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ISSN 0044-5967

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq.)

I N S T I T U T O N A C I O N A L DE P E S Q U I S A S D A A M A Z Ô N I A (INPA)

Oligochaeta (Annelida) do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia

Gilberto Righi
Universidade de São Paulo

Ione Ayres
Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia

Elizabeth C. R. Bittencourt
Universidade de São Paulo

ACTA AMAZÔNICA V o l . 8 ( 3 ) : Suplemento 1

Manaus-Amazonas

1978
RIGHI, Gilberto
O l i g o c h a e t a (Annelida) do Instituto Nacional de Pesquisas da A m a z ô n i a .
Acta Amazônica, M a n a u s , 8(3} : S u p l e m e n t o (1), s e t . 1978. 49 p.
Colaboração de : Ione A y r e s & Elizabeth C. R. Bittencourt.

1. O l i g o c h a e t a 2. Z o o g e o g r a f i a I. A y r e s , I o n e I I . B i t t e n c o u r t , E. C . R.
III. Título.

CDD 595.146 CDU 595.14


591.9811 591.9(811.3)

RESUMO: Da A m a z ô n i a brasileira f o r a m estudadas a n a t o m o - s i s t e m a t i c a m e n t e 25 espé-


cies de Oligochaeta distribuídas em 16 gêneros e 8 f a m í l i a s como s e g u e : H a p l o t a x i d a e : Tiguassu
reginae, g e n . n . , s p . n . ; Enchytraeidae : Marionina patuá, sp. n.; A l l u r o i d i d a e : Brinkhurstia
omericanus (Brinkhurst, 1964); Glossoscolecidae : Atatina gatesi, sp. n., Amazo atroaris sp. n.,
A . xecatu, sp. n., Meroscolex eudoxiae, sp. n., Diachaeta juli s p . n . , Holoscolex Caramuru R i g h i ,
#

19/'5, H. nemorosus tacoa, subsp. n . , Glossodrilus ( G . ) schubarti, sp. n.; Sparganophilidae ? :


Areco reco, gen. n., sp. n.; Ocnerodíilidae : Eukerria guamais R i g h i , 1 9 7 1 , Haplodrilus (H.) t a g u a ,
sp. r,., Dariodrilus ferrarius, g e n . n . , s p . n . , Exisdrilus rarus, g e n . n., sp. n . ; A c a n t h o d r i l i d o e :
Wegeneriella divergens itapecu, subsp. n . , W . tocaya, s p . n.; Octachaetidae : Dichogaster affinis
(Michaelsen, 1890), D. bolaui bolaui (Michaelsen, 1891), D . modigliani (Rosa, 1896"), D. saliens
(Beddard, 1892), D andina evae, subsp. n., D. ibaia, sp. n., D . badajos, s p . n .

ABSTRACT: From t h e B r a z i l i a n A m a z o n i a 25 species of Oligochaeta were studied f o r


their a n a t o m y and systematics. They are d i s t r i b u t e d onto 16 genera a n d 8 f a m i l i e s as f o l l o w s .
Haplotaxidae: Tiguassu reginae g e n . n., s p . n.; E n c h y t r a e i d a e : Marionina patua s p . n.;
Alluroididae: Brinkhurstia americanus (Brinkhurst, 1964); Glosos-colecidae : Atatina gatesi, s p .
n . , Amazo atroaris, s p . n.; A . xecatu, sp. n., Meroscolex eudoxiae, s p . n.; Diacheta juli, sp. n . ,
Holoscolex caramuru Righi, 1975, H . nemorosus tacoa, subsp. n., Glossodrilus ( G . ) schubarti, s p .
n.; S p a r g a n o p h i l i d a e : Areco reco, g e n . n . , s p . n.; O c n e r o d r i l i d a e : Eukerria guamais R i g h i ,
1971, Haplodrilus (Hi) t a g u a , s p . n . , Dariodrilus ferrarius, g e n . n., sp. n., Exisdrilus rarus, g e n .
n . , sp. n.; A c a n t h o d r i l i d a e : Wegeneriella divergens itapecu, subsp. n . ; W i . tocaya, sp. n . ; O c f o .
chaetid'ae : Dichogaster affinis (Michaelsen, 1890), D. bolaui bolaui (Michaelsen, 1891), D.
modigliani (Rosa, 1896), D. saliens (Bed'dard, 1892), D. andina evae, subsp. n., D . ibaia, s p . n.,
D. badajos, s p . n .
CONTEÚDO

introdução • 5
Agradecimentos 5

Descrição sistemática 6
Haplotaxidae ••. 6
Tiguassu, gen. n 6
Tiguassu reginae, sp. n 6
Enchytraeidae 8
Marionina patua, sp. n 8
Alluroididae • • H
Brinkhurstia americanus ( B r i n k h u r s t , 1964) ... 11
Glossoscolecidae • 1 3

Atatina gatesi, sp. n 13


Amazo R i g h i e t a i - , 1976 13
Amazo atroaris, sp. n 14
Amazo xecatu, sp n 16
Meroscolex eudoxiae, sp. n 17
Diachaeta juli, sp. n 18
Holcscolex caramuru R i g h i , 1975 21
Holoscolex nemorosus tacoa, subsp. n 21
Glossodrilus (G) schubarti, sp. n 22
Sparganophilidae 25
Areco, gen. n. 25
Areco reco. sp. n. 25
Ocnerodrilidae 27
Eukerria guamais Ri p h i , 1971 27
Haplodrilus E i s e n , 1900 27
Haplodrilus (H.) tagua, sp. n. 28
Dariodrilus, gen. n 30
Dariodrilus ferrarius, sp. n. •- 30
Exisdrilus, gen. n 33
Exisdrillus rarus, sp. n. 33
Acanthodrilidae 34
Wegeneriella divergens itapecu, subsp. n. 34
Wegenerielta tocaya, sp. n 36
Octochaetidae 38
Dichogaster affinis [ M i c h a e l s e n , 1890) 38
Dichogaster bolaui bolaui ( M i c h a e l s e n , 1891) 38
Dichogaster modigllani [ R o s a , 1896) 38
Dichogaster saliens ( B e d d a r d , 1892) 39
Dichogaster andina evae, subsp. n 39
Dichogaster ibaia, sp. n. 42
* Dichogaster badajos, sp. n 44
Summary --•• 46
Bibliografia c i t a d a . . . . 47
BIBLIOTECA

I N P A

INTRODUÇÃO

F. S . L e u c k a r t r e g i s t r o u e m 1835, p e l a p r i -
meira vez, a presença de vermes oligoquetos
no continente sul americano, Não obstante
terem decorridos mais d e 150 a n o s , o saldo
atual dos conhecimentos desta i m p o r t a n t e or-
dem zoológica, em nosso continente e princi-
p a l m e n t e na r e g i ã o a m a z ô n i c a , é f r a g m e n t á r i o
e cheio de lacunas m ú l t i p l a s . Este estágio só
pode s e r u l t r a p a s s a d o c o m u m a e x p l o r a ç ã o in-
tensa de n o v o s materiais de diversas proce-
dências .
Com esse i n t u i t o , e m j u n h o d e 1975, u m
de nós ( G . Righi) coletou nas reservas flores-
tais do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia e na r e g i ã o de Sucunduri (Estrada
Transamazônica) . Esia c o l e ç ã o foi enriqueci-
da p o r e x e m p l a r e s obtidos anteriormente por
I. A y r e s . Deste modo, pudemos r e u n i r 3 8 es-
p é c i e s de O l i g o c h a e t a da A m a z ô n i a brasileira,
das quais 13 e s p é c i e s de Glossoscolecidae
f o r a m tratadas por nós em publicação anterior
nesta mesma revista. As restantes 25 e s p é -
cies são agora apresentadas.

Os estudos q u e se s e g u e m foram basea-


dos em animais fixados em formalina 10%,
dissecados, em preparações totais coradas pelo
Paracarmim de Mayer e em cortes seriados
corados pelo m é t o d o tríplice de M a l l o r y . Os
sintipos estão depositados no I n s t i t u t o Nacio-
nal de Pesquisas da Amazônia [INPA], Ma-
naus.
AGRADECIMENTOS

N ó s s o m o s e s p e c i a l m e n t e g r a t o s ao Enge-
n h e i r o J u r a n d i r d e A l e n c a r , da R e s e r v a Flores-
t a l D u c k e , p e l a s e m p r e p r o n t a c e d ê n c i a de s e u
técnico Evaristo F. d o N a s c i m e n t o para auxi-
liar-nos e m nossas coletas.
Nossa coleção de Oligoquetas da A m a z ô -
nia foi obtida graças a valiosa colaboração
deste a m i g o e ao inestimável trabalho do Sr.
E v a r i s t o F. d o Nascimento.
Agradecemos também aos colegas e ami-
gos que e m suas viagens coletaram animais
para nós, a s s i m e n r i q u e c e n d o nossa coleção.
DESCRIÇÃO SISTEMÁTICA

HAPLOTAXIDAE Tiguassu r e g i n a e , s p . n.
(Fíg. 1-4)

Tiguassu, g e n . n .
MATERIAL

DIAGNOSE
Brasil, A m a z o n a s : estrada Manaus-Rlo Branco. K m
45 (Reserva Biológica da Campina), e m tronco podre.
Quatro pares de cerdas sigmóides e inti- Junto a u m Igarapé; 2 exemplares clitelados e 1 acllte-
mamente geminadas por segmento. Holone- lado (INPAZ-80). L. A n t o n y & G . Rlchi c o l . 2 5 / 6 / 1 9 7 5 .

fndios pares e m alguns segmentos prégona-


dais e e m todos os s e g m e n t o s posgonadais. Em u m d o s e x e m p l a r e s m a d u r o s , o c u t e l o
Três moelas m u s c u l o s a s fundidas entre s i , n o s está b e m diferenciado e t e m forma anelar nos
segmentos V I - V I I I . Glândulas septais presen- segmentos XIII-XVIII ( = 6 ) . No o u t r o e x e m -
t e s a t é e m I X . Par d e c o r a ç õ e s l a t e r a i s mus- plar o clitelo, e m início de diferenciação, só é
culosos e m X . Testículos e m X I . Funis s e m i - reconhecível em cortes, nos segmentos XIII -
nais e m X (reduzidos) e e m XI ( f u n c i o n a i s ) . X V I I . Na d e s c r i ç ã o a b a i x o e s t e s a n i m a i s serão
Dutos seminais curtos e pouco ondulados e m designados por A e B, respectivamente. O
XI e X I I , s e m á t r i o e s e m g l â n d u l a s a s s o c i a d a s . comprimento dos dois animais maduros é de
Poros m a s c u l i n o s laterais no equador de XI 33 m m e o d i â m e t r o , na r e g i ã o mediana do
(reduzidos) e no d e XII ( f u n c i o n a i s ) . Vesículas c o r p o , é de 1 m m . P i g m e n t o a u s e n t e . Em cada
seminais longas, nastriformes. Ovários e fu- s e g m e n t o há u m a d e l g a d a f a i x a c i r c u l a r , e q u a -
nis o v u l a r e s em X I I . Ovidutos curtos. Poros torial, de cor branca leitosa, onde se implan-
femininos laterais, no equador de XIII. Espe - t a m as c e r d a s . 0 n ú m e r o d e s e g m e n t o s de A
matecas simples, s e m divertículos, anteriores é 1 1 2 ; o s ú l t i m o s 16 s ã o e s p e c i a l m e n t e c u r t o s ,
às g ô n a d a s . apresentando-se como um regenerado recente.
O a n i m a l B t e m 132 s e g m e n t o s . Os sulcos in-
tersegmentares são aprofundados na região
TIPO DO GÊNERO
anterior, de modo que os segmentos são facil-
mente reconhecíveis até o XII ou X I I I . Para
Tiguassu reginae, s p . n.
trás, os intersegmentos são mal definidos e os
segmentos reconhecíveis apenas pela faixa
CONSIDERAÇÕES equatorial branca e pelas cerdas. O prostô-
m i o ( F i g . 1) é t e n t a c u l i f o r m e , t ã o l o n g o q u a n t o
Em revisões recentes, Brinkhurst (1966: os 5 ou 6 segmentos anteriores e nos três
33; 1 9 7 1 : 286) reuniu os gêneros Pelodrilus exemplares apresenta-se dobrado e m cotovelo.
Beddard, 1 8 9 1 , Heterochaetella Yamaguchi, Sua p o r ç ã o b a s a l é l a r g a , b i l o b a d a e dirigida
1953 e Adenodrilus C e k a n o v s k a y a , 1959 n o g ê - para a frente. A porção distai, dirigida para
n e r o ú n i c o Haplotaxis pela posse de t r ê s moe- cima é mais longa e adelgaça-se e m direção
las e s o f á g i c a s e pela p o s i ç ã o d o s t e s t í c u l o s . à ponta; seus 3/4 proximais são percorridos
Pelodrilus (?) falcifer O m o d e o , 1958, c o n h e c i - por n u m e r o s o s sulcos anelares.
do da Á f r i c a , M o n t e Nimba, apresenta, como As cerdas dispõem-se e m 4 pares de sé-
Tiguassu reginae, um único par de testículos ries l o n g i t u d i n a i s a p a r t i r de I I . São s i g m ó i d e s ,
em X I , d i f e r i n d o pela falta d e m o e l a e pela po- alongadas e c o m u m pequeno nódulo subme-
sição dos o t á r i o s e m XIII. diano ( F i g . 2) . O comprimento das cerdas
O n o m e do novo g ê n e r o d e r i v a da língua ventrais e laterais é semelhante e, na r e g i ã o
tupi, onde " t i " = nariz e " g u a s s u " = grande. m e d i a n a d o c o r p o , v a r i a d e 8 0 - 9 0 y-m. A re-
lação entre as cerdas nos s e g m e n t o s XXXV- por uma larga faixa que corre látero-ventral-
X L de A e B é r e s p e c t i v a m e n t e aa : ab : bc : mente ao e s ô f a g o e à moela, terminando na
cd : dd = 12,33 : 1,00 : 12,33 : 0 . 8 3 : 37,33 = placa faríngea. O par de faixas é, provavel-
15,16 : 1,00 : 13,50 ; 0,83 : 4 7 , 3 3 . A espessura m e n t e , f o r m a d o pelos p r o l o n g a m e n t o s das cé-
da p a r e d e d o c o r p o é ao r e d o r d e 75 ^m dado lulas glandulares. Estas glândulas assemelham-
especialmente o grande desenvolvimento da s e às c h a m a d a s g l â n d u l a s s e p t a i s d a s Enchy-
musculatura longitudinal. A musculatura circu- traeidae. A f a r i n g e segue-se u m c u r t o e del-
lar é b e m d i f e r e n c i a d a n o s s e g m e n t o s a n t e r i o - gado esôfago, que se dilata e m uma volumosa
res, tornando-se m a i s f i n a e m d i r e ç ã o ao c l i - moela ( M ) , de espessa parede muscular, sem
telo. Na região mediana dos segmentos glândulas associadas e com forte revestimento
posclitelares, esta camada muscular atinge em cuticular. A moela é cilíndrica nos segmentos
média 3 ^ m de espessura, sendo mais fina do VI - V I I I , c o m l i g e i r a s c o n s t r i ç õ e s na a l t u r a d o s
que o epitélio, cuja espessura média é de 6 s e p t o s 6 / 7 e 7 / 8 , r e p r e s e n t a n d o a fusão de 3
fi.m. D a í , o não r e c o n h e c i m e n t o d o s interseg- moelas sucessivas. O esôfago dilata-se em
mentos em vista superficial. Linha lateral IX e X , o n d e a t i n g e d i â m e t r o p o u c o m a i o r do
ausente. q u e o da m o e l a . A d e l g a ç a - s e a b r u p t a m e n t e em
X I , a p r e s e n t a n d o e m XI e XII u m d i â m e t r o de
Em A e B, e n c o n t r a m - s e duas volumosas a p r o x i m a d a m e n t e m e t a d e d o da m o e l a . A t r a n -
papilas puberU:is c r a t e r i f c r m e s e assimétricas, sição esôfago intestino situa-se em 12/13. O
dispostas em linha com as cerdas ventrais. intestino (I) dilata-se bruscamente e m XIII e
A p a p i l a a n t e r i o r s i t u a - s e à e s q u e r d a e m IX e e m XIV já t e m o diâmetro normal posterior.
a posterior à direita em XIV. Cada papiía cor- E s t r u t u r a s c a l c í f e r a s , a p ê n d i c e s e t i f l o s o l e au-
responde a um volumoso grupo de células sente. Exceto a faringe, esôfago anterior e
glandulares que ficam mergulhadas na parede moela, o restante do tubo d i g e s t i v o está reple-
do c o r p o . Um p a r de t r a v e s pubertais pouco t o de r e s t o s vegetais.
salientes e s t e n d e - s e , no e x e m p l a r A , e m 1/2
bc d e 1/2 X I — 1 / 2 X i V d o l a d o e s q u e r d o e de
O aparelho e x c r e t o r c o m p õ e m - s e de pares
XII - X I I I c'o l a d o d i r e i t o . Em B as t r a v e s são
d e h o l o n e f r í d i o s n o s s e g m e n t o s IX, X e de X I V
s i m é t r i c a s e s i t u a m - s e e m 1/2 bc d e X I I - X I I I .
p a r a t r á s . F a l t a m n e f r í d i o s n o s s e g m e n t o s VIII
Os pnros genití.is são reconhecíveis apenas
e a n t e r i o r e s , b e m c o m o n o s X I - X I I I . Em c a d a
em cottes.
nefrídio, o nefróstoma compõem-se d e u m lá-
bio inferior pequeno e de um lábio superior
Os septos o c o r r e m a partir ce 4 / 5 (Fig. 3 ) .
largo, formado por n u m e r o s a s células altas e
Os 8/9 — 12/13 são pouco mais espessos do
c i l i a d a s ( F i g . 4) . No p e s c o ç o , há u m c o n j u n t o
que os d e m a i s : t o d o s t ê m d i s p o s i ç ã o transver-
de células peritoniais. O corpo dos nefrídios
sal. A f a r i n g e ( F i g . 3, F] f o r m a u m divertículo
cempõem-se de um complexo enovelado de
d o r s a l a m p l o e l a r g a m e n t e a b e r t o , p r e s o à pa-
canalículos envolvendo parcialmente um duto
rede do corpo por numerosas faixas muscula-
mediano, largo, c o m a parede totalmente re-
res intercruzantes. O teto do divertículo é
v e s t i d a por fina g r a n u l a ç ã o , O d i â m e t r o médio
formado por uma larga placa de células cilín-
dos canalículos é d e 2,5 / m i e o d o d u t o me-
dricas, altas. Enire as faixas musculares, en-
d i a n o 7,5 fim. B e x i g a e a m p o l a não f o r a m r e -
contram-se alguns pequenos e esparsos con-
c o n h e c i d a s . O p e r i t ô n i o , j u n t o aos nefrídios, é
juntos de células glandulares, cuja conexão
formado por largas céluias mais ou menos
c o m a placa faríngea não foi possível estabele-
cer. Pares d e l a r g a s m a n s a s d e c é l u l a s glan- r e t a n g u l a r e s , m e d i n d o e m m é d i a 50 x 25 / u n .

dulares, irregularmente lobuladas, (GS) encon- Infelizmente, os dois animais microtomizados

t r a m - s e nos s e g m e n t o s V, V I , VIII e IX. Estas não f i c a r a m bons para estudos do aparelho

glaruJulas s ã o r i c a m e n t e v a s c u l a r i z a d a s e p r e - circulatório. A l é m dos vasos dorsal e ventral,

sas à parede do c o r p o por faixas conjuntivo- foi possível reconhecer apenas um volumoso
musculares; em alguns pontos, aderem-se aos par de corações laterais de parede musculosa,
septos. A s g l â n d u l a s de c a d a l a d o continuam no s e g m e n t o X.
Um par de testículos volumosos situa-se ENCHYTRAEIDAE
no s e g m e n t o XI ( F í g . 3, T ) , c u j a c a v i d a d e , n o
c n i m a l B, e s t á r e p l e t a d e e s p e r m a t o z ó i d e s em MaMonirta patuá, s p . n.
diferenciação. Duas longas vesículas seminais [Fig. 5-10)

[VS) nastriformes estendem-se dos lados do


i n t e s t i n o a t é o s e g m e n t o X X I I I o u X X V de B. MATERIAL

Em A , a c a v i d a d e de X I c o n t é m p o u c o s esper-
Brasil, Amazonas : Manaus, terreno do Instituto Na-
m a t o z ó i d e s e as v e s í c u l a s s e m i n a i s e s t ã o em cional de P e s q u i s a s da Amazônia, 1 exemplar clitelado
r e d u ç ã o ; e n c o n t r a m - s e vazias e m XII - X I I I , O (INPAZ-86), G, Righi c o l . 19/6/1975.
p a r de f u n i s s e m i n a i s d e XI [ F S 2 ) s ã o l a r g o s e
pregueados. Continuam-se pelos dois dutos O animal mede 9 m m de c o m p r i m e n t o ; o
s e m i n a i s q u e f o r m a m a l g u m a s a l ç a s os lados diâmetro é d e 360 f i m na r e g i ã o a n t e r i o r , 300
do i n t e s t i n o e m X I I , a b r i n d o - s e d i r e t a m e n t e na / i m no c l i t e l o e 340 /*m na r e g i ã o m e d i a n a do
s u p e r f í c i e no e q u a d o r d e s t e s e g m e n t o , na m e - corpo. Apresenta 48 s e g m e n t o s . O poro ce-
t a d e d o r s a l d e bc- O diâmetro externo dos du- f á l i c o ( F i g , 5, P) l o c a l i z a - s e na r e g i ã o m e d i a n a
t o s s e m i n a i s é d e 32 u m e o i n t e r n o d e 9 ^ m ; dorsal do p r o s t ô m i o . O clitelo ocupa os seg-
sua p a r e d e é f o r m a d a p o r c é l u l a s cilíndricas, mentos X I I - 1/2 XIII. Suas células glandula-
altas e ciliadas. Em X , n ã o há t e s t í c u l o s , p o - res são p o u c o v o l u m o s a s , d i s p o s t a s irregular-
rém há u m par de pequenos funis seminais mente e faltam na r e g i ã o v e n t r a l . As cerdas
[FSI}]. Seus dutos formam poucas alças em são retas ( F i g . 6 ) , s e m nódulo, c o m a e x t r e m i -
XI. abrindo-se no equador do segmento, na dade p r c x i m a l l i g e i r a m e n t e curva e a distai e m
m e s m a linha dos poros de X I I . O s d u t o s se- ponta s i m p l e s . Ocorrem 4 tufos de 2 cerdas
minais de XI são p o u c o mais delgados do que c a d a , p o r s e g m e n t o a p a r t i r d e I I I . F a l t a m cer-
os d e X I I e a p r e s e n t a m - s e o b l i t e r a d o s e m al- d a s e m X I I . Na r e g i ã o p r e c l i t e l s r as c e r d a s la-
guns pontos. Seu diâmetro externo é de 23 t e r a i s m e d e m , e m m é d i a , 36 f i m d e c o m p r i m e n -
(im e o i n t e r n o d e 4 u m , e m m é d i a . Não há t o e as v e n t r a i s 38 jim. Na r e g i ã o posclitelar,
átrio n e m glândulas associadas aos d u t o s se- as c e r d a s l a t e r a i s m e d e m , e m m é d i a , 48 um e
minais. Os testículos de X! p r e n d e m - s e . em as v e n t r a i s 73 ^ m .
p a r t e , no s e p t o 1 0 / 1 1 e p r i n c i p a l m e n t e na por- O esôfago passa gradualmente ao i n t e s t i -
ção b s s a ! d o s d u t o s s e m i n a i s q u e p a r t e m d e X. no, Não ocorrem divertículos em quaisquer
pontos do tubo digestivo. Células cioragóge-
U m par d e o v á r i o s [O] e n c o n t r a - s e e m XII n a s s ã o v i s t a s a p a r t i r d o s e g m e n t o V I , Pep-
aderido à porção basal dos dutos s e m i n a i s , que tonefrídios faltam. As glândulas septais [Fig.
os a t r a v e s s a m em parte. Os ovários têm a 5, GSP) aparecem associadas aos septos 4/5,
forma geral de um cone, c o m algumas fileiras 5/6 e 6/7, unindo-se as simétricas por uma
de ovos em diferenciação. Os ovos maduros, f a i x a g l a n d u l a r a c i m a do v a s o d o r s a l . A s g l â n -
ricos em vitelo, t ê m um d i â m e t r o variável de dulas do primeiro par não apresentam lobo
4 0 - 5 0 ,um. O l a r g o par d e f u n i s o v u l a r e s (FO) ventral d e s e n v o l v i d o , ao c o n t r á r i o d a s d o se-
continua-se por dois ovidutos pouco sinuosos, gundo e terceiro pares. Glândulas s e p t a i s se-
que se abrem no equador d e X I I I , na metade cundárias (GSS), de posição ventro-lateral,
ventral d e bc. Ovisacos não f o r a m encontra- ocorrem associadas às p r i m á r i a s do primeiro
dos. Dois pares de espermatecas (E) locali- e segundo pares. A drenagem da secreção
z a m - s e e m IX e X , a b r i n d o - s e e m 8 / 9 e 9/10 destas glândulas é feita através de faixas que
e m s é r i e c o m cd. As espermatecas são piri- s a e m v e n t r a l m e n t e d e c a d a par e u n e m - s e em
formes, sem distinção entre duto e ampola e urna f a i x a única de cada lado, que se dirige
as do s e g u n d o par são pouco maiores. Não p a r a a r e g i ã o d o r s a l da f a r i n g e (F) . O g â n g l i o
foram encontrados espermatozóides no inte- cerebrótde (Fig. 5, C ; 7) é ovalado, medindo
r i o r das espermatecas, 162 p o r 106 fim n a s m a i o r e s d i m e n s õ e s . A f a c e
anterior é incisada e a posterior convexa. O
O n o m e * d a n o v a e s p é c i e f o i d a d o e m ho- vaso dorsal inicia-se no s e g m e n t o X V . Os ce-
m e n a g e m à Srta. Regina Lúcia de Lima Lopes l o m ó c i i o s são d i s c ó i d e s e nucleados, apresen-
pela sua valiosa colaboração. t a n d o e m m é d i a 26 f i m d e diâmetro.

a —
ESTAMPA I — Tiguassu reginae, g e n . n,, sp. n.: 1 •— extremidade anterior em vista lateral; 2 — cerda da re-
gião mediana do corpo; 3 — reconstrução dos 14 p r i m e i , o s segmentos baseada em cortes seriados; 4 — parte
do septo 14/15 e funil nefridial. Marionina patuá, s p . n.: 5 — corte óptico dos 8 primeiros segmentos; 6 — cer-
da p o s c l i t e l a r ; 7 — gânglio cerebróide; 8 — nefrídio de 6/7; 9 — nefrídio de 3 0 / 3 1 ; 10 — funil seminal. Brin-
khurstia americanus [Brinkhurst, 1964): 11 — extremidade anterior em vista dorsal. (C = gânglio cerebróide;
CN = cordão nervoso; E = espermateca; F = faringe; FS1 = funil seminal 1; FS2 = funil seminal 2; FO =
funil ovular; GS = glândulas septais: GSP = glândulas septais primárias; GSS — glândulas septais secundárias;
I = intestino; M = moela; O = ovário; ]P = poro cefálico; T = testículo; VS = vesícula seminal.)
O p r i m e i r o pôr de n e f r í d i o s ( F i g . 8) pren- piasma cheio de vitelo, atingem 322 u m de
de-se ao s e p t o 6 / 7 . A parte pré-septal abran- c o m p r i m e n t o e o c u p a m o espaço dos segmen-
ge o f u n i l e a l g u m a s v o l t a s d o c a n a l n e f r i d i a l ; t o s X! - X I V . Os testículos situam-se em XI,
s e u c o m p r i m e n t o e q u i v a l e a t r ê s q u i n t o s d o da presos ao septo 10/11. Cada funil seminal
p o s s e p t a l . Esta, de a s p e c t o c i l i n d r ó i d e , t e m as (Fig. 10) é longo, adelgaçando-se para trás e
voltas do canal nefridial mais numerosas. A apresonta-se dobrado e m S; seu comprimento
região do nefrídio qua ctravessa o septo é li- é de c a l c u l a d a m e n t e 3 3 2 u m e o m a i o r d i â m e -
geiramente acinturada. O s n e f r í d i o s da r e g i ã o t r o 60 p i r i na a b e r t u r a . Os dutos deferentes
pnsclitelar (Fig. 9) têm a porção pré-septal t e m a form3 d e u m a e s p i r a l a p e r t a d a ; r e s t r i n -
equivalendo a dois terços da posseptal. Em g e m - s e ao s e g m e n t o XII e a b r e m - s e d i r e t a m e n -
todos os nefrídios, o duto excretor parte da t e ao e x t e r i o r , s e m b u l b o p e n i a l evidente.
Vace v o l t a d a p a r a o i n t e s t i n o , na r e g i ã o m e d i a -
na da p o r ç ã o p o s s e p t a l . U m par de esperma-
Considerações :
t e c a s l i v r e s a t i n g e o s e g m e n t o XIII ( F i g . 5, E ) .
Em cada e s p e r m a t e c a a a m p o l a é o v ó i d e , s e m
Por t e r as e s p e r m a t e c a s l i v r e s d o e s ô f a g o
r j i v e r t í c u l o s . m e d e 97 p o r 54 ^ m e localiza-se
e 2 c e r d a s por t u f o ao l o n g o de t o d o o c o r p o ,
c m 3 4 V I I - V I I I . O d u t o e c t a l m e d e 456 de
Marionina patuá. s p . n. a p r o x i m a - s e d e M. ei-
comprimento total; no s e g m e n t o V apresenta
gonensis ( C e r n o s v i t o v , 1 9 3 8 ) , M. mesopsamma
ums dilatação de forma oval. Su a abertura
L a s s e r e . 1964, 1966 e M. istriae Giere, 1974.
i o c a l i z a - s e na r e g i ã o p o s t e r i o r d e IV, próximo
As 4 espécies podem ser separadas pela
í.o intersegmento 4 5. Faltam glândulas no
Tabela 1 .
duto. Ovários parciais (Teilovaria) localizam-
se nos s e g m e n t o s X I e X I I , m e d i n d o e m média O nome da n o v a e s p é c i e p r o c e d e da lín-
74 um de diâmetro. Ovos maduros, com o gua t u p i , o n d e " p a t u á " = arca, caixa.

TABELA 1 — Comparação entre Marionina elgonensis (Cernosvitov, 1938], M. mesopsamma Lassere, 1894, M.
istriae G i e r e , 1974 e M. patuá, sp n.

Marionina elgonensis mesopsamma istriae patuá

Comprimento 1,4 mm 5 - 6 mm 7 - 1 0 mm 9 mm

Segmentos 21 34 - 56 38 - 43 48

Início do vaso
dorsal apôs 12/13 XII 1/2 XII XV

Saída do canal
excretor látero-mediana terminal terminal látero-mediana

Funil seminal, compri-


mento : diâmetro 1 : 1 2 : 1 3 a 4 : 1 5,5 : 1

Glândulas no duto totalmente revestidos os


cctal da espermateca revestido faltam 2/3 ectais faltam

marinho, marinho
Habitat lacustre supra-lltoral supra-litoral terrestre

>
Africa Central, França, Baía luguslávia, Mar Brasil, Ama-
Ocorrência Monte Elgon de Arcachon Adriático zonas
ALLUROIDIDAE serem nos intersegmentos correspondentes
m a s , no m e i o o u p o u c o a t r á s n o s segmentos
Brinkhurstia a m e r i c a n u s ( B r i n k h u r s t . 1964] i m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r e s . Não foi p o s s í v e l es-
(Fig. 11 - 2 1 ) tabelecer um limite preciso entre o esôfago
e o i n t e s t i n o . Este c o m e ç a a dilatar-se e m IX,
A l l u r o i d e s a m e r i c a n u s B r i n k h u r s t . 1964 : 553, f i g s . 5-7.
Brinkhurstia americanus, Jamieson, 1968: 80, f i g s . 9 e porém só atinge seu diâmetro normal poste-
12; 1971 : 716, f i g . 14.1E. rior a partir de XV ou X V I . Moela, tiflosole e
divertículos do tubo digestivo a u s e n t e s . Glân-
IMATERIAL dulas septais aparecem nos segmentos V -
VIII, presas à face anterior dos septos 5/6 - 8/9.
Brasil, Amazonas : Sucundurí, em barranco Junto
ao Igarapé Saibroso, 8 exemplares clitelados e 1 jovem
Do a p a r e l h o c i r c u l a t ó r i o , a o l a d o d o s v a s o s
(INPAZ-89). E. Rufino col. 26/6/1975. Estrada Transa- dorsal e ventral, bem nítidos em dissecação
mazônica. trecho Humaitá-Jacaréacanga. Km 523, em e cortes, foi-nos possível reconhecer 3 pares
tronco pobre junto a um igarapé. 1 exemplar clitelado d e a l ç a s l a r g a s e m o n i l i f o r m e s , l e m b r a n d o co-
(INPAZ-90), L. Antony col. 28/6/1975.
rações laterais nos segmentos IX-XI. Vaso
subneural a u s e n t e . U m par de t e s t í c u l o s situa-
O comprimento dos animais varia de se em X, cuja cavidade contém espermato-
24-27 mm e o diâmetro na r e g i ã o media do zóides e m diferenciação. U m p a r de v e s í c u l a s
corpo de 0,56-0,64 mm. Pigmento falta. O s e m i n a i s p o d e o u n ã o a p a r e c e r e m X I . O s ca-
número de segmentos varia de 1 0 0 - 123. O nais d e f e r e n t e s não são v i s í v e i s e m disseca-
prostômio (Fig. 11 - 12) é l a r g o e a r r e d o n d a - ç ã o m a s p u d e r a m s e r s e g u i d o s e m c o r t e s se-
do; penetra dorsalmente até a metade do pri- riados. Cada canal deferente corre sobre a
meiro segmento, do qual se separa por um p a r e d e d o c o r p o e m X I e X I I , na l i n h a d a s c e r d a s
s u í ç o , l e m b r a n d o o do t i p o e p i i o b o . O s sulcos v e n t r a i s . A p ó s perfurar o s e p t o 1 2 / 1 3 , o canal
i n t e r s e g m e n t a r e s são b e m d e m a r c a d o s apenas deferente (Fig. 15, C D ) eieva-se lateralmente
na r e g i ã o p r e c l i t e l a r . A partir do s e g m e n t o II para abrir-se no s e x t o ental do á t r i o . O s ca-
o c o r r e m 4 pares de cerdas por s e g m e n t o , que n a i s d e f e r e n t e s s ã o b a s t a n t e d e l g a d o s e apa-
se dispõem em séries longitudinais regulares. rentemente intracelulares; seu diâmetro exter-
Na r e g i ã o e n t r e os s e g m e n t o s X X X - X L a re- no v a r i a d e 6 - 7 um. Cada átrio aparece como
lação e n t r e as c e r d a s em dois exemplares é um tubo longo, relativamente largo e enovela-
aa '. 9 0 : bc : cd '. dd =
4 , 1 8 ; 1,00 : 6,90 : 1,09 : do, e s p e c i a l m e n t e nos seus 3 / 4 entais (AT),
5,27 = 4.38 : 1,00 : 7,42 : 1,04 : 5 , 5 2 . A s c e r - que são e n v o l v i d o s por uma camada delgada e
das são s i g m ó i d e s , alongadas e com um pe- irregular de células glandulares, que provavel-
queno nódulo submediano: ornamentação au- mente correspondem a uma próstata difusa.
sente (Fig. 13). O comprimento das cerdas, O á t r i o abre-se no fundo de u m a curta invagi-
na r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o , v a r i a d e 120 - 140 nação da superfície, com fraco revestimento
f i m , e m m é d i a 130 um. As cerdas ventrais de cuticular externo e delgada capa muscular
XIII f a l t a m . Em s e u l u g a r , e n c o n t r a - s e , de c a d a interna ( p s e u d o p e n i s ?) . Na p o r ç ã o mais su-
l a d o , u m a c e r d a p e n i a l de p o n t a s i m p l e s , s e m perficial desta invaginação e, p o r v e z e s , i m e -
ornamentação. O clitelo é anelar nos segmen- d i a t a m e n t e a n t e r i o r a e l a , a b r e - s e o f o l í c u l o da
t o s 1/2 XII — 1/2 X V , XV ( = 3 — 3,5 s e g m e n - cerda penial (CP). Um parátrio (PA) tubular,
tos) . O par de poros masculinos localiza-se longo e pouco dobrado acompanha o quarto
no e q u a d o r d e X I I I , e m l i n h a c o m as c e r d a s b ectal do átrio e t e r m i n a junto à sua porção
d o s s e g m e n t o s a d j a c e n t e s e a s s o c i a d o às cer- m e d i a n a e m f u n d o c e g o . Na p o r ç ã o m a i s e c t a l ,
das p e n i a i s . O p a r d e p o r o s f e m i n i n o s aparece o r e v e s t i m e n t o s u p e r f i c i a l do á t r i o e do pará-
c o m o uma fenda larga e t r a n s v e r s a l e m 1 3 / 1 4 , trio funde-se, porém os lumens permanecem
na l i n h a e p o u c o a o l a d o da s é r i e d e c e r d a s 6 independentes até abrirem-se, lado a lado, no
(Fig. 14) . U m p o r o d e e s p e r m a t e c a impar e fundo da invaginação superficial. Em alguns
mediano dorsal abre-se e m 8 / 9 ; o po>-o pode animair, o átrio e o parátrio restringem-se ao
ser s i m p l e s n u r o d e a d o p o r p e q u e n a papila. segmento XIII, em outros p e n e t r a m , e m parte,
Os septos 4/5 - 11/12, 12/13 são pouco na r e g i ã o a n t e r i o r d o o v i s a ç o e m X I V . N o s c o r -
m a i s e s p e s s o s d o q u e o s d e m a i s e n ã o s e in- t e s s e r i a d o s c o r a d o s p e l o m é t o d o de Mallory
[Pantin, 1 9 6 4 : 4 1 ) é possível reconhecer 4 re- t e r n o na região m é d i a do átrio e o do corpo
giões s u c e s s i v a s no á t r i o . A porção m a i s e n t a ! e m m i c r a v a r i a d e 30 : 4 3 5 a 45 : 462,5 / m i ,
e delgada t e r m i n a e m f u n d o c e g o . Seu c o m p r i - o q u e e q u i v a l e a 0,068 e 0,097 r e s p e c t i v a m e n t e .
m e n t o e q u i v a l e a 1/6 d o c o m p r i m e n t o t o t a l d o
á t r i o . O d i â m e t r o m é d i o é d e 17 e a parede U m par de ovários prende-se à face pos-
é formada por células cónicas, s e m inclusões t e r i o r d o s e p t o 1 2 / 1 3 . C a d a o v á r i o ( F i g . 15, O )
granulares no p l a s m a ( F i g . 16). No l ú m e n , co- faz u m a alça d o lado i n t e r n o da g e n i t á l i a mas-
mo no d o s c a n a i s deferentes, encontram-se culina e penetra no ovisaco (OV), percorren-
espermatozóides. A transição entre esta re- -do-o longitudinalmente. De ponto em ponto,
gião e a seguinte é brusca peia composição ao longo dos ovários, encontram-se ovos c o m
c e l u l a r da p a r e d e , m a s n ã o p e l o d i â m e t r o q u e maior ou m e n o r q u a n t i d a d e de v i t e l o . O s o v o s
aumenta gradativamente. A segunda região é maiores encontram-se no interior dos ovisa-
a m a i s e n o v e l a d a e de c o r branca l e i t o s a em cos, que podem atingir até o segmento XVII.
dissecação. Seu c o m p r i m e n t o equivale a cerca A espermateca única situa-se dorsalmente e m
de 2 / 4 do c o m p r i m e n t o do átrio e o d i â m e t r o IX. Sou d u t o é largo e de parede g r o s s a , for-
m é d i o e x t e r n o é d e 37 ntm. A p a r e d e é f o r m a d a mada por células cilíndricas envolvidas por

por c é l u l a s altas, com o plasma totalmente espessa capa de m u s c u l a t u r a c i r c u l a r . O c o m -

preenchido por g r â n u l o s g r o s s o s q u e se c o r a m p r i m e n t o do duto equivale a metade do d i â m e -

em vermelho v i v o . Por f o r a há u m a camada t r o da a m p o l a , q u e t e m p a r e d e f i n a e forma


arredondada ou ligeiramente ovóide (Fig. 21).
conjuníivo-muscular c o m o nas d e m a i s regiões
No i n t e r i o r d a a m p o l a , e n c o n t r a m - s e esperma-
do átrio. As c é l u l a s d a " p r ó s t a t a " d e s t a r e g i ã o
tozóides envolvidos por uma massa amorfa que
apresentam-se ricas em grânulos semelhantes
se cora de azul pelo m é t o d o de M a l l o r y .
(Fig. 1 7 ) . A região seguinte é pouco dobrada,
podendo penetrar no ovisaco. O diâmetro
médio e a forma das células de r e v e s t i m e n t o
é s e m e l h a n t e ao da r e g i ã o p r e c e d e n t e . Difere CONSIDERAÇÕES

pelos grânulos plasmáticos que, embora cora-


dos de v e r m e l h o , s ã o m u i t o f i n o s ; o mesmo Não t e m o s dúvidas quanto a identidade de
tipo de g r â n u l o s aparece nas c é l u l a s da " p r ó s - nossos animais c o m Brinkhurstia americanus
tata" ( F i g . 1 8 ) . Em d i r e ç ã o e c t a l , o s g r â n u l o s conhecida da A r g e n t i n a , A r r o y o Pastora e su-
q u e e r a m n u m e r o s o s , t o r n a m - s e e s p a r s o s e co- mariamente estudada por Brinkhurst (1964:
meçam a surgir grânulos g r o s s o s c o r a d o s de 533) e J a m i e s o n ( 1 9 6 8 : 80) d a d a a p o b r e z a d o
azul. Na r e g i ã o m a i s e c t a l a o r g a n i z a ç ã o é se- material.
melhante, porém a bainha conjuntivo-muscular
é mais espessa e os grânulos plasmáticos, Nossas observações da p a r t e t e r m i n a l do
grossos e compactamente distribuídos, coram- a p a r e l h o m a s c u l i n o d i v e r g e m m u i t o d a s d e Ja-
se d e azul (Fig. 19). Nesta região, falta a mieson (l.c). Em nosso material, o c&nal
camada glandular e x t e r n a . deferente, muito delgado, abre-se no sexto
e n t a l do á t r i o e não ao l a d o d e s t e na invagina-
ção superficial ou pseudopenis ( = câmara ectal
O d i â m e t r o m é d i o do parátrío é de 27 ^ m .
de Jamieson) . Provavelmente, este autor não
A parede é formada por um epitélio cúbico,
onde se encontram grânulos finos, mais ou pode seguir o canal deferente desde o funil

menos esparsos e corados e m vermelho. Ex- masculino. A s s i m , o que ele designou e figu-

ternamente, só se reconhece uma fina capa r o u c o m o largo canal d e f e r e n t e e m XIII corres-

conjuntiva e o epitélio pavimentoso do celoma p o n d e ao p a r á t r i o de n o s s o m a t e r i a i , q u e v e r i -

(Fig. 20) . N a e x t r e m i d a d e e c t a l , o á t r i o e o ficamos terminar em fundo cego. Dentro das


parátrio têm um revestimento conjuntivo e Aliuroididae, a abertura d o canal deferente no
muscular comum. O lúmen de ambos os du- á t r i o é t í p i c a d e Alluroides Beddard, 1894. Con-
tos é formado por células cúbicas, s e m inclu- tudo, mantivemos o nome genérico Brinkhurs-
sões diferenciadas. Nos 4 exemplares estuda- tia porque em nenhuma espécie de Alluroides
dos e m c o r t e s , a relação e n t r e o d i â m e t r o ex- é conhecido um parátrio.
GLOSSOSCOLECIDAE tituindo as glândulas calcíferas. O intestino
inicia-se e m XVII e e m XVIII já atinge o diâme-
Atatina gatesi, s p . n. tro do intestino, U m tiflosole lateral esquerdo
(Fig. 22) é reconhecível em XXI-XXIX como u m a pe-
quena dobra longitudinal de cor branca leitosa
MATERIAL
e m a i s alta e m XXI - X X I I I , onde a t i n g e 1/3 da
altura do tiflosole dorsal.
Brasil, A m a z o n a s : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km
38, no s o l o p e r i o d i c a m e n t e i n u n d a d o d a m a r g e m de u m
Quatro pares de corações intestinais en-
igarapé. 1 exemplar clitelado (INPAZ-71), L Antony & contram-se e m X - XIII e 3 pares de corações
G. Righi c o l . 2 5 / 6 / 1 9 7 5 . laterais e m V i l - I X . E m c a d a s e g m e n t o , há u m
par de h o l o n e f r í d i o s . Os nefrídios de VI e an-
O comprimento do animal é d e 26 m m , teriores enovelam-se dos lados do esôfago
porém falta a região posterior. O diâmetro anterior. Os nefridióporos são nítidos a partir
p r e c l i t e l a r é d e 0,88 m m , n o c l i t e l o 0,97 m m , de 6 / 7 , e m s é r i e c o m as c e r d a s l a t e r a i s . Urr
na região mediana 0,70 m m e na posterior par de sacos t e s t i c u l a r e s situa-se ventralmen-
0,58 m m . O n ú m e r o de s e g m e n t o s é 108. O te ao e s ô f a g o e m X I . U m par de v e s í c u l a s se-
prostômio apresenta-se como u m cilindro cur- minais em forma de fita, pouco mais espessa
t o , d i l a t a d o na e x t r e m i d a d e livre e esta inva- e m XII e XIII, segue u m a t r a j e t ó r i a sinuosa até
ginado, juntamente c o m o primeiro segmento. o s e g m e n t o X X I . U m par de ovários laminares
O s e g m e n t o II é p e r c o r r i d o p o r u m p a r d e s u l - e do funis ovulares situa-se em XIII. U m par
cos longitudinais p r o f u n d o s , na linha dos ne- de espermatecas pequenas localiza-se e m X.
fridióporos. Os demais segmentos t ê m a su- Em c a d a e s p e r m a t e c a ( F i g . 2 2 ) o d u t o é e s p e s -
perfície lisa. A cor geral do corpo é branca so e pouco mais curto do que a ampola que é
opaca e o clitelo branco leitoso. O clitelo ovóide. Os poros das espermatecas, irreco-
ocupa os segmentos XIV-XXI (= 9); é intu- nhecíveis externamente, situam-se em 10/11,
mescido dorsal e lateralmente e aberto ven- na l i n h a d o s n e f r i d i ó p o r o s .
tralmente, porém sem limites definidos. Em
bc de X V I I I - X X o clitelo apresenta-se pouco CONSIDERAÇÕES
mais expandido lateralmente do que nos de-
mais segmentos. Outras marcas pubertais D o g ê n e r o Atatina R i g h i , 1971a, conhece-se
acessórias faltam. A s cerdas dispõem-se em apenas a espécie tipo, A. puba Righi, 1971,
8 linhas l o n g i t u d i n a i s r e g u l a r e s a partir de I I I . descrita do Pará, Belém. As duas espécies
São s i g m ó i d e s e a l o n g a d a s , c o m l i g e i r o e s p e s - podem ser separadas pelos seguintes caracte-
samento submediano e terminam em ponta res: A. gatesi — clitelo de X I V - X X I I (A. puba
simples, sem ornamentação. Na r e g i ã o dos — de X I V - X X I I I ) ; poros das espermatecas em
segmentos XXXII - XXXVI a relação entre as 10/11 ( e m 9 / 1 0 ) ; g l â n d u l a s c a l c í f e r a s não pe-
c e r d a s é aa : ab : bc : cd : dd = 2,90 : 1,00 : dunculadas em X I - X I V (em IX-XIII).
4 , 6 3 : 1,00 : 1 3 , 3 6 .
O n o m e d a n o v a e s p é c i e f o i d a d o e m ho-
menagem ao i l u s t r e oligoquetólogo Prof. D r .
Os septos 9 / 1 0 e 10/11 são pouco mais
G. E. Gates.
espessos do que os demais que são f r á g e i s .
Os 6 / 7 — 10/11 t ê m a f o r m a de cones inter-
penetrados dado o grande d e s e n v o l v i m e n t o da Amazo R i g h i e t a l „ 1976
porção anterior do trato d i g e s t i v o . Os demais
septos são transversais. À massa faríngea Na d e s c r i ç ã o o r i g i n a l d e Amazo nia e d i a g -
segue-se u m v o l u m o s o papo, q u e se abre e m n o s e d o e n t ã o n o v o g ê n e r o Amazo, indicamos
uma moela musculosa e cónica e m VI m a s , a presença de glândulas calcíferas apenas
corresponde externamente a o s s e g m e n t o s IX •• como dilatações do esôfago com estrutura
X. p esôfago posterior é moniliforme, mais trabecular nos segmentos XV-XVI.
d.latado em X-XIV. Sua parede é e s p e s s a e Reexaminando o material t í p i c o d e A. nia
de c o r b r a n c a leitosa em XI-XVI; a mucosa para comparações, encontramos 3 pares de
eleva-se e m dobras v e r t i c a i s e m X I - X I V , cons- glândulas calcíferas extramurais nos segmen-
t o s VII — IX, q u e p a s s a r a m d e s p e r c e b i d a s no nódulo subesférico no inicio do terço distai.
estudo anterior. Estas glândulas são peque- A extremidade apical é bicuspidada, sendo o
n a s , d i g i t i f o r m e s e a b r e m - s e d e c a d a l a d o da cúspide proximal consideravelmente maior
l i n h a média v e n t r a l d o e s ô f a g o . Elevam-se até ( F i g . 2 5 ) . O r n a m e n t a ç ã o a u s e n t e . E m 10 m e -
à região média lateral do esôfago, onde ter- didas, o comprimento das cerdas da região
m i n a m e m f u n d o c e g o . Sua p a r e d e é r i c a m e n - m e d i a n a d o c o r p o v a r i o u d e 1 3 5 - 155 u m , em
t e vascularizada e i n t e r n a m e n t e forma peque- média 147 fOn. A relação e n t r e as c e r d a s na
nas trabéculas irregulares e descontínuas região mediana do corpo (segmentos XXXIII -
(Fig. 23). XXXVI) é aa : ab : bc : cd : dd = 5,14 : 1,00 :
6,78 : 1,00 : 14,71 e na r e g i ã o p o s t e r i o r (seg-
Assim, a diagnose de Amazo deve ser mentos XCIX - CHI) é aa : ab : bc : cd : dd =
a c r e s c i d a da p r e s e n ç a de 3 pares de glându- 2.84 : 1,00 : 3,27 : 1,00 : 9 , 0 0 .
las c a l c í f e r a s d o t i p o t r a b e c u l a r e m V I I — IX.
Este c a r á c t e r a p r o x i m a - s e d o g ê n e r o Diachae- Os septos 6 / 7 — 8 / 9 são cónicos e pouco
ta B c n h a m , 1887, d o q u a l s e s e p a r a p e l a p o s i - transversais. Uma moela cónica, com a extre-
ç ã o das e s p e r m a t e c a s , q u e são pretesticula- midade afilada posterior, situa-se em VI. O
r e s e m Diachaeta e postesticulares em Ama- esôfago posterior é monüiforme. Três pares
zo. de glândulas calcíferas pequenas, piriformes
e de estrutura trabecular situam-se ventral-
m e n t e ao e s ô f a g o e m V I I - I X . Em X V e 1/2
A m a z o a t r o a r i s , sp. n.
XVI o esôfago f o r m a duas pequenas e x p a n s õ e s
(Fig. 24 - 26)
laterais de cor branca leitosa e estruturadas
MATERIAL
por numerosas trabéculas verticais, constituin-
do glândulas calcíferas intramurais. O intes-
Brasil. A m a z o n a s : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km t i n o inicia-se e m XVIII e e m XXII a t i n g e o diâ-
26 ( R e s e r v a D u c k e ) . m a r g e m d o Igarapé do Barro Bran- metro normal posterior. Cecos intestinais au-
co, próximo a um chiqueiro, 1 exemplar clitelado sentes. O tiflosole apresenta-se como uma
( I N P A Z - 7 0 ) . L. Antony & G. Righl c o l . 23/6/1975.
lâmina dorsal, baixa e ondulada a partir de
XVill. Quatro pares de corações intestinais
O comprimento do animal é d e 33 m m e situam-se e m X - XIII e t r ê s pares de c o r a ç õ e s
o diâmetro na r e g i ã o mediana do corpo 1,1 l a t e r a i s e m V I I - I X . E m c a d a s e g m e n t o , há u m
m m . P i g m e n t o ausente. O n ú m e r o de s e g m e n - p a r d e h o l o n e f r í d i o s q u e s e a b r e na r e g i ã o a n -
tos é 105. O prostômio longo e tentaculifor- terior dos s e g m e n t o s , e m série c o m as cerdas
me está invaginado em uma bainha que se c. D e c a d a l a d o do e s ô f a g o , e m X V e X V I , e n -
prende dorsalmente na p a r e d e de IV. O cli- contram-se n u m e r o s o s t u f o s glandulares asso-
telo ocupa os s e g m e n t o s XIV — XX (= 7); é c i a d o s às p a p i l a s e s u l c o s da s u p e r f í c i e .
anular e m XVII — XX e aberto ventralmente,
porém s e m l i m i t e s d e f i n i d o s , e m XIV — XVI. U m par de t e s t í c u l o s e de f u n i s seminais
Dois pares de papilas v o l u m o s a s salientam-se encontram-se l i v r e s na c a v i d a d e d o segmento
na m e t a d e p o s t e r i o r d e X V e X V I . A s papilas XI, que está repleta de e s p e r m a t o z ó i d e s . Um
de c a d a lado u n e m - s e e n t r e si por um sulco par de v e s í c u l a s s e m i n a i s lobuladas r e c o b r e o
longitudinal irregularmente ondulado (Fig. 24). esôfago em XII. O par de canais deferentes
A f a c e v e n t r a l de X V e X V I , e n t r e as papilas, pouco ondulados pôde ser seguido sobre
é algo d e p r i m i d a . Dois pares de p o r o s de es- a parede ventral do c o r p o até o t e r ç o inicial de
permatecas situam-se em 13/14 e 14/15, pou- XV, onde penetra na musculatura parietai.
c o l a t e r a i s à l i n h a d e c e r d a s 6. Um par de U m par de ovários l a m i n a r e s prende-se à face
reentrâncias de cor branca brilhante encon- ventral e posterior do septo 1 2 / 1 3 . Dois pares
tram-se e m s é r i e c o m as papilas e m 17/18. de espermatecas, a p r o x i m a d a m e n t e do mesmo
tamanho, situam-se em XIII e XIV. Em cada
As cerdas dispõem-se em 8 séries longi- espermateca (Fig. 26) a ampola é arredonda-
tudinais regulcres a partir do segmento III. da e b e m s e p a r a d a d o d u t o , c u j o comprimento
A s cerdas são s i g m ó i d e s , alongadas, c o m um e q u i v a l e a o d i â m e t r o da a m p o l a .
ESTAMPA II — Brinkhursria amerícanus (Brinkhurst, 1964) : 12 — extremidade anterior em vista lateral; 13 — cer-
da da regiãomediana do corpo; 14 — face ventral dos segmentos XI-XV; 15 — parte do aparelho reprodutor no
segmento Xllt; 16 — corte transversal da p o r ç ã o ental do átrio segundo Fig. 15, a; 17 — idem da p o r ç ã o mediana
do átrio s e g u n d o Fig. 15, b; 18 — i d e m da p o r ç ã o média-ectal do átrio segundo Sig. 15, c; 19 — idem da porção
ectal do átrio segundo Sig. 15, d ; 20 — idem da porção mediana do parátrio segundo Sig. 15, e ; 21 — esperma-
teca. Atatina gatesi, s p . n.: 22 — espermateca de IX. Amazonia Righi et ai., 1977: 23 — corte transversal
da glândula calcifera de VIII. Amazo atroaris, sp. n.: 24 — face ventral dos segmentos XIII • XIX; 25 — cerda
ventral mediana. (AT = átrio; CD = canal deferente; O = ovário; OV = ovisaco; a-e = planos dos cortes
das Figs. 16-20.)
CONSIDERAÇÕES p o s t e r i o r d e XIII e X I V , e m l i n h a c o m a m e t a d e
dorsal d e bc. Os poros são pouco evidentes
Amazo atroaris d i s t i n g u e - s e da o u t r a única e m B ( F i g . 27) e s i t u a m - s e e m p e q u e n a s papi-
e s p é c i e d o g ê n e r o , A. nia R i g h i e t a l l i s , 1976 las e m A e C ( F i g . 28) . N e f r i d i ó p o r o s são re-
peias m a r c a s p u b e r t a i s e f o r m a das c e r d a s . c o n h e c í v e i s a p a r t i r d e 5 / 6 , e m s é r i e c o m cd'.
O nome da nova espécie deriva de um As cerdas dispõem-se em 4 pares de séries
grupo indígena da região de onde provieram longitudinais regulares a partir de II. Entre
os animais. os s e g m e n t o s XXII - X X X . a relação entre as
c e r d a s é aa : ab : bc : cd : dd — 4 , 6 6 : 1,00 :
7,50 : 1,00 : 2 1 , 1 6 . A s c e r d a s s ã o s i g m ó i d e s ,
A m a z o x e c a t u , s p . n. com u m nódulo submediano e a extremidade
( F i g . 27-31)
apical lisa e b i c u s p i d a d a . O cúspide proximal
é cerca de 2 vezes mais volumoso do que o
MATERIAL
distai (Fig. 29). O comprimento médio das

Brasil, A m a z o n a s : S u c u n d u r i (próximo à confluên-


c e r d a s da r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o é 195 ^ m .
cia da estrada Transamazônica com o rio Sucunduri),
O s s e p t o s 6 / 7 —• 9 / 1 0 s ã o c ó n i c o s e p o u -
e m t r o n c o s podres no igarapé da Caixa d'Agua, 3 e x e m -
plares clitelados e 1 maduro aclitelado (INPAZ-85), L. co m a i s espessos do que os d e m a i s que são
A n t o n y , E. R u f i n o e G . R i g h i c o l . 2 6 / 6 / 1 9 7 5 . transversais. Uma moela volumosa, fortemen-
te muscular e ovóide situa-se em VI, porém
Os 3 e x e m p l a r e s c l i t e l a d o s s e r ã o r e f e r i d o s devido ao s e u tamanho distende os septos pos-
abaixo por A , B e C . O c o m p r i m e n t o , d i â m e t r o teriores, ocupando o espaço correspondente
na r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o e n ú m e r o d e s e g - a o s s e g m e n t o s V I - IX e x t e r n o s . T r ê s p a r e s d e
m e n t o s s ã o e m A = 17 x 0,72 m m , 83 s e g m e n - glândulas calcíferas de estrutura trabecular
tos; em B = 4 7 x 1,26 m m , 100 s e g m e n t o s a b r e m - s e v e n t r a l m e n t e n o e s ô f a g o e m V I I - IX.
(faltam alguns posteriores); C está cortado As glândulas são piriformes, finas e longas,
na r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o . O exemplar acli- estendendo-se d o s lados do esôfago até sua
t e l a d o m e d e 55 m m d e c o m p r i m e n t o p o r 1,02 face dorsal. O esôfago apresenta-se pouco
mm de d i â m e t r o e t e m 116 s e g m e n t o s . Em m a i s v o l u m o s o e m X V e X V I , o n d e as p a r e d e s
todos os exemplares, os segmentos t ê m a su- laterais elevam-se e m n u m e r o s a s lamelas dor-
perfície lisa, e x c e t o o p r i m e i r o que é t o t a l m e n - so-ventrais, constituindo glândulas calcíferas
te percorrido por numerosos e delgados sulcos intramurais. O intestino inicia-se e m X V l l l , já
longitudinais. O prostômio é tentaculiforme e com o tiflosole. Este apresenta-se como uma
está parcialmente invaginado e m u m a bainha lâmina espessa, perpendicular e de posição
q u e s e p r e n d e d o r s a l m e n t e na a l t u r a d o i n t e r - média dorsal; sua altura é pouco maior do que
segmento 4 / 5 . Pigmento ausente. 2 / 3 d o d i â m e t r o i n t e s t i n a l . Em cada segmento
há u m p a r d e h o l o n e f r í d i o s d o t a d o s d e b e x i g a
O clitelo situa-se nos segmentos XIV - XX
v o l u m o s a , que se abre na s u p e r f í c i e por pe-
[= 7 ) ; é aberto v e n t r a l m e n t e e m XIV - XVI e
queno esfincter. Corações situam-se nos seg-
anelar nos d e m a i s s e g m e n t o s . U m par de tra-
m e n t o s VII - X I I I . O vaso dorsal é simples e
ves pubertais, percorridas medianamente por
retilíneo; vaso subneural falta.
u m s u l c o l o n g i t u d i n a l , e s t e n d e - s e d o t e r ç o pos-
t e r i o r d e X V a 1 6 / 1 7 , n a m e t a d e v e n t r a l d e bc. Um par de testículos ( F i g . 3 0 , T) e d e f u -
A s t r a v e s , e m B e no e x e m p l a r a c l i t e l a d o , s ã o nis seminais (FS) e n c o n t r a m - s e l i v r e s n o seg-
retas, delgadas e pouco salientes (Fig. 27); mento X I , cuja cavidade está cheia de esperma-
em A e C são m u i t o volumosas e c o m sulcos tozóides. U m par de vesículas seminais (VS)
transversais irregulares (Fig. 2 8 ) . Associadas profundamente lobuladas situa-se em XII. O
às t r a v e s p u b e r t a i s e n c o n t r a m - s e c é l u l a s g l a n - par d e c a n a i s d e f e r e n t e s (CD) é retilíneo so-
dulares longas e p i r i f o r m e s , q u e se s a l i e n t a m bre a parede ventral do corpo até o s e g m e n t o
na c a v i d a d g d o c o r p o c o m o d u a s m a s s a s lon- XIV, Nesta região seu diâmetro externo é de
g i t u d i n a i s , l a t e r a i s a o e s ô f a g o , na r e g i ã o pos- 22 /um e o e p i t é l i o d e r e v e s t i m e n t o é cúbico,
t e r i o r do s e g m e n t o X V e n o X V I . D o i s pares medindo 6 fim de a l t u r a . Em 1 5 / 1 6 há u m a
de p o r o s d e e s p e r m a t e c a s s i t u a m - s e n a r e g i ã o transição brusca nos canais deferentes; o diâ-
m e t r o e x t e r n o a u m e n t a p a r a 34 mm e o e p i t é l i o X X - XXIII modifica-se c o m o u m a área genital
tem 12 fim de altura, s e n d o constituído por masculina, de aspecto grosseiramente qua-
células nitidamente glandulares. Em X V , cada drangular, limitada lateralmente pela margem
canal eleva-se paulatinamente junto da face espessada do clitelo ( F i g . 3 2 ) . Papilas arre-
medial da massa glandular [ M G ) das traves d o n d a d a s e n v o l v e m a s c e r d a s a e b, d e i x a n d o
pubertais, até alcançar s e u bordo superior e m u m pequeno a p r o f u n d a m e n t o anterior, e m cada
XVI. Concomitantemente seu calibre aumenta, um desses segmentos. U m p a r de t r a v e s pu-
até o m á x i m o e m XIV, onde o diâmetro exter- bertais estende-se de 1/2 X X — 1/2 XXIII: as
no é d e 78 / í m e o e p i t é l i o c i l í n d r i c o glandular traves são sinuosas, interrompidas nos inter-
m e d e 21 mm d e a l t u r a . A s e g u i r o c a n a l d e f e - s e g m e n t o s e e n g l o b a m p a r c i a l m e n t e as papilas
rente atravessa mais ou menos perpendicular- d a s c e r d a s b. Três pares de papilas arredon-
mente a massa glandular das traves pubertais dadas e volumosas encontram-se na metade
e seu diâmetro diminui sucessivamente até o posterior dos segmentos XX - XXII, entre a
poro masculino, no interior das traves puber- margem do clitelo e as t r a v e s pubertais. A
t a i s e m 1 / 2 X V I , E m X l l l há u m p a r d e o v á r i o s e s t a s e s t r u t u r a s p u b e r t a i s d e cada lado c o r r e s -
flabelares ( O ) , c o m numerosas faixas regula- pondem, internamente, dois volumosos agru-
res de ovos e m d i f e r e n c i a ç ã o na porção m e - p a m e n t o s d e c é l u l a s g l a n d u l a r e s d i s p o s t o s lá-
diana e q u e p e r d e m a r e g u l a r i d a d e na m a r g e m . t e r o - v e n t r a í m e n t e a o i n t e s t i n o d e 1 / 2 X V I I I —-
Dois pares de e s p e r m a t e c a s (E) volumosas 1/2 X X I I I . Em cada s e g m e n t o de XIX - XXII,
s i t u a m - s e e m XIII e X I V . E m c a d a e s p e r m a t e c a os a g r u p a m e n t o s glandulares estão subdividi-
( F i g . 31) a a m p o l a é a r r e d o n d a d a e s e u d i â m e - dos por fortes faixas m u s c u l a r e s , que se pren-
t r o e q u i v a l e ao c o m p r i m e n t o do d u t o . d e m l a t e r a l e v e n t r a l m e n t e na p a r e d e d o c o r p o .
Outras estruturas sexuais secundárias são os
CONSIDERAÇÕES espessamentos da face ventral dos segmen-
t o s XI e X I X . U m a área c i r c u l a r e de aspecto
Amazo xecatu d i s t i n g u e - s e da e s p é c i e s i m - glandular diferencia-se ao redor das cerdas
p ã t r i c a , A. nia R i g h i e f ai, 1976 p r i n c i p a l m e n - ventrais de X I .
t e pela f o r m a das t r a v e s p u b e r t a i s e das cer-
das. D e A. atroaris Righi e f aí. distingue-se A s cerdas dispõem-se em 4 séries longitu-
pela organização do c a m p o g e n i t a l masculino. dinais regulares a partir do segmento III. Nos
s e g m e n t o s X X X V - X L V a r e l a ç ã o e n t r e a s cer-
O n o m e da nova e s p é c i e d e r i v a da lingua
d a s é aa : ab : bc : cd : dd = 6,25 : 1,00 : 7,25 :
tupi, onde " x e c a t u " = reto, devido à forma das
0,83 : 7 , 9 1 . A s c e r d a s n o r m a i s t ê m a f o r m a d e
traves pubertais.
um S alongado, com pequeno espessamento
submediano e superfície lisa. O comprimento
Meroscolex eudoxiae, s p . n. das cerdas v e n t r a i s v a r i a d e 150 — 250 ^ m ,
(Fig. 32-38) e m m é d i a 191 / m i . A s c e r d a s v e n t r a i s d e X I e
d e XVIIJ - X X I V t r a n s f o r m a m - s e em genitais.
MATERIAL A s de XVIII - XXIV ( F i g . 33) são l i g e i r a m e n t e
curvas na porção ental, c o m pequeno espes-
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus Itacoatiara, Km
samento submediano e o terço apical orna-
26 ( R e s e r v a Ducke), e m tronco pobre, 1 exemplar cli-
telado s e m a extremidade posterior (INPAZ-82). E. M.
mentado. A ornamentação ( F i g . 34) consiste
Froehiich & L. A n t o n y c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 5 . de 4 s é r i e s de e s c a v a ç õ e s semilunares aber-
tas para o ápice e d i s p o s t a s 2 a 2 e m alturas
O a n i m a l f r a g m e n t a d o c o n t é m 181 s e g m e n - sucessivas e opostas. O número de cicatri-
t o s . S e u c o m p r i m e n t o é d e 68 m m e o d i â m e - z e s p o r s é r i e v a r i a d e 5 — 7, e m g e r a l 7 . O

t r o p o s c l i t e l a r d e 2,5 m m . O p r i m e i r o s e g m e n - comprimento destas cerdas varia de 625 —

t o é rudimentar e esta invagínado, juntamente 700 itttn, e m m é d i a 6 5 9 / i m e o d i â m e t r o basal

corroo prostômio. Pigmento falta. O clitelo d e 25 — 3 0 /Jiii, e m m é d i a 27 um. A s cerdas


de XI são quase retas ( F i g . 3 5 ) , s e m espessa-
ocupa os s e g m e n t o s 1/2 X l l l - XXIV (= 11,5);
mento diferenciado e os 3/5 apicais ornamen-
é anelar em 1/2 Xlll - XIX e aberto ven-
tados como as c e r d a s do clitelo. O compri-
tral mente para trás. A face ventral de
m e n t o m é d i o d e s t a s c e r d a s é d e 825 f i m e o caracteres sexuais secundários, bem como
d i â m e t r o basal 25 jum. pela f o r m a das cerdas normais e das glândulas
Os septos 6/7 — 12/13 t ê m a forma de calcíferas.
cones interpenetrados. Os 6 / 7 — 9/10 são O n o m e da n o v a e s p é c i e f o i d a d o e m h o -
espessos e musculosos, os demais são frágeis. m e n a g e m ã D r a . Eudóxia Maria Froehlich, que
Uma moela f o r t e m e n t e m u s c u l a r e s u b e s f é r i c a coletou o material.
situa-se e m V I . Três pares de glândulas calcí-
feras prendem-se às p a r e d e s laterais do esô-
Diachaeta julí, s p n.
f a g o e m V I I - IX e d i r i g e m - s e p a r a a f r e n t e e
(Fig. 39-41)
para c i m a . A s glândulas são piriformes, s e m
apêndice terminal e de estrutura tubular com- MATERIAL
posta. A t r a n s i ç ã o e s ô f a g o —• i n t e s t i n o situa-
Brasil, A m a z o n a s : Estrada M a n a u s - R l o B r a n c o , Km
se e m 1 4 / 1 5 . A t é o s e g m e n t o XXIII o i n t e s t i n o
45 (Reserva Biológica da Campina], em tronco podre
é pouco mais d i l a t a d o do que o e s ô f a g o . Em
junto t u m igarapé, 1 exemplar clitelado (INPAZ-81), L.
XXIV dilata-se b r u s c a m e n t e , c o n t i n u a n d o mais Antony & G. Righi c o l . 2 5 / 6 / 1 9 7 5 .
ou m e n o s u n i f o r m e p a r a t r á s . U m t i f l o s o l e c o m
a forma de uma lâmina dorsal larga inicia-se O c o m p r i m e n t o d o a n i m a l é d e 25 m m e o
em X X V . Dois pares de volumosos corações d i â m e t r o na região m e d i a n a do c o r p o 1,0 m m
látero-intestinais encontram-se e m X e XI e e n o c l i t e l o 1,4 m m . O n ú m e r o d e s e g m e n t o s
três pares de delgados corações laterais em é 8 8 . O p r o s t ô m i o t e n t a c u l i f o r m e esta invagi-
VII - I X . Em c a d a s e g m e n t o há u m p a r d e h o - nado. Pigmento falta. A s cerdas dispõem-se
lonefrídios abrindo-se através de esfincter um 4 p a r e s de séries longitudinais regulares
m u s c u l o s o e m s é r i e c o m as c e r d a s laterais. ao l o n g o d e t o d o o c o r p o , a p a r t i r d o s e g m e n t o
Um par d e sacos testiculares volumosos I I . Na região m e d i a n a do c o r p o as c e r d a s t ê m
funde-se d o r s a l m e n t e e m X I , recobrindo o esô- a forma de um S alongado, c o m pequeno nódu-
f a g o e o p a r d e c o r a ç õ e s . V e n t r a l m e n t e o s sa- lo s u b m e d i a n o e a extremidade distai lisa e
cos estendem-se como lâminas para diante, bicuspidada ( F i g . 39) . O c ú s p i d e proximal é
acompanhando a forma dos septos. Os dois volumoso e cerca de 2 vezes mais longo do
canais deferentes são retilíneos e puderam ser que o distai. O comprimento médio destas
seguidos até o segmento XVIII, perdendo-se cerdas varia d e 115 - 130 iJ-m, e m m é d i a 120
para t r á s no interior dos agrupamentos glan- Mm, N o s s e g m e n t o s X X X V - X L , a r e i a ç ã o e n t r e
dulares acima m e n c i o n a d o s . U m par de vesí- as c e r d a s é aa : a o : bc : cd : dó — 4,0 : 1,0 :
culas seminais atinge o segmento XXXI. As 6,7 : 1,0 : 1 6 , 0 .
vesículas são finas e lobuladas d o s lados do O clitelo é anelar nos s e g m e n t o s 1/2 Xlll -
intestino até o segmento XXIII; de XXIV para XX ( = 7 , 5 ) . Na m e t a d e p o s t e r i o r d e X V I , e m
trás são largas, dorsais e sem lóbulos. Ová- l i n h a c o m 1 / 2 bc, há u m p a r d e p a p i l a s puber-
rios e f u n i s f e m i n i n o s não f o r a m reconhecidos. t a i s c i r c u l a r e s , c o m o b o r d o r e c o r t a d o . D a re-
Três pares de e s p e r m a t e c a s s i t u a m - s e nos seg- gião central de cada papila salienta-se para a
m e n t o s VI - V I I I , a b r i n d o - s e e m 6 / 7 - 8 / 9 , e m frente uma pequena projeção mamilar. U m par
série c o m os nefridióporos. As espermatecas de pequenos sulcos longitudinais situa-se e m
são s a c u l i f o r m e s [ F i g s . 36 - 3 8 ) e s e m d i s t i n - linha c o m as p a p i l a s p u b e r t a i s na m e t a d e an-
ção nítida e n t r e d u t o e a m p o l a . A s do p r i m e i - terior de XVI e no terço anterior de XVII (Fig,
ro par são c o n s i d e r a v e l m e n t e menores. 40) . O s poros g e n i t a i s são v i s í v e i s apenas e m
cortes.
CONSIDERAÇÕES Os septos 6 / 7 — 9 / 1 0 t ê m a forma de co-
nes i n t e r p e n e t r a d o s . Os 7 / 8 — 9 / 1 0 são pouco
Do gênero Meroscolex C e r n o s v i t o v , 1934 m a i s e s p e s s o s d o que os d e m a i s . Uma moela
são conhecidas 4 espécies, todas da região cónica, volumosa e fortemente muscular situa-
amazônica (Righi & Ayres, 1976: 2 6 2 ) . M- se e m V I . Três pares de glândulas calcíferas
eudoxiae, s p . n., p r ó x i m a d e M. marcusi Righi pequenas, digitiformes e de e s t r u t u r a trabe-
& A y r e s , 1976, d i s t i n g u e - s e p e l a d i s p o s i ç ã o d o s cular ( F i g . 41) abrem-se no e s ô f a g o , próximo
ESTAMPA III — Amazo atroaris, s p . n.: 26 — espermateca de XIII. Amazo xecatu, sp. n.: 2 7 •— v i s t a lateral
dos segmentos XIV-XVII; 28 — face ventral dos segmentos XII-XVII; 29 — cerda ventral do segmento XXV;
30 — esquema da d i s p o s i ç ã o do aparelho reprodutor; 31 — espermateca de XIV. Meroscolex eudoxiae, sp. n.i
32 — face ventral dos segmentos XIX-XXIV; 33 — cerda genital de XX; 34 — ápice da cerda genital de XX; 35
— cerda de XI; 36 — espermateca de VI; 37 — espermateca de VII; 38 — espermateca de VIII. Diachaeta
juli. s p . n.: 39 — cerda da região mediana do corpo; 40 — face ventral dos segmentos XIV-X1X; 41 — corte
transversal da glândula calcifera de IX. (CD = canal deferente; FO = funil ovular; FS = funil seminal; MG
= massa glandular: O = ovário; T = testículo.)
a linha média v e n t r a l , e m VII - IX. Numerosas se e m 1/2 X I V , i m e d i a t a m e n t e na f r e n t e das
lamelas altas, lembrando estruturas calcíferas, c e r d a s b. E s p e r m a t e c a s f a l t a m .
salientam-se na c a v i d a d e d o e s ô f a g o , d a por-
ç ã o p o s t e r i o r d e XIII à a n t e r i o r d e X V I . O i n - CONSIDERAÇÕES

testino inicia-se e m XVIII e o t i f l o s o l e e m X X ,


Michaelsen (1918: 239) r e v e n d o o g ê n e r o
como uma larga lâmina d o r s a l . Três pares de
Diachaeta B e n h a m , 1887 r e c o n h e c e u d u a s e s -
corações laterais delgados encontram-se em
p é c i e s , D. thomasi Benham, 1887 e D. barba-
V I I - IX e 4 p a r e s d e v o l u m o s o s c o r a ç õ e s láte-
densis ( B e d d a r d , 1892) . P o s t e r i o r m e n t e foram
ro-esofágicos e m X - XIII. Vaso subneural falta.
d e s c r i t a D. exul S t e p h e n s o n , 1931a e D. carse-
Em cada s e g m e n t o h á u m p a r d e h o l o n e f r í d i o s ,
venica Cernosvitov, 1 9 3 4 . Para a distribuição
com os n e f r i d i ó p o r o s dispostos nos interseg-
geográfica destas espécies veja-se Righi
m e n t o s , e m s é r i e c o m cd.
(1971a: 7 2 ) .
Um par de volumosos sacos testiculares Pelas d e s c r i ç õ e s d e C e r n o s v i t o v ( 1 9 3 4 : 5 5 ;
desenvolvem-se dos lados do esôfago e m X I , 1935: 26) D. carsevenica apresenta apenas
Duas v e s í c u l a s s e m i n a i s l o b u l a d a s restringem- dois pares de glândulas calcíferas localizadas
se à c a v i d a d e d e X I I . U m p a r d e c a n a i s d e f e - nos s e g m e n t o s VII e V I I I . Isto afasta-a do gê-
rentes corre sobre a parede ventral do c o r p o n e r o Diachaeta e justificaria sua separação e m
até o s e g m e n t o XVI, onde abre diretamente um novo gênero das Glossoscolecidae. Con-
na superfície, imediatamente na f r e n t e das t u d o , pela f i g u r a d e C e r n o s v i t o v ( 1 9 3 5 , e s t . 5,
p a p i l a s p u b e r t a i s . O d i â m e t r o i n t e r n o d o s ca- fig. 5 7 ) , as g l â n d u l a s s i t u a m - s e e m VIII e IX,
nais é m a i s o u m e n o s u n i f o r m e , a o r e d o r d e o que motivaria sua transferência para o gê-
13 u m . N o s e g m e n t o X V I , c a d a c a n a l é r e v e s t i - n e r o Cirodrilus Righi, 1975. Ante isso, consi-
do por espessa capa muscular e no lúmen d e r a m o s Diachaeta carsevenica como "species
abrem-se várias glândulas u n i c e l u l a r e s . O diâ- inquirenda".
metro externo dos canais, neste segmento, é As espécies reconhecidas de Diachaeta
de 4 5 /*m e n o s a n t e r i o r e s 21 ^ m . U m p a r d e p o d e m ser separadas pela Tabela 2 . O nome
ovários prende-se ventro-lateralmente na f a c e da n o v a e s p é c i e d e r i v a da p a l a v r a latina " j u -
posterior de 12/13, Os ovidutos curtos abrem- liani".

TABELA 2 — Comparação entre as espécies de Diachaeta Benham, 1837

Compri- Poros
Número de Disposição das Marcas Esperma-
mento Clitelo mascu-
segmentos cerdas pubertais matecas
em mm linos

b, c e d d i s p o s -
postas em Traves pubertais
thomasi 76 335 quincunce XX-XXXI11 em XXV-XXXII 6/7-8/9 XXII

barba- 8 séries regu-


densis 24 84 lares Xlll-XXII ? 9/10-11/12 X V ! I?

Sulcos oblíquos
de margem es-
pessa na metade
exul 48 - 70 151 - 154 Idem XIV-XX anterior de XVIII faltam XVII!

* Papilas volumo-
1/2 Xlll- sas na metade
jull 25 88 idem XX anterior de XVI faltam XVI
Holoscolex caramuru R i g h i , 1975 O c l i t e l o é e m f o r m a de sela nos segmen-
(Fig. 42-43) tos XVI - XXII ( = 7 ) . U m par de traves puber-
tais pouco salientes e de c o r branca leitosa
Holoscolex caramuru Righi, 1 9 7 5 : 83, f i g . 9-11.
situa-se em série c o m as cerdas b em 1/2
XIX - 1/2 X X I . O s p o r o s g e n i t a i s f o r a m reco-
MATERIAL
nhecidos apenas e m cortes m i c r o s c ó p i c o s . Os
Brasil, Amazonas : sob Hevea brasiliensis (serin- poros masculinos situam-se no segmento XX,
gueira) próximo ao lago Calado, 5 exemplares clitelados no interior das traves pubertais. Dois pares
e 11 j o v e n s ( I I M P A Z - 7 9 ) , M . K n o f l a c h e r c o l . 1 9 7 5 .
de poros de espermatecas situam-se em 7/8 e
8 / 9 , n o t e r ç o v e n t r a l d e bc. O s o v i d u t o s não
Nossos exemplares d i f e r e m pouco do ma- puderam ser seguidos nos cortes devido ao
terial típico, conhecido do Amapá (Righi, 1975: precário estado de conservação dos animais.
8 3 ) . A s traves pubertais são mais espessas e As cerdas dispõem-se e m 4 pares de séries
percorridas medianamente por uma faixa lon- longitudinais regulares a partir do segmento
gitudinal de cor branca leitosa. Em u m exem- II. São sigmóides e c o m ligeiro espessamento
plar estende-se de 1/2 X I X — 1/2 X X I . Nos submediano. A s r e l a ç õ e s e n t r e as c e r d a s n a s
outros 4 animais maduros as traves alongam- regiões mediana e posterior do corpo de 4
se p o r 3 segmentos, de XIX - X X I . Papilas exemplares encontram-se na Tabela 3.
pubertais faltam e m 2 animais. Nos outros 3
Os septos 6 / 7 - 9 / 1 0 são espessos e mus-
ocorrem pequenas papilas cónicas distribuídas
culosos, o 10/11 pouco menos e os demais são
diferencialmente como segue: Animal A : par
frágeis. Os 6 / 7 - 12/13, 13/14 são cónicos e
de p a p i l a s e m IX bc. p a p i l a i m p a r e s q u e r d a e m
interpenetrados, os restantes são transversais.
X I V ab e i m p a r d i r e i t a e m X V I I ab. A n i m a l B:
Uma moela mais ou menos globóide e muscu-
p a r e s d e p a p i l a s e m IX be e X V I I I b- A n i m a l C :
losa situa-se e m V I . U m par de glândulas cal-
p a r d e p a p i l a s e m X V I I I b.
c í f e r a s v o l u m o s a s , de p o s i ç ã o látero-dorsal ao
Os dois pares de espermatecas são salien-
esôfago, encontra-se e m XI - X I I , distendendo
t e s na c a v i d a d e d o s s e g m e n t o s V I I I e IX e n ã o o septo 12/13 para t r á s . Cada glândula (Fig.
m e r g u l h a d a s n a m u s c u l a t u r a p a r i e t a l c o m o na 44) c o m p õ e - s e d e u m a p o r ç ã o b a s a l d e e s t r u -
forma típica. As espermatecas são saquifor- tura tubular composta e de u m reservatório
mes ( F i g . 42 - 43), s e m d i s t i n ç ã o entre duto membranoso dorsal, onde se encontram restos
e a m p o l a e as d o s e g u n d o p a r s ã o a s m a i o r e s . de c a l c á r i o s o b a f o r m a de pó f i n o . A porção
anterior do reservatório continua como curto
Holoscolex nemorosus tacoa, s u b s p . n. duto que se abre, juntamente c o m o simétrico,
(Fig. 44-45) na linha média dorsal do esôfago e m X I . O
intestino inicia-se e m X V e o tiflosole aparece
MATERIAL
a p a r t i r d e X V I , c o m o u m a l â m i n a d o r s a l , pe-
Brasil, A m a z o n a s : E s t r a d a Manaus Itacoatiara. Km quena e o n d u l a d a . O v a s o dorsal faz u m a alça
10-15, 9 e x e m p l a r e s c l i t e l a d o s e 5 m a d u r o s aclitelados d o r s a l e n t r e as g l â n d u l a s c a l c í f e r a s , c o m o e m
(INPAZ-66), E. F. N a s c i m e n t o c o l . 4 / 1 9 7 5 .
Holoscolex caramuru Righi ( 1 9 7 5 , f i g . 11) e
c o n t i n u a r e t i l í n e o s o b r e o e s ô f a g o até o seg-
O c o m p r i m e n t o d o s a n i m a i s c l i t e l a d o s va- m e n t o V I I . C o r a ç õ e s e n c o n t r a m - s e e m VII - X I .
r i a d e 34,5 - 38,0 m m . O diâmetro no seg- O s d e V I I - IX s ã o d o t i p o d e c o r a ç õ e s laterais;
mento IX v a r i a d e 1,00 - 1,15 m m , n o dite- n o s d e X e XI n ã o f o i p o s s í v e l e s t a b e l e c e r as
lo d e 1,17 - 1,30 m m e n a s r e g i õ e s mediana conexões dorsais. Em c a d a s e g m e n t o há u m
e p o s t e r i o r d o c o r p o d e 0,88 - 1,00 m m . O n ú - par de h o l o n e f r í d i o s abrindo-se através de pe-
m e r o de s e g m e n t o s varia de 94 - 116. O pros- q u e n o e s f i n e t e r e m s é r i e c o m as c e r d a s b.
tômio esta invaginado em todos os exempla-
res. Os animais são esbranquiçados, exceto o Dois pares de testículos e de funis semi-
clitelo que é róseo pálido, semelhante ao n° nais encontram-se livres em X e XI. Dois
20 d e S é g u y (1936), e uma faixa dorso-lateral pares de vesículas seminais pequenas situam-
e m 1/2 XXII - 1/2 XXIII d e c o r c a s t a n h a , c o m o se e m XI e X I I . A s do p r i m e i r o par apõem-se
o n.° 3 3 7 . tátero-dorsalmente ao e s ô f a g o c o m o u m cola-
TABELA 3 — Holoscolex n e m o r o s u s tacoa, relações entre as cerdas nas regiões mediana e posterior do corpo d e
4 animais

Segmentos L-LV Segmentos C - CV

Exemplar aa : ab bc cd dd aa ab bc : cd dd

A 2,13 1,00 1,21 0,86 1,47 1,51 1,00 : 1,07 0,90 l),Hl
B 1,98 1,00 1,13 0,84 1,35 1,60 1,00 0.96 0,85 0,96
C 2,06 1.00 1,10 0.89 1,10 1,65 1,00 1,03 0,86 0,93
D 2.12 1,00 1.22 0,87 1.50 1,68 1.00 1,00 0,85 0,84
Média 2,07 1,00 1.16 0,86 1,35 1,61 1.00 1.01 0,66 0.88

rinho b r a n c o . A s d o s e g u n d o p a r apõem-se às delgada, que provavelmente correspondem ao


paredes laterais das glândulas calcíferas. Um prostômio. A superfície dos segmentos I e II
par d e o v á r i o s e d e f u n i s o v u l a r e s s i t u a - s e e m é totalmente sulcada longitudinalmente. Os
Xlll. Dois pares de espermatecas aproximada- segmentos III - V t ê m o a n e l d e c e r d a s mais
mente do m e s m o tamanho encontram-se em elevado: os demais segmentos são plurianela-
VIII e IX. A s e s p e r m a t e c a s ( F i g . 45) s ã o lon- res. mais os posclitelares, onde se reconhe-
gas, claviformes, irregularmente dobradas e cem até 9 anulos. Uma "zona caudal" aparece
sem distinção nítida entre duto e ampola. como duas áreas retangulares opostas e de
s u p e r f í c i e r u g o s a n o s e s p a ç o s aa e dd d e 6 - 7
CONSIDERAÇÕES segmentos, iniciando-se entre os CLV - C L X .
Sua c o r é castanha devido ao acúmulo de
Holoscolex nemorosus C o g n e t t i , 1904 é c o - sangue.
nhecido apenas pelo material típico prove-
niente do Equador, Gualaquiza, r e d e s c r i t o pelo A s cerdas dispõem-se em 8 séries longitu-
m e s m o a u t o r e m 1906 (: 2 3 5 , f i g . 5 8 ) . A n o v a dinais regulares a partir de I I I . Têm a forma de

subespécie separa-se da s u b e s p é c i e nomina- um S alongado, c o m pequeno nódulo subme-

tiva principalmente pela presença de traves diano e o quarto apical ornamentado por cica-

pubertais. Seu nome deriva da língua tupi, catrizes transversais curtas e crenuladas. A
face convexa, apical é achatada e lisa ( F i g .
onde " t a c o a " = estrutura pubertal.
46 - 4 7 ) . Na r e g i ã o p o s c l i t e l a r o c o m p r i m e n t o
e diâmetro médio das cerdas ventrais é de
Glossodrtlus ( G . ) s c h u b a r t i , s p . n . 503 x 31 um e d a s l a t e r a i s 4 6 5 x 31 /.um. A s
(Fig. 46-49)
cerdas préclitelares são maiores e mais espes-
sas d o q u e as c l i t e l a r e s . Suas m e d i d a s a u m e n -
MATERIAL
tam do segmento III a o V I , o n d e a t i n g e m e m
Brasil, Amazonas : Novo Airão (ilha do rio N e - m é d i a 725 x 56 / * m , e d e c r e s c e m p a r a t r á s a t é
gro), e m solo arenoso, rico e m matéria orgânica, 6 exem- o X I V . A s c e r d a s v e n t r a i s de X V - X V I I s ã o as
plares clitelados sem a extremidade posterior (INPAZ- maiores de todas, medindo e m média 823 x
- 9 5 ) . I, A y r e s , N . Z a r g h a n 8 E . G a m a c o l . 2 7 / 9 / 1 9 7 6 .
74 /j.m. A r e l a ç ã o e n t r e a s c e r d a s n o s s e g m e n -
t o s X X X - X L de 3 e x e m p l a r e s e n c o n t r a - s e na
O maior dos animais fragmentados mede Tabela 4 .
165 m m e o n ú m e r o d e s e g m e n t o s é de 260.
O d i â m e t r o na r e g i ã o m é d i a d o c o r p o é d e 4 m m O clitelo ocupa os segmentos XV - XXIV
em todos os exemplares. Pigmento falta. O (= 1 0 ) . É e m forma de sela c o m a m a r g e m
segmento I ^apresenta-se parcialmente invagi- inferior espessada e m XVII - XXIII, pouco late-
nado, f o r m a n d o u m a pequena cavidade p r e o r a l . r a l m e n t e à s é r i e b. U m par de traves puber-
N o t e t o d e s t a c a v i d a d e , p r e s a s a o s e g m e n t o I, t a i s e s t e n d e - s e d e 1/3 X V I I , XVIII - 1/2 XXIII.
encontram-se duas pequenas dobras de parede e m s é r i e c o m ab. A s traves são de c o r branca
ESTAMPA IV — Holoscolex Caramuru Rlghi, 1975; 42 — espermateca de VIII; 43 — espermateca de IX. Holes-
ci.lex neniorosus t a c o a , s u b s p . n . : 44 — glândula calcifera esquerda e m vista medial: 45 — espermateca de IX.
Glossodrilus ( G ) schubarti, s p . n . : 46 — cerda de XVII; 47 — ápice da cerda de XVII; 48 — face ventral dos
segmentos XII-XXVII; 49 — espermateca de VIII. Areco reco, g e n . n . , s p . n . : 50-52 — extremidade anterior e m
vista lateral, dorsal e ventral; 53 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s X V - X X I I ; 54 — f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s XVI-XXI.
l e i t o s a e m a i s l a r g a s e m X V I I I . P a r e s d e papi- TABELA 4 — G l o s s o d r i l u s ( G ) schubarti, relações e n t r e
as cerdas nos segmentos X X - X L de 3 animais.
las v o l u m o s a s t r a n s p o r t a m a s c e r d a s a e ň d e
XVI e XVII [Fig. 48) . Os poros genitais são
microscópicos, reconhecíveis apenas e m cor- Exemplar ab : bc cd dd
aa
tes. O par de poros m a s c u l i n o s localiza-se n o
A 13,84 1,00 2,46 0,92 17.23
t e r ç o p o s t e r i o r d e X V I I I , e m s é r i e c o m ab, n o
B 15,16 1,00 2,66 0,91 19,33
interior as t r a v e s pubertais. O par de poros
C 12,71 1.00 2,35 0,92 16,28
femininos situa-se imediatamente na frente Média 13.90 1,00 2,49 0,91 17,61
das c e r d a s a d e X I V . T r ê s p a r e s d e p o r o s d e
espermatecas localizam-se e m pequenas papi-
las a r r e d o n d a d a s e m s é r i e c o m c n o s i n t e r s e g -
mentos 7/8 - 9 / 1 0 .
Um par de t e s t í c u l o s e d e v o l u m o s o s f u n i s
seminais encontram-se livres e m X I , cuja ca-
O primeiro septo visível e m dissecação é
vidade está cheia de e s p e r m a t o z ó i d e s . U m par
o 5 / 6 . Os septos 6/7 - 11/12 são espessos,
de vesículas seminais longas estende-se por
musculosos e alongam-se para trás c o m o co-
número variável de segmentos, terminando en-
nes Interpenetrados. Os demais septos são
t r e o s XXVII - L l l l . Em u m e x e m p l a r as v e s í c u -
frágeis e dispõem-se mais ou menos transver-
las t ê m a f o r m a d e f a i x a s s i m p l e s , e m o u t r o s
salmente a partir de 1 7 / 1 8 ou 1 8 / 1 9 . Numero-
3 apresentam ramos ora mais, ora menos lon-
sas f a i x a s m u s c u l a r e s o b l í q u a s u n e m a s p a r e -
gos e que podem subdividir-se. Os dutos se-
des laterais c o m a v e n t r a l na região do c l i t e l o .
minais correm inicialmente para a frente,
Uma moela cilindróide e musculosa localiza-se
acompanhando a inclinação do septo 11/12, até
em V I . O esôfago, talvez devido à fixação e
a parede ventral de X I I . A seguir, dirigem-se
contração dos músculos septais, forma câma-
para trás no i n te r i o r da m u s c u l a t u r a longitudi-
ras d o r s a i s e m VIII - X . U m p a r d e g l â n d u l a s
nal, pouco abaixo da pleura, a t é a região pos-
calcíferas de estrutura tubular c o m p o s t a situa-
terior de XVIII, onde se a b r e m . U m par de
se s o b r e o e s ô f a g o e m XII m a s , d e v i d o a o s e u
ovários digitados situa-se em XIII. O par de
tamanho e f o r m a d o s s e p t o s , o c u p a o e s p a ç o
ovidutos segue para diante acompanhando a
correspondente aos segmentos XIV - XVI ex-
inclinação do septo 13/14 e penetra na m u s -
ternos. O curto duto de cada glândula comu-
c u l a t u r a p a r i e t a l no e q u a d o r de X I V . Três pa-
nica-se c o m o s i m é t r i c o antes de a b r i r e m e m
res d e e s p e r m a t e c a s situam-se e m Vlll - X e
c o m u m na linha m é d i a dorsal do e s ô f a g o . Cada sáo pouco m a i o r e s no s e n t i d o antero-posterior.
giãndula t e m a f o r m a de u m cilíndrico e pro- AS espermatecas estão totalmente cheias de
longji-se posteriormente por uma formação espermatozóides; t ê m a forma de tubos longos
sacuiiforme, que atravessa os septos seguin- e irregularmente dobrados, s e m distinção en-
tes, chegando à cavidade de X V I . A s válvulas tre duto e ampoia [Fig. 49).
da t r a n s i ç ã o esôfago-intestino situam-se em
XVI. O d i â m e t r o i n t e s t i n a l dilata-se para t r á s ,
CONSIDERAÇÕES
atingindo o tamanho regular posterior entre
XXVI - X X X . O t i f l o s o l e inicia-se e m X V I I ; apa-
rece c o m o u m a lâmina d o r s a l , espessa e c o m Pela p o s s e d e 3 p a r e s d e e s p e r m a t e c a s e m
a margem livre bifurcada, lembrando e m corte V l i l - X , Glossodrilus (G.) schubarti, sp. n.

transversal u m Y ou T i n v e r t i d o s . a p r o x i m a - s e d e G. (G.) marcusae (Righi, 1969),


G. (G.) mucupois ( R i g h i , 1970) e G. (G.) to-
O vaso dorsal é reconhecível até o seg- cantinensis ( R i g h i , 1972) . Estas e s p é c i e s s ã o
mento VIII. Vaso subneural falta. Pares de conhecidas apenas da região amazônica e po-
corações encontram-se e m Vlll - X I . Os de dem ser separadas pela Tabela 5 .
VIII - X p a r t e m d o v a s o d o r s a l e o s d e X I , q u e O n o m e da n o v a e s p é c i e f o i d a d o e m h o -
são o s m a i S j . v o l u m o s o s , p a r t e m d o v a s o s u p r a - m e n a g e m a o Prof. Dr. H e r b e r t O . R. S c h u b a r t
esofágico. Em cada s e g m e n t o há u m par d e pela gentil acolhida a u m de nós [ G . Righi) e m
holonefrídios que se abrem por poros micros- seu iaboratório no Instituto Nacional d e Pes-
c ó p i c o s e m s é r i e c o m as c e r d a s ventrais. q u i s a s da A m a z ó n i a .
TABELA 5 — Espécies de G l o s s o d r i l u s Cognetti, 1905 c o m 3 pares de espermatecas e m VIII-X

Comprimen- Outras marcas Poros


GlossodrÜus to e m m m Clitelo Traves pubertais pubertais masculinos

marcusae 112 1/3 Xlll-XXII 2/3 XVII-XX Face ventral de XIV


espessada, c o m u m par
de papilas e m ab XVIII

tocantinerisis 132 XV-XXII 1/2 XVII-1/2 XX Papila média ventral


em XXI. XV11I

schubarti 165 XV - XXIV 1/3 X V I I , XVIII- Pares de papilas em


1/2 XXIII ab d e X V I e X V I I . XVIII

mucupois 43-47 1/2 XV-XXI 1/3. 1/2 XVI-XIX Faltam 16/17

SPARGANOPHlLlDAE ? do corpo e organização do tubo digestivo, o


novo gênero aproxima-se d e Drilocrius, espe-
Areco, g e n . n. c i a l m e n t e d e D. ehrhardti M i c h a e l s e n , 1 9 2 6 , da
família Microchaetidae segundo Michaelsen
DIAGNOSE
(1928b: 1 0 7 ) . Jamieson (1971: 801) considera
D. ehrhardti c o m o tipo do então novo gênero,
Corpo de seção quadrangular, c o m sulco
Glyphidrilocrius, das Giossoscolecidae, Almi-
dorsal posclitelar. Cerdas intimamente parea-
nae. Pela p o s i ç ã o pretesticular das esperma-
das, dispostas e m 4 pares de séries longitudi-
tecas, Areco aproxima-se de Sparganophilus,
nais. Esôfago longo, s e m moela anterior mas,
pertencente às S p a r g a n o p h i l i d a e . Areco dis-
posteriormente, c o m a parede espessada, mus-
t i n g u e - s e d e Drilocrius, Glyphidrilocrius e Spar-
culosa. Glândulas calcíferas faltam. U m par
ganophilus, entre vários outros caracteres, por
de nefrídios por segmento. Bexiga nefridial
ser metândrico e os demais holândricos As-
falta. Testículos e funis seminais livres em XI.
s i m , a i n c l u s ã o d o n o v o g ê n e r o e n t r e a s Spar-
Vesículas seminais presentes. Próstatas e
ganophilidae é duvidosa.
câmaras c o p u l a t ó r i a s a u s e n t e s . U m par de po-
ros masculinos intraclitelares. Ovários em
Xlll. Espermatecas pretesticulares, salientes
A r e c o r e c o , s p . n.
na c a v i d a d e d o c o r p o .
(Fig. 50-60)

T I P O DO GÊNERO MATERIAL

Areco reco, s p . n.
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, K m
(Reserva Ducke). e m solo úmido próximo a u m igarapé,
CONSIDERAÇÕES 4 exemplares (3 c l i t e l a d o s ) sem a extremidade poste-
rior (INPAZ-83A-D), E F Nascimento col. 9/5/1975.

Com base nos sistemas conhecidos das


Lumb/icoidea (Michaelsen, 1918; 1928b; Ste- O comprimento do maior dos exemplares
phenson, 1930; O m o d e o , 1956; G a t e s , 1959; f r a g m e n t a d o s é de 90 m m . O d i â m e t r o pouco
Jamieson, 1971), não f o i possível estabelecer a p ó s o c l i t e l o v a r i a d e 3,3 - 4 , 1 m m . P i g m e n t o
a e x a t a p o s i ç ã o d e Areco, g e n . n.. Pela forma falta. O número de segmentos do maior exem-
piar é 1 9 1 . O c o r p o é de s e ç ã o quadrangular, vestidas por uma capa muscular e algo salien-
c o m as c e r d a s p a r t i n d o d o s â n g u l o s . A partir t e s na c a v i d a d e d o c o r p o . Os poros genitais
da r e g i ã o compreendida entre os segmentos são microscópicos, só reconhecíveis em cor-
XLV - LV, a p a r e c e u m a d e p r e s s ã o m e d i a n a dor- tes.
s a l , q u e s e a p r o f u n d a p a r a t r á s . Em d o i s e x e m - As cerdas dispõem-se e m 4 p a r e s de sé-
plares encontram-se poros dorsais esporádicos ries longitudinais regulares a partir do seg-
em alguns i n t e r s e g m e n t o s p o s c l i t e l a r e s , faltam mento II. As cerdas normais têm a forma de
nos p r e c l i t e l a r e s Em u m e x e m p l a r , t o d o s os um S alongado, c o m pequeno nódulo no início
intersegmentos posclitelares apresentam po- do t e r ç o apical (Fig. 56). Uma pequena por-
ros d o r s a i s e n o s p r e c l i t e l a r e s a p e n a s o 1 1 / 1 2 . ção subapical das cerdas, correspondendo a
O prostômio é do tipo proepilobo (Fig. aproximadamente 1, 10 d o s e u c o m p r i m e n t o , é
50-51). O primeiro segmento apresenta-se o r n a m e n t a d a por pequenas c i c a t r i z e s transver-
em 3 exemplares subdividido por 1 ou 2 sulcos sais de b o r d o crenulado e dispostas irregular-
transversais profundos e m 2 ou 3 anulos, o que mente. N o c l i t e l o as c e r d a s s ã o semelhantes.
dificultou a contagem dos s e g m e n t o s . A nu- N a r e g i ã o d o s s e g m e n t o s X L - L, o c o m p r i m e n -
meração dos s e g m e n t o s que s e g u i m o s baseou- t o d a s c e r d a s v e n t r a i s v a r i a d e 337 - 4 1 2 í*m,
se e m u m e x e m p l a r o n d e o p r i m e i r o segmento e m m é d i a 3 7 8 /*m e o d a s l a t e r a i s d e 381 - 4 6 2
não e s t á s u l c a d o v e n t r a l m e n t e ( F i g . 50 e 52) um, em m é d i a 431 j«m. Em d o i s animais, as
e foi possível situar os testículos e funis semi- r e l a ç õ e s e n t r e as c e r d a s nos s e g m e n t o s X X X -
nais no s e g m e n t o X I . X L s ã o aa : ab . bc : cd : dd = 8,40 : 1,00 :
9,73 : 1,23 : 10,80 = 8,50 : 1,00 : 10,40 ! 1,26 :
Nos a n i m a i s c l i t e l a d o s , a m e t a d e anterior
1 0 , 6 6 . N o s s e g m e n t o s V I I e V I I I (1 e x e m p l a r ) .
da f a c e v e n t r a l d o s s e g m e n t o s V I I - IX (2 e x e m -
V I I - IX (2 e x e m p l a r e s ) o u V I I - X (1 e x e m p i a r )
plares) ou VII X (1 e x e m p i a r é e s p e s s a d a e
há u m a ú n i c a c e r d a ventral de cada lado e
e l e v a - s e m a i s na l i n h a d a s c e r d a s ab, deixando
transformada em cerda copulatória. As cerdas
uma depressão p o s t e r i o r . Em cada uma des-
copulatórias são, e m sua maior porção, quase
sas d e p r e s s õ e s de VII e VIII (2 exemplares)
retas, com a extremidade ental curva. Seus
ou VII - X (1 e x e m p l a r ) encontra-se uma papila
2 10 s u b a p i c a i s s ã o o r n a m e n t a d o s p o r c i c a t r i -
a r r e d o n d a d a , de o n d e e m e r g e u m a c e r d a c o p u -
zes semilunares, abertas para o ápice (Fig.
l a t ó r i o . O c l i t e l o o c u p a o s s e g m e n t o s 1/2 X V I ,
57). As cicatrizes dispõem-se irregularmente
XVII - X X I I ( = 6,5 o u 6 s e g m e n t o s ) . É a n e l a r
na m a i o r i a d a s c e r d a s . D a s 10 c e r d a s o b s e r v a -
e m XXI e XXII e a p r e s e n t a uma área diferen-
d a s , a p e n a s 2 a p r e s e n t a m , na p o r ç ã o m a i s a p i -
ciada ventral e m XVII - X X . Esta á r e a , d e c o n -
c a l , as c i c a t r i z e s d i s p o s t a s e m 4 s é r i e s alter-
t o r n o q u a d r a n g u l a r , é l i m i t a d a l a t e r a l m e n t e pe-
n a s , p e r d e n d o a r e g u l a r i d a d e na p o r ç ã o basal.
las margens espessas e elevadas do clitelo,
O comprimento destas cerdas v a r i a d e 537 -
que podem apresentar-se totalmente abertas
644 ,íim, e m m é d i a 587 / n n . S u a m a i o r largura
ou p a r c i a l m e n t e c o n t r a í d a s ( F i g . 53 - 5 5 ) . Um
s i t u a - s e na r e g i ã o s u b m e d i a n a e v a r i a d e 81 -
par de traves pubertais estende-se de 1/2
100 / i m , e m m é d i a 88 u m . A s s o c i a d a s a c a d a
XVII - 1 / 2 X X . T e m a f o r m a d e f a i x a s e m z i g u e -
cerda copulatória há u m a ou duas glândulas
zague, pouco e s p e s s a s e s a l i e n t e s , c o m os ân- t u b u l a r e s v o l u m o s a s , s a l i e n t e s na c a v i d a d e d o
g u l o s de á p i c e l a t e r a l e n v o l v e n d o as c e r d a s v e n - corpo e que se abrem na p o r ç ã o e c t a l d o f o -
t r a i s e os d e á p i c e m e d i a l n o s i n t e r s e g m e n t o s . lículo setígero.
Em d o i s a n i m a i s o s â n g u l o s mediais das tra-
ves pubertais são unidos e n t r e si por peque- Os s e p t o s são t r a n s v e r s a i s , de espessura
nas f a i x a s t r a n s v e r s a i s salientes, isolando no semelhante e reconhecíveis a partir de 5/6.
conjunto 4 áreas losangulares medianas. Em O esôfago é delgado e mais ou menos monili-
um animal estas faixas transversais estão mal f o r m e a partir de V; apresenta-se d i l a t a d o na
definidas. Nos intersegmentos 17/18, 18/19 e região dos segmentos XXVIII, XXX - XXXII.
19 20, e n t r e g a s t r a v e s p u b e r t a i s e as m a r g e n s c o m o u m a e s p é c i e d e p a p o . Em X X X I I I - X X X V I I
do c l i t e l o , e n c o n t r a m - s e 3 pares de papilas pu- seu diâmetro equivale a cerca de 2 / 3 do das
bertais cónicas e crateriformes, constituídas porções adjacentes e a parede é espessa e
por células glandulares cilíndricas, altas, re- muscular, mais em X X X I V - X X X V I . Após esta
porção musculosa inicia-se o i n t e s t i n o que, a OCNEFSODRIUDAE
partir do segmento XL, apresenta um tiflosole
mediano dorsal e ondulado. Glândulas calcí- Eukerria g u a m a i s R i g h i , 1971

feras extra ou intramurais f a l t a m . Do aparelho Eukerria guamais Righi, 1971b: 2, iigs. 1-3.
circulatório foi possível reconhecer corações
moniliformes nos segmentos Vlll - XI. Vaso MATERIAL
subneural f a l t a . Os nefrídios são largos, lobu-
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km
lados e e m n ú m e r o de u m par por s e g m e n t o
26 ( R e s e r v a D u c k e ) , m a r g e m d o i g a r a p é d o B a r r o Bran-
a partir de V I . Bexiga nefridial falta. Funis, co, próximo a um chiqueiro, em solo periodicamente
dutos e poros nefridiais não foram encontra- inundado, 1 exemplar clitelado (iNPAZ-72), L. A n t o n y &

dos. Nos nefrídios só foi possível observar G. Righi c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 5 .

pequenos e esparsos canalículos, aparente-


mente intracelulares. A e s p é c i e era c o n h e c i d a apenas da locali-
dade t i p o , Pará: Belém. O animal do Amazo-
n a s é Ü g e i r a m e n t e m a i o r , a t i n g i n d o 30 m m d e
Um par de testículos e de funis seminais
c o m p r i m e n t o e t e m 78 s e g m e n t o s . Suas prós-
iridescentes encontram-se l i v r e s no s e g m e n t o
tatas diminutas restringem-se aos segmentos
XI, cuja cavidade esta repleta de espermato-
XVII e X I X . A s g l â n d u l a s c a l c í f e r a s são d o t i p o
zóides. O par de canais deferentes é ligeira-
gordiodrilóide ( R i g h i , 1968a: 170), c o m l ú m e n
m e n t e o n d u l a d o e e s t e n d e - s e a o l a d o d a s cer-
c e n t r a l p e q u e n o , d o n d e p a r t e m n u m e r o s o s ca-
das b. imediatamente acima da musculatura
nalículos que se ramificam e correm longitudi-
parietal, até o segmento XVII. Cada canal pe-
nalmente na p a r e d e espessa das glândulas
netra agora na parede do corpo, atravessa a Revendo o m a t e r i a l t í p i c o da e s p é c i e , verifica-
porção glandular do primeiro par de papilas mos que a estrutura destas glândulas é como
p u b e r t a i s e v a i a b r i r - s e na s u p e r f í c i e l o g o a p ó s descrita acima e não do tipo ocnerodrilóide
estas papilas, e m 1/2 XVIII, entre as traves como foi apresentada ( R i g h i , 1971b: 2 ) .
pubertais e a margem do clitelo. U m par de
vesículas seminais saquiformes situa-se dos H a p l o d r í l u s E í s e n , 1900
lados do e s ô f a g o nos s e g m e n t o s XII - XIII, XV.
Um par de ovários flabelares prende-se à face Ocnerodrilus (part.), Rosa, 1 8 9 5 : 3: 1896a: 147; C o g -
n e t t i . 1900 : 3 .
p o s t e r i o r e v e n t r a l d e 1 2 / 1 3 . O par de c u r t o s
Ocnerodrilus (Haplodrílus) Eisen, 1900 : 112; Cognetti,
o v i d u t o s a b r e - s e na p a r t e a n t e r i o r d o s e g m e n - 1905b: 55. M l c h a e l s e n , 1900b: 3 8 4 .
t o X I V , na d e p r e s s ã o d e 1 3 / 1 4 , imediatamente Haplodrílus, M i c h a e l s e n , 1 9 2 6 : 3 2 1 ; 1 9 2 7 : 3 7 0 ; S t e p h e n -

ao l a d o da s é r i e d e c e r d a s 6. E m 3 a n i m a i s há son, 1930 : 8 6 0 .
Gatesia Jamieson. 1962: 617.
um par de e s p e r m a t e c a s e m cada s e g m e n t o de
V I I - I X ; e m u m ú n i c o a n i m a l há o u t r o p a r d e
DIAGNOSE
espermatecas em X . Seus poros situam-se e m
6 / 7 - 8 / 9 , 9 / 1 0 e m série c o m as cerdas ven- Cerdas dispostas em 4 pares de s é r i e s
trais. As espermatecas s ã o s a c u l i f o r m e s , sa- longitudinais. Prostômio epilobo. U m par de
lientes na c a v i d a d e do corpo, c o m a porção poros masculinos e prostáticos combinados em
apical mais ou menos dobrada e s e m distinção XVII. Poros das e s p e r m a t e c a s e m 7 / 8 ou 8 / 9 .
entre duto e a m p o l a ( F i g . 58 - 6 0 ) . Em cada Poros dorsais ausentes. Moela presente em

e s p e r m a t e c a a p a r e d e é e s p e s s a , m a i s na por- VII o u a u s e n t e . U m par de g l â n d u l a s c a l c í f e r a s


e m IX. Ú l t i m o par de c o r a ç õ e s e m X I . Holone-
ção ectal, onde se f o r m a m reentrâncias irregu-
fridial. Testículos e funis seminais e m X . U m
lares, s e m constituir câmaras seminais defini-
par d e p r ó s t a t a s t u b u l a r e s e m X V I I . Esperma-
das. Nestas reentrâncias encontram-se nume-
tecas e m Vlll o u IX. s e m d i v e r t í c u l o s .
rosos espermatozóides, poucos no l ú m e n da
esperpiateca.
T I P O DO GÊNERO

O nome do novo gênero e espécie provém Ocnerodrilus borelli Rosa, 1895, por desig-
da l í n g u a t u p i , o n d e " a r e c o r e c o " = mistura. nação o r i g i n a l ,
CONSIDERAÇÕES N o s a n i m a i s f i x a d o s a c o r g e r a l d o c o r p o é la-
r a n j a c l a r a , s e m e l h a n t e à d o n.° 2 0 0 d e S é g u y
O g ê n e r o m o n o t í p i c o Gatesia, c o m o f o i de-
( 1 9 3 6 ) . p r o v a v e l m e n t e d e v i d a ao c o n t e ú d o in-
f i n i d o , d i f e r e d e Haplodrilus " s e n s u " Stephen-
t e s t i n a l . O n ú m e r o d e s e g m e n t o s v a r i a d e 95 -
son (1930: 860) pela posição m a i s a n t e r i o r d o s
111. O prostômio ( F i g . 61) é do t i p o epilobo
poros das espermatecas e pela presença de
a b e r t o . O clitelo é e m f o r m a d e sela nos seg-
uma moela e m V I I , agora encontrada e m H-
mentos XIV - 1 2 XIX ( = 5 , 5 ) . Sua m a r g e m
tagua, s p . n.. A s s i m , r e s t a p a r a s e p a r a r o s d o i s
inferior dispõe-se na linha das cerdas a e
gêneros a posição das aberturas das esperma-
s a l i e n t a - s e da p o r ç ã o m e d i a n a v e n t r a l de 1/2
t e c a s . Este caracter não é s u f i c i e n t e para con-
XIV - 1 2 X I X . m a i s e m XV - X V I I I . A face ven-
f e r i r v a l o r g e n é r i c o a Gatesia, que considera-
tral de XVII é espessada e m f o r m a de hexágo-
m o s c o m o s u b g ê n e r o d e Haplodrilus. Segue-se
no, n o interior do qual salientam-se duas for-
a diagnose dos subgčneros e a lista das espé-
mações mamilares volumosas, separadas por
cies c o m sua distribuição geográfica.
um curto sulco longitudinal mediano (Fig. 62).
O ápice das formações m a m i l a r e s situa-se e m
S u b g ê n e r o Haplodrilus s . s . s é r i e c o m 6 e n e l e a b r e m - s e e m c o m u m o s po-
ros masculinos e prostáticos. Os poros femi-
DIAGNOSE ninos estão no terço anterior de XIV, e m série
c o m b. Apresentam-se como pequena fenda
Um par de poros de espermatecas e m 8 / 9 .
transversal, circundada por delgada faixa es-
branquiçada. U m par de poros de espermate-
H (H ) borelli (Rosa, 1895) — Paraguai : Assunção
cas pouco evidentes, encontra-se e m 8 9 , na
(Rosa, 1 8 9 5 : 3 ; 1 B 9 6 : 147, f i g . 2 2 ) .
H (H ) michaelseni (Cognetti, 1900] — Paraguai: A s - l i n h a d e ab. Poros dorsais f a l t a m . A s cerdas
sunção. Brasil, M a t o Grosso : Urucum. p r ó x i m o de dispõem-se em 8 séries r e g u l a r e s a partir de
Corumbá (Cognetti. 1 9 0 0 : 3, f i g . 5 ; 1905:55). II; f a l t a m as v e n t r a i s de X V I I . A s cerdas são
H (H ) iheringi M i c h a e l s e n , 1926 — B r a s i l , S ã o Paulo : quase retas, c o m as e x t r e m i d a d e s curvas e u m
Piracicaba (Michaelsen, 1926: 321,fig. K).
pequeno nódulo no início do terço distai (Fig.
H. ( H . ) tagua, s p . n . — Brasil, A m a z o n a s : Sucunduri.
63) . S e u c o m p r i m e n t o m é d i o , na r e g i ã o m e d i a -
S u b g ê n e r o G a t e s i a J a m i e s o n , 1962 na d o c o r p o , é d e 120 /<m. Na r e g i ã o d o s s e g -
m e n t o s X X X - X L , a relação e n t r e as cerdas é
DIAGNOSE aa : ab : 6 c : cd : dd = 5,00 : 1,00 : 4 , 3 3 : 1,12 :
7,50.
Poro (s?) de espermateca (s ) em 7/8.

H. ( G . ) única J a m i e s o n . 1962 — A r g e n t i n a : L o r e t o (Ja- Os septos 6 / 7 - 9 / 1 0 são pouco mais es-


mieson, 1962 : 6 1 9 , f l g . 4 ) .
pessos do que os demais. Em VII encontra-se
uma moela e m forma de cilindro curto, mus-
Haplodrilus ( H ) t a g u a , sp. n. culoso e quase duas vezes mais v o l u m o s o do
(Fig. 61 - 6 6 ) que o restante do esôfago. U m par de glându-
las c a l c í f e r a s abre-se l a t e r a l m e n t e no e s ô f a g o ,
MATERIAL na r e g i ã o p o s t e r i o r d o s e g m e n t o IX. E s t a s g l â n -
dulas são piriformes e volumosas, ocupando
Brasil, A m a z o n a s : S u c u n d u r i (próximo à confluên-
cia da estrada Transamazňnica c o m o rio Sucunduri),
quase toda a e x t e n s ã o do s e g m e n t o , p r e n d e n -
em troncos podres no igarapé da Caixa d'Agua, 3 exem- do-se seu bordo anterior, cego, no septo 8 / 9
plares clitelados e 3 maduros aclitelados (INPAZ-87), por u m a faixa conjuntiva. A s glândulas são
L. A n t o n y , E. Rufino & G . Righi col. 26/6/1975. Es- formadas por uma parede espessa e u m peque-
trada Transamazňnica, trecho Humaitá-Jacaréacanga,
no iúmen central ciliado, de onde p a r t e m nu-
K m 523, e m t r o n c o s p o d r e s j u n t o a u m igarapé, 7 e x e m -
merosos canalículos delgados ( F i g . 6 4 ) . Os
plares clitelados ( I N P A Z - 9 2 ) , L. Antony, E. Rufino, E.
Froehlich & G. Righi col. 28/6/1975.
canalículos ramificam-se na p a r e d e d a g l â n d u -
la, f o r m a n d o u m s i s t e m a c o m p l e x o , entremea-
do por numerosos espaços sanguíneos radiais
O comprimento dos animais varia de
e longitudinais. O intestino inicia-se e m XII e
25 - 35 m m e o d i â m e t r o na r e g i ã o m e d i a n a d o
e m Xlll já a p r e s e n t a o d i â m e t r o normal poste-
corpo é d e 0,6 m m e m t o d o s os clitelados.
ESTAMPA V — Areco reco, g e n . n., sp. n.: 55 — face ventral dos segmentos XVI-XXII; 56 — cerda ventral me-
diana: 57 — cerda copulatória de IX; 58-60 — espermateca de VII-IX. Haplodrilus (H.) tagua, sp. n.: 61 —
extremidade anterior em vista dorsal; 62 — face ventral dos segmentos XIV-XVIII; 63 — cerda ventral mediana;
64 — corte transversal mediano da glândula calcífera; 65 — esquema da parte terminal das vias masculinas re-
construído de cortes seriados; 66 — espermateca de IX. Dariodrilus ferrartus, gen. n. t sp. n.: 67 — cerda da
região mediana; 68 — extremidade anterior em vista dorsal; 69 — espermateca de IX. (CD = canal deferente;
MC = musculatura circular; ML = musculatura longitudinal: PR = próstata.)
rior. Tiflosole e cecos intestinais f a l t a m . Dois lículos longitudinais e delgado lúmen central.
pares de corações volumosos encontram-se Dois pares de t e s t í c u l o s e m X e X I . Dois pares
e m X e X I . Em cada s e g m e n t o há u m p a r d e de o v á r i o s e m X I I e X I I I . U m par de e s p e r m a -
holonefrídios. tecas sem divertículos e m IX. Poros dorsais

U m par de t e s t í c u l o s e de funis seminais faltam.


*
encontram-se l i v r e s na c a v i d a d e d o s e g m e n t o
T I P O DO GÊNERO
X, q u e e s t á r e p l e t a d e e s p e r m a t o z ó i d e s . O p a r
de c a n a i s d e f e r e n t e s é r e t i l í n e o e c o r r e a o l a d o Dariodriius ferrarius, s p . n.
da s é r i e d e c e r d a s b, n o i n t e r i o r d a m u s c u l a t u r a
longitudinal. Um par de vesículas seminais CONSIDERAÇÕES
profundamente lobuladas situa-se em X I . Do
par d e p r ó s t a t a s , o d u t o delgado restringe-se Pela sua organização geral, Dariodriius
ao s e g m e n t o X V I I e a p o r ç ã o g l a n d u l a r , t u b u l a r , aproxima-se d e Ocnerodrilus (lliogenia). Por
estende-se ao l a d o da cadeia nervosa até o ser h o l o g í n i c o , Dariodriius separa-se deste e
segmento XIX, onde a porção terminal faz a l - dos demais gêneros das Ocnerodrilidae, que
gumas voltas i r r e g u l a r e s . Cada papila m a m i l a r são m e t a g í n i c o s (Gates, 1966: 5 1 ; 1972: 2 6 2 ) .
de X V I I c o r r e s p o n d e internamente a u m a for-
mação muscular p i r i f o r m e ( F i g . 6 5 ) , e m cuja
Dariodriius ferrarius, s p . n .
porção posterior se associa u m a câmara cons- (Fig. 67-71)
tituída por células altas e de aspecto glandular,
onde abre-se p o s t e r i o r m e n t e o canal deferente MATERIAL

(CD) . A câmara continua-se por u m duto que Brasil, Amazonas : Secundurl (Estrada Transamazõ-
atravessa a formação muscular e r e c e b e , na nica, t r e c h o Humaitá-Jacaréacanga, K m 523), e m troncos
porção mais ectal, o duto d a p r ó s t a t a (PR), podres junto a u m igarapé, 6 e x e m p l a r e s clitelados (2

abrindo-se por um poro comum no á p i c e da sem a extremidade posterior) (INPAZ-88). L. Antony,


E. R u f i n o , E. Frohelich & G. Righi c o l . 28/6/1976.
p a p i l a . U m p a r d e o v á r i o s e n c o n t r a - s e e m XIII)
e u m par de e s p e r m a t e c a s diminutas em IX.
O comprimento dos animais varia de
Em c a d a espermateca ( F i g . 66) a a m p o l a é
35 - 50 m m , e m m é d i a 41 m m e o d i â m e t r o , na
ovóide e b e m separada d o duto, que é curvo e
região mediana d o c o r p o , d e 0,67 - 0,78 m m
pouco mais longo do que a a m p o l a .
e m m é d i a 0,74 m m . O p r o s t ô m i o ( F i g . 6&j é
largo, semicircular e c o m u m a língua ampla e
CONSIDERAÇÕES f e c h a d a , q u e p e n e t r a 1/3 no p e r i s t ô m i o . O nú-
m e r o d e s e g m e n t o s v a r i a d e 102 - 1 5 7 , e m m é -
Pola p o s s e d e u m a m o e l a b e m d i f e r e n c i a d a dia 130. P i g m e n t o e p o r o s d o r s a i s f a l t a m . A s
e m V I I , Haplodrílus (H.) tagua separa-se das cerdas são e m número de 4 pares por segmen-
demais espécies do subgênero. Outros carac- t o a p a r t i r d e I I ; f a l t a m as v e n t r a i s d e X V I I . A s
teres diferenciais são a forma das espermate- cerdas são lisas e quase retas, c o m ligeira
cas e do p o r ó f o r o masculino. curvatura nas e x t r e m i d a d e s e u m pequeno es-
O nome a nova espécie deriva da língua passamento n o início do terço distai (Fig. 67).
tupi e significa "amarelo". Na região mediana do corpo o comprimento
das cerdas varia d e 135 - 160 j * m , e m média
146 vm. Entre os segmentos XXX - XXXV, a
Dariodriius, g e n . n . r e l a ç ã o e n t r e a s c e r d a s e m d o i s a n i m a i s é aa :
ab : bc : cd : dd = 2,00 : 1,00 : 2.73 : 0,92 :
DIAGNOSE
6,38 = 2.50 : 1,00 : 3,34 : 1.11 : 7 , 7 2 .

Cerdas 8 por s e g m e n t o . U m par de poros O clitelo é e m forma de sela, c o m o limite


masculinos e prostáticos e m XVII. Dois pares i n f e r i o r p o u c o l a t e r a l à s é r i e b, n o s s e g m e n t o s
de poros femininos e m XIII e X I V . Aberturas X I I I - X V I I I ( = 6) . A f a c e v e n t r a l , e n t r e a s cer-
dás e s p e r m a t e c a s par e m 8 / 9 . M o e l a r u d i m e n - das de XIV e XV e entre as de X V e X V I . é es-
t a r e m V I I . U m par d e g l â n d u l a s c a l c í f e r a s e m pessada e de contorno quadrangular ( F i g . 71) .
IX, c o m a p a r e d e e s p e s s a p e r c o r r i d a p o r c a n a - Uma depressão arredondada situa-se ventral-
1mm

ESTAMPA VI — Dartodrilus ferrarius, gen. n., sp, n.: 70 — corte sagital das aberturas masculinas; 71 — face
ventral dos segmentos Xtlt-XVlll. Exisdriius rarus, gen. n., sp, n,: 72 — extremidade anterior em vista dor-
sal; 73 — face ventral dos segmentos XIV - X X I I ; 74 — cerda ventral mediana; 75 — tubo digestivo e órgãos ge-
nitais ijos segmentos IX-XVI; 76 — próstata e canal deferente esquerdos. (CD = canal deferente; E = es-
permateca; ES = espermatozóides: GC = glândula calcífera; GL = glândula; M = moela; MC = musculatu-
ra circular; ML = musculatura longitudinal; O = ovário; PR = próstata; VD = vaso dorsal; VS = vesícula
seminal.)
m e n t e em XVII - 1/2 X V I I I ; sua m a r g e m i n t e r n a e X I I ; as d e XI s ã o as m a i s v o l u m o s a s e as d e
é acompanhada por uma faixa espessada em iX as m e n o r e s . Os dois canais deferentes de
forma de ferradura. As duas extremi- c a d a l a d o f u n d e m - s e na r e g i ã o p o s t e r i o r d e X I I
dades desta faixa são anteriores na de- ou e m X l l l , resultando u m canal ú n i c o , que cor-
pressão, pouco mais largas e com uma re imediatamente acima da parede do corpo,
área glandular centra!. Imediatamente atrás a p r e s e n t a n d o o m e s m o c a l i b r e e m t o d a a ex-
destas estruturas e no i n t e r i o r da depressão tensão. A m u s c u l a t u r a da p a r e d e d o c o r p o e s -
situam-se duas papilas v o l u m o s a s percorridas p e s s a - s e na r e g i ã o d a s a b e r t u r a s m a s c u l i n a s e
p o r i:m sulco mais ou menos helicoidal. No prostáticas, formando dois pequenos nódulos
ápice destas papilas e n c o n t r a m - s e os micros- salientes nos 2 / 3 posteriores da c a v i d a d e de
cópicos poros masculinos. Um par de poros XVII, Na r e g i ã o m e d i a n a de c a d a n ó d u l o p e n e -
prostáticos, também microscópicos, situam-se tra u m duto de próstata [ F i g . 70, PR] e na r e -
e n t r e as p a p i l a s e a m a r g e m a n t e r i o r da f a i x a gião posterior encontra-se uma v o l u m o s a glân-
cm ferradura. Dois pares de poros femininos, dula piriforme (GL), envolvida por uma capa
s ó r e c o n h e c í v e i s e m c o r t e s , a b r e m - s e no t e r ç o muscular, onde penetra o canal deferente (CD),

anterior dos s e g m e n t o s XIII e XIV, e m série A s próstatas d i r i g e m - s e para t r á s sob o intes-

c o m 3b. U m p a r de p o r o s de e s p e r m a t e c a s s i - tino, seguindo uma trajetória retilínea ou pou-

tua-se em papilas arredondadas em 9/10, na co ondulada. O duto é m u s c u l o s o , seu diâme-


t r o e q u i v a l e a 1/3 d o da p o r ç ã o g l a n d u l a r e s e u
l i n h a das c e r d a s v e n t r a i s .
comprimento varia de 1 a 2,5 s e g m e n t o s . A
O primeiro septo é o 5 / 6 . O esôfago apre-
porção glandular é tubuiar, inicia-se entre 1/2
senta-se dilatado e m V I I , o n d e s e u d i â m e t r o é
XVIII - XX e chega a atingir o s e g m e n t o X X V I .
c e r c a d e 1,5 v e z e s m a i o r do q u e e m IX; por
O par d e g l â n d u l a s a s s o c i a d a s ã p o r ç ã o t e r m i -
vezes apresenta-se dilatado t a m b é m em VIII,
na! dos c a n a i s d e f e r e n t e s talvez corresponda
Em V I I , o s q u a r t o s a n t e r i o r e p o s t e r i o r d o e s ô -
ao s e g u n d o p a r de p r ó s t a t a s modificado.
fago têm estrutura semelhante à encontrada
nos d e m a i s s e g m e n t o s . Os 2 / 4 m e d i a n o s apre- D o i s p a r e s de o v á r i o s e d e f u n i s ovulares
s e n t a m u m a e s p e s s a capa d e m u s c u l a t u r a cir- s i t u a m - s e e m XII e X l l l . N o s d o i s a n i m a i s sec-
cular, constituindo uma moela r u d i m e n t a r . Um cionados f o r a m encontrados ovos maduros ape-
par d e g l â n d u l a s c a l c í f e r a s s i t u a - s e s o b o e s ô - nas no s e g u n d o par de o v á r i o s . Um par de
fago e m IX. Cada glândula é p i r i f o r m e , com a espermatecas volumosas e r e p l e t a s de esper-
extremidade afilada anterior. Compõe-se de matozóides encontra-se em IX. Em cada es-
uma parede espessa e de u m delgado lúmen permateca ( F i g . 69) o d u t o é e s p e s s o e mus-
central ciliado e de c o n t o r n o circular, que a culoso; seu comprimento equivale a metade
percorre longitudinalmente e abre-se, por curto d o da a m p o l a , q u e normalmente apresenta-se
pedúnculo perpendicular, na região ventro-la- dobrada. Divertículos faltam.
t e r a l e p o s t e r i o r do e s ô f a g o . N a r e g i ã o m e d i a -
na das glândulas seu diâmetro médio é de ANOMALIAS

170 um e o do lúmen 20 pm. Na p a r e d e en-


Dos 6 exemplares estudados, 3, designa-
contram-se canalículos longitudinais intercomu-
dos a b a i x o por A , B e C, apresentaram-se irre-
n i c a n t e s , c u j o d i â m e t r o v a r i a de 4 - 6 u m , e n -
gulares. Em A o s e g m e n t o IX t e m 2 p a r e s d e
tremeados com uma rica rede vascular, onde
c e r d a s a e b e u m p a r d e c e d. Em B os poros
predominam vasos longitudinais. O intestino
masculinos e prostáticos situam-se externa-
inicia-se em X l l l ; c e c o s e t i f l o s o l e f a l t a m .
mente e m XVI mas, internamente em XVII.
O aparelho excretor compõe-se de um I s t o p o r q u e e m 1/2 X I V há u m s e p t o t r a n s v e r -
par de h o l o n e f r í d i o s p o r s e g m e n t o . T r ê s p a r e s sal d i v i d i n d o s u a c a v i d a d e e m d u a s . Em C t o -
cli, c o r a ç õ e s encontram-se em X - XII. Vaso d a s as e s t r u t u r a s e x t e r n a s e i n t e r n a s , a p a r t i r
subneural falta. Dois pares de testículos e de das que e s t a r i a m o r i g i n a l m e n t e e m VII, estão
funis seminais encontram-se e m X e XI, cujas deslocadas dois segmentos para trás. Ainda
csvidades, p r i n c i p a l m e n t e a de X, estão reple- neste a n i m a l , a l é m do par de e s p e r m a t e c a s em
tas de espermatozóides. Vesículas seminais X I , há u m a i m p a r , e s q u e r d a e d e i g u a l d e s e n -
profundamente iobuladas situam-se em IX, XI volvimento em X,
BIBLIOTECA^
do
I N P A
v
,
Exisdrilus, q e n . n . ção. O fenômeno da Homoeosis, como é
entendido para os Oligochaeta (Gates, 1949:
DIAGNOSE 134), pode ser individual, que é o caso mais
c o m u m , ou filético, c o m o e m Estherella (Ga-
Cerdas dispostas e m 8 séries longitudinais.
t e s , 1 9 7 0 : 1) e Brunodrilus ( R i g h i , 1971c: 3 8 8 ) .
Um par de poros masculinos e prostáticos
C o m b a s e n o m a t e r i a l q u e d i s p o m o s , n ã o po-
c o m b i n a d o s e m X I X . Poros dorsais ausentes.
demos definir o que está ocorrendo e infeliz-
P o r o s d a s e s p e r m a t e c a s e m 5 / 6 - 9 '10 ( c a r a c -
mente não conseguimos outros animais que
t e r g e n é r i c o ? ) . M o e l a p r e s e n t e e m IX. U m p a r
provêm de uma região de difícil acesso. Daí
de glândulas c a l c í f e r a s e m X I . Três pares de
preferimos eleger o novo gênero Exisdrilus
corações e m XI - XIII. Holonefridial. Testícu-
pelo interesse que possa despertar e até que
los e f u n i s s e m i n a i s l i v r e s e m X I I . U m par d e
novos achados c o n f i r m e m ou não sua validade.
próstatas tubulares e m X I X . U m par d e ová-
r i o s e m X V , E s p e r m a t e c a s e m VI - X s e m d i -
vertículos. Exisdrilus rarus, s p . n .
(Fig. 72-77)

T I P O DO GÊNERO
MATERIAL
Exisdrilus rarus, s p , n.
Brasil, A m a z o n a s : S u c u n d u r i , e m b a r r a n c o j u n t o ao
igarapé Saibroso. 1 exemplar clitelado (INPAZ-91), E.
CONSIDERAÇÕES
Rufino c o l . 26/6/1975.

Pela p o s i ç ã o m a i s p o s t e r i o r d o s d i f e r e n t e s
Comprimento total 85 mm; d i â m e t r o na
ó r g ã o s , Exisdrilus afasta-se dos demais gêne-
r e g i ã o m é d i a d o c o r p o 2,0 m m ; n ú m e r o d e s e g -
ros de O c n e r o d r i l i d a e . A exata posição seg-
mento 230. O prostõmio ( F i g . 72) é s e m i c i r -
mentar dos órgãos ao longo do eixo antero-pos-
cular, separado do p r i m e i r o s e g m e n t o por um
t e r i o r é de grande i m p o r t â n c i a na s i s t e m á t i c a
par d e s u l c o s l a t e r a i s c u r t o s e u m a ligeira de-
e filogênese dos Oligochaeta. Erros de locali-
pressão mediana dorsal. Pigmento e poros
zação ocorrem devidos a dois fatores: 1 —
dorsais faltam. A metade posterior e ventral
anelação secundária aliada a dificuldade na
d o s s e g m e n t o s V - IX é d e p r i m i d a no espaço
observação de cerdas ou m e s m o seu desapa-
bb. A partir da região c o m p r e e n d i d a e n t r e os
recimento; 2 — forma e inserção dos septos,
segmentos LXV - LXX, a face dorsal d o s ani-
que n e m s e m p r e se p r e n d e m nos i n t e r s e g m e n -
m a i s , e n t r e a s c e r d a s dd, q u e e r a c o n v e x a , t o r -
tos correspondentes, diferindo a segmentação
na-se s u c e s s i v a m e n t e p l a n a e d o C L X p a r a t r á s
e x t e r n a d a i n t e r n a . E s t e s c a s o s não s e a p l i c a m
1

os s e g m e n t o s tornam-se cada vez mais curtos


e m E. rarus, onde os segmentos são simples
e a face dorsal reentrante. A s cerdas dispõem-
e os septos regulares.
se em 4 pares de séries longitudinais regula-
C o n s i d e r a n d o q u e a p o s i ç ã o d o s o v á r i o s no res a partir do s e g m e n t o I I . Faltam as cerdas
s e g m e n t o XIII é a r e g r a n o s M e g a d r i l e e que ventrais e m X I X . Entre os s e g m e n t o s X L - L,
e m E. rarus situam-se em XV, verificamos que a r e l a ç ã o e n t r e a s c e r d a s é aa : ab : bc : cd :
todos os ó r g ã o s , a partir da m o e l a , e s t ã o des- dd = 2,25 : 1,00 : 3,75 : 1,00 : 4 , 1 0 . A s c e r d a s

locados dois s e g m e n t o s para t r á s . Abstraindo- são s i g m ó i d e s , alongadas e c o m a região sub-


apical ornamentada por pequenas cicatrizes
se a existência dos segmentos VI e V I I , de
s e m i l u n a r e s abertas para o ápice ( F i g . 7 4 ) . Na
modo que a moela e os órgãos seguintes se
região mediana do corpo o comprimento das
localizassem dois segmentos p a r a d i a n t e , E-
c e r d a s v a r i a d e 362 - 4 1 8 /-uri, e m m é d i a 383 um.
rarus s e r i a u m a e s p é c i e d e Haplodrílus como
definido acima, porém distinta das demais pelo O clitelo situa-se nos segmentos XIV - XXI
tamanho e por ter 5 pares de espermatecas. { — 8) . É e m f o r m a d e s e l a , c o m o l i m i t e i n f e -
A existência de dois segmentos a mais poderia r i o r p o u c o d e m a r c a d o e m ab ( F i g . 7 3 ) . Na f a c e
ser explicada por u m a regeneração hiperméri- ventral de XIX situa-se o campo genital mas-
ca. Contudo, não observamos e m n o s s o ma- culino como quatro espessamentos justapos-
terial qualquer indício de t e r havido regenera- t o s , q u e no c o n j u n t o t e m o contorno de u m
losango. Os e s p e s s a m e n t o s laterais são mais nearmente sobre a parede do corpo até a região
largos e salientes, transportando no ápice os mediana do segmento XIX, onde penetra na
poros masculinos e prostáticos combinados, p a r e d e d o c o r p o j u n t o c o m o d u t o da próstata
e m s é r i e c o m as c e r d a s a. O p a r d e p o r o s f e - correspondente ( F i g . 7 6 ) . Em c a d a p r ó s t a t a o
mininos aparece como duas áreas claras e d u t o é d e l g a d o e r e s t r i t o ao s e g m e n t o X I X . A
arredondadas na r e g i ã o a n t e r i o r do segmento porção glandular longa, adelgaça-se em direção
X V I , e m ab. C i n c o p a r e s d e p o r o s d e e s p e r m a - ental, terminando em ponta; atravessa o septo
tecas situam-se em papilas arredondadas e 19 20 e s i t u a - s e , e m s u a m a i o r p a r t e , n o s e g -
diminutas nos intersegmentos 5/6 - 9/10, a mento XX. U m par de o v á r i o s l a m i n a r e s (Fig.
meia distância entre a linha média ventral e a 75, O ) p r e n d e - s e à f a c e p o s t e r i o r e v e n t r a l do
das c e r d a s a. s e p t o 1 4 / 1 5 . O par de p e q u e n o s f u n i s o v u l a r e s
prende-se ventral e anteriormente em 15/16.
Os septos 5 6 - 13/14 são espessados e os
Cinco pares de espermatecas situam-se nos
demais f r á g e i s . Todos os septos são transver-
segmentos VI - X . As espermatecas ( F i g . 75,
sais e inserem-se nos i n t e r s e g m e n t o s corres-
E; 77) s ã o t u b u l a r e s , s e m d i s t i n ç ã o e n t r e d u t o
pondentes. A massa faríngea ocupa os primei-
e ampola e tornam-se pouco maiores no senti-
ros 5 s e g m e n t o s . O esôfago é simples até o
do antero-posterior.
segmento IX, o n d e se dilata em uma moela
musculosa, com a f o r m a de u m cilindro largo
c u r t o ( F i g . 7 5 , M ) . U m p a r de g l â n d u l a s c a l c í -
ACANTHODRILIDAE
feras situa-se látero-ventralmente ao esôfago
em X I . As glândulas (GC) são cilíndricas, es-
Wegeneriella divergens itapecu, s u b s p . n.
pessas, ocupam toda a extensão do segmento
(Fig. 78-85)
e têm cor escura, provavelmente devido ao
acúmulo de sangue. O intestino (I) dilata-se
MATERIAL
b r u s c a m e n t e e m X I V , f o r m a n d o u m a l a r g a câ-
mara em XIV - XV; para trás continua c o m o Brasil, Amazonas : Sucunduri (Estrada Transamazô-
nica, t r e c h o Humaitá-Jacareacanga, K m 523), e m troncos
mesmo diâmetro, porém tem aspecto monili-
podres junto a um igarapé; 4 exemplares clitelados e 1
f o r m e d e v i d o às c o n s t r i ç õ e s intersegmentares.
maduro aclitelado (INPAZ-84), L. Antony, E. Rufino, E.
Tiflosole e cecos intestinais faltam. Froehlich & G. Righi c o l . 28/6/1975.

A partir do s e g m e n t o Xlll encontra-se um


par de h o l o n e f r í d i o s por segmento. Em cada O c o m p r i m e n t o d o s a n i m a i s c l i t e l a d o s va-
nefrídio reconhece-se um funil, algumas alças r i a d e 18 - 33 m m , e m m é d i a 26 m m . O d i â m e -
e u m d u t o q u e p e n e t r a na p a r e d e d o c o r p o j u n - t r o v a r i a n o c l i t e l o d e 1,0 - 1,2 m m , e m média
t o a c a d a i n t e r s e g m e n t o , e m bc. A partir de 1,17 m m e na região mediana do corpo de
XXI cada nefrídio apresenla-se mais volumoso. 0,8 - 1,0 m m , e m m é d i a 0,9 m m . O n ú m e r o de
Nefridióporos não foram reconhecidos. Do s e g m e n t o s v a r i a d e 76 - 9 6 , e m m é d i a 9 0 . O
aparelho circulatório reconhecem-se três pares p r o s t ô m i o é do tipo epilobo aberto (Fig. 7 8 ) .
de c o r a ç õ e s p a r t i n d o do v a s o dorsal (VD) nos O primeiro poro dorsal situa-se em 3 / 4 . A cor
segmentos XI - X l l l ; os 2 últimos pares são do d o r s o é v i o l e t a clara s e m e l h a n t e à do n.°
pouco mais v o l u m o s o s . Vaso subneural falta. 670 d e S é g u y ( 1 9 3 6 ) , o v e n t r e é p á l i d o e o c l i -
t e l o m a r r o m a l a r a n j a d o c o m o o n.° 201 .
U m par de t e s t í c u l o s e de f u n i s seminais
largos e iridescentes situam-se em XII, cuja O clitelo é anelar e ocupa os segmentos
cavidade está cheia de espermatozóides (ES). X l l l - 1/2 XX ( = 7 , 5 ) . O c a m p o g e n i t a l m a s c u -
Dois pares de vesículas seminais (VS) encon- lino, e m XVII - XIX, é l i g e i r a m e n t e d e p r i m i d o e
t r a m - s e e m XI e X l l l . A s d o p r i m e i r o p a r s ã o esbranquiçado. Dois pares de papilas diminu-
largas e f i n a s , f o r m a d a s por e x p a n s õ e s d i g i t i - tas encontram-se na série de c e r d a s a, em
formes irregularmente lobuladas e recobrem 1/2 XVII e 1/2 XIX, transportando os poros
parcialmente o esôfago e as g l â n d u l a s calcí- prostáticos, unidos entre si por sulcos semi-
feras. As cfó s e g u n d o par t e m aspecto mais nais retos e de m a r g e m plana (Fig. 79). Os
c o m p a c t o , c o m os lobos j u s t a p o s t o s . O par de poros masculinos são visíveis apenas em cor-
canais d e f e r e n t e s corre mais ou menos retili- tes, situando-se no interior dos sulcos semi-
ESTAMPA VII — ExisdrilDs rarus, gen. n., sp. n.: 77 — espermateca de IX. Wegenenelia diwergens itapecu,
subsp. n.: 78 — extremidade anterior em vista dorsal; 79 — face ventral dos segmentos; XII - X X I ; 80 — prós-
tata de XIX; 81 — cerda penial de XVII; 82 — ápice da cerda penial de XVII; 83 — cerda penial de XIX; 84 —
ápice da c e r d a penial de XIX; 85 — esparmateca de IX. Wegeneriella tocaya, sp. n . : 86 — cerda penial de XVII;
87 — ápice da cerda penial de XVII; 88 — face ventral dos segmentos XIII - X X I ; 89 — espermateca de VII; 90
— próstata de XIX. (MC = musculatura circular; ML = musculatura longitudinal.)
n a i s e m 1/2 X V I I I . O par de poros femininos aproximadamente 2 / 3 do da p o r ç ã o glandular
abre-se no terço a n t e r i o r de X I V , e m série c o m (Fig. 8 0 ) . Associada a cada p r ó s t a t a há u m a
ab. T r ê s p a r e s d e p o r o s d e e s p e r m a t e c a s , re- ou duas c e r d a s p e n i a i s b e m d i f e r e n c i a d a s e 1
conhecíveis apenas e m c o r t e s , situam-se nos a 3 em formação. A s cerdas peniais são do
intersegmentos 6 / 7 - 9 / 1 0 , e m linha c o m as mesmo tipo, mais ou m e n o s arqueadas ( F i g .
cerdas ventrais. 81 e 8 3 ) , c o m o q u i n t o a p i c a l o r n a m e n t a d o p o r
cicatrizes onduladas e pouco demarcadas dis-
As cerdas dispõem-se e m 8 séries longi-
postas e m 4 séries alternas. O número de ci-
tudinais regulares a partir de I I . A s cerdas
catrizes por série varia de 2 a 4. A extremidade
normais t ê m a forma de u m S alongado, c o m
apical destas cerdas é espatuliforme, c o m os
ligeiro espessamento submediano. Seu quinto
ângulos ligeiramente proeminentes ( F i g . 82
apical é ornamentado por fracas cicatrizes se-
e 84) . O c o m p r i m e n t o das cerdas peniais va-
milunares, abertas para o á p i c e . O c o m p r i m e n -
r i a d e 245 - 3 0 5 /mn, e m m é d i a 2 8 2 i r n i e o maior
to das cerdas, na região mediana do corpo,
d i â m e t r o d e 7,5 - 10 ^ m , e m m é d i a 9 /<m. U m
v a r i a d e 130 - 175 ^ m , e m m é d i a 151 ^ m . N o s
par de ovários laminares prende-se postero-
segmentos XXX - XL obtem-se a seguinte re-
ventralmente em 12/13. Ovisaco falta. Três
l a ç ã o e n t r e a s c e r d a s aa : ab : bc : cd : dd =
pares de espermatecas pequenas e aproxima-
3,6 : 1.0 : 4,0 : 1,2 : 3 2 , 4 .
damente do mesmo tamanho encontram-se e m
O primeiro septo é o 5 / 6 e são todos de VII - I X . A s e s p e r m a t e c a s s ã o t u b u l a r e s ( F i g .
espessura semelhante e mais ou menos trans- 85), pouco mais dilatadas na p o r ç ã o ental e
versais. Uma moela de diâmetro semelhante s e m distinção nítida entre duto e ampola.
ao d o e s ô f a g o s i t u a - s e e m V I I e s ó s e r e c o n h e -
ce e m c o r t e s devido a espessura da parede
muscular. Dois pares de glândulas calcíferas CONSIDERAÇÕES

iamelares, aproximadamente do mesmo tama-


Wegeneriella divergens ( C o g n e t t i , 1905)
nho, situam-se e m XIV e XV. As glândulas
é c o n h e c i d a apenas pelo m a t e r i a l o r i g i n a l , pro-
abrem-se independentemente n a s p a r e d e s la-
veniente do Panamá, Darien, redescrito por
tero-dorsais do esôfago. O intestino inicia-se
C o g n e t t i ( 1 9 0 5 b : 14, f i g . 1 - 4) e r e c e n t e m e n -
abruptamente e m X V I I . Tiflosole e cecos intes-
tinais faltam. Três pares de corações locali- te por Jamieson (1974: 77, f i g . 1 C , 7 F ) . W.

z a m - s e e m X - X I I . A p a r t i r d o s e g m e n t o III há divergens itapecu distingue-se da subespécie

u m par de holonefrídios por segmento. Funis típica principalmente pelo tamanho e forma

e poros nefridiais não f o r a m r e c o n h e c i d o s . O das cerdas peniais.


d u t o t e r m i n a l d e c a d a n e f r í d i o p e n e t r a na p a - O n o m e da nova e s p é c i e p r o v é m da língua
r e d e d o c o r p o j u n t o d a l i n h a d e c e r d a s cd. Os tupi e significa "alavanca".
nefrídios anteriores, até o segmento XIX ou
XX s ã o t u b u l a r e s , c o m a l g u m a s alças e sem W e g e n e r i e l l a t o c a y a , s p . n.
bexiga. Para trás têm a forma de lâminas (Fig. 86-90)

largas.
MATERIAL
Dois pares de testículos e de funis semi-
Brasil, Amazonas : Estrada Manaus-ltacoatiara, Km
nais e n c o n t r a m - s e livres e m X e X I , cujas ca-
26 ( R e s e r v a D u c k e ) , m a r g e n s d o i g a r a p é d o B a r r o Bran-
vidades estão repletas de espermatozóides. co, próximo a um chiqueiro, 1 exemplar clitelado
U m par d e v e s í c u l a s s e m i n a i s p e q u e n a s e lo- ( I N P A Z - 6 8 ) , L. A n t o n y & G . R i g h l c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 S .
buladas encontra-se dos lados do esôfago
em X I I . Os dois d u t o s s e m i n a i s de cada lado O c o m p r i m e n t o d o a n i m a l é de 47 m m e o
c o r r e m p a r a l e l o s a o l a d o d a s é r i e d e c e r d a s b, diâmetro préclitelar 1,53 m m , n o c l i t e l o 1,88
junto ao r e v e s t i m e n t o celômico. Apenas em m m e n a r e g i ã o m e d i a n a d o c o r p o 1,47 m m . O
XVIII p e n e t r a m na m u s c u l a t u r a parietal e fun- n ú m e r o de s e g m e n t o s é d e 1 0 0 . A c o r no d o r s o
d e m - s e entre, s ; p r ó x i m o a a b e r t u r a . D o i s pa- é violeta rosada semelhante à d o n.° 14 d e
res de p r ó s t a t a s tubulares restringem-se aos Séguy (1936), clareando para o v e n t r e ; o cli-
segmentos XVII e XIX. Em cada próstata o telo é branco c r e m o s o . O p r o s t ô m i o é do tipo
duto é curvo e seu comprimento equivale a p r o e p i l o b o . O primeiro poro dorsal situa-se e m
8 séries longitudinais regulares. As cerdas Em c a d a s e g m e n t o há u m par d e holone-
normais são s i g m ó i d e s , c o m ligeiro espessa- frídios. Os nefrídios anteriores, até o segmen-
mento submediano. Na região mediana do to XXI, são tubulares, c o m numerosas alças e
corpo ( s e g m e n t o s X X X V - X L V ) aa : ab : bc : sem bexiga. Para trás os nefrídios são e m
cd : dd = 3.28 : 1 . 0 0 : 3,85 : 1.00 : 2 6 . 4 2 . A s forma de placa ovóide ou, mais raramente,
cerdas a e ň de XVII e XIX são t r a n s f o r m a d a s arredondadas. Funis nefridiais não f o r a m en-
em p e n i a i s . Estas cerdas são do m e s m o t i p o . contrados. Da porção v e n t r a l de cada nefrídio
algo arqueadas (Fig. 8 6 ) . medindo e m média parte o longo duto t e r m i n a l , que sobe entre o
400 .um d e c o m p r i m e n t o . Seu quarto apical é n e f r í d i o e a p a r e d e d o c o r p o e p e n e t r a na m u s -
ornamentado por espinhos irregulares e termi- culatura p a r i e t a l , j u n t o de cada intersegmento,
na e m p o n t a t r u n c a d a ( F i g . 87) . O c l i t e l o é e m aproximadamente a meia distância e n t r e as
forma de sela, c o m o l i m i t e inferior mal defini- cerdas d e a linha média d o r s a l . Os nefridió-
do; o c u p a os s e g m e n t o s XIII - 1/2 X X ( = 7 , 5 ) . poros são irreconhecíveis externamente.
Dois pares de poros prostáticos abrem-se no
Dois pares de testículos e de funis semi-
ápice de pequenas papilas e m 1 2 XVII e 1/2
nais iridescentes encontram-se livres em X e
X I X , e m s é r i e c o m as c e r d a s a d o s s e g m e n t o s
XI, cujas cavidades estão repletas de esperma-
adjacentes, d e onde emergem as cerdas pe-
tozóides. Vesículas s e m i n a i s v o l u m o s a s e de
niais são côncavos e m direção à linha mediana
paredes tênues recobrem, como uma massa
ventral; suas margens são espessas e esbran-
contínua, o esôfago e o vaso dorsal e m IX e
q u i ç a d a s . Em o b s e r v a ç ã o m a i s c u i d a d o s a n o t a -
XII. Uma massa de c e l o m ó c i t o s preenche a
se q u e cada s u l c o l e m b r a u m a linha quebrada
cavidade de V l l l . Entre os c e l o m ó c i t o s encon-
em 1 7 / 1 8 e 1 8 / 1 9 ( F i g . 88) Os poros mas-
tram-se algumas fases de diferenciação de
culinos são irreconhecíveis e x t e r n a m e n t e . Por
espermatozóides, provavelmente provenientes
observação interna verifica-se que o par de
d o r o m p i m e n t o d a v e s í c u l a s e m i n a l d e IX d u -
poros situa-se em 1/2 XVIII, no interior dos
rante a dissecação. A porção terminal dos
sulcos seminais. A área entre os sulcos se-
canais deferentes pode ser seguida até 1/2
minais é aprofundada, bem como os interseg-
XVIII. Dois pares de próstatas situam-se em
m e n t o s 1 7 / 1 8 e 1 8 / 1 9 , na r e g i ã o m e d i a n a v e n -
X V I I e X I X . Em c a d a p r ó s t a t a a p o r ç ã o g l a n d u -
tral. U m par de poros femininos diminutos
lar é m a i s o u m e n o s f u s i f o r m e e p o u c o mais
situa-se anteriormente às cerdas a em XIV.
longa do que o duto que t e m parede espessa
Dois pares de poros de espermatecas situam-
(Fig. 9 0 ) . U m par de ovários e de funis ovula-
se e m pequenas papilas nos intersegmentos
res situam-se e m XIII. Dois pares de esperma-
6 / 7 e 7 / 8 , e m s é r i e c o m ab.
tecas a p r o x i m a d a m e n t e iguais e de parede es-
Os septos 7 / 8 - 12/13 são pouco mais es- pessa encontram-se e m VII e V l l l . Em c a d a
pessos do que os d e m a i s . A v o l u m o s a massa espermateca a ampola é ovóide e separada do

faríngea estende-se até o s e g m e n t o V I . M o e l a d u t o p o r l i g e i r a c o n s t r i ç ã o ( F i g . 89) . O c o m p r i -

falta. O esôfago é m o n i l i f o r m e de VII - X V I I . m e n t o t o t a l do d u t o é c e r c a d e 2 v e z e s maior

Dois pares de glândulas calcíferas renitormes do q u e o d i â m e t r o da a m p o l a . O l ú m e n do duto,


q u e é e s t r e i t o na p o r ç ã o i n t r a p a r i e t a l . d i l a t a - s e
e de estrutura lamelar situam-se látero-dorsal-
na p o r ç ã o c e l ô m i c a . E s t a p o r ç ã o , b e m c o m o a
mente ao esôfago e m XIV e X V . Cada glândula
c a v i d a d e da a m p o l a , é plicada e c o n t é m m a s s a s
abre-se independentemente na p a r e d e lateral
de espermatozóides.
do esôfago e as do segundo par são pouco
maiores. A válvula esofágico-intestinal situa-
se e m XVIII. Em X X o i n t e s t i n o a t i n g e o d i â - CONSIDERAÇÕES
metro normal que segue posteriormente. Ti-
Wegeneriella tocaya, s p . n. é b a s t a n t e p r ó -
flosole e cecos intestinais faltam. Não obs-
x i m a d e W. divergens ( C o g n e t t i , 1905), sepa-
tante à falta de moela, o tubo digestivo esta
rando-se especialmente pelo seu tamanho e
c h e i q . d e terra e r e s t o s o r g â n i c o s . O vaso dor-
pelo número de e s p e r m a t e c a s .
sal é único e pode s e r seguido até V I I . Três
pares de v o l u m o s o s corações encontram-se e m O n o m e da nova e s p é c i e p r o v e m da língua
X - X I I . Vaso subneural f a l t a . tupi, onde " t o c a y a " = chiqueiro.
OCTOCHAETIDAE & E m i l i a n i , 1971 : 2 1 ; L j u n g s t r õ m , 1 9 7 2 : 6; Ljungs-
trõm, Orellana 8 Priano. 1973: 240: Ljungstrõm,
Emiliani & R i g h i , 1975 : 2 0 .
Dichogaster affinis ( M i c h a e l s e n . 1890)
D. bolaui var. n e c . n o m , Michaelsen, 1 9 0 3 ; 4 4 3 .
D. bolaui octonephra Cognetti, 1905a: 2; (incluindo D.
Benhamia affinis Michaelsen, 1890 : 29, e s t . 4, f i g . 2 0 :
b. palmicola, D. b. pacifica e D. b. v a r . n e c , n o m .
1891b: 5 8 ; 1 8 9 7 : 13, e s t . 1, f i g . 17; 1 9 0 0 a : 2 3 4 ;
Michaelsen) Cognetti, 1905b: 40, f i g . 19.
B e d d a r d , 1895 : 5 6 7 .
D. malayana, Cognetti, 1909a : 1; Stephenson, 1931d :
Dichogaster affinis, Michaelsen, 1900b: 345; 1 9 0 2 : 20;
276; Stephenson 8 Ram, 1919: 451, fig. 9.
1904: 127; 1910: 98; 1911a: 29; 1911b: 15;
D. bolaui decanephra Michaelsen, 1915:191.
1912a : 148; 1913a : 2 7 4 ; 1916 : 1 5 ; C o g n e t t i , 1905b :
D. bolaui malabaricus SíeplTenson, 1920: 257.
1905b : 38; Stephenson, 1916: 338; 1 9 2 0 : 258;
D. bolaui v a r . nec. n o m . Pickford, 1 9 3 2 : 286, f i g . 2 j - 1 ,
1923: 471; Stephenson 8 Ram, 1919: 451; Cernos-
vltov, 1 9 3 4 : 50; 1 9 3 5 : 12; (incluindo D. sinuosus)
Pickford. 1 9 3 8 : 95, f i g . 1 5 - 1 6 ; Gates, 1 9 3 9 : 108; MATERIAL
1942a: 128; 1 9 5 8 : 618; 1 9 7 2 : 278; Graffa, 1 9 5 7 :
Brasil, Amazonas : Manaus, terrenos do Instituto
133, f i g s . 23-24: Righi. 1968b: 373; 1971b: 3.
Nacional de Pesquisas da A m a z ô n i a , 2 e x e m p l a r e s cli-
Dichogaster sinuosus Stephenson, 1931b; 74, f i g . 19¬
telados (INPAZ-67). I. Ayres col. 28/10/1974. Estrada
22: 1931c : 2 0 0 .
Manaus-ltacoatiara, K m 26 (Reserva Ducke). margem do
igarapé do Barro Branco, próximo a um chiqueiro, 2
MATERIAL exemplares clitelados (INPAZ-69), L. Antony 8 G. Ri-
ghi col. 23/6/1975; K m 30, 29 e x e m p l a r e s clitelados e
Brasil, Amazonas : Manaus, terrenos do Instituto
6 maduros aclitelados (INPAZ-61). I. A y r e s col. 5/1975.
Nacional de Pesquisas da A m a z ô n i a , 20 e x e m p l a r e s cli-
telados e 7 maduros aclitelados (INPAZ-23), I. Ayres
col. 8/11/1974 ; 2 exemplares clitelados (INPAZ-74), G. A maioria dos nossos exemplares está
Righi col. 19/7/1976. Estrada Manaus-ltacoatiara. Km bem caracterizada pelas descrições de Ste-
26 ( R e s e r v a Ducke) em tronco podre, 1 exemplar clite- phenson (1923: 4 7 2 ; 1931c: 195). Os exem-
telado (INPAZ-65), E. Rufino col. 23/6/1975
plares INPAZ-69 d i f e r e m e m a l g u n s caracteres.
Seus sulcos seminais são divergentes para
Dichogaster bolaui bolaui [ M i c h a e l s e n , 1891) trás, c o m a região dos poros masculinos vol-
tadas para a linha m é d i a v e n t r a l . As esperma-
B e n h a m i a b o l a v i M i c h a e l s e n , 1891a : 9. f i g s . 1 - 2 ; 1892 : tecas apresentam 2 divertículos em um dos
225; (incluindo B. bolavi palmicola e B. octone-
exemplares e 1 e 3 no outro. Estes animais
phra) 1 8 9 7 : 15: B e d d a r d , 1895: 565.
possuem ainda u m par de d i m i n u t a s vesículas
Benhamia malayana Horst, 1893: 35.
seminais racemosas e m XII. como na forma
Benhamia o c t o n e p h r a Rosa, 1 8 9 5 : 2; 1 8 9 6 : 137, f i g . 13;
malabaricus (Stephenson, 1920: 257; 1923:
Cognetti, 1900 : 9 .

B e n h a m i a b o l a v i p a l m i c o l a E i s e n , 1896 : 132, f i g s . 0, 4 4 ,
473) .
5 1 . 52K-L, 53, 5 4 ; 1 9 0 0 : 3 1 1 , e s t . 10, f i g . 7 4 ; S t e - Dichogaster bolaui é uma espécie de dis-
p h e n s o n , 1916 : 3 4 8 .
tribuição circumundial na f a i x a t r o p i c a l e sub-
Benhamia bolavi pacifica E i s e n , 1 9 0 0 : 209. e s t . 10, f i g .
tropical e muito variável, daí a c o m p l e x a sino-
68 - 7 3 .
nímia. Pickford ( 1 9 3 8 : 99) c o n s i d e r a D. rugosa
Dichogaster bolaui (incluindo B. octonephra, B. b. pal-
(Eisen, 1895) c o m o variedade d e D. bolaui-
micola e B. b. pacifica) | D. malayana, Michael-
sen, 1900b: 3 4 0 , 3 4 1 ; 1 9 0 5 : 310; 1910: 98; 1911a:
Contudo, devido a diferenças na f o r m a das
28; 1912a: 148; 1913a: 273; 1913b: 417; 1916a: cerdas peniais, preferimos manter rugosa e
15; 1 9 2 1 : 22; 1 9 2 2 : 18; 1924: 132; 1 9 2 7 : 370; amphibiotica D a h l , 1957 c o m o subespécies vá-
1928: 9; 1935a: 58; 1935b: 101; Cognetti, 1905b: lidas .
40; 1909b: 360; Stephenson, 1917: 413; 1 9 2 0 :
257; ( D . b. bolaui + D. b. m a l a b a r i c u s + D. ma-
layana) 1 9 2 3 : 472, 473, 475, f i g . 2 6 1 ; 1 9 2 4 : 132; Dichogaster modigliani ( R o s a , 1896)
1 9 3 1 b : 64. f i g . 15: ( i n c l u i n d o D. malayana) 1931c:
195; 1933: 934; Cernosvitov, 1 9 3 4 : 49; 1 9 3 5 : 12; Benhamia modigliani Rosa, 1 8 9 6 : 510. e s t . 1, f i g . 1a-b.
1941 : 2 1 5 ; ( i n c l u i n d o D b. m a l a b a r i c u s ) Pickford, B e n h a m i a p a p i l l a t a E i s e n , 1896 : 135, f i g s . 4 3 A - E , 5 2 G - H .
1 9 3 8 : 98; Gates, 1 9 4 2 : 129; 1 9 5 8 : 618; 1 9 7 2 : 279; Benhamia papillata hawaiiensis Eisen, 1900 : 212, f i g .
(incluindoD b o c t o n e p h r a , D. b. p a l m i c o l a e D. b. 72-81. 170-171.
decanephra) O m o d e o . 1 9 5 5 : 2 0 9 ; 1 9 7 3 : 18; ( D b, Dichogaster papillata + D. p. var. hawaiiensis, Mi-
bola.ui i n c l u i n d o D . b . v a r . n e c . n o m . ( P i c k f o r d ) R i - chaelsen, 1900b: 341, 342; Cognetti. 1905b: 43;
ghi. 1968b: 374; 1971b: 4; 1972: 151; Ljungstrõm 1909a : 2 : M i c h a e l s e n , 1935b : 1 0 1 ; G a t e s , 1 9 4 2 b : 9 5 .
Dichogaster modigliani. M i c h a e l s e n , 1 9 0 0 b : 346; 1 9 1 0 : plares clitelados e 2 maduros aclitelados (INPAZ-58),
98; 1913a : 2 7 3 ; 1914 : 2 1 4 ; 1921 : 2 2 : S t e p h e n s o n , E. F. N a s c i m e n t o c o l . 8 / 3 / 1 9 7 5 ; K m 15. 1 e x e m p l a r c í i -
1923: 477; 1931b: 65; (incluindo D doveri) 1 9 3 1 c : telado e 5 maduros aclitelados ( I N P A Z - 5 9 ) . E. F. Nas-
198; 1 9 3 3 : 9 3 4 : C e r n o s v i t o v , 1934 : 5 0 : 1 9 3 5 : 1 2 ; cimento col 4 / 1 9 7 5 : K m 26 ( R e s e r v a D u c k e ) , 3 e x e m -
Gates, 1942a: 130; 1 9 5 8 : 620; 1 9 7 2 : 280; (incluin- plares c l i t e l a d o s ( I N P A Z - 6 3 . 6 4 ) , E. Rufino, L Antony.
do B papillata) O m o d e o . 1 9 7 3 : 22, f i g . 4 A - G . E. F r o e h l l c h & G . , R i g h i c o l . 2 3 / 6 / 1 9 7 5 ; K m 3 0 . 2 e x e m -
D i c h o g a s t e r d o v e r i S t e p h e n s o n . 1931 d : 2 7 6 , f i g . 6, 7 a - b . p l a r e s c l i t e l a d o s ( I N P A Z - 6 0 ) , I. A y r e s c o l . 5 / 1 9 7 5 . Re-
gião do rio Cuieiras, p r ó x i m o a u m igarapé. 1 exemplar
clitelado ( I N P A Z - 7 7 ) , I. Ayres col. 8/4/1975.
MATERIAL

Brasil, Amazonas: Manaus, terrenos do Instituto Espécie peregrina provavelmente origina-


Nacional de Pesquisas da Amazônia, 3 exemplares clite-
da d a Á f r i c a e q u a t o r i a l e d e v a s t a distribuição
lados (INPAZ-75), G . Righi c o l . 19/6/1975.
nos t r ó p i c o s e s u b t r ó p i c o s . Na região Neotro-
pical é conhecida d e El S a l v a d o r : Santa A n a
Espécie largamente distribuída na região
(Graff. 1957: 134) . Brasil, Amazonas: Ma-
t r o p i c a l da Á s i a e Á f r i c a . Na região Neotropi-
naus; Maranhão: Caxias (Righi, 1972: 1 5 0 ) ;
cal foi assinalada no M é x i c o : Tepic (Eisen,
Bahia: Itajubá e Jequié; Rio de Janeiro: Ita-
1896: 135); Colômbia: Puerto de los Pobres,
guai; Minas Gerais: Paraopeba ( R i g h i , 1968:
próximo de Titiribi [Michaelsen, 1914: 2 1 4 ) ;
375); Mato Grosso: (Righi. 1972: 1 5 0 ) ; São
Guiana Francesa ( C e r n o s v i t o v , 1934; 50; 1935:
Paulo: Botucatu e Colina ( R i g h i , 1968: 3 7 5 ) .
1 2 ) ; B r a s i l , A m a z o n a s : C h i c a g o na m a r g e m d o
Argentina: p r o v í n c i a d e S a n t a Fé (Ljungstrõm
Rio J a p u r á ( M i c h a e l s e n , 1 9 2 1 : 22) e Manaus.
& E m i l i a n i , 1 9 7 1 : 21) .
A forma do á p i c e das cerdas peniais de
nosso material é semelhante ã do observado Dichogaster andina evae, s u b s p . n.
por Eisen ( 1 8 9 6 , f i g . 43E) d i f e r i n d o d o s f i g u - (Fig. 91 - 9 6 )
rados por O m o d e o ( 1 9 7 3 , f i g s . 4 B - C ) p e i a cer-
da menor ter o ápice ligeiramente ondulado MATERIAL

t e r m i n a n d o e m pequeno nóduio e não curvo de


Brasil, Amazonas : Rio Preto d e Eva (Estrada M a -
90° c o m o apresenta O m o d e o . naus-Caracaral, Km 8 0 ) . 17 e x e m p l a r e s (15 clitelados)
(INPAZ-25), I A y r e s c o l . 13 e 2 7 / 1 1 / 1 9 7 4 .

Dichogaster s a l i e n s ( B e d d a r d , 1892)
O comprimento dos animais varia de
70 - 75 mm e o diâmetro préclitelar de
Microdrilus saliens Beddard. 1892: 683, est. 46, f i g .
1,7 - 1,9 m m , n o c l i t e l o d e 2,3 - 2,5 m m e n a s
8, 13; 1895 : 5 0 6 .
Microdrilus asiaticus ( l a p s . ) Beddard, 1 8 9 2 : 706.
r e g i õ e s m e d i a n a e p o s t e r i o r d e 1,8 - 2,0 m m .
Dichogaster saliens, Eison, 1900 : 226: Michaelsen, O número de segmentos é d e 122 - 1 2 5 . O
1900b : 3 4 3 ; ( i n c l u i n d o D . c r a w i ) 1935b : 102; 1935c: prostômio é do tipo epilobo 2/3 com língua
55: 1936 : 4 6 ; S t e p h e n s o n , 1923 : 4 7 8 : 1931b : 6 5 ; fechada. Os segmentos préclitelares são li-
1931c: 199, f i g . 17; G a t e s , 1 9 4 2 a : 134; 1 9 5 8 : 6 2 0 ; geiramente trianelares, os demais unianelares.
1972: 481; Graft, 1 9 5 7 : 134, f i g . 25-27; Righi,
Pigmento falta. Poros dorsais são visíveis a
1 9 6 8 : 375, f i g . 4 - 5 ; 1 9 7 1 b : 4 ; 1 9 7 2 : 150; Ljungs-
partir de 5 6. O clitelo ocupa os segmentos
trõm & Emiliali, 1 9 7 1 : 2 1 ; Ljungstrõm. 1 9 7 2 : 6;
Ljungstróm, Orellana & Priano, 1973: 240; Ljun- XII - X X ( = 9 ) ; é a b e r t o v e n t r a l m e n t e e m XII
g s t r õ m , E m i l i a l i & R i g h i , 1975 : 2 0 ; O m o d e o , 1973 : e XX e anelar nos d e m a i s . Os poros prostáti-
25. f i g . 5 A - C . c o s s ã o l i g e i r a m e n t e m e d i a n o s â l i n h a d e cer-
Dichogaster crawi E i s e n , 1900 : 2 2 8 , e s t . 10, f i g s . 82- das a e abrem-se no c e n t r o de papilas arredon-
94B. 1 1 2 - 1 1 3 ; Michaelsen, 1 9 0 0 : 346; 1913b: 418, dadas e pouco proeminentes no equador de
est. 32, f i g . 6 - 7 ; 1916b: 19; S t e p h e n s o n . 1 9 2 0 :
XVII e X I X . Os sulcos s e m i n a i s são ligeiramen-
258: 1923 : 4 7 4 .
te convexos medianamente ( F i g . 9 5 ) . O s po-
ros m a s c u l i n o s são m i c r o s c ó p i c o s no e q u a d o r
MATERIAL
de XVIII, no interior dos sulcos s e m i n a i s . Em
Brasil, Amazonas : Manaus, terrenos do Instituto 3 d o s 15 e x e m p l a r e s e x a m i n a d o s há u m s u l c o
Nacional d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a , 10 e x e m p l a r e s cli-
s e m i l u n a r de o r i g e m lateral às cerdas b de XVI
telados (INPAZ-16). I. Ayres col. 8/11/1974; 2 exem-
e c o m a porção m a i s c o n v e x a a t i n g i n d o o bor-
plares clitelados e 1 jovem (INPAZ-73), G . Righi c o l .
19/6/1975. Estrada M a n a u s - l t a c o a t i a r a . K m 10, 9 e x e m - do anterior das papilas prostáticas de XVII.
Em u m a n i m a l o c l i t e l o a p r e s e n t a - s e m u i t o túr- de c o r a ç õ e s s i t u a m - s e e m X - X I I , s e n d o m a i s
gido e rugoso, a t i n g i n d o 3 m m de diâmetro: v o l u m o s o s os do t e r c e i r o p a r . Na r e g i ã o m e -
os sulcos seminais são paralelos e não se diana do corpo há 6 p a r e s de meronefrídios
distinguem papilas ao redor dos poros prostá- segmentares, de forma mais ou m e n o s arre-
t i c o s . Os poros f e m i n i n o s s i t u a m - s e pouco an- dondada e do m e s m o tamanho.
t e r i o r e m e d i a l m e n t e às c e r d a s a d e X I V , o n d e Pares d e t e s t í c u l o s , f u n i s seminais e vo-
a região d e i m p l a n t a ç ã o das cerdas v e n t r a i s é lumosas massas de espermatozóides encon-
ligeiramente elevada. Os poros das esperma- tram-se livres em X e X I . Vesículas seminais
tecas aparecem como pequenas depressões faltam. Dois pares de próstatas tubulares en-
e m 7 / 8 e 8 / 9 , e m s é r i e c o m as c e r d a s v e n t r a i s . contram-se e m X V I I e X I X . Em c a d a próstata
(Fig. 92) o d u t o é d e l g a d o e s e u c o m p r i m e n t o
As cerdas t ê m distribuição lumbricina re-
e q u i v a l e a 1/5 o u t / 6 d o d a p o r ç ã o glandular,
gular e m todo o corpo a partir de I I . A s cerdas
que se dobra c o m o u m S irregular, apertado e
normais ( F i g . 91) são sigmóides, alongadas,
por vezes c o m as alças s o b r e p o s t a s . Associa-
com um nódulo no i n í c i o d o t e r ç o distai. A
do a cada próstata há u m f o l í c u l o com uma
porção externa é lisa o u , mais r a r a m e n t e , c o m
única cerda penial. D o s 12 f o l í c u l o s observa-
algumas cicatrizes irregulares n o lado cônca-
dos, apenas 2 apresentaram uma cerda de subs-
vo. A s cerdas ventrais são pouco maiores do
tituição. O comprimento das cerdas peniais
q u e as l a t e r a i s . Na região mediana do c o r p o
v a r i a d e 700 - 725 //.m, e m m é d i a 710 e o
o comprimento das cerdas ventrais varia de
d i â m e t r o b a s a l , q u e é o m a i o r , d e 12 - 725 / * m .
262 - 300 / t m , e m m é d i a 280 f i m e d a s l a t e r a i s
As cerdas peniais são mais ou menos retili-
d e 212 - 300 fim, e m m é d i a 280 /<m e d a s l a t e -
n e a s : a p o r ç ã o s u b a p i c a l f a z u m a p e q u e n a cur-
rais de 212 - 300 ^ m , e m m é d i a 245 pm. As
vatura que termina e m u m gancho apertado
cerdas a e b f a l t a m e m XVIII e as b e m XVII e
(Fig. 93). Pequenas cicatrizes longitudinais,
XIX. Em d o i s a n i m a i s , na r e g i ã o m e d i a n a cio
mal definidas, o c o r r e m irregularmente na m e -
c o r p o ( s e g m e n t o s X X X - X L ) aa : ab : bc : cd :
t a d e a p i c a l d a s c e r d a s , p o r é m f a l t a m na p o r ç ã o
dd - 3,10 : 1,00 : 3,50 : 1,00 : 34,20 = 5,00 :
subapical.
1,00 : 3,75 : 1,00 : 3 1 , 0 0 .
Dois ovários largos e c o m a m a r g e m livre
Os septos anteriores são cónicos, alon-
sinuosa situam-se ventralmente em Xlll. Em
gados e interpenetrados, tornando-se sucessi-
X I V há u m p a r d e v o l u m o s o s o v i s a c o s látero-
vamente mais curtos até o 12/13. Os aemais
dorsais e o esôfago. Dois pares de esperma-
são t r a n s v e r s a i s . O primeiro septo visível é
t e c a s s i t u a m - s e e m VIM e I X ; d i r i g e m - s e para
o 7 / 8 . O esôfago anterior abre-se e m u m papo
trás dos lados da cadeia n e r v o s a e devido à
volumoso. Seguem-se duas moelas musculo-
forma cónica dos septos ocupam o espaço de
sas c o m a f o r m a de c i l i n d r o s c u r t o s e u n i d o s
2 - 3 segmentos externos. E m g e r a l as e s p e r -
intimamente. Em um exemplar a parede do
m a t e c a s s ã o q u a s e r e t i l í n e a s c o m o na F i g . 9 4 ,
papo é e s p e s s a e s e u d i â m e t r o i d ê n t i c o ao d a s
r a r a m e n t e d o b r a d a s c o m o na F i g . 9 6 . E m c a d a
moelas, parecendo que o animal t e m três moe-
espermateca o longo duto abre-se e m uma
las, c o m o é típico d e Eutrigaster (Cognetti,
câmara mediana, de cuja porção basal parte
1905: 3 6 ) . T r ê s p a r e s d e g l â n d u l a s calcíferas
um divertículo pedunculado, unilocular e cheio
situam-se em XV - X V I I . As glândulas são
de e s p e r m a t o z ó i d e s . A câmara mediana sepa-
aproximadamente do m e s m o tamanho o u tor-
ra-se d o s a c o c e g o t e r m i n a l por um pescoço
nam-se ligeiramente maiores no sentido ante-
longo e de p a r e d e espessa.
ro-posterior. Os animais não estão e m condi-
ções satisfatórias para cortes, de modo que
CONSIDERAÇÕES
não p u d e m o s estabelecer c o m p r e c i s ã o a re-
lação e n t r e as g l â n d u l a s c a l c í f e r a s e o e s ô f a g o Pelas d e s c r i ç õ e s e f i g u r a s d c Dichogaster
posterior, b e m c o m o a exata posição das moe- andina Cognetti (1904: 4; 1905b: 38, fig.
las, q u e erri d i s s e c a ç ã o aparentam estar si- 13 - 15) conhecida do Equador o r i e n t a l , San
t u a d a s e m VIII e I X . O i n t e s t i n o i n i c i a - s e e m José, não restam dúvidas quanto a identidade
XIX, já c o m o tiflosole, que é u m a curta lamina específica de nosso malerial. Contudo, dife-
dorsal. Cecos intestinais faitam. Três pares renças nas cerdas levou-nos a separar os ani-
ESTAMPA Vlll — Dichogaster andina evae, subsp. n.: 91 — cerda ventral mediana; 9 2  •—  p r ó s t a t a  d e  X V I I ;  9 3 
—  á p i c e  d a  c e r d a  p e n i a l  d e  X I X ;  9 4  —  e s p e r m a t e c a  d e  I X ;  9 5  —  f a c e  v e n t r a l  d o s  s e g m e n t o s  X I I ­ X X I ;  9 6  — 
e s p e r m a t e c a  d e  V l l l . Dichogaster i b a i a ,  s p .  n . :  9 7 ­ 9 9  —  e x t r e m i d a d e  a n t e r i o r  e m  v i s t a  d o r s a l :  100  —  p r ó s t a t a 
d e  X I X :  101  —  c e r d a  v e n t r a l  m e d i a n a :  1 0 2 ­  1 0 3  —  c e r d a  p e n i a l  d e  X I X :  104  —  f a c e  v e n t r a l  d o s  s e g m e n t o s  X I I I  ­ X X I I . 
m a i s  b r a s i l e i r o s  e m  u m a  s u b e s p é c e i s  ŕ  p a r t e .  A s  c e r d a s  d i s p ő e m ­ s e  e m  8  s é r i e s  r e g u ­
A s  d u a s  s u b e s p é c i e s  p o d e m  s e r  d i s t i n t a s  p o r :  l a r e s  a  p a r t i r  d e  I I .  A s  c e r d a s  n o r m a i s  s ă o 
D. andina evae  —  c e r d a s  n o r m a i s  l i s a s ,  rara­ s i g m ó i d e s ,  a l o n g a d a s ,  s e m  n ó d u l o  e  c o m  o 
m e n t e  o r n a m e n t a d a s  p o r  c i c a t r i z e s  i r r e g u l a r e s  q u i n t o  a p i c a l  o r n a m e n t a d o  p o r  e n t a l h e s  s e m i ­
na  p o r ç ă o  a p i c a l  c ô n c a v a (D. andina andina — c i r c u l a r e s  d i s p o s t o s  i r r e g u l a r m e n t e  ( F i g .  1 0 1 ) . 
c e r d a s  n o r m a i s  o r n a m e n t a d a s  p o r  p o u c a s  e  N a  r e g i ă o  m e d i a n a  d o  c o r p o  o  c o m p r i m e n t o 
p e q u e n a s  i n c i s ő e s  t r a n s v e r s a i s  c o m  l á b i o  d e n ­ d a s  c e r d a s  l a t e r a i s  v a r i a  d e  185  ­  225  / a n ,  e m 
t e a d o ) ;  u m a  ú n i c a  c e r d a  p e n i a l  a s s o c i a d a  a  m é d i a  200 /im  e  o  d a s  v e n t r a i s  v a r i a  d e 
cada  p o r o  p r o s t á t i c o  ( d u a s  c e r d a s  p e n i a i s  p o r  205  ­  245 tim,  e m  m é d i a  227 fim.  A s  r e l a ç ő e s 
p o r o  p r o s t á t i c o ) .  e n t r e  as  c e r d a s  n o s  s e g m e n t o s  X X X  ­  X L  d e  5 
a n i m a i s  e n e c o n t r a ­ s e  na  T a b e l a  6 . 

D i c h o g a s t e r i b a i a ,  s p .  n . 
( F i g .  9 7 ­ 1 1 1 ) 
TABELA 6  —  D i c h o g a s t e r  i b a i a , r e l a ç õ e s e n t r e a s cer-
das nos s e g m e n t o s X X X • XL de 5 animais.
MATERIAL

B r a s i l ,  A m a z o n a s  :  E s t r a d a  M a n a u s ­ l t a c o a t i a r a ,  K m 
Exemplar aa ab : bc : cd dd
6 4  ( R e s e r v a  E g l e r ) ,  e m  t r o n c o s  p o d r e s  c o m  c u p i n s ,  3 
e x e m p l a r e s  c l i t e l a d o s  e  1 7  c o m  c l i t e l o  e m  i n í c i o  d e  d i ­ A  7.09 • 1,00 6.34 1.06 57.74
f e r e n c i a ç ă o  I N P A Z ­ 7 6 ) ,  E .  F .  Nascimento & I .  A y r e s  B 5,70 1,00 S.ütJ 1,00 56.07
c o l .  3 / 6 / 1 9 7 5 .  C 4,00 1,00 3,50 1,00 36.00
D 4,16 1,00 3,33 1,00 41,50

O  c o m p r i m e n t o  d o s  a n i m a i s  v a r i a  d e  E 3.66 1,00 4.00 1,00 40.33


Média 4.92 1.00 4.44 1,01 : 46.32
43  ­  55  m m  e  o  d i â m e t r o  na  r e g i ă o  m é d i a  d o 
c o r p o  d e  1,4  ­  1,7  m m .  O  n ú m e r o  d e  s e g m e n t o s 
v a r i a  d e  89  ­  1 1 9 .  O  p r o s t ô m i o  é  d o  t i p o  p r o e ­
p i l o b o  e m  8  e x e m p l a r e s  e  e p i l o b o  1 / 2  c o m 
l í n g u a  f e c h a d a  e m  4  o u t r o s  [ F i g s ,  97  ­  9 9 ) ;  n o s  O primeiro septo é o 4 / 5 . Os 4 / 5 - 12/13
d e m a i s  a n i m a i s  o  p r o s t ô m i o  e s t a  i n t u m e s c i d o  são c ó n i c o s , os d e m a i s t r a n s v e r s a i s . Os septos
e  d e f o r m a d o .  O  s u l c o  1 / 2  é  r e c o n h e c í v e l  a p e ­ 10/11 - 13/14 são pouco mais e s p e s s o s do que
nas  na  f a c e  d o r s a l .  O  p r i m e i r o  p o r o  d o r s a l  os r e s t a n t e s . Duas moelas cilíndricas e forte-
l o c a l i z a ­ s e  e m  4 , ' 5 .  O s  a n i m a i s  s ă o  e s b r a n q u i ­ mente musculosas situam-se em V e V I . Devi-
ç a d o s  e  o  c l i t e l o  l a r a n j a  c l a r o  s e m e l h a n t e  a o  d o ao s e u t a m a n h o e ao da f a r i n g e , b e m como
n.°  190  d e  S é g u y  ( 1 9 3 6 ) .  O  c l i t e l o ,  b a s t a n t e  à forma dos s e p t o s , as m o e l a s o c u p a m o es-
i n t u m e s c i d o  e m  3  e x e m p l a r e s ,  é  e m  f o r m a  d e  paço correspondente aos segmentos VII - X
s e l a  n o s  s e g m e n t o s  XIII  ­  X X ,  1 / 2  X X I  (  =  externos. Três pares de glândulas calcíferas
8,8  1/2  s e g m e n t o s ) .  S e u  l i m i t e  i n f e r i o r  é  j u n ­ independentes e de tamanho aproximadamente
t o  ŕ  l i n h a  d e  c e r d a s  l a t e r a i s .  N o s  d e m a i s  e x e m ­ igual situam-se e m XV - X V I I . O intestino ini-
p l a r e s  o  c l i t e l o ,  e m  i n í c i o  d e  d e s e n v o l v i m e n t o ,  cia-se e m XIX já c o m o t i f l o s o l e m e d i a n o , dor-
é  r e c o n h e c í v e l  a p e n a s  p e l a  c o r  n o s  s e g m e n ­ s a l . Este torna-se mais largo para t r á s , atingin-
t o s  XIII  ­  X I X ,  1/2  X X .  D o i s  p a r e s  d e  p o r o s  do entre XXIII - XXVII a largura normal poste-
p r o s t á t i c o s  s i t u a m ­ s e  n o  á p i c e  de  p e q u e n a s  r i o r , q u e e q u i v í i l c ao c o m p r i m e n t o d o r a i o do
p a p i l a s  a r r e d o n d a d a s  d i s p o s t a s  e m  l i n h a  c o m  intestino. Um tiflosole lateral, esquerdo ou
as  c e r d a s  v e n t r a i s ,  e m  X V I I  e  X I X .  O s  s u l c o s  direito, é reconhecível de XXVI - XXXI; sua
s e m i n a i s  s ă o  d e l g a d o s  e  r e t o s  o u  l i g e i r a m e n t e  maior largura corresponde a 1/5 do tiflosole
c o n v e x o s  e m  d i r e ç ă o  ŕ  l i n h a  d e  c e r d a s  v e n t r a i s  dorsal. Três pares de corações v o l u m o s o s si-
( F i g ,  104)  .  A s  m a r g e n s  d o s  s u l c o s  s ă o  p l a n a s  tuam-se em X - XII. Em c a d a s e g m e n t o pós-
o u  l i g e i r a m e n t e  i n t u m e s c i d a s .  U m  p a r  de  p o ­ c l i t e l a r há 5 - 6 p a r e s d e n e f r í d i o s , e m g e r a l 5.
r o s  f e m i n i n o s  s i t u a ­ s e  no  i n t e r i o r  d e  p e q u e n a s  Os pares de nefrídios das duas s é r i e s ventrais
d e p r e s s ő e s ,  d o  l a d o  m e d i a l  d a s  c e r d a s  a,  e m  são os m e n o r e s . Os d e m a i s são c o n s i d e r a v e l -
X I V .  O s  p o r o s  d e  e s p e r m a t e c a s  s ă o  i r r e c o n h e ­ mente maiores, discoidais ou irregularmente
c í v e i s  e x t e r n a m e n t e ;  p o r  d i s s e c a ç ă o  v ę ­ s e  q u e  lobados; são de igual t a m a n h o ou os penúlti-
se  l o c a l i z a m  e m  7 / 8  e  8 / 9 ,  e m  s é r i e  c o m a. mos pouco maiores.
D o i s  p a r e s  d e  t e s t í c u l o s  e  d e  f u n i s  s e m i ­ q u e  a p r e s e n t a m  d i v e r t í c u l o s  c l a v i f o r m e s  l o n ­
n a i s  s i t u a m ­ s e  e m  X  e  X I .  V e s í c u l a s  s e m i n a i s  g o s .  D. ibaia  s e p a r a ­ s e  d e mexicana  e guate-
d i m i n u t a s  p o d e m  o c o r r e r  e m  X I  e  X I I .  A  por­ malae  p o r :  1 .  P o r o s  f e m i n i n o s  n o  i n t e r i o r  d e 
çăo  t e r m i n a l  d o  p a r  d e  c a n a i s  d e f e r e n t e s  é  r e ­ p e q u e n a s  d e p r e s s ő e s  d o  l a d o  m e d i a l  d a s  cer­
t i l í n e a  e  p o d e  s e r  s e g u i d a  a t é  o  s e g m e n t o  d a s a (D. mexicana —  n o  á p i c e  d e  p a p i l a s  q u e 
XVI11.  D o i s  p a r e s  d e  p r ó s t a t a s  p e q u e n a s  e s t ă o  s e  t o c a m  p e l a  m a r g e m  i n t e r n a ) ;  2 .  C e r d a s 
c o n f i n a d a s  a o s  s e g m e n t o s  X V I I  e  X I X .  A  por­ p e n i a i s  c o m  l i g e i r a  o n d u l a ç ă o  a p i c a l ,  t e r m i n a n ­
çăo  g l a n d u l a r  d e  c a d a  p r ó s t a t a  s i t u a ­ s e  j u n t o  d o  e m  p o n t a  r o m b a  o u  c h a t a  e  a l g o  d o b r a d a 
a o  s e p t o  p o s t e r i o r  d o  s e g m e n t o  c o r r e s p o n d e n ­ (D. mexicana •—• c e r d a s c o m 6 e s p e s s a m e n t o s
t e  e  s e u  c o m p r i m e n t o  é  1,5  v e z e s  m a i o r  d o  anelares superpostos. D. guatemalae — cer-
que  o  d o  d u t o  d e l g a d o  ( F i g .  1 0 2 ] .  E m  u m  a n i ­ das lisas terminando em ponta aguda]; 3.
m a l  a  p o r ç ă o  g l a n d u l a r  d a s  p r ó s t a t a s  d e  X V I I  Divertículos das espermatecas c o m 1 - 3 lõ-
é  c o n s i d e r a v e l m e n t e  m a i o r  d o  q u e  a  d a s  d e  c u l o s , e m g e r a l 2 o u 3 (D. mexicana — diver-
X I X  e  t e m  f o r m a  o n d u l a d a .  A s s o c i a d a s  a  c a d a  tículo curto, unilocular. D. guatemalae — di-
p r ó s t a t a  e n c o n t r a m ­ s e  2  c e r d a s  p e n i a i s  d o  vertículo plurilocular, c o m numerosas câmaras
m e s m o  t i p o ;  c e r d a s  d e  s u b s t i t u i ç ă o  f a l t a m .  A s  dispostas e m roseta) ,
c e r d a s  p e n i a i s  s ă o  r e t a s  o u  l i g e i r a m e n t e  ar­
É p o s s í v e l q u e D. mexicana, guatemalae e
q u e a d a s  ( F i g .  102  ­  1 0 3 ) .  S u a  p o r ç ă o  a p i c a l  é 
ibaia representem apenas variações de uma
e m  g e r a l ,  l i g e i r a  e  i r r e g u l a r m e n t e  o n d u l a d a  e 
única espécie. Como as d e s c r i ç õ e s de mexi-
s e m  o r n a m e n t a ç ă o ,  t e r m i n a n d o  e m  p o n t a  c h a t a , 
cana ( R o s a , 1891 : 3 9 4 ; U d e , 1 8 9 4 : 6 9 ) e d e
năo  e s p e s s a d a  e  s e m p r e  u m  p o u c o  d o b r a d a ; 
guatemalae (Eisen, 1900; 219) são m u i t o exí-
q u a n d o  f a l t a  a  o n d u l a ç ă o  a  p o n t a  é  r o m b a .  ( F i g , 
guas devido à pobreza do material, a questão
1 0 5 ) .  A s  c e r d a s  p e n i a i s  s ă o  p o u c o  m e n o r e s 
depende de novos achados de animais central-
do  q u e  a s  v e n t r a i s  n o r m a i s .  S e u  c o m p r i m e n t o 
ameri canos.
v a r i a  d e  180  ­  2 4 0  ^ m ,  e m  m é d i a  2 1 7  / a n  e  o 
O n o m e da nova e s p é c i e d e r i v a da língua
d i â m e t r o  n a  b a s e  v a r i a  d e  6  ­  7 / m n . 
tupi, onde "ybaya" - laranja.
U m  p a r  d e  o v á r i o s  e  d e  f u n i s  o v u l a r e s  e n ­
c o n t r a m ­ s e  e m  X l l l .  U m  p a r d e  o v i s a c o s  p r e s o s 
ŕ  f a c e  p o s t e r i o r  d e  1 3 / 1 4 ,  v e n t r o ­ l a t e r a l m e n t e  Dichogaster badajos, s p . n .

ao  e s ô f a g o ,  f o i  e n c o n t r a d o  e m  u m  ú n i c o  e x e m ­
MATERIAL
p l a r .  D o i s  p a r e s  d e  e s p e r m a t e c a s  s i t u a m ­ s e 
e m  VIII  e  I X .  A s  e s p e r m a t e c a s  d o s  d o i s  p a r e s  Brasil, A m a z o n a s : região d o lago Badajós, e m t e r -
ra f i r m e , n o i n t e r i o r d e t r o n c o p o d r e , 1 exemplar clite-
t ę m  f o r m a  s e m e l h a n t e  m a s , a s  d o  s e g u n d o  p a r 
lado [INPA2-78], M . Knoplacher c o l . 11/7/1975,
m a i s  v o l u m o s a s .  E x t e r n a m e n t e  a  d i s t i n ç ă o  e n ­
t r e  d u t o  e  a m p o l a  é  m a l  d e f i n i d a .  Da  p o r ç ă o 
O a n i m a l m e d e 40 m m d e c o m p r i m e n t o p o r
m é d i a  e  a n t e r i o r  d o  d u t o  p a r t e  u m  d i v e r t í c u l o 
2 m m d e d i â m e t r o na região m é d i a do c o r p o .
q u e  p e r f u r a  o  s e p t o  e  l o c a l i z a ­ s e  n o  s e g m e n t o 
Os segmentos são ligeiramente tríanelares e
a n t e r i o r .  O  d i v e r t í c u l o  p o d e  t e r  1  ­  3  l ő c u l o s , 
seu n ú m e r o é 118. O p r o s t ô m i o está parcial-
e m  g e r a l  2  o u  3  ( F i g .  106  ­  1 1 1 ) . 
mente invaginado, deixando visível apenas a
parte posterior, que t e m forma de cunha ao
CONSIDERAÇÕES
terço anterior do primeiro segmento. A cor
Por  a p r e s e n t a r  c e r d a s  p e n i a i s  d e  u m  ú n i c o  geral do d o r s o é m a r r o m c l a r a , s e m e l h a n t e à
t i p o  e  s e m  o r n a m e n t a ç ă o  p o r  e s p i n h o s  o u  e n ­ d o n.° 6 9 5 d e S é g u y ( 1 9 3 6 ) . O v e n t r e é b r a n c o
talhes, Dichogaster ibaia,  s p .  n.  a p r o x i m a ­ s e  cremoso. O s p o r o s d o r s a i s s ã o v i s í v e i s a par-
d o  g r u p o  c e n t r a l ­ a m e r i c a n o  c o n s t i t u í d o  p o r  D .  tir de 5 / 6 e persistem no clitelo.
mexicana  ( R o s a ,  1 8 9 1 ) ,  D. jamaicae  [ E i s e n ,  O clitelo é e m f o r m a de sela nos segmen-
1 9 0 0 ) , D. guatemalae  ( E i s e n ,  1 9 0 0 ) ,  D. tristani t o s X l l l - X X I (— 9 ) ; s e u l i m i t e i n f e r i o r c o i n c i -
C o g n e t t i ,  1907  e D. pitahayana  M i c h a e l s e n ,  de c o m a l i n h a d e c e r d a s d. Dois pares de
1 9 1 2 .  p o r o s p r o s t á t i c o s s i t u a m - s e no ápice d e papilas
Pela  f o r m a  d a s  e s p e r m a t e c a s D. ibaia  dis­ cónicas e m XVII e XIX, d i s p o s t a s e m série c o m
t i n g u e ­ s e  d e tristani, pitahayana  e jamaicae, as c e r d a s a. O s s u l c o s s e m i n a i s s ã o r e t o s o u
BIBLIOTECA
do

l i g e i r a m e n t e  o n d u l a d o s .  A  á r e a  v e n t r a l  d e  m u s c u l a t u r a  p a r i e t a l .  D o i s  p a . e s  d e  p r ó s t a t a s 
X V I I  ­  X I X ,  ao  r e d o r  d a s  p a p i l a s  p r o s t á t i c a s  e  s i t u a m ­ s e  e m  X V I I  e  X I X .  E m  c a d a  p r ó s t a t a  o 
d o s  s u l c o s  s e m i n a i s ,  é  e l e v a d a  e  d e  a s p e c t o  d u t o  é  d e l g a d o  e  s e u  c o m p r i m e n t o  e q u i v a l e  a 
g l a n d u l a r  ( F i g .  1 1 2 ) .  O s  p o r o s  f e m i n i n o s  n ă o  3  5  d o  d a  p o r ç ă o  g l a n d u l a r ,  q u e  é  c u r v a  e m  S 
săo  v i s í v e i s .  D o i s  p a r e s  d e  p o r o s  d e  e s p e r m a ­ e  a d e r i d a  ao  s e p t o  p o s t e r i o r  d o s  s e g m e n t o s 
t e c a s ,  p o u c o  d e m a r c a d o s ,  a b r e m ­ s e  e m  7 / 8  e  q u e  as  c o n t é m  ( F i g .  1 1 6 ) .  A  p o r ç ă o  g l a n d u ­
8  9,  e m  s é r i e  c o m  a s  c e r d a s  v e n t r a i s .  l a r  d o  p r i m e i r o  p a r  d e  p r ó s t a t a s  é  q u a s e 

A s  c e r d a s  n o r m a i s  s ă o  s i g m ó i d e s ,  a l o n g a ­ d u a s  v e z e s  m a i s  v o l u m o s a  d o  q u e  a  d o  s e ­

das  e  s e m  n ó d u l o .  S u a  p o r ç ă o  a p i c a l  a p r e s e n ­ g u n d o  p a r  e  f a z  s a l i ę n c i a  na  c a v i d a d e  d e  X V I I I . 

ta  p e q u e n a s  c i c a t r i z e s  l o n g i t u d i n a i s ,  i r r e g u l a ­ D u a s  c e r d a s  p e n i a i s  e s t ă o  a s s o c i a d a s  ŕ  p o r ç ă o 

res  e  m a i s  n u m e r o s a s  na  r e g i ă o  c ô n c a v a .  O  t e r m i n a l  d o s  d u t o s  p r o s t á t i c o s .  E s t a s  c e r d a s 

c o m p r i m e n t o  d a s  c e r d a s  v e n t r a i s  d a  r e g i ă o  s ă o  l i g e i r a  e  i r r e g u l a r m e n t e  o n d u l a d a s ,  s e m 

m e d i a n a  d o  c o r p o  v a r i a  d e  2 1 5  ­  250  ^ m ,  e m  o r n a m e n t a ç ă o  e  t e r m i n a m  e m  p o n t a  r o m b a 

m é d i a  237  ^ m .  N o s  s e g m e n t o s  X X X  ­  X L ,  a  r e ­ ( F i g .  113)  .  O  c o m p r i m e n t o  d a s  c e r d a s  p e n i a i s 

laçăo  e n t r e  as  c e r d a s  é aa : ab : bc : cd : dd = v a r i a  d e  223  ­  243  u m  e  o  d i â m e t r o  b a s a l  d e 

3.24  :  1,00  :  3,51  :  1,00  :  4 3 , 6 1 .  4  ­  5  u m .  U m  p a r  d e  o v á r i o s  e  d e  f u n i s  o v u l a ­


r e s  s i t u a m ­ s e  e m  X I I I .  U m  p a r  d e  o v i s a c o s  s a ­
D u a s  m o e l a s  c i l í n d r i c a s ,  c u r t a s  e  m u s c u ­
­ l i e n t a ­ s e  da  f a c e  p o s t e r i o r  d o  s e p t o  1 3 / 1 4 , 
l o s a s  s i t u a m ­ s e  c m  V  e  V I .  T r ę s  p a r e s  d e  g l â n ­
d o s  l a d o s  d o  e s ô f a g o .  D o i s  p a r e s  d e  e s p e r m a ­
d u l a s  c a l c í f e r a s  i n d e p e n d e n t e s '  e n c o n t r a m ­ s e 
t e c a s  e n c o n t r a m ­ s e  e m  VIII  e  IX,  s e n d o  as  d o 
e m  XV  ­  X V I I ,  s e n d o  1 < 2 < 3 .  O  i n t e s t i n o  i n i ­
s e g u n d o  p a r  m a i s  v o l u m o s a s .  Em  c a d a  e s p e r 
c i a ­ s e  e m  X I X  m a s ,  s ó  a t i n g e  o  d i â m e t r o  nor­
m a t e c a  a  a m p o l a  é  a r r e d o n d a d a  o u  p i r i f o r m e  e 
m a l ,  p o s t e r i o r ,  e m  X X V .  O  t i f l o s o l e  m e d i a n o , 
s e u  c o m p r i m e n t o  e q u i v a l e  ŕ  m e t a d e  o u  2 / 3  d o 
d o r s a l ,  é  r e c o n h e c í v e l  a  p a r t i r  d e  X X I  e  e m 
c o m p r i m e n t o  e q u i v a l e  ŕ  m e t a d e  o u  2 / 3  d o 
X X V  a t i n g e  a  l a r g u r a  r e g u l a r  p o s t e r i o r ,  q u e  é 
c o m p r i m e n t o  d o  d u t o  c o r r e s p o n d e n t e .  U m  d i ­
p o u c o  m a i o r  d o  q u e  o  r a i o  d o  i n t e s t i n o .  U m  pe­
v e r t í c u l o  p r e n d e ­ s e  na  m e t a d e  e n t a l  d o  d u t o 
q u e n o  t i f l o s o l e  l a t e r a l  e s q u e r d o  e n c o n t r a ­ s e 
e  p e r f u r a  o  s e p t o  a n t e r i o r .  C a d a  d i v e r t i c u l o 
e m  X X I V  ­  X X X I .  O s  n e f r í d i o s  p o s c l i t e l a r e s 
a p r e s e n t a  3  l ó c u l o s  i n t e r c o m u n i c a n t e s  d i s p o s ­
d i s p ő e m ­ s e  e m  5  s é r i e s  l o n g i t u d i n a i s ,  d e  c a d a 
t o s  e m  c a d e i a  ( F i g .  114  ­  1 1 5 ) . 
lado  e  t o r n a m ­ s e  m a i o r e s  n o  s e n t i d o  v e n t r o ­
d o r s a l .  T r ę s  p a r e s  d e  c o r a ç ő e s  v o l u m o s o s  e n ­
c o n t r a m ­ s e  e m  X  ­  X I I . 
CONSIDERAÇÕES
D o i s  p a r e s  d e  t e s t í c u l o s  e  d e  f u n i s  s e m i ­
n a i s  s i t u a m ­ s e  n o s  s e g m e n t o s  X  e  X I ,  c u j a s  Dichogaster badajos,  s p .  n .  a p r o x i m a ­ s e  d e 
c a v i d a d e s  e s t ă o  r e p l e t a s  d e  e s p e r m a t o z ó i d e s .  D. ibaia,  s e p a r a n d o ­ s e  p e l a  f o r m a  d o  p o r ó f o r o 
V e s í c u l a s  s e m i n a i s  f a l t a m .  A  p o r ç ă o  t e r m i n a l  m a s c u l i n o ,  d a s  c e r d a s  p e n i a i s  e  d a s  e s p e r m a ­
d o  p a r  d e  c a n a i s  d e f e r e n t e s  é  r e t i l í n e a ,  d e  t e c a s . 
d i â m e t r o  u n i f o r m e  e  p o d e  s e r  s e g u i d a  a t é  a  O  n o m e  da  n o v a  e s p é c i e  d e r i v a  d o  l o c a l  d e 
r e g i ă o  m e d i a n a  d e  X V I I I ,  q u a n d o  p e n e t r a  n a  c o l e t a . 
SUMMARY

F r o m  t h e  B r a z i l i a n  A m a z o n i a  25  s p e c i e s  o f 
O l i g o c h a e t a  w e r e  s t u d i e d  f o r  t h e i r  a n a t o m y  a n d 
s y s t e m a t i c s .  T h e y  a r e  d i s t r i b u t e d  o n t o  16 
g e n e r a  a n d  8  f a m i l i e s  as  f o l l o w s .  H a p l o t a x i d a e : 
Tiguassu reginae  g e n .  n.,  s p .  n.;  E n c h y t r a e i d a e : 
Marionina patua,  s p .  n.;  Alluroididae: Brin-
khurstia americanas  ( B r i n k h u r s t ,  1 9 6 4 ) ;  G l o s ­
sos­colecidae: Atatina gatesi,  s p .  n., Amazo
atroaris,  s p .  n., A. xecatu,  s p .  n., Meroscolex
eudoxiae,  s p .  n., Diachaeta juli,  s p .  n.. Holos-
colex caramuru  R i g h i ,  1 9 7 5 , H. nemorosus ta-
coa,  s u b s p .  n., Glossodrilus (G.) schubarti,  s p . 
n.;  S p a r g a n o p h i l i d a e  : Areco reco,  g e n .  n.,  s p . 
n.;  Ocnerodrilidae; Eukerria guamais  R i g h i , 
1 9 7 1 . Haplodrilus (Hi) tagua,  s p .  n., Dariodrilus
ferrarius,  g e n .  n.,  s p .  n., Exisdrilus rarus,  g e n . 
n.,  s p ,  n.;  A c a n t h o d r i l i d a e : Wegeneriella diver-
gens itapecu,  s u b s p .  n . Wi tocaya, 
t s p .  n.;  O c t o ­
chaetidae: Dicbogaster affinis  [ M i c h a e l s e n , 
1 8 9 0 ) . D. bolaui bolaui  ( M i c h a e l s e n ,  1 8 9 1 ) , D.
modigliani  ( R o s a ,  1 8 9 6 ) , D. saliens  ( B e d d a r d , 
1 8 9 2 ) , D. andina evae,  s u b s p .  n., D. ibaia,  s p . 
n.. D. badajos,  s p .  n.. 
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BRINKHURST, R .  c o a s t  a n d  a d j a c e n t  i s l a n d s .  P r o c e e d .  C a l i f . 
O . 
1964 — A  A c a d .  S c i .  ( 3 ) 2 :  8 5 ­ 2 7 6 ,  e s t .  5 ­ 1 4 . 
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( 3 )  :  5 2 7 ­ 5 3 6 .  e s t .  1­2.  1 9 3 9  —  T h a i  e a r t h w o r m s .  J .  T h a i l a n d  R e s .  S o c . 12:

1 9 6 6  —  A  t a x o n o m i c  r e v i s i o n  o f  t h e  f a m i l y  Haplota­ 6 5 ­ 1 1 4  ( n ă o  v i s t o ,  c i t a d o  d e  G a t e s ,  1 9 7 2 ) . 

x i d a e  (Oligochaeta). J. Zool. Lond. 150: 1 9 4 2 a —  N o t e s  o n  v a r i o u s  p e r e g r i n e  e a r t h w o r m s . 

2 9 ­ 5 1 ,  e s t .  1­2.  B u l l .  M u s .  C o m p .  Z o o l .  H a v a r d , 8 9  :  6 3 ­ 1 4 4 . 

1971  C h e c k  l i s t  a n d  b i b l i o g r a p h y  o f  N o r t h  Ame­
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J a m i e s o n ,  B .  G .  M . , Aquatic Oligochaet of
2 7 :  8 6 ­ 1 0 3 . 
t h e w o r l d  :  2 8 6 ­ 3 0 3 .  O l i v e r  &  B o y d ,  E d i n b u r g 
R e g e n e r a t i o n  I n  a n  e a r t h w o r m ,  E i s e n i a  f o e t i ­
CERNOSVITOV L .  1 9 4 9  — 
d a  ( S a v i g n y )  1 8 2 6 .  I .  A n t e r i o r  r e g e n e r a t i o n . 
1 9 3 4  —  L e s  O l i g o c h θ t e s  d e  la  G u y a n e  F r a n ç a i s e  e t 
B i o l .  B u l l . 9 6  [ 2 )  :  1 2 9 ­ 1 3 9 . 
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l e c i d  s u b f a m i l y  O c t o c h a e t i d a e .  A n n .  M a g . 
1 9 3 5  —  O l i g o c h a e t e n  a u s  d e m  T r o p i s c h e n  S٧d­
N a t .  H i s t  ( 1 3 ]  1  [ 9 )  :  6 0 9 ­ 6 2 4 . 
Amerika. C a p i t a Z o o l . 6  ( 1 )  :  1­36,  e s t .  1­6. 
O n  a  t a x o n o m i c  p u z z l e  a n d  t h e  classifi­
1 9 3 8  —  O l i g o c h a e t a . Mission Scientifique de I'Omo, 1 9 5 9  — 
c a t i o n  o f  t h e  e a r t h w o r m s .  B u l l .  M u s .  C o m p . 
4  :  2 5 5 ­ 3 1 8 . 
Z o o l .  Harvard. 1 2 1  ( 6 ) :  2 2 9 ­ 2 6 1 . 
1 9 4 1  —  O l i g o c h a e t a  f r o m  v a r i o u s  p a r t s  o f  t h e  w o r l d .  C o n t r i b u t i o n  t o  a  r e v i s i o n  o f  t h e  e a r t h w o r m 
Proc Zool S o c . L o n d .  ( B ) 1 1 1  :  1 9 7 ­ 2 3 6 .  1 9 6 6  — 
F a m i l y  O c n e r o d r i l i d a e ,  V l l ­ V l l l .  A n n .  M a g 

COGNKTTI DE MARTIIS,  L .  n a t .  H i s t .  ( 1 3 ) 9  ( 9 7 ­ 9 9 )  :  4 5 ­ 5 3 . 

1 9 0 0  —  V i a g g i o  d e l  D r .  A .  B o r e l l i  d e l  M a t o  G r o s s o  1 9 7 0  —  O n  n e w  s p e c i e s  i n  a  n e w  e a r t h w o r m  g e n u s 
e  n e i  P a r a g u a y ,  I I .  C o n t r i b u t o  a l i a  conos­ f r o m  P u e r t o  R i c o .  B r e v i o r a , 3 5 6 :  1 ­ 1 1 . 

c e n z a  d e g l i  O l i g o c h e t i  Neotropicali. Boll. B u r m e s e  e a r t h w o r m s .  T r a n s .  A m e r .  P h i l o s . 
1 9 7 2  — 
Mus. T o r i n o ,  1 5  ( 3 6 9 )  :  1­15,  1  e s t .  S o c .  ( N .  S . ) 6 2  ( 7 )  :  1 ­ 3 2 6 . 

1904  —  O l i g o c h e t i  d e l l  E c u a d o r . Boll. Mus. Torino, GiLREi  O . 


1 9  ( 4 7 4 )  :  1­18.  1 9 7 4  —  M a r i o n i n a  i s t r i a e ,  s p .  n .  e i n  m a r i n e r  E n c h y ­
1 9 0 5 a —  O l i g o c h e t i  r a c c o l t i  n e l  D a r i e n  d a l  D r .  E.  t r a e i d a e  ( O l i g o c h a e t a )  a u s  d e m  Mediterra­
Festa. Boll. M u s . T o r i n o , 2 0  ( 4 9 5 )  :  1­7.  n e n  H y g r o p s a m m a l ,  H e l g o l a n d e r  W i s s . 

1 9 0 5 b —  G l i  O l i g o c h e t i  d e l i a  R e g i o n e  N e o t r o p i c a l e ,  I.  M e e r e s u n t e r s , 2 6 :  3 5 9 ­ 3 6 9 . 
Mem R. Accad. Sci. T o r i n o ,  ( 2 ) 5 5 :  1­72,  G R A F F ,  O . 
e s t .  1 .  1 9 5 7  ­ R e g e n w i j r m e r  a u s  E l  S a l v a d o r .  Senckenber­
1 9 0 8  —  G l i  O l i g o c h e t i  d e l l a  R e g i o n e  N e o t r o p i c a l e ,  I I .  g i a n a  B i o l . 3 8  :  1 1 5 ­ 1 4 3 . 
Mem R. A c c a d . S c i . T o r i n o ,  ( 2 ) 5 6  :  1 4 7 ­ 2 6 2 ,  HÜRST,  R . 
e s t .  1­2.  1893  ­ E a r t h w o r m s  f r o m  t h e  M a l a y  A r c h i p e l a g o . 
1 9 0 7  —  N u o v o  c o n t r i b u t o  a l i a  c o n o s c e n z a  d e l l a  d r i l o ­ In  M .  W e b e r ,  Z o o l .  E r g e b e n ,  R e i s e  Nieder­
f a u n a  n e o t r o p i c a l e . Atti R. Accad. Sc. To- l a n d i s c h  O s M n d i e n , 3  :  2 8 ­ 7 7 .  e s t .  2­4  ( n ă o 
r i n o , 4 2  :  7 8 9 ­ 8 0 0 .  1  e s t .  v i s t o ,  c i t a d o  d e  M i c h a e l s e n ,  1 9 0 0 b ) . 
JAMIESON, B . G. M. 1 8 9 7  —  N e u e  u n d  w e n i g  b e k a n t e  a f r i k a n í s c h e  Ter­
1 9 6 2  —  N e w  s p e c i e s  o f  O c n e r o d r i l i n a e  (Oligochae­ ricolen. Mitt. Mus. Ramburg, 14  ( 2 ) ;  1 ­ 7 1 , 

ta) Proc. Z o o l . S o n . L o n d .  1 3 9  ( 4 )  :  6 0 7 ­ 6 2 6  est. 1.

1 9 6 8  —  A  t a x o n o m e t r i c  i n v e s t i g a t i o n  o f  t h e  A l l u r o i ­ 1 9 0 0 a —  D i e  T e r r i c o l e n  F a u n a  Columbiens. Arch.
d i d a e  (Olígochaeta). J. Zool. Lond. 155: Naturg. 6 6  :  2 3 1 ­ 2 6 6 . 
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1971  —  F a m i l y  G l o s s o s c o l e c i d a e .  I n  B r i n k h u r s t ,  R.  5 7 5  p p .  R .  F r i e d l ŕ n d e r  u n d  S o h n ,  B e r l i n . 

0 .  &  J a m i e s o n ,  B .  G .  M  . A q u a t i c Oligo- 1 9 0 2  —  N e u e  O l i g o c h a e t e n  u n d  n e u e  F u n d o r t e  alt­


chaeta of the w o r l d :  7 2 3 ­ 8 3 7 .  O l i v e r  &  bekamiter. Mitt. M u s .  Hamburg, 19: 1­54, 
B o y d ,  E d i n b u r g h .  est. 1.

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l e c i d a e  ( A n n e l i d a ,  O l i g o c h a e t a )  i n  t h e  Mu­ Syst. 1 8 :  4 3 5 ­ 5 5 6 ,  e s t .  2 4 ­ 2 7 . 
s e u m  o f  S y s t e m a t i c  Z o o l o g y ,  U n i v e r s i t y  o f  1 9 0 4  —  U b e r  e i n e T r i n e p h u s ­ A r t .  v o n  C e y l o n . Mitt.
Turin. Boll. Muss. Zool. Univ. Torino, 8: Mus. H a m b u r g , 2 1  :  1 2 7 ­ 1 3 1 . 
5 7 ­ 8 8 .  1 9 0 5  —  D i e  O l i g o c h a t e n  D e u t s c h ­ O s t  Arrikas. Z.
LASSERE, P. wiss. Z o o l .  8 2 :  2 3 8 ­ 3 6 7 ,  e s t .  1 9 ­ 2 0 . 

1964  —  N o t e  s u r  q u e l q u e s  o l i g o c h θ t e s  Enchytraei­ 1 9 1 0  —  D i e  O l i g o c h a t e n f a u n a  d e r  vorderindisch­

d a e .  p r e s e n t s  d a n s  l e s  p l a g e s  d u  b a s i i i  c e y l o n i c h  Region. Abh. Naturw, Ver.

d A r c a c h o n .  Procθs­Verbaux Soc. Linn. H a m b u r g , 1 9  ( 5 )  : 1 ­ 1 0 8 ,  e s t .  1 . 


Bordeaux, 1 0 1  :  8 7 ­ 9 1 .  1 9 1 1 a —  D i e  O l i g o c h a e t e n  d e s  i n n e r e n  O s t a f r i k a s 

1 9 6 6  —  O l i g o c h θ t e s  m a r i n s  d e s  c o t e s  d e  F r a n c e .  u n d  i h r e  g e o g r a p h i s c h e n  B e z i e h i i n g e n . 
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1 9 7 2  —  I n t r o d u c e d  e a r t h w o r m s  o f  S o u t h  A f r i c a .  O n  Syst. Suppl. 11  :  1 3 ­ 1 2 ,  e s t .  1 . 

t h e i r  t a x o n o m y ,  d i s t r i b u t i o n ,  h i s t o r y  o f  1 9 1 2 a —  O l i g o c h a t e n  v o m  t r o p i s c h e n  u n d  stidlich­

i n t r o d u c t i o n  a n d  o n  t h e  e x t e r m i n a t i o n  o f  ­ s u b t r o p i s c h e n  A f r i k a  ( I ) .  Z o o l ó g i c a Sttutt-

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