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I N S T I T U T O N A C I O N A L DE P E S Q U I S A S D A A M A Z Ô N I A (INPA)
Oligochaeta (Annelida) do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia
Gilberto Righi
Universidade de São Paulo
Ione Ayres
Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia
Elizabeth C. R. Bittencourt
Universidade de São Paulo
Manaus-Amazonas
1978
RIGHI, Gilberto
O l i g o c h a e t a (Annelida) do Instituto Nacional de Pesquisas da A m a z ô n i a .
Acta Amazônica, M a n a u s , 8(3} : S u p l e m e n t o (1), s e t . 1978. 49 p.
Colaboração de : Ione A y r e s & Elizabeth C. R. Bittencourt.
1. O l i g o c h a e t a 2. Z o o g e o g r a f i a I. A y r e s , I o n e I I . B i t t e n c o u r t , E. C . R.
III. Título.
introdução • 5
Agradecimentos 5
Descrição sistemática 6
Haplotaxidae ••. 6
Tiguassu, gen. n 6
Tiguassu reginae, sp. n 6
Enchytraeidae 8
Marionina patua, sp. n 8
Alluroididae • • H
Brinkhurstia americanus ( B r i n k h u r s t , 1964) ... 11
Glossoscolecidae • 1 3
I N P A
INTRODUÇÃO
F. S . L e u c k a r t r e g i s t r o u e m 1835, p e l a p r i -
meira vez, a presença de vermes oligoquetos
no continente sul americano, Não obstante
terem decorridos mais d e 150 a n o s , o saldo
atual dos conhecimentos desta i m p o r t a n t e or-
dem zoológica, em nosso continente e princi-
p a l m e n t e na r e g i ã o a m a z ô n i c a , é f r a g m e n t á r i o
e cheio de lacunas m ú l t i p l a s . Este estágio só
pode s e r u l t r a p a s s a d o c o m u m a e x p l o r a ç ã o in-
tensa de n o v o s materiais de diversas proce-
dências .
Com esse i n t u i t o , e m j u n h o d e 1975, u m
de nós ( G . Righi) coletou nas reservas flores-
tais do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia e na r e g i ã o de Sucunduri (Estrada
Transamazônica) . Esia c o l e ç ã o foi enriqueci-
da p o r e x e m p l a r e s obtidos anteriormente por
I. A y r e s . Deste modo, pudemos r e u n i r 3 8 es-
p é c i e s de O l i g o c h a e t a da A m a z ô n i a brasileira,
das quais 13 e s p é c i e s de Glossoscolecidae
f o r a m tratadas por nós em publicação anterior
nesta mesma revista. As restantes 25 e s p é -
cies são agora apresentadas.
N ó s s o m o s e s p e c i a l m e n t e g r a t o s ao Enge-
n h e i r o J u r a n d i r d e A l e n c a r , da R e s e r v a Flores-
t a l D u c k e , p e l a s e m p r e p r o n t a c e d ê n c i a de s e u
técnico Evaristo F. d o N a s c i m e n t o para auxi-
liar-nos e m nossas coletas.
Nossa coleção de Oligoquetas da A m a z ô -
nia foi obtida graças a valiosa colaboração
deste a m i g o e ao inestimável trabalho do Sr.
E v a r i s t o F. d o Nascimento.
Agradecemos também aos colegas e ami-
gos que e m suas viagens coletaram animais
para nós, a s s i m e n r i q u e c e n d o nossa coleção.
DESCRIÇÃO SISTEMÁTICA
HAPLOTAXIDAE Tiguassu r e g i n a e , s p . n.
(Fíg. 1-4)
Tiguassu, g e n . n .
MATERIAL
DIAGNOSE
Brasil, A m a z o n a s : estrada Manaus-Rlo Branco. K m
45 (Reserva Biológica da Campina), e m tronco podre.
Quatro pares de cerdas sigmóides e inti- Junto a u m Igarapé; 2 exemplares clitelados e 1 acllte-
mamente geminadas por segmento. Holone- lado (INPAZ-80). L. A n t o n y & G . Rlchi c o l . 2 5 / 6 / 1 9 7 5 .
sas à parede do c o r p o por faixas conjuntivo- foi possível reconhecer apenas um volumoso
musculares; em alguns pontos, aderem-se aos par de corações laterais de parede musculosa,
septos. A s g l â n d u l a s de c a d a l a d o continuam no s e g m e n t o X.
Um par de testículos volumosos situa-se ENCHYTRAEIDAE
no s e g m e n t o XI ( F í g . 3, T ) , c u j a c a v i d a d e , n o
c n i m a l B, e s t á r e p l e t a d e e s p e r m a t o z ó i d e s em MaMonirta patuá, s p . n.
diferenciação. Duas longas vesículas seminais [Fig. 5-10)
Em A , a c a v i d a d e de X I c o n t é m p o u c o s esper-
Brasil, Amazonas : Manaus, terreno do Instituto Na-
m a t o z ó i d e s e as v e s í c u l a s s e m i n a i s e s t ã o em cional de P e s q u i s a s da Amazônia, 1 exemplar clitelado
r e d u ç ã o ; e n c o n t r a m - s e vazias e m XII - X I I I , O (INPAZ-86), G, Righi c o l . 19/6/1975.
p a r de f u n i s s e m i n a i s d e XI [ F S 2 ) s ã o l a r g o s e
pregueados. Continuam-se pelos dois dutos O animal mede 9 m m de c o m p r i m e n t o ; o
s e m i n a i s q u e f o r m a m a l g u m a s a l ç a s os lados diâmetro é d e 360 f i m na r e g i ã o a n t e r i o r , 300
do i n t e s t i n o e m X I I , a b r i n d o - s e d i r e t a m e n t e na / i m no c l i t e l o e 340 /*m na r e g i ã o m e d i a n a do
s u p e r f í c i e no e q u a d o r d e s t e s e g m e n t o , na m e - corpo. Apresenta 48 s e g m e n t o s . O poro ce-
t a d e d o r s a l d e bc- O diâmetro externo dos du- f á l i c o ( F i g , 5, P) l o c a l i z a - s e na r e g i ã o m e d i a n a
t o s s e m i n a i s é d e 32 u m e o i n t e r n o d e 9 ^ m ; dorsal do p r o s t ô m i o . O clitelo ocupa os seg-
sua p a r e d e é f o r m a d a p o r c é l u l a s cilíndricas, mentos X I I - 1/2 XIII. Suas células glandula-
altas e ciliadas. Em X , n ã o há t e s t í c u l o s , p o - res são p o u c o v o l u m o s a s , d i s p o s t a s irregular-
rém há u m par de pequenos funis seminais mente e faltam na r e g i ã o v e n t r a l . As cerdas
[FSI}]. Seus dutos formam poucas alças em são retas ( F i g . 6 ) , s e m nódulo, c o m a e x t r e m i -
XI. abrindo-se no equador do segmento, na dade p r c x i m a l l i g e i r a m e n t e curva e a distai e m
m e s m a linha dos poros de X I I . O s d u t o s se- ponta s i m p l e s . Ocorrem 4 tufos de 2 cerdas
minais de XI são p o u c o mais delgados do que c a d a , p o r s e g m e n t o a p a r t i r d e I I I . F a l t a m cer-
os d e X I I e a p r e s e n t a m - s e o b l i t e r a d o s e m al- d a s e m X I I . Na r e g i ã o p r e c l i t e l s r as c e r d a s la-
guns pontos. Seu diâmetro externo é de 23 t e r a i s m e d e m , e m m é d i a , 36 f i m d e c o m p r i m e n -
(im e o i n t e r n o d e 4 u m , e m m é d i a . Não há t o e as v e n t r a i s 38 jim. Na r e g i ã o posclitelar,
átrio n e m glândulas associadas aos d u t o s se- as c e r d a s l a t e r a i s m e d e m , e m m é d i a , 48 um e
minais. Os testículos de X! p r e n d e m - s e . em as v e n t r a i s 73 ^ m .
p a r t e , no s e p t o 1 0 / 1 1 e p r i n c i p a l m e n t e na por- O esôfago passa gradualmente ao i n t e s t i -
ção b s s a ! d o s d u t o s s e m i n a i s q u e p a r t e m d e X. no, Não ocorrem divertículos em quaisquer
pontos do tubo digestivo. Células cioragóge-
U m par d e o v á r i o s [O] e n c o n t r a - s e e m XII n a s s ã o v i s t a s a p a r t i r d o s e g m e n t o V I , Pep-
aderido à porção basal dos dutos s e m i n a i s , que tonefrídios faltam. As glândulas septais [Fig.
os a t r a v e s s a m em parte. Os ovários têm a 5, GSP) aparecem associadas aos septos 4/5,
forma geral de um cone, c o m algumas fileiras 5/6 e 6/7, unindo-se as simétricas por uma
de ovos em diferenciação. Os ovos maduros, f a i x a g l a n d u l a r a c i m a do v a s o d o r s a l . A s g l â n -
ricos em vitelo, t ê m um d i â m e t r o variável de dulas do primeiro par não apresentam lobo
4 0 - 5 0 ,um. O l a r g o par d e f u n i s o v u l a r e s (FO) ventral d e s e n v o l v i d o , ao c o n t r á r i o d a s d o se-
continua-se por dois ovidutos pouco sinuosos, gundo e terceiro pares. Glândulas s e p t a i s se-
que se abrem no equador d e X I I I , na metade cundárias (GSS), de posição ventro-lateral,
ventral d e bc. Ovisacos não f o r a m encontra- ocorrem associadas às p r i m á r i a s do primeiro
dos. Dois pares de espermatecas (E) locali- e segundo pares. A drenagem da secreção
z a m - s e e m IX e X , a b r i n d o - s e e m 8 / 9 e 9/10 destas glândulas é feita através de faixas que
e m s é r i e c o m cd. As espermatecas são piri- s a e m v e n t r a l m e n t e d e c a d a par e u n e m - s e em
formes, sem distinção entre duto e ampola e urna f a i x a única de cada lado, que se dirige
as do s e g u n d o par são pouco maiores. Não p a r a a r e g i ã o d o r s a l da f a r i n g e (F) . O g â n g l i o
foram encontrados espermatozóides no inte- cerebrótde (Fig. 5, C ; 7) é ovalado, medindo
r i o r das espermatecas, 162 p o r 106 fim n a s m a i o r e s d i m e n s õ e s . A f a c e
anterior é incisada e a posterior convexa. O
O n o m e * d a n o v a e s p é c i e f o i d a d o e m ho- vaso dorsal inicia-se no s e g m e n t o X V . Os ce-
m e n a g e m à Srta. Regina Lúcia de Lima Lopes l o m ó c i i o s são d i s c ó i d e s e nucleados, apresen-
pela sua valiosa colaboração. t a n d o e m m é d i a 26 f i m d e diâmetro.
a —
ESTAMPA I — Tiguassu reginae, g e n . n,, sp. n.: 1 •— extremidade anterior em vista lateral; 2 — cerda da re-
gião mediana do corpo; 3 — reconstrução dos 14 p r i m e i , o s segmentos baseada em cortes seriados; 4 — parte
do septo 14/15 e funil nefridial. Marionina patuá, s p . n.: 5 — corte óptico dos 8 primeiros segmentos; 6 — cer-
da p o s c l i t e l a r ; 7 — gânglio cerebróide; 8 — nefrídio de 6/7; 9 — nefrídio de 3 0 / 3 1 ; 10 — funil seminal. Brin-
khurstia americanus [Brinkhurst, 1964): 11 — extremidade anterior em vista dorsal. (C = gânglio cerebróide;
CN = cordão nervoso; E = espermateca; F = faringe; FS1 = funil seminal 1; FS2 = funil seminal 2; FO =
funil ovular; GS = glândulas septais: GSP = glândulas septais primárias; GSS — glândulas septais secundárias;
I = intestino; M = moela; O = ovário; ]P = poro cefálico; T = testículo; VS = vesícula seminal.)
O p r i m e i r o pôr de n e f r í d i o s ( F i g . 8) pren- piasma cheio de vitelo, atingem 322 u m de
de-se ao s e p t o 6 / 7 . A parte pré-septal abran- c o m p r i m e n t o e o c u p a m o espaço dos segmen-
ge o f u n i l e a l g u m a s v o l t a s d o c a n a l n e f r i d i a l ; t o s X! - X I V . Os testículos situam-se em XI,
s e u c o m p r i m e n t o e q u i v a l e a t r ê s q u i n t o s d o da presos ao septo 10/11. Cada funil seminal
p o s s e p t a l . Esta, de a s p e c t o c i l i n d r ó i d e , t e m as (Fig. 10) é longo, adelgaçando-se para trás e
voltas do canal nefridial mais numerosas. A apresonta-se dobrado e m S; seu comprimento
região do nefrídio qua ctravessa o septo é li- é de c a l c u l a d a m e n t e 3 3 2 u m e o m a i o r d i â m e -
geiramente acinturada. O s n e f r í d i o s da r e g i ã o t r o 60 p i r i na a b e r t u r a . Os dutos deferentes
pnsclitelar (Fig. 9) têm a porção pré-septal t e m a form3 d e u m a e s p i r a l a p e r t a d a ; r e s t r i n -
equivalendo a dois terços da posseptal. Em g e m - s e ao s e g m e n t o XII e a b r e m - s e d i r e t a m e n -
todos os nefrídios, o duto excretor parte da t e ao e x t e r i o r , s e m b u l b o p e n i a l evidente.
Vace v o l t a d a p a r a o i n t e s t i n o , na r e g i ã o m e d i a -
na da p o r ç ã o p o s s e p t a l . U m par de esperma-
Considerações :
t e c a s l i v r e s a t i n g e o s e g m e n t o XIII ( F i g . 5, E ) .
Em cada e s p e r m a t e c a a a m p o l a é o v ó i d e , s e m
Por t e r as e s p e r m a t e c a s l i v r e s d o e s ô f a g o
r j i v e r t í c u l o s . m e d e 97 p o r 54 ^ m e localiza-se
e 2 c e r d a s por t u f o ao l o n g o de t o d o o c o r p o ,
c m 3 4 V I I - V I I I . O d u t o e c t a l m e d e 456 de
Marionina patuá. s p . n. a p r o x i m a - s e d e M. ei-
comprimento total; no s e g m e n t o V apresenta
gonensis ( C e r n o s v i t o v , 1 9 3 8 ) , M. mesopsamma
ums dilatação de forma oval. Su a abertura
L a s s e r e . 1964, 1966 e M. istriae Giere, 1974.
i o c a l i z a - s e na r e g i ã o p o s t e r i o r d e IV, próximo
As 4 espécies podem ser separadas pela
í.o intersegmento 4 5. Faltam glândulas no
Tabela 1 .
duto. Ovários parciais (Teilovaria) localizam-
se nos s e g m e n t o s X I e X I I , m e d i n d o e m média O nome da n o v a e s p é c i e p r o c e d e da lín-
74 um de diâmetro. Ovos maduros, com o gua t u p i , o n d e " p a t u á " = arca, caixa.
TABELA 1 — Comparação entre Marionina elgonensis (Cernosvitov, 1938], M. mesopsamma Lassere, 1894, M.
istriae G i e r e , 1974 e M. patuá, sp n.
Comprimento 1,4 mm 5 - 6 mm 7 - 1 0 mm 9 mm
Segmentos 21 34 - 56 38 - 43 48
Início do vaso
dorsal apôs 12/13 XII 1/2 XII XV
Saída do canal
excretor látero-mediana terminal terminal látero-mediana
marinho, marinho
Habitat lacustre supra-lltoral supra-litoral terrestre
>
Africa Central, França, Baía luguslávia, Mar Brasil, Ama-
Ocorrência Monte Elgon de Arcachon Adriático zonas
ALLUROIDIDAE serem nos intersegmentos correspondentes
m a s , no m e i o o u p o u c o a t r á s n o s segmentos
Brinkhurstia a m e r i c a n u s ( B r i n k h u r s t . 1964] i m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r e s . Não foi p o s s í v e l es-
(Fig. 11 - 2 1 ) tabelecer um limite preciso entre o esôfago
e o i n t e s t i n o . Este c o m e ç a a dilatar-se e m IX,
A l l u r o i d e s a m e r i c a n u s B r i n k h u r s t . 1964 : 553, f i g s . 5-7.
Brinkhurstia americanus, Jamieson, 1968: 80, f i g s . 9 e porém só atinge seu diâmetro normal poste-
12; 1971 : 716, f i g . 14.1E. rior a partir de XV ou X V I . Moela, tiflosole e
divertículos do tubo digestivo a u s e n t e s . Glân-
IMATERIAL dulas septais aparecem nos segmentos V -
VIII, presas à face anterior dos septos 5/6 - 8/9.
Brasil, Amazonas : Sucundurí, em barranco Junto
ao Igarapé Saibroso, 8 exemplares clitelados e 1 jovem
Do a p a r e l h o c i r c u l a t ó r i o , a o l a d o d o s v a s o s
(INPAZ-89). E. Rufino col. 26/6/1975. Estrada Transa- dorsal e ventral, bem nítidos em dissecação
mazônica. trecho Humaitá-Jacaréacanga. Km 523, em e cortes, foi-nos possível reconhecer 3 pares
tronco pobre junto a um igarapé. 1 exemplar clitelado d e a l ç a s l a r g a s e m o n i l i f o r m e s , l e m b r a n d o co-
(INPAZ-90), L. Antony col. 28/6/1975.
rações laterais nos segmentos IX-XI. Vaso
subneural a u s e n t e . U m par de t e s t í c u l o s situa-
O comprimento dos animais varia de se em X, cuja cavidade contém espermato-
24-27 mm e o diâmetro na r e g i ã o media do zóides e m diferenciação. U m p a r de v e s í c u l a s
corpo de 0,56-0,64 mm. Pigmento falta. O s e m i n a i s p o d e o u n ã o a p a r e c e r e m X I . O s ca-
número de segmentos varia de 1 0 0 - 123. O nais d e f e r e n t e s não são v i s í v e i s e m disseca-
prostômio (Fig. 11 - 12) é l a r g o e a r r e d o n d a - ç ã o m a s p u d e r a m s e r s e g u i d o s e m c o r t e s se-
do; penetra dorsalmente até a metade do pri- riados. Cada canal deferente corre sobre a
meiro segmento, do qual se separa por um p a r e d e d o c o r p o e m X I e X I I , na l i n h a d a s c e r d a s
s u í ç o , l e m b r a n d o o do t i p o e p i i o b o . O s sulcos v e n t r a i s . A p ó s perfurar o s e p t o 1 2 / 1 3 , o canal
i n t e r s e g m e n t a r e s são b e m d e m a r c a d o s apenas deferente (Fig. 15, C D ) eieva-se lateralmente
na r e g i ã o p r e c l i t e l a r . A partir do s e g m e n t o II para abrir-se no s e x t o ental do á t r i o . O s ca-
o c o r r e m 4 pares de cerdas por s e g m e n t o , que n a i s d e f e r e n t e s s ã o b a s t a n t e d e l g a d o s e apa-
se dispõem em séries longitudinais regulares. rentemente intracelulares; seu diâmetro exter-
Na r e g i ã o e n t r e os s e g m e n t o s X X X - X L a re- no v a r i a d e 6 - 7 um. Cada átrio aparece como
lação e n t r e as c e r d a s em dois exemplares é um tubo longo, relativamente largo e enovela-
aa '. 9 0 : bc : cd '. dd =
4 , 1 8 ; 1,00 : 6,90 : 1,09 : do, e s p e c i a l m e n t e nos seus 3 / 4 entais (AT),
5,27 = 4.38 : 1,00 : 7,42 : 1,04 : 5 , 5 2 . A s c e r - que são e n v o l v i d o s por uma camada delgada e
das são s i g m ó i d e s , alongadas e com um pe- irregular de células glandulares, que provavel-
queno nódulo submediano: ornamentação au- mente correspondem a uma próstata difusa.
sente (Fig. 13). O comprimento das cerdas, O á t r i o abre-se no fundo de u m a curta invagi-
na r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o , v a r i a d e 120 - 140 nação da superfície, com fraco revestimento
f i m , e m m é d i a 130 um. As cerdas ventrais de cuticular externo e delgada capa muscular
XIII f a l t a m . Em s e u l u g a r , e n c o n t r a - s e , de c a d a interna ( p s e u d o p e n i s ?) . Na p o r ç ã o mais su-
l a d o , u m a c e r d a p e n i a l de p o n t a s i m p l e s , s e m perficial desta invaginação e, p o r v e z e s , i m e -
ornamentação. O clitelo é anelar nos segmen- d i a t a m e n t e a n t e r i o r a e l a , a b r e - s e o f o l í c u l o da
t o s 1/2 XII — 1/2 X V , XV ( = 3 — 3,5 s e g m e n - cerda penial (CP). Um parátrio (PA) tubular,
tos) . O par de poros masculinos localiza-se longo e pouco dobrado acompanha o quarto
no e q u a d o r d e X I I I , e m l i n h a c o m as c e r d a s b ectal do átrio e t e r m i n a junto à sua porção
d o s s e g m e n t o s a d j a c e n t e s e a s s o c i a d o às cer- m e d i a n a e m f u n d o c e g o . Na p o r ç ã o m a i s e c t a l ,
das p e n i a i s . O p a r d e p o r o s f e m i n i n o s aparece o r e v e s t i m e n t o s u p e r f i c i a l do á t r i o e do pará-
c o m o uma fenda larga e t r a n s v e r s a l e m 1 3 / 1 4 , trio funde-se, porém os lumens permanecem
na l i n h a e p o u c o a o l a d o da s é r i e d e c e r d a s 6 independentes até abrirem-se, lado a lado, no
(Fig. 14) . U m p o r o d e e s p e r m a t e c a impar e fundo da invaginação superficial. Em alguns
mediano dorsal abre-se e m 8 / 9 ; o po>-o pode animair, o átrio e o parátrio restringem-se ao
ser s i m p l e s n u r o d e a d o p o r p e q u e n a papila. segmento XIII, em outros p e n e t r a m , e m parte,
Os septos 4/5 - 11/12, 12/13 são pouco na r e g i ã o a n t e r i o r d o o v i s a ç o e m X I V . N o s c o r -
m a i s e s p e s s o s d o q u e o s d e m a i s e n ã o s e in- t e s s e r i a d o s c o r a d o s p e l o m é t o d o de Mallory
[Pantin, 1 9 6 4 : 4 1 ) é possível reconhecer 4 re- t e r n o na região m é d i a do átrio e o do corpo
giões s u c e s s i v a s no á t r i o . A porção m a i s e n t a ! e m m i c r a v a r i a d e 30 : 4 3 5 a 45 : 462,5 / m i ,
e delgada t e r m i n a e m f u n d o c e g o . Seu c o m p r i - o q u e e q u i v a l e a 0,068 e 0,097 r e s p e c t i v a m e n t e .
m e n t o e q u i v a l e a 1/6 d o c o m p r i m e n t o t o t a l d o
á t r i o . O d i â m e t r o m é d i o é d e 17 e a parede U m par de ovários prende-se à face pos-
é formada por células cónicas, s e m inclusões t e r i o r d o s e p t o 1 2 / 1 3 . C a d a o v á r i o ( F i g . 15, O )
granulares no p l a s m a ( F i g . 16). No l ú m e n , co- faz u m a alça d o lado i n t e r n o da g e n i t á l i a mas-
mo no d o s c a n a i s deferentes, encontram-se culina e penetra no ovisaco (OV), percorren-
espermatozóides. A transição entre esta re- -do-o longitudinalmente. De ponto em ponto,
gião e a seguinte é brusca peia composição ao longo dos ovários, encontram-se ovos c o m
c e l u l a r da p a r e d e , m a s n ã o p e l o d i â m e t r o q u e maior ou m e n o r q u a n t i d a d e de v i t e l o . O s o v o s
aumenta gradativamente. A segunda região é maiores encontram-se no interior dos ovisa-
a m a i s e n o v e l a d a e de c o r branca l e i t o s a em cos, que podem atingir até o segmento XVII.
dissecação. Seu c o m p r i m e n t o equivale a cerca A espermateca única situa-se dorsalmente e m
de 2 / 4 do c o m p r i m e n t o do átrio e o d i â m e t r o IX. Sou d u t o é largo e de parede g r o s s a , for-
m é d i o e x t e r n o é d e 37 ntm. A p a r e d e é f o r m a d a mada por células cilíndricas envolvidas por
menos esparsos e corados e m vermelho. Ex- masculino. A s s i m , o que ele designou e figu-
Compri- Poros
Número de Disposição das Marcas Esperma-
mento Clitelo mascu-
segmentos cerdas pubertais matecas
em mm linos
b, c e d d i s p o s -
postas em Traves pubertais
thomasi 76 335 quincunce XX-XXXI11 em XXV-XXXII 6/7-8/9 XXII
Sulcos oblíquos
de margem es-
pessa na metade
exul 48 - 70 151 - 154 Idem XIV-XX anterior de XVIII faltam XVII!
* Papilas volumo-
1/2 Xlll- sas na metade
jull 25 88 idem XX anterior de XVI faltam XVI
Holoscolex caramuru R i g h i , 1975 O c l i t e l o é e m f o r m a de sela nos segmen-
(Fig. 42-43) tos XVI - XXII ( = 7 ) . U m par de traves puber-
tais pouco salientes e de c o r branca leitosa
Holoscolex caramuru Righi, 1 9 7 5 : 83, f i g . 9-11.
situa-se em série c o m as cerdas b em 1/2
XIX - 1/2 X X I . O s p o r o s g e n i t a i s f o r a m reco-
MATERIAL
nhecidos apenas e m cortes m i c r o s c ó p i c o s . Os
Brasil, Amazonas : sob Hevea brasiliensis (serin- poros masculinos situam-se no segmento XX,
gueira) próximo ao lago Calado, 5 exemplares clitelados no interior das traves pubertais. Dois pares
e 11 j o v e n s ( I I M P A Z - 7 9 ) , M . K n o f l a c h e r c o l . 1 9 7 5 .
de poros de espermatecas situam-se em 7/8 e
8 / 9 , n o t e r ç o v e n t r a l d e bc. O s o v i d u t o s não
Nossos exemplares d i f e r e m pouco do ma- puderam ser seguidos nos cortes devido ao
terial típico, conhecido do Amapá (Righi, 1975: precário estado de conservação dos animais.
8 3 ) . A s traves pubertais são mais espessas e As cerdas dispõem-se e m 4 pares de séries
percorridas medianamente por uma faixa lon- longitudinais regulares a partir do segmento
gitudinal de cor branca leitosa. Em u m exem- II. São sigmóides e c o m ligeiro espessamento
plar estende-se de 1/2 X I X — 1/2 X X I . Nos submediano. A s r e l a ç õ e s e n t r e as c e r d a s n a s
outros 4 animais maduros as traves alongam- regiões mediana e posterior do corpo de 4
se p o r 3 segmentos, de XIX - X X I . Papilas exemplares encontram-se na Tabela 3.
pubertais faltam e m 2 animais. Nos outros 3
Os septos 6 / 7 - 9 / 1 0 são espessos e mus-
ocorrem pequenas papilas cónicas distribuídas
culosos, o 10/11 pouco menos e os demais são
diferencialmente como segue: Animal A : par
frágeis. Os 6 / 7 - 12/13, 13/14 são cónicos e
de p a p i l a s e m IX bc. p a p i l a i m p a r e s q u e r d a e m
interpenetrados, os restantes são transversais.
X I V ab e i m p a r d i r e i t a e m X V I I ab. A n i m a l B:
Uma moela mais ou menos globóide e muscu-
p a r e s d e p a p i l a s e m IX be e X V I I I b- A n i m a l C :
losa situa-se e m V I . U m par de glândulas cal-
p a r d e p a p i l a s e m X V I I I b.
c í f e r a s v o l u m o s a s , de p o s i ç ã o látero-dorsal ao
Os dois pares de espermatecas são salien-
esôfago, encontra-se e m XI - X I I , distendendo
t e s na c a v i d a d e d o s s e g m e n t o s V I I I e IX e n ã o o septo 12/13 para t r á s . Cada glândula (Fig.
m e r g u l h a d a s n a m u s c u l a t u r a p a r i e t a l c o m o na 44) c o m p õ e - s e d e u m a p o r ç ã o b a s a l d e e s t r u -
forma típica. As espermatecas são saquifor- tura tubular composta e de u m reservatório
mes ( F i g . 42 - 43), s e m d i s t i n ç ã o entre duto membranoso dorsal, onde se encontram restos
e a m p o l a e as d o s e g u n d o p a r s ã o a s m a i o r e s . de c a l c á r i o s o b a f o r m a de pó f i n o . A porção
anterior do reservatório continua como curto
Holoscolex nemorosus tacoa, s u b s p . n. duto que se abre, juntamente c o m o simétrico,
(Fig. 44-45) na linha média dorsal do esôfago e m X I . O
intestino inicia-se e m X V e o tiflosole aparece
MATERIAL
a p a r t i r d e X V I , c o m o u m a l â m i n a d o r s a l , pe-
Brasil, A m a z o n a s : E s t r a d a Manaus Itacoatiara. Km quena e o n d u l a d a . O v a s o dorsal faz u m a alça
10-15, 9 e x e m p l a r e s c l i t e l a d o s e 5 m a d u r o s aclitelados d o r s a l e n t r e as g l â n d u l a s c a l c í f e r a s , c o m o e m
(INPAZ-66), E. F. N a s c i m e n t o c o l . 4 / 1 9 7 5 .
Holoscolex caramuru Righi ( 1 9 7 5 , f i g . 11) e
c o n t i n u a r e t i l í n e o s o b r e o e s ô f a g o até o seg-
O c o m p r i m e n t o d o s a n i m a i s c l i t e l a d o s va- m e n t o V I I . C o r a ç õ e s e n c o n t r a m - s e e m VII - X I .
r i a d e 34,5 - 38,0 m m . O diâmetro no seg- O s d e V I I - IX s ã o d o t i p o d e c o r a ç õ e s laterais;
mento IX v a r i a d e 1,00 - 1,15 m m , n o dite- n o s d e X e XI n ã o f o i p o s s í v e l e s t a b e l e c e r as
lo d e 1,17 - 1,30 m m e n a s r e g i õ e s mediana conexões dorsais. Em c a d a s e g m e n t o há u m
e p o s t e r i o r d o c o r p o d e 0,88 - 1,00 m m . O n ú - par de h o l o n e f r í d i o s abrindo-se através de pe-
m e r o de s e g m e n t o s varia de 94 - 116. O pros- q u e n o e s f i n e t e r e m s é r i e c o m as c e r d a s b.
tômio esta invaginado em todos os exempla-
res. Os animais são esbranquiçados, exceto o Dois pares de testículos e de funis semi-
clitelo que é róseo pálido, semelhante ao n° nais encontram-se livres em X e XI. Dois
20 d e S é g u y (1936), e uma faixa dorso-lateral pares de vesículas seminais pequenas situam-
e m 1/2 XXII - 1/2 XXIII d e c o r c a s t a n h a , c o m o se e m XI e X I I . A s do p r i m e i r o par apõem-se
o n.° 3 3 7 . tátero-dorsalmente ao e s ô f a g o c o m o u m cola-
TABELA 3 — Holoscolex n e m o r o s u s tacoa, relações entre as cerdas nas regiões mediana e posterior do corpo d e
4 animais
Exemplar aa : ab bc cd dd aa ab bc : cd dd
A 2,13 1,00 1,21 0,86 1,47 1,51 1,00 : 1,07 0,90 l),Hl
B 1,98 1,00 1,13 0,84 1,35 1,60 1,00 0.96 0,85 0,96
C 2,06 1.00 1,10 0.89 1,10 1,65 1,00 1,03 0,86 0,93
D 2.12 1,00 1.22 0,87 1.50 1,68 1.00 1,00 0,85 0,84
Média 2,07 1,00 1.16 0,86 1,35 1,61 1.00 1.01 0,66 0.88
tiva principalmente pela presença de traves diano e o quarto apical ornamentado por cica-
pubertais. Seu nome deriva da língua tupi, catrizes transversais curtas e crenuladas. A
face convexa, apical é achatada e lisa ( F i g .
onde " t a c o a " = estrutura pubertal.
46 - 4 7 ) . Na r e g i ã o p o s c l i t e l a r o c o m p r i m e n t o
e diâmetro médio das cerdas ventrais é de
Glossodrtlus ( G . ) s c h u b a r t i , s p . n . 503 x 31 um e d a s l a t e r a i s 4 6 5 x 31 /.um. A s
(Fig. 46-49)
cerdas préclitelares são maiores e mais espes-
sas d o q u e as c l i t e l a r e s . Suas m e d i d a s a u m e n -
MATERIAL
tam do segmento III a o V I , o n d e a t i n g e m e m
Brasil, Amazonas : Novo Airão (ilha do rio N e - m é d i a 725 x 56 / * m , e d e c r e s c e m p a r a t r á s a t é
gro), e m solo arenoso, rico e m matéria orgânica, 6 exem- o X I V . A s c e r d a s v e n t r a i s de X V - X V I I s ã o as
plares clitelados sem a extremidade posterior (INPAZ- maiores de todas, medindo e m média 823 x
- 9 5 ) . I, A y r e s , N . Z a r g h a n 8 E . G a m a c o l . 2 7 / 9 / 1 9 7 6 .
74 /j.m. A r e l a ç ã o e n t r e a s c e r d a s n o s s e g m e n -
t o s X X X - X L de 3 e x e m p l a r e s e n c o n t r a - s e na
O maior dos animais fragmentados mede Tabela 4 .
165 m m e o n ú m e r o d e s e g m e n t o s é de 260.
O d i â m e t r o na r e g i ã o m é d i a d o c o r p o é d e 4 m m O clitelo ocupa os segmentos XV - XXIV
em todos os exemplares. Pigmento falta. O (= 1 0 ) . É e m forma de sela c o m a m a r g e m
segmento I ^apresenta-se parcialmente invagi- inferior espessada e m XVII - XXIII, pouco late-
nado, f o r m a n d o u m a pequena cavidade p r e o r a l . r a l m e n t e à s é r i e b. U m par de traves puber-
N o t e t o d e s t a c a v i d a d e , p r e s a s a o s e g m e n t o I, t a i s e s t e n d e - s e d e 1/3 X V I I , XVIII - 1/2 XXIII.
encontram-se duas pequenas dobras de parede e m s é r i e c o m ab. A s traves são de c o r branca
ESTAMPA IV — Holoscolex Caramuru Rlghi, 1975; 42 — espermateca de VIII; 43 — espermateca de IX. Holes-
ci.lex neniorosus t a c o a , s u b s p . n . : 44 — glândula calcifera esquerda e m vista medial: 45 — espermateca de IX.
Glossodrilus ( G ) schubarti, s p . n . : 46 — cerda de XVII; 47 — ápice da cerda de XVII; 48 — face ventral dos
segmentos XII-XXVII; 49 — espermateca de VIII. Areco reco, g e n . n . , s p . n . : 50-52 — extremidade anterior e m
vista lateral, dorsal e ventral; 53 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s X V - X X I I ; 54 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s XVI-XXI.
l e i t o s a e m a i s l a r g a s e m X V I I I . P a r e s d e papi- TABELA 4 — G l o s s o d r i l u s ( G ) schubarti, relações e n t r e
as cerdas nos segmentos X X - X L de 3 animais.
las v o l u m o s a s t r a n s p o r t a m a s c e r d a s a e ň d e
XVI e XVII [Fig. 48) . Os poros genitais são
microscópicos, reconhecíveis apenas e m cor- Exemplar ab : bc cd dd
aa
tes. O par de poros m a s c u l i n o s localiza-se n o
A 13,84 1,00 2,46 0,92 17.23
t e r ç o p o s t e r i o r d e X V I I I , e m s é r i e c o m ab, n o
B 15,16 1,00 2,66 0,91 19,33
interior as t r a v e s pubertais. O par de poros
C 12,71 1.00 2,35 0,92 16,28
femininos situa-se imediatamente na frente Média 13.90 1,00 2,49 0,91 17,61
das c e r d a s a d e X I V . T r ê s p a r e s d e p o r o s d e
espermatecas localizam-se e m pequenas papi-
las a r r e d o n d a d a s e m s é r i e c o m c n o s i n t e r s e g -
mentos 7/8 - 9 / 1 0 .
Um par de t e s t í c u l o s e d e v o l u m o s o s f u n i s
seminais encontram-se livres e m X I , cuja ca-
O primeiro septo visível e m dissecação é
vidade está cheia de e s p e r m a t o z ó i d e s . U m par
o 5 / 6 . Os septos 6/7 - 11/12 são espessos,
de vesículas seminais longas estende-se por
musculosos e alongam-se para trás c o m o co-
número variável de segmentos, terminando en-
nes Interpenetrados. Os demais septos são
t r e o s XXVII - L l l l . Em u m e x e m p l a r as v e s í c u -
frágeis e dispõem-se mais ou menos transver-
las t ê m a f o r m a d e f a i x a s s i m p l e s , e m o u t r o s
salmente a partir de 1 7 / 1 8 ou 1 8 / 1 9 . Numero-
3 apresentam ramos ora mais, ora menos lon-
sas f a i x a s m u s c u l a r e s o b l í q u a s u n e m a s p a r e -
gos e que podem subdividir-se. Os dutos se-
des laterais c o m a v e n t r a l na região do c l i t e l o .
minais correm inicialmente para a frente,
Uma moela cilindróide e musculosa localiza-se
acompanhando a inclinação do septo 11/12, até
em V I . O esôfago, talvez devido à fixação e
a parede ventral de X I I . A seguir, dirigem-se
contração dos músculos septais, forma câma-
para trás no i n te r i o r da m u s c u l a t u r a longitudi-
ras d o r s a i s e m VIII - X . U m p a r d e g l â n d u l a s
nal, pouco abaixo da pleura, a t é a região pos-
calcíferas de estrutura tubular c o m p o s t a situa-
terior de XVIII, onde se a b r e m . U m par de
se s o b r e o e s ô f a g o e m XII m a s , d e v i d o a o s e u
ovários digitados situa-se em XIII. O par de
tamanho e f o r m a d o s s e p t o s , o c u p a o e s p a ç o
ovidutos segue para diante acompanhando a
correspondente aos segmentos XIV - XVI ex-
inclinação do septo 13/14 e penetra na m u s -
ternos. O curto duto de cada glândula comu-
c u l a t u r a p a r i e t a l no e q u a d o r de X I V . Três pa-
nica-se c o m o s i m é t r i c o antes de a b r i r e m e m
res d e e s p e r m a t e c a s situam-se e m Vlll - X e
c o m u m na linha m é d i a dorsal do e s ô f a g o . Cada sáo pouco m a i o r e s no s e n t i d o antero-posterior.
giãndula t e m a f o r m a de u m cilíndrico e pro- AS espermatecas estão totalmente cheias de
longji-se posteriormente por uma formação espermatozóides; t ê m a forma de tubos longos
sacuiiforme, que atravessa os septos seguin- e irregularmente dobrados, s e m distinção en-
tes, chegando à cavidade de X V I . A s válvulas tre duto e ampoia [Fig. 49).
da t r a n s i ç ã o esôfago-intestino situam-se em
XVI. O d i â m e t r o i n t e s t i n a l dilata-se para t r á s ,
CONSIDERAÇÕES
atingindo o tamanho regular posterior entre
XXVI - X X X . O t i f l o s o l e inicia-se e m X V I I ; apa-
rece c o m o u m a lâmina d o r s a l , espessa e c o m Pela p o s s e d e 3 p a r e s d e e s p e r m a t e c a s e m
a margem livre bifurcada, lembrando e m corte V l i l - X , Glossodrilus (G.) schubarti, sp. n.
T I P O DO GÊNERO MATERIAL
Areco reco, s p . n.
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, K m
(Reserva Ducke). e m solo úmido próximo a u m igarapé,
CONSIDERAÇÕES 4 exemplares (3 c l i t e l a d o s ) sem a extremidade poste-
rior (INPAZ-83A-D), E F Nascimento col. 9/5/1975.
feras extra ou intramurais f a l t a m . Do aparelho Eukerria guamais Righi, 1971b: 2, iigs. 1-3.
circulatório foi possível reconhecer corações
moniliformes nos segmentos Vlll - XI. Vaso MATERIAL
subneural f a l t a . Os nefrídios são largos, lobu-
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km
lados e e m n ú m e r o de u m par por s e g m e n t o
26 ( R e s e r v a D u c k e ) , m a r g e m d o i g a r a p é d o B a r r o Bran-
a partir de V I . Bexiga nefridial falta. Funis, co, próximo a um chiqueiro, em solo periodicamente
dutos e poros nefridiais não foram encontra- inundado, 1 exemplar clitelado (iNPAZ-72), L. A n t o n y &
ao l a d o da s é r i e d e c e r d a s 6. E m 3 a n i m a i s há son, 1930 : 8 6 0 .
Gatesia Jamieson. 1962: 617.
um par de e s p e r m a t e c a s e m cada s e g m e n t o de
V I I - I X ; e m u m ú n i c o a n i m a l há o u t r o p a r d e
DIAGNOSE
espermatecas em X . Seus poros situam-se e m
6 / 7 - 8 / 9 , 9 / 1 0 e m série c o m as cerdas ven- Cerdas dispostas em 4 pares de s é r i e s
trais. As espermatecas s ã o s a c u l i f o r m e s , sa- longitudinais. Prostômio epilobo. U m par de
lientes na c a v i d a d e do corpo, c o m a porção poros masculinos e prostáticos combinados em
apical mais ou menos dobrada e s e m distinção XVII. Poros das e s p e r m a t e c a s e m 7 / 8 ou 8 / 9 .
entre duto e a m p o l a ( F i g . 58 - 6 0 ) . Em cada Poros dorsais ausentes. Moela presente em
O nome do novo gênero e espécie provém Ocnerodrilus borelli Rosa, 1895, por desig-
da l í n g u a t u p i , o n d e " a r e c o r e c o " = mistura. nação o r i g i n a l ,
CONSIDERAÇÕES N o s a n i m a i s f i x a d o s a c o r g e r a l d o c o r p o é la-
r a n j a c l a r a , s e m e l h a n t e à d o n.° 2 0 0 d e S é g u y
O g ê n e r o m o n o t í p i c o Gatesia, c o m o f o i de-
( 1 9 3 6 ) . p r o v a v e l m e n t e d e v i d a ao c o n t e ú d o in-
f i n i d o , d i f e r e d e Haplodrilus " s e n s u " Stephen-
t e s t i n a l . O n ú m e r o d e s e g m e n t o s v a r i a d e 95 -
son (1930: 860) pela posição m a i s a n t e r i o r d o s
111. O prostômio ( F i g . 61) é do t i p o epilobo
poros das espermatecas e pela presença de
a b e r t o . O clitelo é e m f o r m a d e sela nos seg-
uma moela e m V I I , agora encontrada e m H-
mentos XIV - 1 2 XIX ( = 5 , 5 ) . Sua m a r g e m
tagua, s p . n.. A s s i m , r e s t a p a r a s e p a r a r o s d o i s
inferior dispõe-se na linha das cerdas a e
gêneros a posição das aberturas das esperma-
s a l i e n t a - s e da p o r ç ã o m e d i a n a v e n t r a l de 1/2
t e c a s . Este caracter não é s u f i c i e n t e para con-
XIV - 1 2 X I X . m a i s e m XV - X V I I I . A face ven-
f e r i r v a l o r g e n é r i c o a Gatesia, que considera-
tral de XVII é espessada e m f o r m a de hexágo-
m o s c o m o s u b g ê n e r o d e Haplodrilus. Segue-se
no, n o interior do qual salientam-se duas for-
a diagnose dos subgčneros e a lista das espé-
mações mamilares volumosas, separadas por
cies c o m sua distribuição geográfica.
um curto sulco longitudinal mediano (Fig. 62).
O ápice das formações m a m i l a r e s situa-se e m
S u b g ê n e r o Haplodrilus s . s . s é r i e c o m 6 e n e l e a b r e m - s e e m c o m u m o s po-
ros masculinos e prostáticos. Os poros femi-
DIAGNOSE ninos estão no terço anterior de XIV, e m série
c o m b. Apresentam-se como pequena fenda
Um par de poros de espermatecas e m 8 / 9 .
transversal, circundada por delgada faixa es-
branquiçada. U m par de poros de espermate-
H (H ) borelli (Rosa, 1895) — Paraguai : Assunção
cas pouco evidentes, encontra-se e m 8 9 , na
(Rosa, 1 8 9 5 : 3 ; 1 B 9 6 : 147, f i g . 2 2 ) .
H (H ) michaelseni (Cognetti, 1900] — Paraguai: A s - l i n h a d e ab. Poros dorsais f a l t a m . A s cerdas
sunção. Brasil, M a t o Grosso : Urucum. p r ó x i m o de dispõem-se em 8 séries r e g u l a r e s a partir de
Corumbá (Cognetti. 1 9 0 0 : 3, f i g . 5 ; 1905:55). II; f a l t a m as v e n t r a i s de X V I I . A s cerdas são
H (H ) iheringi M i c h a e l s e n , 1926 — B r a s i l , S ã o Paulo : quase retas, c o m as e x t r e m i d a d e s curvas e u m
Piracicaba (Michaelsen, 1926: 321,fig. K).
pequeno nódulo no início do terço distai (Fig.
H. ( H . ) tagua, s p . n . — Brasil, A m a z o n a s : Sucunduri.
63) . S e u c o m p r i m e n t o m é d i o , na r e g i ã o m e d i a -
S u b g ê n e r o G a t e s i a J a m i e s o n , 1962 na d o c o r p o , é d e 120 /<m. Na r e g i ã o d o s s e g -
m e n t o s X X X - X L , a relação e n t r e as cerdas é
DIAGNOSE aa : ab : 6 c : cd : dd = 5,00 : 1,00 : 4 , 3 3 : 1,12 :
7,50.
Poro (s?) de espermateca (s ) em 7/8.
(CD) . A câmara continua-se por u m duto que Brasil, Amazonas : Secundurl (Estrada Transamazõ-
atravessa a formação muscular e r e c e b e , na nica, t r e c h o Humaitá-Jacaréacanga, K m 523), e m troncos
porção mais ectal, o duto d a p r ó s t a t a (PR), podres junto a u m igarapé, 6 e x e m p l a r e s clitelados (2
ESTAMPA VI — Dartodrilus ferrarius, gen. n., sp, n.: 70 — corte sagital das aberturas masculinas; 71 — face
ventral dos segmentos Xtlt-XVlll. Exisdriius rarus, gen. n., sp, n,: 72 — extremidade anterior em vista dor-
sal; 73 — face ventral dos segmentos XIV - X X I I ; 74 — cerda ventral mediana; 75 — tubo digestivo e órgãos ge-
nitais ijos segmentos IX-XVI; 76 — próstata e canal deferente esquerdos. (CD = canal deferente; E = es-
permateca; ES = espermatozóides: GC = glândula calcífera; GL = glândula; M = moela; MC = musculatu-
ra circular; ML = musculatura longitudinal; O = ovário; PR = próstata; VD = vaso dorsal; VS = vesícula
seminal.)
m e n t e em XVII - 1/2 X V I I I ; sua m a r g e m i n t e r n a e X I I ; as d e XI s ã o as m a i s v o l u m o s a s e as d e
é acompanhada por uma faixa espessada em iX as m e n o r e s . Os dois canais deferentes de
forma de ferradura. As duas extremi- c a d a l a d o f u n d e m - s e na r e g i ã o p o s t e r i o r d e X I I
dades desta faixa são anteriores na de- ou e m X l l l , resultando u m canal ú n i c o , que cor-
pressão, pouco mais largas e com uma re imediatamente acima da parede do corpo,
área glandular centra!. Imediatamente atrás a p r e s e n t a n d o o m e s m o c a l i b r e e m t o d a a ex-
destas estruturas e no i n t e r i o r da depressão tensão. A m u s c u l a t u r a da p a r e d e d o c o r p o e s -
situam-se duas papilas v o l u m o s a s percorridas p e s s a - s e na r e g i ã o d a s a b e r t u r a s m a s c u l i n a s e
p o r i:m sulco mais ou menos helicoidal. No prostáticas, formando dois pequenos nódulos
ápice destas papilas e n c o n t r a m - s e os micros- salientes nos 2 / 3 posteriores da c a v i d a d e de
cópicos poros masculinos. Um par de poros XVII, Na r e g i ã o m e d i a n a de c a d a n ó d u l o p e n e -
prostáticos, também microscópicos, situam-se tra u m duto de próstata [ F i g . 70, PR] e na r e -
e n t r e as p a p i l a s e a m a r g e m a n t e r i o r da f a i x a gião posterior encontra-se uma v o l u m o s a glân-
cm ferradura. Dois pares de poros femininos, dula piriforme (GL), envolvida por uma capa
s ó r e c o n h e c í v e i s e m c o r t e s , a b r e m - s e no t e r ç o muscular, onde penetra o canal deferente (CD),
T I P O DO GÊNERO
MATERIAL
Exisdrilus rarus, s p , n.
Brasil, A m a z o n a s : S u c u n d u r i , e m b a r r a n c o j u n t o ao
igarapé Saibroso. 1 exemplar clitelado (INPAZ-91), E.
CONSIDERAÇÕES
Rufino c o l . 26/6/1975.
Pela p o s i ç ã o m a i s p o s t e r i o r d o s d i f e r e n t e s
Comprimento total 85 mm; d i â m e t r o na
ó r g ã o s , Exisdrilus afasta-se dos demais gêne-
r e g i ã o m é d i a d o c o r p o 2,0 m m ; n ú m e r o d e s e g -
ros de O c n e r o d r i l i d a e . A exata posição seg-
mento 230. O prostõmio ( F i g . 72) é s e m i c i r -
mentar dos órgãos ao longo do eixo antero-pos-
cular, separado do p r i m e i r o s e g m e n t o por um
t e r i o r é de grande i m p o r t â n c i a na s i s t e m á t i c a
par d e s u l c o s l a t e r a i s c u r t o s e u m a ligeira de-
e filogênese dos Oligochaeta. Erros de locali-
pressão mediana dorsal. Pigmento e poros
zação ocorrem devidos a dois fatores: 1 —
dorsais faltam. A metade posterior e ventral
anelação secundária aliada a dificuldade na
d o s s e g m e n t o s V - IX é d e p r i m i d a no espaço
observação de cerdas ou m e s m o seu desapa-
bb. A partir da região c o m p r e e n d i d a e n t r e os
recimento; 2 — forma e inserção dos septos,
segmentos LXV - LXX, a face dorsal d o s ani-
que n e m s e m p r e se p r e n d e m nos i n t e r s e g m e n -
m a i s , e n t r e a s c e r d a s dd, q u e e r a c o n v e x a , t o r -
tos correspondentes, diferindo a segmentação
na-se s u c e s s i v a m e n t e p l a n a e d o C L X p a r a t r á s
e x t e r n a d a i n t e r n a . E s t e s c a s o s não s e a p l i c a m
1
u m par de holonefrídios por segmento. Funis típica principalmente pelo tamanho e forma
largas.
MATERIAL
Dois pares de testículos e de funis semi-
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km
nais e n c o n t r a m - s e livres e m X e X I , cujas ca-
26 ( R e s e r v a D u c k e ) , m a r g e n s d o i g a r a p é d o B a r r o Bran-
vidades estão repletas de espermatozóides. co, próximo a um chiqueiro, 1 exemplar clitelado
U m par d e v e s í c u l a s s e m i n a i s p e q u e n a s e lo- ( I N P A Z - 6 8 ) , L. A n t o n y & G . R i g h l c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 S .
buladas encontra-se dos lados do esôfago
em X I I . Os dois d u t o s s e m i n a i s de cada lado O c o m p r i m e n t o d o a n i m a l é de 47 m m e o
c o r r e m p a r a l e l o s a o l a d o d a s é r i e d e c e r d a s b, diâmetro préclitelar 1,53 m m , n o c l i t e l o 1,88
junto ao r e v e s t i m e n t o celômico. Apenas em m m e n a r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o 1,47 m m . O
XVIII p e n e t r a m na m u s c u l a t u r a parietal e fun- n ú m e r o de s e g m e n t o s é d e 1 0 0 . A c o r no d o r s o
d e m - s e entre, s ; p r ó x i m o a a b e r t u r a . D o i s pa- é violeta rosada semelhante à d o n.° 14 d e
res de p r ó s t a t a s tubulares restringem-se aos Séguy (1936), clareando para o v e n t r e ; o cli-
segmentos XVII e XIX. Em cada próstata o telo é branco c r e m o s o . O p r o s t ô m i o é do tipo
duto é curvo e seu comprimento equivale a p r o e p i l o b o . O primeiro poro dorsal situa-se e m
8 séries longitudinais regulares. As cerdas Em c a d a s e g m e n t o há u m par d e holone-
normais são s i g m ó i d e s , c o m ligeiro espessa- frídios. Os nefrídios anteriores, até o segmen-
mento submediano. Na região mediana do to XXI, são tubulares, c o m numerosas alças e
corpo ( s e g m e n t o s X X X V - X L V ) aa : ab : bc : sem bexiga. Para trás os nefrídios são e m
cd : dd = 3.28 : 1 . 0 0 : 3,85 : 1.00 : 2 6 . 4 2 . A s forma de placa ovóide ou, mais raramente,
cerdas a e ň de XVII e XIX são t r a n s f o r m a d a s arredondadas. Funis nefridiais não f o r a m en-
em p e n i a i s . Estas cerdas são do m e s m o t i p o . contrados. Da porção v e n t r a l de cada nefrídio
algo arqueadas (Fig. 8 6 ) . medindo e m média parte o longo duto t e r m i n a l , que sobe entre o
400 .um d e c o m p r i m e n t o . Seu quarto apical é n e f r í d i o e a p a r e d e d o c o r p o e p e n e t r a na m u s -
ornamentado por espinhos irregulares e termi- culatura p a r i e t a l , j u n t o de cada intersegmento,
na e m p o n t a t r u n c a d a ( F i g . 87) . O c l i t e l o é e m aproximadamente a meia distância e n t r e as
forma de sela, c o m o l i m i t e inferior mal defini- cerdas d e a linha média d o r s a l . Os nefridió-
do; o c u p a os s e g m e n t o s XIII - 1/2 X X ( = 7 , 5 ) . poros são irreconhecíveis externamente.
Dois pares de poros prostáticos abrem-se no
Dois pares de testículos e de funis semi-
ápice de pequenas papilas e m 1 2 XVII e 1/2
nais iridescentes encontram-se livres em X e
X I X , e m s é r i e c o m as c e r d a s a d o s s e g m e n t o s
XI, cujas cavidades estão repletas de esperma-
adjacentes, d e onde emergem as cerdas pe-
tozóides. Vesículas s e m i n a i s v o l u m o s a s e de
niais são côncavos e m direção à linha mediana
paredes tênues recobrem, como uma massa
ventral; suas margens são espessas e esbran-
contínua, o esôfago e o vaso dorsal e m IX e
q u i ç a d a s . Em o b s e r v a ç ã o m a i s c u i d a d o s a n o t a -
XII. Uma massa de c e l o m ó c i t o s preenche a
se q u e cada s u l c o l e m b r a u m a linha quebrada
cavidade de V l l l . Entre os c e l o m ó c i t o s encon-
em 1 7 / 1 8 e 1 8 / 1 9 ( F i g . 88) Os poros mas-
tram-se algumas fases de diferenciação de
culinos são irreconhecíveis e x t e r n a m e n t e . Por
espermatozóides, provavelmente provenientes
observação interna verifica-se que o par de
d o r o m p i m e n t o d a v e s í c u l a s e m i n a l d e IX d u -
poros situa-se em 1/2 XVIII, no interior dos
rante a dissecação. A porção terminal dos
sulcos seminais. A área entre os sulcos se-
canais deferentes pode ser seguida até 1/2
minais é aprofundada, bem como os interseg-
XVIII. Dois pares de próstatas situam-se em
m e n t o s 1 7 / 1 8 e 1 8 / 1 9 , na r e g i ã o m e d i a n a v e n -
X V I I e X I X . Em c a d a p r ó s t a t a a p o r ç ã o g l a n d u -
tral. U m par de poros femininos diminutos
lar é m a i s o u m e n o s f u s i f o r m e e p o u c o mais
situa-se anteriormente às cerdas a em XIV.
longa do que o duto que t e m parede espessa
Dois pares de poros de espermatecas situam-
(Fig. 9 0 ) . U m par de ovários e de funis ovula-
se e m pequenas papilas nos intersegmentos
res situam-se e m XIII. Dois pares de esperma-
6 / 7 e 7 / 8 , e m s é r i e c o m ab.
tecas a p r o x i m a d a m e n t e iguais e de parede es-
Os septos 7 / 8 - 12/13 são pouco mais es- pessa encontram-se e m VII e V l l l . Em c a d a
pessos do que os d e m a i s . A v o l u m o s a massa espermateca a ampola é ovóide e separada do
B e n h a m i a b o l a v i p a l m i c o l a E i s e n , 1896 : 132, f i g s . 0, 4 4 ,
473) .
5 1 . 52K-L, 53, 5 4 ; 1 9 0 0 : 3 1 1 , e s t . 10, f i g . 7 4 ; S t e - Dichogaster bolaui é uma espécie de dis-
p h e n s o n , 1916 : 3 4 8 .
tribuição circumundial na f a i x a t r o p i c a l e sub-
Benhamia bolavi pacifica E i s e n , 1 9 0 0 : 209. e s t . 10, f i g .
tropical e muito variável, daí a c o m p l e x a sino-
68 - 7 3 .
nímia. Pickford ( 1 9 3 8 : 99) c o n s i d e r a D. rugosa
Dichogaster bolaui (incluindo B. octonephra, B. b. pal-
(Eisen, 1895) c o m o variedade d e D. bolaui-
micola e B. b. pacifica) | D. malayana, Michael-
sen, 1900b: 3 4 0 , 3 4 1 ; 1 9 0 5 : 310; 1910: 98; 1911a:
Contudo, devido a diferenças na f o r m a das
28; 1912a: 148; 1913a: 273; 1913b: 417; 1916a: cerdas peniais, preferimos manter rugosa e
15; 1 9 2 1 : 22; 1 9 2 2 : 18; 1924: 132; 1 9 2 7 : 370; amphibiotica D a h l , 1957 c o m o subespécies vá-
1928: 9; 1935a: 58; 1935b: 101; Cognetti, 1905b: lidas .
40; 1909b: 360; Stephenson, 1917: 413; 1 9 2 0 :
257; ( D . b. bolaui + D. b. m a l a b a r i c u s + D. ma-
layana) 1 9 2 3 : 472, 473, 475, f i g . 2 6 1 ; 1 9 2 4 : 132; Dichogaster modigliani ( R o s a , 1896)
1 9 3 1 b : 64. f i g . 15: ( i n c l u i n d o D. malayana) 1931c:
195; 1933: 934; Cernosvitov, 1 9 3 4 : 49; 1 9 3 5 : 12; Benhamia modigliani Rosa, 1 8 9 6 : 510. e s t . 1, f i g . 1a-b.
1941 : 2 1 5 ; ( i n c l u i n d o D b. m a l a b a r i c u s ) Pickford, B e n h a m i a p a p i l l a t a E i s e n , 1896 : 135, f i g s . 4 3 A - E , 5 2 G - H .
1 9 3 8 : 98; Gates, 1 9 4 2 : 129; 1 9 5 8 : 618; 1 9 7 2 : 279; Benhamia papillata hawaiiensis Eisen, 1900 : 212, f i g .
(incluindoD b o c t o n e p h r a , D. b. p a l m i c o l a e D. b. 72-81. 170-171.
decanephra) O m o d e o . 1 9 5 5 : 2 0 9 ; 1 9 7 3 : 18; ( D b, Dichogaster papillata + D. p. var. hawaiiensis, Mi-
bola.ui i n c l u i n d o D . b . v a r . n e c . n o m . ( P i c k f o r d ) R i - chaelsen, 1900b: 341, 342; Cognetti. 1905b: 43;
ghi. 1968b: 374; 1971b: 4; 1972: 151; Ljungstrõm 1909a : 2 : M i c h a e l s e n , 1935b : 1 0 1 ; G a t e s , 1 9 4 2 b : 9 5 .
Dichogaster modigliani. M i c h a e l s e n , 1 9 0 0 b : 346; 1 9 1 0 : plares clitelados e 2 maduros aclitelados (INPAZ-58),
98; 1913a : 2 7 3 ; 1914 : 2 1 4 ; 1921 : 2 2 : S t e p h e n s o n , E. F. N a s c i m e n t o c o l . 8 / 3 / 1 9 7 5 ; K m 15. 1 e x e m p l a r c í i -
1923: 477; 1931b: 65; (incluindo D doveri) 1 9 3 1 c : telado e 5 maduros aclitelados ( I N P A Z - 5 9 ) . E. F. Nas-
198; 1 9 3 3 : 9 3 4 : C e r n o s v i t o v , 1934 : 5 0 : 1 9 3 5 : 1 2 ; cimento col 4 / 1 9 7 5 : K m 26 ( R e s e r v a D u c k e ) , 3 e x e m -
Gates, 1942a: 130; 1 9 5 8 : 620; 1 9 7 2 : 280; (incluin- plares c l i t e l a d o s ( I N P A Z - 6 3 . 6 4 ) , E. Rufino, L Antony.
do B papillata) O m o d e o . 1 9 7 3 : 22, f i g . 4 A - G . E. F r o e h l l c h & G . , R i g h i c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 5 ; K m 3 0 . 2 e x e m -
D i c h o g a s t e r d o v e r i S t e p h e n s o n . 1931 d : 2 7 6 , f i g . 6, 7 a - b . p l a r e s c l i t e l a d o s ( I N P A Z - 6 0 ) , I. A y r e s c o l . 5 / 1 9 7 5 . Re-
gião do rio Cuieiras, p r ó x i m o a u m igarapé. 1 exemplar
clitelado ( I N P A Z - 7 7 ) , I. Ayres col. 8/4/1975.
MATERIAL
Dichogaster s a l i e n s ( B e d d a r d , 1892)
O comprimento dos animais varia de
70 - 75 mm e o diâmetro préclitelar de
Microdrilus saliens Beddard. 1892: 683, est. 46, f i g .
1,7 - 1,9 m m , n o c l i t e l o d e 2,3 - 2,5 m m e n a s
8, 13; 1895 : 5 0 6 .
Microdrilus asiaticus ( l a p s . ) Beddard, 1 8 9 2 : 706.
r e g i õ e s m e d i a n a e p o s t e r i o r d e 1,8 - 2,0 m m .
Dichogaster saliens, Eison, 1900 : 226: Michaelsen, O número de segmentos é d e 122 - 1 2 5 . O
1900b : 3 4 3 ; ( i n c l u i n d o D . c r a w i ) 1935b : 102; 1935c: prostômio é do tipo epilobo 2/3 com língua
55: 1936 : 4 6 ; S t e p h e n s o n , 1923 : 4 7 8 : 1931b : 6 5 ; fechada. Os segmentos préclitelares são li-
1931c: 199, f i g . 17; G a t e s , 1 9 4 2 a : 134; 1 9 5 8 : 6 2 0 ; geiramente trianelares, os demais unianelares.
1972: 481; Graft, 1 9 5 7 : 134, f i g . 25-27; Righi,
Pigmento falta. Poros dorsais são visíveis a
1 9 6 8 : 375, f i g . 4 - 5 ; 1 9 7 1 b : 4 ; 1 9 7 2 : 150; Ljungs-
partir de 5 6. O clitelo ocupa os segmentos
trõm & Emiliali, 1 9 7 1 : 2 1 ; Ljungstrõm. 1 9 7 2 : 6;
Ljungstróm, Orellana & Priano, 1973: 240; Ljun- XII - X X ( = 9 ) ; é a b e r t o v e n t r a l m e n t e e m XII
g s t r õ m , E m i l i a l i & R i g h i , 1975 : 2 0 ; O m o d e o , 1973 : e XX e anelar nos d e m a i s . Os poros prostáti-
25. f i g . 5 A - C . c o s s ã o l i g e i r a m e n t e m e d i a n o s â l i n h a d e cer-
Dichogaster crawi E i s e n , 1900 : 2 2 8 , e s t . 10, f i g s . 82- das a e abrem-se no c e n t r o de papilas arredon-
94B. 1 1 2 - 1 1 3 ; Michaelsen, 1 9 0 0 : 346; 1913b: 418, dadas e pouco proeminentes no equador de
est. 32, f i g . 6 - 7 ; 1916b: 19; S t e p h e n s o n . 1 9 2 0 :
XVII e X I X . Os sulcos s e m i n a i s são ligeiramen-
258: 1923 : 4 7 4 .
te convexos medianamente ( F i g . 9 5 ) . O s po-
ros m a s c u l i n o s são m i c r o s c ó p i c o s no e q u a d o r
MATERIAL
de XVIII, no interior dos sulcos s e m i n a i s . Em
Brasil, Amazonas : Manaus, terrenos do Instituto 3 d o s 15 e x e m p l a r e s e x a m i n a d o s há u m s u l c o
Nacional d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a , 10 e x e m p l a r e s cli-
s e m i l u n a r de o r i g e m lateral às cerdas b de XVI
telados (INPAZ-16). I. Ayres col. 8/11/1974; 2 exem-
e c o m a porção m a i s c o n v e x a a t i n g i n d o o bor-
plares clitelados e 1 jovem (INPAZ-73), G . Righi c o l .
19/6/1975. Estrada M a n a u s - l t a c o a t i a r a . K m 10, 9 e x e m - do anterior das papilas prostáticas de XVII.
Em u m a n i m a l o c l i t e l o a p r e s e n t a - s e m u i t o túr- de c o r a ç õ e s s i t u a m - s e e m X - X I I , s e n d o m a i s
gido e rugoso, a t i n g i n d o 3 m m de diâmetro: v o l u m o s o s os do t e r c e i r o p a r . Na r e g i ã o m e -
os sulcos seminais são paralelos e não se diana do corpo há 6 p a r e s de meronefrídios
distinguem papilas ao redor dos poros prostá- segmentares, de forma mais ou m e n o s arre-
t i c o s . Os poros f e m i n i n o s s i t u a m - s e pouco an- dondada e do m e s m o tamanho.
t e r i o r e m e d i a l m e n t e às c e r d a s a d e X I V , o n d e Pares d e t e s t í c u l o s , f u n i s seminais e vo-
a região d e i m p l a n t a ç ã o das cerdas v e n t r a i s é lumosas massas de espermatozóides encon-
ligeiramente elevada. Os poros das esperma- tram-se livres em X e X I . Vesículas seminais
tecas aparecem como pequenas depressões faltam. Dois pares de próstatas tubulares en-
e m 7 / 8 e 8 / 9 , e m s é r i e c o m as c e r d a s v e n t r a i s . contram-se e m X V I I e X I X . Em c a d a próstata
(Fig. 92) o d u t o é d e l g a d o e s e u c o m p r i m e n t o
As cerdas t ê m distribuição lumbricina re-
e q u i v a l e a 1/5 o u t / 6 d o d a p o r ç ã o glandular,
gular e m todo o corpo a partir de I I . A s cerdas
que se dobra c o m o u m S irregular, apertado e
normais ( F i g . 91) são sigmóides, alongadas,
por vezes c o m as alças s o b r e p o s t a s . Associa-
com um nódulo no i n í c i o d o t e r ç o distai. A
do a cada próstata há u m f o l í c u l o com uma
porção externa é lisa o u , mais r a r a m e n t e , c o m
única cerda penial. D o s 12 f o l í c u l o s observa-
algumas cicatrizes irregulares n o lado cônca-
dos, apenas 2 apresentaram uma cerda de subs-
vo. A s cerdas ventrais são pouco maiores do
tituição. O comprimento das cerdas peniais
q u e as l a t e r a i s . Na região mediana do c o r p o
v a r i a d e 700 - 725 //.m, e m m é d i a 710 e o
o comprimento das cerdas ventrais varia de
d i â m e t r o b a s a l , q u e é o m a i o r , d e 12 - 725 / * m .
262 - 300 / t m , e m m é d i a 280 f i m e d a s l a t e r a i s
As cerdas peniais são mais ou menos retili-
d e 212 - 300 fim, e m m é d i a 280 /<m e d a s l a t e -
n e a s : a p o r ç ã o s u b a p i c a l f a z u m a p e q u e n a cur-
rais de 212 - 300 ^ m , e m m é d i a 245 pm. As
vatura que termina e m u m gancho apertado
cerdas a e b f a l t a m e m XVIII e as b e m XVII e
(Fig. 93). Pequenas cicatrizes longitudinais,
XIX. Em d o i s a n i m a i s , na r e g i ã o m e d i a n a cio
mal definidas, o c o r r e m irregularmente na m e -
c o r p o ( s e g m e n t o s X X X - X L ) aa : ab : bc : cd :
t a d e a p i c a l d a s c e r d a s , p o r é m f a l t a m na p o r ç ã o
dd - 3,10 : 1,00 : 3,50 : 1,00 : 34,20 = 5,00 :
subapical.
1,00 : 3,75 : 1,00 : 3 1 , 0 0 .
Dois ovários largos e c o m a m a r g e m livre
Os septos anteriores são cónicos, alon-
sinuosa situam-se ventralmente em Xlll. Em
gados e interpenetrados, tornando-se sucessi-
X I V há u m p a r d e v o l u m o s o s o v i s a c o s látero-
vamente mais curtos até o 12/13. Os aemais
dorsais e o esôfago. Dois pares de esperma-
são t r a n s v e r s a i s . O primeiro septo visível é
t e c a s s i t u a m - s e e m VIM e I X ; d i r i g e m - s e para
o 7 / 8 . O esôfago anterior abre-se e m u m papo
trás dos lados da cadeia n e r v o s a e devido à
volumoso. Seguem-se duas moelas musculo-
forma cónica dos septos ocupam o espaço de
sas c o m a f o r m a de c i l i n d r o s c u r t o s e u n i d o s
2 - 3 segmentos externos. E m g e r a l as e s p e r -
intimamente. Em um exemplar a parede do
m a t e c a s s ã o q u a s e r e t i l í n e a s c o m o na F i g . 9 4 ,
papo é e s p e s s a e s e u d i â m e t r o i d ê n t i c o ao d a s
r a r a m e n t e d o b r a d a s c o m o na F i g . 9 6 . E m c a d a
moelas, parecendo que o animal t e m três moe-
espermateca o longo duto abre-se e m uma
las, c o m o é típico d e Eutrigaster (Cognetti,
câmara mediana, de cuja porção basal parte
1905: 3 6 ) . T r ê s p a r e s d e g l â n d u l a s calcíferas
um divertículo pedunculado, unilocular e cheio
situam-se em XV - X V I I . As glândulas são
de e s p e r m a t o z ó i d e s . A câmara mediana sepa-
aproximadamente do m e s m o tamanho o u tor-
ra-se d o s a c o c e g o t e r m i n a l por um pescoço
nam-se ligeiramente maiores no sentido ante-
longo e de p a r e d e espessa.
ro-posterior. Os animais não estão e m condi-
ções satisfatórias para cortes, de modo que
CONSIDERAÇÕES
não p u d e m o s estabelecer c o m p r e c i s ã o a re-
lação e n t r e as g l â n d u l a s c a l c í f e r a s e o e s ô f a g o Pelas d e s c r i ç õ e s e f i g u r a s d c Dichogaster
posterior, b e m c o m o a exata posição das moe- andina Cognetti (1904: 4; 1905b: 38, fig.
las, q u e erri d i s s e c a ç ã o aparentam estar si- 13 - 15) conhecida do Equador o r i e n t a l , San
t u a d a s e m VIII e I X . O i n t e s t i n o i n i c i a - s e e m José, não restam dúvidas quanto a identidade
XIX, já c o m o tiflosole, que é u m a curta lamina específica de nosso malerial. Contudo, dife-
dorsal. Cecos intestinais faitam. Três pares renças nas cerdas levou-nos a separar os ani-
ESTAMPA Vlll — Dichogaster andina evae, subsp. n.: 91 — cerda ventral mediana; 9 2 •— p r ó s t a t a d e X V I I ; 9 3
— á p i c e d a c e r d a p e n i a l d e X I X ; 9 4 — e s p e r m a t e c a d e I X ; 9 5 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s X I I X X I ; 9 6 —
e s p e r m a t e c a d e V l l l . Dichogaster i b a i a , s p . n . : 9 7 9 9 — e x t r e m i d a d e a n t e r i o r e m v i s t a d o r s a l : 100 — p r ó s t a t a
d e X I X : 101 — c e r d a v e n t r a l m e d i a n a : 1 0 2 1 0 3 — c e r d a p e n i a l d e X I X : 104 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s X I I I X X I I .
m a i s b r a s i l e i r o s e m u m a s u b e s p é c e i s ŕ p a r t e . A s c e r d a s d i s p ő e m s e e m 8 s é r i e s r e g u
A s d u a s s u b e s p é c i e s p o d e m s e r d i s t i n t a s p o r : l a r e s a p a r t i r d e I I . A s c e r d a s n o r m a i s s ă o
D. andina evae — c e r d a s n o r m a i s l i s a s , rara s i g m ó i d e s , a l o n g a d a s , s e m n ó d u l o e c o m o
m e n t e o r n a m e n t a d a s p o r c i c a t r i z e s i r r e g u l a r e s q u i n t o a p i c a l o r n a m e n t a d o p o r e n t a l h e s s e m i
na p o r ç ă o a p i c a l c ô n c a v a (D. andina andina — c i r c u l a r e s d i s p o s t o s i r r e g u l a r m e n t e ( F i g . 1 0 1 ) .
c e r d a s n o r m a i s o r n a m e n t a d a s p o r p o u c a s e N a r e g i ă o m e d i a n a d o c o r p o o c o m p r i m e n t o
p e q u e n a s i n c i s ő e s t r a n s v e r s a i s c o m l á b i o d e n d a s c e r d a s l a t e r a i s v a r i a d e 185 225 / a n , e m
t e a d o ) ; u m a ú n i c a c e r d a p e n i a l a s s o c i a d a a m é d i a 200 /im e o d a s v e n t r a i s v a r i a d e
cada p o r o p r o s t á t i c o ( d u a s c e r d a s p e n i a i s p o r 205 245 tim, e m m é d i a 227 fim. A s r e l a ç ő e s
p o r o p r o s t á t i c o ) . e n t r e as c e r d a s n o s s e g m e n t o s X X X X L d e 5
a n i m a i s e n e c o n t r a s e na T a b e l a 6 .
D i c h o g a s t e r i b a i a , s p . n .
( F i g . 9 7 1 1 1 )
TABELA 6 — D i c h o g a s t e r i b a i a , r e l a ç õ e s e n t r e a s cer-
das nos s e g m e n t o s X X X • XL de 5 animais.
MATERIAL
B r a s i l , A m a z o n a s : E s t r a d a M a n a u s l t a c o a t i a r a , K m
Exemplar aa ab : bc : cd dd
6 4 ( R e s e r v a E g l e r ) , e m t r o n c o s p o d r e s c o m c u p i n s , 3
e x e m p l a r e s c l i t e l a d o s e 1 7 c o m c l i t e l o e m i n í c i o d e d i A 7.09 • 1,00 6.34 1.06 57.74
f e r e n c i a ç ă o I N P A Z 7 6 ) , E . F . Nascimento & I . A y r e s B 5,70 1,00 S.ütJ 1,00 56.07
c o l . 3 / 6 / 1 9 7 5 . C 4,00 1,00 3,50 1,00 36.00
D 4,16 1,00 3,33 1,00 41,50
ao e s ô f a g o , f o i e n c o n t r a d o e m u m ú n i c o e x e m
MATERIAL
p l a r . D o i s p a r e s d e e s p e r m a t e c a s s i t u a m s e
e m VIII e I X . A s e s p e r m a t e c a s d o s d o i s p a r e s Brasil, A m a z o n a s : região d o lago Badajós, e m t e r -
ra f i r m e , n o i n t e r i o r d e t r o n c o p o d r e , 1 exemplar clite-
t ę m f o r m a s e m e l h a n t e m a s , a s d o s e g u n d o p a r
lado [INPA2-78], M . Knoplacher c o l . 11/7/1975,
m a i s v o l u m o s a s . E x t e r n a m e n t e a d i s t i n ç ă o e n
t r e d u t o e a m p o l a é m a l d e f i n i d a . Da p o r ç ă o
O a n i m a l m e d e 40 m m d e c o m p r i m e n t o p o r
m é d i a e a n t e r i o r d o d u t o p a r t e u m d i v e r t í c u l o
2 m m d e d i â m e t r o na região m é d i a do c o r p o .
q u e p e r f u r a o s e p t o e l o c a l i z a s e n o s e g m e n t o
Os segmentos são ligeiramente tríanelares e
a n t e r i o r . O d i v e r t í c u l o p o d e t e r 1 3 l ő c u l o s ,
seu n ú m e r o é 118. O p r o s t ô m i o está parcial-
e m g e r a l 2 o u 3 ( F i g . 106 1 1 1 ) .
mente invaginado, deixando visível apenas a
parte posterior, que t e m forma de cunha ao
CONSIDERAÇÕES
terço anterior do primeiro segmento. A cor
Por a p r e s e n t a r c e r d a s p e n i a i s d e u m ú n i c o geral do d o r s o é m a r r o m c l a r a , s e m e l h a n t e à
t i p o e s e m o r n a m e n t a ç ă o p o r e s p i n h o s o u e n d o n.° 6 9 5 d e S é g u y ( 1 9 3 6 ) . O v e n t r e é b r a n c o
talhes, Dichogaster ibaia, s p . n. a p r o x i m a s e cremoso. O s p o r o s d o r s a i s s ã o v i s í v e i s a par-
d o g r u p o c e n t r a l a m e r i c a n o c o n s t i t u í d o p o r D . tir de 5 / 6 e persistem no clitelo.
mexicana ( R o s a , 1 8 9 1 ) , D. jamaicae [ E i s e n , O clitelo é e m f o r m a de sela nos segmen-
1 9 0 0 ) , D. guatemalae ( E i s e n , 1 9 0 0 ) , D. tristani t o s X l l l - X X I (— 9 ) ; s e u l i m i t e i n f e r i o r c o i n c i -
C o g n e t t i , 1907 e D. pitahayana M i c h a e l s e n , de c o m a l i n h a d e c e r d a s d. Dois pares de
1 9 1 2 . p o r o s p r o s t á t i c o s s i t u a m - s e no ápice d e papilas
Pela f o r m a d a s e s p e r m a t e c a s D. ibaia dis cónicas e m XVII e XIX, d i s p o s t a s e m série c o m
t i n g u e s e d e tristani, pitahayana e jamaicae, as c e r d a s a. O s s u l c o s s e m i n a i s s ã o r e t o s o u
BIBLIOTECA
do
l i g e i r a m e n t e o n d u l a d o s . A á r e a v e n t r a l d e m u s c u l a t u r a p a r i e t a l . D o i s p a . e s d e p r ó s t a t a s
X V I I X I X , ao r e d o r d a s p a p i l a s p r o s t á t i c a s e s i t u a m s e e m X V I I e X I X . E m c a d a p r ó s t a t a o
d o s s u l c o s s e m i n a i s , é e l e v a d a e d e a s p e c t o d u t o é d e l g a d o e s e u c o m p r i m e n t o e q u i v a l e a
g l a n d u l a r ( F i g . 1 1 2 ) . O s p o r o s f e m i n i n o s n ă o 3 5 d o d a p o r ç ă o g l a n d u l a r , q u e é c u r v a e m S
săo v i s í v e i s . D o i s p a r e s d e p o r o s d e e s p e r m a e a d e r i d a ao s e p t o p o s t e r i o r d o s s e g m e n t o s
t e c a s , p o u c o d e m a r c a d o s , a b r e m s e e m 7 / 8 e q u e as c o n t é m ( F i g . 1 1 6 ) . A p o r ç ă o g l a n d u
8 9, e m s é r i e c o m a s c e r d a s v e n t r a i s . l a r d o p r i m e i r o p a r d e p r ó s t a t a s é q u a s e
A s c e r d a s n o r m a i s s ă o s i g m ó i d e s , a l o n g a d u a s v e z e s m a i s v o l u m o s a d o q u e a d o s e
das e s e m n ó d u l o . S u a p o r ç ă o a p i c a l a p r e s e n g u n d o p a r e f a z s a l i ę n c i a na c a v i d a d e d e X V I I I .
ta p e q u e n a s c i c a t r i z e s l o n g i t u d i n a i s , i r r e g u l a D u a s c e r d a s p e n i a i s e s t ă o a s s o c i a d a s ŕ p o r ç ă o
res e m a i s n u m e r o s a s na r e g i ă o c ô n c a v a . O t e r m i n a l d o s d u t o s p r o s t á t i c o s . E s t a s c e r d a s
c o m p r i m e n t o d a s c e r d a s v e n t r a i s d a r e g i ă o s ă o l i g e i r a e i r r e g u l a r m e n t e o n d u l a d a s , s e m
m e d i a n a d o c o r p o v a r i a d e 2 1 5 250 ^ m , e m o r n a m e n t a ç ă o e t e r m i n a m e m p o n t a r o m b a
m é d i a 237 ^ m . N o s s e g m e n t o s X X X X L , a r e ( F i g . 113) . O c o m p r i m e n t o d a s c e r d a s p e n i a i s
F r o m t h e B r a z i l i a n A m a z o n i a 25 s p e c i e s o f
O l i g o c h a e t a w e r e s t u d i e d f o r t h e i r a n a t o m y a n d
s y s t e m a t i c s . T h e y a r e d i s t r i b u t e d o n t o 16
g e n e r a a n d 8 f a m i l i e s as f o l l o w s . H a p l o t a x i d a e :
Tiguassu reginae g e n . n., s p . n.; E n c h y t r a e i d a e :
Marionina patua, s p . n.; Alluroididae: Brin-
khurstia americanas ( B r i n k h u r s t , 1 9 6 4 ) ; G l o s
soscolecidae: Atatina gatesi, s p . n., Amazo
atroaris, s p . n., A. xecatu, s p . n., Meroscolex
eudoxiae, s p . n., Diachaeta juli, s p . n.. Holos-
colex caramuru R i g h i , 1 9 7 5 , H. nemorosus ta-
coa, s u b s p . n., Glossodrilus (G.) schubarti, s p .
n.; S p a r g a n o p h i l i d a e : Areco reco, g e n . n., s p .
n.; Ocnerodrilidae; Eukerria guamais R i g h i ,
1 9 7 1 . Haplodrilus (Hi) tagua, s p . n., Dariodrilus
ferrarius, g e n . n., s p . n., Exisdrilus rarus, g e n .
n., s p , n.; A c a n t h o d r i l i d a e : Wegeneriella diver-
gens itapecu, s u b s p . n . Wi tocaya,
t s p . n.; O c t o
chaetidae: Dicbogaster affinis [ M i c h a e l s e n ,
1 8 9 0 ) . D. bolaui bolaui ( M i c h a e l s e n , 1 8 9 1 ) , D.
modigliani ( R o s a , 1 8 9 6 ) , D. saliens ( B e d d a r d ,
1 8 9 2 ) , D. andina evae, s u b s p . n., D. ibaia, s p .
n.. D. badajos, s p . n..
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1 9 6 6 — A t a x o n o m i c r e v i s i o n o f t h e f a m i l y Haplota 6 5 1 1 4 ( n ă o v i s t o , c i t a d o d e G a t e s , 1 9 7 2 ) .
2 9 5 1 , e s t . 12. B u l l . M u s . C o m p . Z o o l . H a v a r d , 8 9 : 6 3 1 4 4 .
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t h e w o r l d : 2 8 6 3 0 3 . O l i v e r & B o y d , E d i n b u r g
R e g e n e r a t i o n I n a n e a r t h w o r m , E i s e n i a f o e t i
CERNOSVITOV L . 1 9 4 9 —
d a ( S a v i g n y ) 1 8 2 6 . I . A n t e r i o r r e g e n e r a t i o n .
1 9 3 4 — L e s O l i g o c h θ t e s d e la G u y a n e F r a n ç a i s e e t
B i o l . B u l l . 9 6 [ 2 ) : 1 2 9 1 3 9 .
d ' a u t r e s p a y s d e I ' A m e r i q u e d u S u d . Bull.
O n B u r m e s e e a r t h w o r m s o f t h e Megasco
Mus. nat. Hist. Nat. P a r i s ( 2 ) 6 : 4 7 5 9 . 1 9 5 8 —
l e c i d s u b f a m i l y O c t o c h a e t i d a e . A n n . M a g .
1 9 3 5 — O l i g o c h a e t e n a u s d e m T r o p i s c h e n S٧d
N a t . H i s t ( 1 3 ] 1 [ 9 ) : 6 0 9 6 2 4 .
Amerika. C a p i t a Z o o l . 6 ( 1 ) : 136, e s t . 16.
O n a t a x o n o m i c p u z z l e a n d t h e classifi
1 9 3 8 — O l i g o c h a e t a . Mission Scientifique de I'Omo, 1 9 5 9 —
c a t i o n o f t h e e a r t h w o r m s . B u l l . M u s . C o m p .
4 : 2 5 5 3 1 8 .
Z o o l . Harvard. 1 2 1 ( 6 ) : 2 2 9 2 6 1 .
1 9 4 1 — O l i g o c h a e t a f r o m v a r i o u s p a r t s o f t h e w o r l d . C o n t r i b u t i o n t o a r e v i s i o n o f t h e e a r t h w o r m
Proc Zool S o c . L o n d . ( B ) 1 1 1 : 1 9 7 2 3 6 . 1 9 6 6 —
F a m i l y O c n e r o d r i l i d a e , V l l V l l l . A n n . M a g
COGNKTTI DE MARTIIS, L . n a t . H i s t . ( 1 3 ) 9 ( 9 7 9 9 ) : 4 5 5 3 .
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