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DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA
ZOOLOGIA DE CORDADOS
ALUNO: Antônia Ribeiro Cruz Silva; João Pedro Moreira Gonçalves de Oliveira; Maria
Eduarda Lyra Cavalcanti.
CURSO: Ciências biológicas
MATRÍCULA: 2019110005; 20192110027; 20202110018.
2. Materiais e métodos
● 1 lanterna
● 1 pote médio transparente e fundo
● 2 puçá
● 1 régua
A saída de campo teve início após o encontro com todo o grupo no lago das
tartarugas, próximo ao centro de visitantes no horário noturno marcado com uma seta na
Figura 1. A turma foi dividida em dois grupos com seus respectivos guias que iriam guiar
pelo jardim botânico. Após a divisão do grupo, fomos direcionados para o primeiro local de
coleta. O trajeto foi realizado seguindo respectivamente os seguintes pontos indicados na
figura 1: Chafariz (1), Chafariz das Marrecas (2); Parquinho (3), Lago do Bromeliário (4),
Restinga (5), Ruínas (6), Lago do cactáceo (7) e Jardim sensorial (8). Durante o percurso foi
utilizado a lanterna, apenas sendo apagadas durante a procura de indivíduos. A técnica
utilizada para encontrar os anuros foi a escuta e localização através da vocalização dos
animais seguindo a voalização, uma busca em meio a folhagem de bromélias e outras plantas
ou pedras as quais estavam próximas das lagoas e corpos de água (Figura 2).
Para a captura em casos onde os indivíduos estavam dentro do corpo de água foi utilizado o
puçá, sendo inserido no líquido envolvendo a rede por todo o animal. Quando era encontrado
em meio às folhas foi capturado manualmente, o cercando com a mão sem pressionar. Os
indivíduos capturados os quais estavam na fase adulta ou na fase imago foram manuseados
pelas patas traseiras segurando firmemente pelo final do dorso e dando apoio para a porção
anterior do animal (Figura 3; A, B) , uma pressão que fosse o suficiente para impedir do
exemplar fugir e sem que pudesse causar danos. Os girinos capturados foram colocados em
uma vasilha transparente com a água do próprio local de origem (Figura 3; E). Cada
indivíduo capturado foi medido sendo colocado sob ou ao lado de uma régua de 30 cm
(Figura 3; C, D). Nos casos em que não foi possível manter o espécime parado para inferir o
comprimento, foi necessário balançar levemente com a mão sem machucar o animal para que
ficasse levemente tonto e pudesse ser feito a medição. O comprimento foi avaliado do início
da cabeça até o final do dorso ou até o final da cauda em casos onde essa ainda estava
presente (Figura 3; C, D). Após examinar os exemplares dando enfoque nas estruturas de
interesse e fotografar foram depositados no local onde foram encontrados.
Figura 1- Mapa do Jardim botânico, marcado em uma seta vermelha, o ponto de encontro do grupo. Os círculos
pretos indicam os pontos de coleta: Chafariz (1), Chafariz das Marrecas (2); Parquinho (3), Lago do Bromeliário
(4), Restinga (5), Ruínas (6), Lago do cactáceo (7) e Jardim sensorial (8). Fonte:
https://pt.map-of-rio-de-janeiro.com/parques,-jardins-mapas/jardim-bot%C3%A2nico-do-rio-de-mapa
Figura 2- Possíveis locais onde poderiam ser encontrados os indivíduos. A) Ololygon trapicheiroi na folhagem
no Chafariz das Marrecas; B) Boana albomarginata na folha de uma bromélia.
Figura 3- A e B) Métodos de manuseio correto de anuros; C) Comprimento de imago do começo da
cabeça até final da cauda; D) Comprimento de um indivíduo metamorfoseado completo do inicio da cabeça até
o final do dorso; E) Pote transparente com a presença de girinos e um imago.
3. Sistemática
4. Resultados e Discussão
No primeiro ponto (figura 11), o chafariz, foram identificados girinos na água e entre
os capturados foram diferenciadas duas espécies. Um girino de Scinax similis (Cochran,
1952) em semi metamorfose medindo 3,7 cm (figura 11, B). Havia a presença de princípios
da pata traseira sendo formada e a cauda ainda bem desenvolvida. Um exemplar da mesma
espécie medindo 3 cm de comprimento (figura 4) em fase imago, com as patas dianteiras e
traseiras já desenvolvidas, porém com a presença da cauda (Figura 11; C). Esta espécie é
popularmente conhecida como perereca-manchada e quando adulta possui uma coloração
dorsal acinzentada, com manchas irregulares (Vaz-Silva et al., 2020). Os outros girinos eram
de Rhinella ornata (Spix, 1824) (figura 11, A), sendo somente um espécime medido com 1,4
cm de comprimento. Neste mesmo ponto também foi encontrado um Rhinella ornata adulto
(figura 11, D), porém este não foi possível capturá-lo para medir-lo. Os adultos de Rhinella
ornata são caracterizados pela faixa branca no meio de seu dorso (Spix, 1824) e esta espécie
é popularmente conhecida como sapo-cururuzinho e sua vocalização é um trêmulo grave e
prolongado, similar ao sapo-cururu.
Figura 11- Anuros encontrados no Chafariz. A) Girinos de Rhinella ornata; B) Girino em
semi metamorfose de Scinax similis; C) Cauda do imago de Scinax similis; D) Adulto de
Rhinella ornata
No ponto 2, o Chafariz das marrecas, foi encontrado dois espécimes de Scinax
trapicheiroi (A. Lutz & B. Lutz, 1954) no meio das folhagens, ambas com 2,6 cm de
comprimento. Estes espécimes possuem uma mancha escura interocular em W (Lutz, 1973)
que ajuda a identificar sua espécie, porém o primeiro indivíduo (figura 5 e 12) encontrado
possuía uma coloração mais verde enquanto o outro era mais escuro, sendo esta diferença
provavelmente pelo local onde foram encontrados e também porque um ficou mais tempo
exposto as luzes das lanternas. O segundo Scinax Trapicheiroi mais escuro não foi capturado
em foto. Ao sair do ponto 2 foi ouvido uma Adenomera marmorata Steindachner, 1867
vocalizando porém não foi possível encontrá-la. Esta espécie contém uma vocalização
especial contendo somente uma nota sem pulsação, e seus adultos possuem um padrão com
muitas manchas de diversos tamanhos e formatos pelo dorso, uma mancha escura triangular
interocular seguida por outra mancha escura quase que bifurcada em formato de ampulheta,
sendo essas duas últimas as mais características da espécie (Kwet, Axel & Steiner, 2009).
Seguindo para o ponto 3, o parquinho, foi ouvido vocalizações na vegetação de uma parede
úmida e mesmo em silêncio e com as lanternas desligadas nenhum indivíduo foi identificado.
5. Referências
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(1° ed); 1 - 336.
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National Museum. 1° ed. 1 – 423
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260
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Dissertação (mestrado em Zoologia) - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas).
Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1 - 143.
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SPIX, J. B. (1824). Animalia nova sive species novae testudinum et ranarum : quas in
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