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ÉTICA EM
SALA DE AULA
Anos Finais do Ensino Fundamental
ÉTICA EM
SALA DE AULA
Anos Finais do Ensino Fundamental
2023
© 2023, Gabrielly Kauanna de Jesus Ferreira e Peri Mesquida
2023, PUCPRESS, FTD
Esta coleção, na totalidade ou em parte, não pode ser reproduzida por
qualquer meio sem autorização expressa por escrito da Editora.
Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUCPR) FTD
Reitor Diretoria-Geral
Ir. Rogério Renato Mateucci Ricardo Tavares
Vice-Reitor Diretor Comercial e Educacional
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Pró-Reitora de Pesquisa, Diretora Adjunta Educacional
Pós-Graduação e Inovação Cintia Cristina Bagatin Lapa
Paula Cristina Trevilatto Gerência Educacional
Sonia Cristina Alves Furquim
PUCPRESS
Gerência da Editora Gerência Marketing
Michele Marcos de Oliveira Clayton Luiz Ferreira de Oliveira
Edição FTD Educação
Juliana Almeida Colpani Ferezin Rua Rui Barbosa, 156 - Bela Vista
São Paulo / SP
Preparação de texto e revisão
CEP 01326-010 - www.ftd.com.br
Juliana Almeida Colpani Ferezin
Conselho curador
Capa e projeto gráfico
Alboni Marisa Dudeque Pianovski
Rafael Matta Carnasciali
Vieira (PPGE/PUCPR)
Diagramação
Sonia Cristina Alves Furquim (FTD)
Rafael da Matta Hasselmann
Michele Marcos de Oliveira
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Dados da catalogação na publicação
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBI-PUCPR
Biblioteca Central
Edilene de Oliveira dos Santos CRB 9 /1636
Inclui bibliografias
ISBN 978-65-5385-066-8 (PDF)
978-65-5385-065-1 (ebook)
978-65-5385-067-5 (audiobook)
SOBRE OS AUTORES
Peri Mesquida
Professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Para-
ná e professor/pesquisador do Programa de Pós-Graduação
em Educação da PUCPR.
SUMÁRIO
CENÁRIO 7
VOCÊ SABIA? 12
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 13
APRENDIZAGEM HUMANA 13
ÉTICA E MORAL 14
PRINCÍPIOS ÉTICOS, 18
ESTÉTICOS E POLÍTICOS
CANAL DO EDUCADOR 22
GLOSSÁRIO EDUCATIVO 23
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 24
INDICAÇÕES DE LEITURA 26
CONHEÇA OUTROS TÍTULOS 27
DESTA COLEÇÃO
CENÁRIO
Olá, educadores!
Por muito tempo tem se falado da Ética do Professor,
mas, na prática, esse tema tão importante é esquecido e mui-
tas vezes a postura dos profissionais da educação em sala de
aula não condiz com a ética que a docência exige, em parti-
cular na relação professor-aluno.
Quando se trata de ética na ação docente, pensamos em
profissionais que estejam preparados para exercerem sua
profissão de forma adequada. Sendo assim, é essencial que
os profissionais tenham, já na sua formação para o magisté-
rio, informações sobre ética e moral que os desafiem a pen-
sar e agir de tal forma que a sua ação pedagógica não fira os
preceitos éticos e morais comumente aceitos pela sociedade.
Esse tema, ao fazer parte do currículo, se manifesta na for-
mação de professores e se reflete no exercício da profissão,
exercendo influência no desenvolvimento das crianças, pois
entendemos que os educadores são exemplos em suas vidas.
Contudo, no currículo de formação docente não se encontra,
infelizmente, uma disciplina específica que trata da ética.
De acordo com Cortella (2010, p. 106):
7
por meio da observação, se originam comportamentos de
reprodução, e os valores vivenciados e exemplificados pelos
docentes em sala de aula se refletem em ideias, princípios e
práticas nos estudantes.
Dito isto, a opinião do estudante deve ser ouvida e leva-
da em conta, buscando, pelo diálogo respeitoso, desenvolver
sua prática, de forma a levar em consideração o processo de
aprendizagem de cada um.
A ética do profissional docente pode interferir no desen-
volvimento educativo e pessoal do aluno. É difícil estabele-
cer o quão isso pode afetar no desenvolvimento do aluno,
pois é no futuro que o estudante sentirá a totalidade des-
te impacto. Daí a grande responsabilidade do professor em
desenvolver uma ação educativa baseada na ética pensan-
do em seus alunos e no que aprendeu neste campo, tanto
na teoria quanto na prática em sua formação e também no
exercício da profissão.
8
humanas que se estabelecem na pólis – na cidade – e, portan-
to, nas instituições que dela fazem parte, inclusive na escola.
Para Aristóteles, legislar para o bem e educar para o bem
leva ao que ele chama de “eudemonia”, isto é, à felicidade na vida
humana (Aristóteles, 1991, p. 13). E a felicidade, para ser alcançada,
depende, no caso da educação, tanto de “boas” leis quanto da ma-
neira como o educador exerce sua prática pedagógica, isto é, em
última instância, de ações que correspondam à ética.
Neste sentido, o alcance da “felicidade” está intimamen-
te relacionado com a boa lei e com o exemplo na ação peda-
gógica, na condução da formação do estudante na direção
de “uma boa vida” (Aristóteles, 1991, p. 16), isto é, de uma vida
vivida para o bem que conduz à felicidade.
Para Aristóteles, tudo o que aprendemos, aprendemos
pelo exemplo do outro, ou aprendemos fazendo nós mes-
mos, pois o “homem bom” é aquele que não somente diz que
é bom, mas que o demonstra na vida praticando o bem.
A ética, para o filósofo grego, é fazer uso do conheci-
mento da melhor maneira possível, sem aviltar o outro, nem
o desmerecer. E isso requer o que Aristóteles chamou de
“temperança” (sophosynese) que, por sua vez, tem a ver com
equilíbrio, isto é, com ações não extremadas que possam de-
monstrar que a pessoa está descontrolada e, portanto, dese-
quilibrada. A temperança, equilíbrio no discurso e nas ações,
obedece à sabedoria (sophia).
Ensina ainda, Aristóteles, que uma vida de temperança,
seguindo a prática da virtude e do equilíbrio, requer e pro-
duz coragem (andréa). Portanto, o equilíbrio tem a ver com a
virtude (aretê) que deve permear as ações, o comportamen-
to, os hábitos, os costumes, e aponta na direção da felicidade,
pessoal e coletiva (diríamos, de educadores e estudantes).
A ética, na Ética a Nicômaco, é teleológica, pois visa al-
cançar o bem, seja pelas atividades práticas, seja por ativida-
des estéticas e técnicas.
9
Em todos os momentos, em todas as ações e
em todos os espaços escolares, a ação docente
está sendo observada pelos estudantes
e geram, inevitavelmente, comportamentos
miméticos, isto é, imitativos.
Aristóteles mostra a importância de se aliar o discurso
sobre o bem à prática do bem; somente assim é possível de-
senvolver uma ação pedagógica que marque positivamente
o estudante, não somente facilitando a sua aprendizagem,
mas também o preparando para uma “vida boa, feliz” (Aris-
tóteles, 1991, p. 201).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990), no
artigo 53, diz que toda criança tem direito à educação e, claro, à
boa educação, de acordo com os preceitos da ética. Daí a impor-
tância de que se reveste o ensino da ética para uma boa educa-
ção. Cabe ao professor, em sua formação, se esforçar para cons-
truir valores éticos que sejam adequados ao seu trabalho, pois
sua postura em sala de aula, tanto pode contribuir para o bom
desenvolvimento do caráter dos alunos quanto prejudicar, pois
o professor é visto comumente como exemplo a seguir.
Esse tema se baseia e procura colocar em evidência as
observações da trajetória discente e profissional em sala de
aula, revelando o impacto que a ação pedagógica e relacional
de profissionais da educação pode causar no aprendizado e
na vida dos educandos. A falta de uma disciplina que trate
da ética, ou mesmo a ética como prática educativa represen-
ta uma lacuna que o próprio profissional é levado a preen-
cher por meio de estudos paralelos, ao tomar consciência da
sua importância.
Há casos em que educadores utilizam o celular enquan-
to se deixa os alunos fazendo atividades, sem realizar o devi-
do acompanhamento com as crianças. É evidente que ações
10
dessa natureza, exógenas à função que no momento o profes-
sor deveria estar desenvolvendo, causa um impacto negativo
sobre o aluno, de forma a levá-lo a sentir-se desprezado, aban-
donado a sua própria sorte. Sua curiosidade fora “cortada”,
causando um sentimento de incompreensão, de ter sido dei-
xado de lado. Sua voz foi calada e ele, relegado ao silêncio. Tal
atitude é bem discutida por Paulo Freire, quando reflete so-
bre a cultura do silêncio na obra Pedagogia do oprimido (1987).
O silenciamento do educando é a própria privação da palavra
que o colocaria no mundo como alguém incapaz de dizer a
sua palavra, deixando de ser senhor da sua existência. Ao di-
zer a palavra, ele não é somente ator, mas autor da sua própria
vida, capaz, portanto, de ser autônomo e agente na história.
A ética do professor começa em pequenas atitudes e está
presente também nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil (DCNEI), documento que dá ênfase à res-
ponsabilidade do professor para ajudar os alunos a se torna-
rem cidadãos capazes de crescer de forma ativa na sociedade.
O aluno realiza ações de acordo com o que os professores fa-
zem e agem, ou seja, o educador é exemplo a ser seguido em
sala de aula e na vida. Sendo assim, é imprescindível que eles
sejam responsáveis em suas ações e em seu comportamento.
Alonso Bezerra de Carvalho e Fabiola Colombani (2017)
tratam da importância da amizade e da ética em sala de aula,
sustentando que ambos podem estar ligados, na medida em
que cada um respeita seus limites para propor um bom de-
senvolvimento para o estudante.
Liliane Cury Sobreira (2019) trata da importância de
observar os comportamentos dos alunos em sala de aula e
como fazer para que os conflitos entre eles sejam esclareci-
dos através do diálogo e da mediação do professor.
O artigo intitulado A importância da afetividade no pro-
cesso de ensino aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do
ensino fundamental (2013) aborda o tema da ética relacionada à
11
moral, além de tratar da administração escolar ética e da ma-
neira como o professor deve atuar no caso de observar atitu-
des de alunos que não condizem com a ética e a moral.
Não há dúvida, entre os autores que tratam da ética do pro-
fessor, que o comportamento do educador, suas ações ou sua
inação, o tratamento afetuoso e respeitoso na relação professor
e aluno implicam na aprendizagem e na formação do educando.
VOCÊ SABIA?
12
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
APRENDIZAGEM HUMANA
No currículo do Ensino Fundamental, as crianças têm au-
las extraordinárias de Educação Física, Arte, Música e Inglês,
que são aulas ministradas por outros professores e não neces-
sariamente pelo professor regente. Sendo assim, as crianças
têm contato com outros educadores e suas diferentes técnicas
em sala de aula. As aulas geralmente duram cerca de 50 minu-
tos e relata-se que alguns professores dizem que não têm como
trabalhar o conhecimento e acabam apenas dando algo para
“passar o tempo”. A partir disso, é possível identificar um dos
aspectos que facilita uma postura/ação ética em sala de aula.
A problemática do uso do celular em sala de aula por
parte dos professores é algo crescente. Alguns professores
utilizam esse aparelho como um suporte para aprimorar
suas aulas, mas também o utilizam de maneira inadequada,
isto é, fazendo uso deste meio de comunicação e informação
para tratarem de assuntos alheios à prática docente na sala
de aula. Quando isso acontece, os estudantes presenciam essa
atitude e a traduzem como falta de interesse do educador.
Segundo Ramos (2015, p. 18),
13
as utilizem de forma adequada na sala de aula, com a parti-
cipação dos alunos, com o objetivo de, enquanto profissio-
nais criativos e inovadores, fazerem dos discentes sujeitos
ativos, criativos e inovadores. Contudo, ao fazerem uso do
celular sem qualquer relação com a prática docente naquele
momento desenvolvida e, portanto, sem a participação dos
seus alunos, estão não somente demonstrando pouco in-
teresse no exercício da profissão, como também dando um
mau exemplo. Trata-se de um comportamento antiético.
Segundo Batista e Barcelos (2013, p. 4):
ÉTICA E MORAL
A obra Ética a Nicômaco é essencial para embasar o tema
sobre a ética filosófica e a ética no geral. Andrew J. Dubrin
(2003, p. 69) em sua obra Fundamentos do comportamento
organizacional, tomando por referência Aristóteles, traz um
conceito de ética pertinente: “[...] as escolhas morais que uma
pessoa faz e o que essa pessoa deveria fazer”. Partindo disso,
isto é, da ética como uma escolha moral do que alguém deve
fazer, Dubrin relaciona ética e moral, as identificando.
14
A rigor, a moral é um comportamento que reflete prin-
cípios e valores éticos. Neste sentido, todo comportamento
docente implicaria na moralidade, fato que não expressa o
que é efetivamente um comportamento ético, pois este está
fundado em determinados princípios e valores que o identi-
ficam. Somente assim, na observação de certos valores com-
patíveis com o bem, o equilíbrio, a verdade, o amor, o respei-
to, a justiça, podemos identificar um comportamento ético,
segundo Aristóteles.
Terezinha Rios (2011, p. 94), na obra Ética e competência,
observa que a ética é o “[...] respeito. Dele decorrem os outros,
pois respeitar implica, em primeiro lugar, reconhecer a pre-
sença do outro como igual, em sua humanidade”. Na mesma
obra, a autora alerta para estarmos atentos:
15
Fazer, portanto, com que o professor paute suas ações
pela ética em sala de aula talvez não seja uma tarefa fácil,
ainda mais com a presença da tecnologia, que pode ser utili-
zada de forma adequada ou inadequada.
Não se trata, contudo, de dar às crianças, por exemplo,
“teorias éticas acabadas pelas quais devam se conduzir, mas
equipá-las com ferramentas de reflexão dentro de um con-
texto que desperte a autocorreção” (Lipman, 1990, p. 67), e
este contexto envolve o comportamento e o comprometi-
mento ético do educador.
Para incorporar uma ética profissional, é necessário
ter respeito, comprometimento, responsabilidade e atenção
aos seus alunos e colegas de trabalho, para estarem unidos
e preparados para suprir às necessidades e expectativas de
cada um. Em um ambiente escolar os estudantes tendem
a imitar ações que são realizadas pelos professores, sendo
assim, o educador é um exemplo a ser seguido. Daí a impor-
tância de uma formação para o magistério que leve o futuro
educador a compreender o sentido de ações pautadas pela
ética profissional docente. Isso porque, como argumentam
Ana Paula Caetano e Maria de Lourdes Silva:
16
solidariedade, o respeito, o amor/cuidado, a liberdade, a auto-
nomia, a justiça, a imparcialidade, a honestidade, a verdade, a
dignidade são sinais que poderão ser, por sua vez, incorporados
pelos educandos e os acompanharão por toda a vida.
É importante que escola, enquanto instituição de servi-
ço prestado à sociedade, procure cultivar nos seus professo-
res valores éticos, como a amorosidade e o respeito pela po-
sição do outro, pois como esclarece Severino (2011, p. 147), “[...]
a escola não pode agir como uma igreja impondo doutrinas”,
mas praticar o esclarecimento respeitoso. Por isso mesmo,
continua Severino, “em que pesem as limitações, a media-
ção para a formação ética dos aprendizes passa necessaria-
mente pelo esclarecimento, ou seja, embora não baste saber,
é preciso compreender”. E compreender “significa vivenciar
um saber que não apenas toca o intelecto, mas também move
a vontade, desvelando um sentido valorativo, despertando a
sensibilidade ao nexo desse valor ao valor da dignidade hu-
mana” (Severino, 2011, p. 147).
17
importantes não só para a ação docente, mas também para
toda ação humana.
PRINCÍPIOS ÉTICOS,
ESTÉTICOS E POLÍTICOS
As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil
(DCMsEI) trazem três princípios importantes que são: éti-
cos, estéticos e políticos que valem também para o Ensino
Fundamental. Esses princípios destacam que os educadores
influenciam eticamente os estudantes, seja no pensamento,
nas atitudes, nas vestimentas e ações. Sendo assim, é impor-
tante que o educador tenha uma postura ética na relação
com seus educandos, para que seja respeitado e torne o am-
biente saudável para que haja um ótimo desenvolvimento
do aprendizado dos alunos.
18
Cortella (2010, p. 107) diz que: “A ética é uma plantinha
frágil que deve ser regada diariamente”, pois as ações, as ex-
pressões, a imagem que o professor passa são observadas e
traduzem uma determinada imagem e um exemplo a seguir. O
tratamento afetuoso e amoroso, como diria Paulo Freire (1987),
é não somente a “água” que rega a personalidade do educando,
mas também o “adubo” que fortalece e nutre o seu caráter.
Quando o educador tem o cuidado como uma virtude e
como uma categoria ética, que se reflete na amorosidade e
no cuidado (palavra que vem de caritas – caridade, amor), a
relação professor-aluno passa a ser regada pelo afeto respei-
toso como valor ético:
19
como falsa a separação radical entre seriedade do-
cente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto
de vista democrático, que serei tão melhor professor
quanto mais severo, mais frio, mais distante e ‘cin-
zento’ me ponha nas minhas relações com os alunos,
no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar.
A afetividade não se acha excluída da cognoscibilida-
de. [...] A prática educativa é tudo isso: afetividade, ale-
gria, capacidade cognitiva, domínio técnico a serviço
da mudança ou, lamentavelmente, da permanência
do hoje (Freire, 1998, p. 159-160, grifos do autor).
20
É precisamente por este caminho que encontramos um
valor ético de suma importância na ação pedagógica dos
professores: o diálogo. Afinal, o diálogo é expressão do amor/
afeto/cuidado como princípio/valor ético na relação do edu-
cador com o educando.
A postura do professor tem a ver também com a sua
capacidade de estar continuamente presente, não só para
“passar” a matéria e/ou dar atividades para os alunos, mas
também para despertar a curiosidade criativa das crianças
por meio do diálogo como expressão de cuidado.
21
CANAL DO EDUCADOR
Situações e dilemas éticos estão presentes no cotidiano
escolar e exigem reflexão sobre nossa ação.
Como desenvolver atitudes éticas em sala de aula?
Observe se você:
PARA IR ALÉM...
Você sabe qual é a importância da Educação em Valores?
Essa é a pergunta que procura responder Leo Fraiman,
autor da Metodologia OPEE, escritor e psicoterapeuta.
Acesse o Portal Conteúdo Aberto e assista ao vídeo em
que ele explica a relevância dos valores e princípios éticos
em sala de aula e em família:
Acesse: bit.ly/434ELkv
22
GLOSSÁRIO EDUCATIVO
Comportamentos de reprodução:
Comportamento gerado por estudantes, resultado da repro-
dução de condutas e padrões de seus educadores, uma vez
que estes também são “avaliados” pelos alunos.
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCMsEI):
Proposta pedagógica que deve respeitar três princípios: éticos,
estéticos e políticos. Valem também para o Ensino Fundamental.
Estatuto da Criança e do Adolescente:
É o conjunto de normas do ordenamento jurídico que tem
como objetivo a proteção dos direitos da criança e do ado-
lescente. É o marco legal e regulatório dos direitos humanos
de crianças e adolescentes. Trata-se da Lei n.º 8.069, de 13 de
julho de 1990, art. 53.
Ética:
É o conjunto de princípios e valores da nossa conduta na
vida; é o que faz a fronteira entre o que a natureza manda e
o que nós decidimos; é aquilo que orienta nossa capacidade
de decidir, julgar, avaliar.
Ética na ação docente:
Formação docente baseada nos preceitos éticos, visando
a formação integral e justa do indivíduo, que envolve uma
conduta apropriada na relação professor-aluno, gerando
comportamentos miméticos.
Eudemonia:
Na ética grega, toda felicidade oriunda de uma vida ativa, go-
vernada pela razão.
Moral:
Conjunto de normas e valores por meio do qual as pessoas
guiam seu agir específico ou concreto; ações contidas nos
códigos. Tem caráter prático, com força normativa, está rela-
cionada a hábitos e costumes.
23
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
24
MATOS, E. S; VIANA, H. B.; CARVALHO, E. G. A.; BASTOS, M. J. A.
A importância da afetividade no processo de ensino aprendizagem
dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental. EFDeportes.
com, Revista Digital. Buenos Aires: Ano 18, nº 186, nov. 2016.
25
INDICAÇÕES DE LEITURA
26
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