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Caminhos do Saber

ÉTICA EM
SALA DE AULA
Anos Finais do Ensino Fundamental

Gabrielly Kauanna de Jesus Ferreira


Peri Mesquida
Caminhos do Saber

ÉTICA EM
SALA DE AULA
Anos Finais do Ensino Fundamental

Gabrielly Kauanna de Jesus Ferreira


Peri Mesquida

2023
© 2023, Gabrielly Kauanna de Jesus Ferreira e Peri Mesquida
2023, PUCPRESS, FTD
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qualquer meio sem autorização expressa por escrito da Editora.

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F383e Ferreira, Gabrielly Kauanna de Jesus


2023 Ética em sala de aula : anos finais do ensino fundamental / Gabrielly Kauanna
de Jesus Ferreira e Peri Mesquida. – Curitiba : FTD : PUCPRESS, 2023
29 p. : 21 cm. -- ( Coleção caminhos do saber)

Inclui bibliografias
ISBN 978-65-5385-066-8 (PDF)
978-65-5385-065-1 (ebook)
978-65-5385-067-5 (audiobook)

1. Educação – Aspectos morais e éticos. 2. Ambiente de sala de aula - Aspectos


morais e éticos. 3. Ensino fundamental. I. Mesquida, Peri. II. Título. III. Série

23-149 CDD 23. ed. – 370.114


CARTA AO EDUCADOR

A relação professor-aluno, em sala de aula, ou mesmo no


espaço escolar, fora da sala de aula, é pautada pela conduta,
pelo comportamento, os quais refletem princípios, valores,
sentimentos, maneiras de ver o mundo.
É inegável que há nessa relação não somente o que se
costumou chamar de choque de gerações, mas também a ba-
gagem que ambos trazem, de origem social e familiar.
A compreensão que o professor tem dessa “distância” é
fundamental para que a sua conduta e o seu comportamen-
to despertem no aluno a vontade de imitá-lo. Portanto, os
valores éticos do bem, da verdade, da justiça, da amorosida-
de, do equilíbrio apontam para que, pelo exemplo, os alunos
procurem pautar a sua vida tendo na rotina a imagem do
professor, a sua maneira de se relacionar com os outros, a
sua visão do bem, do belo, das virtudes humanas que aju-
dam a construir uma sociedade humanizada, fraterna, justa.
Diante disso, vale a pena dedicar alguns minutos para
refletir sobre o que diz esse volume sobre ética e moral na
relação entre professor e aluno.

Gabrielly K. J. Ferreira Peri Mesquida


SOBRE A COLEÇÃO

A Editora PUCPRESS, em parceria com a FTD, tem a


satisfação de apresentar aos docentes que atuam nos Anos
Finais do Ensino Fundamental a Coleção Caminhos do
Saber, cujo objetivo é estimular reflexões e discussões sobre
temas relevantes que permeiam a prática pedagógica nessa
etapa da educação de adolescentes.
Os volumes desta coleção trazem o resultado de pesqui-
sas realizadas por acadêmicos e professores do curso de Pe-
dagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

SOBRE OS AUTORES

Gabrielly Kauanna de Jesus Ferreira


Licenciada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católi-
ca do Paraná e professora da Educação Infantil e das primei-
ras séries do Ensino Fundamental.

Peri Mesquida
Professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Para-
ná e professor/pesquisador do Programa de Pós-Graduação
em Educação da PUCPR.
SUMÁRIO

CENÁRIO 7
VOCÊ SABIA? 12

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 13
APRENDIZAGEM HUMANA 13

ÉTICA E MORAL 14

TEORIA E PRÁTICA NA AÇÃO 17


DOCENTE: A ÉTICA EM MOVIMENTO

PRINCÍPIOS ÉTICOS, 18
ESTÉTICOS E POLÍTICOS

CANAL DO EDUCADOR 22

GLOSSÁRIO EDUCATIVO 23

REFERÊNCIAS CONSULTADAS 24
INDICAÇÕES DE LEITURA 26
CONHEÇA OUTROS TÍTULOS 27
DESTA COLEÇÃO
CENÁRIO
Olá, educadores!
Por muito tempo tem se falado da Ética do Professor,
mas, na prática, esse tema tão importante é esquecido e mui-
tas vezes a postura dos profissionais da educação em sala de
aula não condiz com a ética que a docência exige, em parti-
cular na relação professor-aluno.
Quando se trata de ética na ação docente, pensamos em
profissionais que estejam preparados para exercerem sua
profissão de forma adequada. Sendo assim, é essencial que
os profissionais tenham, já na sua formação para o magisté-
rio, informações sobre ética e moral que os desafiem a pen-
sar e agir de tal forma que a sua ação pedagógica não fira os
preceitos éticos e morais comumente aceitos pela sociedade.
Esse tema, ao fazer parte do currículo, se manifesta na for-
mação de professores e se reflete no exercício da profissão,
exercendo influência no desenvolvimento das crianças, pois
entendemos que os educadores são exemplos em suas vidas.
Contudo, no currículo de formação docente não se encontra,
infelizmente, uma disciplina específica que trata da ética.
De acordo com Cortella (2010, p. 106):

[...] a ética é o conjunto de princípios e valores da


nossa conduta na vida. Portanto, ética é o que faz a
fronteira entre o que a natureza manda e o que nós
decidimos. A ética é aquilo que orienta a sua capaci-
dade de decidir, julgar, avaliar.

É de fundamental importância que educadoras e educa-


dores tenham um comportamento que condiga com a fun-
ção que exercem, sabendo que também são “avaliadas/os”
pelos estudantes. Desta avaliação discente, geralmente feita

7
por meio da observação, se originam comportamentos de
reprodução, e os valores vivenciados e exemplificados pelos
docentes em sala de aula se refletem em ideias, princípios e
práticas nos estudantes.
Dito isto, a opinião do estudante deve ser ouvida e leva-
da em conta, buscando, pelo diálogo respeitoso, desenvolver
sua prática, de forma a levar em consideração o processo de
aprendizagem de cada um.
A ética do profissional docente pode interferir no desen-
volvimento educativo e pessoal do aluno. É difícil estabele-
cer o quão isso pode afetar no desenvolvimento do aluno,
pois é no futuro que o estudante sentirá a totalidade des-
te impacto. Daí a grande responsabilidade do professor em
desenvolver uma ação educativa baseada na ética pensan-
do em seus alunos e no que aprendeu neste campo, tanto
na teoria quanto na prática em sua formação e também no
exercício da profissão.

A ética envolve aspectos não somente morais,


mas também políticos e de conduta na relação
professor-aluno.
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), “Ora, como a política
utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o
que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa
ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finali-
dade será o bem humano” (Aristóteles, 1991, p. 4).
O filósofo grego procura mostrar nesta citação o fato de
que, se ao Estado cabe legislar sobre o conteúdo da matéria
ensinada, ele defende a ideia de que tudo o que é ensinado
deveria ter em vista o bem do ser humano. Portanto, o ensi-
no que visa o bem do ser humano é, para ele, pautado na éti-
ca. A política, de acordo com o filósofo grego do século IV a.C.,
não tem a ver com partidos políticos, mas com as relações

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humanas que se estabelecem na pólis – na cidade – e, portan-
to, nas instituições que dela fazem parte, inclusive na escola.
Para Aristóteles, legislar para o bem e educar para o bem
leva ao que ele chama de “eudemonia”, isto é, à felicidade na vida
humana (Aristóteles, 1991, p. 13). E a felicidade, para ser alcançada,
depende, no caso da educação, tanto de “boas” leis quanto da ma-
neira como o educador exerce sua prática pedagógica, isto é, em
última instância, de ações que correspondam à ética.
Neste sentido, o alcance da “felicidade” está intimamen-
te relacionado com a boa lei e com o exemplo na ação peda-
gógica, na condução da formação do estudante na direção
de “uma boa vida” (Aristóteles, 1991, p. 16), isto é, de uma vida
vivida para o bem que conduz à felicidade.
Para Aristóteles, tudo o que aprendemos, aprendemos
pelo exemplo do outro, ou aprendemos fazendo nós mes-
mos, pois o “homem bom” é aquele que não somente diz que
é bom, mas que o demonstra na vida praticando o bem.
A ética, para o filósofo grego, é fazer uso do conheci-
mento da melhor maneira possível, sem aviltar o outro, nem
o desmerecer. E isso requer o que Aristóteles chamou de
“temperança” (sophosynese) que, por sua vez, tem a ver com
equilíbrio, isto é, com ações não extremadas que possam de-
monstrar que a pessoa está descontrolada e, portanto, dese-
quilibrada. A temperança, equilíbrio no discurso e nas ações,
obedece à sabedoria (sophia).
Ensina ainda, Aristóteles, que uma vida de temperança,
seguindo a prática da virtude e do equilíbrio, requer e pro-
duz coragem (andréa). Portanto, o equilíbrio tem a ver com a
virtude (aretê) que deve permear as ações, o comportamen-
to, os hábitos, os costumes, e aponta na direção da felicidade,
pessoal e coletiva (diríamos, de educadores e estudantes).
A ética, na Ética a Nicômaco, é teleológica, pois visa al-
cançar o bem, seja pelas atividades práticas, seja por ativida-
des estéticas e técnicas.

9
Em todos os momentos, em todas as ações e
em todos os espaços escolares, a ação docente
está sendo observada pelos estudantes
e geram, inevitavelmente, comportamentos
miméticos, isto é, imitativos.
Aristóteles mostra a importância de se aliar o discurso
sobre o bem à prática do bem; somente assim é possível de-
senvolver uma ação pedagógica que marque positivamente
o estudante, não somente facilitando a sua aprendizagem,
mas também o preparando para uma “vida boa, feliz” (Aris-
tóteles, 1991, p. 201).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990), no
artigo 53, diz que toda criança tem direito à educação e, claro, à
boa educação, de acordo com os preceitos da ética. Daí a impor-
tância de que se reveste o ensino da ética para uma boa educa-
ção. Cabe ao professor, em sua formação, se esforçar para cons-
truir valores éticos que sejam adequados ao seu trabalho, pois
sua postura em sala de aula, tanto pode contribuir para o bom
desenvolvimento do caráter dos alunos quanto prejudicar, pois
o professor é visto comumente como exemplo a seguir.
Esse tema se baseia e procura colocar em evidência as
observações da trajetória discente e profissional em sala de
aula, revelando o impacto que a ação pedagógica e relacional
de profissionais da educação pode causar no aprendizado e
na vida dos educandos. A falta de uma disciplina que trate
da ética, ou mesmo a ética como prática educativa represen-
ta uma lacuna que o próprio profissional é levado a preen-
cher por meio de estudos paralelos, ao tomar consciência da
sua importância.
Há casos em que educadores utilizam o celular enquan-
to se deixa os alunos fazendo atividades, sem realizar o devi-
do acompanhamento com as crianças. É evidente que ações

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dessa natureza, exógenas à função que no momento o profes-
sor deveria estar desenvolvendo, causa um impacto negativo
sobre o aluno, de forma a levá-lo a sentir-se desprezado, aban-
donado a sua própria sorte. Sua curiosidade fora “cortada”,
causando um sentimento de incompreensão, de ter sido dei-
xado de lado. Sua voz foi calada e ele, relegado ao silêncio. Tal
atitude é bem discutida por Paulo Freire, quando reflete so-
bre a cultura do silêncio na obra Pedagogia do oprimido (1987).
O silenciamento do educando é a própria privação da palavra
que o colocaria no mundo como alguém incapaz de dizer a
sua palavra, deixando de ser senhor da sua existência. Ao di-
zer a palavra, ele não é somente ator, mas autor da sua própria
vida, capaz, portanto, de ser autônomo e agente na história.
A ética do professor começa em pequenas atitudes e está
presente também nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil (DCNEI), documento que dá ênfase à res-
ponsabilidade do professor para ajudar os alunos a se torna-
rem cidadãos capazes de crescer de forma ativa na sociedade.
O aluno realiza ações de acordo com o que os professores fa-
zem e agem, ou seja, o educador é exemplo a ser seguido em
sala de aula e na vida. Sendo assim, é imprescindível que eles
sejam responsáveis em suas ações e em seu comportamento.
Alonso Bezerra de Carvalho e Fabiola Colombani (2017)
tratam da importância da amizade e da ética em sala de aula,
sustentando que ambos podem estar ligados, na medida em
que cada um respeita seus limites para propor um bom de-
senvolvimento para o estudante.
Liliane Cury Sobreira (2019) trata da importância de
observar os comportamentos dos alunos em sala de aula e
como fazer para que os conflitos entre eles sejam esclareci-
dos através do diálogo e da mediação do professor.
O artigo intitulado A importância da afetividade no pro-
cesso de ensino aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do
ensino fundamental (2013) aborda o tema da ética relacionada à

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moral, além de tratar da administração escolar ética e da ma-
neira como o professor deve atuar no caso de observar atitu-
des de alunos que não condizem com a ética e a moral.
Não há dúvida, entre os autores que tratam da ética do pro-
fessor, que o comportamento do educador, suas ações ou sua
inação, o tratamento afetuoso e respeitoso na relação professor
e aluno implicam na aprendizagem e na formação do educando.

VOCÊ SABIA?

Fornecer um feedback construtivo aos seus alunos é uma


poderosa prática que estabelece um processo de compreen-
são, respeito e confiança, além de influenciar o desempenho
em sala de aula e ser uma ótima ferramenta de motivação.
Observe se seu feedback cultiva preceitos éticos e
melhore a relação com seu aluno!

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
APRENDIZAGEM HUMANA
No currículo do Ensino Fundamental, as crianças têm au-
las extraordinárias de Educação Física, Arte, Música e Inglês,
que são aulas ministradas por outros professores e não neces-
sariamente pelo professor regente. Sendo assim, as crianças
têm contato com outros educadores e suas diferentes técnicas
em sala de aula. As aulas geralmente duram cerca de 50 minu-
tos e relata-se que alguns professores dizem que não têm como
trabalhar o conhecimento e acabam apenas dando algo para
“passar o tempo”. A partir disso, é possível identificar um dos
aspectos que facilita uma postura/ação ética em sala de aula.
A problemática do uso do celular em sala de aula por
parte dos professores é algo crescente. Alguns professores
utilizam esse aparelho como um suporte para aprimorar
suas aulas, mas também o utilizam de maneira inadequada,
isto é, fazendo uso deste meio de comunicação e informação
para tratarem de assuntos alheios à prática docente na sala
de aula. Quando isso acontece, os estudantes presenciam essa
atitude e a traduzem como falta de interesse do educador.
Segundo Ramos (2015, p. 18),

Professor criativo e inovador é o professor informado


com as rotinas repetitivas, com o autoritarismo, com a
apatia que vai buscar no cotidiano do seu aluno, e nas
tecnologias disponíveis, as ferramentas para pôr em
prática as suas ideias a respeito de como interagir com
seus alunos na busca da construção do conhecimento.

As tecnologias e as ferramentas tecnológicas como o


celular podem ser elementos mediadores do conhecimento,
segundo o mesmo autor, na medida em que os educadores

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as utilizem de forma adequada na sala de aula, com a parti-
cipação dos alunos, com o objetivo de, enquanto profissio-
nais criativos e inovadores, fazerem dos discentes sujeitos
ativos, criativos e inovadores. Contudo, ao fazerem uso do
celular sem qualquer relação com a prática docente naquele
momento desenvolvida e, portanto, sem a participação dos
seus alunos, estão não somente demonstrando pouco in-
teresse no exercício da profissão, como também dando um
mau exemplo. Trata-se de um comportamento antiético.
Segundo Batista e Barcelos (2013, p. 4):

O uso do celular no contexto educacional é, portan-


to, um tema complexo, com pontos positivos e difi-
culdades a serem consideradas. Entende-se, então,
que é preciso discutir a questão com professores,
desde a formação inicial, para que os diversos aspec-
tos possam ser refletidos.

Como o professor é um exemplo para os alunos, é im-


portante ressaltar o cuidado com o uso indevido dessas
ferramentas em sala de aula. A rigor, o problema não está
somente no educador e sim em todo o contexto em que ele
está envolvido, e isso também é a falta de uma formação ade-
quada dos docentes que não avaliam o alcance negativo que
sua postura e seus atos têm na formação dos estudantes.

ÉTICA E MORAL
A obra Ética a Nicômaco é essencial para embasar o tema
sobre a ética filosófica e a ética no geral. Andrew J. Dubrin
(2003, p. 69) em sua obra Fundamentos do comportamento
organizacional, tomando por referência Aristóteles, traz um
conceito de ética pertinente: “[...] as escolhas morais que uma
pessoa faz e o que essa pessoa deveria fazer”. Partindo disso,
isto é, da ética como uma escolha moral do que alguém deve
fazer, Dubrin relaciona ética e moral, as identificando.

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A rigor, a moral é um comportamento que reflete prin-
cípios e valores éticos. Neste sentido, todo comportamento
docente implicaria na moralidade, fato que não expressa o
que é efetivamente um comportamento ético, pois este está
fundado em determinados princípios e valores que o identi-
ficam. Somente assim, na observação de certos valores com-
patíveis com o bem, o equilíbrio, a verdade, o amor, o respei-
to, a justiça, podemos identificar um comportamento ético,
segundo Aristóteles.
Terezinha Rios (2011, p. 94), na obra Ética e competência,
observa que a ética é o “[...] respeito. Dele decorrem os outros,
pois respeitar implica, em primeiro lugar, reconhecer a pre-
sença do outro como igual, em sua humanidade”. Na mesma
obra, a autora alerta para estarmos atentos:

[...] para o fato de que, muitas vezes, o apelo à ética


se faz apenas no discurso e está ausente na prática
das relações cotidianas. Daí a necessidade de fazer-
mos constantemente o exercício da reflexão crítica,
característica da filosofia, para identificar os limites
e explorar as possibilidades de uma efetiva presença
da ética (Rios, 2011, p. 85).

A desatenção do professor com a dúvida, com o interesse


e com a curiosidade do estudante pode causar frustração,
perda de interesse pelos estudos, atitudes imitativas no fu-
turo, a interiorização de sentimentos silenciadores da pala-
vra e, mesmo, a exclusão do aluno da escola.

O compromisso ético do educador com os


estudantes, independente de suas idades, é fator
de integração, de despertamento da iniciativa
individual, da coragem de enfrentar obstáculos e
da apreensão do conhecimento.

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Fazer, portanto, com que o professor paute suas ações
pela ética em sala de aula talvez não seja uma tarefa fácil,
ainda mais com a presença da tecnologia, que pode ser utili-
zada de forma adequada ou inadequada.
Não se trata, contudo, de dar às crianças, por exemplo,
“teorias éticas acabadas pelas quais devam se conduzir, mas
equipá-las com ferramentas de reflexão dentro de um con-
texto que desperte a autocorreção” (Lipman, 1990, p. 67), e
este contexto envolve o comportamento e o comprometi-
mento ético do educador.
Para incorporar uma ética profissional, é necessário
ter respeito, comprometimento, responsabilidade e atenção
aos seus alunos e colegas de trabalho, para estarem unidos
e preparados para suprir às necessidades e expectativas de
cada um. Em um ambiente escolar os estudantes tendem
a imitar ações que são realizadas pelos professores, sendo
assim, o educador é um exemplo a ser seguido. Daí a impor-
tância de uma formação para o magistério que leve o futuro
educador a compreender o sentido de ações pautadas pela
ética profissional docente. Isso porque, como argumentam
Ana Paula Caetano e Maria de Lourdes Silva:

Os professores orientam-se maioritariamente por


uma perspectiva contextualista e consequencialista
que considera, no particular, a proteção do outro e o
cuidado, através do diálogo e da análise de situações
concretas, mas também são orientados por valores
como o respeito e a solidariedade, a liberdade e au-
tonomia, a justiça, imparcialidade e igualdade, a ho-
nestidade e verdade, a responsabilidade e dignidade
humanas (Caetano; Silva, 2009, p. 38).

Daí a importância de, já no período da formação docente,


o educador ter acesso teórico a elementos da ética profissional,
os quais, quando incorporados, sejam como sinais que identi-
fiquem a sua imagem diante dos estudantes. Valores como a

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solidariedade, o respeito, o amor/cuidado, a liberdade, a auto-
nomia, a justiça, a imparcialidade, a honestidade, a verdade, a
dignidade são sinais que poderão ser, por sua vez, incorporados
pelos educandos e os acompanharão por toda a vida.
É importante que escola, enquanto instituição de servi-
ço prestado à sociedade, procure cultivar nos seus professo-
res valores éticos, como a amorosidade e o respeito pela po-
sição do outro, pois como esclarece Severino (2011, p. 147), “[...]
a escola não pode agir como uma igreja impondo doutrinas”,
mas praticar o esclarecimento respeitoso. Por isso mesmo,
continua Severino, “em que pesem as limitações, a media-
ção para a formação ética dos aprendizes passa necessaria-
mente pelo esclarecimento, ou seja, embora não baste saber,
é preciso compreender”. E compreender “significa vivenciar
um saber que não apenas toca o intelecto, mas também move
a vontade, desvelando um sentido valorativo, despertando a
sensibilidade ao nexo desse valor ao valor da dignidade hu-
mana” (Severino, 2011, p. 147).

TEORIA E PRÁTICA NA AÇÃO DOCENTE:


A ÉTICA EM MOVIMENTO
Na ação docente, é necessário que a teoria e a prática
estejam juntas para que o educador tenha uma base teórica
para aplicar na prática em sala de aula, ou para teorizar a
prática. Por isso, é importante que na sua formação os dois
aspectos coexistam e sejam pontos de referência durante
toda sua atividade profissional.
Muito do que se aprende na teoria não é aplicado em
sala de aula ou nas instituições de ensino. Ao estudar sobre
como seria uma boa escola, tem-se uma visão do que não
acontece na prática docente diária, e que deveria ser evitado.
Em uma boa escola, a prática reflete a teoria, e esta teoriza a
prática, dentro dos parâmetros da ética profissional.
Para Damasceno (1987, p. 38), “teoria e prática são
elementos indissociáveis da práxis humana”, sendo ambas

17
importantes não só para a ação docente, mas também para
toda ação humana.

É fundamental que a prática docente projete


para além do que se aprende teoricamente,
devendo se refletir em ações educativas que
transformem a vida dos estudantes.
Daí a importância do respeito à ética em sala de aula, afinal,
os estudantes tendem a seguir o exemplo de seus professores.
Cada educador tem um jeito diferente de ministrar suas
aulas: tudo o que aprendeu é colocado em prática quando
assume uma turma. Hoje, o perfil do educador é muito mais
que o perfil do professor transmissor do conteúdo; teria de
ser do professor que auxilia e está sempre à disposição para
tirar dúvidas de seus alunos: um verdadeiro mediador do
conhecimento em construção coletiva. O professor deve ter
cautela com o que diz e faz (discurso e comportamento), lem-
brando sempre que a criança está atenta aos seus movimen-
tos e pode repeti-los se assim achar correto. O estudante está
sempre ligado no comportamento do professor.

PRINCÍPIOS ÉTICOS,
ESTÉTICOS E POLÍTICOS
As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil
(DCMsEI) trazem três princípios importantes que são: éti-
cos, estéticos e políticos que valem também para o Ensino
Fundamental. Esses princípios destacam que os educadores
influenciam eticamente os estudantes, seja no pensamento,
nas atitudes, nas vestimentas e ações. Sendo assim, é impor-
tante que o educador tenha uma postura ética na relação
com seus educandos, para que seja respeitado e torne o am-
biente saudável para que haja um ótimo desenvolvimento
do aprendizado dos alunos.

18
Cortella (2010, p. 107) diz que: “A ética é uma plantinha
frágil que deve ser regada diariamente”, pois as ações, as ex-
pressões, a imagem que o professor passa são observadas e
traduzem uma determinada imagem e um exemplo a seguir. O
tratamento afetuoso e amoroso, como diria Paulo Freire (1987),
é não somente a “água” que rega a personalidade do educando,
mas também o “adubo” que fortalece e nutre o seu caráter.
Quando o educador tem o cuidado como uma virtude e
como uma categoria ética, que se reflete na amorosidade e
no cuidado (palavra que vem de caritas – caridade, amor), a
relação professor-aluno passa a ser regada pelo afeto respei-
toso como valor ético:

Pois é na convivência amorosa com seus alunos e na


postura curiosa e aberta que assume e, ao mesmo
tempo, os provoca a assumirem enquanto sujeitos
sócio-histórico-culturais do ato de conhecer, é que
o professor pode falar do respeito à dignidade e au-
tonomia do educando, lembrando que a capacidade
técnica e científica e o rigor de que o professor não
deve abrir mão no desenvolvimento do seu trabalho,
não são incompatíveis com a amorosidade necessá-
ria às relações educativas (Oliveira, 1998, p. 11).

Não há incompatibilidade entre a capacidade técnica do


educador, assim como entre o rigor com que trata os conteú-
dos, e a amorosidade como valor ético nas relações que se es-
tabelecem em sala de aula entre educador e educando. Paulo
Freire (1998, p. 159-160) acentua e explica:

Esta abertura ao querer bem não significa, na verdade


que, como professor, me obrigo a querer bem a todos
os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a
afetividade não me assusta, que não tenho medo de
expressá-la. Significa esta abertura ao querer bem a
maneira que tenho de autenticamente selar o meu
compromisso com os educandos, numa prática espe-
cífica do ser humano. Na verdade, preciso descartar

19
como falsa a separação radical entre seriedade do-
cente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto
de vista democrático, que serei tão melhor professor
quanto mais severo, mais frio, mais distante e ‘cin-
zento’ me ponha nas minhas relações com os alunos,
no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar.
A afetividade não se acha excluída da cognoscibilida-
de. [...] A prática educativa é tudo isso: afetividade, ale-
gria, capacidade cognitiva, domínio técnico a serviço
da mudança ou, lamentavelmente, da permanência
do hoje (Freire, 1998, p. 159-160, grifos do autor).

Edgar Morin, na obra Os sete saberes necessários à edu-


cação do futuro (2000, p. 28), ensina que o homem da razão, da
racionalidade, é também o da “afetividade […] o ser humano não
só vive de racionalidade e de técnica; ele se desgasta, se entrega,
se dedica a danças, transes, mitos, magias, afetos”. E nas relações
individuais/coletivas, como o caso da relação professor-aluno, a
amorosidade conduz ao diálogo, necessário no processo de ensi-
no e aprendizagem, apesar de, por vezes, os educadores pensa-
rem que o diálogo poderia ser uma técnica “manhosa” que um
usa para “confundir o outro”, como observa Paulo Freire. Para o
autor da Pedagogia do oprimido, “o diálogo, como muitas vezes
se pensa, não anula a possibilidade do ato de ensinar. Pelo con-
trário, a relação dialógica funda esse ato, que se completa e se
sela no outro, o de aprender” (Freire, 1999, p. 118). Para ele, no en-
tanto, “não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e
aos homens. Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato
de criação e recriação, se não há amor que o funda” (Freire, 1987,
p. 79). Isso porque, continua Freire:

O diálogo é uma relação horizontal de A com B. [...]


Nutre-se do amor, da humildade, da esperança, da
fé, da confiança. Por isso, só o diálogo comunica. E
quando os dois polos do diálogo se ligam, assim, com
o amor, a esperança, com fé um no outro, se fazem
críticos na busca de algo. Instala-se então uma rela-
ção de simpatia entre ambos (Freire, 1996, p. 115).

20
É precisamente por este caminho que encontramos um
valor ético de suma importância na ação pedagógica dos
professores: o diálogo. Afinal, o diálogo é expressão do amor/
afeto/cuidado como princípio/valor ético na relação do edu-
cador com o educando.
A postura do professor tem a ver também com a sua
capacidade de estar continuamente presente, não só para
“passar” a matéria e/ou dar atividades para os alunos, mas
também para despertar a curiosidade criativa das crianças
por meio do diálogo como expressão de cuidado.

A presença constante do docente em sala


de aula que apresenta uma postura de interesse
e amorosidade é de grande importância para a
formação dos estudantes que têm no educador
um exemplo a seguir e atitudes a imitar.

Ações antipedagógicas de não auxiliar o aluno nas suas


dúvidas, deixando de responder suas interrogações e, mui-
tas vezes, respondendo, mas de forma autoritária, prejudi-
cam a criatividade do estudante, além de não contribuírem
na formação para a autonomia, comprometendo seu desen-
volvimento na direção da sua vocação de “ser mais”, como
observou Paulo Freire (2001, p. 10).
O diálogo não autoritário, baseado no princípio ético do
amor, conduz as pessoas para o “bem” e as prepara não para
serem atores, mas autores da sua própria vida. Afinal, para
Aristóteles, na obra Ética a Nicômaco, a ética visa o bem, o
belo e o equilíbrio, a felicidade – a eudemonia – virtudes que,
quando levadas em consideração em sala de aula, podem
contribuir para uma “boa” educação e uma “escola”.

21
CANAL DO EDUCADOR
Situações e dilemas éticos estão presentes no cotidiano
escolar e exigem reflexão sobre nossa ação.
Como desenvolver atitudes éticas em sala de aula?

Observe se você:

• Cultiva atitudes justas com todos os seus alunos;


• Corrige e orienta seu aluno de modo sincero, sem
ofendê-lo;
• Promove situações de diálogo, por meio de técnicas de
mediação de conflitos;
• Evita comentários negativos e depreciativos de outros
professores, estudantes, direção ou da escola;
• Atua de maneira que suas atitudes sejam exemplos a
serem seguidos pelos seus alunos.

PARA IR ALÉM...
Você sabe qual é a importância da Educação em Valores?
Essa é a pergunta que procura responder Leo Fraiman,
autor da Metodologia OPEE, escritor e psicoterapeuta.
Acesse o Portal Conteúdo Aberto e assista ao vídeo em
que ele explica a relevância dos valores e princípios éticos
em sala de aula e em família:

Acesse: bit.ly/434ELkv

22
GLOSSÁRIO EDUCATIVO
Comportamentos de reprodução:
Comportamento gerado por estudantes, resultado da repro-
dução de condutas e padrões de seus educadores, uma vez
que estes também são “avaliados” pelos alunos.
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCMsEI):
Proposta pedagógica que deve respeitar três princípios: éticos,
estéticos e políticos. Valem também para o Ensino Fundamental.
Estatuto da Criança e do Adolescente:
É o conjunto de normas do ordenamento jurídico que tem
como objetivo a proteção dos direitos da criança e do ado-
lescente. É o marco legal e regulatório dos direitos humanos
de crianças e adolescentes. Trata-se da Lei n.º 8.069, de 13 de
julho de 1990, art. 53.
Ética:
É o conjunto de princípios e valores da nossa conduta na
vida; é o que faz a fronteira entre o que a natureza manda e
o que nós decidimos; é aquilo que orienta nossa capacidade
de decidir, julgar, avaliar.
Ética na ação docente:
Formação docente baseada nos preceitos éticos, visando
a formação integral e justa do indivíduo, que envolve uma
conduta apropriada na relação professor-aluno, gerando
comportamentos miméticos.
Eudemonia:
Na ética grega, toda felicidade oriunda de uma vida ativa, go-
vernada pela razão.
Moral:
Conjunto de normas e valores por meio do qual as pessoas
guiam seu agir específico ou concreto; ações contidas nos
códigos. Tem caráter prático, com força normativa, está rela-
cionada a hábitos e costumes.

23
REFERÊNCIAS CONSULTADAS

BATISTA, S. C. F.; BARCELOS, G. T. Análise do uso do celular no con-


texto educacional. Revista Novas Tecnologias na Educação, Porto
Alegre. v. 11, n. 1, julho, 2013.

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13 de julho de 1990.

CAETANO, A. P.; SILVA, M. de L. Ética profissional e formação dos


professores. Sísifo/Revista de Ciências da Educação, n. 8, jan/abr
2009. Disponível em: http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/ar-
ticle/view/133 Acesso em: 09 jun. 2020.

CORTELLA, M. S. Qual é tua obra? Inquietações propositivas sobre


gestão, liderança e ética. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

DAMASCENO, M. N. A relação teoria/prática na ação docente. Re-


vista Educação em Debate, Fortaleza, Ano 10, n. 13, p. 37-44, 1987.

DUBRIN, A. J. Fundamentos do comportamento organizacional.


Trad. James Sunderland Cook e Martha Malvezzi Leal. São Paulo:
Thomson, 2003.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz


e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedago-


gia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

FREIRE, P.; FREIRE, A. M. (orgs.). Pedagogia dos sonhos possíveis.


São Paulo: Paz e Terra, 2001.

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MATOS, E. S; VIANA, H. B.; CARVALHO, E. G. A.; BASTOS, M. J. A.
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LIPMAN, M. A Filosofia vai à escola. São Paulo: Summus, 1990.

MORIN, E. Os setes saberes necessários à educação do futuro. São


Paulo: Cortez Editora, 2000.

OLIVEIRA, E. C. Prefácio. In: Freire, P. Pedagogia da autonomia. Rio


de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

RAMOS, G. B. O uso do celular como ferramenta pedagógica em


sala de aula. URS: Porto Alegre, 2015.

RIOS, T. A. Ética e Competência. São Paulo: Cortez, 2011.

SEVERINO, A. J. Formação e atuação dos professores: dos seus fun-


damentos éticos. In: SEVERINO, A. J.; SANTOS, F. E. (orgs.) Ética e
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portes.com, Revista Digital, Ano 18, nº 186, novembro de 2013.

SNYDERS, G. Alunos felizes: a alegria na escola a partir de textos


literários. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

SOBREIRA, L. C. Ética na sala de aula: que negócio é esse? Il Fórum


de inovação docente em ensino superior. Formação continuada.
Barão de Mauá, Centro Universitário. 2019. Disponível em: LC So-
breira - Anais do Fórum de Inovação Docente - periodicos.baraode-
maua.br. Acesso em: 07 dez. 2020.

25
INDICAÇÕES DE LEITURA

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Editora Nova Cultu-


ral, 1991.

CARVALHO, A. B.; COLOMBANI, F. A amizade na sala de aula e a


educação inclusiva: reflexões filosóficas. Revista Educação Especial,
v. 30, n. 59, set./dez. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/
educacaoespecial/article/view/28081. Acesso em: 07 dez. 2020.

DUTRA, L. R. Ética na educação: faz toda diferença. Brasil Escola.


Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/
etica-na-educacao-faz-toda-diferenca.htm. Acesso em: 28 mar. 2020.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

SNYDERS, G. A alegria na escola. São Paulo: Ed. Manolo, 1988.

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