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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

SUMÁRIO

DADOS GERAIS DA EMPRESA ............................................................................................. 4

INTRODUÇÃO GERAL ........................................................................................................... 5

METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................... 5

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO ................................................. 14

ELETRICISTA............................................................................................................15

ENCANADOR ......................................................................................................... 25

MECÂNICO ............................................................................................................ 31

PINTOR .................................................................................................................. 42

SOLDADOR ............................................................................................................ 48

CRONOGRAMA DE INTERVENÇÃO ERGONÔMICA ........................................................... 52

CONCLUSÃO. ..................................................................................................................... 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ....................................................................................... 54


ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:

Razão Social Bona-Terceirização de Mão de Obra Para Logística Ltda


Endereço Av. Portugal, 1629 Brooklin Paulista São Paulo - SP
CEP 04.559-003
CNPJ 05.784.606/0001-89
C.N.A.E 52.50-8-04
Atividade Organização logística do transporte de carga
Grau de Risco 3

2. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA:

Interação Fisioterapia Ocupacional, Assessoria e Consultoria


Razão Social
Ergonômica Ltda
Endereço Rua Osasco, 786 Parque Novo Mundo Americana - SP
CEP 13467-512
CNPJ 13.134.947/0001-37
C.N.A.E 8650004
Contato (19) 99788-1321
Site www.interacaofisio.com.br

3. AVALIADORES RESPONSÁVEIS

ALINE APARECIDA DOS SANTOS MALAGUTTI


Fisioterapeuta do Trabalho / CREFITO 88765-F

MICHELE PEZZATI DE MORAES SIQUEIRA


Fisioterapeuta do Trabalho / CREFITO 79606-F

AILTON BATISTA DO PRADO


Engenheiro de Segurança do Trabalho / CREA-SP 506969334450

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

INTRODUÇÃO GERAL

A análise ergonômica é um estudo realizado sobre as condições de trabalho. Isso inclui a postura do
funcionário, a sobrecarga de peso que ele carrega, máquinas que manuseia, movimentos repetitivos,
iluminação, ruídos e ventilação no local, além de diversos outros fatores. Assim, é possível fazer um
levantamento completo para prevenir riscos que podem afetar tanto a saúde física como psicológica
dos seus colaboradores.

Nessa análise é construído um mapa de riscos ergonômicos, pelo qual são definidos os locais da empresa e
funções que são afetados por diferentes categorias. Dessa forma, é possível estabelecer medidas
de proteção, como ações que diminuem os riscos e a exposição dos seus funcionários a eles.

OBJETIVOS, DEMANDA E COLETA

O presente estudo tem como objetivo realizar a Análise Ergonômica do Trabalho para a empresa
Bona – Terceirização de Mão de Obra para Logística Ltda., no Almoxarifado Interno e Externo
localizado na empresa Goodyear do Brasil e descrever o posto de trabalho e suas funções
correspondentes; assim como avaliar a biomecânica nas diferentes atividades e sugerir soluções
ergonômicas visando um melhor desempenho e bem estar dos funcionários.

Atender aos requisitos da NR-17 Ergonomia, da Portaria nº 3.214/78 – Segurança e Medicina do


trabalho, do Ministério do Trabalho e emprego.

Data da Coleta: 17/03/2023

METODOLOGIA E CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO


As funções foram avaliadas de forma qualitativa e quantitativa, além do método de observação
in loco para as análises biomecânicas, organizacionais e comportamentais, em todas as
atividades. Seguem os seguintes critérios e ferramentas:

 Aplicação das Normas Regulamentadoras nº 17 – Ergonomia e nº 11 – Transporte,


Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
 KIM - Movimentação de Cargas e KIM – Empurrar e Puxar
 Equação de Levantamento de NIOSH / Índice De Levantamento
 ROSA
 RULA (Rapid Upper Limb Assessment)

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 Suzanne Rodgers

EQUAÇÃO DE LEVANTAMENTO DE NIOSH

Em 1980, nos Estados Unidos, sob iniciativa do National Institute for Ocupational Safety and
Health – NIOSH, patrocinou-se o desenvolvimento de um método para determinar a carga
máxima a ser manuseada e movimentada manualmente numa atividade de trabalho – NIOSH –
Work Practices Guide for Manual Lifting (1981). Durante o desenvolvimento deste critério,
chegou-se à conclusão de que, para formular um critério consistente, este, deveria levar em
conta quatro aspectos: o epidemiológico, o psicológico, o biomecânico e o aspecto fisiológico.

O critério NIOSH foi revisto em 1991 tendo sido refeitas tais recomendações, tendo sido proposto
então o LIMITE DE PESO RECOMENDADO (RWL) e o índice de levantamento (L.I.).

Para o estabelecimento destes dois índices, o grupo preferiu estabelecer que para uma situação
qualquer de trabalho de levantamento manual de cargas, existe um limite de peso recomendado
(RWL), cuja fórmula de cálculo é dada, consiste na multiplicação da constante 23 (LC) e mais seis
variáveis. Uma vez calculado o RWL, compara-se o valor da carga real com o RWL, obtendo-se
então o LI (índice de levantamento), que é a relação entre o peso real e o RWL.

Quando o valor obtido do índice de levantamento for menor que 1,0, a chance de ocorrência de
lesão músculo esquelética será considerada de baixo risco, podendo considerar que o
trabalhador estará trabalhando em condição segura; se a relação for entre 1 a 2, aumenta-se o
risco; se a situação de trabalho apresentar o valor maior que 2, tão mais aumentada é a chance
de aparecimento de lesões musculoesqueléticas.

A fórmula de cálculo do limite de peso recomendado:

 LPR : LC X HM X VM X DM X AM X FM X CM
 HM (25/H): Fator que determina a distância horizontal do indivíduo à carga
 VM (1-0,0075|VC/2,5-30): Fator que determina a altura vertical da carga
 DM (0,82 + 4,5/D): Fator que determina a distância vertical de deslocamento da carga
 AM: Fator relacionado a frequência de levantamento de carga (calculado em minutos).
 FM (1- 0,0032 X A): Fator de rotação lateral do corpo
 CM: Fator relacionado a qualidade da pega.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

Definições de dados e terminologia

A lista de definições abaixo poderá ser usada para aplicação da equação revisada NIOSH. A
descrição detalhada de cada termo será discutida nas seções individuais posteriores, incluindo
os métodos para tomar as medidas e exemplos de aplicação.

 Tarefa de Levantamento: Definido como o ato de manusear um objeto de tamanho e


massa conhecidos com as duas mãos, sem assistência mecânica com movimento vertical
do objeto.
 Peso da Carga (L): Peso do objeto a ser levantado/abaixado, em quilogramas, incluindo o
container.
 Localização Horizontal (H): Distância entre as mãos e o ponto médio
dos tornozelos, em Centímetros (medir a origem e o destino da
tarefa).
 Localização Vertical (V): Distância entre as mãos e o piso, em centímetros, (medir a
origem e o destino da tarefa). Veja a figura 1.

 Distância Vertical Percorrida (D): Valor absoluto entre as distâncias verticais da origem e
o destino da tarefa, em centímetros.

 Ângulo Assimétrico (A): Medida angular entre o frontal do trabalhador e o objeto, entre
o início e término da tarefa, em graus. (Medir a origem e o final da tarefa). Veja figura 2.

 Posição Neutra do Corpo: Descreve a posição do corpo, quando as mãos estão


diretamente à frente e há o mínimo de torção das pernas, tronco ou ombros.
 Frequência da Tarefa: É a média entre o número de tarefas por minuto acima do período
de 15 minutos.

 Duração da Tarefa: A duração da tarefa pode ser especificada pela distribuição do tempo
de trabalho e de recuperação (modelo de trabalho). A duração é classificada como curta
(01 hora), moderada (1 a 2 horas), ou longa (2 a 8 horas), dependendo do modelo de
trabalho.
Classificação: A classificação da qualidade da pega pode ser boa, razoável ou pobre.
CÁLCULOS DAS VARIÁVEIS
Componente Horizontal 2015: Distância entre o ponto médio dos tornozelos e o ponto médio
da pega das mãos (Centro da carga), em centímetros (medir a origem e o destino da tarefa).
Multiplicador Horizontal (HM): O Multiplicador Horizontal é dado por 23/H, para H medido em
centímetros.
Se H é menor que 25 cm, então o multiplicador HM é igual a 1,0. HM decresce com o aumento
do valor de H.

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Se H é maior que 63 cm, então HM é igual a zero.


Componente vertical: Distância entre as mãos e o piso, em centímetros, (medir a origem e o
destino da tarefa). V é medido verticalmente do piso ao ponto médio de agarre das mãos.

Multiplicador vertical: Para determinar o Multiplicador Vertical (VM), o valor absoluto ou desvio
de V em relação a altura ideal de 75 cm deve ser calculada. A altura de 75 cm é a medida entre
as articulações dos dedos das mãos ao piso, de uma pessoa média (1,65cm).

Quando V é igual a 75 cm, o Multiplicador Vertical é igual a 1,0. O valor de VM decresce


linearmente com o aumento ou diminuição do valor V a partir de 75 cm. Ao nível do piso, VM é
igual a 0,78 a 175 cm VM é igual a 0,7. Se V é maior que 175 cm, então VM é igual a zero.

Componente de distância percorrida: O valor absoluto entre as distâncias verticais de origem e


o destino da tarefa, em centímetros. Para levantamentos de carga, D pode ser calculado pela
subtração entre a Localização Vertical (V) do destino e da origem da carga. Para colocação da
carga, pela subtração da origem do destino.

Multiplicador da distância vertical percorrida: O multiplicador da distância (DM) é (0,82 +


(4,5/D)). Para D menor que 25 cm, deve se considerar D= 25 cm, e DM é igual a 1,0. O
multiplicador da distância decresce gradualmente com o aumento da distância percorrida D. Para
D = 175 cm, DM = 0,85. Portanto a faixa DM está entre 1,0 e 0,85.

Componente Assimétrico: Assimetria refere-se ao levantamento que indica e termina fora do


plano sagital médio do trabalhador. Em geral o levantamento assimétrico pode ser evitado. Nos
casos inevitáveis, há uma significativa redução dos limites utilizados para um levantamento
simétrico.

Multiplicador assimétrico: O multiplicador assimétrico (AM) é dado pela equação 1-


(00,0032XA). Onde A é o ângulo de assimetria do tronco em relação aos pés. O valor máximo de
AM é 1.0, quando a carga é manuseada diretamente a frente do corpo. O valor de AM decresce
linearmente com o aumento do ângulo de assimetria (A). Para A = 135º, AM = 0,57. Se A é maior
que 135º, então AM=0, e a carga é igual a zero.

Componente da frequência: O multiplicador da Frequência é definido pelo número de


levantamentos por minuto (frequência), o montante de tempo envolvido da atividade de
levantamento (duração) e a distância vertical do objeto para o piso. A frequência do

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levantamento refere-se à média de tarefas realizadas por minuto, medidas num período maior
que 15 minutos.

Duração da tarefa: A duração da tarefa é classificada em três categorias, curta/moderada/longa.


Estas categorias são baseadas no padrão de tempo de trabalho contínuo e tempo de trabalho
para recuperação.

1. Trabalho de curta duração é definido como tarefas de 1 hora ou menos, com tempo de
recuperação de 1.2 vezes do tempo de trabalho.
2. Trabalho de duração moderada é definido como tarefas de 1 à 2 horas, com tempo de
recuperação de 0.3 vezes do tempo de trabalho.
3. Trabalho de longa duração é definido como tarefas que tem a duração entre 2 à 8 horas,
não há pesos admitidos para tarefas com duração superior a 8 horas.

Multiplicador da Frequência (FM): O Multiplicador da Frequência (FM) é obtido diretamente na


tabela 1, a partir dos dados acima. Para tarefas com frequência menor que 0.2 por minuto
considere 0.2 tarefas/minuto. Para tarefas não frequentes (F< 0.1 tarefas/minuto), mas com
tempo suficiente de recuperação, devemos utilizar a categoria curta duração (1 hora).

Componente de Pega: A pega natural das mãos no objeto pode afetar, não só a força máxima
que o operador deve exercer, mas também a localização vertical das mesmas, durante o
levantamento. Uma boa pega irá reduzir a força máxima requerida e aumentar o peso aceitável
de levantamento, enquanto uma pega pobre irá aumentar esta força e reduzir o peso aceitável.
O analista deve classificar a pega em boa, razoável ou pobre.

1. Uma alça ótima tem 1.9 a 3.8 cm de diâmetro, 12 cm de largura, 6.5 cm de espaço para
mãos.
2. Um espaço para pega ótimo tem 3.8 cm de altura, 12 cm de largura, contorno semioval,
espaço de 5 cm para os dedos/mãos, superfície lisa, mas não escorregadia e 0.6 cm de
espessura do recipiente.
3. O recipiente ideal tem 40 cm de largura frontal, 30 cm de altura, superfície lisa,
mas não escorregadia
4. O trabalhador deve ser capaz de introduzir os dedos sob a caixa de papelão com um
ângulo de 90°.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

5. O recipiente não é considerado ótimo quando sua largura frontal for maior que 40 cm,
altura maior que 30 cm, rugosa ou escorregadia superfície, quinas vivas, centro de massa
assimétrico, conteúdo instável ou é requerido o uso de luvas.
6. O trabalhador pode ser capaz de pegar o objeto confortavelmente, sem desvios
excessivos de Punho ou posturas forçadas, e a pega não deve requerer força
excessiva.
Considerações importantes:
Características de um contêiner ou caixa de boa qualidade:
 Comprimento: 40 cm
 Altura: 30 cm
 Superfície de alguma compressibilidade e não derrapante.
Características de uma alça ótima ou de ponto de pega ótimo

 Alça de formato cilíndrico, superfície com algum grau de compressibilidade, não


derrapante, diâmetro de 1,8 a 3,7 cm, comprimento maior ou igual a 11 cm, espaço para
caber as mãos de no mínimo 5 cm.
 O corte para a pega numa caixa oval deve ter uma altura de no mínimo 7,5 cm,
comprimento maior ou igual a 11cm, forma semioval, espaço para os dedos de no mínimo
3,2 cm, superfície com algum grau de compressibilidade e largura de contêiner de no
mínimo 1,0 cm.
 Possibilidade de flexão dos dedos próximo a 90 graus debaixo da caixa.

Índice de Levantamento

Como definido anteriormente, o Índice de Levantamento (LI) fornece a estimativa relativa do


estresse físico associado ao trabalho manual de levantamento. LI = Peso do Objeto = L = Limite
de Peso Recomendado RWL 2015

Este critério de análise de carregamento de pesos foi desenvolvido pelo National Institute for
Occupacional Safety and Health (NIOSH, EUA). Durante o desenvolvimento deste critério,
chegou-se à conclusão de que, para formular um critério consistente, este, deveria levar em
conta quatro aspectos: o epidemiológico, o psicológico, o biomecânico e o aspecto fisiológico.

O critério NIOSH foi revisto em 1991 tendo sido refeitas tais recomendações, tendo sido proposto
então o LIMITE DE PESO RECOMENDADO (R.W.L) e o índice de levantamento (L.I.).

Para o estabelecimento destes dois índices, o grupo preferiu estabelecer que para uma situação
qualquer de trabalho de levantamento manual de cargas, existe um limite de peso recomendado

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

(L.P.R), cuja fórmula de cálculo é dada, consiste na multiplicação da constante 23 e mais seis
variáveis. Uma vez calculado o LPR, compara-se o valor da carga real com o LPR, obtendo-se
então o IL (índice de levantamento), que é a relação entre o peso real e o LPR.

Quando o valor obtido do índice de levantamento for menor que 1,0, a chance de ocorrência de
lesão músculo esquelética será considerada de baixo risco, podendo considerar que o
trabalhador estará trabalhando em condição segura; se a relação for entre 1 a 2, aumenta-se o
risco; se a situação de trabalho apresentar o valor maior que 2, tão mais aumentada é a chance
de aparecimento de lesões musculoesqueléticas.

A fórmula de cálculo do limite de peso recomendado:

 LPR: 23 X FDH X FAV X FDVP X FFL X FRLT X FQPC


 FDH (25/H): Fator que determina a distância horizontal do indivíduo à carga
 FAV (1-0,0075|VC/2,5-30): Fator que determina a altura vertical da carga
 FDVP (0,82 + 4,5/D): Fator que determina a distância vertical de deslocamento da
carga
 FFl: Fator relacionado a frequência de levantamento de carga (calculado em minutos).
Ver figura 3.
 FRLT (1- 0,0032 X A): Fator de rotação lateral do corpo
 FQPC: Fator relacionado a qualidade da pega
Interpretação para resultados de LI

Quando LI < 1,0, considera-se que a atividade apresenta baixo risco de gerar lesões.

Se LI >= 1,0, admite-se que a atividade apresenta risco moderado.

Se LI >= 2,0, admite-se que a atividade apresenta alto risco.

ROSA

O método ROSA (Rapid Office Strain Assessment) é uma dessas ferramentas, sendo um checklist
baseado em diagrama que auxilia o ergonomista a quantificar rapidamente os fatores de risco
específicos do trabalho com computador através da postura e equipamentos no local de trabalho
avaliado. ROSA foi criada a partir das 5 posturas mais comumente tomadas pelos trabalhadores.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

Para cada postura frequente, foram analisados dados estatísticos para estudo de relação com o
que foi coletado previamente.

RULA (RAPID UPPER LIMB ASSESSMENT)

O método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) foi desenvolvido por Lynn McAtamney e Nigel
Corlett (1993) na Universidade de Nottingham. É um método ergonómico que investiga a
exposição dos trabalhadores aos fatores de risco associados ao membro superior, tais como
postura, contração muscular estática, repetição, força e alcance. RULA é uma ferramenta de
seleção que avalia o corpo biomecânico e postural e que foi criada para detetar posturas de
trabalho ou fatores de risco que mereçam uma atenção especial. Através do método RULA são
identificados distúrbios dos membros superiores relativos ao trabalho. Este método tem como
grande vantagem permitir fazer uma avaliação inicial rápida de um grande número de
trabalhadores. É um método similar ao OWAS, que tem um grande nível de fiabilidade e
determina 4 níveis de ação de acordo com valores (pontos) que são obtidos a partir da avaliação
de cada fator de exposição (braço, antebraço, pulso, pescoço, tronco, pernas). A sua aplicação
resulta de um risco descrito por pontos variando entre 1 e 7. As pontuações mais altas significam
um nível de risco mais elevado.

KIM - MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS E KIM – EMPURRAR E PUXAR

O Key Indicator Method (KIM) foi desenvolvido pelo Federal Institute for Occupational Safety and
Health (Bundesanstalt für Arbeitschutz und Arbeitsmedizin – BAuA) e pelo Regional Committee
of Occupational Safety and Safety Techniques (Länderausschuss für Arbeitsschutz und
Sicherheitstechnik – LASI) da Alemanha, em estreita colaboração com os profissionais,
representantes de segurança, médicos da empresa, entidades patronais e associações de
trabalhadores, seguradoras e institutos científicos.

A primeira publicação surgiu em 1996, tendo sido publicadas as versões finais em 2001 e 2002.
O método KIM disponibiliza ferramentas para cada um dos seguintes conjuntos de tarefas:

KIM levantar/baixar, segurar e transportar e KIM puxar ou empurrar uma carga

Os indicadores são:

 Duração da tarefa de Movimentação Manual de Cargas (MMC) em relação ao período


diário de trabalho;

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

 Modo, nível e frequência, ou duração, da aplicação de forças;


 Postura e movimento da cabeça, tronco, dedos, mãos, braços, ombros e pernas;
 Exigências organizacionais, tais como tempo, pausas e fluxo de trabalho;
 Condições ambientais do local de trabalho.

As etapas envolvidas na avaliação são as determinações:

 Pontuação para o tempo;


 Pontuação para a carga;
 Pontuação da postura e da posição da carga;
 Pontuação das condições de trabalho;
 Pontuações de risco.

SUZANNE RODGERS

O método Sue Rodgers é um método validado e normatizado de avaliação ergonômica da situação


de trabalho. Este método tem sido usado por grandes empresas como a Ford, na Espanha, por
exemplo. O método de análise Sue Rodgers consiste em avaliar: O esforço; a duração e a frequência
requeridos por cada parte do corpo para se realizar uma tarefa.

Esta avaliação exige que o analista avalie a interação do nível do esforço, duração do esforço antes
do relaxamento (ou antes de passar para um nível menor de esforço), e a frequência de ativação
dos músculos por minuto para cada grupo de músculos. Após esta etapa (coleta dos parâmetros
descritos acima), pode-se fazer uma predição da fadiga muscular e, portanto, o nível exigido pela
tarefa. É acompanhado de um formulário (percepção subjetiva do esforço) com graduação do
esforço, da duração e a frequência para cada parte do corpo em separado, de 1 a 3. Quanto ao
índice utilizado para a redução de risco (RPS - Redução do Potencial de Severidade), este é usado a
fórmula.

MEDIDAS DE CONTROLE

Contempla as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, minimização ou controle dos


riscos nos locais de trabalho sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
1. Identificação na fase de antecipação de riscos potenciais a saúde;
2. Constatação na fase de reconhecimento de riscos evidentes a saúde;
3. Nexo causal entre danos a saúde e a situação de trabalho.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

UNIVERSO ANALISADO

POPULAÇÃO GERAL Quantidade %

% HOMENS 22 100%

% MULHERES 0 0%

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO

DEPARTAMENTO: MANUTENÇÃO

FUNÇÕES: ELETRICISTA, ENCANADOR, MECÂNICO, PINTOR E SOLDADOR

As tarefas descritas e avaliadas na análise ergonômica são executadas nas dependências da


fábrica Goodyear do Brasil Produtos de Borracha LTDA, localizada na ......

AMBIENTE GERAL DA OFICINA COMPARTILHADA

Foto 1

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

FUNÇÃO – ELETRICISTA

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO (ÕES):

Eletricista - Realiza os serviços de manutenção corretiva, preventiva e preditiva, sob responsabilidade


da área de utilidades da goodyear, campo de prova. Abrange manutenção de todos os itens no campo
de prova.

ANÁLISE D0 TRABALHO

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS


DE TRABALHO
ELETRICISTA PRENSA B1
Bancada 1 – Está localizada na oficina no campo
de prova e serve de apoio para materiais e alguns
trabalhos rápidos (Foto 2).
Altura – 88 cm
Largura – 60 cm
Comprimento – 150 cm

Bancada 2 – Está localizada na oficina no campo


de prova e serve para trabalhos de solda e outros
Foto 2 reparos, utilizando a banqueta (Foto 3).
Altura – 90 cm
Largura – 80 cm
Comprimento – 220 cm
As bancadas atende aos requisitos ergonômicos
da NR-17 (17.6.3)

Banqueta alta(modelo cadeira) - estofada e


revestida em corino preto, não possui rodinhas
Foto 3 nem apoios de braços, tem cinco pés de apoio que
permite estabilidade para execução das
atividades de precisão realizadas, ajuste de altura
do assento e encosto, mecanismos fáceis de
serem operados, bordas do assento e encosto
arredondadas (Foto 4).
Por ser utilizada em serviços rápidos, a banqueta
atende aos requisitos ergonômicos da NR-17
(17.6.6), porém os modelos com apoios para os
pés deixariam a postura do eletricista correta.
Foto 4

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

Equipamentos de trabalho – consiste em


ferramentas especificas do trabalho como: chaves
isoladas, multimetro, parafusadeira, ferro de
solda, escala, alicate, tesoura articulada, chave
philips, luva, entre outros, e o uso dos EPI´s
(Equipamentos de Segurança Individual)
especificos - luva térmica de isolamento e de
borracha (Foto 5).

Foto 5

ATIVIDADE – ELETRICISTA PRENSA B1 ANÁLISE POSTURAL

Devido às suas características, o trabalho é


executado em pé e agachado.

Nas atividades observadas, o eletricista realiza a


manutenção corretiva na área industrial, a
atividade consiste em trocar as lâmpadas de
sinalização (Foto 6) do painel nas prensas da
vulcanização de pneu passageiro radial, na divisão
B1, dentro da fábrica Goodyear do Brasil Produtos
de Borracha LTDA.
Apresenta variações na posição do tronco,
membros superiores e membros inferiores,
dependendo da atividade a desenvolver.

TRABALHO EM PÉ: apoio em ambas as pernas,


leve extensão de pescoço, tronco neutro, flexão
de ombros a 90°, extensão e leve flexão de
cotovelo, leve flexão de punho e preensão palmar
para segurar com precisão a lâmpada.
Altura do painel – 180 cm

Foto 6

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


ELETRICISTA PAINEL PRENSAS B1 (FOTO 6)

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANALISE DE RESULTADO RULA


PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES
PONTUAÇÃO 4 - NÍVEL MÉDIO
Manter a alternância da postura nas posições em pé
e sentado; para cada hora trabalhada um intervalo
Usar carrinho de apoio para não precisar abaixar
O posto de trabalho atende as necessidades para utilizar os equipamentos e materias de
ergonômicas, sendo pontuação 4 com NÍVEL manutenção
MÉDIO de Risco, porém é necessário
melhorias continuas visando a postura Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada
adequada do trabalhador, e alternâncias de diariamente
posição (em pé e sentado) para evitar DORT Reciclar periodicamente colaboradores em boas
(Doenças Osteomusculares Relacionadas ao práticas ergonômicas e de organização do posto de
trabalho
Trabalho) / LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
Orientar e treinar, de forma satisfatória, os
funcionários em boas práticas ergonômicas, para
que os mesmos tenham consciência corporal e de
posicionamento adequado durante sua atividade de
trabalho.

ATIVIDADE – ELETRICISTA CAMPO DE PROVAS ANÁLISE POSTURAL

Devido às suas características, o trabalho é


executado em pé, agachado ou sentado.
Durante o período observado, o eletricista realiza
a atividade agachado (foto 7) para instalar um
equipamento de medição de consumo de energia
e sentado (Foto 8) para soldar uma placa.
Apresenta variações na posição do tronco,
membros superiores e membros inferiores,
dependendo da atividade a desenvolver.

TRABALHO AGACHADO: Posição agachado, flexão


de joelho e quadril, apoio em ambos os pés, mais
na região de antepé, leve flexão de pescoço e
Foto 7 tronco, flexão de ombros, leve flexão cotovelo,
desvio ulnar e rotação de punho e preensão
palmar para segurar a ferramenta com precisão.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

TRABALHO SENTADO: Posição sentada, pés


apoiados nos pés da cadeira (não tem descanso de
pés circular), pescoço e tronco fletidos, membros
superiores apoiados na mesa e punho direito em
flexão, preensão palmar com manejo fino para
segurar a solda e mão esquerda apoia a placa de
circuito.

Foto 8

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


ELETRICISTA CAMPO DE PROVA (FOTO 7)

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


ELETRICISTA CAMPO DE PROVA – SENTADO (FOTO 8)

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANALISE DE RESULTADO RULA


PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES
PONTUAÇÃO 5 E 7 - NÍVEL MÉDIO
Manter a alternância da postura nas posições em pé
e sentado; para cada hora trabalhada um intervalo
Realizar a substituição da banqueta alta atual por
O posto de trabalho atende as necessidades outra com apoio de pés, ou escolher banquetas
ergonômicas, sendo pontuação 5 – 7, com altas ergonômicas com ajustes de altura para
Risco de NÍVEL MÉDIO, porém é necessário trabalhos de bancada.
melhorias continuas visando a postura
adequada do trabalhador, e alternâncias de Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada
posição (em pé e sentado) para evitar DORT diariamente
(Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Manutenção das ferramentas e equipamentos de
Trabalho) / LER (Lesão por Esforço Repetitivo). trabalho e manter o ambiente de trabalho sempre
limpo e organizado (compartilhados com os
colaboradores da Goodyear).
Reciclar periodicamente colaboradores em boas
práticas ergonômicas e de organização do posto de
trabalho
Orientar e treinar, de forma satisfatória, os
funcionários em boas práticas ergonômicas, para
que os mesmos tenham consciência corporal e de
posicionamento adequado durante sua atividade de
trabalho.

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO / CONFORTO TÉRMICO:

As avaliações das condições ambientais do trabalho (Iluminação e Ruído) e conforto térmico poderam ser
consultadas no LTCAT realizada em 25/06/2022 pela empresa GT Instrutores Assessoria.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

NORMAS DE Contempladas nas respectivas descrições de cargo, diretrizes e


PRODUÇÃO: políticas da empresa aplicáveis a cada setor/atividade.

EXIGÊNCIA DE TEMPO / Depende do serviço a ser executado. Em sua maioria o colaborador


CONTEÚDO DO TEMPO: controla o tempo.

RITMO DE TRABALHO: Determinado pelos colaboradores.

HORÁRIOS DE Segunda a Quinta-feira 7:00 às 17:00

23
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

TRABALHO Sexta-feira das 7:00 às 16:00

Refeição: intervalo de 1 hora diário

ADOÇÃO DE RODÍZIOS E As pausas são informais e administradas com liberdade pelos


PAUSAS COMO colaboradores. Por se tratar de atividades com requisitos específicos
INSTRUMENTOS DE de qualificação profissional não há rodízio com outros postos de
REGULAÇÃO: trabalho.

Qualificação profissional compatível com a atividade exercida. Novos


TREINAMENTO / funcionários passam por integração comportamental e de segurança
INTEGRAÇÃO: com meio período de duração ministrada pelos técnicos de segurança
do trabalho.
OUTROS FATORES
Nenhum fator relevante
CONTRIBUTIVOS:

24
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

FUNÇÃO - ENCANADOR

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO (ÕES):

Encanador - Operacionalizam projetos de instalações de tubulações, definem traçados e


dimensionam tubulações, especificam, quantificam e inspecionam materiais, preparam locais para
instalações, realizam pré-montagem e instalam tubulações. Realizam testes operacionais de pressão
de fluidos e testes de estanqueidade. Protegem instalações e fazem manutenções em equipamentos
e acessórios.

ANÁLISE DO TRABALHO - ENCANADOR

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E


DE TRABALHO EQUIPAMENTOS

Equipamentos de trabalho – chave combinado,


grifo, dobrador, grampeador, lixadeira elétrica
ente outros.

Responsável por identificar e dimensionar


através do projeto os pontos para executar a
tubulação, bem como fazem testes de pressão de
fluidos e estanqueidade.

O encanador executa tarefas de instalações de


Foto 9 tubulações (Foto 9), realizada esta nas prensas da
vulcanização de pneus na área da divisão de
pneus Unisteel (caminhão).

25
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ATIVIDADE – ENCANADOR ANÁLISE POSTURAL

Durante o período observado, o encanador


realiza a atividade em pé e agachado, tem
variações na posição do tronco, membros
superiores e membros inferiores, isso depende
da atividade a desenvolver.

Relata que ocorre revezamento da posição;


segundo informações do funcionário avaliado o
tempo de cada atividade é na média de 20 a 30
minutos em pé e 10 a 15 minutos abaixado.

TRABALHO EM PÉ: apoio em ambas as pernas,


Foto 10 flexão de pescoço e tronco, flexão de ombros,
extensão e leve flexão de cotovelo (depende da
atividade), leve flexão e desvio ulnar de punho e
preensão palmar para segurar o material
(ferramenta) com precisão (Foto 10).

TRABALHO AGACHADO: flexão de joelho e


quadril, apoio em ambos os pés, mais na região
de antepé, flexão de pescoço e tronco, flexão de
ombros, flexão de cotovelo, leve flexão, desvio
ulnar e rotação de punho e preensão palmar para
segurar o material (ferramenta) com precisão
(Foto 11).
Foto 11

26
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


TRABALHO NA POSIÇÃO EM PÉ (FOTO 10)

27
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


TRABALHO NA POSIÇÃO AGACHADO (FOTO 11)

28
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DE RESULTADO REBA PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES


PONTUAÇÃO 11 – NÍVEL DE RISCO ALTO

Uso da ferramenta correta para cada demanda de


trabalho

Manutenção das ferramentas

Uso correto de EPI`s (luvas, óculos de proteção,


protetor auricular, sapato de segurança e
vestuário)

De acordo com o critério de avaliação REBA o Alternância da postura nas posições em pé e


agachado;
posto de trabalho necessita de melhorias
ergonômicas com relação apostura, Alternância dos Membros Inferiores para realizar a
atividade quando agachado
apresentando pontuação 11, ou seja, RISCO
ALTO para a posição agachada, já na posição em Treinamento quanto ao posicionamento correto de
pé, a pontuação 5, considerado um RISCO Membros Inferiores:
MÉDIO, mas que também exige uma atenção - Um membro à frente do outro,
para a realização de algumas melhorias - Agachar e não deixar o joelho ultrapassar a linha
média do corpo
posturais para evitar possíveis DORT (Doença
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho) / Para cada hora trabalhada um intervalo
LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Orientar e instruir de forma satisfatória os
funcionários em boas práticas ergonômicas, para
que os mesmos tenham consciência corporal e de
posicionamento adequado durante sua atividade
de trabalho.
Treinar periodicamente os colaboradores em boas
práticas ergonômicas e de manutenção na
organização do posto de trabalho

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e


realizada diariamente

29
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO / CONFORTO TÉRMICO:

As avaliações das condições ambientais do trabalho (Iluminação e Ruído) e conforto térmico poderam ser
consultadas no LTCAT realizada em 25/06/2022 pela empresa GT Instrutores Assessoria.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

NORMAS DE Contempladas nas respectivas descrições de cargo, diretrizes e


PRODUÇÃO: políticas da empresa aplicáveis a cada setor/atividade.

EXIGÊNCIA DE TEMPO / Depende do serviço a ser executado. Em sua maioria o colaborador


CONTEÚDO DO TEMPO: controla o tempo.

RITMO DE TRABALHO: Determinado pelos colaboradores.

HORÁRIOS DE Segunda a Quinta-feira 7:00 às 17:00


TRABALHO Sexta-feira das 7:00 às 16:00

Refeição: intervalo de 1 hora diário

ADOÇÃO DE RODÍZIOS E As pausas são informais e administradas com liberdade pelos


PAUSAS COMO colaboradores. Por se tratar de atividades com requisitos específicos
INSTRUMENTOS DE de qualificação profissional não há rodízio com outros postos de
REGULAÇÃO: trabalho.

Qualificação profissional compatível com a atividade exercida. Novos


TREINAMENTO / funcionários passam por integração comportamental e de segurança
INTEGRAÇÃO: com meio período de duração ministrada pelos técnicos de segurança
do trabalho.
OUTROS FATORES
Nenhum fator relevante
CONTRIBUTIVOS:

30
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

FUNÇÃO - MECÂNICO

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO (ÕES):

Mecânico - Realiza as atividades de preparação do equipamento e periféricos tais como, tubulação,


suportes, proteções, alteração de plataforma e item relacionados à preparação para troca da caixa
de sabão completa.

ANÁLISE DO TRABALHO – MECÂNICO DE MANUTENÇÃO PRENSA B1

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E


DE TRABALHO EQUIPAMENTOS

Equipamentos de trabalho – consiste em


ferramentas especificas do trabalho como: chave
de fenda, chave inglesa, de boca, barra de ferro,
alicate, chave philips, luva, lixadeira elétrica, entre
outras e o uso dos EPI´s (equipamentos de
segurança Individual). Nesta atividade, o
mecânico realiza a manutenção in loco, ou seja, na
área fabril, a atividade consiste em fazer o suporte
da esteira de pneu vulcanizado (Foto 12) e
manutenção nas válvulas (de abrir e fechar) de ar
comprimido na área (Foto 13) das prensas de
vulcanização de pneu passageiro radial, na divisão
Foto 12
B1, dentro da fábrica em Americana da Goodyear
do Brasil Produtos de Borracha LTDA.

As atividades de manutenção são variadas e o


emprego de forças nas atividades de mecânica
instrumental depende do tipo de tarefa que está
sendo executada, incluindo ferramentas e
equipamentos requeridos e quais peças serão
manipuladas. Nas atividades apuradas
predominam requisitos de forças moderados com
manipulações eventuais de peças e componentes
com pesos inferiores a 25 quilos, limite
recomendado para homens para manipulações
não repetitivas.

Foto 13

31
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ATIVIDADE – MECÂNICO DE ANÁLISE POSTURAL


MANUTENÇÃO PRENSA B1

Devido às suas características, o trabalho é


executado em pé e agachado.

Durante o período observado, o mecânico


realiza a atividade em pé (manutenção de
válvulas – Foto 14) e agachado (suporte na
esteira – Foto 15), tem variações na posição do
tronco, membros superiores e membros
inferiores, isso depende da atividade a
desenvolver.
Foto 14
TRABALHO AGACHADO: flexão de joelho e
quadril, apoio em ambos os pés, mais na região
de antepé, flexão de pescoço e tronco, flexão de
ombros, flexão de cotovelo, flexão, desvio ulnar
e rotação de punho e preensão palmar para
segurar o material (ferramenta) com precisão.

TRABALHO EM PÉ: apoio em ambas as pernas,


flexão de pescoço e tronco, flexão de ombros,
extensão e leve flexão de cotovelo, leve flexão
Foto 15 de punho e preensão palmar para segurar com
precisão.

32
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT) DO POSTO DO


TRABALHO EM PÉ (FOTO 14)

33
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DE RESULTADO REBA


PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES
PONTUAÇÃO 4 – NÍVEL DE RISCO MÉDIO

Treinamento Postural, para orientação com relação ao


uso dos equipamentos de manutenção

Manutenção das ferramentas

Uso correto de EPI`s (luvas, óculos de proteção, protetor


auricular, sapato de segurança e vestuário)
De acordo com o critério de avaliação REBA
Alternância da postura nas posições em pé e sentado;
o posto de trabalho necessita de melhorias
para cada hora trabalhada um intervalo
ergonômicas com relação aos equipamentos
e postura, apresentando pontuação 4, ou
Organização do ambiente de trabalho
seja, RISCO MÉDIO, no entanto observamos
a necessidade de algumas melhorias Treinar periodicamente os colaboradores em boas
posturais para evitar possíveis DORT práticas ergonômicas e de manutenção na organização do
(Doença Osteomusculares Relacionadas ao posto de trabalho
Trabalho) / LER (Lesão por Esforço
Orientar e instruir de forma satisfatória os funcionários
Repetitivo).
em boas práticas ergonômicas, para que os mesmos
tenham consciência corporal e de posicionamento
adequado durante sua atividade de
trabalho.

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada


diariamente

34
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT) DO POSTO DO TRABALHO


AGACHADO (FOTO 15)

35
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DE RESULTADO REBA PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES


PONTUAÇÃO 11 – NÍVEL DE RISCO ALTO

Uso da ferramenta correta para cada demanda de


trabalho

Manutenção das ferramentas

Uso correto de EPI`s (luvas, óculos de proteção, protetor


auricular, sapato de segurança e vestuário)

Alternância da postura nas posições em pé e agachado;

Alternância dos Membros Inferiores para realizar a


atividade quando agachado
De acordo com o critério de avaliação REBA o
posto de trabalho necessita de melhorias Treinamento quanto ao posicionamento correto de
Membros Inferiores:
ergonômicas com relação aos equipamentos e
postura, apresentando pontuação 11, ou seja, - Um membro à frente do outro,
RISCO ALTO, no entanto observamos a - Agachar e não deixar o joelho ultrapassar a linha média
necessidade de algumas melhorias posturais do corpo
para evitar possíveis DORT (Doença
Para cada hora trabalhada um intervalo
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho) /
LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Orientar ou instruir de forma satisfatória os
funcionários em boas práticas ergonômicas, para que
os mesmos tenham consciência corporal e de
posicionamento adequado durante sua atividade de
trabalho.

Treinar periodicamente os colaboradores em boas


práticas ergonômicas e de manutenção na organização
do posto de trabalho

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada


diariamente

36
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DO TRABALHO – MECÂNICO DE MANUTENÇÃO PRENSA B2

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO DE ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E


TRABALHO EQUIPAMENTOS
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO PRENSA B2

Equipamentos de trabalho – consiste em


ferramentas (chave de fenda, chave inglesa, de
boca, barra de ferro, alicate, chave philips, luva,
EPI´s (equipamentos de segurança Individual
entre outros).
Nesta atividade, o mecânico realiza a manutenção
in loco, ou seja, na área fabril, a atividade consiste
em fazer a montagem do redutor de acionamento
da prensa da vulcanização de pneu unisteel, na
divisão B2, dentro da fábrica Goodyear do Brasil
Produtos de Borracha LTDA, essa atividade é
Foto 16 preventiva e planejada.
Quando não tem a atividade preventiva agendada
o mecânico auxilia nas funções corretivas junto à
equipe de mecânico da Goodyear.

Para execução de trabalhos mais pesados, os


mecânico podem utilizar as Talha (Foto 17), tanto
na oficina de apoio (Foto 17) como na área e
carrinho manual (Foto 18), conforme analisado os
equipamentos são adequados ao tipo de trabalho.

Foto 17
Dimensões do carrinho (Foto 18):
Apresenta alças de transporte
Altura: 105cm
Comprimento: 90 cm
Largura: 50 cm com.
Dimensões adequadas para o transporte,
manuseio e apoio de ferramentas e equipamentos

As atividades de manutenção são variadas e o


emprego de forças nas atividades de mecânica
instrumental depende do tipo de tarefa que está
sendo executada, incluindo ferramentas e
equipamentos requeridos e quais peças serão
Foto 18 manipuladas. Nas atividades apuradas

37
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

predominam requisitos de forças moderados com


manipulações eventuais de peças e componentes
com pesos inferiores a 25 quilos, limite
recomendado para homens para manipulações
não repetitivas.

ATIVIDADE – MECÂNICO DE MANUTENÇÃO ANÁLISE POSTURAL


PRENSA B2

Devido às suas características o trabalho é


executado em pé e dentro da prensa, em um nível
abaixo da máquina.

Durante o período observado, o mecânico realiza a


atividade em pé, tem variações na posição do
tronco, membros superiores e membros inferiores,
isso depende da atividade a desenvolver.

TRABALHO EM PÉ: dependendo da dinâmica, o


Foto 19
movimento ocorre em ambas as pernas, e às vezes
uma perna à frente da outra; flexão de pescoço e
tronco, flexão de ombros, extensão e flexão de
cotovelo, extensão, flexão e desvio ulnar e radial de
punho e preensão palmar para segurar a
ferramenta com precisão.

Foto 20

OBSERVAÇÃO: Recomendamos seguir os requisitos técnicos definidos no Anexo VIII (Prensas e


Similares) - da Norma Regulamentadora 12

38
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTRE BODY ASSESSMENT)


TRABALHO EM PÉ (FOTOS 19 – 20)

39
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DE RESULTADO REBA


PONTUAÇÃO 11 – NÍVEL DE RISCO PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES
ALTO
Treinamento Postural, para orientação com relação ao uso
dos equipamentos de manutenção

Manutenção das ferramentas

Uso correto de EPI`s (luvas, óculos de proteção, protetor


auricular, sapato de segurança e vestuário)

Alternância da postura nas posições em pé e sentado; para


cada hora trabalhada um intervalo

Alternância da postura nas posições em pé e agachado;

Alternância dos Membros Inferiores para realizar a atividade


De acordo com o critério de avaliação quando ficar em posições dinâmicas
REBA o posto de trabalho necessita de
Treinamento quanto ao posicionamento correto de Membros
melhorias ergonômicas com relação aos
Inferiores:
equipamentos e postura, apresentando
pontuação 11, ou seja, RISCO ALTO, no - Um membro à frente do outro,
entanto observamos a necessidade de - Agachar e não deixar o joelho ultrapassar a linha média do
algumas melhorias posturais para evitar corpo
possíveis DORT (Doença
Osteomusculares Relacionadas ao Organização do ambiente de trabalho
Trabalho) / LER (Lesão por Esforço
Repetitivo). Observar e orientar a equipe responsável pela manutenção
dos carrinhos de transporte, especialmente as rodas.

Treinar periodicamente os colaboradores em boas práticas


ergonômicas e de manutenção na organização do posto de
trabalho
Orientar e instruir de forma satisfatória os funcionários em
boas práticas ergonômicas, para que os mesmos tenham
consciência corporal e de posicionamento adequado durante
sua atividade de
trabalho.

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada


diariamente

40
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO / CONFORTO TÉRMICO:

As avaliações das condições ambientais do trabalho (Iluminação e Ruído) e conforto térmico poderam ser
consultadas no LTCAT realizada em 25/06/2022 pela empresa GT Instrutores Assessoria.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

NORMAS DE Contempladas nas respectivas descrições de cargo, diretrizes e


PRODUÇÃO: políticas da empresa aplicáveis a cada setor/atividade.

EXIGÊNCIA DE TEMPO / Depende do serviço a ser executado. Em sua maioria o colaborador


CONTEÚDO DO TEMPO: controla o tempo.

RITMO DE TRABALHO: Determinado pelos colaboradores.

HORÁRIOS DE Segunda a Quinta-feira 7:00 às 17:00


TRABALHO Sexta-feira das 7:00 às 16:00

Refeição: intervalo de 1 hora diário

ADOÇÃO DE RODÍZIOS E As pausas são informais e administradas com liberdade pelos


PAUSAS COMO colaboradores. Por se tratar de atividades com requisitos específicos
INSTRUMENTOS DE de qualificação profissional não há rodízio com outros postos de
REGULAÇÃO: trabalho.

Qualificação profissional compatível com a atividade exercida. Novos


TREINAMENTO / funcionários passam por integração comportamental e de segurança
INTEGRAÇÃO: com meio período de duração ministrada pelos técnicos de segurança
do trabalho.
OUTROS FATORES
Nenhum fator relevante
CONTRIBUTIVOS:

41
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

FUNÇÃO - PINTOR

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO (ÕES):

Pintor - Pintor de metais a pistola.

ANÁLISE DO TRABALHO – PINTOR

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO DE ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS


TRABALHO

Equipamentos de trabalho – consiste em tintas à base


de água, diversos tipos e formas de pincel, rolo para
pintura, fita crepe, lixa, espátula, pano de limpeza,
estopa, lona de proteção, bandeja para armazenar a
tinta, entre outros .

O pintor no ambiente industrial, é o trabalhador que


realiza pinturas em paredes, grades de proteção,
colunas metálicas, pisos e vias externa e internamente,
para isso, realiza a preparação da superfície para
receber a tinta, como limpeza, lixamento e/ou
aplicação de massa fina.
Foto 21

Quanto aos processos de pintura, primeiramente a


superfície deve ser limpa e lixada. Após a fase de
preparação, inicia-se a pintura com rolo e
posteriormente são realizados os acabamentos com
pincel nas partes em que o rolo não preenche.

Foto 22

42
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ATIVIDADE – PINTOR ANÁLISE POSTURAL


Trabalha na posição em pé, ajoelhado e/ou
agachado (depende da dimensão do trabalho a ser
executado – área grande ou pequena)

TRABALHO EM PÉ: apoio em ambas as pernas,


flexão de pescoço, leve flexão de tronco; ombro,
cotovelo e punho direito em flexo-extensão,
preensão palmar com manejo fino para segurar o
material (rolo pequeno e/ou pincel), executando o
deslizamento do mesmo na parede a ser pintada
(Foto 23).

TRABALHO AGACHADO: flexão do joelho e quadril,


Foto 23 apoio no pé esquerdo e joelho direto no chão,
flexão de pescoço e tronco, flexão de ombros,
flexão de cotovelo, punho direito em flexo-
extensão, preensão palmar com manejo fino para
segurar o material (rolo pequeno e/ou pincel),
executando o deslizamento do mesmo na parede a
ser pintada (Foto 24).

Foto 24

43
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTIRE BODY ASSESSMENT)


TRABALHO EM PÉ (FOTO 23)

44
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – REBA (RAPID ENTIRE BODY ASSESSMENT)


TRABALHO AGACHADO (FOTO 24)

45
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ANÁLISE DE RESULTADO REBA PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES


PONTUAÇÃO 8 – NÍVEL DE RISCO ALTO

Uso da ferramenta correta para cada demanda de


trabalho

Extensor de alumínio para o cabo do rolo

Aquisição de ferramentas com material mais leve


e ergonômico (pincel, rolo de pintura, balde de
De acordo com o critério de avaliação REBA o
tinta)
posto de trabalho não atende as necessidades
Acomodar a lata com a tinta próximo e na altura
ergonômicas com relação aos equipamentos e
da cintura, evitando fazer a flexão do tronco para
postura, apresentando pontuação 8, ou seja, pegar a tinta
nível de RISCO ALTO, e na posição agachado,
Manutenção das ferramentas e manter o
pontuação 7, RISCO MÉDIO, foi no entanto
ambiente de trabalho sempre limpo e organizado
observamos a necessidade breve de algumas (espaços compatilhados com os colaboradores da
melhorias posturais para evitar possíveis DORT Goodyear)
(Doença Osteomusculares Relacionadas ao Uso correto de EPI`s (luvas, óculos de proteção,
Trabalho) / LER (Lesão por Esforço Repetitivo). protetor auricular, máscara, entre outros)

Treinar periodicamente os colaboradores em boas


práticas ergonômicas e de manutenção na
organização do posto de trabalho

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e


realizada diariamente

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO / CONFORTO TÉRMICO:

As avaliações das condições ambientais do trabalho (Iluminação e Ruído) e conforto térmico poderam
ser consultadas no LTCAT realizada em 25/06/2022 pela empresa GT Instrutores Assessoria.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

NORMAS DE Contempladas nas respectivas descrições de cargo, diretrizes e


PRODUÇÃO: políticas da empresa aplicáveis a cada setor/atividade.

EXIGÊNCIA DE TEMPO / Depende do serviço a ser executado. Em sua maioria o colaborador


CONTEÚDO DO TEMPO: controla o tempo.

RITMO DE TRABALHO: Determinado pelos colaboradores.

HORÁRIOS DE Segunda a Quinta-feira 7:00 às 17:00


TRABALHO Sexta-feira das 7:00 às 16:00

Refeição: intervalo de 1 hora diário

ADOÇÃO DE RODÍZIOS E As pausas são informais e administradas com liberdade pelos


PAUSAS COMO colaboradores. Por se tratar de atividades com requisitos específicos
INSTRUMENTOS DE de qualificação profissional não há rodízio com outros postos de
REGULAÇÃO: trabalho.

Qualificação profissional compatível com a atividade exercida. Novos


TREINAMENTO / funcionários passam por integração comportamental e de segurança
INTEGRAÇÃO: com meio período de duração ministrada pelos técnicos de segurança
do trabalho.
OUTROS FATORES
Nenhum fator relevante
CONTRIBUTIVOS:

47
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

FUNÇÃO - SOLDADOR

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO (ÕES):

Soldador - Unem e cortam peças de ligas metálicas, usando processo de soldagem e corte tais como
eletrodo revestido, tig, mig, mag, oxigás, arco submerso, brasagem, plasma. Preparam
equipamentos, acessórios, consumíveis de soldagem e corte e peças a serem soldadas. Aplicam
estritas normas de segurança, organização do local de trabalho e meio ambiente.

AMBIENTE GERAL DA OFICINA COMPARTILHADA – LOCAL DE SOLDA

Foto 25

ANÁLISE DO TRABALHO – SOLDADOR

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DO POSTO ANÁLISE DO MOBILIÁRIO E


DE TRABALHO EQUIPAMENTOS
Equipamentos de trabalho – consiste em
ferramentas especificas para soldar, como:
máquina de solda, Porta eletródos, canetas de
soldar e tirar solda, alicate carbografite, maçarico
oxiacetilênico (quando o trabalho é fora da oficina
de manutenção).

As atividades do soldador são realizadas tanto


Foto 26 dentro da oficina como na área industrial,
especificamente nas Prensas da Construção B1 e
B2, o funcionário vai até a máquina realizar as

48
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

devidas prevenções e manutenções.


Maçarico de Oxiacetileno: é um maçarico de solda
portátil, composto de corpo, câmera de mistura,
extensão e bicos, utilizado para o serviço de solda
em ambientes externos e industrial. O transporte
do mesmo é feito por empilhadeira dependendo a
distância, ou carrinho manual de transporte.

Bancada: É utilizada para realização das atividades


Foto 27
de solda. Feita de material metálico e fixada ao
chão, o que permite maior estabilidade e segurança
ao soldador.
Dimensões da bancada:
Altura – 80 cm
Comprimento – 150 cm
Largura – 90 cm
A bancada apresenta característica adequada do
ponto de vista ergonômico, porém podendo ser
realizadas orientações posturais quando estiver na
postura estática e manuseando as peças.
Foto 28

ATIVIDADE – SOLDADOR ANÁLISE POSTURAL

Trabalha na postura em pé e/ou agachado (depende


do local em que realizará a solda), flexão de
pescoço, leve flexão de tronco; flexão de ombro e
cotovelo, punho direito com desvio radial e mão
direita em preensão palmar com manejo fino para
segurar o porta eletródo com caneta de solda e mão
esquerda com preensão palmar para segurar o
objeto.

EPI’S utilizados durante a atividade:


- Óculos de segurança, sapato de segurança,
protetor auricular, máscara respiratória com filtro,
Foto 29 máscara de solda, toca, luva cano longo, avental e
mangote de raspa.

49
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO – RULA (RAPID UPPER LIMB ASSSSMENT)

ANÁLISE DE RESULTADO RULA PONTUAÇÃO


PLANO DE AÇÃO / SUGESTÕES
4 E 6 - NÍVEL 3 INVESTIGAR E MUDAR LOGO

Treinamento postural, para orientação com relação ao


uso dos equipamentos e carregamento de peso
De acordo com o critério de avaliação RULA, Evitar segurar os portas eletrodos de solda por tempo
o posto de trabalho atende as necessidades prolongado.
ergonômicas com relação aos Manutenção e calibração dos equipamentos
equipamentos e postura, apresentando utilizados.
pontuação 4 para o Membro Superior Alternância da postura nas posições em pé e sentado;
Esquerdo (MSE), ou seja, nível 2 – investigar para cada hora trabalhada um intervalo

50
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

e mudanças podem ser necessárias. No


Manutenção das ferramentas e manter o ambiente de
entanto, para o Membro Superior Direito trabalho sempre limpo e organizado (espaços
(MSD), no caso do soldador que é destro, ou compatilhados com os colaboradores da Goodyear)
seja, realiza as suas atividades de soldar com
o MSD, a pontuação foi 6, que corresponde Treinar periodicamente os colaboradores em boas
ao nível 3 – Investigar e mudar logo. práticas ergonômicas e de manutenção na
organização do posto de trabalho

Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada


diariamente

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO / CONFORTO TÉRMICO:

As avaliações das condições ambientais do trabalho (Iluminação e Ruído) e conforto térmico poderam ser
consultadas no LTCAT realizada em 25/06/2022 pela empresa GT Instrutores Assessoria.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

NORMAS DE Contempladas nas respectivas descrições de cargo, diretrizes e políticas


PRODUÇÃO: da empresa aplicáveis a cada setor/atividade.

EXIGÊNCIA DE TEMPO / Depende do serviço a ser executado. Em sua maioria o colaborador


CONTEÚDO DO TEMPO: controla o tempo.

RITMO DE TRABALHO: Determinado pelos colaboradores.

HORÁRIOS DE Segunda a Quinta-feira 7:00 às 17:00


TRABALHO Sexta-feira das 7:00 às 16:00

Refeição: intervalo de 1 hora diário

ADOÇÃO DE RODÍZIOS E As pausas são informais e administradas com liberdade pelos


PAUSAS COMO colaboradores. Por se tratar de atividades com requisitos específicos de
INSTRUMENTOS DE qualificação profissional não há rodízio com outros postos de trabalho.
REGULAÇÃO:
Qualificação profissional compatível com a atividade exercida. Novos
TREINAMENTO / funcionários passam por integração comportamental e de segurança
INTEGRAÇÃO: com meio período de duração ministrada pelos técnicos de segurança do
trabalho.
OUTROS FATORES
Nenhum fator relevante
CONTRIBUTIVOS:

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CRONOGRAMA DE INTERVENÇÃO ERGONÔMICA

SETOR SUGESTÕES ERGONÔMICAS PRIORIDADES PRAZO


Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada
Ação Preventiva ___ /____/_______
diariamente
Manutenção das ferramentas e equipamentos de
trabalho e manter o ambiente de trabalho sempre
Ação Preventiva ___ /____/_______
limpo e organizado (compartilhados com os
colaboradores da Goodyear).
Reciclar periodicamente os treinamentos dos
colaboradores em boas práticas ergonômicas e de Ação Preventiva ___ /____/_______

organização do posto de trabalho


MANUTENÇÃO Orientar e treinar, de forma satisfatória, os
GERAL funcionários em boas práticas ergonômicas, para
que os mesmos tenham consciência corporal e de Ação Preventiva ___ /____/_______

posicionamento adequado durante sua atividade de


trabalho.
Uso correto de EPI`s de acordo com as exigências de
cada função (luvas, óculos de proteção, protetor
Ação Preventiva ___ /____/_______
auricular, máscaras respiratórias, mangotes, entre
outros)
Implantação da Ginástica Laboral efetiva e realizada
Ação Preventiva ___ /____/_______
diariamente

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

CONCLUSÃO

As considerações descritas nessa Análise Ergonômica de Trabalho foram baseadas nas inspeções
em campo e na documentação fornecida pela empresa.

Das avaliações efetuadas nas atividades da empresa aponta em sua grande parte situações
consideradas adequadas. Porém algumas situações necessitam de adequações. Para as situações
que necessitam de melhorias foram feitas recomendações de adequações aos requisitos da
Norma Regulamentadora 17.

ENCERRAMENTO
A presente análise ergonômica de trabalho possui 53 páginas, em um só lado, numeradas e
somente pode conter 2 (duas) vias originais, nada impedindo que sejam produzidas cópias, sob
a responsabilidade das partes. Uma das vias é de posse exclusiva da empresa INTERAÇÃO
FISIOTERAPIA OCUPACIONAL, ASSESSORIA E CONSULTORIA ERGONÔMICA LTDA ME, sob sigilo,
com a garantia de que nenhuma informação será passada a terceiros, respeitada a reserva do
conhecimento do texto para as partes contratadas. A segunda via deve ser encaminhada para a
empresa BONA – TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA PARA LOGÍSTICA LTDA, requerente do
documento.

Americana, 28 de março de 2023

Aline Aparecida Dos Santos Malagutti Michele Pezzatti De Moraes Siqueira


Fisioterapeuta do Trabalho Fisioterapia do Trabalho
CREFITO/3 - 88764 F CREFITO/3 – 79606 F

Ailton Batista Do Prado


Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/SP 5069334450

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COUTO, H. de A. Contribuições da ergonomia, higiene, segurança e medicina do trabalho para a


qualidade de vida. Ergo: Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional, 2013.

FIALHO, F. e SANTOS, N., Manual de Análise Ergonômica no Trabalho, Ed. Genesis, Curitiba, 1997.

IIDA, I., Ergonomia, Projeto e Produção, Ed. Edgard Blucher, São Paulo, 1998.

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MORAES, G.A. Normas regulamentadoras comentadas. 8.ed. Rio de Janeiro: Ed. GVC, 2011. v.2.

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Acesso em: 02 março. 2023.

. Norma Regulamentadora NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem E Manuseio


De Materiais. 68.ed. São Paulo: Atlas, 2011. (Manual de Legislação Atlas).

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Legislação Atlas).

13.967 – Estações de Trabalho – Mesas – Especificações para Testes de Resistência e


Características – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1.997.

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