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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
DISCIPLINA: GEOPROCESSAMENTO - AGRIC0014

Relatório Final Geoprocessamento


Vetorização de um raster e determinação das Áreas de Preservação Permanentes com
a utilização do ArcMap.

Profº Diego Campana Loureiro


Discente: José Mateus Bomfim Ramos

São Cristóvão – SE
2022
1 - Introdução
O incremento dos Sistemas de Informação Geográfica - SIG, viabiliza o acesso
de diversas áreas e grupos técnicos e científicos às informações espaciais. Na
atualidade, com o uso de ferramentas livres e privadas, é possível que usuário de
diversos perfis possam produzir seus próprios mapas e cartogramas, para uso pessoal,
acadêmico e profissional.
Este relatório buscar ilustra, conceitos de geodésia, cartografia e
geoprocessamento, que foram ministrados nas aulas práticas e teóricas do curso de
engenharia agrícola, da disciplina de AGRIC0014.
Foi baixado os fotolits no site do IBGE, esses arquivos são denominados como
raster e vetor, escolhi trabalhar com o raster de campinas-SP, na escala de 1:250000;
O conjunto de imagens raster, formam o mapa desta cidade. Em que a imagem
com final “az” representa a hidrografia, a de final “sp” representa as curvas de nível, a
“pr” representa as estradas vicinais, cidades, escolas, fazendas e divisões administrativas,
e a imagem com final “vm” representa as rodovias.

2 - ROTEIRO DO RELATÓRIO
O experimento realizado foi dividido em oito partes.

2.1 – Parte I: Georreferenciando o raster.


Pela função Catalog foi adicionado a folha Ta488pr.tif, para obtenção dos dados
do projeto, como por exemplo: se é uma folha com coordenadas projetadas ou
geográficas, datum, qual zona está localizado etc...

Figura 1: Dados do raster de Campinas-SP.


Olhando esses dados, é notório que se trata de um raster com coordenadas
projetada. Com o sistema de coordenadas em Projeção Universal Transversa de Mercator
(UTM), datum Córrego Alegre-MG, curva de nível de 100 metros, com origem de
quilometragem UTM, Equador e Meridiano 45° W. GR. Para encontrar qual o fuso da
carta, é utilizado a seguinte formula:

𝟏𝟖𝟎 − 𝑴𝒆𝒓𝒊𝒅𝒊𝒂𝒏𝒐 𝑾. 𝑮𝑹.


𝒇𝒖𝒔𝒐 = ( )+𝟏
𝟔

Com a obtenção dessas informações, foi feita as devidas alterações, indo em


layers, properties, coordinate system e selecionado o sistema de coordenadas Corrego
Alegre UTM Zone 23s. Em seguida foi acrescentado a folha topográfica Ta488sp.tif
(Curva de Nível) e o vetor 488rd.dgn. Em que, o vetor já está georreferenciado, porém,
será preciso georreferenciar o raster Ta488sp.tif.
Para georreferenciar as curvas de nível, deve-se transformar o vetor de quilômetros
para metros, pois o sistema do arcMap trabalhar com metros, já o dgn se encontra em
quilômetros. Para efetuar essa modificação, vai em properties do vetor 488rad.dgn,
transformations e desloca a virgula três casas para o lado direito. Feito isto, é preciso
habilitar a paleta Georeferencing para o ajustamento do raster no dgn. Para isso, clica no
menu tools, em Customize e marcando a ferramenta Georeferencing. Assim sendo, ajusta
o raster T488sp.tif nas quatro extremidades do vetor 488rad.dgn e em seguida com o
comando Rectify, salva o arquivo no sistema de coordenadas Corrego Alegre UTM Zone
23S, que são as coordenadas que esse raster foi desenvolvido.

2.2 – Parte II: Transformação para Sirgas 2000.


Utilizando a ferramenta Arctoolbox, na opção projections and transformations,
Project raster para a transformação das coordenadas oficial da carta para o sistema de
coordenadas sirgas_2000_utm_zone_23S. Como mostrada na figura abaixo;
Figura 2: Transformação do raster do sistema de coordenadas Corrego_Alegre_UTM_Zona_23S para o sistema de
coordenadas SIRGAS_2000.

2.3 – Parte III: Vetorização.


Para a vetorização da curva de nível e drenagem, foi utilizado o raster já no sistema
de coordenadas sirgas 2000, logo abaixo o passo a passo da vetorização;

A princípio, será necessário gerar shapefile para cada vetorização, para isso, vai
em catalog, seleciona a pasta que deseja salvar, aperta com o botão direito do mause, vai
em new, escolhe a opção shapefile e em seguida abrirá uma aba para a confecção do nome
e para pôr nas coordenadas desejada. Nas aulas, foram feitas quatro shapefile, onde uma
era para foz, representada por pontos; micro bacia que é retratada por um polígono;
drenagem e curva de nível, ambas simbolizadas por linhas.

Após a geração dos shapefile, foi ativado o editor e com o ponto foi demarcado a
foz, com o auxílio da curva de nível foi gerada a poligonal da microbacia, já para a
vetorização da curva de nível e da drenagem, foi preciso ativar o arcScan para a
vetorização automática. Feito isso, com o comando generate features inside area,
primeiramente foi selecionada a vetorização da drenagem demarcando a área a ser
vetorizada e em seguida a vetorização da curva de nível, como também, adicionado as
cotas das curvas de nível na tabela de atributo da shapefile curva de nível.

2.4– Parte IV: Ordenação do fluxo da microbacia.


Para a ordenação da microbacia, utilizou-se do método de fluxo de Strahler, como
mostrada a figura 3.
Figura 3: método de fluxo de Strahler

Para a identificação da ordem de fluxo, é preciso adicionar na tabela de atributo


do arquivo drenagem, um campo com o nome ordem. Feito isso, seleciona todas as
linhas de ordem1, como mostrado na figura 3 e preenchido no campo ordem. Ademais,
realiza o mesmo processo para as demais linhas de ordem.

2.5– Parte V: Determinando Área de Preservação Permanente.


Segundo o novo código florestal, para cada faixa marginal de qualquer curso d’água
natural, tem sua Área de Preservação Permanente, como mostrada na figura 4.

Figura 4: Categorias de APPs.

Nessa ótica, para os fluxos de ordem 1, são considerados rios menores que 10
metros com APP de 30 metros, para os de ordem 2, tratar-se de rios entre 10 a 50 metros
de largura tendo como APP de 50 metros, e assim sucessivamente como exposto na figura
4.
Para a delimitação das áreas de APPs, foi utilizado em sala de aula a ferramenta
buffer, que fica localizada em arctoolbox, anlysis tools, proximits. E para encontrar qual
é a area de APP do fluxo drenagem e nascente, na aba buffer é preenchido
respactivamente como mostrada na figura 5.
Figura 5: Delimitação da área de Preservação Permanente para o fluxo de drenagem.

Figura 5: Delimitação da área de Preservação Permanente para nascentes.

2.6– Parte VI: Modelo Digital de Elevação - MDE.

Para a criação do MDE foi utilizado a função Interpolation , em que ela irá
interpolar uma superfície raster hidrologicamente correta a partir de dados de pontos,
linhas e polígonos. Utilizando a interpolação topo to raster, onde essa ferramenta é um
método de interpolação projetado especificamente para a criação de modelos de
elevação digital.
Figura 6: Modelo de Elevação Digital.

3.7– Parte VII: Declividade.


A declividade representa a taxa de alteração da elevação de cada célula do
modelo de elevação digital (MDE). Para a obtenção desses dados foi empregado a
função Surface, e indo na ferramenta Stope, tendo como input o arquivo MDE.
Alcançando o resultado como mostrado na figura 7.

Figura 6: Declividade em graus da microbacia.


Segundo o novo código florestal, áreas de inclinação entre 25º e 45º, são
permitidos o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris e
a infraestrutura física associada ao desenvolvimento dessas atividades, observadas as
boas práticas agronômicas e de conservação do solo e da água. Nesse relatório será
estabelecido que as áreas acima de 25° são áreas de APPs.

Para a aquisição desses dados, foi empregado a função Reclass, indo na


ferramenta reclassify, e preenchido como ilustrado na figura 7.

Figura 7: Procedimento para a obtenção do raster das áreas que estão acima de 25°.

Feito isto, foi gerado os polígonos dessas áreas, indo na função conversion tools,
na opção from raster e em raster to polygon. Tendo feito esse passo, foi dado um merge
para unir todos os polígonos.

3 - DISCUSSÃO E RESULTADOS DA PARTE

Na área em análise, para o fluxo de drenagem obteve uma área de APP de 2617
há, para as nascentes 32 há e para as APPS em função da declividade do terreno 537 há.
Totalizando uma Área de Preservação Permanentes de 3186 há.

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