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ABR 1992 NBR 12232

Execução de sistemas fixos automáticos


de proteção contra incêndio com gás
ABNT-Associação
Brasileira de
carbônico (CO2) por inundação total para
Normas Técnicas transformadores e reatores de potência
Sede:
Rio de Janeiro
contendo óleo isolante
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NORMATÉCNICA Procedimento

Origem: Projeto 00:001.03-042/1984


CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
GT-25 - Proteção contra Incêndio em Instalações de Geração e Transmissão de
Energia Elétrica
NBR 12232 - Carbon dioxide total flooding system for transformer/shunt reactor
protection - Procedure
Descriptors: Fire. Transformers. Reactors. Carbon gas
Copyright © 1992,
ABNT–Associação Brasileira
Reimpressão da NB-1101, de MAIO 1987
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Incêndio. Transformadores. Reatores. Gás 13 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
carbônico

SUMÁRIO NBR 7195 - Cor na segurança do trabalho - Procedi-


1 Objetivo mento
2 Documentos complementares
3 Definições ANSI B.31.10 - Power piping
4 Condições gerais para projeto, instalação e utilização dos
sistemas NFPA-12 - Standard on carbon dioxide extinguishing
5 Ensaios de inspeção systems
ANEXO - Dimensionamento da tubulação e orifícios
NFPA-70 - National electrical code
1 Objetivo NFPA-72E - Standard on automatic fire detectors

1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para o 3 Definições


projeto, instalação, manutenção e ensaios de sistemas fixos
automáticos de CO2, pelo método de inundação total, com Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de
suprimento de gás em alta pressão, para proteção de trans- 3.1 a 3.19.
formadores e reatores de potência por abafamento.
3.1 Alarme de incêndio
1.2 Esta Norma se aplica apenas aos transformadores e
reatores de potência imersos em óleo isolante e abrigados, Dispositivo de acionamento automático e desligamento ma-
isto é, instalados em ambientes fechados, observadas as nual, destinado a alertar a existência de um incêndio no ris-
prescrições da NFPA-70. co protegido.

2 Documentos complementares 3.2 Bateria de cilindros de CO2

Conjunto de cilindros de CO2 ligados por conexões flexíveis


Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
ao coletor de distribuição de gás.

NBR 12639 - Cilindros de aço-carbono sem costura, 3.3 Cabeça de descarga operada por pressão
para armazenamento de gases de alta pressão - Espe-
cificação Dispositivo fixo adaptado na válvula do cilindro de CO2,
para possibilitar sua abertura e conseqüente descarga
NBR 6493 - Emprego de cores fundamentais para tubu- ininterrupta do gás. É acionado por pressurização de CO2
lações industriais - Procedimento proveniente do cilindro-piloto.
2 NBR 12232/1992

3.4 Cabeça elétrica de comando 3.14 Listagem confiável

Dispositivo de comando elétrico destinado a acionar válvulas Listagem de dados e características de projeto de equipa-
direcionais e/ou válvulas de descarga dos cilindros-pilotos mentos ou dispositivos, publicada pelo fabricante e reconhe-
de CO2. cida por órgãos regulamentadores ou normativos, aceita
pelo proprietário da instalação ou seu preposto legal desig-
3.5 Chave de bloqueio nado.
Dispositivo de acionamento manual destinado a bloquear 3.15 Ramal de distribuição de CO2
temporariamente o disparo automático do sistema fixo de
CO2. Parte da tubulação contida no recinto protegido, na qual es-
tão conectados os difusores de CO2.
3.6 Cilindro de CO2
3.16 Rede de detecção, sinalização e alarme
Vaso vertical de forma cilíndrica, construído em aço, equi-
pado com válvula de descarga, tubo sifão, dispositivo de Conjunto de dispositivos de atuação automática destinados
segurança e tampa de proteção para válvula de descarga, a detectar calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos
destinado a armazenar CO2 em condições de alta pressão, de proteção e dispositivos de sinalização e alarme.
normalmente com capacidade para 45kg.
3.17 Sistema fixo de inundação total
3.7 Cilindro-piloto de CO2
Instalação fixa constituída de baterias de cilindros de CO2;
Cilindro de CO2, com características técnicas conforme tubulação; válvulas; difusores; rede de detecção, sinalização
3.6, integrante da bateria de cilindros, cuja válvula de des- e alarme; painel de comando e acessórios, destinada a ex-
carga é acionada por um dispositivo de comando destinado tinguir um incêndio por abafamento, através de descarga
a estabelecer o fluxo inicial de CO2, para abrir, por pressão, de CO2 no interior de um recinto fechado que contém o
as cabeças de descarga dos demais cilindros da bateria. equipamento protegido.
3.8 Comutador de pressão 3.18 Válvula direcional
Dispositivo de funcionamento sob pressão de CO2, destina Dispositivo fixo instalado na tubulação, que permite o dire-
do a ativar sistemas e dispositivos de sinalização e alarme
cionamento de CO2 para o risco protegido, sempre que a
e a ligar ou desligar circuitos elétricos de alimentação de bateria de cilindros atender a mais de um risco.
equipamentos.
3.19 Válvula de purga
3.9 Difusor de CO2
Dispositivo fixo instalado no coletor de distribuição de gás,
Dispositivo de instalação fixa, equipado com espalhador de
que purga para a atmosfera pequenas quantidades de CO2
orifícios calibrados, destinado a proporcionar a descarga
que porventura venham a vazar dos cilindros para o interior
de CO2 sem congelamento interno e com espalhamento
do coletor de distribuição de gás. Seu fechamento é auto-
uniforme.
mático, pela própria pressão do CO2, quando disparado.
3.10 Dispositivo de segurança
4 Condições gerais para projeto, instalação e
Dispositivo fixo de funcionamento automático, instalado no utilização dos sistemas
coletor de distribuição da bateria de cilindros ou nas válvulas
de descarga dos cilindros, destinado a aliviar sobrepressões. 4.1 Normas

4.1.1 Para os casos não cobertos por esta Norma, devem


3.11 Distância elétrica
ser obedecidas as exigências das NFPA-12 e NFPA-72E.
Distância mínima em linha reta entre as partes energizadas
expostas de um transformador ou reator de potência e as 4.2 Condições gerais de utilização
partes metálicas do sistema fixo de CO2.
4.2.1 O sistema fixo automático de CO2, tipo inundação to-
3.12 Gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) tal, deve ser utilizado dentro dos limites especificados por
esta Norma.
Gás não-corrosivo, eletricamente não-condutivo, incolor e
inodoro nas condições normais, armazenado na forma lique- 4.2.2 O sistema deve ser operável automaticamente e pro-
feita sob pressão, adequado para extinção do fogo por redu- vido de meios para operação manual (remota e/ou local).
ção da concentração de oxigênio e/ou da fase gasosa do Na condição de operação automática, a atuação do siste-
combustível no ar (abafamento) até o ponto que impede ou ma deve sofrer um retardo programado de 30s a 60s em re-
interrompe a combustão. Descarregado na atmosfera, for- lação à atuação da rede de detecção, por motivos de segu-
ma uma nuvem branca de partículas de gelo-seco e vapor rança pessoal.
de água no ar.
4.2.3 Devem ser previstos meios para rápido abandono do
3.13 Inundação total pessoal dos ambientes protegidos com CO2. Em todas as
portas destes ambientes, devem ser fixadas, internas e
Descarga de CO2, através de difusores fixos no interior do externamente, placas de sinalização de advertência para o
recinto que contém o equipamento protegido, de modo a risco, com os seguintes dizeres: “ATENÇÃO - AMBIENTE
permitir uma atmosfera inerte com uma concentração deter- PROTEGIDO COM CO2 - AO ALARME, ABANDONE O
minada de gás a ser atingida em tempo determinado. RECINTO”.
NBR 12232/1992 3

4.2.4 Quando houver a possibilidade de dois ou mais riscos 4.2.7 Se o ambiente protegido se comunicar, através de
estarem sujeitos a um incêndio simultaneamente, em face aberturas que não podem ser fechadas, com outros ambi-
da sua proximidade e/ou interligação, cada um deles deve entes onde há risco potencial de incêndio, estes também
ser protegido por um sistema próprio de CO2. devem ser protegidos.

4.2.8 Portas e janelas devem ser, de preferência, de fecha-


4.2.5 O ambiente que contém o equipamento protegido deve
ser o mais fechado possível. As aberturas devem restrin- mento automático, atuadas antes ou, no máximo, simultanea-
gir-se ao mínimo, sendo localizadas de preferência no teto, mente com o início da descarga do gás. As portas de acesso
ou próximas a ele, e providas de dispositivos de fechamento aos ambientes protegidos devem possuir os acessórios
automático ou, em último caso, manual. necessários para sua abertura manual.

4.2.9 A distância elétrica não deve ser inferior aos valores


4.2.6 Quando o fechamento das aberturas for impraticável, constantes nas Tabelas 1 e 2.
deve ser prevista uma quantidade adicional de CO2 para
compensar o vazamento (ver 4.4.4). A soma das áreas das 4.3 Condições gerais de projeto
aberturas que não podem ser fechadas não deve ser maior
que a área da abertura necessária para alívio de pressão 4.3.1 A quantidade requerida de CO2 deve ser calculada
(ver 4.3.6). conforme 4.4.

Tabela 1 - Distâncias elétricas para equipamentos de tensão máxima


de operação igual ou inferior a 145kV

Tensão suportável Distância


Tensão nominal Tensão máxima nominal de elétrica
do sistema de equipamento impulso mínima
atmosférico
(kV-eficaz) (kV-eficaz) (kV-eficaz) (mm)

- até 7,2 60 90
- 15 95 160
- 15 110 180
23 25,8 125 200
23 25,8 150 280
34,5 38 150 280
34,5 38 200 380
46 48,3 250 480
69 72,5 350 700
88 92,4 450 900
138 145 550 1100
138 145 650 1300

Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000m. Para altitudes
superiores, devem ser aumentadas em 1% para cada 1000m.

b) Quando a tensão suportável de impulso atmosférico não for disponível,


deve-se utilizar o maior valor da distância elétrica para a classe de tensão.
Por exemplo, para a tensão nominal de 138kV, usar distância elétrica de
1300mm.

4.3.2 O dimensionamento da tubulação deve ser feito com 4.3.4 Para efeito de cálculo das perdas de carga, a pressão
base na vazão requerida em cada difusor, dentro dos requi- inicial a ser considerada deve ser a pressão média no interior
sitos de pressão residual de projeto, de modo a evitar o do cilindro durante o escoamento da fase líquida de CO2.
congelamento de CO2 no interior dos tubos (ver Anexo). Para a temperatura de armazenamento de 21oC, esta
pressão é igual a 5,2MPa abs (52,7kgf/cm2 abs). A pressão
4.3.3 A seleção dos orifícios equivalentes dos difusores residual de projeto disponível nos difusores, à temperatura
deve ser baseada na vazão e na pressão residual em cada de armazenamento de 21oC, não deve ser menor que
difusor (ver Anexo). 2,1MPa abs (21,1kgf/cm2 abs).
4 NBR 12232/1992

Tabela 2 - Distâncias elétricas para equipamentos de tensão máxima de operação entre


145kV e 800kV

Tensão nominal Tensão máxima Tensão suportável Tensão suportável Distância


do sistema do equipamento nominal de nominal de impulso elétrica
(kV - eficaz) (kV - eficaz) impulso de manobra atmosférico mínima
(kV - crista) (kV - crista) (mm)

550 750 1400


650 750 1400
650 850 1500
230 242 750 850 1600
750 950 1700
850 950 1800

750 950 1700


850 950 1800
850 1050 1900
345 362 950 1050;1175 2200
1050 1175 2600

1050 1300 2600


440 460 1175 1300;1425 3100
1300 1425 3600

1050 1300 2600


1175 1300;1425 3100
500 550 1300 1425;1550 3600
1425 1550 4200

1300 1550 3600


1425 1550;1800 4200
750 800 1550 1800;1950 4900
1675 1950 5600

Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000m. Para altitudes superiores, devem ser aumen-
tadas em 1% para cada 1000m.

b) Quando as tensões suportáveis do impulso de manobra ou atmosférico não forem disponíveis, deve-se
utilizar o maior valor da distância elétrica para a classe de tensão. Por exemplo, para a tensão nominal
de 230kV, usar distância elétrica de 1800mm.

4.3.5 Os difusores selecionados devem constar em lista- 4.4 Cálculo da quantidade requerida de CO2
gens confiáveis, onde são estabelecidos os seus parâme-
tros principais. 4.4.1 A quantidade de CO2 deve ser calculada de modo a
assegurar concentração mínima de 40% (concentração de
4.3.6 Quando o ambiente, pelas suas características cons- projeto) no ambiente inundado.
trutivas, for muito estanque, com paredes não resistentes à 4.4.2 O tempo mínimo de retenção da concentração de CO2
pressão de CO2 descarregado dele, deve ser prevista uma
no ambiente inundado deve ser de 60s. O tempo máximo
abertura para alívio desta pressão. A área da abertura deve de descarga para atingir a concentração de projeto deve
ser calculada pela fórmula: ser de 60s.

D 4.4.3 A quantidade básica requerida de CO2 deve ser cal-


A = culada pela fórmula:
661,2 P
Qb = Va . Fi
Onde:
Onde:
2
A = área livre de abertura, em m
Q b = quantidade básica requerida de CO2, em kg
D = vazão de projeto de descarga de CO2, em kg/h Va = volume do ambiente inundado, em m3

P = pressão admissível nas paredes do recinto, em Fi = fator de inundação (kg/cm3), variável conforme o
MPa volume do ambiente inundado (ver Tabela 3)
NBR 12232/1992 5

4.4.4 No caso de aberturas que não podem ser fechadas equipamento protegido, ou interferir com a descarga através
(conforme 4.2.6), a quantidade de CO2 a ser adicionada à dos orifícios dos difusores, e apresentar as seguintes carac-
quantidade básica requerida deve ser calculada pela terísticas:
fórmula:
a) a fase gasosa deve conter no mínimo 99,5% de CO2
Qa = Σ Te . t e não deve apresentar odor ou sabor;

Onde: b) o teor de água na fase líquida não deve ser maior


que 100p.p.m. em massa (ponto de orvalho - 34oC);
Q a = quantidade adicional de CO2, em kg
c) o teor de óleo não deve ser maior que 10p.p.m. em
Te = vazão de escape (vazamento) de CO2 através de
massa.
cada abertura, em kg/min
4.5.2 O CO2 deve ficar armazenado em cilindros recarregá-
t = tempo de descarga da quantidade básica de
veis, fabricados segundo a NBR 12639, constituindo uma
CO2 = 1min
bateria, e pressurizados a uma pressão nominal de
4.4.4.1 A vazão de escape de CO2 através de cada abertura 5,9MPa man (60kgf/cm2) a 21oC.
deve ser calculada pela fórmula:
4.5.3 Cada cilindro deve ser provido de dispositivo de segu-
2 . g (ρ2 - ρ3 ) . h rança do tipo disco de ruptura, dimensionado para romper-
Te = 5,59 . C . ρ1 . A
ρ2 se a uma pressão entre 16,5MPa man e 20,7MPa man
(168kgf/cm2 man e 211kgf/cm2 man).
Onde:
4.5.4 A temperatura ambiente de armazenamento deve ser
C = fração da concentração de CO2 mantida dentro dos seguintes limites: máxima -54oC; mí-
nima -0oC.
ρ1 = massa específica da fase gasosa do CO2, em
kg/m3 4.5.5 A quantidade de CO2 da bateria deve ser suficiente pa-
ra atender a qualquer equipamento protegido ou qualquer
ρ2 = massa específica da atmosfera do recinto, em
grupo de equipamentos protegidos simultaneamente. No ca-
kg/m3
so de utilização de bateria reserva, esta deve ter a mesma
capacidade da bateria principal.
ρ 3 = massa específica da atmosfera exterior, em
kg/m3
4.5.6 Ambas as baterias, principal e reserva, devem estar
2
A = área de abertura, em m , com coeficiente de va- permanentemente conectadas ao sistema, de forma a serem
zão incluído facilmente comutadas.

g = aceleração da gravidade = 9,81m/s2 4.5.7 Em sistemas que utilizam cilindros-pilotos, cada bateria
constituída de mais de três cilindros deve ser provida de no
h = altura estática entre a linha do centro da abertura mínimo dois cilindros-pilotos.
e o teto do recinto, em m
4.5.8 As baterias devem estar localizadas o mais próximo
4.5 Suprimento de CO2 possível do equipamento protegido, mas de modo a não
ficarem expostas diretamente ao fogo ou à explosão, em
4.5.1 O CO2 utilizado deve ser isento de contaminantes que caso de incêndio. Não devem também ficar expostas às
possam causar corrosão nos materiais do sistema ou do intempéries ou sujeitas a danos mecânicos ou químicos.

Tabela 3 - Fator de inundação para riscos de incêndio do tipo de


superfície, para concentração mínima de 40%

Volume do ambiente Fator de inundação Quantidade


protegido mínima
requerida(A)
(m3) (m3/kg CO2) (kg CO2/m3) (kg)

até 3,96 0,72 1,38 -


3,97 - 14,15 0,78 1,28 4,5
14,16 - 45,28 0,83 1,21 15,1
45,29 - 127,35 0,93 1,08 45,4
127,36 - 1415,0 1,04 0,96 113,5
mais de 1415,0 1,15 0,92 1135,0

(A)
A quantidade de CO2 descarregada no ambiente não pode ser inferior à listada
nesta coluna.
6 NBR 12232/1992

4.5.9 Recomenda-se a instalação de um dispositivo odoriza- 4.6.2 Válvulas


dor de CO2 no coletor das baterias, de modo a permitir que
eventuais vazamentos do gás para o ambiente sejam detec- 4.6.2.1 Todas as válvulas devem ser localizadas, de modo
tados pelo olfato. a serem facilmente acessíveis para operação manual e
manutenção.
4.5.10 Os cilindros devem ser montados sobre suportes,
projetados de forma que cada um dos cilindros possa ser 4.6.2.2 Todas as válvulas que controlam a liberação e a dis-
pesado separadamente. tribuição do CO2 devem ser providas de dispositivo manual
para acionamento de emergência do sistema. Os dispositi-
4.6 Componentes do sistema vos devem ser, de preferência, de acionamento mecânico.

4.6.1 Tubulação 4.6.2.3 Os dispositivos manuais não devem requerer, para


seu acionamento, esforço maior que 176,5N (18kgf) nem
4.6.1.1 A tubulação dos ramais de distribuição não deve ter movimento maior que 0,35m, para sua operação.
seu caminhamento por cima do equipamento protegido, de-
vendo ser observadas, no projeto, as distâncias elétricas 4.6.2.4 As válvulas não devem estar sujeitas à possibilidade
exigidas (ver 4.2.9). de danos de origem química ou mecânica.

4.6.2.5 A cabeça de descarga deve estar sempre ligada ao


4.6.1.2 Quando eletrodutos ou tubulação da rede de detecto-
res passarem por cima do equipamento protegido, os seus coletor de distribuição através de conexão flexível. Devem
ser previstos meios para que cada cilindro possa ser retirado
suportes devem ser aparafusados e/ou simplesmente apoia-
dos à carcaça do equipamento. da bateria sem necessidade de desativar o sistema.

4.6.2.6 As válvulas devem ser especificadas para pressão


Nota: Admite-se a fixação por solda, que deve ser evitada sempre
que possível. de ruptura de 34,5MPa man (351,5kgf/cm2 man) a 21oC. Se
a válvula estiver sujeita a condições de pressão constante,
4.6.1.3 A tubulação e acessórios devem ser de material me-
a pressão mínima de ruptura deve ser de 41,4MPa man
tálico, resistente às condições esperadas de altas pressões (422kgf/cm2 man) a 21oC.
e temperaturas. Tubulação e acessórios devem ser, prefe-
4.6.2.7 Para sistemas sujeitos a eventuais vazamentos de
rencialmente, zincados ou galvanizados.
CO2 que possam causar o disparo da bateria, deve ser
prevista a instalação de válvulas de purga.
4.6.1.4 A tubulação e acessórios devem ser projetados e
dimensionados de acordo com as prescrições da
4.6.3 Difusores de CO2
ANSI B.31.10. Devem ser especificados para pressão de
ruptura de 34,5MPa man (351,5kgf/cm2 man) e para resistir
4.6.3.1 Os difusores devem ser instalados de modo a garantir,
a bruscas variações de temperatura e pressão.
sem congelamento interno, a gaseificação e o espalhamento
uniforme de CO2.
Nota: Recomenda-se para as tubulações sob pressão a especi-
ficação série 80.
4.6.3.2 Os difusores devem ser de metal não-ferroso, com
resistência compatível com as pressões e temperaturas de
4.6.1.5 O diâmetro das tubulações deve ser tal que:
trabalho previstas, e resistentes a danos mecânicos e aos
provocados por substâncias químicas às quais podem estar
a) permita correta distribuição dos esforços dinâmicos
sujeitos.
dos ramais de distribuição, devido à velocidade de
escoamento do gás;
4.6.3.3 Os difusores devem ser providos de espalhador de
orifícios calibrados e devem possuir obrigatoriamente o có-
b) a perda de carga máxima do sistema permita pressão digo de furação estampado a frio no seu corpo (ver Anexo),
suficiente para atender à descarga dos difusores de em local visível mesmo após sua instalação.
CO2.
4.6.4 Detecção, sinalização e alarme
4.6.1.6 Em sistemas onde o arranjo de tubulações e equipa-
mentos origina a existência de seções tubulares fechadas, 4.6.4.1 A detecção de incêndio do sistema fixo automático
devem ser previstos dispositivos de alívio de pressão, di- de CO2 deve identificar qualquer princípio de incêndio, de
mensionados para operar a pressões entre 16,5MPa man e modo a permitir o seu controle imediato.
20,7MPa man (168,5kgf/cm2 man e 211kgf/cm2 man).
4.6.4.2 Podem ser utilizados os seguintes tipos de detecção
4.6.1.7 Toda a tubulação deve ser diretamente aterrada na de incêndio:
malha de terra.
a) detecção de calor;
4.6.1.8 Os suportes devem ser dimensionados e localiza-
dos de forma a permitirem a expansão e a contração da tu- b) detecção de fumaça;
bulação e esforços mecânicos devido a ondas de choque e
vibrações a que estão sujeitos. c) detecção de calor e fumaça (conjugadamente).

4.6.1.9 Toda a tubulação deve ser, de preferência, aparente, 4.6.4.3 A detecção deve ser projetada para acionar sinaliza-
devendo ser evitadas tubulações embutidas e enterradas. ções e alarmes, visuais e sonoros, e o sistema fixo de CO2.
NBR 12232/1992 7

4.6.4.4 A detecção que, para sua operação, depende de cir- 4.7.2 Devem ser previstos dispositivos específicos para blo-
cuitos elétricos e componentes eletromecânicos, deve ser queio do automatismo da atuação do sistema fixo de CO2,
projetada de modo a permanecer sempre supervisionada e mas de modo que a rede de detecção, sinalização e alarme
energizada, se necessário. A supervisão elétrica da rede permaneça sempre na condição de operação automática.
deve possibilitar a anunciação de falhas, tais como detec- Os dispositivos de bloqueio devem atuar, simultaneamente,
tor defeituoso, circuito elétrico interrompido ou falta de ener- sinalizações luminosas de anunciação de bloqueio (ver
gia elétrica em cada ramal de detecção, individualmente. 4.6.4.9).

4.6.4.5 Se a detecção atende a mais de um risco individual- 4.7.3 Deve ser previsto um dispositivo para acionamento
mente (um banco de transformadores, por exemplo), devem manual do sistema fixo de CO2, instalado fora do ambiente
ser previstos meios para isolar o circuito elétrico respecti- que contém o equipamento protegido, junto à entrada. Este
vo de cada ramal de detecção, de modo que, ao ser um dispositivo não deve operar quando o sistema estiver com
destes desativado, os demais permaneçam em operação. o automatismo bloqueado.

4.7.4 Deve ser previsto um dispositivo temporizador, regulá-


4.6.4.6 Todos os dispositivos de detecção devem ser proje-
tados para operar sob temperaturas ambientes de até 54 C o vel de 0s a 60s, para retardar a descarga de CO2, quando o
ou demarcados com limitação da temperatura normal de sistema estiver na condição de operação automática. A
funcionamento. atuação do temporizador deve ser comandada pela rede de
detecção.
4.6.4.7 Os detectores devem ser localizados de forma a
4.7.5 Quando o ambiente de confinamento do equipamento
identificar imediatamente qualquer incêndio incipiente no am- protegido é atendido por sistemas de ventilação ou ar-condi-
biente de confinamento do equipamento protegido, de acor- cionado, estes devem ser automaticamente desligados, an-
do com os requisitos aplicáveis da NFPA-72E. tes do início da descarga do gás ou, no máximo, simultanea-
mente a ele.
4.6.4.8 Deve ser previsto um alarme sonoro geral de incên-
dio, tipo sirene ou campainha, comandado pela rede de de- 4.7.6 Devem ser previstos exaustores para remoção de
tecção. CO2 do ambiente de confinamento do equipamento protegido,
após a extinção do incêndio. Os exaustores devem ser
4.6.4.9 Em cada ambiente onde houver descarga de CO2, atuados manualmente através de dispositivos instalados
deve haver um alarme visual e sonoro atuado pela detecção fora do ambiente.
e um sinal luminoso de anunciação de bloqueio do automa-
tismo do sistema, atuado pelo respectivo dispositivo de blo- 4.8 Pintura
queio (ver 4.7.2).
Todos os componentes dos sistemas fixos automáticos de
4.6.5 Painel de comando e sinalização CO2 devem ser pintados na cor vermelha, conforme as
prescrições das NBR 12176, NBR 6493 e NBR 7195. Su-
4.6.5.1 Deve ser previsto um painel central de comando e perfícies de aço inoxidável ou zincado, latão e bronze po-
sinalização, instalado em local protegido e permanentemen- dem permanecer sem pintura.
te assistido, indicando, no mínimo, o seguinte:
5 Ensaios de inspeção
a) atuação da detecção por risco protegido; 5.1 Ensaios de aceitação
b) descarga de CO2 por risco protegido; 5.1.1 Lavagem da tubulação

c) supervisão do sistema (conforme 4.6.4.4); Toda a tubulação, após montada e antes de ser ensaiada,
deve ser limpa com CO2, descarregando-se através dela
d) falta de força no painel e entrada da fonte de alimen- um ou mais cilindros, a fim de remover materiais estranhos
tação de emergência; e resíduos. Os difusores de CO2 devem ser removidos an-
tes de ser feita a limpeza.
e) bloqueio do automatismo da atuação do sistema
fixo de CO2 (ver 4.7.2). 5.1.2 Ensaios de estanqueidade

5.1.2.1 Toda a tubulação, após a limpeza, deve ser submetida


4.6.5.1.1 A sinalização deve ser por meio de um alarme so-
noro comum e alarme visual (luz indicativa) para cada evento. a ensaios de estanqueidade com CO2, à pressão de arma-
zenamento nos cilindros. A pressão de ensaio deve ser
4.6.5.2 A alimentação elétrica do painel deve ser de modo
mantida durante 10min, no mínimo, sem perda detectável
que esteja sempre energizado. Em caso de queda de ener- visualmente em manômetro.
gia da rede, a alimentação deve ser automaticamente trans- 5.1.2.2 Os ensaios devem ser conduzidos rigorosamente
ferida para uma fonte confiável de alimentação de emergên- dentro das prescrições usuais de segurança. A retirada de
cia, que pode ser um sistema de baterias, com capacidade CO2 após cada ensaio deve ser feita através de válvula em
para no mínimo 12h de operação contínua. um ponto apropriado da tubulação.
4.7 Atuação do sistema 5.1.3 Ensaios de operação

4.7.1 O tempo para atuação do sistema fixo de CO2, desde 5.1.3.1 O sistema, após o ensaio de estanqueidade, deve
a abertura das cabeças elétricas de comando até o início ser submetido a ensaios de escoamento, com o objetivo de
do fluxo de CO2 nos difusores, não deve ser maior que 60s. verificar a sua correta operação.
8 NBR 12232/1992

5.1.3.2 Todos os riscos protegidos devem ser ensaiados in- rem perda de peso superior a 10%, devem ser recarrega-
dividualmente, mesmo aqueles pertencentes aos sistemas dos. Em qualquer circunstância, os cilindros devem ser re-
projetados para operar simultaneamente. carregados pelo menos anualmente.

5.1.3.3 O ensaio de operação deve ser efetuado descarre-


5.2.3 Os cilindros descarregados não devem ser recarrega-
gando-se, em cada risco, no mínimo 50% da quantidade de
dos sem serem submetidos ao ensaio hidrostático e à re-
cilindros prevista para ele, mas nunca menos que a carga
marcação, caso já tenham decorrido mais de cinco anos da
completa de um cilindro.
data do último ensaio. Os cilindros em uso contínuo, mas
5.1.3.4 Os ensaios de operação devem incluir o sistema au- não descarregados, podem ser mantidos em serviço durante
tomático de detecção, sinalização e alarme. um período máximo de 12 anos após a data do último ensaio
hidrostático. No final deste período, os cilindros devem ser
5.2 Inspeção e ensaios periódicos totalmente descarregados, ensaiados hidrostaticamente e
remarcados conforme a NBR 12639, antes de serem recar-
5.2.1 Todos os sistemas fixos automáticos de CO2 devem regados e colocados novamente em serviço.
ser inspecionados visualmente, pelo menos trimestralmen-
te. Devem ser verificadas as condições de funcionamento
5.2.4 Todos os sistemas devem ser submetidos a ensaios
de todas as partes móveis, principalmente as lubrificadas,
de operação, de acordo com 5.1.3.2, 5.1.3.3 e 5.1.3.4, pelo
bem como todos os componentes elétricos, tais como detec-
menos anualmente.
tores, acionadores manuais, válvulas solenóides, pressos-
tatos, etc.
5.2.5 Inspeções, ensaios, manutenção e operação de siste-
5.2.2 Os cilindros devem ser pesados periodicamente, no mas fixos automáticos de CO2 devem ser efetuados somen-
mínimo de seis em seis meses. Sempre que eles acusa- te por pessoas devidamente habilitadas.

/ANEXO
NBR 12232/1992 9

ANEXO - Dimensionamento da tubulação e orifícios

A-1 O dimensionamento da tubulação de um sistema de A-4 A perda de carga na linha pode ser determinada pela
CO2 deve ser feito com base na vazão requerida em cada equação a seguir ou pelas curvas obtidas a partir dela:
difusor, o que, por seu turno, determina a vazão em cada L 0,00009 . Y
ramal e na linha principal. Os diâmetros requeridos são de- = - 0,04319 Z
D1,25 (Q / D2 )2
terminados pelos processos usuais de dimensionamento,
tomando-se os devidos cuidados para evitar velocidades Onde:
excessivas e congelamento de CO2 na linha.
L = comprimento equivalente da linha, em m

A-2 A vazão em cada difusor é função da quantidade total D = diâmetro interno real do tubo, em mm
de CO2 a ser descarregada no ambiente protegido, do tem-
Q = vazão de CO2 na linha, em kg/min
po de descarga e do número de difusores no ambiente. Es-
te número de difusores é determinado em função da capaci- Y e Z = fatores que dependem da pressão na linha e
dade máxima deles e do seu espaçamento máximo, dados da pressão de armazenamento
pelo fabricante.
A-4.1 Os valores de Y e Z podem ser obtidos na Tabela 4 e
os valores de D1,25 e D2 na Tabela 5.
A-3 A pressão terminal da linha (pressão nos difusores no
final da linha) é igual à sua pressão inicial (pressão na saída Nota: Deve ser levado sempre em consideração que a perda de
dos cilindros), menos a perda de carga. A pressão base ini- carga em escoamento de CO2 não pode ser considerada
cial adotada para dimensionamento de sistemas de CO2 à como linear. O CO2 deixa o cilindro como um líquido à
alta pressão é 5,17Mpa abs (750 psia), que é a pressão pressão de saturação. Como a pressão diminui devido ao
média no interior dos cilindros durante a descarga da fase atrito no tubo, o líquido vaporiza, originando uma mistura de
líquida, à temperatura normal de armazenamento de 21oC líquido e vapor (escoamento em duas fases). Devido a isto,
o volume da mistura e a velocidade de escoamento
(70oF). A esta temperatura, a pressão nos difusores não
aumentam. A perda de carga por unidade de comprimento
deve ser menor que 2,07MPa abs (300 psia). da linha é maior no final do que no início desta.

Tabela 4 - Valores de Y e Z em função da pressão na linha

Pressão
Y Z
(MPa abs)

5,17 0 -
5,00 132,527 0,0825
4,83 254,011 0,165
4,65 366,659 0,249
4,48 472,681 0,333
4,31 566,555 0,417
4,14 658,220 0,501
3,96 741,050 0,585
3,79 813,940 0,672
3,62 881,308 0,760
3,45 942,050 0,849
3,28 1000,583 0,939
3,10 1052,489 1,033
2,93 1101,083 1,132
2,76 1148,572 1,237
2,59 1186,121 1,350
2,41 1217,044 1,479
2,24 1260,116 1,629
2,07 1276,682 1,844
1,72 1319,753 2,164
1,38 1341,841 2,623
10 NBR 12232/1992

A-5 A pressão terminal da linha pode ser obtida, de manei- utilizadas em sistemas de CO2. As Tabelas 6 e 7 referem-
ra prática e direta, em função da vazão de CO2 na linha, do se aos tubos de aço série 40, mas, para fins práticos, podem
comprimento equivalente e do diâmetro desta, por meio das ser utilizadas também para tubos de aço série 80.
curvas da figura, obtidas plotando-se os valores de L/D1,25
e Q/D2, as quais são válidas para qualquer diâmetro inter- A-7 Deve ser feita uma correção da pressão estática da li-
no do tubo (ver Tabela 5). nha, sempre que houver uma mudança sensível de sua
elevação. A Tabela 8 dá os fatores de correção de eleva-
ção em função da pressão média na linha. O valor da corre-
A-6 Para a determinação do comprimento equivalente da li-
ção é subtraído da pressão terminal da linha, quando o flu-
nha, podem ser utilizadas as Tabelas 6 e 7, que dão os
xo é ascendente, e adicionado a ela, quando o fluxo é des-
comprimentos equivalentes de válvulas e conexões mais
cendente.

Tabela 5 - Valores de D1,25 e D2 em função do diâmetro do tubo

Diâmetro Diâmetro
nominal interno D D1,25 D2
(pol.) (mm)

1/2 (40) 15,8 31,50 249,64


3/4 (40) 21,0 44,95 441,00
1 (40) 26,6 60,41 707,56
1 (80) 24,3 53,95 590,49
1 1/4 (40) 35,1 85,43 1232,01
1 1/4 (80) 32,5 77,60 1056,25
1 1/2 (40) 40,9 103,43 1672,81
1 1/2 (80) 38,1 94,66 1451,61
2 (40) 52,5 141,32 2756,25
2 (80) 49,2 130,30 2420,64
2 1/2 (40) 62,7 176,43 3931,29
2 1/2 (80) 59,0 163,52 3481,00
3 (40) 77,9 231,43 6068,41
3 (80) 73,7 215,94 5431,69
4 (40) 102,3 325,34 10465,29
4 (80) 97,2 305,20 9447,84
5 (40) 128,2 431,38 16435,24
5 (80) 122,3 406,71 14957,29
6 (40) 154,1 542,94 23746,81
6 (80) 146,4 509,24 21432,96

Nota: (40) = Série 40; (80) = Série 80.

Tabela 6 - Comprimentos equivalentes de conexões roscadas

Diâmetro Curva 90o União ou


nominal Curva Curva raio longo T saída válvula
do tubo 45o 90o e T direto do lado gaveta
(pol.) (m) (m) (m) (m) (m)

3/8 0,18 0,40 0,24 0,82 0,09


1/2 0,24 0,52 0,30 1,04 0,12
3/4 0,30 0,67 0,43 1,37 0,15
1 0,40 0,85 0,55 1,74 0,18
1 1/4 0,52 1,13 0,70 2,29 0,24
1 1/2 0,61 1,31 0,82 2,65 0,27
2 0,79 1,68 1,07 3,41 0,37
2 1/2 0,94 2,01 1,25 4,08 0,43
3 1,16 2,49 1,55 5,06 0,55
4 1,52 3,26 2,04 6,64 0,73
5 1,92 4,08 2,56 8,35 0,91
6 2,32 4,94 3,08 10,00 1,07
NBR 12232/1992 11

Tabela 7 - Comprimentos equivalentes de conexões soldadas

Diâmetro Curva 90o União ou


nominal Curva Curva raio longo T saída válvula
do tubo 45o 90o e T direto do lado gaveta
(pol.) (m) (m) (m) (m) (m)

3/8 0,06 0,21 0,15 0,49 0,09


1/2 0,09 0,24 0,21 0,64 0,12
3/4 0,12 0,34 0,27 0,85 0,15
1 0,15 0,43 0,33 0,94 0,18
1 1/4 0,21 0,55 0,46 1,40 0,24
1 1/2 0,24 0,64 0,52 1,65 0,27
2 0,30 0,85 0,67 2,10 0,37
2 1/2 0,37 1,01 0,82 2,50 0,43
3 0,46 1,25 1,01 3,11 0,55
4 0,61 1,64 1,34 4,08 0,73
5 0,76 2,04 1,68 5,12 0,91
6 0,91 2,47 2,01 6,16 1,07

A-8 A seleção dos difusores é feita em termos da área do descarga será 1,32kg/min/mm2 de área do orifício
orifício equivalente, em função da pressão terminal e da va- equivalente do difusor. Dividindo-se a vazão total
zão de CO2 em cada difusor. A Tabela 9 dá a vazão unitária, (130kg/min) pela vazão unitária, obtém-se a área do
em quilogramas de CO2 por minuto por milímetro quadrado orifício equivalente: 130/1,32 = 98,48mm2;
de área do orifício equivalente do difusor, para cada valor
da pressão terminal deste. Dividindo-se a vazão total de d) selecionar o difusor: pela Tabela 10, verifica-se que
CO2 em cada difusor pela vazão unitária, obtém-se a área a área do orifício equivalente mais próxima do valor
do orifício equivalente. O difusor pode, então, ser seleciona- encontrado é 96,97mm2, que corresponde ao difusor
do por meio de tabelas apropriadas, como a Tabela 10 que cujo diâmetro do orifício equivalente é 11,11mm
dá o número de código do orifício em função do seu diâmetro (7/16 pol.) e cujo número de código de orifício é 14.
e da sua área.
Nota: Como a área do orifício equivalente selecionado é um pouco
A-9 Exemplo: determinar a pressão terminal em um siste- menor que a área calculada, a vazão unitária será um pouco
ma de alta pressão, consistindo em uma linha de 1pol. de maior (130/96,97 = 1,34kg/min/mm2) e a pressão no difusor
diâmetro nominal (tubos de aço-carbono escala 40), com será também um pouco maior (3,51MPa abs, pela Tabela 9).
comprimento total equivalente de 150m, na qual escoa CO2
a uma vazão de 130kg/min. Selecionar o difusor adequado. Tabela 8 - Fatores de correção de elevação de
tubulações em funções de pressão
Solução: na linha

a) determinar Q/D2 e L/D1,25 Pressão média na linha Fator de correção


(MPa abs) (MPa/m)
Q = 130kg/min; L = 150m
5,17 0,0080
Da Tabela 5: D = 26,6mm; D1,25 = 60,41; D2 = 707,56 4,83 0,0068
Q/D2 = 130/707,56 = 0,18kg/min/mm2 4,48 0,0058
4,14 0,0049
L/D1,25 = 150/60,41 = 2,48m/mm1,25 3,79 0,0040
b) determinar a pressão terminal: pela Figura, verifica- 3,48 0,0034
se que a pressão terminal é 3,47MPa abs, no ponto 3,10 0,0028
onde a vazão interpolada de 0,18kg/min/mm2 2,76 0,0024
intercepta a abscissa do comprimento equivalente
em 2,48m/mm1,25; 2,41 0,0019
2,07 0,0016
c) determinar a área do orifício equivalente: pela Ta- 1,72 0,0012
bela 9, verifica-se que para uma pressão terminal
1,38 0,0009
interpolada de 3,47MPa abs, a vazão unitária de
12 NBR 12232/1992

Tabela 9 - Vazão de descarga por unidade de


área de orifício equivalente em
função de pressão do difusor

Pressão Vazão de
terminal descarga
(MPa abs) (kg/min/mm2)

5,17 3,26
5,00 2,71
4,83 2,40
4,65 2,17
4,48 2,00
4,31 1,84
4,14 1,71
3,96 1,59
3,79 1,49
3,62 1,40
3,45 1,31
3,28 1,22
3,10 1,14
2,93 1,06
2,76 1,00
2,59 0,91
2,41 0,83
2,24 0,76
2,07 0,69
1,72 0,55
1,38 0,42

Tabela 10 - Diâmetro de orifício equivalente

Número de Diâmetro do orifício equivalente Área do orifício equivalente


código do
orifício (pol.) (mm) (pol.2) (mm2)

- 0,026 0,66 0,00053 0,34


- 1/16 1,59 0,00307 1,98
- 0,070 1,78 0,00385 2,48
- 0,076 1,93 0,00454 2,93
- 5/64 1,98 0,0048 3,10
- 0,081 2,06 0,00515 3,32
- 0,086 2,18 0,00585 3,75
3 3/32 2,38 0,0069 4,45
3+ 7/64 2,78 0,0094 6,06
4 1/8 3,18 0,0123 7,94
4+ 9/64 3,57 0,0155 10,00
5 5/32 3,97 0,0192 12,39
5+ 11/64 4,37 0,0232 14,97
6 3/16 4,76 0,0276 17,81
6+ 13/64 5,16 0,0324 20,90
7 7/32 5,56 0,0376 24,26
7+ 15/64 5,95 0,0431 27,81
8 1/4 6,35 0,0491 31,68
8+ 17/64 6,75 0,0554 35,74
9 9/32 7,14 0,0621 40,06
9+ 19/64 7,54 0,0692 44,65
10 5/16 7,94 0,0767 49,48
11 11/32 8,73 0,0928 59,87
12 3/8 9,53 0,1105 71,29
13 13/32 10,32 0,1296 83,61
14 7/16 11,11 0,1503 96,97
/continua
NBR 12232/1992 13

/continuação

Número de Diâmetro do orifício equivalente Área do orifício equivalente


código do
orifício (pol.) (mm) (pol.2) (mm2)

15 15/32 11,91 0,1725 111,29


16 1/2 12,70 0,1964 126,71
18 9/16 14,29 0,2485 160,32
20 5/8 15,88 0,3068 197,94
22 11/16 17,46 0,3712 239,48
24 3/4 19,05 0,4418 285,03
32 1 25,40 0,785 506,45
48 1 1/2 38,10 1,765 1138,71
64 2 50,80 3,14 2025,80

Figura - Pressão terminal em função do comprimento equivalente da linha e da vazão de CO2, à temperatura de
armazenamento de 21oC

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