Você está na página 1de 20

Amaranthaceae do Rio de Janeiro.

1. O gênero Althernanthera Forsk

Josafá Carlos de Siqueira• No presente trabalho, os autores apresentam uma chave e redescrevem as nove es-
Elsie F. Guimarães2 pécies de Alternanthera Forsk. (Amaranthaceae), ocorrentes no Rio de Janeiro, assim
como sua distribuição geográfica.

1
Curador do Herbarium Friburguense - Introdução Material e métodos
Nova Friburgo - RJ.
2
Pesquisadora do Jardim Botânico do O gêneroAlternanthera Forsk. (1775) Para o estudo em apreço foi utilizado
Rio de Janeiro e bolsista do CNPq. pertence à família Amaranthaceae Juss. material vivo e herborizado, depositado
(1789) e possui cerca de 30 espécies no nas coleções do Jardim Botânico e Museu
Brasil. Nacional do Rio de Janeiro, Herbarium
Bradeanum, Herbarium Friburguense e
Smith e Downs (1972) apresentaram Departamento de Conservação Ambien-
12 espécies do gênero para o Estado de tal. Para análise dos pêlos, empregou-se
Santa Catarina, sendo nove destas encon- material herborizado, destacando-se os
tradas também no Estado do Rio de Ja- pêlos que foram montados entre lâmina e
neiro. Iam ínula, na mistura água-glicerina. Os
desenhos que ilustram o trabalho foram
realizados ao microscópio estereoscópico
As nove espécies que encontramos no
Carl Zeiss com sua respectiva câmara cla-
Estado do Rio de Janeiro estão distribuí-
das em restingas, orla de matas, beira de ra, em diferentes escalas de aumento.
rios e terrenos úmidos, baldios e cultiva-
Alternanthera Forsk.
dos.
Alternanthera Forsk. FI. Aeg.-Arab.
O gênero Alternanthera Forsk. difere 28.1775; Moq. in DC. Prod. 13, pt.
dos d ema is gêneros da família Amaran- 2:350. 1849; Seub. in Mart. FI. Bras. 5,
thaceae por apresentar os pseudoestami- pt. 1:182, 1875; R. E. Fries, Ark. Bot ..
nódios alternando com os estames. Algu- 16, n9 12:12, 1920; 16, nP 13; 8. 1920;
mas espécies como A. tenella Colla e A. Schinz in Engler & Prantl, Pflanzenfam.
pungens HBK. são utilizadas na medicina ed. 2. 16c; 71. 1934; Suessenguth, Fedde
popular brasileira como diurética e anti- Rep. Spec. Nov. 35:299, 1934; Covas,
sifil ítica, respectivamente. Darwiniana 5:349. 1941; Smith et Downs
in Reitz FI. llustr. Catar. 50. 1972.
Agradecimentos
Neste trabalho realizamos descrições Achyranthes sensu L. Sp. PI. ed. 2. 299.
~ec'.lia Gonçalves C~sta; CNPq; dra. Graziela
_ac1el Barroso; Luciana Mautone; Mário da das espécies, ilustrações, chave para iden- 1762, sub lllecebrum; Standley, Journ.
Silva; e aos curadores dos herbários citados no tificação, e confeccionamos mapas sobre Washington Acad. Sei. 5:73. 1915; North
texto. Am. FI. 21, pt. 2:133. 1917.
a distribuição geográfica das mesmas.

Roctriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 21


Telanthera R. Br. in Tuckey, Congo 477. dd. Caule com pêlos adpressos . . . . . . . . beira da Lagoa de Marapendi, D. Araújo
1818; Moq . in DC. Prod. 13. pt. 2:362, . . . . . . . . . 3b. A. brasiliana var. vi/Iasa 987 (11 /2/1976) GUA, HB; Recreio dos
1849; Seub, in Mart. FI. Bras. 5, pt. Bandeirantes, L.E. Mello Filho 1.003 (5/1/
1 : 168. 1 87 5. AA. Inflorescência séssil ou subséssil 1950) R; ibidem, Richter s/n (15/7/1958)
Brandesia Mart. Nov. Gen. & Sp. 2:25. e. Flores glabras HB; Campos, Collegio, Ramiz Galvão 662
1826. f. Folhas glabras (2/1882) R; Juturnahyba, A. Passarelli
Mogiphanes Mart. Nov. Gen. & Sp. 2:29. g. Caule com pêlos, folhas membraná- 106 (19/6/1938) R; Município do Rio de
1826. ceas, 3 estames . . . . . . . . . . 4. A. sessilis Janeiro, Baixada de Jacarepaguá, Ferreira
Bucholzia Mart. Nov. Gen. & Sp. 2:49. gg. Caule glabro, folhas carnosas, 5 esta- 112 (19/7/1966) HB; Estrada Jacarepa-
1826. mes . . . . . . . . . . . . . . . . 5. A. marítima guá, sítio Retiro, Lanna 1.900 (20/7 /
Steiremis Raf. FI. Tellur. 3:40. 1836. ff. Folhas pilosas . . . . . . . . . . . . . . . . 1979) HB.
. ...... ..... .. 6. A. paranichyoides
Ervas ou subarbustos eretos ou de- ee. Flores pilosas Erva heliófila, freqüentemente en-
cumbentes, perenes ou anuais. Folhas h. Sépalas rígidas, as duas laterais con- contrada em terrenos alagados, à beira de
simples, opostas, glabras ou pi Iasas de crescidas, espinescentes . . . . . . . . . . . . . rios, preferindo solos hidromórficos, onde
forma e tamanhos variáveis. Inflorescên- ... . . . . . . . . . . . . . . . 7. A. pungens vem a constituir densos agrupamentos.
cias pedunculadas ou sésseis dispostas em hh. Sépalas não-rígidas, as externas livres,
glomérulos ou espigas. Flores hermafrodi- pilosas e as duas internas, glabras . . . . . . Alternanthera dentata (Moench)
tas ladeadas por brácteas glabras ou pilo- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8. A. tennela Scheygrond
sas; sépalas 5, raras vezes 4, livres, iguais Figuras 2 (1-4) e 15
ou desiguais, glabras ou pubescentes; pê- Alternanthera philoxeroides (Mart.)
los simples, pluricelulares, unisseriados, Griseb. Scheygrond in Pulle, FI. Surinam 1 :39.
de paredes espessas ou moderadamente, Figuras 1 (1-4) e 14 1932; Schinz in Engler & Prantl. Pflan-
espessas, com espículas ou com espessa- zenfam. ed. 2. 76. 1932; Smith et Downs
mento reticulado nas paredes da célula Griseb. Symb . Argent. in Abh. Ges. Wiss in Reitz FI. llustr. Cat. 74, est. 12, fig.
apical; às vezes gloquídias. Estames com G6h. 24:36. 1879; Schinz in Engler & A-C.
filamentos simples, unidos na base em tu- Pranthl, Pflanzenfam. 3. Abt. 1a: 115. Gomphrena brasiliensis L. Syst. ed.
bo curto, alternados com pseudoestami- 1893; ed. 2. 74. 1934; Covas, Darwiniana 10:949. 1758/1759, non G. brasiliana L.
nódios; anteras monotecas; ovário unilo- 5:355, fig. 9 A-F. 1941; Pedersen, Darwi- 1756; Jacq. Coll. 2:278. 1789.
cular, uniovulado; estilete distinto ou às niana 14:445; Fabris in Cabrera, FI. Prov. G. dentata Moench, Meth. Suppl. 273.
vezes reduzido; estigma capitado ou glo· Buenos Aires 3: 139, fig. 44. 1967; Smith 1802.
boso, profusamente papiloso. Fruto in- et Downs. Amaranthaceae in Reitz FI. Philoxerus brasiliensis ( L.) R. Br. Prod.
deiscente, incluso nos sépalas. Semente llustr. Catar. 64. est. 11 fig. A-E. 1972. 416. 1810.
lenticular, com embrião periférico curto, Bucholzia philoxeroides Mart. Nova Acta Mogiphanes brasiliensis (L.) Mart. Nov.
com rastelo alongado, radícula curvada Acad. Leop.-Carol. 13 pt. 1 :315. 1826. Gen. & Sp. 2:34.1826.
para cima; cotilédones carnosos. Telanthera philoxeroides (Mart.) Moq. in M. Jacquini Schrad. lnd. Sem. Hort.
DC Prodr. 13(1):362. 1849. Seub. in Gotting. "1834":4.1834.
Espécie genérica : Gomphrena sessi- Mart. FI. Bras. 5, pt. 1: 169. tab. 5. 1875. Telanthera dentata Moq. in DC. Prod. 13,
les L. Achyranthes philoxeroides (Mart.) Stan- pt. 2:378. 1849, em parte, quanto o basi-
dley, Journ. Washington Acad. Sei. 5:74 . nômio; Seub. in Mart. FI. Bras. 5, pt.
Dispersão geográfica: Cerca de 180 1815; North Am. FI. 21, pt. 2:142. 1917. 1:181.1875.
espécies ocorrem por todo o mundo, prin- Alternanthera brasiliana jacquinii (Schrad.)
ci paimente nas regiões tropicais e subtro- Erva perene, semiprostrada, ramosa. Kuntze 2:538. 1891.
picais. Caule glabro, carnoso, com nós profusa· Achyranthes jacquinii (Schrad.) Standley,
mente vilosos. Folhas curto-pecioladas, Journ. Washington Acad. Sei. 5:74. 1915;
Chave para as espécies elípticas, ovadas ou obovadas, com pêlos North Am. FI. 21, pt. 2:145. 1917.
esparsos na margem, com nervura central
A. Inflorescência pedunculada saliente. Inflorescência simples com pe-
a. Brácteas e sépalas glabras . . . . . . . . . dúnculo pi los o, axilar ou terminal. Flores Erva perene, rastejante, ramosa. Cau·
. .... . . . . . . . . . . 1 . A. philoxeroides alvo-amareladas, com 3 brácteas iguais, le nodoso, com ramificações pilosas. Fo-
aa. Sem estas características 3mm de comprimento, de ápice acumina· lhas curto-pecioladas, às vezes de colora-
b. Brácteas ultraµassando o comprimento do, sépalas 5, ovadas, glabras, uninerva· ção rubra, oblongo-ovadas, ápice acumi-
das sépalas .. . ... 2. A. dentata das, agudas, 6, 8-7,0mm de comprimento; nado, cuneadas na base, dentadas na mar-
bb. Brácteas menores que o comprimen- estames 5, com filetes levemente angulo- gem, esparso-pilosa em ambas as faces,
to das sépalas. sos, anteras lineares. Ovário esférico, apla- mais profusamente na nervura mediana da
e. Brácteas e bracteólas ovado-triangula- nado, estigma capitado, profusamente pa· face dorsal. Inflorescência simples, pedun·
res, não atingindo a metade das sépalas piloso. culada, com pêlos castanhos. Flores alvas,
. . . . . . . 3a. A. brasiliana var . brasiliana com três brácteas, uma ovada-aguda ou
cc. Sem estas características Material estudado acuminada, as outras alongado-naviculares
d. Caule com pêlos patentes . . . . . . . . . com crista larga, multidentada ultrapas·
. . . . . . . . 3c. A. brasiliana var. moquinii Rio de Janeiro - Reserva biológica à sanda o comprimento das sépalas. Sépalas

22 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


5, lanceoladas, pilosas, trinervadas, agu- sépalas e ultrapassadas pelas laterais; esta- guesia, A. X. Moreira 3 (1 /6/1946) R;
das, 2,5-3,0mm de comprimento; estames mes 5, pseudo-estaminódios laciniados. Baixada de Jacarepaguá, Parque Ecológi-
5, com filetes lineares, anteras oblongo-li- Ovário com estilete curto, estigma globo- co, Zeila de Souza (8/1979) GUA; Paraí-
neares, ovário elíptico com estilete curto so. ba do Sul, S. Diogo 107 (20/11/1904) R;
e estigma capitado, papiloso. Ipanema, C.V. Freire 94 (24/9/1925) R;
Material estudado Estação de Bento Ribeiro, perto da linha
Material estudado férrea, Parque dos Afonsos, J.F. Pereira
Rio de Janeiro - Restinga do Arpoa- 43 (14/6/1959) R; Gávea, Freire e Vidal
Rio de Janeiro - Município do Rio dor, E. Ulle (11/12/1896) R; São Pedro (29/6/1922) R; Riachuelo, Neves Ar-
de Janeiro, Ipanema, A. Sampaio 8.337 da Aldeia, Netto, Glaziou, Schwacke mond (9/6/1888) R; Boca do Matto, A.J.
(7 /1939) R; idem, caminho para as Pai- (9/1881 ) R; Recreio dos Bandeirantes, de Sampaio (23/5/1915) R; Rio Paque-
neiras, via Pedra do Beijo, C.M.S. Lira 97 Ernani A. Bueno (18/2/1943) R; Cabo quer, Petrópolis, Neves Armond, R; Cam-
(11 /10/1979) GUA; Município de Macaé, Frio, N. Santos e F. de Lauro (16/6/1941) po Grande, Serra do Mendanha, Rio da
Córrego de Ouro, Fazenda Vitória, Morro R; Marambaia, Gaeta, na orla da restinga Prata, Mario Rosa (20/7 /1949) R; Serra
do Oratório, P. Caruata 1.371 (2/5/1971) · arbustiva, Dorothy Araujo 1650 (3/5/ do Mendanha, J. Augusto F. Costa 11, F.
GUA. 1977) GUA. Moreira Sampaio 2 e C. Peres (27 /4/1958)
R; Município de Macaé, Restinga de Ca-
Erva freqüente em terrenos mais ou Planta encontrada com freqüência rapebas, Dorothy Araujo 3.842 e N.C. Ma-
menos úmidos, muito cultivada dada à em lugares semi-úmidos ou úmidos, ocor- ciel (12/6/1980) GUA; Sapopemba, R;
tonal idade arroxeada de suas foi has. rendo também em terrenos baldios. Parque Museu, Ule (8/1897) R; Rio de Ja-
neiro, Lad. Netto (21/7/1872) R;Juruju-
Alternanthera brasiliana (l.) Kuntz var. Alternanthera brasiliana var. villosa ba, Niterói, R; Silva Jardim, Cabiúna,
brasiliana (Moq.) Kuntze margem direita do Rio Capivari, R.F. Oli-
Figuras 3 (1-4) e 14 veira 196 (16/6/1976) GUA; Represa do
Kuntze, Rev. Gen. 2:538. 1891; R.E. Camarim, Maciço da Pedra Branca E.
Kuntze, Rev. Gen. 2:537. 1891; Schinz in Fries, Ark. Bot. 16, nP 13: 11. 1920; Rocha 52 (19/5/1980) GUA; ltaguaí,
Engler & Prantl. Pflanzenfam. ed. 2. 16c: Suessenguth, Fedde Rep. Spec. Nov. 35: 50msm, G.F. Pabst 4554 (21 /9/1958)
76. 1934; Smith et Downs in Reitz FI. 299. 1934; Smith et Downs in Reitz FI. H B; Campos, Praga dos Canaviais, A.J.
llustr. Catar. 70. est. 11, fig. J-L. 1972. llustr. Catar. 72. 1972. Sampaio 7 (2/6/1922) R; linha férrea que
Gomphrena brasiliana L. Cent. PI. 2:13. Mogiphanes hirtula Mart. Nov. Gen. & Sp. leva ao Campo dos Afonsos, Carauta 57
1756; Jacq. Coll. 2:278.1789. 2:30, tab. 129. 1826. (24/5/1959) R; Campos, A. Sampaio
Mogiphanes ramosíssima Mart. Nov. Gen. Telanthera hirtula (Mart.) Moq. in DC. 3.000 (4/1918) R; ibidem, Aguillar 154
&Sp. 2:31, tab. 130.1826. Prod. 13, pt. 2:380. 1849;Seub. in Mart. (27/9/1922) R; ibidem, Granja Bonsuces-
M. brasiliensis (L.) Mart. Nov. Gen. & Sp. FI. Bras. 5, pt. 1: 178. 1875. so, A. Sampaio 2.948 (4/1918) R.
2:34. tab. 133. 1826. T. brasiliana var. villosa Moq. in DC. Prod.
Telanthera ramosíssima (Mart.) Moq. in 13, pt. 2:382. 1849; Seub. in Mart. FI. Planta encontrada com freqüência
DC. Prod. 13, 2:381. 1849; Seub. in Mart. Bras. 5, pt. 1: 180. 1875. em lugares semi-úmidos, restingas e terre-
FI. Bras. 5, pt. 1: 179. 1875. Alternanthera hirtula (Mart.) R.E. Fries, nos cultivados.
T. brasiliana (L.) Moq. in DC. Prod. 13, Ark. Bot. 16, nP 12: 18. 1920.
pt. 2 :382. 1849; Seub. in Mart. FI. Bras. Alternanthera brasiliana var. moquinii
5, pt. 1: 180. 1875. Erva ereta, ramosa. Caule com pêlos (Webb. ex Moq.) Uline et Bray
Achyranthes brasiliana (L.) Standley, adpressos, profusas nos nós. Folhas lon- Figuras 4 (1-4) e 14
Journ. Washington Acad. Sei. 5:74, 1915; go-pecioladas, membranáceas, acuminadas
North Am. FI. 21, pt. 2:146. 1917. no ápice, agudas ou atenuadas na base, Uline et Bray. Not. Gaz. Crawfordsville
com pêlos adpressos em ambas as faces. Indiana (20):451. 1895.
Erva perene, semi-ereta, ramosa. Cau- Inflorescência longo-pedunculada; pedún- Telanthera moquinii Webb. ex Moq. in
le glabro, entre-nó pouco desenvolvido, culos vilosos, alvos. Flores estipitadas; al- DC. Prod. 13(2):379. 1849; Seubert. in
com pêlos. Folhas pecioladas, ovado-lan- vo-amareladas; brácteas desiguais, a mais Mart. FI. Bras. 5(1):180. 1875.
ceoladas, elípticas, pêlos esparsos, mais externa ovada, côncava, aguda, glabra; as Mogiphanes villosa Mart. Nov. Gen. & Sp.
profusas nas nervuras medianas; margem laterais, naviculadas, com dorso denteado (2):33. tab. 132, 134-11. 1826, non Al-
reflexa com pêlos esparsos, ápice obtuso e ápice agudo; sépalas 5, lanceoladas, pilo- ternanthera villosa H.B.K. 1818.
ou agudo, base atenuada ou aguda. lnflo- sas no dorso, trinérveas, a nervura media- Alternanthera moquinii (Webb. ex Moq.)
re.scência pedunculada; pedúnculos com na atingindo o ápice, as laterais ultrapas- Dusén in Are. Mus. Nac. Rio de Janeiro
pelos adpressos, abundantes em direção sando a porção mediana. Estames 5, com ( 13) :63. 1903.
ao glomérulo. Flores estipitadas, alvas, filetes filiformes; pseudo-estaminódios la-
5,0 mm de comprimento; brácteas 3, ova- ciniados. Ovário com estilete curto, estig- Erva perene, rasteira ou semi-ereta,
do-triangulares, côncavas, pilosas na base, ma globoso. ramosa. Caule profusamente piloso, pêlos
agudas no ápice, não alcançando a metade patentes, castanho-avermelhados. Folhas
das sépalas. Sépalas 5, lanceoladas, agu- Material estudado pecioladas, ovadas, elípticas, pilosas ou vi-
da_s, pilosas, trinérveas, nervura mediana losas, acuminadas, variando de 6-8cm de.
atingindo a metade do comprimento das Rio de Janeiro - Jacarepaguá, Fre- comprimento. Inflorescência simples, pe·

Rodr· é· ·
igu s1a, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 23
dunculada, axilar ou terminal; pedúnculo mediana que apresenta pêlos profusas, Material estudado
piloso. Flores estipitadas, alvo-amarela- quando jovens e esparsos, quando adultas.
das; brácteas 3, desiguais, ovadas, navicu- Inflorescência simples, disposta em espi- Rio de Janeiro - Praia do Recreio
ladas com quilha serrilhada, menores do gas sésseis, solitárias ou aglomeradas. Flo- dos Bandeirantes, J. Botão ( 12/5/1948)
que as sépalas; sépalas 5, lanceoladas, pi- res alvas; brácteas 3, transparentes, sendo RB; ibidem, Palacios, Balegno e Cuezzo
losas, agudas, trinérveas; estames 5, com duas maiores e uma menor, ovadas, côn- 4.73 (10/1964) R; ibidem, A. Xavier Mo-
pseudo-estaminódios ultrapassando as an- cavas, uninérveas, mucronadas, variando reira (24/5/1953) R; ibidem, Maria Rosa
teras. Ovário obovado, turbinado, estilete de 0,5-1,0mm de comprimento. Sépalas 20 (11/6/1946) R; ibidem, Luiz Emygdio
relativamente curto, estigma capitado. 5, ovadas, glabras, uninervadas, aguadas 336 et P. Dansereau (9/10/1945) R; ibi-
no ápice, 2,0mm de comprimento; esta- dem, B. Lutz 2.511 (15/3/1931) R; ibi-
Material estudado mes 3, com filetes longos, do mesmo dem, Castellanos (10/1964) R; ibidem
comprimento ou ultrapassando os pseu- E.A. Bueno (1/2/1943) A; Arraial do Ca-
Rio de Janeiro - Estrada de ltaipava, do-estaminódios, filiformes. Ovário sub- bo, Cabo Frio, Ed. Pereira, A.P. Duarte
Teresópolis, Pabst 7.244 (29/1/1963) HB; globoso, com estilete curto; estigma capi- e Graziela 9 (17/2/1953) RB; ibidem,
Petrópolis, Vale Bonsucesso, captação de tado. Fruto cordado, com estilete persis- L.E. Mello Filho 1.092 (2/3/1951) R~
água ± 650msm, A.J. Sampaio 407 R; ibi- tente, cerca de 1,6-1,7mm de diâmetro; Ipanema, Diogo 845 (1917) R; Cômoro
dem, Serra da Estrela, Diogo 696 (24/3/ semente 0,8-1,0mm de diâmetro. do Cabo de S. Tomé, A.J. de Sampaio
1917) R; Petrópolis, Fazenda Inglesa, S. 7.845 (2/1939) R;Jurujuba, s/col. (18/
Rocha e Silva 88 (3/1951) RB; ibidem, 11/1914) R; Barra da Tijuca, perto do
Morin, A.J. Sampaio 7.696 (1/1939) R; Material estudado posto de salvamento, Carauta 56 (26/4/
ibidem, Fazenda Inglesa, Rocha e Silva 1959) R; Arpoador, Saldanha, Glaziou e
102 (1951) R; Itatiaia, Serra 800msm, P. Rio de Janeiro - Município de Nova Franklin 5486 (29/8/1880) R; ibidem,
Dusén 767 (20/7 /1902) R; ibidem, Jar- Friburgo, orla de mata, J.C. Siqueira idem 5.487 (29/8/1880) R; Copacabana,
dim em mata úmida, P.1.S. Braga 2.458 12/1979) FCAB. E. Ulle (6/1897) R; Macaé, Praia das Con-
(24/3/1979) RB; Vassouras, na mata da chas, J. Vidal (7/1/1942) R; Gávea, C.V.
Chácara da Hera, Maria Mexias, (4/3/ Alternanthera marítima (Mart.) St. Hil. Freire, J. Vidal (16/6/1923) R; Municí-
1917) R; Água Santa, leg . Dalibour Hans Figuras 7, 8 (1-4) e 16 pio de Parati, Praia de S. Gonçalo, Doro-
4 ( 14/5/1944) R; Cantagalo, leg. C. Viana thy Araujo 3.593 (10/3/1980) GUA; Mu-
Freire 219, R. St. Hil. Voy. Distr. Diam. 2:437. 1833; nicípio de Angra dos Reis, Praia do Reci-
Schinz in Engler e Prantl. Pflanzenfam. fe, na anteduna, Dorothy Araujo 3.900
Planta heliófila, crescendo em dife- ed. 2. 16c; 74. 1934; Smith et Downs in (3/7 /1980) GUA; Guaratiba, Praia de
rentes habitats como restingas, margens Reitz FI. llustr. Catar. 54, est. 9, fig. A-D. Grumari, M.R.R. Vidal 318 e W.N. Vidal
de rios, córregos, perto de matas e de ter- Bicholzia marítima Mart. Nov. Gen. & Sp. 286 (6/1973) RB; ibidem, M.C. Vianna
renos baldios. 2:50. tab. 147. 1826. 556 (8/6/1973) R B; Restinga de Jacare-
11/ecebrum maritimum (Mart.) Spreng. paguá, A.P. Duarte 5.869 (27 /6/1961)
Alternanthera sessilis 3 (L.) R. Br. Syst. 4: Cur. Post. 103. 1827, non Vill. RB; Ilha do Siri Pestana, Baía de Sepeti-
Figuras 5, 6 (1-5) e 15 1801. ba, D. Sucre 1.793 (2/11 /1967) R B; Res-
Telanthera marítima (Mart.) Moq. in DC. tinga de Marambaia, Araujo 1649 (3/5/
R. Br. Prod. 417. 1810; Moq. in DC. Prod. 13, pt. 2:364. 1849; Seub. in Mart. 1977) GUA; Restinga de ltabeba, Castel-
Prod. 13, pt. 2 :357. 1849; Seub. in Mart. FI. Sras. 5, pt. 1: 170. 1875. lanos 23.573 (13/12/1962) GUA; Restin-
FI. Sras. 5, pt. 1: 184. 1875; Smith et Achyranthes marítima (Mart.) Standley, ga de Jacarepaguá, Castellanos 22.747
Downs in Reitz FI. llust. Catar. 51. est. 8. Journ. Washington Acad. Sei. 5 : 74. 1915; (12/12/1960) GUA; Gávea, Pe. Capei!
fig. L-0. North Am. FI. 21, pt. 2:140. 1917. (26/9/1951 l F CA B.
Gomphrena sessilis L. Sp. PI. 225. 1753.
11/ecebrum sessile (L.) L. Sp. PI. ed . 2: Erva perene, prostrada, carnosa, gla- Planta heliófila, halófita e psamófita,
300. 1762. bra, com raízes fibrosas. Caule ramoso, ocorrendo nos solos arenosos e dunas do
Alternanthera denticulata R. Br. Prod. quando jovem com antocianina, de suas litoral brasileiro.
417. 1810. ramificações partem raízes secundárias.
Folhas curto-pecioladas, oblongo-lanceo- Alternanthera paronichyoides St. Hil.
Erva perene, prostrada, ramosa ou ladas, elípticas, carnosas, com margem re- Figuras 9 (1 -3) e 15
não. Caule estriado, com pêlos dispostos voluta. Inflorescência séssil, simples, glo-
nas estrias. Folhas curto-pecioladas, elíp- mérulos axilares com pêlos na base. Flo- St. Hit. Voy. Distr. Diam. 2 :439, 1833;
ticas, ou oblongo-obovadas às vezes espa- res alvas, 5,0-6,0mm de comprimento; Moq. in DC. Prod. 13, pt. 2:358. 1849;
tuladas, obtusas ou aguadas no ápice, va- brácteas 3, côncavas, desiguais, glabras, Seub. in Mart. FI. Sras. 5. pt. 1: 185.
riando de 2-6cm de comprimento e de coriáceas, escariosas na margem; sépalas 1875; Fawcett e Rendle, FI. Jam. 3:140;
0,5-1,5cm de largura; espessadas na mar- com uma nervura -espessa que se prolonga Schinz in Engler e Prantl, Pflanzemfam.
gem, glabras exceto na região da nervura no ápice agudo ou espinescente, obtusas ed. 2. 16c; 73. 1934; Covas, Darwiniana
na base; estames 5, pseudo-estaminódios 5:353. 1941; Pedersen, Darwiniana 14:
3
Planta higrófita e heliófita, ocorrendo tridentados; anteras ovadas. Ovário sub- 437. 1967; Fabris in Cabrera, FI. Prov.
principalmente em terrenos úmidos, quadrangular, estilete curto, estigma capi- Buenos Aires 3:144. fig. 46 C-D. 1967;
cultivados e nas orlas de matas. tado; sementes espessas. Smith e Downs in Reitz FI. llustr. Catar.

24 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


56. est. 10. fig. A-d. 1972. fig. E-K. agrestes e muito comum nas caatingas e
Gamphrena palyganaides L. Sp. PI. 225. Achyranthes repens L. Sp. PI. 205. 1753, restingas.
1753, em parte, não quanto ao tipo. non Alternanthera repens Gmel. Syst.
Achyranthes palyganaides ( L.) Lam. Nat. ed. 13. 2, pt. 1: 106. 1791. Alternanthera tenella Colla
Encycl. 1 :547. 1785, em parte não quan- 11/ecebrum achyrantha L. Sp. PI. ed. 2: Figuras 12, 13 (1-5) e 16
to ao tipo; Standley, North Am. FI. 21, 299. 1762, non Alternanthera achyrantha
pt. 2: 136. 1917. Forsk. FI. Aegypt·Arab. lix, 28. 1775. L.A. Colla, Mem. R. Acad. Sei. Torino. t.
Telanthera palyganaides (L.) Moq. in DC. Achyranthes mucranata Lam. Encyc. 9(33):131. 1828; J.F. Veldkamp. Táxon
Prod. 13, pt. 2:363. 1849, em parte, não 1:547. 1785, nomen illeg. 27 (2/3):310-314. May. 1978.
quanto ao tipo; Seub. in Mart. FI. Bras. 5, A. radicans Cav. Anal. Ci. Nat. 3:27. Buchalzía palyganaídes var. diffusa Mart.
pt.1:172.1875. 1801. nomen illeg. Nov. Gen. Sp. PI. Bras. (2) :51. 1826.
Alternanthera polyganaides (L.) R. Br. Pityranthus crassífalius Mart. in Denks. Telanthera palyganaides var. diffusa Moq.
Prod. 417, 1810. em parte, não quanto Akad. Münch. 5, 179. 1817, non Alter- in DC. Prodr. 13(2):364. 1849.
ao tipo. nanthera crassifo/ia (Standley) Alain, Alternanthera ficaidea var. diffusa. O.
A. pi/asa Moq. in DC. Prod. 13, pt. 2:357. 1950. Kuntze. Rev. Gen. PI. (2)539. 1891.
1849; Seub. in Mart. FI. Bras. 5, pt. 1: Alternanthera achyrantha ( L.) Sweet, Telanthera palyganaides var. brachiata
185. 1875. Hort. Suburb. Lond. 48. 1818, non Forsk. Moq. in DC. Prodr. 13 (2):364. 1849.
A. pi/asa var. pi/asa (Moq.) Suessenguth, 1775. Alternanthera fícaidea brachiata (Moq.)
Fedde Rep. Rep. Spec. Nov. 39:4. 1935; A. repens (L.) Link, Enum. PI. Hort. Uline et Bray Bot. Gaz. (20) :435. 1895.
Covas, Darwiniana 5:354. 1941. Berol. 1: 154. 1821, non Gmel. 1791; O.
Kuntze, Rev. Gen. 2:540. 1891; Schinz in Erva perene, rastejante ou semi-ereta.
Erva perene, prostrada. Caule qua- Engler e Prantl, Pflanzenfam. ed. 2. 16c: Caule ramoso, cilíndrico, estriado, glabro,
drangular, estriado, de piloso a glabres- 73. 1934. com pêlos nos ramos novos. Folhas curto-
cente, com pêlos abundantes, lanugino- Telanthera pungens (H.B.K.) Moq. in DC. pecioladas, pilosas, membranáceas, oblon-
sos, em direção ao ápice. Folhas espatula- Prod. 13, pt. 2:371. 1849. go-ovadas ou elíptico-ovadas, base atenua-
das, base atenuada, com ápice levemente Alternanthera achyrantha (L.) Sweet var. da, ápice agudo. Inflorescências sésseis,
agudo, glabra na face ventral e pilosa, na 1 e iantha Seub. in Mart. F1. Bras. 5, pt. terminais e axilares, em glomérulos alvos,
dorsal. Inflorescência séssil, simples, dis- 1: 183, táb. 55. 1875. pilosos, com 2-3 brácteas pequenas na ba-
posta em glomérulos axilares, alvos de Achyranthes leiantha (Seub.) Standley, se. Flores com 3 bractéolas pilosas, atin-
8,0-9,0mm. Flores 3,0-4,0mm de com- Journ. Washington Acad. Sei. 5:73. 1915; gindo a metade do comprimento das sépa-
primento, ladeadas com 3 brácteas paleá- North Am. FI. 21, pt. 2:135, 1917. las; sépalas ovadas, acuminadas, desiguais,
ceas, glabras, espatuladas, dentadas no Alternanthera Jeiantha (Seub.) Alain, ápice rígido-espinhoso, podendo apresen-
ápice com nervura central saliente, meno- Contr. Ocas. Mus. Hist. Nat. Col. "de la tar pêlos esparsos em algumas variedades;
res que as sépalas. Sépalas 5, levemente Salle", Hanaba nP 9:1. 1950. as 3 maiores lanceoladas, pilosas no dor-
desiguais, glabras, paleáceas, ovado-lan- so, acuminadas, com 3,0-4,0mm compri-
ceoladas, agudas, trinervadas, as duas ner- Erva perene, rastejante, ramosa. Cau- mento, as 2 menores glabras, lanceoladas,
vuras laterais não atingindo o ápice das le nodoso, com pêlos, freqüentemente, agudas; estames 5, anteras lineares. Ovário
sépalas que medem de 2,7-2,8mm de nos ramos novos. Folhas ovado-obovadas, esférico; estilete alongado, estigma globo-
comprimento; estames 5, filetes filifor- curto-pecioladas, atenuadas na base, gla- so.
mes, pseudo-estaminódios pequenos e bras, nervuras secundárias salientes e às
denteados; anteras com margens salientes. vezes com pêlos esparsos, pecíolo piloso. Material examinado
Ovário oboval-alado; estigma séssil, capi- Inflorescências sésseis, em glomérulo,
tado. com pêlos abundantes na base. Flores Rio de Janeiro - Município de Para-
5,0-6,0mm comprimento, alvas, com 2 ti, Oliveira 309 e Viana 997 (21 /12/1976)
Material estudado brácteas cuculadas, de bordos serrilhados; GUA; Barra da Tijuca, Milton Valle 20
sépalas 5, desiguais, oblongo-agudas, de (10/3/1944) R; ibidem, Jardim Oceânico
Rio de Janeiro - Município de Nova ápice recortado; 2 tépalas menores, com (10/1/1944) R; Restinga de Grumari, D.
Friburgo J.C. Siqueira (20/8/1978) FCAB. um tufo de gloqu ídeas, 2 tépalas maiores Sucre 3.531 (14/8/1968) GUA, RB; Pe-
com ápice espinescente e 1 tépala larga, trópolis, A.J. de Sampaio 7 .607 ( 12/1938)
Planta de hábito ruderal, ocorrendo com ápice dentilhado. Ovário quadrangu- R; ibidem, A.J. de Sampaio 7.620 (12/
também em terrenos roçados, solos úmi- lar; estigma subséssil; estames 3, alterna- 1938) R; ibidem, A.J. de Sampaio s/n (2/
dos e cultivados. dos com pseudo-estaminódios dentilhados 1939) R; S. Cristóvão de Boa Vista, A.
e pequenos; anteras ovado-elípticas. Mello Mattos (30/4/1980) R; ibidem,
Alternanthera pungens H.B.K. A.C. Brade 10.038 (12/5/1930) R; Cam-
Figuras 10, 11 (1-6) e 14 Material estudado pos, A.J. de Sampaio 8.303 (5/1939) R;
Av. Niemeyer·, Freire e Vidal (29/6/1922)
H.B.K. Nov. Gen. Sp. 2:206. Feb. 1818; Rio de Janeiro - Município de Cabo R; Botafogo, Schwacke (1887) R; Carmo,
Melville, Kew Bull. 13:172. 1958; Cabre- Frio, Arraial do Cabo, L.B. Smith 6.544 et Neves Armond, s/n (s/d) R; Morro do
ra, FI. Prov. Buenos Aires 3:141, fig. 45 ai. (15/4/1952) R. Grajaú, à beira da Rua Marianópolis, J.F.
C-K, 1967; Smith e Downs Amarantha- Pereira 14 (26/7/1958) R; Penha, M.
ceae in Reitz FI. llustr. Catar. 59, est. 10, Planta mais freqüente em terrenos Emmerich 2.718, R. Dressler, L.E. Mello

Roctriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 25


Filho (27/11/1965) R; Represa do Ribei- O presente trabalho tem por objetivo Bibliografia
rão das Lajes, Mun. Mangaratiba, Aydil G. facilitar a identificação das espécies deste
Andrade 931 e M. Emmerich 892 (15/8/ grupo que é constitu (do, em sua maioria, BARROSO, G.M. Sistemática das angios-
1961) R; Saco de S. Francisco,J. Vidal e por ervas daninhas. permas do Brasil. Ed. Edusp, vol. 1,
Milton Valle 78 (9/2/1944) R; Boca do São Paulo. 1978.
Mato, A.J. Sampaio 2.800 (1/1918) R; Restam ainda algumas dificuldades a GUIMARÃES, J.L. A sistemática das
Jardim Botânico, J. Lobão (15/2/1947) serem resolvidas, no que se refere a Alter· Amaranthaceae brasileiras. Rodrigué-
RB; Estrada da Vista Chinesa, próximo à nanthera brasiliana var. moquinii e Alter- sia 24:161-188. 1949.
Estação Biológica, H.E. Strang 325 (18/8/ nanthera brasiliana var. villosa, espécies MARTIUS, C.F. Von. Beitrá'g zur Kennt-
1961) GUA; ibidem, C. Angeli 133 (2/8/ estreitamente relacionadas e cuja identifi· nis der naturlichen Familien der
1960) GUA; Centro de Conservação da cação nem sempre é feita com exatidão. Amaranthaceen. Nov. Act. Acad.
Natureza, L. Monteiro 141 (1968) GUA; Caes. Leop. Car. Nat. Cur. 13 (1) :
Munic(pio de Parati, Oliveira 309 e Vian- Observou-se que A. pungens H. B. K. e 211-322. 1826.
na 997 (21 /12/1976) GUA; Restinga de A. tenella Colla ocorrem geralmente em SEUBERT, M. Amaranthaceae in Mart.
Jacarepaguá, Pabst 4.869 ( 16/8/1959) terrenos agrestes e arenosos; A. brasiliana FI. Bras. 5(1): 161-252. 1875.
HB; Nova Friburgo, Pe. Capell (11 /1952) (L.) Kuntze, A. dentata (Moench) Schey- SMITH, B.L. & DOWNS, J.R. Amarantha-
FCAB; Niterói, Pe. Capell (26/9/1952) grond e A. sessilis ( L.) R. Br. são fre- ceae de Santa Catarina. Flora Ilustra-
FCAB; Nova Friburgo, Pe. Capei! (3/6/ qüentes em locais sombreados, quase sem- da Catarinense 1-11 O, ilust. 1972.
1952) FCAB. pre à beira das matas em solos humosos. SUESSENGUTH, K. Amaranthaceae
Na orla marítima ocorre A. marítima Americanae. Fedde, Repert. 42: 50-
Planta muito freqüente nos terrenos (Mart.) S. Hill., enquanto A. paronychoi- 59. 1937.
baldios e cultivados, ocorrendo também des St. Hill. e A. philoxeroides (Mart.) VASCONCELLOS, M.O.J. Estudo dos gê-
nos cerrados, orla de matas e restingas. Griseb; são encontradas em solos úmidos. neros de Amaranthaceae do Rio
Grande do Sul. Heringia 18, 90-97.
Abstract 1973.
Conclusões
1n the present paper the authors give
O gênero Alternanthera Forsk tem a key and descriptions to the nine species
sido pouco estudado no Brasil, o que difi· of Alternanthera Forsk. (Amaranthaceae)
culta sobremaneira a determinação de from Rio de Janeiro and their geographic
suas espécies. distribution.

1mm

o
rm
2
3
· '.

4
rm ~

~~
'

Figura 1-.
Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb. - 1 - flor; 2 - gineceu; 3 - detalhe da sépala; 4 - detalhe da bráctea.

26 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


lmm

o
1

1rnrn

lmm

3
o

Figura 2
Alternanthera dentata (Moench) Scheygrond - 1 - flor mostrando as brácteas vasculares; 2 - gineceu; 3 - detalhe das brácteas; 4 - sé-
palas.

Rod · · .
rigués1a, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 27
mm

l 1

l/ 1

1
\ 1
..10
)1
l/
\ '1
1

Figura 3
Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze var. brasiliana - 1 - sépalas; 2 - sépala isolada, evidenciando as nervuras; 3 - flor completa;
4 - detalhe das brácteas.

28 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


1mm

2 o

í ·.·

3
1

Figura 4
Alternanthera brasiliana var. moquinii (Webb. ex Moq.) Uline et Bray - 1 - flor com brácteas; 2 - gineceu; 3 - detalhe das brácteas;
4 - sépalas.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 29


~u N A C I ONAL" 'º o[ J•"l '"º _

• 1 . ..

C1 ( t" 1 oi ih r -i:..

Figura 5
Alternanthera sessilis ( L.) R. Br .

30 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


1mm

1mm
o

Figura 6
Alternanthera sessi/is (L.) R. Br. - 1 - detalhe da flor; 2 - detalhe do fruto envolvido pelas sépalas; 3 - fruto; 4 - bráctea isolada;
5- embrião.

ROdrivu'sia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 31


Figura 7
Alternanthera marítima (Mart.) St. Hil.

32 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 19


\
'

3
\
1
1\'
\
\

rm
1
1
4
o '
1
\/ -- - -., - - ... ~ ~1
I
1

Im
e= ~

Figura 8
Alternanthera marítima (Mart.) St. Hil. - 1 - flor; 2, 2a, 2b - brácteas isoladas; 3 - gineceu; 4 - deta lhe das sépalas.

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21 -40, jan./mar. 1984 33


1 mrn

Figura 9
Alternanthera paronichyaides St. Hil. - 1 - detalhe das sépalas; 2 - sépala isolada; 3 - fruto.

34 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


MUSEU NACI ONAL RIO OE .J ANEl~O ,
SMITH 0N1AN INSTITUTION

/!J.r_ , :"!".. -~ · .. -·......,..·-

fl:rR 1; E~t :1'~ d R.t 1


!.t. 1 i'".
F~ - •• 11\:·.ni .o. a' du CJ.l.t S - - 4~ ª W Gr•.J
•r I.:;.,.~ !I li'•1n1 LiJ::t f A. · ~l!JlJl:ltnt . _ _
1... . .- ~ ~--·~ ..:. l tvõ t:b.~ __ w :'~ - ?r$~nd
"?. ~pn ;j, :. : t ~---

Figura 10
Alternanthera pungens H. B.K.

ROdriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 35


4
J~m
o
4a Jmm
3 o .
Imm ttmm
hnm

6 o :? ~Jo o

Figura 11
Alternanthera pungens H. B.K. - 1, 2, 3, 4 - detalhe das sépalas; 5 - semente; 6 - gineceu.

36 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984


I
li

f. . ~,· Ili X z1 2 ~-

c-1"'"'-....~·........__~~.;_-
c..i ._.4......_......_..c... ______D~ '"' -~ 1 -- .. ,... ,

~ º""" / .(.
oi....... _ ____
;
t.

Figura 12
Alternanthera tene/la Colla,

Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 37


hn rn

1mm
1mrn

o o

Figura 13
Alternanthera tenella Colla - 1 - flor completa; 2 - detalhe da sépala evidenciando as três nervuras; 3 - embrião; 4 - detalhe da flor
semi-aberta; 5 - gineceu.

38 Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 198'


O A brasiliana (L.) Kuntze
-t? A brasiliana var. moquinii (Webb. e Moq)
& A philoxeroidBs (Mart) Griseb

O A pungens H .B.K . 44

7
/
i
{
I

( '

o o

e:~~ !,: J.000000


(oo

Figura 14

D A dsntata IMoench) Schleygrand

4~ () A paronichyoides St. Hil. 'i.2.,


• A sessilis (L.) R. Br.
J
7
i
/
;
I

( '

e:~~ !,: J.000000

Figura 15

Roctriguésia, Rio de Janeiro, 36(58):21-40, jan./mar. 1984 39


.,,
ce·
e:
~
....
O>

D A. tenella Colla.
45 • A. marítima (Mart.) St. Hill.
~ I

::u

~'--·--·-
..o
Q.
cã'
e
CD-
!!!.
. \
~
::u
õ'
,.._._, .../
Q.
ID
~
j
Ili
::::1
!.

·ºw
O)
Ui e:s~ !: .1.000000
~
~ o too
~ q~
·º
'iii'
::::1
'-
3
Ili

...
:'

Você também pode gostar