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NBR 12639 - Cilindros de aço-carbono sem costura, 3.3 Cabeça de descarga operada por pressão
para armazenamento de gases de alta pressão - Espe-
cificação Dispositivo fixo adaptado na válvula do cilindro de CO2,
para possibilitar sua abertura e conseqüente descarga
NBR 6493 - Emprego de cores fundamentais para tubu- ininterrupta do gás. É acionado por pressurização de CO2
lações industriais - Procedimento proveniente do cilindro-piloto.
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Dispositivo de comando elétrico destinado a acionar válvulas Listagem de dados e características de projeto de equipa-
direcionais e/ou válvulas de descarga dos cilindros-pilotos mentos ou dispositivos, publicada pelo fabricante e reconhe-
de CO2. cida por órgãos regulamentadores ou normativos, aceita
pelo proprietário da instalação ou seu preposto legal desig-
3.5 Chave de bloqueio nado.
Dispositivo de acionamento manual destinado a bloquear 3.15 Ramal de distribuição de CO2
temporariamente o disparo automático do sistema fixo de
CO2. Parte da tubulação contida no recinto protegido, na qual es-
tão conectados os difusores de CO2.
3.6 Cilindro de CO2
3.16 Rede de detecção, sinalização e alarme
Vaso vertical de forma cilíndrica, construído em aço, equi-
pado com válvula de descarga, tubo sifão, dispositivo de Conjunto de dispositivos de atuação automática destinados
segurança e tampa de proteção para válvula de descarga, a detectar calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos
destinado a armazenar CO2 em condições de alta pressão, de proteção e dispositivos de sinalização e alarme.
normalmente com capacidade para 45kg.
3.17 Sistema fixo de inundação total
3.7 Cilindro-piloto de CO2
Instalação fixa constituída de baterias de cilindros de CO2;
Cilindro de CO2, com características técnicas conforme tubulação; válvulas; difusores; rede de detecção, sinalização
3.6, integrante da bateria de cilindros, cuja válvula de des- e alarme; painel de comando e acessórios, destinada a ex-
carga é acionada por um dispositivo de comando destinado tinguir um incêndio por abafamento, através de descarga
a estabelecer o fluxo inicial de CO2, para abrir, por pressão, de CO2 no interior de um recinto fechado que contém o
as cabeças de descarga dos demais cilindros da bateria. equipamento protegido.
3.8 Comutador de pressão 3.18 Válvula direcional
Dispositivo de funcionamento sob pressão de CO2, destina Dispositivo fixo instalado na tubulação, que permite o dire-
do a ativar sistemas e dispositivos de sinalização e alarme
cionamento de CO2 para o risco protegido, sempre que a
e a ligar ou desligar circuitos elétricos de alimentação de bateria de cilindros atender a mais de um risco.
equipamentos.
3.19 Válvula de purga
3.9 Difusor de CO2
Dispositivo fixo instalado no coletor de distribuição de gás,
Dispositivo de instalação fixa, equipado com espalhador de
que purga para a atmosfera pequenas quantidades de CO2
orifícios calibrados, destinado a proporcionar a descarga
que porventura venham a vazar dos cilindros para o interior
de CO2 sem congelamento interno e com espalhamento
do coletor de distribuição de gás. Seu fechamento é auto-
uniforme.
mático, pela própria pressão do CO2, quando disparado.
3.10 Dispositivo de segurança
4 Condições gerais para projeto, instalação e
Dispositivo fixo de funcionamento automático, instalado no utilização dos sistemas
coletor de distribuição da bateria de cilindros ou nas válvulas
de descarga dos cilindros, destinado a aliviar sobrepressões. 4.1 Normas
4.2.4 Quando houver a possibilidade de dois ou mais riscos 4.2.7 Se o ambiente protegido se comunicar, através de
estarem sujeitos a um incêndio simultaneamente, em face aberturas que não podem ser fechadas, com outros ambi-
da sua proximidade e/ou interligação, cada um deles deve entes onde há risco potencial de incêndio, estes também
ser protegido por um sistema próprio de CO2. devem ser protegidos.
- até 7,2 60 90
- 15 95 160
- 15 110 180
23 25,8 125 200
23 25,8 150 280
34,5 38 150 280
34,5 38 200 380
46 48,3 250 480
69 72,5 350 700
88 92,4 450 900
138 145 550 1100
138 145 650 1300
Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000m. Para altitudes
superiores, devem ser aumentadas em 1% para cada 1000m.
4.3.2 O dimensionamento da tubulação deve ser feito com 4.3.4 Para efeito de cálculo das perdas de carga, a pressão
base na vazão requerida em cada difusor, dentro dos requi- inicial a ser considerada deve ser a pressão média no interior
sitos de pressão residual de projeto, de modo a evitar o do cilindro durante o escoamento da fase líquida de CO2.
congelamento de CO2 no interior dos tubos (ver Anexo). Para a temperatura de armazenamento de 21oC, esta
pressão é igual a 5,2MPa abs (52,7kgf/cm2 abs). A pressão
4.3.3 A seleção dos orifícios equivalentes dos difusores residual de projeto disponível nos difusores, à temperatura
deve ser baseada na vazão e na pressão residual em cada de armazenamento de 21oC, não deve ser menor que
difusor (ver Anexo). 2,1MPa abs (21,1kgf/cm2 abs).
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Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000m. Para altitudes superiores, devem ser aumen-
tadas em 1% para cada 1000m.
b) Quando as tensões suportáveis do impulso de manobra ou atmosférico não forem disponíveis, deve-se
utilizar o maior valor da distância elétrica para a classe de tensão. Por exemplo, para a tensão nominal
de 230kV, usar distância elétrica de 1800mm.
4.3.5 Os difusores selecionados devem constar em lista- 4.4 Cálculo da quantidade requerida de CO2
gens confiáveis, onde são estabelecidos os seus parâme-
tros principais. 4.4.1 A quantidade de CO2 deve ser calculada de modo a
assegurar concentração mínima de 40% (concentração de
4.3.6 Quando o ambiente, pelas suas características cons- projeto) no ambiente inundado.
trutivas, for muito estanque, com paredes não resistentes à 4.4.2 O tempo mínimo de retenção da concentração de CO2
pressão de CO2 descarregado dele, deve ser prevista uma
no ambiente inundado deve ser de 60s. O tempo máximo
abertura para alívio desta pressão. A área da abertura deve de descarga para atingir a concentração de projeto deve
ser calculada pela fórmula: ser de 60s.
P = pressão admissível nas paredes do recinto, em Fi = fator de inundação (kg/cm3), variável conforme o
MPa volume do ambiente inundado (ver Tabela 3)
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4.4.4 No caso de aberturas que não podem ser fechadas equipamento protegido, ou interferir com a descarga através
(conforme 4.2.6), a quantidade de CO2 a ser adicionada à dos orifícios dos difusores, e apresentar as seguintes carac-
quantidade básica requerida deve ser calculada pela terísticas:
fórmula:
a) a fase gasosa deve conter no mínimo 99,5% de CO2
Qa = Σ Te . t e não deve apresentar odor ou sabor;
g = aceleração da gravidade = 9,81m/s2 4.5.7 Em sistemas que utilizam cilindros-pilotos, cada bateria
constituída de mais de três cilindros deve ser provida de no
h = altura estática entre a linha do centro da abertura mínimo dois cilindros-pilotos.
e o teto do recinto, em m
4.5.8 As baterias devem estar localizadas o mais próximo
4.5 Suprimento de CO2 possível do equipamento protegido, mas de modo a não
ficarem expostas diretamente ao fogo ou à explosão, em
4.5.1 O CO2 utilizado deve ser isento de contaminantes que caso de incêndio. Não devem também ficar expostas às
possam causar corrosão nos materiais do sistema ou do intempéries ou sujeitas a danos mecânicos ou químicos.
(A)
A quantidade de CO2 descarregada no ambiente não pode ser inferior à listada
nesta coluna.
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4.6.1.9 Toda a tubulação deve ser, de preferência, aparente, 4.6.4.3 A detecção deve ser projetada para acionar sinaliza-
devendo ser evitadas tubulações embutidas e enterradas. ções e alarmes, visuais e sonoros, e o sistema fixo de CO2.
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4.6.4.4 A detecção que, para sua operação, depende de cir- 4.7.2 Devem ser previstos dispositivos específicos para blo-
cuitos elétricos e componentes eletromecânicos, deve ser queio do automatismo da atuação do sistema fixo de CO2,
projetada de modo a permanecer sempre supervisionada e mas de modo que a rede de detecção, sinalização e alarme
energizada, se necessário. A supervisão elétrica da rede permaneça sempre na condição de operação automática.
deve possibilitar a anunciação de falhas, tais como detec- Os dispositivos de bloqueio devem atuar, simultaneamente,
tor defeituoso, circuito elétrico interrompido ou falta de ener- sinalizações luminosas de anunciação de bloqueio (ver
gia elétrica em cada ramal de detecção, individualmente. 4.6.4.9).
4.6.4.5 Se a detecção atende a mais de um risco individual- 4.7.3 Deve ser previsto um dispositivo para acionamento
mente (um banco de transformadores, por exemplo), devem manual do sistema fixo de CO2, instalado fora do ambiente
ser previstos meios para isolar o circuito elétrico respecti- que contém o equipamento protegido, junto à entrada. Este
vo de cada ramal de detecção, de modo que, ao ser um dispositivo não deve operar quando o sistema estiver com
destes desativado, os demais permaneçam em operação. o automatismo bloqueado.
c) supervisão do sistema (conforme 4.6.4.4); Toda a tubulação, após montada e antes de ser ensaiada,
deve ser limpa com CO2, descarregando-se através dela
d) falta de força no painel e entrada da fonte de alimen- um ou mais cilindros, a fim de remover materiais estranhos
tação de emergência; e resíduos. Os difusores de CO2 devem ser removidos an-
tes de ser feita a limpeza.
e) bloqueio do automatismo da atuação do sistema
fixo de CO2 (ver 4.7.2). 5.1.2 Ensaios de estanqueidade
4.7.1 O tempo para atuação do sistema fixo de CO2, desde 5.1.3.1 O sistema, após o ensaio de estanqueidade, deve
a abertura das cabeças elétricas de comando até o início ser submetido a ensaios de escoamento, com o objetivo de
do fluxo de CO2 nos difusores, não deve ser maior que 60s. verificar a sua correta operação.
8 NBR 12232/1992
5.1.3.2 Todos os riscos protegidos devem ser ensaiados in- rem perda de peso superior a 10%, devem ser recarrega-
dividualmente, mesmo aqueles pertencentes aos sistemas dos. Em qualquer circunstância, os cilindros devem ser re-
projetados para operar simultaneamente. carregados pelo menos anualmente.
/ANEXO
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A-1 O dimensionamento da tubulação de um sistema de A-4 A perda de carga na linha pode ser determinada pela
CO2 deve ser feito com base na vazão requerida em cada equação a seguir ou pelas curvas obtidas a partir dela:
difusor, o que, por seu turno, determina a vazão em cada L 0,00009 . Y
ramal e na linha principal. Os diâmetros requeridos são de- = - 0,04319 Z
D1,25 (Q / D2 )2
terminados pelos processos usuais de dimensionamento,
tomando-se os devidos cuidados para evitar velocidades Onde:
excessivas e congelamento de CO2 na linha.
L = comprimento equivalente da linha, em m
A-2 A vazão em cada difusor é função da quantidade total D = diâmetro interno real do tubo, em mm
de CO2 a ser descarregada no ambiente protegido, do tem-
Q = vazão de CO2 na linha, em kg/min
po de descarga e do número de difusores no ambiente. Es-
te número de difusores é determinado em função da capaci- Y e Z = fatores que dependem da pressão na linha e
dade máxima deles e do seu espaçamento máximo, dados da pressão de armazenamento
pelo fabricante.
A-4.1 Os valores de Y e Z podem ser obtidos na Tabela 4 e
os valores de D1,25 e D2 na Tabela 5.
A-3 A pressão terminal da linha (pressão nos difusores no
final da linha) é igual à sua pressão inicial (pressão na saída Nota: Deve ser levado sempre em consideração que a perda de
dos cilindros), menos a perda de carga. A pressão base ini- carga em escoamento de CO2 não pode ser considerada
cial adotada para dimensionamento de sistemas de CO2 à como linear. O CO2 deixa o cilindro como um líquido à
alta pressão é 5,17Mpa abs (750 psia), que é a pressão pressão de saturação. Como a pressão diminui devido ao
média no interior dos cilindros durante a descarga da fase atrito no tubo, o líquido vaporiza, originando uma mistura de
líquida, à temperatura normal de armazenamento de 21oC líquido e vapor (escoamento em duas fases). Devido a isto,
o volume da mistura e a velocidade de escoamento
(70oF). A esta temperatura, a pressão nos difusores não
aumentam. A perda de carga por unidade de comprimento
deve ser menor que 2,07MPa abs (300 psia). da linha é maior no final do que no início desta.
Pressão
Y Z
(MPa abs)
5,17 0 -
5,00 132,527 0,0825
4,83 254,011 0,165
4,65 366,659 0,249
4,48 472,681 0,333
4,31 566,555 0,417
4,14 658,220 0,501
3,96 741,050 0,585
3,79 813,940 0,672
3,62 881,308 0,760
3,45 942,050 0,849
3,28 1000,583 0,939
3,10 1052,489 1,033
2,93 1101,083 1,132
2,76 1148,572 1,237
2,59 1186,121 1,350
2,41 1217,044 1,479
2,24 1260,116 1,629
2,07 1276,682 1,844
1,72 1319,753 2,164
1,38 1341,841 2,623
10 NBR 12232/1992
A-5 A pressão terminal da linha pode ser obtida, de manei- utilizadas em sistemas de CO2. As Tabelas 6 e 7 referem-
ra prática e direta, em função da vazão de CO2 na linha, do se aos tubos de aço série 40, mas, para fins práticos, podem
comprimento equivalente e do diâmetro desta, por meio das ser utilizadas também para tubos de aço série 80.
curvas da figura, obtidas plotando-se os valores de L/D1,25
e Q/D2, as quais são válidas para qualquer diâmetro inter- A-7 Deve ser feita uma correção da pressão estática da li-
no do tubo (ver Tabela 5). nha, sempre que houver uma mudança sensível de sua
elevação. A Tabela 8 dá os fatores de correção de eleva-
ção em função da pressão média na linha. O valor da corre-
A-6 Para a determinação do comprimento equivalente da li-
ção é subtraído da pressão terminal da linha, quando o flu-
nha, podem ser utilizadas as Tabelas 6 e 7, que dão os
xo é ascendente, e adicionado a ela, quando o fluxo é des-
comprimentos equivalentes de válvulas e conexões mais
cendente.
Diâmetro Diâmetro
nominal interno D D1,25 D2
(pol.) (mm)
A-8 A seleção dos difusores é feita em termos da área do descarga será 1,32kg/min/mm2 de área do orifício
orifício equivalente, em função da pressão terminal e da va- equivalente do difusor. Dividindo-se a vazão total
zão de CO2 em cada difusor. A Tabela 9 dá a vazão unitária, (130kg/min) pela vazão unitária, obtém-se a área do
em quilogramas de CO2 por minuto por milímetro quadrado orifício equivalente: 130/1,32 = 98,48mm2;
de área do orifício equivalente do difusor, para cada valor
da pressão terminal deste. Dividindo-se a vazão total de d) selecionar o difusor: pela Tabela 10, verifica-se que
CO2 em cada difusor pela vazão unitária, obtém-se a área a área do orifício equivalente mais próxima do valor
do orifício equivalente. O difusor pode, então, ser seleciona- encontrado é 96,97mm2, que corresponde ao difusor
do por meio de tabelas apropriadas, como a Tabela 10 que cujo diâmetro do orifício equivalente é 11,11mm
dá o número de código do orifício em função do seu diâmetro (7/16 pol.) e cujo número de código de orifício é 14.
e da sua área.
Nota: Como a área do orifício equivalente selecionado é um pouco
A-9 Exemplo: determinar a pressão terminal em um siste- menor que a área calculada, a vazão unitária será um pouco
ma de alta pressão, consistindo em uma linha de 1pol. de maior (130/96,97 = 1,34kg/min/mm2) e a pressão no difusor
diâmetro nominal (tubos de aço-carbono escala 40), com será também um pouco maior (3,51MPa abs, pela Tabela 9).
comprimento total equivalente de 150m, na qual escoa CO2
a uma vazão de 130kg/min. Selecionar o difusor adequado. Tabela 8 - Fatores de correção de elevação de
tubulações em funções de pressão
Solução: na linha
Pressão Vazão de
terminal descarga
(MPa abs) (kg/min/mm2)
5,17 3,26
5,00 2,71
4,83 2,40
4,65 2,17
4,48 2,00
4,31 1,84
4,14 1,71
3,96 1,59
3,79 1,49
3,62 1,40
3,45 1,31
3,28 1,22
3,10 1,14
2,93 1,06
2,76 1,00
2,59 0,91
2,41 0,83
2,24 0,76
2,07 0,69
1,72 0,55
1,38 0,42
/continuação
Figura - Pressão terminal em função do comprimento equivalente da linha e da vazão de CO2, à temperatura de
armazenamento de 21oC