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1. Apresente os principais registros fósseis que colaboraram significativamente para a compreensão sobre a
origem e forma de vida dos primeiros Amniota, discorrendo sobre as contribuições de cada registro.
A origem dos Amniota se deu no período Carbonífero, pela presença dos registros fósseis de Hylonomus; Paleothyris;
Archaeothyris e, a partir destes, foi possível inferir tamanho (cerca de 20cm), hábitat (vegetação úmida, sobre o solo) e
alimentação (artrópodes). Fósseis foram encontrados em cavidades de Licopódios (Tracheophytas) especialmente dos
Lepidodendron, quando essas árvores em escala caiam, a base do seu caule produzia buracos no solo, estes buracos
serviam como pitfalls, ao decorrer de milhares anos o fóssil ficava preservado naquele local.
O fóssil mais antigo dos Amniota é da espécie Hylonomus lyelli, datado de 312 m.a.a. (Carbonífero), e as pegadas
atribuídas a esses indivíduos datam de 315 m.a.a.
Outra característica é a regionalização da coluna vertebral, que permite o aumento da complexidade desta e proporciona
uma melhor movimentação (facilita a exploração do ambiente). Com isso, tem-se uma articulação crânio-vertebral
(individualização do atlas – axis) fornecendo sustentação e mobilidade (movimentos elaborados da cabeça).
A ventilação costal, gera uma movimentação única da região torácica: a caixa torácica se expande, o pulmão também,
a pressão interna diminui e ocorre a inspiração do ar. O pulmão é o único responsável pela respiração. Essa
movimentação da região torácica permitiu o aumento de vertebras cervicais que culminou na existência de um pescoço
longo.
Por fim, esse pescoço longo permitiu diferenças no número de nervos que formam o plexo branquial gerando maior
habilidade nos membros.
7. Para alguns táxons de Amniota ainda há discordância quanto a origem em aspectos como ambiente (terrestre
ou aquático) ou mesmo em qual grande massa continental surgiu. Informe quais táxons estão envolvidos nessas
discussões e as argumentações apresentadas por autores para as propostas.
O grupo Amphisbaenia teve origem estimada pelos dados moleculares no Cretáceo, e os fósseis encontrados mais
antigos são datados do Paleoceno, no entanto, a sua diversificação ocorreu no Cenozóico (Paleógeno). Estudos indicam
então, que a dispersão ocorreu através do oceano, e que estes animais estariam sob ilhas de vegetação flutuante, uma
vez que os continentes ainda se mantinham separados, a dispersão teria ocorrido no Paleogeno após a extinção em massa
K-Pg (Cretáceo-Paleógeno), os primeiros representantes que teriam dispersado foram originados na América do Norte
(antiga Laurásia) e os representantes seriam ancestrais da família Rhineuridae.
O grupo das Serpentes teriam se originado na Gondwana no período Mesozóico (Jurássico/Cretáceo), seriam terrestres,
provavelmente fossoriais e noturnos e tal afirmação é a mais aceita para provável ancestral e corrobora com a descrição
da espécie Tetrapodophis amplectus, (que constitui o único representante com quatro membros locomotores), uma outra
proposta alternativa e menos aceita, é a que os ancestrais das Serpentes seriam aquáticos/marinhos e que haveria uma
proximidade com a linhagem Mosasauria.
8. Descreva morfologicamente Testudines.
Os Testudines possuem um padrão corporal único entre os vertebrados, com a presença do casco, o qual é formado
dorsalmente pela carapaça e ventralmente pelo plastrão, sendo esses ligados entre si por uma ponte óssea. Outra
característica importante dos Testudines é a ausência, por perda evolutiva, dos dentes do palato e a formação de um bico
córneo, as costelas horizontalmente orientadas e possuem um crânio anápsido que é uma condição modificada de um
crânio diápsido.
18. Por que Testudines possui um padrão de crânio anápsido, no entanto está incluso em Diapsida?
Porque mesmo eles apresentando um padrão de crânio anápsido, a partir de dados morfológicos e moleculares ficou
comprovado que esse padrão é resultado de uma modificação do crânio diápsido.
25. Discorra sobre o veneno em Squamata apresentando informações sobre a evolução da glândula de veneno no
clado e as relações sobre a presença de veneno e as estratégias de captura de presa.
O veneno em Squamata surge uma vez e o clado que agrupa os Squamata com veneno é denominado Toxicofera, sendo
seus integrantes, as famílias de “ lagartos” com venenos, que formam o grupo dos Anguimorpha que é composto por,
Anguidae, Helodermatidae e Varanidae, já os representantes de Serpentes são, os Viperidae, Elapidae, Atractospididae
e Colubridae.
No que diz respeito a origem das glândulas de veneno, a condição ancestral é uma glândula serosa simples, tanto na
mandíbula quanto na maxila. As glândulas de veneno evoluíram separadamente, nos Anguimorpha ocorre a
diversificação nas glândulas mandibulares (inferior), já nas Serpentes ocorre a diversificação nas glândulas maxilares
(superior). Nos Anguimorpha a estrutura é simples na família Anguidae, com uma glândula serosa na mandíbula e na
maxila e uma por dente, já os Helodermatidae e Varanidae apresentam uma condição derivada, possuindo apenas
glândulas mandibulares e uma por dente, sendo o dente em Helodermatidae sulcado e em Varanidae com ranhuras. Nas
serpentes, as glândulas de veneno são apenas glândulas maxilares, homólogas entre os táxons, os dentes são associados
a glândulas e são classificados quanto a sua dentição em opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa, os dentes podem ser
sulcados posteriormente (Colubridae) ou canaliculados (Viperidae e Elapidae).