fato pode estar relacionado às diferenças de composição da
microbiota entre as espécies animais, sugerem que as populações microbianas das
diversas espécies animais diferem não só em composição, como também, apresentam
peculiaridades quanto às rotas metabólicas para a fermentação de um mesmo
substrato, e às diferenças na estrutura químicas e propriedades físico-químicas dos
diferentes prébióticos.
63
Ganho de Peso - 21 dias
450
400
350
300 GC
Peso (g)
G1
250
G2
200 G3
150
100
50
1 2 13 4 5 26 7 8 39 10 11
4 12 13514 15 616 17 718 19 20
8 21
Dias
FIGURA 32 – Ganho de peso dos animais (g) após 21 dias de suplementação com FOS
nas diferentes concentrações (50, 100 e 150 mg/kg de peso corpóreo)
Como pode ser observado na figura 33, não houve diferenças estatisticamente
significativa (p>0,05) no ganho de peso dos animais do grupo G1 quando comparados
ao grupo GC, podemos observar que os grupos G2 e G3 que receberam
respectivamente 100 e 150 mg/kg de FOS tiveram um ganho de peso estatisticamente
significativo (p< 0,05).
64
Ganho de Peso - 42 dias
500
450
400
350
GC
Peso (g)
300 G1
250 G2
G3
200
150
100
50
2 4 61 8 10 212 14 16
3 18 204 22 245 26 28630 32 736 38 40
8 42
Dias
FIGURA 33 – Ganho de peso dos animais (g) após 42 dias de suplementação com FOS
nas diferentes concentrações (50, 100 e 150 mg/kg de peso corpóreo)
65
mudanças na microflora intestinal, o que resultou em resposta imune não específica e
conseqüente redução do consumo de ração.
Foi constatado que, embora o FOS seja um ingrediente de baixo valor calórico
(218 kcal/100g), houve um aumento no ganho de peso dos animais dos grupos G2 e
G3.
66
6 – CONCLUSÕES
● A suplementação com FOS na faixa estudada não aumentou o peso dos órgãos
linfóides (timo e baço) nos períodos de suplementação de 21 e 42 dias.
67
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARABBI, R. P. Alimentos Funcionais: aspectos gerais. Nutrire: ver. Soc. Bras. Alim.
Nutr. J. Soc. Brasileira. Nutr., São Paulo, SP., v.21, p. 87-102, jun., 2001.
BENJAMINI, E.; COICO, R.; SUNSHINE, G. Imunologia. 4ºed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan, 2002.
68
BORNET, F.R.; BROUNSL, J. F.; TASHIRO, Y.; DUVILLIER, V. Nutritional aspects of
short-chain fructooligosaccharides: natural occurrence, chemistry, physiology and health
implications. Digest Liver Dis. Supp1.21:S111-20, 2002.
BOSSCHER, J.; VAN LOO.; FRANCK, A. Inulin and oligofructose as prebiotics in the
prevention of intestinal infections and diseases. Nutrition Research Reviews (19, 216–
226), 2006.
BUTTRISS, J. Is Britain ready for FOSHU? Nutr. Bull., London, v.25, p.159-161, 2000.
69
BRUZZESE, E.; VOLPICELLI, M.; SQUAGLIA, M.; TARTAGLIONE, A.; GUARINO, A.
Impact of prebiotics on human health. Digestive and Liver Disease 38 Suppl. 2, 2006.
GEBBINK, G. A. R.; SUTTON, A. L.; RICHERT, B. T.; PATTERSON, J. A.; NIELSEN, J.;
KELLY, D. T.; VERSTEGEN, M. W. A.; WILLIAMS B. A.; BOSCH, M.; COBB, M.;
KENDALL, D. C.; DECAMP, S.; BOWERS, K. Effects of addition of frutooligosaccharide
(FOS) and sugar beet pulp to weanling pig diets on performance, microflora and
intestinal health. Disponível em:
http://www.ansc.purdue.edu/swine/swineday/sday99/psd09-1999.html
70
GIBSON, G. R. Dietary modulation of the human gut micro. ora using the prebiotics
oligofructose and inulin. J Nutr 129(suppl 7): 1438S–1441S, 1999.
GIBSON, G. R. Fibre and effects on probiotics (the prebiotic concept), Clinical Nutrition
Supplements 1, pp. 25–31, 2004.
HOSONO, A.; OZAWA, A.; KATO, R.; OHNISHI, Y.; NAKANISHI, Y.; KIMURA, T;
NAKAMURA, R. Dietery fructooligosaccharides induce immunoregulation of intestinal
IgA secretion by Murine Peyer’s Patch Cells. Biosci. Biotechnol. Biochem; 67 (4):
758-764. 2003.
71
HUANG, R. L.; DENG, Z. Y.; YANG, C.; YIN, Y. L.; XIE, M. Y.; WU, G. Y.; LI,T.J.; LI, L.
L.; TANG, Z. R.; KANG, P.; HOU, Z. P.; DENG, D.; XIANG, H.; KONG, X. F.; GUO, Y.
M. Dietary oligochitosan supplementation enhances immune status of broilers. Journal
of the Science of Food and Agriculture; 87:153–159, 2007.
KAUR, N.; GUPTA A. K . Applications of inulin and oligofructose in health and nutrition.
Department of Biochemistry and Chemistry, Punjab Agricultural University, Ludhiana
141 004, India, 2002.
72
LAJOLO, F. M. Alimentos funcionais: uma visão geral. In: DE ANGELIS, R.C.
Importância de alimentos vegetais na proteção da saúde: fisiologia da nutrição protetora
e preventiva de enfermidades degenerativas, São Paulo: Editora Atheneu,2001.
LIM, B. O.; YAMADA, K.; NONAKA, M.; KURAMOTO, Y.; HUANG, P.; SUGANO, M.
Dietary fibers modulate of intestinal immune function in rats. J. Nutr. 127: 663–667,
1997.
LOSADA, M. A.; OLLEROS, T. Towards a healthier diet for the colon: the influence of
fructooligosaccharides and lactobacilli on intestinal health. Nutrition Research 22 ,71–
84, 2002.
73
MONTENEGRO, M. R. Patologia Processos Gerais, 4º Ed. São-Paulo: Editora
Atheneu, 1999.
MOSENTHIN, R.; BAUER, E. The potencial use of prebioctics in pig nutrition. Seoul.
Proceedings. Seoul: Seoul national University, p515-528, 2000.
NAKAMURA, Y.; NOSAKA, S.; SUZUKI, M.; NAGAFUCHI, S.; TAKAHASHI, T.;
YAJIMA, T.; TAKENOUCHI-OHKUBO, N.; IWASE, T.; MORO, I. Dietary
fructooligosaccharides up-regulate immunoglobulin A response and polymeric
immunoglobulin receptor expression in intestines of infant mice. Clin Exp Immunol. 137
52–58, 2004.
74
OHAMA, H.; IKEDA, H.; MORIYAMA, H. Health foods and foods with health claims in
Japan. Toxicology 221 95–111, 2006.
OUWEHAND, A. C.; DERRIEN, M.; VOS, W.; TIIHONEN, K.; RAUTONEN, N. Prebiotics
and other microbial substrates for gut functionality. Current Opinion in Biotechnology,
2005, 16:212–217. Disponível em: www.sciencedirect.com. Acessado 20/02/2007.
REID, G.; JASS, J.; SEBULSKY, M. T.; MCCORMICK, J.K. Potential Uses of
Probiotics in Clinical Practice. Clinical Microbiology Reviews.16(4): 658–672, 2003.
75
ROBERFROID, M. B. Concepts and strategy of functional food science: the European
perspective. Am J Clin Nutr, 71 (supll): 1660S-4S, 2000.
ROSS, S. Functional foods: the Food and Drug Administration perspective. Am J Clin
Nutr. 71(suppl):1735S–8S. Printed in USA. © 2000 American Society for Clinical
Nutrition, 2000.
76
SAIER. M. H, jr , MANSOUR, N. M, Probiotics and Prebiotics in Human Health. J Mol
Microbiol Biotechnol. 10:22–25, 2005.
SANTOS, A.; MAURO, M. S.; DÍAZ, D. M. Prebiotics and their long-term in.uence on
the microbial populations of the mouse bowel. Food Microbiology. 23 498–503, 2006.
77
SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos
alimentos. Boletim da SBCTA. v. 37, n. 2, p. 127-135, 2003.
Understanding the Immune System How It Works. National Institute of Allergy and
Infectious Diseases National Cancer Institute NIH Publication No. 03-5423 September
2003. Disponível em: www.niaid.nih.gov . Acessado dia 20/10/07.
YUN, J. W. Fructooligosaccharides-Occurrence, preparation, and application. Enzyme
and Microbial Technology 19:107-117, 1996.
78
ANEXO I
79