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Direção geral: Guilherme Luz GEOGRAFIA

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Renato Tresolavy e Thais Ginicolo Cabral
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Fernando Afonso do Carmo, Nicola Loi (edit. arte)
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Maxi : ensino fundamental 2 : geografia : 6º ao 9º
ano : cadernos 1 a 4 : professor / obra coletiva :
responsável Thais Ginicolo Cabral. -- 1. ed. --
São Paulo : Maxiprint, 2019.

Bibliografia.

1. Geografia (Ensino fundamental) I. Cabral, Thais


Ginicolo.

18-14781 CDD-372.891

Índices para catálogo sistemático:


1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CEB-8/7964

2019
ISBN 978 85 7837 882 0 (PR)
Código da obra 627351
1a edição
1a impressão
MANUAL DO
PROFESSOR
• Geografia

Parte geral
Apresentação .......................................................................................................... 4
O planejamento escolar e a autonomia do professor ........................................ 9
A Base Nacional Comum Curricular ....................................................................10
Referências ............................................................................................................11

Parte específica
A BNCC e a Geografia ...........................................................................................12
Objetivos ................................................................................................................12
Sugestão de aulas .................................................................................................13
Comentários sobre as unidades..........................................................................15
Sugestões de leitura ............................................................................................15
Referências ............................................................................................................16
Parte geral
Apresentação ao aprendizado, percebendo o papel do indivíduo nas
transformações dos processos histórico, político e éti-

Proposta pedagógica co para o exercício pleno da cidadania, o que amplia as


possibilidades de sucesso acadêmico.
Tendo em vista que o processo de ensino-aprendi-
Com o propósito de orientar a escola para sua me-
zagem se dá pela interação permanente entre razão e
lhor utilização, o material didático impresso do Sistema
emoção, teoria e prática, o Sistema de Ensino apresen-
Maxi de Ensino Fundamental – Anos Finais é dividido
ta como proposta pedagógica práticas de sala de aula
em quatro Cadernos por ano de acordo com as seguin-
que privilegiam a construção significativa de conheci-
tes áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática,
mentos (o saber cognitivo) e favorece um espaço maior
Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Em Lingua-
para o trabalho com a afetividade: a Pedagogia Afetiva,
gens, temos as disciplinas Língua Portuguesa, Arte e
que desenvolve aspectos socioculturais e emocionais.
Língua Inglesa; em Ciências Humanas, temos História
Acreditamos que as competências socioemocionais
e Geografia, além de Matemática e Ciências, que levam
(ou não cognitivas) são indissociáveis das cognitivas e
o mesmo nome das respectivas áreas.
importantíssimas no processo de desenvolvimento da
O Manual do Professor serve como apoio pedagógi-
aprendizagem, destinando-se a trabalhar nos alunos o
co e traz sugestões para o planejamento de aulas, mas
controle consciente das emoções, o estabelecimento
pode ser utilizado com total autonomia. Esperamos
de relações sociais saudáveis, a resolução de proble-
que este material possa acompanhar você e os alunos
mas interpessoais, além de outras habilidades.
neste ano escolar e que durante essa trajetória ocor-
Com base nessa proposta, o material do Ensino ram experiências de aprendizagem bem-sucedidas.
Fundamental – Anos Finais foi elaborado por uma
equipe de professores e especialistas em Educação A Pedagogia Afetiva
que conhecem a realidade e as necessidades dessa Partindo do pressuposto de que o vínculo de afe-
faixa etária e dão prioridade ao acompanhamento dos to é fundamental para o processo de aprendizagem e
alunos nos campos afetivo, socioemocional e cogniti- construção de uma relação de qualidade entre alunos
vo. Outros pontos de destaque da obra são a atenção e professores, foi realizada uma vasta revisão da lite-
às produções culturais do universo juvenil, a valoriza- ratura sobre a Pedagogia Afetiva, em que foram revisi-
ção do entusiasmo do jovem para aprender, o esta- tadas as habilidades e competências socioemocionais,
belecimento de limites e o cuidado com as questões as descobertas trazidas pela Neurociência e teorias de
disciplinares; também o contato com obras de grandes ensino-aprendizagem (correntes educacionais).

artistas brasileiros e estrangeiros e com o desenvolvi- Assim, nossa proposta tem como base os seguintes
mento da tecnologia, além de total alinhamento com a campos:
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). I. Habilidades socioemocionais e valores
Nesse cenário, destacamos a importância da atua- II. Contribuições dos estudos da Neurociência
ção do professor, a quem cabe desempenhar, com afe- III. Correntes educacionais
to e responsabilidade, ricas mediações de aprendiza- A tabela da página seguinte traz a correlação en-
gem e criar uma cultura de altas expectativas, além de tre habilidades socioemocionais e valores. Com base
4
incentivar a participação ativa e engajada dos alunos, nela você poderá criar atividades que desenvolvam os
que, motivados, costumam responder positivamente dois aspectos.

Geografia
Correlação entre habilidades socioemocionais e
Habilidades socioemocionais Valores do Sistema Maxi de Ensino
valores do Sistema Maxi de Ensino

Capacidade de gerenciar as emoções de maneira


equilibrada e independente do meio externo, de
Autonomia emocional Valores éticos da autonomia pessoas e situações, promovendo a melhoria da
expressão afetiva em suas inter-relações em diversas
dimensões.

Capacidade de comunicar-se de maneira clara, assertiva


e com intencionalidade positiva. É uma forma de
Valorização da diversidade de ideias expressão da afetividade. Críticas construtivas são
Comunicação e das manifestações artísticas e realizadas por meio de observações, e não de avaliações
culturais pessoais, evitando-se as críticas generalistas, que
podem desencadear a defesa imediata sem análise ou
a autocrítica.

Capacidade de admitir erros, enganos e equívocos como


Solidariedade e respeito ao bem
Flexibilidade experimentos ricos para aprendizado pessoal, além de
comum
considerar o ponto de vista alheio e aceitar mudanças.

Capacidade de analisar e avaliar cenários e situações,


comparar informações divergentes e desenvolver visão
Direitos e deveres da cidadania, do pessoal e posicionamento com base nesses dados,
Pensamento crítico
exercício da criticidade reconhecendo direitos e deveres pessoais e coletivos,
além de praticar a crítica reflexiva, buscando agir
positivamente.

Capacidade de cumprir combinados com esforço


e persistência mesmo diante de obstáculos.
Responsabilidade Responsabilidade
Demonstração de firmeza, organização e clareza na
realização do que é proposto.

Capacidade de observar o mundo e de agir para mudá-lo,


compreendendo sistêmicas das quais faz parte e levando
Solidariedade e respeito ao bem
Solidariedade em conta as necessidades das pessoas, contribuindo
comum
para seu bem-estar, com o despendimento de tempo e
de recursos pessoais e/ou materiais.

A seguir, são apresentadas duas situações para e expresse suas emoções, justificando seu ponto de
auxiliar na tarefa prática. Observe que elas remetem vista, seguem algumas orientações:
a conceitos importantes – interação e mediação. As • Elaborar um projeto de aulas que reflita as neces-
atividades podem ser realizadas em qualquer uma sidades e os desejos dos estudantes, seguido por
das disciplinas que compõem o currículo. (Uma reu- uma reflexão mediada pelo professor sobre as
nião de professores em que sejam compartilhados as ações necessárias para alcançá-los e os limites que
práticas e os resultados do trabalho com os alunos precisam ser estabelecidos.
pode ser um excelente recurso de troca e formação
• Desenvolver um painel com as conquistas signi-
do grupo.)
ficativas do grupo de alunos, usando textos, ima-
1. Valor e habilidade socioemocional: gens e vídeos produzidos por eles.
autonomia • Com base em um problema resultante de uma ação
Para a formação de um aluno autônomo, que consi- individual ou coletiva, apresentar um plano para
ga comunicar assertivamente desejos e insatisfações, enfrentá-lo e colocá-lo em prática.
5
que seja capaz de ouvir atentamente e com respeito co- • Listar aspectos necessários para tomar decisões
legas e professores, que esteja atento ao próprio corpo éticas.

Geografia
2. Valor e habilidade socioemocional: A prática da atenção plena é passível de ser rea-
responsabilidade lizada em sala de aula e consiste na manutenção do
foco na respiração e na observação do ritmo de ins-
Para a formação de um aluno responsável, capaz de
piração e expiração, com o objetivo de perceber os
cumprir com persistência combinados e propósitos, de-
momentos em que a atenção se dispersa e, assim,
monstrando firmeza, organização e clareza na realização
recuperá-la.
dos objetivos aos quais se propõe, seguem as orientações:
Para fazer esse exercício em sala, seguem algumas
• Apresentar características de pessoas responsáveis. orientações:
• Incentivar um comportamento respeitoso consigo • Solicitar aos alunos que se sentem confortavel-
mesmo e com o próximo em eventos coletivos, seja mente na cadeira, apoiando os pés no chão e colo-
em um trabalho em grupo, seja em uma apresenta- cando as palmas das mãos abertas sobre as coxas.
ção para público externo.
• Explicar a eles que o exercício que farão a seguir,
• Analisar situações em que é necessário resistir à
de acordo com os comandos dados por você, tem
frustração e desenvolver um plano com mais de uma
como objetivo recuperar a atenção e o foco, benefi-
opção de solução.
ciando a consciência do momento presente. Infor-
Com relação às contribuições da Neurociência, desta- mar que não se deve dormir durante a prática.
camos a importância do trabalho com as funções executivas
• Pedir ao grupo que preste atenção às badaladas
(habilidades cognitivas necessárias para o controle e a re-
suaves que você fará usando um instrumento
gulação de nossos pensamentos, emoções e ações). Essas
como uma tigela de metal, um sino ou um objeto de
funções, quando exercitadas intencionalmente, por meio de
bronze. Combinar um tempo de 10 minutos inicial-
atividades e jogos, ampliam as possibilidades de êxito.
mente e pedir que a turma não seja interrompida
Quatro categorias compõem esse conjunto de habilida- nesse período.
des – o controle inibitório, a memória de trabalho, a flexibi-
• Solicitar aos alunos que fechem os olhos e acom-
lidade cognitiva e a atenção.
panhem o número de batidas que você dará, com
Estudos indicam os benefícios resultantes da prática
delicadeza, usando o objeto metálico. As batidas
da respiração plena (ou mindfulness), que pode ser com-
deverão ser realizadas em um intervalo de tempo
preendida como “estado mental particular que une atenção
regular. Empregando um tom de voz baixo, pedir
focada no presente, consciência aberta e memória de si”1.
que contem o número de batidas, que pode variar
Mindfulness pode também ser entendido como um conceito
de 30 a 50. Nesse caso, o importante não é o nú-
que vai além da meditação e que se traduz em um estado mero, mas o fato de os alunos terem de se deter
de consciência no qual se está atento à experiência do mo- em uma atividade que necessita de foco.
mento. O exercício da atenção plena ajuda a desenvolver a
• Um minuto ou dois após as batidas terminarem,
habilidade de interromper a elaboração cognitiva de emo-
solicitar que os alunos iniciem o processo de
ções negativas, a reduzir os sintomas de ansiedade, possi-
“despertar” abrindo lentamente os olhos para a
bilitando mais criatividade, aumento da resistência emocio-
retomada das atividades. Ao final das sessões,
nal e maior aproveitamento do que se faz.
você pode pedir a eles que compartilhem a expe-
riência que tiveram no decorrer do exercício.

Por fim, ressaltamos as correntes educacionais, que


partem do pressuposto de que os alunos aprendem por
meio de um rico processo de construção de conhecimen-
tos, como o de interação e o de mediação, resultado de
interações planejadas pelo educador e realizadas entre
6 os estudantes.

1
LEAHY, R. Regulação emocional em psicoterapia. Porto Alegre: Artmed, 2013.

Geografia
Explorados por Feuerstein (2002)2, a partir de sua re- Saiba mais
lação com o fazer educativo, os conceitos de intenciona-
Curiosidades ou sugestões de livros que complemen-
lidade, sentimento de competência, significado e meta-
tam o assunto que está sendo estudado na Unidade.
cognição deverão ser praticados. Provavelmente, alguns
deles já são utilizados em sua prática pedagógica. Elabo- Conectando saberes
rar uma lista relacionando esses conceitos às correspon- A proposta deste recurso é estabelecer relações in-
dentes ações planejadas pode compor um rico quadro de terdisciplinares entre os conteúdos.
estratégias que integrarão o seu plano de intervenções
pedagógicas.
Glossário
O Sistema Maxi de Ensino acredita que, por meio de Definição de termos importantes da Unidade.
mediações de qualidade, o professor pode construir com Biografia
os alunos um caminho de aprendizagem significativa, que
Informações sobre personalidades importantes.
considera as crianças e os jovens protagonistas de seu
processo, desenvolvendo a consciência de seus direitos e Jogo rápido
deveres, em busca da excelência acadêmica e da autono- Atividades breves, sugeridas ao longo da teoria, para
mia cognitivo-afetiva. avaliar o aprendizado do aluno quanto aos conceitos
estudados na Unidade (avaliação diagnóstica).
Apresentação de boxes
e seções É verdade?
A divisão das disciplinas do Sistema Maxi de Ensino Este recurso traz uma afirmação, que pode ser ver-
no Ensino Fundamental – Anos Finais é feita em Unida- dadeira ou falsa, relacionada ao conteúdo que está sendo
des, sendo cada uma dessas Unidades dividida em três estudado. Para que o aluno justifique a resposta dada, ele
grandes blocos: teoria, sistematização e síntese. deve fazer uma pesquisa ou conversar com os colegas, por
Com relação à teoria, elaboramos diversos boxes e exemplo.
seções cuja finalidade é motivar e incentivar a participa- Para que serve?
ção dos alunos na construção do conhecimento.
A proposta deste recurso é estabelecer uma relação
No tocante à sistematização, disponibilizamos ativi-
do que está sendo estudado com o cotidiano dos alu-
dades variadas que têm como objetivo levar os alunos nos, facilitando a contextualização de conteúdos.
a apropriar-se do conteúdo trabalhado na Unidade. Em
cada uma das atividades é indicado para o professor o Você no Brasil
grau de dificuldade por meio dos ícones a seguir. Seção disponível uma vez por Caderno em todas as
disciplinas. A proposta é valorizar uma região do Brasil
relacionando-a a um tema abordado na Unidade sobre
questões históricas, culturais, sociais, ambientais, so-
Nível fácil Nível médio Nível difícil
bre o mundo do trabalho, entre outras.
Por fim, com a síntese pretendemos facilitar os estudos
por meio de um esquema visual do que foi abordado nas Investigando o assunto
aulas. Confira, a seguir, todos os boxes e seções do material. Sugestões de pesquisas, com material simples, a
serem desenvolvidas na sala de aula, na escola ou no
Mundo digital
laboratório.
Sugestões de sites, objetos educacionais digitais
(OEDs) ou vídeos, por meio de um QR Code, para que os Raio-X da obra
alunos desenvolvam o hábito de utilizar esse meio para Tem como proposta a análise de uma obra de arte,
o aprimoramento de seus conhecimentos e a ampliação com destaque para pontos relevantes que guiam o
de seus horizontes. olhar dos alunos.
7
2
DAS ROS, S. Z. Pedagogia e mediação em Reuven Feuerstein: o processo de mudança em adultos com história de deficiência. São Paulo:
Plexus, 2002.

Geografia
Atividades e Tarefa para serem respondidas por escrito e/ou oralmente,
individuais e/ou em grupo. Por meio de diversas estra-
A seção de atividades, apresentada depois da teoria, é
tégias de leitura (localização de informações, inferên-
dividida na subseção de tarefa, com o intuito de dividir o que
cias, extrapolações, etc.), as questões deverão explorar
deve ser feito em sala de aula e o que deve ser feito em casa.
o sentido global e específico do texto, suas principais
Maxi desafio características e a linguagem do gênero em estudo.
Disponível apenas para 8 e 9 anos, esta seção su-
o o
Ampliando a leitura
gere atividades do Exame Nacional do Ensino Médio
Seção facultativa, na qual é trabalhado um texto com-
(Enem) ou de vestibulares para que os alunos se apro-
plementar, conforme a necessidade do estudo desenvol-
priem das características dessas avaliações.
vido. Como o título da seção informa, a ideia é ampliar o
Você aprendeu trabalho com a leitura de textos, podendo comportar tanto
Seção de resumo, atraente do ponto de vista visual, com um trabalho de ampliação do mesmo gênero quanto com
formato de esquema ou mapa conceitual, para que os alu- um texto de outro gênero.
nos revejam os principais tópicos estudados na Unidade. Explorando a linguagem
Para finalizar Esta subseção traz reflexões relacionadas aos as-
Disponível no final do Caderno, em cada disciplina, pectos estilísticos, linguísticos e semânticos dos estu-
esta seção sugere atividades para avaliação dos prin- dos da linguagem, podendo apresentar questões rela-
cipais conteúdos estudados em todas as Unidades do tivas às variedades linguísticas, com a possibilidade de
Caderno. É apresentada em uma página frente e verso o aluno recorrer aos conhecimentos acumulados sobre
para que os alunos realizem as atividades, recortem a a língua, além de explorar novas possibilidades em di-
página (há uma linha na lateral com essa indicação) e ferentes contextos. Além disso, considera os recursos
a entreguem para avaliação do professor. (Acompanha gramaticais sob a luz da expressividade e das funções
uma autoavaliação.) sociais representadas nos textos. Não é uma seção fixa
As disciplinas Língua Portuguesa e Língua Inglesa e será trabalhada de acordo com os recursos oferecidos
apresentam os boxes e as seções listados anterior- pelo texto da unidade. Localiza-se na seção Interagindo
mente e também algumas especificidades. São elas: com o(s) texto(s).

Praticando a oralidade
Língua Portuguesa
Esta seção propõe, aos alunos, trabalhar a oralidade
Lendo o texto e relacioná-la com a escrita. Nela, poderão ser realiza-
Esta seção tem como objetivo apresentar um ou das, por exemplo, atividades de apresentações em pú-
mais texto(s) para os alunos, a fim de que leiam e inter- blico para o desenvolvimento da fala, da espontaneida-
pretem esse(s) texto(s) e reflitam sobre as informações de e do respeito aos turnos de fala. Essa seção pode ser
nele(s) presentes. Além disso, possibilita o estudo de substituída pela seção Discutindo o assunto.
diferentes gêneros textuais.
Discutindo o assunto
Comparando textos Esta seção pode aparecer em qualquer momento da
Seção facultativa, que tem como foco explorar a re- unidade e tem como objetivo promover uma discussão oral
lação entre textos, permitindo desenvolver um estudo a respeito de um tema, de um gênero textual e/ou de qual-
de comparação entre dois textos do mesmo gênero, ou quer assunto pertinente aos estudos que estão sendo (ou
do mesmo assunto e, ainda, explorar a relação entre um que serão) desenvolvidos. Essa seção pode ser substituída
novo texto, que pode ser do mesmo gênero da Unidade pela seção Praticando a oralidade.
ou não, e o texto da seção Lendo o(s) texto(s).
Trabalhando a língua
Interagindo com o(s) texto(s) Esta seção aparece em todas as unidades e propicia
8
Esta seção sempre aparecerá após a seção Lendo a ampliação do conhecimento a respeito dos aspectos
o(s) texto(s) e tem como objetivo apresentar questões estilísticos, linguísticos e semânticos dos estudos da

Geografia
linguagem, podendo apresentar questões relativas às encontra-se o referencial teórico que norteia os pres-
variedades linguísticas, bem como às possibilidades supostos e as intenções do fazer pedagógico, além do
de uso da língua em situações reais de uso, explo- planejamento de ensino, que trata das ações de todos
rando os recursos gramaticais dentro de um contexto os educadores – professores, coordenadores e demais
social e dinâmico. Atendendo aos preceitos da BNCC, funcionários envolvidos na elaboração da proposta
esta seção efetiva um estudo que vai da gramática à educativa. Esse planejamento organiza, ainda, a dinâ-
análise linguística. mica escolar, desde o espaço físico destinado às diver-
sas atividades, passando pela distribuição das aulas
Produzindo textos
entre os diferentes segmentos, até a regulamentação
Esta seção oferece aos alunos a oportunidade de do sistema de avaliação. Anualmente, ele é avaliado e
produzir textos conforme o gênero estudado em cada reorganizado e pode sofrer modificações para o próxi-
Unidade. Para isso, antes de eles iniciarem a produção, mo ano letivo.
são retomadas as principais características do gênero O planejamento da aula, as sequências didáticas e
em questão, seguidas de orientações que auxiliam os o projeto constam do planejamento de ensino e con-
alunos a produzir seus textos. sistem em modalidades organizativas que sistematizam
o trabalho de ensino-aprendizagem, cuja importância é
Língua Inglesa destacada por possibilitarem ao educador, além de pla-
Atividades propostas ao longo da teoria cujo objeti- nejar e antecipar intervenções de qualidade com o seu
vo é levar os alunos a participar ativamente da constru- grupo de alunos, envolvê-los coletivamente na previsão
ção dos conteúdos. das produções e dos compromissos assumidos entre
Ao longo do material, há ícones de áudio e con- ambas as partes.
versação, devidamente sinalizados no Livro do Aluno. Nos projetos, por exemplo, professor e grupo têm a
No caso dos áudios, disponíveis no Portal do Sistema possibilidade de compartilhar o planejamento da tarefa
Maxi de Ensino, há orientação para o tipo de atividade e sua distribuição ao longo do tempo previsto, discutir o
proposta: listening ou listening and reading. O ícone de cronograma, ajustar as etapas, dividir as responsabilida-
conversação indica uma atividade de speaking, sugeri- des e o formato do produto final.
da para ser realizada em duplas, grupos ou como apre- Nas sequências didáticas, a ordenação do trabalho,
sentação para a turma. no decorrer do período combinado, exige dos alunos
organização para sua realização, que pode variar em
função de sua rotina pessoal, de seu ritmo, de suas
Ícone de áudio Ícone de conversação facilidades ou dificuldades. Assim, alguns necessi-
tarão de mais auxílio e supervisão para as tarefas, e
outros demonstrarão mais facilidade em se organizar,
O planejamento escolar e de modo que fiquem com tempo disponível para ati-

a autonomia do professor vidades recreativas. O importante nesse exercício é a


possibilidade da prática de diferentes formas de orga-
Planejar faz parte da ação humana. A todo momen- nização para posterior eleição da mais eficaz para cada
to as pessoas fazem escolhas e tomam decisões que, um dos estudantes.
quando devidamente planejadas, lhes permitem ante- O plano de aula bem elaborado, com atividades
cipar ações para alcançar propósitos. previstas, pensadas e organizadas pelo educador,
Na escola, o planejamento nasce com base no esta- permite-lhe um maior exercício da criatividade e a
belecimento de metas e objetivos definidos pelos gesto- possibilidade de experimentar novas saídas, fazer
res, docentes e demais educadores, cabendo aos profes- acertos e mudar algumas rotas, dependendo da res-
sores a seleção dos objetivos de aprendizagem e objetos posta do grupo. Somente com um traçado previsto é
de conhecimento com os quais trabalharão. possível sair dele quando se fizer necessário e exer- 9
O planejamento escolar acontece em diferentes ní- citar a reflexão sobre as melhores escolhas para cada
veis de organização. No projeto político-pedagógico, turma ou aluno.

Geografia
O Sistema Maxi de Ensino ressalta a possibilidade de rem desenvolvidos pelos alunos, como pensamento
o educador realizar mediações de qualidade, o que signi- científico, crítico e criativo, capacidade de argumen-
fica dizer, por exemplo, que é necessário prever a partici- tação, autonomia e resiliência.
pação ativa do aluno, levando-o a se perceber como al- • Aprendizagem ativa: cada conhecimento está liga-
guém capaz de aprender, revestindo a aprendizagem de do a uma habilidade que permite ao aluno aplicá-
significado e compromisso. Do mesmo modo, do ponto -lo a um fim. Há habilidades envolvendo processos
de vista do aluno, destacam-se o protagonismo, a cons- cognitivos mais sofisticados e ativos, como investi-
ciência de seus direitos e deveres, a postura intelectual-
gar, analisar e criar, em contraposição a outros mais
mente curiosa e as expectativas de alto desempenho e
passivos e simples, como lembrar e identificar. Isso
excelência acadêmica.
favorece o protagonismo do aluno dentro e fora de
Pode-se concluir, portanto, que, para alcançar o
sala de aula.
que espera dos alunos, é necessário que o educador
• Campo de experiências: constitui um arranjo curricu-
se comprometa fortemente com o exercício rigoroso
lar que acolhe as situações e as experiências concre-
do planejamento. A autonomia que o professor exer-
tas da vida cotidiana dos alunos e seus saberes, en-
cita no cotidiano escolar, a partir de um plano de aula
trelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte
bem elaborado e executado, é incentivo para que os
do patrimônio cultural.
alunos também se entreguem ao cumprimento de
suas tarefas com empenho e responsabilidade, en- • Progressão na aprendizagem: a progressão das
volvendo-se cada vez mais com a construção do seu aprendizagens organizada ano a ano deixa mais
papel de estudantes. claro o que se espera que o aluno aprenda e fa-
Assim, afirmar que a construção da autonomia do vorece o desenvolvimento de habilidades mais
aluno está diretamente ligada ao aprimoramento da complexas, principalmente no Ensino Fundamen-
autonomia do professor implica reconhecer o planeja- tal – Anos Finais.
mento da ação pedagógica como instrumento impres- A implementação da BNCC promove a igualdade e a
cindível na perspectiva de construção de um ambien- equidade nacional, ou seja, o direito de aprendizagem de
te de estudo favorável à aprendizagem, alicerçado em todos os alunos em todas as regiões do Brasil, seja em
relações de respeito, equidade, confiança e cooperação escolas públicas, seja em escolas privadas.
entre seus protagonistas – alunos e professores. Cabe destacar que a Base é diferente do currículo: ela
é a referência obrigatória para a elaboração dos currícu-
los nos estados e municípios, na rede federal e nas esco-
A Base Nacional Comum las particulares. No entanto, nada impede que as escolas
Curricular e redes de ensino diversifiquem os currículos, acrescen-
tando conteúdos e competências.
Pela primeira vez na história do Brasil, a Base Na-
O material do Sistema Maxi de Ensino utilizou como
cional Comum Curricular vai definir as aprendizagens
essenciais a que todos os alunos têm direito na Edu- referência para a produção de conteúdos a versão final
cação Básica. Trata-se de um documento de caráter da BNCC, homologada em dezembro de 2017 pelo Mi-
normativo que define o conjunto orgânico e progres- nistério da Educação (MEC). Também podemos identifi-
sivo de aprendizagens indispensáveis que todos os car, ao longo do material, alguns itens comuns, como a
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e mo- área do conhecimento vinculada à disciplina, a unidade
dalidades da Educação Básica, de modo que tenham temática que será trabalhada em cada Caderno, bem
assegurados seus direitos de aprendizagem e desen- como habilidades trabalhadas em cada Unidade. Na par-
volvimento, em conformidade com os preceitos do te específica deste Manual, há um breve texto sobre cada
Plano Nacional de Educação (PNE). disciplina e a BNCC.
Algumas das principais mudanças que a BNCC traz são: Convidamos todos os professores a fazer a leitura
10
• Dez competências gerais norteadoras que contem- completa desse documento disponível no link <http://base
plam aspectos cognitivos, sociais e pessoais a se- nacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 26 mar. 2018.

Geografia
Ensino Fundamental

Áreas do conhecimento

Linguagens Matemática Ciências da Natureza Ciências Humanas

Língua Portuguesa Matemática Ciências Geografia

Arte História

Educação Física

Língua Inglesa

Áreas do conhecimento da BNCC.

Ensino Fundamental

Áreas do conhecimento

Competências específicas de área

Áreas do conhecimento

Competências específicas de componente

Anos Iniciais Anos Finais

Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades

Competências gerais da BNCC.

Referências
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola <www.uepg.br/formped/disciplinas/Organizacao
reflexiva. São Paulo: Cortez, 2011. Trabalho/DIDATICA.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2018.

BNCC. Disponível em: <http://basenacionalcomum. LEAHY, R. Regulação emocional em psicoterapia. Porto


mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc Alegre: Artmed, 2013.
-20dez-site.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2018.
NÓVOA, A. Para uma formação de professores construída
DAS ROS, S. Z. Pedagogia e mediação em Reuven
dentro da profissão. Revista de Educação, Lisboa, 350,
Feuerstein: o processo de mudança em adultos com
2009.
história de deficiência. São Paulo: Plexus, 2002.
(Org.). Profissão professor. Porto: Porto Editora,
HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do
currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um 2014.
caleidoscópio. Porto Alegre: Artmed, 1998. PERRENOUD, P.; THURLER, M. G. As competências para
11
LARCHERT, J. M. O planejamento pedagógico e a ensinar no século XXI: a formação dos professores e o
organização do trabalho docente. Disponível em: desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Geografia
Parte específica
• (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens
A BNCC e a Geografia por diferentes tipos de sociedade, com destaque
A Geografia nos anos finais do Ensino Fundamen- para os povos originários.
tal busca garantir a sequência e o aprofundamento dos
Conexões e escalas:
conhecimentos abordados nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, sob a lógica da Base Nacional Comum • (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta
Curricular (BNCC). De forma concreta, com base nesse e sua relação com a circulação geral da atmosfera,
parâmetro, esta obra busca ampliar os conhecimentos o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
e a complexidade da compreensão conceitual a respeito
da produção do espaço. Formas de representação
Esse objetivo é necessário para que os alunos am- e pensamento espacial:
pliem seus conhecimentos sobre o uso do espaço e per- • (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas
cebam relações desiguais de poder, além de entender o
escalas gráficas e numéricas dos mapas.
espaço virtual desenvolvido pela internet e pelas mo-
dernas tecnologias geográficas. Espera-se que desen-
volvam, com isso, não somente capacidade de obser-
vação de diferentes fenômenos naturais e sociais, mas Objetivos
também tenham a capacidade de entender fatos, fenô- Com base no planejamento em concordância com
menos e objetos técnicos produzidos pela Geografia.
a nova orientação nacional, em termos gerais, temos
Para tanto, este material foi elaborado com base
como objetivo a tentativa de conscientizar os alunos
nas habilidades previstas na BNCC, além de outras ela-
de sua identidade sociocultural, além de auxiliá-los a
boradas e pertinentes aos objetos de conhecimento.
reconhecer os lugares de vivência e adquirir consciên-
Essas habilidades não citadas na BNCC são:
cia sobre a interferência humana no planeta Terra.
• Compreender a produção do espaço geográfico e
Para cumprir esses objetivos gerais, especificamente
sua modificação em diferentes períodos.
neste volume, busca-se aos alunos o entendimento:
• Identificar diferentes tipos de territórios e as dispu-
tas entre povos pelo espaço de vivência. • dos elementos necessários para compreender a
• Avaliar a diferença entre as formas de representa- Geografia;
ção da Terra e sua utilidade na identificação de di- • da definição da Geografia como ciência;
ferentes fenômenos geográficos.
• do conhecimento da evolução da Geografia ao lon-
• Diferenciar a simbologia existente em mapas e sua
go da história;
importância na leitura das representações.
• Entender as formas de se localizar na superfície • dos conceitos de espaço geográfico, lugar, paisa-
terrestre. gem, região, território, além dos termos ecúmeno
e anecúmeno;

Habilidades da BNCC • da evolução da Cartografia ao longo da história;


contempladas no Caderno 1 • dos elementos para compreender os mapas: proje-
O sujeito e seu lugar no mundo: ções, escalas e legendas;

• (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens • das noções de localização, com base nos pontos
12
nos lugares de vivência e os usos desses lugares cardeais, colaterais, coordenadas geográficas, zo-
em diferentes tempos. nas térmicas e movimentos da Terra.

Geografia
Sugestão de aulas
Prezado professor, disponibilizamos, a seguir, uma sugestão de condução das aulas. Trata-se apenas de uma
sugestão, que pode e deve ser adaptada de acordo com a realidade de sua escola e de cada sala de aula. Cabe a
cada professor identificar a melhor maneira de condução das aulas, dos momentos de explicação, de resolução e
de correção das atividades propostas. No entanto, o intuito dessas sugestões é somente ajudar a organizar seu
planejamento e o andamento das aulas. Esperamos que essas sugestões sejam úteis ao seu planejamento e ao
longo do ano letivo.
Boas aulas!

Quantidade
Unidade Aulas Estratégias
de aulas

1. Com base nas imagens e nos textos da apostila, explicar os elementos


necessários para se compreender a Geografia.
1
2. Resolver em sala de aula os exercícios da seção Jogo rápido.
3. Recomendar como tarefa os exercícios 1 e 2 da seção Tarefa.
1. Usando recursos audiovisuais, explique os conteúdos sobre Geografia
na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Moderna e na Idade
2 Contemporânea.
2. Resolver em sala de aula os exercícios 1, 2, 3 e 4 da seção Atividades.
1. Ciência 3. Indicar como tarefa os exercícios 3 e 4 da seção Tarefa.
4
geográfica 1. “Geografia no Brasil”.
2. Resolver em sala de aula o exercício 5 da seção Atividades.
3 3. Leve os alunos a um laboratório de informática e, com base em
pesquisas na internet, apresente as primeiras escolas, universidade e
pensadores da Geografia no Brasil.
1. Explicar os conteúdos da seção Você no Brasil e auxiliar os alunos no
trabalho e apresentação de informações do Polo Industrial de Camaçari.
4
2. Para finalizar, revisar os conteúdos da unidade e apontar com os alunos
informações nos espaços em branco da seção Você aprendeu.
1. Leve à sala de aula imagens que demonstrem a diferença entre ecúmeno e
anecúmeno e escala geográfica.
1
2. Resolver em sala de aula o exercício 1 da seção Atividades.
3. Recomendar como tarefa os exercícios 1a e 1b da seção Tarefa.
1. Com base em pesquisa prévia feita pelos alunos de imagens de
qualquer área da superfície terrestre, apresente o conceito de paisagem
por meio dos exemplos levados à sala de aula.
2
2. Resolver em sala de aula o exercício 2 da seção Atividades e os
exercícios 2 e 3 da seção Jogo rápido.
3. Indicar como tarefa o exercício 1c da seção Tarefa.
1. Leve à sala de aula textos (poemas) e mapas para explicar os conceitos
2. Produção de lugar e região.
3
do espaço 6 2. Resolver em sala de aula o exercício 3 da seção Atividades.
Geográfico 3. Recomendar como tarefa os exercícios 1d e 1e da seção Tarefa.
1. Com o uso de recursos audiovisuais, explique o conceito de território.
Mostre um vídeo aos alunos para que possam conhecer os curdos,
4
maior população do mundo sem território próprio.
2. Indicar como tarefa o exercício 1f da seção Tarefa.

1. Trabalhar os conteúdos sobre “Espaço geográfico”.


5 2. Resolver em sala de aula o exercício 4 da seção Atividades.
3. Recomendar como tarefa os exercícios 1g e 1h da seção Tarefa.
CADERNO 1

1. Revisar os conteúdos da unidade e discutir com os alunos as 13


6
informações a serem preenchidas na seção Você aprendeu.

Geografia
Quantidade
Unidade Aulas Estratégias
de aulas
1. Organize uma linha do tempo no quadro e apresente a evolução da
1 cartografia aos alunos.
2. Resolver em sala de aula o exercício 1a da seção Atividades.
1. Com recursos audiovisuais (TV ou projetor), apresente aos alunos os
tipos e as caraterísticas das projeções cartográficas.
2
2. Resolver em sala de aula os exercícios 1b e 1c da seção Atividades.
3. Solicitar como tarefa o exercício 1 da seção Tarefa.
1. Leve alguns atlas para a sala de aula a fim de explicar o que são
anamorfoses.
3
2. Apresentar mapas de anamorfoses para os alunos.
3. Indicar como tarefa pesquisas de mapas em anamorfose para os alunos.
1. Com um atlas ou recursos audiovisuais (TV ou projetor) e um
computador, apresente os tipos de escalas (gráfica e numérica).
3. Cons- 4 Mostre alguns mapas e identifique neles as escalas e as distâncias
trução dos 8 representadas em centímetros.
mapas 2. Aplicar em sala de aula os exercícios da seção Jogo rápido.
1. Revisar os conteúdos de escalas e resolver os exercícios da segunda
5 seção Jogo rápido.
2. Pedir como tarefa os exercícios 1d e 1e da seção Atividades.
1. Por meio de atlas ou recursos audiovisuais (TV ou projetor) e computador,
apresente alguns mapas e comente o significado dos diferentes símbolos
6 que aparecem neles. Chame a atenção dos alunos para as curvas de nível.
2. Resolver em sala de aula o exercício 3 da seção Atividades.
3. Solicitar como tarefa o exercício 3 da seção Tarefa.
1. Retomar os conteúdos de legendas e promover a resolução dos
7 exercícios 4 e 5 da seção Atividades.
2. Indicar como tarefa o exercício 4 da seção Tarefa.
1. Relembrar os conteúdos da unidade e preencher com os alunos os
8
espaços em branco da seção Você aprendeu.
1. Desenhe no quadro uma rosa dos ventos. Em seguida, com os alunos,
identifique nela os pontos cardeais e os colaterais.
1 2. Solucionar em sala de aula os exercícios 1 e 2 da seção Jogo rápido e os
exercícios 1 e 2 da seção Atividades.
3. Pedir como tarefa os exercícios 1 e 3 da seção Tarefa.
1. Leve uma bússola para a sala de aula e explique como é utilizada.
Promova uma caça ao tesouro na escola com uso de bússola para que
2 os alunos possam treinar o uso desse equipamento.
2. Resolver em sala de aula o exercício 3 da seção Jogo rápido e exercício 3 da
seção Tarefa.
4. Terra –
1. Em um atlas, identifique os paralelos e os meridianos, demonstrando,
noções de
na prática, o que são as coordenadas geográficas.
localização e 6 3
2. Discutir em sala de aula o exercício 4 da seção Atividades.
movimento 3. Recomendar como tarefa o exercício da seção Tarefa.
do planeta
1. Leve um globo político da Terra à sala de aula e, com base nele, explique
4 os movimentos de rotação e translação da Terra.
2. Indicar como tarefa os exercícios 5 e 6 da seção Tarefa.
1. Cole no quadro a imagem de um globo terrestre. Divida-o em zonas
polares, temperadas e tropicais. Complete a representação com dados
5
sobre as zonas térmicas do planeta Terra.
CADERNO 1

2. Resolver em sala de aula o exercício 5 da seção Atividades.


14 1. Retomar os conteúdos da unidade e auxiliar os alunos a preencher as
6 informações nos espaços em branco da seção Você aprendeu.
2. Organizar e aplicar a avaliação do final do volume na seção Para finalizar.

Geografia
ria. Posteriormente, são explicados os elementos ne-
Comentários sobre cessários para se construir os mapas – entre eles, as
as unidades projeções, com destaque para as projeções cilíndricas
(Mercator e Peters), Cônica e Azimutal; em seguida, as
Unidade 1 escalas (gráfica e numérica) e, por fim, as legendas, com
destaque para os símbolos, cores e linhas.
Ciência geográfica
Em termos gerais, a unidade busca desenvolver
Unidade 4
no aluno a compreensão do que é a Geografia e sua
Terra: noções de localização e
evolução. De forma básica e sem aprofundamentos, a
movimentos
unidade inicia propondo ao aluno o entendimento dos
princípios básicos da Geografia: localização, extensão, A unidade trata da necessidade de sabermos nos
analogia, conexão, diferenciação, distribuição e ordem. localizar na superfície terrestre. Para tanto, propõe-
Propõem-se também uma rápida explanação sobre a -se a identificação dos pontos cardeais, colaterais
evolução do conhecimento geográfico na Antiguidade, e subcolaterais na rosa dos ventos. Em seguida, são
Idade Média, Modernidade e Contemporaneidade, bem apresentadas outras formas de se localizar utilizando
como sobre o desenvolvimento da Geografia no Brasil. como pontos de referência a Lua, o Cruzeiro do Sul e
Como sugestão de leitura complementar sobre con- a bússola. Dando continuidade ao tema sobre posicio-
teúdos específicos, pode-se acessar mais informações namento geográfico, explica-se o que são paralelos
nos endereços indicados a seguir. e meridianos e, com base nesses conceitos, vê-se a
• VINAGRE, André Luiz Mendes. Eratóstenes e a me- aplicação na forma de coordenadas geográficas, além
dida do diâmetro da Terra. Disponível em: <www.ifi. de uma rápida explicação acerca da ferramenta GPS.
unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_ Na continuidade do conteúdo sobre latitudes, foi in-
F895/F809/F809_sem2_2002/940298_AndreVi- serido o assunto relacionado às zonas térmicas do
nagre_Eratostenes.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2017. planeta. Finalizando, abordou-se os movimentos de
• BOHRER, Remata. Astrolábio e sua origem. Dis- rotação e translação do planeta.
ponível em: <http://informast.mast.br/index. Para complementar o tema sobre pontos cardeais,
php/2017/04/06/ceu-do-mes-janeiro2017/>. pode-se acessar o vídeo disponível em: <www.youtube.
Acesso em: 16 dez. 2017. com/watch?v=JRFBi3ObTuY>. Acesso em: 15 nov. 2017.
Os textos disponibilizados nos links a seguir podem
Unidade 2 servir de base e complemento para a seção É verdade.
Produção do espaço geográfico • <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noti-
Nesta unidade, são apresentados alguns dos principais cia/2017/09/7-fatos-cientificos-que-provam-que-
conceitos da Geografia, como: espaço geográfico, ecúme- -terra-nao-e-plana.html>. Acesso em: 29 dez. 2017.
no, anecúmeno, paisagem, lugar, território e região, para • ELER, Guilherme. A “ciência” da terra plana. Disponí-
que os alunos, posteriormente, pensem e compreendam
vel em: <https://super.abril.com.br/ciencia/a-cien-
o mundo com uma visão mais crítica e questionadora.
cia-da-terra-plana/>. Acesso em: 29 dez. 2017.
Para complementar o tema sobre os curdos, pode-
-se assistir ao vídeo “Entenda a questão curda”, dispo-
nível em: <www.youtube.com/watch?v=4N1a8rQcJfc>. Sugestões de leitura
Acesso em: 8 nov. 2017.
ALMEIDA, Rosângela D. de. Do desenho ao mapa. São
Unidade 3 Paulo: Contexto, 2001.

Construção dos mapas BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em:


15
A unidade, primeiramente, busca fazer uma breve <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em:
análise da evolução da Cartografia ao longo da histó- 18 nov. 2017.

Geografia
BÚSSOLA Escolar. Disponível em: <www. FRIEDMANN, Raul. Fundamentos de orientação:
bussolaescolar.com.br/mapas.htm.>. Acesso em: 18 Cartografia terrestre e navegação terrestre. Curitiba:
nov. 2017. Pro Books, 2003.

IBGE. Cartografia IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov. FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. Canoas: Centro
br/home/geociencias/cartografia>. Acesso em: 18 nov. Universitário La Salle, 2000.
2017. FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A Cartografia no ensino
de Geografia: construindo os caminhos do cotidiano. Rio
.+ IBGE Teen. Disponível em: <https://teen.
de Janeiro. Kroart: Litteris, 2002.
ibge.gov.br/>. Acesso em: 18 nov. 2017.
IBGE. Censo demográfico 2010. Aglomerados
subnormais: informações territoriais. Rio de Janeiro:
Referências IBGE, 2010.

ANDRADE, M. C. Geografia, ciência da sociedade: uma JOLY, Fernand. A Cartografia. 5. ed. Campinas: Papirus,
introdução à análise do pensamento geográfico. São 1993.
Paulo: Atlas, 1987.
KIMBLE, G. H. T. Geografia na Idade Média. Tradução
BECK, H.; SCHOENWALDT, P. O último dos grandes: Marcia S. de Carvalho. Londrina: Editora UEL, 2000.
Alexander von Humboldt. Bonn: Inter Nationes, 1999.
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O livro de ouro
BROEK, Jan O. M. Iniciação ao estudo da Geografia. Rio do Universo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
de Janeiro: Zahar Editores, 1976. SAMPAIO, A. Á. M.; VLACH, V. ; SAMPAIO, A. C. F. História
CANIATO, Rodolpho. O céu. São Paulo: Ática, 1993. da Geografia escolar brasileira: continuando a discussão.
In: VI CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HOSTÓRIA
. O que é Astronomia. São Paulo: Brasiliense, DA EDUCAÇÃO, 2006, Uberlândia. Anais do COLUBHE06.
1994. Uberlândia: COLUBHE06 – UFU, 2006. v. 1. p. 1-12.

Anotações

16

Geografia
UNIDADE

1 Ciência geográfica
Professor, analisar com os alunos os princípios do raciocínio geográfico. Em seguida, explicar a evolução
do conhecimento geográfico, com destaque para Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Habilidades da Contemporânea.
BNCC Como aprender Geografia
(EF06GE01) A palavra “geografia” tem origem na Grécia antiga. Geo, em grego, significa “Ter-
Comparar
ra”, e graphia, “escrever”.
modificações das
paisagens nos lugares
de vivência e os usos

Gianluca D.Muscelli/Shutterstock
desses lugares em
diferentes tempos.
(EF06GE02)
Analisar modificações
de paisagens por
diferentes tipos
de sociedade, com
destaque para os
povos originários.

Mundo digital
Acesse o link
a seguir para
conhecer o conceito
de Geografia Imagem noturna do planeta Terra visto do espaço.
elaborado pelo
Instituto Brasileiro Durante muito tempo, a Geografia foi definida como uma ciência descritiva. Sua
de Geografia e função era descrever a Terra e sua superfície. Porém, ao longo da história, o objeto
Estatística (IBGE). de estudo e a definição dessa ciência mudaram bastante. Podemos entender a
Geografia, atualmente, como uma ciência que estuda o espaço geográfico, ou seja,
aquele resultante das ações humanas ao longo do tempo. Isso envolve descrever,
analisar e compreender variações espaciais de fenômenos físicos, biológicos, polí-
388 ticos e sociais.
Além disso, essa ciência tem relação direta ou indireta com outras áreas na produ-
ção de conhecimento, como: Matemática, História, Biologia, Geologia.
Geografia
Para desenvolver o raciocínio geográfico, faremos uso de alguns princípios bá-
Favela
sicos da Geografia. Esses princípios nos auxiliarão a compreender o mundo em
Segundo o IBGE,
que vivemos. Ao observar a existência de uma favela em um determinado local,
a expressão
estaremos diante do princípio da “localização”. utilizada para se
referir a favelas
é “aglomerado
Steiser/Shutterstock

subnormal”, um
conjunto de 51 ou
mais habitações
sem título de
propriedade,
carente de serviços
de infraestrutura,
como asfalto,
água encanada,
rede de esgoto,
energia elétrica
Favela da Rocinha, Rio de Janeiro (RJ)
e iluminação
pública, além da
irregularidade do
J R Ripper/Brazil Photos/LightRocket/Getty Images

tamanho e da
forma dos lotes.

Favela em Manaus (AM) Saiba mais


Você sabe como
surgiu o nome
Cecilia Alvarenga/Flickr Open/Getty Images

favela?
Acesse a página
a seguir para
descobrir.

Favela em Belo Horizonte (MG)


Frédéric Soltan/Corbis/Getty Images

389

Favela em São Paulo (SP)

Geografia
Ao delimitar áreas de ocorrência (como uma favela em uma cidade específica)
para realizar um estudo, estaremos diante do princípio da “extensão”.
Quando ocorrer a comparação entre esses fenômenos ou acontecimentos em di-
ferentes cidades – entre as favelas, por exemplo –, estaremos utilizando a “analogia”.
Ao estabelecer uma ligação mais abrangente entre fenômenos ou aconteci-
mentos – analisando, por exemplo, o fenômeno das favelas não apenas de forma
local, mas regional e global –, ampliamos os estudos de uma pesquisa e, por sua
vez, estaremos diante do princípio da “conexão”.
Se buscarmos a variação desses fenômenos de interesse da Geografia pela su-
perfície terrestre (como duas favelas localizadas na mesma cidade), e pudermos
identificar como resultado alguma diferença entre essas áreas, estaremos diante
do princípio da “diferenciação”. Se quisermos analisar como esses mesmos fenô-
menos se distribuem na superfície, utilizaremos o princípio da “distribuição”.
Por fim, ao compreender o arranjo desses fenômenos ou acontecimentos (a or-
ganização das favelas, por exemplo) de acordo com as regras da própria sociedade
que o produziu, estaremos diante do princípio da “ordem”.
A utilização da favela para representar os princípios do raciocínio geográfico foi
somente um exemplo. É possível a análise de qualquer fenômeno para compreen-
der os princípios. O importante é ter conhecimento de como eles funcionam.

Jogo rápido

1 Defina o conceito de Geografia.


É a ciência que estuda o espaço geográfico, descreve e analisa como os fenômenos físicos, biológicos,

políticos e sociais, resultantes das ações humanas ao longo do tempo, variam em um determinado

espaço na superfície terrestre.

2 Associe as colunas que identificam os princípios da Geografia.


a) Extensão c Área de ocorrência de determinado fenômeno.

b) Analogia a Delimitar uma área de ocorrência de um determinado

c) Localização fenômeno e realizar um estudo específico.

d) Conexão b Comparar fenômenos geográficos em lugares diferentes.

e) Diferenciação e Identificar a variação desses fenômenos na superfície terrestre,


encontrando como resultado alguma diferença entre áreas.
d Estabelecer ligação entre fenômenos geográficos de forma
390 local, regional ou global.

Geografia
Conhecimento geográfico
Você aprendeu que a Geografia é a ciência que estuda o espaço geográfico, re-
sultante das ações humanas ao longo do tempo.
Em uma perspectiva mais ampla, é o estudo do nosso planeta como morada da
humanidade, focalizando a organização da sociedade e suas relações com o espaço
físico, bem como os diversos aspectos da natureza e da paisagem.
Apesar de o conhecimento de Geografia como ciência sistematizada ser algo
recente, ou seja, que remonta ao século XIX, a prática geográfica esteve presente
desde o surgimento da humanidade, pois o conhecimento do espaço é crucial para
a sobrevivência da espécie humana. O mapa a seguir demonstra os continentes e
os oceanos. Ele representa a superfície da Terra com todas as áreas demarcadas.
No entanto, nem sempre foi assim, para conhecer o espaço geográfico, foram ne-
cessárias pesquisas, viagens e diversas análises.

Divisão dos continentes

0º OCEANO GLACIAL ÁRTICO


Círculo Polar Ártico

Trópico de Câncer OCEANO


ATLÂNTICO OCEANO
OCEANO PACÍFICO
Equador PACÍFICO

OCEANO
Meridiano de Greenwich

ÍNDICO
Trópico de Capricórnio

Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N

O L Saiba mais
América Ásia África
S Nômades são
0 2 970 km
Europa Oceania Antártida povos que não
fixam moradia em
um local específico,
0º OCEANO GLACIAL ÁRTICO mudando-se
Círculo Polar Ártico com frequência.
Para saber mais a
respeito, acesse a
página a seguir.
Trópico de Câncer OCEANO
ATLÂNTICO OCEANO
OCEANO PACÍFICO
Equador PACÍFICO
Meridiano de Greenwich

OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N


Círculo Polar Antártico

O L

S
Hemisfério norte 0 2 970 km 391
Hemisfério sul

Geografia
Geografia na Antiguidade
Na Antiguidade clássica, os gregos, por exemplo, eram exímios navegadores.
Atentos à expansão comercial, descreveram em mapas rotas comerciais maríti-
mas, além de fenômenos naturais que observavam em suas viagens.
Conectando
É na Grécia antiga que surge uma das mais avançadas civilizações que existiu. O
saberes
conhecimento dos gregos em diversas áreas (como Política, Arte e Filosofia) influen-
Em História, você ciou as ocidentais ao longo da história até a atualidade. A Grécia foi berço de grandes
aprofundará os
estudos sobre
pensadores e estudiosos, como o grego Eratóstenes (276-194 a.C.), matemático e
a Antiguidade geógrafo que foi a primeira pessoa a calcular a circunferência da Terra com bastante
clássica, o que precisão para a época, e a dividi-la em meridianos.
o auxiliará a
Em 240 a.C., Eratóstenes tornou-se diretor da Biblioteca de Alexandria e, por
compreender
melhor o meio de pesquisas, encontrou a informação de que, na cidade de Siena (atual As-
desenvolvimento do suã, localizada no sul do Egito, a 950 km de Cairo), ao meio-dia do solstício de
conhecimento pela verão no hemisfério norte (o dia mais longo do ano), o Sol incidia verticalmente em
sociedade grega.
relação à superfície, sendo possível enxergar seu reflexo nas águas de um poço.
Entretanto, Eratóstenes observou que, no mesmo dia e horário, as colunas ver-
ticais da cidade de Alexandria projetavam uma sombra perfeitamente mensurável.
Conforme concluiu, esse fato só poderia ser possível se a Terra fosse esférica. En-
tão, Eratóstenes realizou cálculos e chegou ao resultado de que a circunferência da
Terra media 39 350 quilômetros – a medida correta é de 40 075 quilômetros – resul-
tado surpreendente para cálculos realizados há mais de dois mil anos sem a precisão
e a tecnologia dos instrumentos de medição utilizados atualmente.
es
ag
Im
tty
i/Ge

Luz do Sol
DeAgostin

Estaca em
α Alexandria
Formação 90º
de sombra

Poço em
α Siena (Assuã)
Eratóstenes, grande pensador da Ausência
de sombra
Grécia antiga. Centro
da Terra
α = 7º 12’
Saiba mais
A Grécia antiga foi
berço de grandes
pensadores.
Um deles foi
Aristóteles. Para Por meio de estudos do povo grego, muito se conheceu sobre o planeta Terra.
conhecer um Os grandes pensadores da Grécia antiga ainda discutiram e registraram a classifi-
pouco mais sobre
sua importância,
cação dos tipos de clima, a descrição de lugares, as estações do ano e o regime dos
acesse o link a rios conhecidos naquela época.
seguir. Entre os grandes pensadores do mundo grego, podemos citar:
• Estrabão (63 a.C.-25 d.C.) – escreveu várias obras, além de suas experiências de
viagens, com descrições geográficas e dos povos que conheceu;

392 • Ptolomeu (90 d.C.-168 d.C.) – muito interessado nas questões matemáticas
relacionadas aos mapas, introduziu as palavras paralelos e meridianos ao se
referir às latitudes e às longitudes, aperfeiçoando os mapas.
Geografia
Invenções na Antiguidade
Algumas invenções realizadas pelos gregos foram de grande importância para am-
Se

pliar o conhecimento deles do mundo, como o astrolábio, equipamento que ajudava no


rg

ey
M
eln
posicionamento geográfico, com base na observação da altura angular das estrelas.

iko
v/S
hutte
Mais tarde, a contribuição grega foi utilizada por romanos e árabes. Sem sombra de

rstock
dúvidas, com o passar do tempo, o conhecimento sobre o planeta foi se aprofundando,
assim como as ideias em torno da Geografia.

Geografia na Idade Média


Astrolábio.
Durante o período inicial da Idade Média, também chamado de Alta Idade Média,
que vai do século V ao século X, ocorreu considerável regressão do conhecimento
geográfico na Europa, principalmente, em virtude da intervenção religiosa na expli- Saiba mais
cação dos questionamentos em relação ao mundo. Para aprofundar
No entanto, no Oriente, o interesse pelo conhecimento se tornava cada vez seus
conhecimentos
mais crescente, sobretudo pelo estudo do legado grego, por professores e pela
sobre o astrolábio,
incorporação de informações de viagens feitas por comerciantes árabes. leia o texto
Foram diversos os estudos e as descobertas realizados pelos muçulmanos, que, indicado, o
não chegaram a ser traduzidos para alguma língua ocidental antes do século XIX. qual trata da
importância dessa
Mesmo com a viagem de missionários e mercadores ocidentais pelo mundo oriental, invenção para a
proporcionando o aumento do conhecimento, principalmente pela descrição de dife- navegação.
rentes lugares, alguns desses estudos não foram divulgados, devido à interferência
da Igreja Católica.
Já o período conhecido como Baixa Idade Média, que vai do século XI até o XV,
é marcado pelo desenvolvimento do Renascimento, movimento cultural, político e
econômico que retomou o pensamento geográfico da Antiguidade clássica, aquela
geografia da observação, da descrição e dos questionamentos.
Foi nesse período da Idade Média que diversos povos europeus, principalmente
espanhóis e portugueses, realizaram diversas expedições a fim de descobrir novas
rotas marítimas para chegar até as Índias, e também novas terras. Esse período
ficou conhecido como o das Grandes Navegações.
Com as Grandes Navegações, iniciadas durante o século XV, diversos viajantes alar-
garam o horizonte geográfico conhecido. A descrição geográfica, o mapeamento e a
Cartografia, impulsionados pela necessidade de expansão, tiveram grande avanço.
Reprodução/Museu Paulista da Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP.

393
Pintura representando o desembarque de Cabral em Porto Seguro. A chegada dos europeus nas Américas
foi um importante marco da transição da Idade Média para a Moderna.

Geografia
Geografia na Idade Moderna
No início da Idade Moderna, ocorreu um importante acontecimento para o de-
senvolvimento da Geografia, a sua divisão, passando a ser distinguida em dois
ramos: a Geografia Geral, relacionada aos fenômenos e processos físicos; e a Ge-
ografia Especial, relacionada aos fenômenos socioculturais.

Reprodução/Biblioteca Universitária Estense, Modena, Itália.


Representação cartográfica chamada de Planisfério de Cantino, de 1502. Representa áreas identificadas em decorrência da expansão
marítima.
Como vimos, após o evento das Grandes Navegações, o horizonte geográfico havia se
ampliado consideravelmente. Os mapas produzidos mais detalhadamente traziam indi-
cações de partes do território da América e de outras regiões até então desconhecidas.
No século XVI, os europeus passaram a realizar expedições científicas para iden-
tificar os recursos naturais e as possibilidades produtivas dos novos territórios. Dois
séculos depois, o conhecimento da superfície terrestre havia se alargado ainda mais.

Maxi_EF2_6º_Cad1_GEO_LA_F009 Reprodução/Coleção particular

394

Mapa-múndi de 1733.

Geografia
No século XIX, praticamente todas as regiões do mundo já eram conhe-

Reprodução/Museu Marítimo Nacional, Londres, Inglaterra.


cidas. Esse período entre os séculos XV e XIX promoveu transformações na
maneira de agir e de pensar dos europeus. Por exemplo, com base nas ob-
servações de Copérnico (1473-1543), Kepler (1571-1630) e Galileu (1564-
-1642), surgiu o heliocentrismo.
A Geografia, nesse momento, apresentava duas tendências:
• a primeira buscava compreender as dimensões da Terra (a Geodésia),
produzir mapas (Cartografia) e entender o Universo (Astronomia);
• a segunda se preocupava com a descrição de povos e lugares exóticos,
o modo de vida, as atividades, os costumes e as relações deles com os
lugares onde viviam.
Galileu Galilei.

Geografia na Idade Contemporânea

Ulf Andersen/Aurimages/AFP
Com as mudanças sociais, econômicas e políticas dos séculos XIX e XX,
associadas às guerras mundiais, aos antagonismos ideológicos e políticos,
além dos avanços na tecnologia, a Geografia passou por profundas mudan-
ças na forma de interpretar e explicar o mundo contemporâneo. A ciência
geográfica deixa para trás a simples identificação dos fenômenos e lugares,
passando a incluir o ser humano como elemento integrante e transforma-
dor da superfície terrestre.
Na segunda metade do século XX, a desigualdade na distribuição da ri-
queza, o atraso econômico e a dependência tecnológica foram fatos anali-
sados pelos geógrafos.
Surgiram, então, pensadores e mais críticas e comprometidas com as Yves Lacoste.
transformações socioeconômicas, como Yves Lacoste, que se notabilizou por criti-
car o afastamento da Geografia das questões sociais. No final do século XX e no
início do XXI, a Geografia incorporou as novas tecnologias e expandiu-se em rela-
ção ao avanço na obtenção, na organização e na análise de dados e de imagens.

Image Science & Analysis Laboratory/Johnson Space Center/NASA

395

Imagem de satélite do Monte Vesúvio, Itália.

Geografia
A ciência geográfica passou a utilizar computadores, satélites e estatísticas
para compreender as dimensões e a organização do espaço, bem como as trans-
formações da superfície terrestre.
Por fim, é importante entender que a Geografia – desde sua organização como
ciência (início do século XIX) até os dias atuais – incorporou em sua essência e
como objeto de estudo a superfície terrestre; a diferenciação de áreas e as relações
do ser humano com o meio em que vive, ou as relações sociedade e natureza.

Para que serve?


O conhecimento e uso de modernas tecnologias incorporadas pela Geografia, como as imagens de
satélites, podem auxiliar as pessoas a combater problemas relacionados ao nosso cotidiano.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), desde 1988, realiza por sa-
télites o monitoramento do desma-

PRODES/INPE
tamento da Amazônia. O objetivo
do projeto é identificar o avanço dos
desmates de áreas com vegetação
nativa e consequentemente reali-
zar ações de fiscalização, controle e
combate a esse crime ambiental.
Para realizar esse monitoramen-
to via satélite, o governo organizou
o Programa de Monitoramento da
Floresta Amazônica Brasileira por
Satélite (Prodes), que identifica o
desflorestamento por meio de ima-
gens que tornam possível calcular
as taxas anuais e produzir banco de
dados geográfico ao longo do tempo. Imagem de satélite da Amazônia Legal.

Geografia no Brasil
E no Brasil, como ocorreu o desenvolvimento da Geografia?
A Geografia em nosso país esteve sempre ligada à geografia escolar. Primeira-
mente, o ensino da Geografia era feito pelos padres jesuítas, entre os séculos XVI e
XVII. Era ministrada de maneira diferente para os indígenas (mais ligada à formação
religiosa) e para os filhos dos colonos (voltada para a formação de amor à pátria).
No século XIX, a educação ainda era privilégio das elites econômicas e o conhecimento
de Geografia, em 1831, passou a ser requisito em provas para a formação de bacharéis
em Direito, que, nesse caso, era um dos objetivos das famílias tradicionais da época.
A Geografia ganhou mais importância com a criação do Colégio Pedro II, em
1837, no Rio de Janeiro, tornando-se componente obrigatório dos conteúdos des-
se colégio, o qual foi referência na educação secundária da época. Em virtude disso,
a Geografia passou a ser considerada um saber fundamental na formação da elite
intelectual do país.
Dessa forma, essa disciplina mais uma vez ganhou importância, passando a ser
396 conteúdo obrigatório das reformas educacionais futuras.
Nesse momento inicial, a Geografia era voltada mais para um conhecimento
enciclopédico, de memorização de componentes geográficos.
Geografia
Em 1934, ela se tornou disciplina acadêmica (trabalhada em universidades) e
Saiba mais
passou a ser tratada como ciência, com pesquisadores próprios, sendo inicialmen-
te muito influenciada pelas correntes de pensamento francesas. Para conhecer um
pouco mais sobre
Com a formação de novos cursos universitários, tornou-se cada vez mais im- a história do IBGE,
portante o desenvolvimento de uma identidade própria, desvinculada do pensa- essa importante
mento francês. Nesse contexto, teve grande importância a fundação de dois ór- instituição
brasileira, você
gãos: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Associação dos
pode acessar:
Geógrafos Brasileiros (AGB).
A Geografia como disciplina escolar já está consolidada no país e a ciência geo-
gráfica torna-se cada vez mais relevante, principalmente após a década de 1970.
Atualmente, a Geografia é uma ciência de grande importância para a produção
de conhecimento, juntamente com estudos de geógrafos brasileiros muito respei-
tados não só em nosso país, mas também internacionalmente. Entre os geógrafos
mais importantes para o desenvolvimento da Geografia no Brasil, podemos citar
alguns nomes, como: Milton Santos, Aziz Ab’Saber, Bertha Becker, Jurandyr Ross,
Ariovaldo Umbelino de Oliveira.

Luiz Souza/Fotoarena

Colégio Pedro II, uma das mais antigas instituições de ensino do país e a primeira a adotar a Geografia como
disciplina no Brasil.

Biografia
Milton Santos (1926-2001)
Jorge Araújo/Folhapress

Iniciou sua carreira profissional no Direito, formando-se em


1948 pela Universidade Federal da Bahia. Mas foi na Geogra-
fia em que se especializou e desenvolveu sua obra, recebendo
o título de Doutor pela Universidade de Strasbourg, na França, Doutor
em 1958. Honoris
Deu aulas em diversas universidades ao redor do mundo, em
Causa
países como França, Canadá, Estados Unidos, Venezuela e
Tanzânia. Recebeu também títulos de Doutor Honoris Cau- É um título de
sa por diversas universidades nacionais e internacionais. honra concedido
Durante sua carreira, desenvolveu pesquisas que abordavam diferentes temas, como o espaço por universidades
geográfico, cidade, subdesenvolvimento e globalização. Recebeu o Prêmio Internacional de Geo para pessoas que 397
grafia Vautrin Lud, uma espécie de Prêmio Nobel da Geografia. se destacaram por
seu trabalho.

Geografia
Você no Brasil
A economia do estado da Bahia
Bahia
Unidade temática:
O sujeito e seu lugar no mundo.
Objeto do conhecimento:
Identidade sociocultural.
Wikipedia/Wikimedia Commons

Habilidade:
Compreender a produção do espaço geográfico e sua modificação em diferentes
períodos.

O triângulo da
bandeira é uma
homenagem à
Inconfidência
História da bandeira baiana
Mineira (1789). As As cores vermelha, azul e branca usadas na bandeira da Bahia foram inspiradas
cores vermelha
na bandeira dos Estados Unidos, que apresentava na época um ideal libertador devi-
e branca são
uma referência do ao seu processo de independência. Foi elaborada por um médico baiano chamado
à bandeira dos Diocleciano Ramos, em uma reunião do Partido Republicano.
Estados Unidos, Foi içada pela primeira vez por uma ação cívica do coronel Durval de Aguiar em
país que se tornou
independente em
1889. Contudo, somente em 1960 a bandeira foi oficializada como símbolo do esta-
1776. do da Bahia pelo governador Juracy Magalhães.
Economia baiana
Responsável por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste, a Bahia
é o maior exportador da região e o sétimo entre as unidades da Federação. Entre vá-
rias atividades econômicas, o destaque é para os setores industrial, agropecuário, de
mineração, turismo e serviços.
No município de Camaçari, localizado na região conhecida como Recôncavo Baiano,
a qual abrange os municípios do entorno da baía de Todos-os-Santos, está localizado
o maior agrupamento de indústrias do estado, o chamado Polo Industrial de Camaçari.
Polo Industrial de Camaçari
Criado em 1978, o polo iniciou suas atividades com o setor petroquímico e quími-
co. Posteriormente, foram sendo instaladas diversas outras indústrias, como auto-
motiva, metalurgia do cobre, têxtil, celulose, produção de equipamentos para energia
eólica e também serviços.
Com a chegada dessas novas indústrias, a região recebeu forte impacto em sua
398 economia, uma vez que atraiu investimentos, mão de obra e aumento de arreca-
dação de impostos. Tal fato garantiu grande desenvolvimento econômico à região,
tornando o município de Camaçari um dos mais ricos do Brasil.
Geografia
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
Polo Industrial de Camaçari (BA)

Para acompanhar esse desenvolvimento econômico, a região precisou de profissionais capacitados


para trabalhar nas indústrias. Isso favoreceu a implantação de escolas técnicas e universidades para for-
mar e especializar a mão de obra. Além disso, a infraestrutura da região precisou ser melhorada, com a
implementação de rodovias e o aprimoramento de porto e aeroportos.

Polo Industrial Dias D`Ávila


Refinaria de
Mataripe (RLAM) de Camaçari
km
6,5

27 km 7 km

3k
m Nova
36 km 4,5 km Dias D`Ávila
24 km
Terminal Cetrel
Terminal Camaçari
Madre de de Aratu
Deus km
30 Emissário
m
45k Arembepe
Porto SSA
Aeroporto

Salvador

Oceano Atlântico

Principais rotas de Camaçari.

Trabalho em grupo
O texto anterior apresenta alguns dados referentes à região do Polo Industrial de Camaçari, no estado da Bahia.
Com base nas informações, organizem-se em grupos e sigam as instruções a seguir.
a) Realizem um sorteio dos temas: meio ambiente, poluição do ar, água, solo, população, saúde, educação, agri-
cultura, indústria e turismo.
b) Com base no tema sorteado e considerando a região de Camaçari, levantem informações adicionais que não
foram apontadas no texto. Produzam um cartaz com essas informações (mapas, dados, tabelas, gráficos e
imagens). Com a organização do professor, apresentem os resultados para os colegas. Se houver possibilida- 399
de, fixem o cartaz em um local na escola onde outros alunos possam ver esse trabalho, aprendendo também
sobre a região Nordeste.

Geografia
Atividades

1 Quais são os princípios utilizados para a com-


Tarefa
preensão dos fenômenos com base no raciocí-
nio geográfico? 1 Identifique a origem e o significado da palavra
“geografia”.
Localização, extensão, analogia, conexão, diferenciação,
A palavra “geografia” tem origem na Grécia antiga, e em
distribuição e ordem.
grego geo significa “Terra”; e graphía, “escrever”.
2 Sobre a evolução do conhecimento geográfico,
comente algumas contribuições da humanidade 2 Explique a importância dos princípios básicos da
para a evolução da Geografia. Geografia para a compreensão do mundo.
a) Antiguidade Os princípios geográficos estão na raiz do raciocínio, por meio

Na Antiguidade clássica, os gregos contribuíram em vários


do qual refletimos, analisamos e compreendemos o mundo

aspectos. Desenvolveram o astrolábio (equipamento que


em que vivemos.

ajudava no posicionamento geográfico com base na


3 Como a Matemática pode ajudar a Geografia a
observação da altura angular das estrelas). Tal equipamento elaborar seus conhecimentos?

favoreceu a expansão marítima pelo Mediterrâneo. Por meio de cálculos matemáticos, como os elaborados por

Discutiram e registraram a classificação dos tipos de clima, Eratóstenes, que mediu a circunferência terrestre, além de

a descrição de lugares, estações do ano e regime dos rios produzir mapas e medir distâncias neles apresentadas.

conhecidos até então. 4 Sobre a evolução do conhecimento geográfico, co-


b) Idade Média mente algumas contribuições da humanidade para a
evolução da Geografia.
Ocorreu um retrocesso em relação ao conhecimento
científico na Europa devido à interferência religiosa na a) Idade Moderna
explicação dos questionamentos, porém no Oriente
A Geografia nesse período apresentava duas tendências:
a busca por conhecimento se tornava cada vez mais
crescente. A retomada dos avanços científicos na Europa
uma utilizava os estudos matemáticos sobre a forma e as
ocorreu devido ao período do Renascimento. do século
XX, associadas às guerras mundiais, aos antagonismos
dimensões da Terra, como a Cartografia (estudo dos mapas)
ideológicos e políticos, além dos avanços na tecnologia, a
Geografia passou por profundas mudanças na forma de
e a Astronomia (estudo do universo); a outra se preocupava
interpretar e explicar o mundo contemporâneo. Questões
como a desigualdade na distribuição da riqueza, o atraso
com a descrição de lugares e de suas populações, além de
econômico e a dependência tecnológica foram fatos
analisados pelos geógrafos.
seus costumes e as relações com o ambiente em que viviam.

b) Contemporaneidade
Com as mudanças sociais, econômicas e políticas

3 do século XX, associadas às guerras mundiais, aos


Qual é o nome do geógrafo brasileiro vencedor antagonismos ideológicos e políticos, além dos avanços na
do Prêmio Vautrin Lud, uma espécie de Prêmio
tecnologia, a Geografia passou por profundas mudanças na
400 Nobel da Geografia? forma de interpretar e explicar o mundo contemporâneo, e
questões como a desigualdade na distribuição da riqueza, o
Foi o geógrafo Milton Santos (1926-2001). atraso econômico e a dependência tecnológica foram fatos
analisados pelos geógrafos.
Geografia
Você aprendeu

Vamos rever alguns conceitos que você aprendeu nesta unidade? Confira o esquema a seguir!

Princípio da ordem Princípio da diferenciação Princípio da conexão

Compreende o arranjo de fenômenos Análise da variação de fenômenos na Estabelecimento de ligações entre


de acordo com regras da própria socie- superfície terrestre que resultam na fenômenos de caráter local, regional e
dade que o produziu. diferença entre áreas. global.

Princípio da distribuição Princípio de extensão

Identifica como fenômenos e obje- Comparação de fenômenos ou acon-


tos distribuem-se no espaço. tecimentos em lugares diferentes.

COMO APRENDER
GEOGRAFIA

Princípio da localização Princípio da analogia

Análise de determinado fenômeno Comparação de fenômenos ou acon-


com base na sua área de ocorrência. tecimentos em lugares diferentes.

401

Geografia
UNIDADE
Produção do
2 espaço geográfico
Professor, comentar com os alunos que o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, onde se
dão as ações e interações do ser humano, e que, para entender esse conceito, é necessário aprender
Habilidades outros conceitos-chave da Geografia, como território, paisagem, lugar, região.
da BNCC e
objetivos A Geografia e o espaço
•• • • • • • • • •• Ao se avaliar o mundo atual, observam-se nacionalismos, conflitos étnicos, terroris-
Comparar mo, má distribuição de renda, fome, consumismo, tragédias naturais, avanços tecnoló-
modificações das gicos, desemprego, antagonismos políticos, fluxos migratórios, entre muitas situações.
paisagens nos lugares
Essas e outras milhares de informações são despejadas em nosso cotidiano
de vivência e os usos
pela televisão, pelo jornal, pela internet e por outras formas de mídia. São tantas
desses lugares em
diferentes tempos. as informações que, muitas vezes, as pessoas nem ao menos entendem ou pro-
Compreender a cessam tudo o que está acontecendo ao seu redor e no mundo.
produção do espaço Toda essa quantidade de informações geralmente surge e desaparece de re-
geográfico e sua pente. Por isso, é muito importante estar atualizado, acompanhando tudo o que
modificação em acontece a nossa volta, para aprendermos a analisar as informações.
diferentes períodos.
Nesse sentido, estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em
Identificar diferentes
que vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor não só o local em
tipos de territórios
que moramos, mas outros locais também, seja no meio urbano, seja no rural.
e as disputas entre
povos pelo espaço de
vivência.

Hans von Manteuffel/Pulsar Imagens

402

Vista aérea de São Luís (MA).

Geografia
O campo de preocupações da Geografia é

Dado Photos/Shutterstock
o espaço da sociedade humana, em que ho-
mens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo,
produzem modificações e o transformam.
Indústrias, cidades, agricultura, rios, so-
los, climas, populações, todos esses ele-
mentos, além de outros, constituem o espa-
ço geográfico, isto é, o meio ou a realidade
material em que a humanidade vive e da qual
é parte integrante.
A Geografia é a ciência que nos permite
entender as relações que o ser humano es-
tabelece com o espaço em que vive, ou seja,
com o meio no qual ele constrói sua vida e
estabelece suas relações. Podemos dividir
esse espaço em duas áreas, denominadas
ecúmenas e anecúmenas. Espaço urbano
em que homens e
mulheres moram
Ecúmenas e desenvolvem
atividades diversas.
Áreas que foram, estão sendo ou poderão ser ocupadas pelo ser hu-
mano em caráter permanente, com a finalidade de viver nelas e desen-
volver um processo de exploração econômica.

Anecúmenas
Áreas que oferecem dificuldade de ocupação pelo ser humano (de-
sertos, montanhas e regiões frias). Com o desenvolvimento tecnológico
disponível atualmente, é possível ocupar praticamente todo o planeta.

O estudo da Geografia é fundamental para que possamos compreender as


transformações realizadas pelo ser humano na natureza. Com esse entendimento,
é possível atuar como construtores do espaço geográfico a fim de utilizá-lo racio-
nalmente e em harmonia com todos os seres vivos.
Iniciando nossa viagem pelo mundo da Geografia, estudaremos alguns con-
ceitos para entender essa área de conhecimento como ciência que explica os
fenômenos naturais e humanos que ocorrem na Terra. Os conceitos de paisa-
gem, espaço geográfico, região, lugar e território, que estudaremos a seguir, são
importantes para entender o bairro, a cidade, o país, o continente e o planeta Vila da Sibéria, um
que habitamos. exemplo de área
anecúmena.

403

Shutterstock/Bell234 Geografia
Região Sul – clima Para isso, inicialmente, é importante compreender a no-
ção de escalas na Geografia, pois há dois sentidos.
Trópico de Capricórnio
Um deles é o de escala cartográfica, uma relação de pro-
porção que determina quantas vezes a realidade foi reduzida
para ser representada no mapa.
PARANÁ
Curitiba O outro sentido de escala é o que determina a abran-
gência espacial da análise a ser feita. Há três níveis de es-
SANTA CATARINA
cala geográfica: global, regional e local.
Florianópolis
Escala local refere-se à análise de fenômenos em nível
RIO GRANDE DO SUL
local. Isso quer dizer que a área de atuação é reduzida em
OCEANO
ATLÂNTICO relação aos outros dois níveis. Um exemplo disso: uma pes-
Porto Alegre
quisa para saber o número de estabelecimentos comerciais
N
em uma cidade.
O L
Escala regional se relaciona à região, porção de espaço que
S
0 175 km vai além do local, mas é limitada de acordo com um parâmetro
50° O

Subquente (média entre 15 º C e 18 º C em pelo menos 1 mês)


que a análise considere importante, por exemplo, a economia.
Superúmido sem seca/subseca
Úmido com 1 a 3 meses secos
Podemos identificar regiões de produção de soja ou de
Mesotérmico brando (média entre 10 º C e 15 º C) laranja, assim como regiões especializadas em indústrias
Superúmido sem seca/subseca
metalúrgicas ou químicas.
Mesotérmico mediano (média < 10 º C)
Úmido com 1 a 3 meses secos O conceito de região também pode ser aplicado a fenô-
Adaptado de: <www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/>. Acesso em: 8 abr. 2018. menos naturais, como a região de clima subtropical do Brasil.
Escala global é a que envolve o planeta como um todo, e hoje é importante para se
compreender muitos dos fenômenos que atingem locais em escalas menores. Crises
econômicas que levam milhares de pessoas a perder o emprego em uma região do
mundo, por exemplo, podem ter sido originadas em outra localidade muito distante.
A questão do aquecimento global é um bom exemplo para pensarmos na re-
lação local-global. É no local que as ações que influenciam esse fenômeno são
iniciadas e também sofrem suas consequências, mas é no âmbito global que ele
se dá como fenômeno.

Emissão de gás carbônico

Europa
África
Ásia
América do Norte
América do Sul
404 Oceania

<www.carbonmap.org/#Emissions>. Acesso em: 8 abr. 2018.

Geografia
Professor, neste momento, explicar o que é paisagem com base
na diferença de paisagem natural e humanizada. Na sequência,
conceituar lugar e descrever o que é um território.
Paisagem

Marcos Amend/Pulsar Imagens


É comum as pessoas utilizarem o termo
paisagem para se referir a ambientes agradá-
veis, como um bosque, uma queda-d’água ou
até mesmo uma floresta. Na realidade, para a
Geografia, uma paisagem não se resume a uma
área natural ou bela.
Paisagem é o conjunto de elementos natu-
rais e elementos humanizados ou culturais que
podemos observar em determinado lugar.
Floresta Amazônica.
São exemplos de elementos naturais os tipos de relevo (planícies, planaltos,
montanhas, etc.); os rios e as vegetações (matas, campos, etc.). A paisagem com-
preende tudo que nossa visão pode alcançar, incluindo o som, o cheiro e os movi-
mentos que conseguimos captar pelos demais sentidos do nosso corpo.
Entre os diversos elementos humanizados ou culturais de uma paisagem, pode-
mos citar edifícios, avenidas, viadutos, praças, barragens, estacionamento de auto-
móveis, poluição, fazendas, chácaras, locais de criação de animais, etc. Na superfície
terrestre, portanto, as paisagens que apresentam poucos elementos humanizados ou
culturais e predomínio de elementos naturais são chamadas de paisagens naturais.
Quando o ser humano modifica os elementos naturais por meio do trabalho, passa-
mos a observar o predomínio de elementos culturais nas paisagens, então atribuímos
a elas o nome de paisagens humanizadas ou culturais. Conectando
saberes
Além desse predomínio de um elemento sobre o outro, as paisagens naturais e
Em Ciências,
as humanizadas ou culturais transformam-se em novas paisagens, sem necessa-
você poderá
riamente sofrer passagem de uma para outra. Uma paisagem natural, por exemplo, fazer a conexão
pode sofrer ação da própria natureza e, no decorrer de milhões de anos, transfor- dos assuntos
mar-se em nova paisagem natural; ou uma paisagem humanizada rural pode ser trabalhados
em Geografia,
transformada em uma paisagem humanizada urbana.
especialmente no
Enfim, existem várias possibilidades de transformações das paisagens quando que diz respeito à
pensamos que a natureza e o ser humano são agentes transformadores. A paisa- paisagem natural,
gem envolve as relações estabelecidas entre grupos sociais e o ambiente natural aprofundando o
tema ao estudar os
em que vivem e produzem. Portanto, a paisagem é caracterizada por uma forte
biomas brasileiros.
dinâmica que a coloca em constante modificação. Por isso, os aspectos históricos,
culturais, políticos, éticos e morais devem ser valorizados.
Vista da cidade
de Londres.
Engel Ching/Shutterstock

405
Jogo rápido

1 Explique o que é ecúmeno e anecúmeno.


Ecúmeno: áreas que foram, estão sendo ou poderão ser ocupadas pelo ser humano em caráter

permanente, com a finalidade de viver e desenvolver ali um processo de exploração econômica.

Anecúmeno: áreas que oferecem dificuldade de ocupação pelo ser humano (desertos, montanhas e

regiões frias). Contudo, com o desenvolvimento tecnológico disponível hoje, é possível ocupar

praticamente todo o planeta.

2 Em Geografia, como podemos conceituar paisagem?


A paisagem é um conjunto de elementos naturais e culturais. Rios, montanhas, cachoeiras,

carros, edifícios, ruas, plantações, tudo faz parte da paisagem. Ela compreende tudo que nossa visão

pode alcançar, incluindo o som, o cheiro e os movimentos que conseguimos captar pelos demais

sentidos do nosso corpo.

3 As imagens a seguir representam dois tipos de paisagem. Classifique-as e apre-


sente as características que o levaram a essa conclusão.

A imagem representa uma paisagem natural,


David Roberts/Alamy/Fotoarena

com a presença de relevo, lago e vegetação

sem interferência do ser humano.


Matyas Rehak/Shutterstock

A imagem representa uma paisagem

humanizada. É possível fazer essa afirmação

devido à grande interferência causada pelo ser

humano, com a presença de edificações, carros


406
e grande quantidade de pessoas.

Geografia
Lugar
Lugar é a parte do espaço em que vivemos, no
qual acontece nosso dia a dia, onde se estabele-

spass/Shutterstock
cem relações de afetividade. É outro conceito im-
portante para a Geografia. Entre tantos lugares,
podemos citar nossa casa, nosso bairro, a escola
e o local de trabalho. Esses são lugares com os
quais mantemos uma ligação de afetividade, onde
construímos nossa história e nossa identidade.
Por isso, esses lugares têm importância e
significado para nós, pois neles estabelecemos
relações uns com os outros, e isso contribui para
aumentar nossa identidade com o lugar.

Região Alunos em sala de aula.

Para a Geografia, o termo região significa uma porção da superfície terrestre que
apresenta características semelhantes. Normalmente, essas características são es-
tabelecidas por um critério escolhido para identificar essa área.
Entre os critérios, podemos pensar em características físicas, econômicas, políti-
cas, religiosas, industriais, tecnológicas, populacionais, desenvolvimento, produção
agrícola, etc.
Observe o mapa a seguir. Nele, consta a divisão regional do Brasil elaborada pelo
IBGE. O critério utilizado para regionalizar foram as características econômicas, cul-
turais, físicas e sociais dos estados, que levaram à criação de cinco macrorregiões:
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Divisão regional do Brasil

RR
AP
Equador 0º

AM MA
PA CE
RN
PI PB
PE
AC
TO AL
RO SE
BA
MT
DF
OCEANO
GO
ATLÂNTICO
MG
OCEANO ES
MS
PACÍFICO
SP RJ
Trópico de
Capricór
nio
Norte PR
N
Nordeste SC
Centro-Oeste O L
RS
Sudeste
S
Sul 0 575 km
50º O
<www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/>. Acesso em: 8 abr. 2018.

É importante deixar claro que essa região não existe sob a superfície terrestre. 407
Na verdade, ela é uma construção do ser humano, que cria esses critérios para divi-
dir uma área à medida que altera e classifica o espaço geográfico.
Geografia
Território
Na Geografia, também é comum o uso da palavra território. Esse termo está
associado à construção e à formação do espaço geográfico, mas é importante res-
saltar que essa definição pode variar de acordo com a abordagem e a corrente de
pensamento.
O termo é mais comumente utilizado para se referir ao espaço apropriado e deli-
mitado com base em uma relação de poder, e esse conceito está intimamente ligado
aos aspectos político e geopolítico. Com base nessas relações de poder, são criadas
fronteiras entre países, regiões, estados, municípios, bairros, etc.
Nesse sentido, o conceito de território refere-se ao espaço delimitado com base
nas relações de poder.
O território brasileiro, por exemplo, é uma porção de um espaço do qual nos apro-
priamos. Era inicialmente ocupado por grupos indígenas e passamos a considerar
como o espaço político de todos os que nascem e vivem nesse país. Assim, pode-se
pensar em território nacional, estadual, municipal e particular.
Contudo, é preciso considerar ainda os problemas gerados pela ocupação do
território por alguém que, em algum momento, apropriou-se dele e passou a
considerá-lo seu, desconsiderando o direito das outras pessoas que pudessem
viver e produzir nesse território. Como exemplo dessa situação, podemos citar
os curdos, no Oriente Médio, que vivem distribuídos em territórios da Turquia, do
Iraque, da Armênia, da Síria e do Irã, e não têm seu próprio país. Observe o mapa
a seguir.

Curdistão
50º L
Mar Negro
RÚSSIA U S B E Q U I S TÃ O
Istambul
GEÓRGIA
Tbilisi Mar
Cáspio
Ancara ARMÊNIA
Erevan AZERBAIJÃO
TURQUIA Baku
Lago AZB TURCOMENISTÃO
Konya de Van
Van Tabriz
Diyarbakir Lago
Úrmia
CHIPRE Mosul
Nicósia SÍRIA Meshed
Mar
Kirkuk Teerã
Mediterrâneo LÍBANO
Damasco Kermanshah
Beirute
ISRAEL Bagdá AFEGANISTÃO
Telavive
Amã IRAQUE IRÃ
Cairo
EGITO JORDÂNIA

Zahedan
KUWAIT
Shiraz
Al Kuwait
PAQUISTÃO
Ma

ARÁBIA
ÁFRICA SAUDITA G
r Ve

ol
fo
Pér
rm

BAHREIN si co OMÃ
elh

N CATAR
o

Trópico
de Câncer Golfo de Omã
O L EMIRADOS
ÁRABES UNIDOS
408 0
S
250 km
OMÃ

Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2012.

Geografia
Espaço geográfico
Antes de definir o conceito de espaço geográfico, é necessário compreender que
Saiba mais
a palavra “espaço” apresenta vários significados: espaço sideral ou extensão que
compreende galáxias, estrelas e astros; espaço aéreo ou espaço que cobre e per- Para aprofundar
seus
tence a determinado país, que o controla quanto à aviação; espaço alternativo ou conhecimentos
lugar em que se realizam manifestações culturais diversas, especialmente as que sobre alguns
se apresentam de modo renovador ou experimental; espaço para discussão, isto é, conceitos
oportunidade e condições de diálogo sobre teses; espaço musical; espaço vital; e geográficos,
como de
assim por diante. paisagem, espaço
Para a Geografia, espaço representa ainda outro sentido e está relacionado à geográfico e
ação do ser humano. Quando pensamos nesse conceito, devemos entender que lugar, navegue
pela animação a
se trata de um espaço constituído por diferentes paisagens, em que a natureza foi
seguir.
transformada mediante o trabalho do ser humano.
Dessa forma, espaço geográfico é um conjunto de lugares, paisagens, regiões e
territórios, todos com suas características, e produto da interação do ser humano
com a natureza.
Essas ações estão associadas aos vários tipos de atividades humanas, como tra-
balho, estudo e lazer. Portanto, no espaço geográfico, encontramos relações econô-
micas, sociais e políticas.
Observe, nas imagens a seguir, exemplos de espaços geográficos.
Fotokostic/Shutterstock

Plantação de soja.
mrstam/Shutterstock

A ponte antiga, em destaque


na imagem, e os prédios
modernos, ao fundo,
mostram a evolução das
fases da produção do espaço
geográfico pelo homem.

Perceba que existem vários tipos de espaços geográficos, e cada um deles pode 409
apresentar formas e funções diferentes. O espaço geográfico é o objeto de estudo
da Geografia.
Geografia
Atividades
1 Observe as imagens a seguir.

Stu Shaw/Shutterstock

Mike Pellinni/Shutterstock
A B

Descreva as imagens por meio dos termos estudados: ecúmeno e anecúmeno.


Imagem (A): anecúmeno – áreas que oferecem dificuldade de ocupação pelo ser humano (desertos, montanhas e regiões frias).

Contudo, com o desenvolvimento tecnológico disponível hoje em dia, o ser humano consegue ocupar e explorar praticamente todo

o planeta. Imagem (B): ecúmeno – áreas que foram, estão sendo ou poderão ser ocupadas pelo ser humano em caráter permanente,

com a finalidade de viver e desenvolver ali um processo de exploração econômica.

2 Associe as colunas segundo a noção de paisagem em Geografia.

a) Paisagem c Paisagem representada pela presença de edifícios, avenidas, viadutos, praças,


b) Paisagem natural barragens, estacionamento de automóveis, poluição, fazendas, chácaras, locais
c) Paisagem humanizada de criação de animais, demonstrando a interferência do ser humano.
a Conjunto de elementos naturais e elementos culturais que podemos observar em
determinado local, tudo o que nossa vista alcança e que também conseguimos
captar pelos demais sentidos do nosso corpo.
b Toda paisagem onde não é possível ver ou perceber nenhum tipo de
interferência do ser humano.

3 Leia as afirmativas a seguir e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).


F Região significa área concreta ou delimitada, na qual alguns grupos humanos vivem e produzem.
F Território significa uma porção da superfície terrestre que apresenta características semelhantes. Normalmente,
essas características são estabelecidas por um critério escolhido para identificar essa área.
V Lugar significa espaços com os quais mantemos uma ligação de afetividade, pois neles construímos
uma identidade.

4 Defina o conceito de lugar.

410 Lugar é parte do espaço em que vivemos, no qual acontece nosso dia a dia, onde se estabelecem relações de afetividade. Lugares

que representem para cada pessoa um significado, que têm importância.

Geografia
Tarefa
1 Leia as afirmações e identifique a qual conceito geográfico elas se referem para,
depois, encontrá-lo no caça-palavras.
a) Áreas povoadas ou que poderão ser povoadas pelo ser humano em caráter permanente,
com a finalidade de viver e desenvolver ali um processo de exploração econômica.
Ecúmeno.

b) Áreas que oferecem dificuldade de ocupação (desertos, montanhas e regiões frias).


Contudo, com o desenvolvimento tecnológico disponível atualmente, o ser humano
consegue ocupar e explorar praticamente todo o planeta.
Anecúmeno.

c) Conjunto de elementos naturais e elementos humanizados que podemos observar em


determinado local.
Paisagem

d) Parte do espaço em que vivemos, no qual acontece nosso dia a dia, onde se estabelecem
relações de afetividade.
Lugar

e) Porção da superfície terrestre que apresenta características semelhantes.


Normalmente, é estabelecido um critério para identificar essa área.
Região

f) Área delimitada, onde se estabelecem relações de poder, geralmente ligada a aspectos


políticos.
Território

g) Espaço onde são realizadas as ações humanas.


Espaço geográfico

h) Paisagem formada apenas por elementos da natureza.


Paisagem natural

A C E U O G I H R B Q N D P Z C R U G X O F U D C
H O Q A M Z S G P V F M Y G G H N O R E G I Ã O X
G B E S P A Ç O G E O G R Á F I C O N T I T D Y U
B S E J O X H S Z L M E N F N M J C L E R T F E I
M B J A V N E C D G H I P X E X A S Z I H E O D N
O I L P R A P A I S A G E M H P D B N A X R S U B
D H U G A Q V Z P C Y J U A G A J Z F D M R D O Y
F A G L D X R A N L E T D F R Q H P D L G I T A U
E P A F O P A I S A G E M N A T U R A L N T D B F
T A R P B L C G Q I H A T L B Q Y D Z D R Ó X D U
B M S I U E V F B O U P E V L G F B H L C R T E B
R E C Ú M E N O S G D A S P B P L X A D U I P T U
E F V L M Y I A X R B S C L A U T E Z B J O H N A
411
U C P T A V M B G R A N E C Ú M E N O M G Z E V Z
A V D H T O C B G S U Z W B Q L J E M I T P F N U

Geografia
Você aprendeu

Território Ecúmeno

Espaço delimitado com base em Áreas de fácil ocupação pelo ser


relações de poder. humano.

Lugar Anecúmeno

Espaços com os quais estabelece- São áreas que oferecem dificuldade


mos relação de afetividade. para ocupação humana.

CONCEITOS
GEOGRÁFICOS

Região Espaço geográfico

Espaço com características semelhan-


tes estabelecido por algum critério.
Paisagem Conjunto de lugares, regiões, territó-
rios, paisagens, base das atividades do
ser humano.

Compreende elementos naturais e


culturais, tudo o que nossa visão pode
alcançar e os elementos percebidos
pelos nossos outros sentidos.

412

Geografia
Professor, explicar aos alunos a evolução da
Cartografia com base no desenvolvimento
histórico da humanidade. Abordar os
primórdios da Cartografia na Antiguidade,

Construção com destaque para o mapa mais antigo


(Ga-Sur). Esclarecer que houve o retrocesso UNIDADE

3
dessa ciência na Idade Média. Em seguida,
demonstrar a evolução dessa ciência ao

dos mapas
longo da Modernidade com as Grandes
Navegações e, recentemente, com os
avanços tecnológicos. Aproveitar para
destacar os tipos de projeções cilíndricas de
Mercator e Peters.

Habilidades
da BNCC e
Cartografia e construção dos mapas objetivos
A Cartografia é uma ciência que faz uso de operações científicas, bem como de (EF06GE08) Medir
técnicas na produção de mapas, cartas e outras representações gráficas. Leia, a distâncias na
seguir, a definição de mapas e cartas de acordo com o IBGE. superfície pelas
escalas gráficas
Mapa é a representação gráfica em escala, normalmente pequena, de toda ou
e numéricas dos
parte da superfície terrestre em um plano. É utilizado para representação de as- mapas.
pectos geográficos naturais culturais e artificiais. Avaliar a diferença
Carta é a representação no plano de aspectos naturais e artificiais, em escala entre as formas de
média ou grande. O grau de detalhamento é alto e geralmente são elaboradas em representação da
folhas articuladas. Terra e sua utilidade
na identificação de
Durante séculos, a Cartografia vem sendo utilizada e certamente com seu
diferentes fenômenos
desenvolvimento nos ajudou a representar os diferentes espaços da superfície
geográficos.
terrestre no plano.
Diferenciar a
Quando o ser humano começou a representar os espaços de seu interesse, há simbologia existente
milhares de anos, eles eram gravados em pedra ou argila. No decorrer dos anos, em mapas e sua
passaram a ser elaborados em tecidos e papiros. O registro de mapa importância na leitura
mais antigo de que se tem notícia é o Ga-Sur, de aproximada- das representações.
mente 2500 a.C., encontrado na antiga Babilônia, onde hoje
se localiza o atual Iraque.
Na Idade Média, a Cartografia viveu um retrocesso na
construção e elaboração dos mapas, que passaram a
ser confeccionados conforme concepções religiosas.
Na Idade Moderna, a Cartografia teve considerá-
vel avanço graças às Grandes Navegações (séculos XV
e XVI). O uso de instrumentos de orientação, como a
bússola, permitiu que os mapas fossem elaborados
com base na rosa dos ventos, o que tornou possível
ges
ma

as navegações a partir de pontos conhecidos.


I
tty
Ge

A Cartografia passou, então, a ter grande im-


IG/
/U
tur

portância a partir do século XVI, principalmente


gen
ilda

por mapear novas áreas, facilitando a busca por


B
ma
Pris

novos produtos comerciais, além de influenciar


no domínio de diferentes regiões do globo.
Na atualidade, observamos uma verda-
deira revolução na produção de mapas, pois 413
Ga-Sur, o mapa mais
eles são elaborados com a ajuda de computado- antigo do qual se
res e satélites. tem notícia.

Geografia
Projeções cartográficas
Um mapa é a representação gráfica em escala de toda ou parte da superfície ter-
restre em um plano. Para confeccioná-lo, é necessário um sistema de projeção. As
projeções cartográficas são uma rede de paralelos e meridianos utilizados para a
elaboração de mapas.
Toda projeção cartográfica apresenta uma deformação quando representada no pla-
no, por isso existem várias projeções que diminuem essas deformações dependendo do
que será representado.
A mais utilizada para representar a superfície do planeta é a cilíndrica. Conheça, a
seguir, algumas das principais projeções.

Projeção cilíndrica

Projeção de Mercator
A projeção cilíndrica mais conhecida é a de Mercator, desenvolvida por Gerardus
Mercator, em 1569, a qual foi muito utilizada para a navegação. Tem como carac-
terística manter a forma dos continentes, direções e ângulos, mantendo em linhas
retas as latitudes e longitudes.

Projeção de Mercator
OCEANO GLACIAL ÁRTICO

Círculo Polar Ártico

Trópico de Câncer

OCEANO
OCEANO
PACÍFICO
Equador ATLÂNTICO

OCEANO
PACÍFICO OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Meridiano de Greenwich

O L
Círculo Polar Antártico
414 OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO S
0 2 860 km

Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna. 2014.

Geografia
Projeção de Peters
Outro exemplo de projeção cilíndrica foi elaborado pelo alemão Arno Peters em
1973. Essa projeção mantém a proporção das áreas representadas, porém altera
a forma delas. Nessa projeção, são destacados os países subdesenvolvidos e o
continente africano é colocado no centro do mapa.

Projeção de Peters

Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna. 2014.

Projeção cônica
A projeção cônica é resultante da projeção da superfície terrestre sobre um
cone, que posteriormente é planificado. Concêntricos
Os paralelos (linhas de latitude) são representados por arcos circulares concên- Referente a
tricos e os meridianos (linhas de longitude), por retas radiais igualmente espaçadas. objetos que
compartilham o
A distorção é menor em uma faixa estreita ao longo do paralelo. Esse tipo de
mesmo centro.
projeção é geralmente usado para representar regiões de latitude média (entre 25° Nesse caso, as
e 65° de latitude norte e sul). O resultado é uma menor distorção na forma original linhas de latitude.
da superfície representada.

Projeção cônica de Lambert


Dois paralelos padrão
(selecionados pelo
cartógrafo)

Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos; MARTINELLI, Marcello. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2013.

Nesse caso, não há distorções nas médias latitudes, porém há distorções nas regi-
ões de alta latitude (próximo aos círculos polares) e baixa latitude (próximo ao Equador).
No hemisfério norte, por exemplo, os Estados Unidos, a Rússia e vários países 415
da Europa se valem desse tipo de projeção, pois apresentam seus territórios em
média latitude.
Geografia
Projeções planas ou azimutais
As projeções planas ou azimutais são aquelas projetadas sobre um plano tan-
gente à esfera terrestre. Elas podem ser classificadas em polar (ponto de tangên-
cia no polo); equatorial (ponto de tangência na linha do Equador); oblíqua (ponto
Tangente
de tangência em qualquer lugar da superfície). Os meridianos são linhas retas que
Linha que toca
partem desse ponto, enquanto os paralelos aparecem como círculos concêntricos
outra linha.
ao ponto de tangência.
O resultado é uma projeção que não mantém a dimensão nem o formato dos
continentes, em que as distorções vão aumentando conforme se afastam do ponto
Saiba mais de tangência. Observe.
Você sabia que a
bandeira da ONU Projeção plana
é uma projeção
azimutal?
Essa projeção foi
escolhida tendo
o polo Norte
como ponto de
tangência, pois
ele simboliza
um local neutro
de onde todos
os outros
continentes
podem ser vistos. Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos; MARTINELLI, Marcello. Atlas geográfico: espaço
mundial. São Paulo: Moderna, 2013.
Veja, a seguir, a
bandeira da ONU. Uma vez que distâncias e ângulos sobre o ponto central estão corretos, a pro-
jeção azimutal equidistante é útil para representar rotas de um determinado local
para todos os outros locais de interesse.

Outras projeções
Além dessas, há ainda outros tipos de projeções. Veja os exemplos no esquema
a seguir.

PROJEÇÃO DE HOLZEL MAPA-MÚNDI


Projeção equivalente
É a representação
É utilizada para representar da Terra em dois
o planisfério. Seu contorno hemisférios.
em elipse dá ideia A projeção
aproximada da forma utilizada é de
esférica da Terra com Mollweide.
achatamento dos polos.

PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE CENTRADA NA EUROPA PROJEÇÃO INTERROMPIDA DE GOODE


Projeção equivalente
Projeção
equivalente. É construída com
Mantém a base na projeção
proporção de Mollweide,
exata entre aproveitando ao
416
terras e máximo as zonas de
águas. menor deformação.

Geografia
PROJEÇÃO AZIMUTAL EQUIDISTANTE OBLÍQUA PROJEÇÃO AZIMUTAL EQUIDISTANTE POLAR

Mantém O polo norte é o centro


verdadeiros do mapa e, com base
os ângulos nele, as distâncias estão
azimutais e as em escala verdadeira,
distâncias com bem como os ângulos
base no centro azimutais. Mostra a
da projeção. proximidade das duas
Utilizada para superpotências da
radioamadores. Guerra Fria.

PROJEÇÃO DE MILLER CENTRADA NA EUROPA PROJEÇÃO "DYMAXION DE FULLER"


Projeção poliédrica
Adota um
espaçamento O poliedro reduz
dos paralelos que distorções habituais
permite mostrar e proporciona uma
os polos em uma visão mais precisa
linha reta. Não das dimensões
apresenta grandes relativas dos
deformações de continentes e
área e de ângulos. oceanos.

Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos; MARTINELLI, Marcello. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2013.

Anamorfoses
Anamorfoses são representações do espaço geográfico de uma forma diferente
do convencional. Para sua elaboração, não há necessidade de projeções cartográ-
ficas. Nelas, haverá uma certa distorção do tamanho das áreas representadas de
acordo com o indicador (dados quantitativos) a ser utilizado para diferenciá-las. Ob-
serve a anamorfose a seguir, referente à população mundial.

Anamorfose da população mundial

417

Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2012.
Geografia
Professor, explicar o
conceito de escala e
comentar a diferença
Representações cartográficas e escalas
entre escala gráfica Como vimos anteriormente, um mapa é a representação dos elementos de deter-
e numérica. Para
aprofundar o assunto, minado espaço em uma superfície plana, como uma folha de papel. Ao observar um
trabalhar com os alunos mapa, as formas da superfície (montanhas, rios, cidades, campos agrícolas, etc.) apa-
o quadro de unidade de
medida de distância. recem vistas de cima. Observe as imagens a seguir e verifique essas perspectivas.

Visão oblíqua e vertical de uma superfície da Terra

OO
blíqu
blíqa
ua

Vertical
Vertical
maziarz/Shutterstock

Rio Tâmisa, Londres:


visão oblíqua.
Escala
Relação de
proporção entre
Anucha Sirivisansuwan/Moment/Getty Images
a área real e sua
representação no
papel.

Conectando Visão vertical de


Bangkok, Tailândia.
saberes
Em Matemática,
você poderá fazer As representações da realidade em um mapa estão associadas às dimensões
a conexão dos do terreno representado no papel. Para elaborar essas representações, devemos
assuntos sobre
utilizar as escalas, que podem reduzir as dimensões reais de determinada área,
escala e unidades
de medidas indicando quantas vezes essas medidas reais foram diminuídas. Com base na es-
418
de distância, cala, podemos perceber o quanto foi reduzida a superfície terrestre para caber em
trabalhados em uma folha de papel (mapa).
Geografia.
Como realmente funciona a escala?
Geografia
Por exemplo, pense em uma casa e
nos cômodos que ela contém. Para que
BANHEIRO
tudo isso seja representado em uma fo-
QUARTO QUARTO
lha de papel de seu caderno, usaremos
a escala “um por cem”, que se escreve
1:100 ou 1/100. Isso significa que tudo
o que for “um” na sala aparecerá reduzi-
do “cem” vezes no papel. Portanto, uma

LAVANDERIA
escala de 1:100 identifica que 1 cm (um
centímetro) no papel equivale a 1 m (um SALA COZINHA

metro) no espaço real. Veja a planta ao


lado, que exemplifica essa situação.
Escala gráfica e escala Escala 1:100 0 1 2 3 4m
numérica
Para a elaboração de um mapa, podemos utilizar dois tipos de escalas: uma com
números e outra na forma de gráfico.
A escala gráfica é indicada por um gráfico, representada em uma linha dividida em
vários segmentos, que relacionam o tamanho desses segmentos com o tamanho real.

5 0 5 10

Escala gráfica

Observe o exemplo a seguir. A escala gráfica do mapa que representa o bair-


ro de Botafogo, no Rio de Janeiro, indica que, em 1 cm da representação, temos
100 m do terreno.

Bairro de Botafogo
R. Marq N
uês
de Oli
nda
O L
METRÔ

S
antas

o
og
i ag o D

Botaf
na

s
R. Bambi

das Nações Unida


Viaduto San-T

R. Visconde de Ouro Preto


de

Enseada de
Botafogo
Praia
Avenida
Barreto

mes
Alfredo Go
R. Prof.

B O TA F O G O
R. Muniz

0 100 m
Casa de
Av
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Rui Barbosa
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Praça
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Av
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Ba
rto 419
R.

Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São
Paulo: Moderna, 2010.

Geografia
A escala numérica é representada por uma relação matemática, ou seja, uma ra-
zão entre a distância real e a distância representada no mapa. Por exemplo: uma
escala que indique 1:500 000 representa que cada centímetro no mapa é igual a
500 000 cm no tamanho real.
Veja, a seguir, os elementos e as fórmulas para cálculo com escalas numéricas.

Elementos para cálculo com escala numérica


D = distância real (representada em cm)
d = distância no mapa (sempre 1 cm)
E = escala

Fórmulas para cálculo com escalas


E=d÷D
D=d3E
d=D÷E

Exemplo: Qual a distância real aproximada entre São Paulo e Londrina?


Sabe-se que, no mapa de escala 1:25 000 000, a distância entre essas cida-
des mede 2 centímetros em linha reta.
D = ? km D=d3E
d = 2 cm D = 2 cm 3 250 km
E = 25 000 000 cm ou 250 km D = 500 km
A distância real em linha reta entre São Paulo e Londrina é de, aproximada-
mente, 500 quilômetros.

Lembre-se de que a escala é uma relação de proporção. Portanto, quanto menor


for o denominador, maior será a escala; e quanto maior for o denominador, menor
será a escala.
Veja um exemplo: uma escala 1:50 indica que a área representada foi diminuída 50
vezes. Já em uma escala 1:500, a área representada foi diminuída 500 vezes. Sendo
assim, a escala 1:50 apresenta mais detalhes e está mais próxima do tamanho real do
que a escala 1:500.
Vale a pena lembrar que, para trabalhar com escalas, é necessário conhecer bem o
quadro de conversão de medidas de distância.

Quadro de conversão de medidas


Unidades quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
Mundo digital
Símbolos km hm dam m dm cm mm
Confira uma
animação sobre 1 0 0 0 0 0 0
o conteúdo de 0 1 0 0 0 0 0
Cartografia.
0 0 1 0 0 0 0
Medidas 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0
420 0 0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 1

Geografia
Jogo rápido

1 Observe o mapa ao lado e, com base


Brasil: divisão política
no quadro de conversão, realize as ati-
VENEZUELA GUIANA
vidades propostas. Guiana Francesa (FRA)
COLÔMBIA SURINAME
Boa Vista
AP
a) Qual tipo de escala está representada RR
Macapá
Equador

no mapa?
Belém São Luís
Manaus
Escala gráfica. PA
Fortaleza
AM MA
Teresina CE RN Natal

PB João Pessoa
Rio PI
AC Branco PE
Palmas Recife
Porto AL
Velho SE Maceió
TO
b) Qual a distância em quilômetro PERU
RO
MT BA
Aracaju

representada por 1 cm na escala Cuiabá Brasília DF


Salvador

GO
gráfica? BOLÍVIA Goiânia OCEANO
MG ATLÂNTICO
Campo
Grande
525 Km. Belo
Horizonte
ES
MS Vitória
SP
PARAGUAI RJ
c) Qual a distância em quilômetros entre Capricórnio
Trópico de
Rio de Janeiro
PR São Paulo
CHILE Curitiba
Cuiabá e Palmas, sabendo que no OCEANO SC
N
PACÍFICO Florianópolis
mapa essa distância é de 2 cm? RS
O L
ARGENTINA Porto Alegre
S
1 050 km. URUGUAI 0 525 km

Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2010.

2 Considere a escala do mapa e preencha os valores das unidades a seguir. Identi-


fique os valores da escala no quadro de conversão de medidas, do quilômetro ao
milímetro.

km: 525 dm: 5 250 000


Saiba mais
hm: 5 250 cm: 52 500 000 Amplie seus
conhecimentos
dam: 52 500 mm: 525 000 000 com o uso de um
atlas. Na obra
FERREIRA, Graça
m: 525 000
Maria Lemos.
Moderno atlas
3 geográfico: 6° ao
Quais são os tipos de escalas? Apresente suas características.
9° ano – Ensino
As escalas são divididas em gráficas e numéricas. A escala gráfica é representada por um pequeno Fundamental
II. São Paulo:
segmento de reta graduado, no qual se estabelece uma relação entre a distância real e a do mapa. Moderna, 2016,
você encontrará
A escala numérica é estabelecida por meio de uma relação matemática, normalmente representada por informações
atualizadas
uma razão, demonstrando a quantidade de vezes que o espaço representado foi reduzido. sobre o Brasil e
o mundo. Mapas
físicos e políticos,
apresentados
em páginas
espelhadas,
permitem um
estudo completo
421
das paisagens.

Geografia
Professor, explicar aos
alunos a importância
das legendas na
Representações cartográficas e legendas
construção dos Para interpretar as informações contidas nos mapas, utiliza-se a legenda, um
mapas e, em seguida,
comentar sobre a conjunto de símbolos, cores e linhas para diferenciar os elementos representados
simbologia e as cores no mapa.
das legendas.

Símbolos
Os símbolos são variados e estão inseridos nos mapas para facilitar a com-
preensão da representação. Normalmente, eles são padronizados por convenções
cartográficas para que não haja dificuldade de interpretação.
São diversos os símbolos utilizados, que podem ser: linhas, pontos, figuras, le-
tras, etc. Veja o exemplo a seguir.

Símbolos em ponto

Capital de país Aeroporto

Capital de Estado Ponte

Igreja
Cidade com mais de 50 000 habitantes
Indústria de papel
Cidade com 10 000 a 50 000 habitantes
Indústria mecânica
Vila Petróleo

Pico Porto

Símbolos em linha

Rodovia pista dupla Linha de alta tensão

Rodovia pista única Gasoduto

Rodovia sem pavimentação Cerca

Ferrovia Fronteira internacional

Rio permanente Limite de Estado

Rio temporário Limite de município

Símbolos em área

Lago Pastagem

Represa Cultura de cacau

Alagado Cultura de café

Praia Cultura de cana-de-açúcar

Floresta Pomar
422
Campos Área urbana

Geografia
Cores
As cores também são utilizadas para representar e identificar elementos geo-
gráficos nos mapas. Por exemplo, por meio das cores, é possível representar as
diferenças de altitude do relevo. Observe o mapa do Brasil a seguir e perceba a
utilização das cores na identificação das elevações do terreno.

Brasil: físico

Monte Roraima
a (2.734m)
Se ai m
rra Pacar
Pico da Serra de T
Neblina um
(2.994m) uc
um
aque
Equador
PLANALTO 0º
DAS GUIANAS
PL
AN
ÍCI
E COS
TEIRA

PLANÍCIE
AMAZÔNICA Serra dos Carajás

ui

Ser PLANALTO Chapada do
Ser

Ur
ra do C BRASILEIRO Araripe

do
achi
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m bo rra
da

cador Ch Se
Ma apada
Co

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p
Serr

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IE
is

PLANÍC
PLANALTO
CENTRAL

inh
OCEANO
p
do Es
PLANÍCIE ATLÂNTICO
acaju

DO
ra

Serra

PANTANAL
st

Ser na
Ma r

ra da Ca
de

Pico da Bandeira
OCEANO rr eira (2.890m)
a

Se ntiqu
PACÍFICO Ma
da
ra Pico das Agulhas Negras
Ser
córnio PLANALTO al r (2.787m)
de Capri er Ma Curvas de
Trópico G do
ra
ra

nível
r
Ser

Se

Altitudes
(em m)
São usadas para
MERIDIONAL
1200
N
designar linhas
800
500
imaginárias que
O L
200 unem pontos com
100 S
0 355 km a mesma altitude.
0
São também
Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas: São Paulo: Ática, 2010. chamadas de linhas
altimétricas.
E

Linhas 54
D F

C
As linhas em um mapa representam diversos G
53
elementos, como limites entre bairros, cidades, es- B
H
tados e países, rodovias e curvas de nível. Com base 52
A
nas linhas de curvas de nível, podemos elaborar o
51 I
perfil topográfico, ou seja, construir um gráfico com
indicações das altitudes de determinada região.
Cada linha representada identifica uma cota de
altitude, por exemplo, 50 metros, 100 metros ou
150 metros. Vale a pena ressaltar que a distância A1 B1 C1 D1 E1 F1 G1 H1 I1
entre essas linhas é chamada de equidistância e, 423
no caso do exemplo anterior, a distância entre as
linhas é de 50 metros.
Geografia
Tipos de mapas
Com base em uma escala e em um conjunto de legendas, é possível construir
diferentes tipos de mapas. No entanto, os mapas não podem representar todos
os elementos de uma paisagem. Podemos apenas representar alguns desses
elementos, como a divisão política (limites de países), o relevo, os rios, a vegeta-
ção e a população.
Os mapas que buscam representar os elementos da natureza são conhecidos
como mapas físicos. Veja, a seguir, alguns exemplos de mapas físicos.
• Hidrográfico: descreve a distribuição dos rios em uma região.
• Topográfico: demonstra as altitudes de um terreno.
• Geomorfológico: representa a forma do relevo.
• Climático: mostra os tipos de clima.
• De vegetação: indica a distribuição dos diversos tipos de vegetação de uma área.

Também podemos encontrar mapas que representam elementos criados pelo


homem. Veja a seguir alguns exemplos desses tipos de mapas.
• Mapa de população: representa a concentração de pessoas.
• Mapa histórico: retrata lugares ou fatos históricos.
• Mapa político: representa os limites de países, regiões, estados e municípios,
com capitais e cidades mais importantes.

Brasil: distribuição da população

Equador

OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
órnio
Trópico de Capric

Habitantes por km²


Menos de 2
De 2 a 10 N

De 10 a 50 O L
De 50 a 100
424 S
Mais de 100 0 360 km

Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2014.

Geografia
Atividades
1 Com base em seus estudos, complete as afirmações com as informações ade-
quadas.

a) Um mapa é a representação gráfica em escala de toda ou parte da


superfície terrestre em um plano.

b) A projeção cilíndrica mais conhecida é a de Mercator . Esse


mapa foi desenvolvido em 1569, como ajuda para a navegação. Uma característica
dessa projeção é representar as latitudes e longitudes em linhas retas no mapa.

c) Outro exemplo de projeção cilíndrica foi elaborado pelo alemão Arno Peters

em 1973. Essa projeção destaca os países subdesenvolvidos e apresenta as formas


da superfície terrestre distorcidas.

d) A escala numérica é representada por uma razão matemática, já a

escala gráfica é representada por um gráfico.

e) A escala pequena apresenta um denominador grande e não apresenta muitos


detalhes. Uma escala grande é aquela que apresenta um denominador pequeno e é
rica em detalhes.

2 Leia a frase a seguir.


“Quanto maior a escala de um mapa, maior será sua riqueza de detalhes.”

Você concorda com a afirmação? Justifique sua resposta.


A resposta deverá ser afirmativa, pois a escala é uma relação de proporção. Quanto menor for o

denominador, maior será a riqueza de detalhes.

3 As curvas de nível são linhas que identificam no mapa a altitude de um relevo.


Com base nas curvas de nível, que tipo de perfil pode ser elaborado?
Pode-se elaborar o perfil topográfico, ou seja, a construção de gráficos com indicações de altitudes de

uma determinada região.

4 Referindo-se à organização inicial de um mapa, três condições fundamentais de-


vem ser consideradas. Indique a opção correta: Resposta: B
a) cores, representação gráfica e estética. c) topografia, relevo e rede hidrográfica.
b) sistema de projeções, escala e legenda. d) sistema de coordenadas, rios e lagos.

5 Associe corretamente as colunas a seguir.

a) Projeção de Mercator b elaborada em 1973, essa projeção mantém a proporção

b) Projeção de Peters das áreas representadas.


425
a elaborada no século XV, foi muito utilizada durante as
Grandes Navegações.

Geografia
6 Em Cartografia, as convenções são dispositivos que organizam e estabelecem um
padrão simbológico para facilitar o entendimento dos mapas por meio de legen-
das. Observe o mapa a seguir para responder às questões.
30m
20m
25m
20m 15m
15m

10m 10m

5m

30m
25m
20m
5m
15m

10m

5m
5m
5m
10
m
15
m
20
m
25
m

30m
N 35m
40m
O L
45m
S Escala 1:60 000

Rio Repartição pública Plantação


Rodovia Campo de criação
Cata-vento
Ponte Mata
Habitação 20m Curva de nível (linha que une
pontos de mesma altitude) Campo
Igreja Morro

Com base nessas informações, observe atentamente a representação e assinale


se as proposições a seguir são V (verdadeiras) ou F (falsas):
V A rodovia está disposta no sentido norte-sul.

V O rio está apresentado no mapa entre os pontos leste-oeste.

F O ponto mais alto do relevo está próximo ao campo de criação.

Tarefa
1 Sobre as projeções dos mapas, analise as afirmativas a seguir e identifique V
(verdadeiras) ou F (falsas).
V A projeção de Mercator foi criada na época das Grandes Navegações e distorce a
área das altas latitudes do mapa.
F A projeção de Peters desenvolvida na década de 1970 destaca os países desenvolvidos.
F A projeção cônica distorce as médias latitudes.
V A projeção azimutal é utilizada normalmente para representar os polos do planeta Terra.
F O mapa-múndi é a representação da Terra em dois hemisférios. A projeção utilizada é a
de Goode.
V Na projeção azimutal equidistante polar, o polo é o ponto de tangência da projeção.
426
F A projeção de Holzel é utilizada por radioamadorismo, um serviço de telecomunicação
utilizado no mundo todo.

Geografia
2 Observe os mapas a seguir e responda às questões propostas.

1 2 3

Escala 1: 200 000 000


1 cm = 2 000 km

Escala 1:100 000 000


1 cm = 1 000 km

Escala 1:70 000 000


1 cm = 700 km
a) Qual o tipo de escala apresentado nos mapas?
Escala numérica.

b) Qual mapa tem maior riqueza de detalhes dos contornos do Brasil?


O mapa (3) apresenta maior riqueza de detalhes.

c) Cada centímetro do mapa 3 corresponde a que medida de terreno?


Cada 1 cm do desenho equivale a 70 000 000 cm da realidade, ou seja, 700 km.

d) Considere o mapa B e pense na seguinte situação: um carro se locomove entre dois


pontos em linha reta entre as cidades X e Y. A distância no mapa entre esses dois
pontos é de 2 cm. Pergunta-se: Qual a distância no terreno entre os pontos?
1 cm nesse mapa equivale a 1 000 km da realidade. Portanto, se a distância no mapa entre os pontos

X e Y é de 2 cm, a distância no terreno é de 2 000 km.

3 Associe as colunas a seguir.


a) Mapa topográfico d Representa os limites de países e Estados, com

b) Mapa histórico capitais e cidades mais importantes.

c) Mapa geomorfológico a Demonstra as altitudes de um terreno.

d) Mapa político c Representa as formas do relevo.

b Retrata lugares ou fatos históricos.

4 Complete as frases a seguir.

a) As cores são utilizadas para representar e identificar mapas políticos,


destacar áreas de proteção ambiental, etc.

b) As linhas , em um mapa, representam diversos elementos, desde limites


entre bairros, cidades, Estados e países até rodovias e curvas de nível.
427
c) Os símbolos usados são variados e normalmente estão inseridos nos
mapas para facilitar a compreensão da representação.

Geografia
Você aprendeu

Vamos rever alguns conceitos que você aprendeu nesta unidade? Confira o esquema a seguir!

Escala gráfica Legendas Projeção

Representação gráfica divi- Conjuntos de símbolos, co- Traçado de linhas para re-
dida em vários segmentos, res e linhas que auxiliam na presentar paralelos e meri-
que relacionam o tamanho interpretação dos mapas. dianos, base para constru-
desses segmentos com o ção de mapas.
tamanho real.

Projeção cilíndrica
Escala numérica
de Mercator

Representação matemática Desenvolvida no século XVI e


caracterizada por uma fração. bastante utilizada nas Grandes
CARTOGRAFIA Navegações.

Escala Projeção de Peters

Relação de proporção entre a Elaborada na década de


área real e sua representação 1970, destaca os países sub-
no papel. desenvolvidos.

428

Geografia
Terra: noções UNIDADE
de localização e
movimentos 4
Professor, explicar aos alunos a importância de saber orientar-se no espaço. Comentar sobre os pontos
Habilidades
cardeais, colaterais e subcolaterais. da BNCC e
objetivos
Orientação no espaço geográfico (EF06GE03)
Um aspecto relevante para o ser humano é a necessidade de os indivíduos sa- Descrever os
berem se localizar e se orientar em diferentes pontos da superfície terrestre. movimentos do
planeta e sua relação
Para que uma pessoa se desloque de um lugar para outro, ela pode fazer uso de
com a circulação
pontos de referência para facilitar sua localização. geral da atmosfera, o
As direções foram baseadas na posição do Sol. tempo atmosférico e
Elas passaram a ser denominados pontos cardeais, que correspondem às prin- os padrões climáticos.
cipais direções que nos ajudam na orientação. Entender as formas
Os quatro pontos cardeais são: de se localizar na
superfície terrestre.
• norte (N), denominado também Setentrional ou Boreal;
• sul (S), chamado também Meridional ou Austral;
• leste (L), denominado também Oriente;
• oeste (O), conhecido também como Ocidente.
Para complementar os pontos cardeais e estabelecer uma localização mais pre-
cisa, foram elaborados pontos intermediários denominados pontos colaterais:
• nordeste (NE), entre N e L;
• sudeste (SE), entre S e L;
• sudoeste (SO), entre S e O; NNO N NNE
• noroeste (NO), entre N e O.
NO NE
Existem, ainda, os pontos subcolaterais, totalizando

Antiquarian Images/Alamy/Glow Images


oito pontos: ONO ENE
• norte-nordeste (NNE);
• leste-nordeste (ENE); O L
• leste-sudeste (ESE);
• sul-sudeste (SSE);
OSO ESE
• sul-sudoeste (SSO);
• oeste-sudoeste (OSO);
SO SE
SSO SSE
• oeste- noroeste (ONO); S
• norte-noroeste (NNO).
Para organizar e localizar os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, foi 429
criada a rosa dos ventos, chamada também de rosa dos rumos ou rosa náutica.

Geografia
Astros e pontos cardeais Neste momento, comentar sobre a utilização dos astros para orientação, além da
bússola como instrumento de localização geográfica.
Encontrar os pontos cardeais é simples. Se você estender o braço direito para onde o Sol nasce, encon-
trará ou apontará o leste; o seu braço esquerdo apontará o oeste. Ao mesmo tempo, à sua frente estará o
norte e, às suas costas, o sul.

NORTE
LESTE

OESTE
SUL
Orientação dos pontos cardeais pelo Sol.

Durante a noite, não temos o Sol para nos orientar. Nesse caso, podemos utilizar
outros astros como meios para encontrar os pontos cardeais, como a Lua e a
constelação do Cruzeiro do Sul. Cruzeiro
do Sul
A Lua surge diariamente na direção leste e desaparece na direção oeste,
assim como o Sol.

r
Da porção sul da Terra, observa-se a constelação do Cruzeiro do

aio
m
Sul, que recebe esse nome por apresentar disposição em forma

o

br
de cruz.
Para localizar os pontos cardeais utilizando o Cruzeiro do
Sul como referência, é simples. Após localizar a constela-
ção, você deve prolongar o braço maior da cruz por 4,5
s
ze

vezes, depois traçar uma linha perpendicular em


ve
5
4,

relação ao horizonte. Nesse ponto estará o sul,


od
ga

às suas costas estará o norte, seu braço di-


on
ol

reito apontará para o oeste e o esquerdo,


pr

para o leste.
Veja a ilustração a seguir, que Polo
celeste
exemplifica como se orientar
sul
pelo Cruzeiro do Sul.

horizonte
sul
leste

430 oeste

norte

Geografia
Estrela Polar Ursa menor
Da porção norte de nosso planeta, não é possível orientar-se pelo
Cruzeiro do Sul; lá se utiliza a Estrela Polar como referência.
Também é fácil se localizar pela Estrela Polar, pois ela se en- Estrela
Polar
contra bem na direção do eixo da Terra.
PN
A Estrela Polar é a última estrela da Constelação da Ursa Me-
nor. Após localizar essa constelação, basta traçar uma linha per- Norte
pendicular da Estrela Polar em direção ao horizonte. Nesse caso,
estará o norte, às suas costas estará o sul, seu braço direito apon-
tará para o leste e o esquerdo, para o oeste. PS Equador

Bússola
A bússola é um antigo e eficiente instrumento de orientação inventado pelo
ser humano. Muito parecida com um relógio, é utilizada até hoje na identificação

Ga
rs
ya
dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.

/S
hut
tersto
Ela é formada por uma agulha imantada com livre movimento, que se

ck
equilibra sobre um eixo com o desenho da rosa dos ventos indicando as dire-
ções. A agulha aponta sempre para o norte magnético da Terra.

Jogo rápido Bússola.

1 Se tivermos o Sol como ponto de referência, é possível


identificar os quatro pontos cardeais. Observe o desenho
a seguir e localize os pontos cardeais. Depois escreva a
abreviatura de cada um deles nos locais adequados.
a) Se caminhar no sentido do pôr do Sol, o menino estará
andando em qual direção?
Estará caminhando em direção ao oeste.

b) Se caminhar no sentido do nascer do Sol, para qual direção o menino estará andando?
Estará caminhando em direção ao leste.

2 Além do Sol, podemos nos orientar utilizando outros astros. Quais são eles?
Lua, Estrela Polar e constelação do Cruzeiro do Sul.

3 O que é uma bússola? Como ela pode ser utilizada?


É um antigo e eficiente instrumento de orientação. É formada por uma agulha imantada que aponta

sempre para o norte magnético da Terra. Essa agulha se equilibra sobre um eixo com o desenho da rosa

dos ventos, que indica as direções cardeais, colaterais e subcolatereis, que nos auxiliam na localização.

431

Geografia
Para finalizar os
conteúdos estudados
Coordenadas geográficas
nesta unidade,
explicar o que são
As coordenadas geográficas são linhas imaginárias que utilizam os paralelos e me-
as coordenadas ridianos para identificar um ponto qualquer na superfície terrestre. Vejamos primeiro o
geográficas, zonas
térmicas e os que são paralelos e meridianos.
movimentos de rotação
e translação da Terra.
Os paralelos ou latitudes são círculos imaginários traçados paralelamente ao
Equador, o principal paralelo que divide a Terra em duas partes iguais: 90º no hemis-
fério norte (Setentrional/Boreal) e 90º no hemisfério sul (Meridional/Austral). Entre
os principais paralelos, temos o Equador (paralelo inicial ou 0º), os trópicos de Câncer
e Capricórnio (23º 27’/norte e sul) e os círculos polares Ártico e Antártico (66º 33’/
norte e sul).
Os meridianos ou longitudes são os círculos imaginários que cortam os paralelos
e vão de um polo ao outro. O meridiano inicial passa pela localidade de Greenwich
(0º), na Inglaterra, e divide a Terra em 180º para o hemisfério oriental (leste) e 180º
para o hemisfério ocidental (oeste).
Leia, a seguir, o trecho da reportagem que mostra como foi definido
Greenwich como o meridiano principal.

Hoje na História: 1884 – meridiano de Greenwich torna-se referên-


cia para horário mundial
No dia 13 de outubro de 1884, o meridiano de Greenwich é definido como
ponto de referência para determinação dos fusos horários [...]. Na ocasião da
definição, as 25 maiores nações do globo se reuniram em Washington para
tratar da padronização do tempo e do estabelecimento de alguns parâmetros.
Deveria ser adotado um único meridiano como ponto zero de referência para
o horário de todos os países [...].
Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/24846/hoje+na+historia+1884+-
+o+meridiano+de+greenwich+torna-se+a+referencia+para+o+horario+mundial.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2018.

Latitude Longitude

norte
180
90 150 150
60 60
120 120

30 30

90 90
Equador oeste leste
0

60 60
30 30

60 60 30 30
0
90 primeiro
432 sul meridiano

Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2012.

Geografia
Outro importante meridiano é a Linha Internacional de Data Linha Internacional de Data
(LID), também denominado antimeridiano de Greenwich, por
+11 +12 –12 –11 –10 –9
estar na posição oposta ao meridiano principal. 165° 180° 165° 150° 135°
A LID foi estipulada por convenções internacionais para
estabelecer o início e o final de um dia, pois o avanço nesse ito
tre ng
Es Beri
meridiano de oeste para leste diminuirá um dia e, no sentido de
Alasca
oposto, de leste para oeste, aumentará um dia. Veja o esque- Rússia
(EUA)
ma ao lado.
Com base na utilização dos paralelos e meridianos, pode-se,
em um canevá (sistema de linhas verticais e horizontais), iden-
tificar um ponto qualquer na superfície terrestre. dia seguinte dia anterior
Observe, a seguir, um sistema de coordenadas geográficas OCEANO

Linha Internacional de Data


com base nas latitudes (paralelos) e longitudes (meridianos). PACÍFICO
Depois, identifique as coordenadas geográficas no mapa:

A: 60º norte e 30º leste; Marshall


Havaí
(EUA)

B: 30º norte e 30º leste;


Kiribati
C: 45º norte e 60º leste; Salomão

Vanuatu
D: 45º sul e 150º leste;

Linha Internacional de Data


E: 45º norte e 90º oeste;
N
Nova
F: 15º sul e 120º oeste; Zelândia
O L

S
0 795 km
G: 45º sul e 120º oeste.
Adaptado de: FERREIRA, Graça
Maria Lemos; MARTINELLI,
Coordenadas geográficas Marcello. Atlas geográfico
espaço mundial. São Paulo:
180º 165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º Moderna, 2013.
MAR GLACIAL ÁRTICO N
75º O L 75º

Círculo Polar Ártico S

60º
A
60º

45º E C
45º
OCEANO
ATLÂNTICO B
30º 30º
Trópico de Câncer

15º 15º

0º Equador 0º
OCEANO
F ÍNDICO
Meridiano de Greenwich

15º 15º
Trópico de Capricórnio
30º 30º
OCEANO
45º PACÍFICO G D
45º

60º Círculo Polar Antártico 60º


MAR GLACIAL ANTÁRTICO
0 2 860 km 433
165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º

Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar, 2018.

Geografia
GPS
Na atualidade, com o avanço tecnológico, o Sistema de Posicionamento Global
(GPS) é a melhor forma de orientação utilizada pelo ser humano. Esse equipamento
utiliza o princípio das coordenadas geográficas.
O GPS foi elaborado na década de 1960 pelo Departamento de Defesa dos Es-
tados Unidos em decorrência de um projeto militar. Na atualidade, qualquer pessoa
pode fazer uso dessa tecnologia gratuitamente.
Para utilizar um GPS, é necessário os satélites que orbitam a Terra emitirem si-
nais que são captados e decodificados por um aparelho receptor. Com apoio nessa
informação, é calculada a localização, baseada nas distâncias até eles, resultando
em coordenadas geográficas.
Convém ressaltar que, por ser um sistema de controle militar, a precisão dos
dispositivos disponíveis para usuários civis é limitada.
Como o GPS funciona?
[...] Uma constelação formada por 48 satélites envia, constantemente, sinais
perpendiculares para a Terra. E, além dessa posição vertical, cada um desses sa-
télites tem certo ângulo – que é necessário para atingir os milhões de aparelhos
que hoje estão espalhados pelo planeta. Os aparelhos receptores combinam os
sinais de pelo menos quatro satélites diferentes simultaneamente para determi-
nar em que posição você se encontra.
[...]
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/video/como_o_gps_funciona/22002>. Acesso em: 10 jan. 2018.

Como funciona o GPS

1 Cada satélite emite um sinal que indica


qual satélite o está emitindo e a que horas.
satélite 2
2 O receptor detecta os sinais e satélite 3

identifica cada satélite.


satélite 1

satélite 4

3 Por meio da interseção dos


quatro sinais e com um banco
de dados que indica a posição
dos satélites, o receptor
calcula, em latitude e longitude,
sua localização exata.

O sistema realiza uma


Precisão quadrangulação em relação à
1 metro posição de quatro satélites e
434
1

calcula a localização do usuário.


m
m

Fonte: Agência Espacial Europeia

Geografia
Movimentos do planeta Terra Mundo digital
No Universo, o planeta Terra encontra-se na Via-Láctea e, nessa galáxia, está o Siste- Confira uma
ma Solar. Esse sistema é formado pelo Sol (estrela) e alguns planetas: quatro rochosos animação para
conhecer um
– Mercúrio, Vênus, Terra e Marte – e quatro gasosos – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
pouco mais sobre o
No ano de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) reapresentou a defi- Sistema Solar.
nição oficial do que é um planeta e Plutão, que era considerado o nono planeta do
Sistema Solar, passou a ser considerado um planeta anão.
No Sistema Solar, a Terra apresenta algumas características particulares, como
um volume único de água, crosta dividida em várias placas tectônicas e forte campo
magnético nos polos.
Na ordem de afastamento em relação ao Sol, ela se encontra na terceira posi-
ção e tem um único satélite natural: a Lua.
O nosso planeta está localizado na chamada zona habitável, uma região que
fica ao redor de uma estrela, nesse caso o Sol, que permite a existência de água
em estado líquido na superfície. Além disso, para possibilitar a existência de vida
no planeta, nessa área, os raios solares não podem ser
muito fortes nem muito fracos.
Por muito tempo, achou-se que nosso pla-
neta era plano, ideia adotada principalmen-
te durante a Idade Média. Porém, desde

So
m
ch
a Antiguidade, já se falava na Terra em

aiS
om
/
formato esférico, pois, como você já

Sh
utte
rs
estudou, Eratóstenes calculou a cir-

tock
cunferência do nosso planeta.
A verdade é que a forma da Ter-
ra é bem arredondada, o que pode
ser comprovado pela curvatura
dos mares – observada quando um
navio desaparece lentamente ao se
afastar de um porto; pelos eclipses
da Lua, quando a Terra projeta nela
uma sombra circular e, sobretudo, pe-
las fotografias espaciais obtidas nas úl-
timas décadas.

É verdade? Planeta Terra.


O planeta Terra não é redondo, e sim plano!
Recentemente, em várias páginas da internet e nas redes sociais surgiram pessoas que afirmam
com muita certeza que a Terra é plana e não redonda. E você, o que acha? Essa afirmação é verdade
ou é um mito?
Professor, ao longo da história, muitos teorizaram sobre a forma da Terra. Sociedades na Antiguidade e
Idade Média acreditavam que o planeta era plano. Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia
Rotação da Terra durante a Modernidade e Contemporaneidade, tal argumento perdeu espaço, pois cada vez mais temos
provas de que o planeta tem formato arredondado. Um exemplo nesse caso são os eclipses lunares, nos
O movimento de rotação é um dos movimentos que a Terra executa. Ele acon- quais a sombra da Terra
na Lua tem formato
tece quando nosso planeta gira em torno do seu próprio eixo. Uma volta completa curvo. 435
desse movimento da Terra dura 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, mas, para
facilitar o entendimento, convencionou-se arredondar para 24 horas.
Geografia
O movimento de rotação é o res-
Eixo longitudinal ponsável pela alternância de dias e
23,5º noites, e faz com que a luz solar ilu-
Eixo de rotação
mine progressivamente as diferentes
áreas da superfície terrestre.
Ele se dá de oeste para leste, ou seja,
Eclíptica as primeiras horas de um dia sempre
acontecem a leste, e as últimas horas
ocorrem a oeste. Portanto, o desloca-
mento do Sol no sentido leste-oeste da
Terra é chamado de movimento apa-
rente do Sol. Veja a imagem ao lado.
Translação da Terra
Ao mesmo tempo em que gira em torno de si mesma, a Terra, assim como os
outros planetas do Sistema Solar, executa o movimento de translação, que consis-
te em dar uma volta completa em torno do Sol. Para completar esse movimento,
nosso planeta gasta 365 dias e 6 horas.
A cada 4 anos, para corrigir o acúmulo das horas, temos um ano com 366 dias,
ou seja, ano bissexto, em que é acrescentado o dia 29 ao mês de fevereiro. Esse
dia foi criado para ajustar o calendário anual ao movimento de translação da Terra.
Estações do ano
As estações do ano ocorrem devido à inclinação do eixo da Terra e ao movimen-
to de translação. Assim, ambos os hemisférios apresentam, durante o ano, maior
ou menor exposição aos raios solares. Ao momento inicial dessa diferença de ex-
posição aos raios solares, damos o nome de solstício e equinócio.
Os solstícios correspondem ao momento em que a radiação solar incide de ma-
neira perpendicular em relação aos trópicos de Capricórnio e Câncer. Isso ocorre
entre os dias 20 ou 21 de dezembro e de junho.
Já os equinócios correspondem aos momentos em que a radiação solar fica
perpendicular em relação à linha do Equador. Isso ocorre entre os dias 20 a 23 de
março e de setembro.
Veja o esquema a seguir, que demonstra o início das estações do ano.

HN – Primavera
20 ou 21/3
N HS – Outono
22 ou 23/12
HN – Inverno
S HS – Verão

N
N

S
N
20 ou 21/6
HN – Verão
436 HS – Inverno HN – Outono
22 ou 23/9 S
HS – Primavera

Geografia
• 20 ou 21 de dezembro: início do verão no hemisfério sul e do inverno no hemis-
fério norte (trópico de Capricórnio mais exposto aos raios solares).
• 20 ou 21 de março: início do outono no hemisfério sul e da primavera no hemisfé-
rio norte (igual distribuição da radiação solar nos trópicos de Câncer e Capricórnio).
• 20 ou 21 de junho: início do verão no hemisfério norte e do inverno no hemis-
fério sul (trópico de Câncer mais exposto aos raios solares).
• 22 ou 23 de setembro: início do outono no hemisfério norte e da primavera
no hemisfério sul (igual distribuição da radiação solar nos trópicos de Câncer e
Capricórnio).

Zonas térmicas
Pelas latitudes do planeta, é possível identificar as zonas térmicas ou zonas
de iluminação. Sabe-se que no planeta Terra existe diferença de temperatura
entre as diversas latitudes. Existem regiões onde as temperaturas são mais altas
e faz muito calor; já em outras áreas, as temperaturas são baixas e faz muito frio.
Próximo ao Equador e aos trópicos, faz muito calor durante o ano. Veja as imagens.
Conectando
saberes
Alexandra Tyukavina/Shutterstock
Cassiohabib/Shutterstock

Em Ciências,
você poderá
fazer a conexão
dos assuntos
trabalhados
em Geografia,
especialmente com
relação ao planeta
Terra, ao Sistema
Salvador (BA). Kinshasa, República Democrática do Congo. Solar e ao universo.
gracethang2/Shutterstock
Wojtek Chmielewski/Shutterstock

Reykjavic, Islândia. Dunedin, Nova Zelândia.


Dmytro Pylypenko/Shutterstock
Andreas Alexander/Aldiami/Alamy/Fotoarena

437

Vista do Ártico. Vista da Antártida.

Geografia
A ocorrência das variações de temperatura acontece porque, na zona tropical,
os raios solares alcançam a Terra no sentido vertical.
Entre os trópicos de Câncer e Capricórnio e os círculos polares Ártico e Antártico,
a temperatura diminui gradativamente. Já nos polos, as temperaturas são baixas
durante o ano todo e a incidência da luz solar é a mais baixa do planeta.
Veja no esquema as zonas térmicas da Terra.
Zona polar
Círculo
polar Árt Zona polar (ou glacial)
ico

Zona te
m perada
Trópico do nort
de Cân
c er e Zona temperada

Equado
r
Zon a
tropica
l
Trópico
de Cap
ri
Zona tropical
córnio

Zona te
m perada
do sul
Círculo
polar A
ntártico Zona temperada

Zona polar

• Polares: localizada entre o círculo polar Ártico, a 90º de latitude norte (Zona
polar ou glacial do norte) e o círculo polar Antártico, a 90º de latitude sul (Zona
polar ou glacial do sul).
• Temperadas: localizada entre o trópico de Câncer e círculo polar Ártico (Zona
temperada do norte) e trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico (Zona
temperada do sul).
• Intertropical: localizada entre o trópico de Câncer (23º 27’ latitude norte) e o
trópico de Capricórnio (23º 27’ latitude sul), é a zona mais quente e iluminada
durante todo ano

Estações do ano em outros planetas


Como a Terra, os outros planetas que giram em torno do Sol também têm estações do
ano. Alguns, como Marte, apresentam as quatro estações: primavera, verão, outono e inver-
no. Em outros, existe apenas verão e inverno. No entanto, as estações do ano nos planetas
do nosso Sistema Solar são determinadas da mesma maneira que as da Terra.
[...]
Muita gente pensa que as estações do ano são resultado da distância que existe entre
a Terra e o Sol. Assim, a Terra estaria mais perto do Sol durante o verão e mais afastada
durante o inverno. Mas isso não é verdade, pois a órbita da Terra é praticamente circular,
ou seja, não há aumento ou diminuição significativa da distância entre planeta e o Sol.
Porém, esse pensamento vale para as estações de outros planetas, pois as órbitas de Marte
e Mercúrio, por exemplo, não são circulares como a da Terra. Nesse caso, as estações são
influenciadas pela inclinação dos polos e pelo aumento ou diminuição da distância do Sol.
438 FIGUEIRA, Mara. Estações do ano em outros planetas. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/estacoes-do-ano-em-outros-
planetas/>. Acesso em: 26 mar. 2018.

Geografia
Atividades

1 Como podemos nos orientar tendo o Sol como referência?


Estender o braço direito para o lado onde o Sol nasce, que é sempre o leste. O braço esquerdo apontará para o oeste, onde o Sol

se põe. À sua frente, estará o norte e às suas costas estará o sul.

2 Explique como podemos nos orientar utilizando o Cruzeiro do Sul como referência.
Da porção sul da Terra, observa-se a constelação do Cruzeiro do Sul. Após localizar a constelação, deve-se prolongar o braço maior da

cruz por 4,5 vezes e traçar uma linha perpendicular em direção ao horizonte. Nesse ponto está localizado o sul, às suas costas está

o norte, do seu lado direito o oeste e, do esquerdo, o leste.

3 Para se orientar na superfície do globo, o ser humano


Alguns pontos de localização no Brasil
criou uma série de noções espaciais, entre elas a chama-
da rosa dos ventos, que indica as direções pelos pontos Equador

cardeais, colaterais e subcolaterais. Utilizando uma rosa
dos ventos para analisar o alinhamento AB, marcado na
representação ao lado, é correto afirmar que a direção do B
alinhamento do cartograma é: Resposta: E
A OCEANO
a) Sul-sudeste(SSE) para oeste-noroeste (ONO). ATLÂNTICO
OCEANO
b) Sudeste(SE) para norte-noroeste (NNO). PACÍFICO
N Trópico de C
apricórn
io
c) Sul-sudeste(SSE) para noroeste (NO). O L

d) Leste-sudeste (ESSE) para noroeste (NO). S


0 770 km
e) Leste-sudeste (ESSE) para oeste-noroeste (ONO). 50º O

Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar, 2018.

4 Observe o mapa a seguir e identifique as coordenadas A, B, C, D e E.

A: 15° sul 60° oeste Coordenadas geográficas no Brasil


180º 165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º
MAR GLACIAL ÁRTICO N
B: 45° norte 75° leste 75º 75º
O L
Círculo Polar Ártico

C:
S
45° sul 105° leste 60º 60º

D B
45º 45º
D: 45° norte 90° oeste OCEANO
ATLÂNTICO E
30º 30º
Trópico de Câncer

E: 30° norte 150° leste 15º 15º

Equador
0º 0º
OCEANO
A ÍNDICO
Meridiano de Greenwich

15º 15º
Trópico de Capricórnio

30º 30º
OCEANO
PACÍFICO C
45º 45º

Círculo Polar Antártico


60º 60º
MAR GLACIAL ANTÁRTICO
0 3 720 km 439
165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º

Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar, 2018.

Geografia
5 Observe o planisfério. Identifique e apresente as características das zonas térmi-
cas da Terra representadas pelos números 1, 2 e 3.

2
66° 33 N
Círculo polar Ártico
1

Trópico de Câncer 23° 27 N

Equador 0°

3
Trópico de Capricórnio
23° 27 S

1
Círculo polar Antártico
66° 33 S
2

1 – Temperadas: localização – Zonas temperadas do norte e do sul – são zonas menos quentes

e menos iluminadas. 2 – Polares: Zona polar norte e Zona polar do sul – a incidência da luz solar é a mais

baixa do planeta, temperaturas baixas durante o ano todo. 3 – Intertropical: localizada entre

o trópico de Câncer e o trópico de Capricórnio, é a zona mais quente e iluminada durante o ano todo.

Tarefa
1 Pinte a rosa dos ventos e identifique os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.

440

Geografia
2 Analise as proposições a seguir e assinale (V) para as verdadeiras, ou (F) para as falsas.
F Os meridianos são círculos imaginários traçados paralelamente ao Equador, o paralelo
principal, que divide a Terra em duas partes iguais: 90 paralelos no hemisfério norte
(Setentrional/Boreal) e 90 paralelos no hemisfério sul (Meridional/Austral).
F Os paralelos são os círculos imaginários que cortam os meridianos e vão de um polo
ao outro. O paralelo inicial passa pela localidade de Greenwich, na Inglaterra, e divide
a Terra em hemisfério oriental (oeste) e hemisfério ocidental (leste).
F Pelas longitudes do planeta, é possível identificar as zonas térmicas ou zonas de
iluminação. Sabe-se que no planeta Terra existe diferença de temperatura entre as
diversas latitudes. Existem zonas onde as temperaturas são altas e faz muito calor; já
em outras áreas, as temperaturas são baixas e faz muito frio. Próximo ao Equador e
aos trópicos, faz muito calor durante o ano. Entre os trópicos de Câncer e Capricórnio
e os círculos polares Ártico e Antártico, a temperatura diminui, até ser muito fria
nos polos.
3 A percepção de que a localização de um ponto qualquer na superfície poderia
ser indicada com base em um sistema de coordenadas geográficas representou
grande avanço para a humanidade. Desde então, pontos de referência para a de-
terminação das coordenadas de um lugar foram usados, como o Sol e as estre-
las. Atualmente, o aparelho conhecido como Sistema de Posicionamento Global
(GPS) fornece de imediato as coordenadas que buscamos.

Quais são os pontos de referência usados pelo GPS em substituição ao Sol e


às estrelas?
O GPS determina as coordenadas geográficas de um local por meio de uma rede de satélites que

orbitam a Terra, substituem o Sol e as estrelas na determinação de coordenadas geográficas.

4 Leia o texto: Resposta: B

“O navio de salvamento deve atingir o ponto da (...) com 12° de (...) S e 30° de (...)
O, para efetuar o resgate dos náufragos.”

Os termos que completam corretamente o texto anterior são, respectivamente:


a) posição geográfica; longitude; latitude.
b) coordenada geográfica; latitude; longitude.
c) latitude; longitude; posição geográfica.
d) longitude; latitude; posição geográfica.
e) latitude; coordenadas geográficas; longitude.
5 Complete as frases a seguir.

a) O movimento de rotação é responsável pela variação dos dias e noites


e tem duração de, aproximadamente, 24 horas.

b) O movimento de translação , associado à inclinação do eixo da Terra, é


441
responsável pelas estações do ano. Tal movimento tem a duração de, aproximadamente,
365 dias.

Geografia
6 Observe o esquema do movimento de translação a seguir. Na sequência, identifique as estações do ano
nos hemisférios norte e sul nas datas propostas.
Dia 21 de dezembro: início do verão no hemisfério Equinócio
de outono
Solstício
Solstício (23 de março)
sul e inverno no hemisfério norte (trópico de de verão
de inverno
(21 de dezembro)
(21 de junho)
Capricórnio mais exposto aos raios solares). Dia Outono Verão

21 de março: início do outono no hemisfério sul e


Dia Dia

primavera no hemisfério norte (igual distribuição


Noite Noite
da radiação solar nos trópicos de Câncer e
Inverno
Primavera
Capricórnio). Dia 21 de junho: início do verão Equinócio
de primavera
no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul (23 de setembro)

(trópico de Câncer mais exposto aos raios solares). Dia 23 de setembro: início do outono no hemisfério norte e primavera no

hemisfério sul (igual distribuição da radiação solar nos trópicos de Câncer e Capricórnio).

Você aprendeu
Vamos rever alguns conceitos que você aprendeu nesta unidade? Confira o esquema a seguir!

Rotação Translação Pontos colaterais

Movimento da Terra em torno do pró- Movimento da Terra em torno do Sol Nordeste, sudeste, sudoeste, noro-
prio eixo e com duração de horas. com duração de 365 dias. este.

Zonas térmicas Bússola

NOÇÕES DE LOCALIZAÇÃO
Equipamento utilizado para
Áreas da superfície terrestre
indicar as direções.
que apresentam temperatu-
ras diferentes.

Longitude Latitude

Círculos imaginários que cortam os paralelos e vão de um Círculos imaginários traçados paralelamente ao Equador.
polo ao outro.
442

Geografia
Para finalizar
1 Como podemos definir a Geografia? d) Contemporânea:
Em virtude do avanço da ciência e da tecnologia, a
Ciência que estuda o espaço geográfico, descreve, analisa,

ciência geográfica entra em uma nova etapa com o uso


compreende variações espaciais de fenômenos físicos,

de modernas tecnologias, como o GPS e as imagens de


biológicos, políticos e sociais.
satélites.
2 Cite quais são os princípios para se compreen-
der a Geografia.

Localização, extensão, analogia, conexão, diferenciação, 5 Quem foi Milton Santos?

distribuição e ordem. Importante geógrafo brasileiro, que realizou diversas

3 pesquisas sobre o espaço geográfico, cidades,


Explique o princípio da localização para a Geo-
grafia. subdesenvolvimento e globalização.

Princípio que norteia a análise geográfica a como localizar um

determinado fenômeno no espaço geográfico, como a posição


6 Diferencie “espaço natural” de “espaço geográ-
dos bairros, áreas industriais, favelas e outros. fico”.
Espaço natural é o espaço controlado pela natureza, e espaço
4 Faça um breve comentário sobre a evolução da
Geografia na geográfico é aquele construído e transformado pela ação do

a) Antiguidade: ser humano.

Os povos da Antiguidade contribuíram muito para o


7 Identifique e explique a projeção a seguir.
desenvolvimento da Geografia, uma vez que, em suas

descobertas e elaboração de mapas, descreveram o mundo

e seus fenômenos naturais e sociais da época.

b) Idade Média:
Teve retrocesso, pois a Igreja passou a interferir na

elaboração dos conhecimentos, passando ela própria a

justificá-los. Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar, 2017.

c) Moderna: Trata-se de uma projeção cilíndrica, elaborada pelo alemão

Apresentou avanço principalmente com as Grandes Arno Peters, em 1973. Essa projeção destaca os países

Navegações, uma vez que cartograficamente se descreviam subdesenvolvidos e mantém a proporção das superfícies 443

muitas regiões ainda não conhecidas pelos europeus. representadas, porém distorce suas áreas.

Geografia
8 A imagem do bairro de Botafogo, vista durante A: 60° Norte e 30° Leste .
seus estudos, é um exemplo de escala grande
B: 30° Norte e 30° Leste .
ou pequena? Justifique sua resposta.
C: 45° Norte e 60° Leste .
É o exemplo de uma escala grande, pois apresenta um

12 Preencha os espaços em branco com o nome


denominador pequeno e é rica em detalhes (como o bairro
das zonas térmicas no globo terrestre.
de Botafogo). 90º N

Círculo polar
9 Explique o que são as anamorfoses. Ártico Zona polar ou glacial (Norte) 66º 33’ N

São representações cartográficas elaboradas com base na Trópico de


Câncer 23º 27’ N
Zona temperada (Norte)

análise de dados quantitativos referentes a uma área e que

diferenciam os países.
Equador Zona intertropical 0º

Zona temperada (Sul)


Trópico de 23º 27’ S
10 Quais são os pontos cardeais? Capricórnio

Zona polar ou glacial (Sul)


Norte, sul, oeste e leste. Círculo polar
Antártico
66º 33’ S

90º S
11 Identifique as coordenadas geográficas no
13 Explique o movimento de rotação da Terra.
mapa a seguir.
180º 165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º
MAR GLACIAL ÁRTICO
N No movimento de rotação, a Terra gira em torno de seu eixo.
75º 75º

Círculo Polar Ártico O L


60º
A
60º Uma volta completa dura, aproximadamente, 24 horas (23
S
45º
C
45º
OCEANO
30º
ATLÂNTICO B 30º
horas, 56 minutos e 4 segundos). Movimento responsável
Trópico de Câncer

15º 15º

0º Equador
OCEANO
0º pela alternância dos dias e noites.
ÍNDICO
Meridiano de Greenwich

15º 15º
Trópico de Capricórnio
30º 30º
OCEANO
45º PACÍFICO
45º

60º Círculo Polar Antártico 60º


MAR GLACIAL ANTÁRTICO 0 4 960 km
165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º

Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar, 2017.

Autoavaliação
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tou dos assuntos trabalhados? Teve dificuldade ou ficou com dúvidas sobre algum assunto?

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