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Cristina Arrocha: Boa tarde Senhora Juriscleide. Fala pra gente, por que você veio ao
programa?
Juriscleide: Ah, minha vida é mais sofrida que a do Pablo, aquele das malas lá! É muito
ruim mesmo.
Cristina Arrocha: Como assim? Sua vida é ruim? Conte-nos por que você acha isso.
Juriscleide: Pois bem, veja só, tudo começou quando eu conheci o Deuzivaldo lá no Bar
do Fumaça, a gente era jove, bunito e pensava que sabia das coisa, mas nois num sabia
não. Mas aí nós tivemos uma filha, a Jurisvalda, depois disso nossa vida acabou!
Deuzivaldo foi despedido nunca mais arranjou emprego, e virou um bêbado, que nem
meu pai, hô bicho sem vergonha. Como se num bastasse não trabalhar, ainda gasta o
dinheiro que eu levo pra casa com a branquinha.
Juriscleide: Cachaça.
Cristina Arrocha: Vamos chamar o senhor Deuzivaldo pra esclarecer essa história né?
Entra aí Deuzivaldo.
[Deuzivaldo entra completamente bêbado, com a música "nois trupica, mas não cai"]
Deuzivaldo: Oi pessoal!
Cristina Arrocha: Seu Deuzivaldo, sua esposa disse que o senhor está desempregado,
isso é verdade?
Juriscleide: Mentira? Quando foi a última vez que você trabalhou seu traste?
Deuzivaldo: Hoje! Antes de eu vir pra cá passei no bar do Tiãozinho e ele disse assim:
Você dá trabalho, Deuzivaldo.
Cristina Arrocha: Temos um convidado muito especial essa noite. Nosso querido
psicólogo Dr. X nos deu a honra de sua presença. Por favor uma salva de palmas para
ele.
Cristina Arrocha: Disseram ainda que tem o vizinho, o motivo dele estar aqui eu não sei,
mas vamos descobrir né? Vem pra cá, Juvenal.
[Toca o refrão da música vizinho chato, do Thiago Brava]
Cristina Arrocha: Então você é o vizinho que sabe de tudo? Conta aí pra gente o que
você sabe.
Juvenal: Éééé tudo verdade! Esse aí ó, só sabe comer dormir as custas da pobre
Juriscleide. E num vou nem falar o que o povo ta comentando.
Cristina Arrocha: Senhor Juvenaldo, por favor, agora que começou, termine.
Juvenal: Hó, só vou falar o que me pediram. Parece que o Doutor aí, anda dando umas
voltinhas com a Cátia.
Juvenal: Cátia!
Deuzivaldo: É verdade! Toda semana eu vou dar umas voltinhas com ela!
Cristina Arrocha: Opa pessoal, acalma aí. Levanta todo mundo e vamos fazer a
meditação: 180, 180, 360. Agora que estão todos calmos, vamos chamar aquela que não
podia faltar, a sogra Deusilândia!
Deusilândia: Eu ainda vou ter que sentar do lado do Deuzivaldo? Eu não vou sentar do
lado dele, esse aí é um tremendo de um preguiçoso. Oi filhinha, cadê seu agasalho? Você
já fez um lanchinho agora de tarde? Juvenal! Vem cá dexa eu te contar um babado. Sabe
a Suzana? A mulher do peixeiro?
Cristina Arrocha interrompe: Dona Deusilândia, o que a senhora tem a dizer sobre o
caso?
Deusilândia: Sobre ele? Me arrependo amargamente de ter deixado minha filha se unir
com isso. Você sabia que ele nem queria casar? Deu um bucho pra minha fiha e não
queria assumir, mas a boba da minha filha quis casar assim mesmo e fez ele entrar na
igreja. Foi só casar que o sem vergonha parou de trabalhar.
Cristina Arrocha: Vamos ver o que o nosso psicólogo tem a dizer sobre isso.
Cristina Arrocha: Agora vamos apresentar a filha que deu origem à esse casamento,
vem pra cá Jurisvalda.
Cristina Arrocha: Jurisvalda, sua mãe se queixa de você não ajudar nas tarefas de casa.
Como mais velha você deveria ajudar.
Jurisvalda: Anem, ficar lavando banheiro, louça, limpando casa, isso não é pra mim.
Nãnão, de jeito nenhum.
Cristina Arrocha: Como assim, Jurisvalda? Você deveria ajudar sua mãe. O que que
custa?
Juriscleide: Rum, essa aí não faz nada, só sabe comer e dormir, que nem o pai. Ela
sente nojo de tudo! Não encosta numa panela suja, que bestera! Põe a boca, pra comer,
mas não põe a mão pra lavar. Quer ver um outro exemplo? Filha faz massagem no pé de
sua mãe. MÃE LEVANTA O PÉ E PÕE NO COLO DA FILHA QUE COMEÇA A GRITAR E
DESMAIA.
Cristina Arrocha: Então tá, né, pessoal. Depois dessa cena ilustre, vamos ver a opinião
de nosso psicólogo.
APÓS A OPINIÃO
Apresentador: Muito bem. Vamos para nosso último caso dessa família. Vamos dar as
boas vindas à Rigtler. Dizem que esse aí é estranho, viu.
Rigtler: Ficar trancado no meu quarto sem ninguém me incomodar. Eu também gosto de
maquiagem, maquiagem masculina.
Cristina Arrocha: Muito bem. E o que você gosta de fazer enquanto está no seu quarto?
Rigtler: Eu canto.
Cristina Arrocha: Sério? O Que você acha de cantar uma de suas canções prediletas
pra gente?
Lição: Parem! A família é o bem mais precioso que nós temos, como vocês não
percebem? No princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por esta razão, o
homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.
Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. O que Deus uniu, ninguém separa.
Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos
do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Vocês precisam ser bondosos e
compassivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os
perdoou em Cristo. Com o amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça divina,
podemos não somente vencer, mas evitar confusões. Por isso precisamos convidar Jesus
a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o filho de Deus tenha a primazia em
nossos lares.
Após a lição:
Câmera: Agora eu os convido para rezar com essa família e todas as famílias:
Pai nosso...