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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS DE CRATEÚS

Disciplina: Geoprocessamento
Relatório de Prática
Professora: Larissa Granjeiro Lucena

Discente: Francisco Luanderson da Silva – 402349

Data: 17 / 12 / 2021

Prática 03: Mapa Hipsométrico de Ipueiras – CE

1- Dados de entrada

A realização da pratica ocorreu através do Software QGIS 3.10.3 with GRASS


7.8.3, com a utilização de dois arquivos complementares, sendo eles o conjunto de
arquivos vetoriais dos municípios brasileiros, para esse sendo utilizado mais
especificamente o arquivo em formato shp, e o segundo arquivo sendo o conjunto de
arquivos raster do relevo do Ceará, mas especificamente da região onde está situada o
município de Ipueiras. O primeiro arquivo foi obtido na categoria de malhas digitais das
bases cartográficas do IBGE, já o segundo arquivo foi obtido na categoria de relevos
brasileiro para download do site da Embrapa.

Após os dois complementos serem baixados, os mesmos, foi aberto o QGIS


3.10.3 e ativado o completo GRESS, o qual é necessário para realização da pratica.
Logo após foi inserido os dois arquivos no programa e logo foi realizado a preparação
do mapa a ser utilizado na pratica, como é possível observar na imagem 01.

Após essa preparação inicial dos arquivos, foi realizado o corte do MDE de
Ipueiras, conforme é possível observar na Imagem 02, porém o mesmo apareceu com
um fundo preto, o qual foi contornado indo em propriedades, e mudando o gradiente de
cores de Black to White para White to Black. Logo depois foi realizado a reprojeção
para SIRGAS 2000 UTM zona 24s, pois é a projeção e zona adequada para o Ceará e
para o município de Ipueiras, como mostra a imagem 03.
Imagem 01: inserção dos arquivos complementares

Fonte: arquivo pessoal, 2021.

Imagem 02: MDE cortado da área

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.


Imagem 03: MDE sirgas UTM reprojetado

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021.

2- Passos para criação do Mapa

Após preparar o corte MDE, foi realizado a confecção do mapa Hipsométrico. Primeiro foi
realizado a atualização do corte para as reais altitudes da área que está sendo trabalhada, logo
tendo o resultado da imagem 04.

Imagem 04: MDE cortado com altitudes readequadas

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.


Logo depois, foi editado as classes do documento em txt disponibilizado pela
professora para a pratica, de acordo com os dados de altitude do município de Ipueiras,
conforme a imagem 05.

Imagem 05: Classes para o município de Ipueiras

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

Logo depois, foi seguido uma serie de passos para criação do mapa
Hipsométrico, obtendo o resultado da imagem 06, o qual pode-se observar ser diferente
do resultado obtido na aula.

Imagem 06: Mapa Hipsométrico

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

A partir dessa etapa os passos para confecção do mapa Hipsométrico foram


diferentes do ensinado nas vídeo aulas, devido a versão do QGIS, mas o produto final
é o mesmo que o ensinado.
Como é possível observa na imagem 06 juntamente com o mapa Hipsométrico
apareceu dezenas de classes, e não as dez classes do arquivo txt. Para obtermos
apenas as dez classes foi preciso ir em propriedades > simbologia, selecionar cada
classe e clicar no sinal de menos para excluir a classe, como mostra a imagem 07,
fazendo o mesmo processo para cada classe até restar apenas 10 classes, como mostra
a imagem 08.

Imagem 07: exclusão das classes extras

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

Imagem 08: mapa Hipsométrico com 10 classes

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

Logo depois foi feito uma serie de procedimento para reclassificação das cores,
indo em propriedades, selecionando paletização/valores únicos no tipo de renderização,
logo depois escolhendo o gradiente de cor RdYlGn, e por fim invertendo a posição das
cores para cores frias em altitudes baixas e cores quentes para altitudes altas, conforme
a imagem 09.

Imagem 09: Recategorização das cores das classes

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

Logo depois foi realizado a renomeação das classes, indo em propriedades >
simbologia, e alterando o rotulo de cada categoria conforme as classes criadas no
arquivo txt, obtendo o resultado da imagem 10.

Imagem 10: renomeação das classes

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021.


Logo depois foi realizado o sombreamento do relevo, indo em raster > analise >
sombreamento, preenchendo os espaços necessários e obtendo o resultado da imagem
11.

Imagem 11: sombreamento do relevo

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021.

Indo posteriormente em propriedades > transparência e mudando a opacidade


global de 100 % para 50 %, conforme imagem 12.

Imagem 12: transparência do relevo sombreado

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021.


Posteriormente foi realizado retoques no mapa para melhor visualização, indo
em propriedades do relevo_sombreado > Simbologia > renderização de cor,
selecionando a opção multiplicar em modo de mistura, e configurando o brilho para -90,
gama para 2,50, contraste para 20 e saturação para 30, conforme imagem 13. Tais
mudanças nas componentes da renderização de cor foram feitas para melhor
adequação e visualização do produto final.

Imagem 13: Adequação da renderização da cor

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021.

Por fim obtém-se o produto final conforme a imagem 14.

Imagem 14: Mapa Hipsométrico pré concluído

Fonte: Arquivo Pessoal, 2021


3- Resultados

Imagem 15: Mapa Hipsométrico de Ipueiras - CE

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.

A hipsometria é a representação da elevação de um terreno em um mapa


topográfico através da variação de cores. Essa técnica é característica pela utilização
do artifício das cores para representar a variação de altitudes, geralmente atribuindo
cores fria a altitudes baixas e cores quentes a altitudes altas.

Através da hipsometria é possível realizar a identificação de fenômenos que


acontecem no local de estudo. Para tal identificação geralmente se associa essa técnica
da altitude juntamente com a posição geográfica, o deslocamento dos ventos, ações
das correntes marinhas, etc. tal associação é possível devido a existência de correlação
na variação espacial destes elementos. Logo, é possível associar que com maiores
altitudes menor será a temperatura, e isso vai influenciar no clima, na vegetação do
local, e consequentemente no modo de vida e subsistência da população da região,
moldando, em alguns casos, o desenvolvimento demográfico e exploração/uso dos
recursos naturais.

Conforme é possível observa na imagem 15, o município de Ipueiras apresenta


um contraste de altitudes variando entre 195 m a 916 m. Ipueiras é um município do
estado do Ceará situada na mesorregião do Noroeste Cearense, na microrregião de Ipu.
Parte do Município está situado na região sul da Chapada da Ibiapaba, na divisa com
as terras dos sertões de Crateús.

Como é possível observa no mapa, imagem 15, o municio apresenta elevações


baixas entre 100 e 400 metros de altitude na região próxima a cede, região que faz
limítrofe com Ararendá, Nova Russas e Ipu. Devido a essas elevações e ao clima da
região essa área apresenta vegetação típica do Nordeste, sendo predominante a
caatinga, a qual apresenta grande quantidade de arvores de pequeno porte e arbustos
espinhentos que formam uma mata densa e fechada, mesmo na época de estiagem.

A parte central do município está situada na serra da Ibiapaba, a qual apresenta


altitudes entre 600 metros e altitudes superiores a 900 metros, em alguns pontos
específicos. Devido a essas grandes altitudes em uma região semiárida, a mudança da
paisagem do local. o clima apresenta-se frio e úmido, em relação a predominante na
região. O inverno é característico por temperaturas baixas chegando a 15 °C ou 14 °C,
com presença de neblina densa no começo da manhã e com frequência à noite. A
vegetação apresenta Floresta Subperenifólia Tropical Pluvio-Nebular e Floresta
Subcaducifólia Tropical Pluvial, com Matas densas com grande quantidade de arvores
com altitudes superiores a 20 metros, não característico da caatinga.

Na região limítrofe com Croatá e Pedro II, este último sendo do estado do Piauí,
apresenta-se uma área de transição de altitudes, diminuindo conforme se aproxima da
região limítrofe com o Piauí. Essa região é chamada de macambira por apresentar uma
vegetação heterogênea entre a caatinga e a característica da mata atlântica. Nessa
região é fortemente presente de áreas desérticas com a presença de muitas áreas
áridas com muita área branca, e devido a isso confere um clima e paisagem única a
região, com temperaturas frias, mas com vegetação de caatinga mesclada em meio as
enormes quantidades de areia e mata atlântica, sendo muito comparada com uma
região similar aos oásis dos desertos. essas características dessa área em especifico,
possivelmente, deve-se a chapada na região central do município que barra a ação dos
ventos húmidos fazendo com que a chuva se acumule em uma das faces, e como
consequência há a presença de região desértica do outro lado da chapada.

As altas altitudes superiores a 600 metros confere clima crio e por sua vez clima
ideal para a pratica de plantio de arvores frutíferas, logo a região serrana sendo a
provedora de maior parte das frutas e legumes comercializados no município e nos
municípios vizinhos. Por fim o Município apresenta três áreas, o sertão, a serra e a
Macambira, sendo estas influenciadas pela altitude, conferindo ao município
características únicas e que são a fonte de renda da população tanto pela rota turística
na serra e na Macambira, pelos balneários e cachoeiras e grutas naturais exuberantes
como também pela comercialização de frutas e legumes.

Referências Bibliográficas

Adenilson Giovanini. Hipsometria: o que é e para que serve?. Disponível em:


https://adenilsongiovanini.com.br/blog/hipsometria/ . Acesso em: 17 de novembro de 2021.

Douglas Melo. Mapa Hipsométrico com sombreamento no QGIS 3.18.2. Disponivel em:
https://www.youtube.com/watch?v=rOCP7Yub8d8. Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Ipueiras. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ipueiras_(Cear%C3%A1). Acesso em: 16


de novembro de 2021.

Mario Melquiades. Mapa Hipsométrico. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=Kk2HvRZOAAU&t=159s. Acesso em: 17 de novembro de
2021.

PERFIL BÁSICO MUNICIPAL 2012 - IPUEIRAS. Disponível em:


https://www.ipece.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/45/2013/01/Ipueiras.pdf. Acesso em: 17
de novembro de 2021.

Processamento Digital. QGIS: geração de mapa Hipsométrico. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=naAX9fEet2c&t=914s Acesso em: 16 de novembro de
2021.

Serra da Ibiapaba. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_da_Ibiapaba. Acesso em:


16 de novembro de 2021.

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