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Ocorrência de Bubo virginianus (Strigiformes:

Strigidae) no extremo nordeste do Brasil: primeiro


registro documentado para o estado do Rio Grande do
Norte e revisão dos registros no Nordeste brasileiro
Rafael Dantas Lima1,4, Henrique Roque
Dantas2, Damião Valdenor de Oliveira3

Resumo. Relatamos o primeiro registro documentado de Bubo


virginianus (Gmelin, 1788) no estado do Rio Grande do Norte e
comentamos sobre a distribuição da espécie no Nordeste do Bra-
sil, com observações sobre os possíveis limites de distribuição das
subespécies. O registro foi documentado por meio de fotografia e
ocorreu em outubro de 2013 na Serra da Formiga, em Cruzeta, RN,
estendendo consideravelmente a distribuição conhecida da espécie.

Abstract. We report the first documented record of Bubo virgin-


ianus (Gmelin, 1788) in the state of Rio Grande do Norte and we Figura 1. Descrição de Bubo magellanicus deserti nov. subsp. [atualmente
Bubo virginianus deserti; dividido pela maioria dos autores em
comment on the distribution of the species in Northeast Brazil, B. virginianus (politípico) e B. magellanicus (monotípico)] na página
with observations on the possible limits of the distribution of the 324 da publicação Anzeiger der Kaiserlichen Akademie der
subspecies. The record was documented through photography and Wissenschaften, Mathematisch-Naturwissenschaftliche Klasse, 1905.
occurred in October 2013 in Serra da Formiga, in Cruzeta, RN, ção em relação à conservação, se realmente válida taxonomica-
considerably extending the known distribution of the species. mente (Olmos 1993).
Traylor (1958) analisou um espécime proveniente do muni-
O jacurutu, Bubo virginianus (Gmelin, 1788), é uma espécie cípio de Barra, na Bahia, e ressalta que este não concorda com
neártica e neotropical, distribuindo-se do Alasca à Nicarágua, e a descrição de Reiser (1905), e que sem uma quantidade maior
em grande parte da América do Sul, sendo considerada uma das de espécimes para análise, não é possível determinar se deserti
maiores corujas da América e a maior presente no Brasil (Sick é uma forma válida.
1997, König & Weick 2008, Holt et al. 2018). O jacurutu alimenta-se principalmente de pequenos mamífe-
Alguns autores reconhecem quinze subespécies (Holt et al. ros, podendo também se alimentar de aves grandes, como patos,
2018), sendo algumas dessas de aparência intermediária ou tal- garças e aves de rapina, e alguns outros animais, como répteis,
vez apenas variações individuais, cujas validades como táxons anfíbios, peixes e alguns artrópodes, caçando principalmente em
distintos carecem de revisão, enquanto outros reconhecem doze áreas abertas ou semi-abertas, como bordas de floresta ou clarei-
subespécies (König & Weick 2008), mesmo que algumas de- ras, geralmente a partir de um poleiro de onde observa sua presa
las também tenham validade duvidosa. Vale ressaltar que estes (Donázar et al. 1989, Bogiatto et al. 2003, König & Weick 2008).
mesmos autores (König & Weick 2008, Holt et al. 2018) reco- Roberto Otoch (in litt. 2018) relata que a espécie já foi observada
nhecem Bubo magellanicus como uma espécie válida, enquanto predando peixes no estado do Ceará. Porém as únicas observa-
outros (e.g. Remsen et al. 2018) reconhecem este mesmo táxon ções publicadas sobre a dieta da espécie na Caatinga, partiram
em nível subespecífico (Bubo v. magellanicus). Destas subes- de Olmos (1993), que encontrou o roedor Thrichomys apereoi-
pécies, duas ocorrem no Brasil: B. v. nacurutu (Vieillot, 1817) des e os morcegos Desmodus rotundus e Artibeus planirostris em
e B. v. deserti Reiser, 1905 (Piacentini et al. 2015). Esta última pelotas regurgitadas pela coruja, e também relacionou o declínio
foi descrita por Otmar Reiser em 1905 (Figura 1) com base em da espécie com uma queda coincidente nos números de Kerodon
dois indivíduos coletados nas proximidades de Juazeiro, BA, rupestris na área estudada, e de Pamplona (2016), que fotografou
porém, seus limites de distribuição são desconhecidos, tratando- a espécie predando um mocó Kerodon rupestris. Segundo Olmos
-se, em teoria, do táxon que representa a espécie na Caatinga e (1993), Bubo virginianus era encontrado na área do Parque Nacio-
possivelmente nas regiões de Cerrado e Mata Atlântica da região nal Serra da Capivara apenas em um tipo de fisionomia, a floresta
Nordeste do Brasil. Segundo as diagnoses disponíveis, a subes- semidecídua, restrita aos cânions mais estreitos.
pécie deserti difere das outras por apresentar tons mais pálidos e Essa espécie conta com poucas menções para o Nordeste bra-
menos avermelhados, além de possuir branco puro nas “orelhas” sileiro (Figura 3) e somente algumas destas contam com alguma
(ear-tufts) e, coberteiras superiores da cauda com faixas brancas documentação (e.g. espécime, foto ou gravação de som) dispo-
(Reiser 1905, Traylor 1958), podendo merecer grande preocupa- nível (ver Carlos et al. 2010).

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Para a Mata Atlântica do Nordeste brasileiro,
Teixeira et al. (1987) registraram a espécie no
município de Murici, AL, onde não foi possível
definir se tratava-se de B. v. nacurutu ou B. v.
deserti, e também apontam um exemplar dese-
nhado em uma pintura de Georg Marcgrave, em
1648, de um indivíduo proveniente da região
costeira de Pernambuco (Figura 2). François
Sagot (in litt. 2018) também aponta a presença
da espécie para a região, onde um indivíduo de
Bubo foi bem descrito por um residente entre-
vistado na fazenda Garatuba, em Baía Formosa,
RN. Na ocasião o entrevistado se referiu a um
raro “corujão-de-orelhas” que come até gatos
domésticos na região, porém este registro pode
facilmente ser atribuído a uma descrição de Asio
clamator (R.D.L., obs. pess.).
Para o domínio da Caatinga, Rocha (1948)
aponta a presença da espécie no estado do Ceará
por meio da citação de “Bubo magellanicus - Ju-
curutu”. O nome grafado desta forma, em vez de
“jacurutu” é interessante, pois este mesmo nome
indica um município no estado do Rio Grande do
Norte, e segundo Cascudo (2002, p. 311):

Jucurutu. 1) Budonídeo, mocho Bubo


virginianus nacurutu, Gm, jacurutu,
nhancurutu. Ave agourenta para os in-
dígenas, que interrompiam trabalhos de
caça, pesca e expedição guerreira ao
ouvir sua voz lúgubre. Gabriel Soares
de Souza descreveu o jucurutu em 1587:
“ave tamanha como um frango, que em
povoado anda de noite pelos telhados; e
no mato cria em tocas de árvores gran-
des, e anda ao longo dos caminhos; e
aonde quer que esteja, toda a noite está
gritando pelo seu nome”. (Notícia do
Brasil, LXXXVI, São Paulo, 2° tomo,
1945, comentada por Pirajá da Silva.)
2) Dança popular desaparecida no Rio
Grande do Norte, ainda viva em 1888.
Era de roda, com palmas, volteando cada
par ao cantar-se o refrão: Ê jucurutu! Tu-
tutu. Ê jucurutu, tutu! Denomina um mu-
nicípio no Rio Grande do Norte.

Também é válido salientar, sobre a história do


município potiguar supracitado, o que explicou
Cascudo (1968, p. 199): Figura 2. Bubo virginianus representado em figura na página 199
do livro Historiae Rerum Naturalium Brasiliae, de Marcgrave (1648).
Francisco Cascudo, meu pai, conhecedor do Seridó A espécie também conta com registros mais recentes no Ceará,
onde residira de 1895 a 1899, contava-me que JUCURU- nos municípios de Morada Nova, Caridade e Quixadá, onde vem
TU provinha da abundância, antigamente, dessas aves, sendo registrada desde a década de 1980, e é conhecida popular-
Bubo megallanicus [sic], uma espécie de coruja de canto mente como “corujão-das-lagoas” (Roberto Otoch in litt. 2018).
apavorante e tétrico. O Riacho SAQUINHO ou da SOLE- No Rio Grande do Norte, essa coruja já era conhecida pelos
DADE, tinha nome de JUCURUTU, despejando no Rio populares em algumas regiões serranas do estado, onde os mes-
Piranhas no Sítio de São Miguel, onde o povoado nascera. mos se referiam à um “corujão” ou “corujão-de-orelhas”, porém
O riacho Jucurutu batizara o local. As aves, vivendo nas a primeira menção mais formal da espécie para o estado, feita
margens das cabeceiras, deram nome ao riacho. por um ornitólogo, partiu de François Sagot (in litt. 2018) que

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Figura 3. Registros de Bubo virginianus na região Nordeste do Brasil. 1: Pereira (2014); 2: Ghizoni-Jr (2015); 3: Silveira & Machado (2012); 4: Traylor
(1958); 5: Brandão (2015); 6: Silveira & Santos (2012); 7: Olmos (1993), Albano (2010, 2013), Balieiro (2016), Pamplona (2016); 8: Reiser (1905); 9: Barnett
et al. 2014; 10: Teixeira (1987); 11: François Sagot in litt. 2018; 12: Pichorim et al. (2016b), François Sagot in litt. 2018; 13: Novo registro (Cruzeta, RN);
14: Pichorim et al. (2016a), François Sagot in litt. 2018; 15: Cascudo (1968); 16 e 17: François Sagot in litt. 2018; 18, 19 e 20: Roberto Otoch in litt. 2018.
Obs.: Indicações mais genéricas de localidade (e.g. estado) não foram representadas no mapa (ver Marcgrave 1648, Rocha 1948), assim como a indicação de
procedência duvidosa para Recife, Pernambuco (ver Figura 4).
observou em dezembro de 2002 um indi-
víduo que o sobrevoou a poucos metros do
solo na Estação Ecológica do Seridó, no
município de Serra Negra do Norte.
Outros relatos para o estado são prove-
nientes de Martins, RN, onde um residente
entrevistado no ano de 2010 relatou uma
coruja muito grande que vivia nas pedras
das encostas da serra, e de Luís Gomes,
RN, também em 2010, onde residentes re-
lataram a presença de um corujão nas serras
do município (François Sagot in litt. 2018).
Alguns anos depois, Pichorim et al.
(2016a) apontaram a presença da ave na
Estação Ecológica do Seridó, como re-
gistro inédito para a localidade, todavia,
ainda sem qualquer evidência material
disponível. No município de Cerro Corá,
RN, Pichorim et al. (2016b) e François Sa-
got (in litt. 2018) mencionaram a espécie
para a localidade, a partir de dados obtidos
em entrevistas com residentes. Não exis-
Figura 4. MCZ-7790, coletado por James C. Fletcher em Recife, Pernambuco e depositado no tia para o Rio Grande do Norte nenhuma
Museum of Comparative Zoology (Harvard University) em 1862 (Fotos: Jeremiah Trimble). evidência material disponível que compro-

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vasse a ocorrência da espécie no estado,
até o presente momento.
O restante dos registros para o Nordeste
do Brasil, nos domínios da Caatinga e do
Cerrado, provêm dos estados da Bahia e
Piauí (Reiser 1905, Olmos 1993, Albano
2010, 2013, Silveira & Machado 2012, Sil-
veira & Santos 2012, Barnett et al. 2014,
Pereira 2014, Brandão 2015, Ghizoni-Jr
2015, Balieiro 2016, Pamplona 2016) (Fi-
gura 3), havendo também um espécime
(Figura 4), de número 7790, identificado na
etiqueta como B. v. deserti, coletado por Ja-
mes C. Fletcher e depositado no Museum of
Comparative Zoology (Harvard University)
em 1862, com procedência indicada em
Recife, Pernambuco. Porém, este mesmo
coletor depositou aves de procedência ama-
zônica indicando Recife como localidade, o
que deixa dúvidas acerca da real localidade
de coleta do exemplar em questão (Weber
Girão in litt. 2018).
O primeiro registro documentado de Figura 5. Jacurutu, Bubo virginianus, em Cruzeta, RN. Foto: H.R.D. (WikiAves: WA2853518).
Bubo virginianus para o Rio Grande do
Norte (Figura 5) foi obtido por H.R.D. em
18 de outubro de 2013, por volta de 9:00
h, em uma área pertencente a uma fazenda
de mineração de ferro, na serra da Formi-
ga, no município de Cruzeta (6°17’54”S,
36°53’59”W). Essa área (Figura 7) possui
solos geralmente rasos e pedregosos de
origem cristalina, e a vegetação é caracte-
rizada por formações arbustivas abertas de
porte médio a baixo, com algumas partes de
caatinga arbórea, típica da região do Seridó
(Velloso et al. 2002). Dentre as espécies de
plantas mais comuns na área do registro,
podemos citar a presença de jurema-preta
(Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.), marme-
leiro (Croton sonderianus Müll. Arg.) e ca-
tingueira (Poincianella pyramidalis Tul.).
Um registro subsequente foi obtido no
mesmo local, em 02 de novembro de 2018,
às 18:00 h, possivelmente do mesmo indiví- Figura 6. Jacurutu, Bubo virginianus, em Cruzeta, RN. Foto: R.D.L. (WikiAves: WA3195356).
duo fotografado anteriormente, enquanto este vocalizava (Figura 6), parative Zoology (Harvard University) pela permissão de uso das
documentando a continuidade da presença da espécie na localidade. imagens; a Sidnei Dantas e Pablo Cerqueira pelo envio de fotos de
No atual registro também não foi possível determinar se o indi- espécimes do Museu Paraense Emílio Goeldi para comparação;
víduo encontrado representa o táxon B. v. nacurutu ou B. v. deser- a Alexandre Faitarone pela bibliografia emprestada; a Eugênio
ti, sendo tratado então apenas pelo binômio e estendendo consi- Oliveira e Getson Luís pelas fotos cedidas, pelo apoio logístico e
deravelmente a distribuição conhecida e documentada da espécie. companhia nas atividades de campo; a Jefferson Senna pela aju-
Como já assinalado anteriormente, B. v. deserti pode ser me- da com algumas traduções; e ao editor técnico Luiz Fernando de
recedor de grande preocupação em relação à conservação, se Andrade Figueiredo e aos revisores pelas sugestões de melhorias
realmente válido, carecendo de revisão taxonômica e estudos de no manuscrito.
distribuição e abundância.
Referências bibliográficas
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envio de dados não publicados; a Weber Girão pelas sugestões ao Albano, C. (2013) [WA996279, Bubo virginianus (Gmelin, 1788)]. WikiA-
manuscrito e ajuda no levantamento de informações; a Jeremiah ves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com/996279>. Acesso em
Trimble pelo envio de fotos do espécime e ao Museum of Com- 21/01/2018.

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Figura 7. Fisionomia do local nas estações seca e chuvosa, respectivamente (Fotos A e C: Eugênio Oliveira; fotos B e D: Getson Luís).
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Rua Agenor Nunes de Mari, 246,
21/01/2018. Centro, São Vicente, RN, Brasil.
Piacentini, V.Q., A. Aleixo, C.E. Agne, G.N. Mauricio, J.F. Pacheco, G.A. Bra-
vo, G.R.R. Brito, L.N. Naka, F. Olmos, S. Posso, L.F. Silveira, G.S. Beti-
3
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade
ni, E. Carrano, I. Franz, A.C. Lees, L.M. Lima, D. Pioli, F. Schunck, F.R. Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.
Amaral, G.A. Bencke, M. Cohn-Haft, L.F.A. Figueiredo, F.C. Straube & 4
Autor correspondente. E-mail: rafael-dlima@hotmail.com

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