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Módulo 6 – Estratégias para aumentar a Eficiência Reprodutiva em Gado de

Corte

Sincronização da ovulação

Visando facilitar manejo reprodutivo e eliminar problemas da detecção do estro


foram desenvolvidos protocolos que controlam precisamente o ciclo estral,
manipulando tanto as ondas de crescimento folicular como a duração da vida do
corpo lúteo. A sincronização da ovulação possibilita a IA em horário pré-
determinado, sem a necessidade da detecção do estro, em vacas ciclando e em
anestro. Esses protocolos aumentam a taxa de prenhez, por aumentar o número
de animais inseminados.

Sincronização da ovulação utilizando PGF2 e GnRH (“Ovsynch”)

O protocolo Ovsynch foi desenvolvido para sincronizar as ondas foliculares e o


momento da ovulação, possibilitando a utilização da inseminação artificial, sem a
necessidade de observação do estro. O protocolo Ovsynch consiste em uma
aplicação intramuscular de GnRH, independente do dia do ciclo estral em que as
vacas se encontram, causando ovulação do folículo dominante presente e
iniciando ou coincidindo com o início de uma nova onda de crescimento folicular,
sincronizando o desenvolvimento do próximo folículo dominante. Uma aplicação
intramuscular de PGF2 é administrada sete dias após a primeira aplicação de
GnRH, causando a regressão do corpo lúteo. A ovulação sincronizada ocorre
entre 24 e 32 h após a segunda aplicação de GnRH. A sincronização da ovulação
ocorre pois os folículos pré-ovulatórios estão sincronizados no mesmo estádio de
desenvolvimento e respondem ao pico LH liberado em resposta à segunda
aplicação de GnRH, sendo que a IA deve ser realizada entre 12 e 18h após o
segundo GnRH (PURSLEY et al., 1995). O protocolo Ovsynch foi validado há
pouco tempo como meio confiável de sincronização da ovulação para IATF em
vacas leiteiras lactantes. O protocolo Ovsynch, elimina a necessidade de detecção
de estro, por sincronizar a ovulação (85 a 95% dos animais), diminuindo o número
de dias para a primeira inseminação (54 vs. 83 dias; P<0,001), mantendo a
mesma taxa de concepção ao primeiro serviço (37 vs. 39%; P>0,25), aumentando
a porcentagem de vacas gestantes aos 100 dias (53 vs. 35%; P<0,001) e
diminuindo o período de serviço (99 vs. 118 dias; P<0,05), quando comparado à
utilização de PGF2 em vacas de leite em lactação (PURSLEY et al., 1997).
Entretanto o protocolo Ovsynch não sincronizou de forma eficaz o estro nem a
ovulação, em novilhas de leite (taxa de prenhez de 35% em comparação a 74%
nos controle com PGF2). Baruselli et al. (2001) observaram que em vacas de
corte, a taxa de concepção na IATF se comportou de forma similar à novilhas
(taxa de concepção de 15% em comparação com 81,8% das controle, após a
observação de cio).

Segundo Pursley et al. (1995) animais com três ondas de crescimento folicular têm
menor resposta à primeira injeção de GnRH do protocolo Ovsynch, o que reduz a
taxa de sincronização, pois o intervalo entre ondas, nesses animais, é mais curto e
a chance de se ter folículos com capacidade ovulatória no momento da aplicação
do GnRH é menor do que em animais com duas ondas. Durante a fase inicial do
ciclo estral (1 a 4 dias), somente 23% das vacas ovularam após a primeira
aplicação de GnRH, pois nesta fase da onda de crescimento folicular existe menor
número de folículos com capacidade ovulatória. Entre os dias 5 e 9 do ciclo estral,
quase todas as vacas (96%) que receberam uma aplicação de GnRH ovularam
(VASCONCELOS, 1998). Estes dados coincidem com os de Pursley et al. (1995)
que mostram que folículos em crescimento maiores que 10 mm ovularam após
aplicação de GnRH, mesmo na presença de corpo lúteo.

A ovulação ao primeiro estímulo hormonal do protocolo Ovsynch se mostrou muito


importante no aumento da taxa de sincronização (VASCONCELOS et al., 1999;
SANTOS et al., 2003), portanto ao se delinear protocolos para IATF deve-se
sempre pensar em aumentar essa resposta.
Tabela 4: Efeito da ovulação à primeira aplicação de GnRH na taxa de
sincronização (VASCONCELOS et al., 1999).
Ovulação à Primeira
Taxa de Sincronização
Aplicação de GnRH
Sim 92,0%a
Não 79,0%b
Valores com diferentes sobrescritos na mesma coluna diferem (P<0,01).

Tabela 5: Efeito da ovulação à primeira aplicação de GnRH na taxa de


sincronização e de prenhez (SANTOS et al., 2003)
Ovulação à Primeira
Taxa de Sincronização Taxa de Prenhez
Aplicação de GnRH
Sim 87,20% (143/164)a 29,88% (49/164)a
Não 63,64% (112/176)b 19,32% (34/176)b
Valores com diferentes sobrescritos na mesma coluna diferem (P<0,001).

Adaptações do Protocolo Ovsynch

Utilização da dose reduzida de GnRH

Visando diminuir o custo e ampliar a utilização do protocolo Ovsynch, Fricke et al.


(1998) avaliaram a eficácia da utilização da metade da dose de GnRH
recomendada pelo fabricante (Cystorelin  100 vs. 50mcg), nas taxas de
sincronização e prenhez em vacas leiteiras. Não houve diferenças entre os dois
tratamentos com relação aos parâmetros observados (taxa de sincronização ao 2º
GnRH, taxa de dupla ovulação, taxa de prenhez 28 e 56 dias após a IA e taxa de
perda embrionária entre 28 e 56 dias). Estes resultados demonstraram que é
possível usar metade da dose (50g) de GnRH, com resultados semelhantes ao
uso da dose completa ou dose recomendada pelo fabricante (100g, Cystorelin,
Merial Ltda.).
Santos et al. (2001) avaliaram a eficácia da dose reduzida de Fertagyl  (0,10mg
vs. 0,25mg de Gonadorelina) durante o protocolo Ovsynch. Não houve diferença
na taxa de ovulação à primeira aplicação de GnRH e na taxa de sincronização.

Tabela 6: Número e porcentagem de vacas que ovularam à primeira e a


segunda aplicação de Fertagyl , divididas de acordo com a dose
(0,10mg vs. 0,25mg de Gonadorelina).
Dose de Ovulação 1º Ovulação 2º
Concepção % (n)
Gonadorelina GnRH % (n) GnRH % (n)
0,10mg 52,94 (36/68) 80,88 (55/68) 13,24 (9/68)
0,25mg 57,35 (39/68) 80,88 (55/68) 10,29 (7/68)

Estas estratégias diminuem o custo do protocolo Ovsynch e, conseqüentemente, o


custo por vaca gestante que foi sincronizada, o que pode estimular maior número
de produtores e técnicos a utilizar esta tecnologia, visando melhorar a eficiência
reprodutiva dos rebanhos leiteiros.

Alteração do intervalo entre a primeira aplicação de GnRH e PGF2

Visando diminuir falhas de ovulação ao segundo estímulo hormonal em vacas de


três ondas foliculares, tem sido utilizado a estratégia de antecipação em um dia da
aplicação de PGF2 (dia 6 vs. dia 7 do protocolo), pois devido a lise do corpo
lúteo e queda da concentração plasmática de progesterona, o folículo continua
crescendo e estará responsivo quando o segundo estímulo hormonal é aplicado
(VASCONCELOS et al., 2000).

Em vacas que ovularam após a primeira aplicação do GnRH (n = 81), o dia da


aplicação da PGF2 não influenciou (P>0,10) a taxa de regressão do CL, sendo
92% no dia 6 e 100% no dia 7. A antecipação em um dia na aplicação de PGF2 
(dia 6 vs. dia 7) diminuiu numericamente o número de vacas que falharam em
responder a aplicação do segundo GnRH (14,9 vs. 24,7%) refletindo em aumento
numérico da taxa de sincronização.

Tabela 8: Taxa de regressão do CL e taxa de sincronização da ovulação à


aplicação de PGF2 no dia 6 ou 7 do protocolo Ovsynch, em vacas
Holandesas e Girolandas (VASCONCELOS et al., 2000).
Taxa de Taxa de sincronização (%)
Aplicação
regressão
de PGF2 Sincronização Ovulação antecipada Sem ovulação
CL (%)
Dia 6 92 71,6 13,5 14,9
Dia 7 100 58,8 16,5 24,7

Devido essa diferença numérica observada na taxa de sincronização de ovulação


entre os animais que receberam a aplicação da PGF2 no dia 6 vs. dia 7 após a
primeira aplicação do GnRH do protocolo Ovsynch, recomenda-se a aplicação da
dose de bula de PGF2 no dia 6, IM.

Alterações no horário de inseminação

Recentemente foram testadas variações do protocolo Ovsynch (CO-Synch e


Select Synch) em vacas de corte no período pós-parto. É importante entender que
as variações do tratamento Ovsynch atualmente utilizadas em vacas de corte pós-
parto não sofreram o mesmo processo de validação que o Ovsynch em vacas de
leite lactantes. Duas variações do Ovsynch mais utilizadas em vacas de corte
pós-parto são atualmente conhecidas como CO-Synch e Select Synch. O CO-
Synch é semelhante ao Ovsynch, sendo que o momento e a seqüência das
injeções são as mesmas, porém todas as vacas são inseminadas em tempo fixo,
junto com a segunda aplicação de GnRH. O Select Synch difere pelo fato de que
as vacas não recebem a segunda injeção de GnRH e não são inseminadas em
tempo fixo. As vacas sincronizadas com esse protocolo são inseminadas 12 horas
após a detecção do estro. Atualmente se recomenda que, no caso de vacas
tratadas com Select Synch, a detecção do estro se inicie logo no dia 4 após a
injeção de GnRH e continue até o dia 5 após a PGF2.

Protocolos que utilizam Estradiol como estímulo ovulatório

O estradiol pode ser utilizado tanto para a sincronização de uma nova onda de
crescimento folicular como para induzir ovulação. O efeito de sincronização de
nova onda de crescimento folicular é utilizado, principalmente, nos protocolos de
superovulação de doadoras de embrião e nos protocolos de sincronização em
conjunto com os progestágenos.

O ECP e o BE seriam alternativas mais baratas para substituir a última aplicação


de GnRH em protocolos de sincronização da ovulação. Todos os animais devem
ser inseminados em tempo fixo, porém deve-se salientar que se os animais
apresentarem sinais de cio antes da aplicação dos estrógenos, devem ser
inseminados 12 horas após a detecção do cio, visando aumentar o número de
vacas gestantes por tratamento.

Inclusão de Remoção Temporária de Bezerros (RB)

Tratamentos para induzir ciclicidade devem priorizar o aumento do número de


pulsos de LH e permitir que os folículos alcancem os estágios finais de maturação.
Um método utilizado para aumentar o número de pulsos de LH é a remoção
temporária dos bezerros (RB).

Meneguetti et al. (2001) avaliaram se a remoção de bezerros por 48h aumenta


os pulsos de LH com conseqüente aumento da persistência e tamanho do
folículo dominante, aumentando a resposta aos tratamentos hormonais. Neste
trabalho foram utilizadas 99 vacas Nelore paridas com bezerro ao pé, em
anestro, detectadas por dosagem de progesterona (P4<1,5 ng/ml) nos dias –10 e
no dia da aplicação de GnRH. Avaliou-se por ultra-sonografia o diâmetro folicular
no dia da aplicação de GnRH e a resposta ovulatória ao GnRH (7 dias mais
tarde). A taxa de ovulação ao primeiro GnRH foi influenciada (P<0,05) pelo
tamanho do folículo no dia da aplicação de GnRH, sendo que o tamanho do
folículo nas vacas que não ovularam foi de 9,56  0,28mm (n = 32) e de 10,63 
0,19mm (n = 67) nas que ovularam. O tamanho do folículo dominante no dia da
aplicação do GnRH foi influenciado (P<0,05) pela remoção de bezerros, sendo
de 10,51  0,25mm (n = 48) e 10,07  0,20mm (n=51) nas vacas com e sem RB,
respectivamente. Vacas que sofreram remoção de bezerros apresentaram maior
taxa de ovulação (P<0,01; 41 em 48, 85,4%) em relação às que não sofreram
remoção (26 em 51, 51,0%). Estes dados sugerem que a remoção de bezerros é
uma importante ferramenta de manejo visando aumentar a taxa de ovulação em
vacas Nelore em anestro, e que o mecanismo provavelmente seja pelo aumento
da secreção de LH com aumento do tamanho e persistência do folículo
dominante.

Vilela et al. (1999) avaliaram se a RB (48 a 52h) antes da aplicação de GnRH (100
g) e/ou após a aplicação de PGF 2 (25 mg) influenciaria a taxa de ovulação ao
GnRH e a taxa de sincronização após a aplicação de Benzoato de Estradiol (1mg).
Vacas Nelore com bezerro ao pé (n = 140), agrupadas por sexo do bezerro,
tiveram ou não a RB antes da aplicação de GnRH e entre a aplicação de PGF 2 e
a IA, em delineamento fatorial 2 x 2. Vacas que tiveram RB apresentaram maiores
(P0,01) taxas de ovulação e de sincronização do que vacas que não tiveram RB,
74,6% (50 em 67) e 82,1% (55 em 67) vs. 52,1% (38 em 73) e 54,8% (40 em 73),
respectivamente. Seis vacas ovularam antes da IA. As taxas de ovulação e de
sincronização foram influenciadas pela RB por 48 h, provavelmente, devido ao
aumento da pulsatilidade de LH e manutenção do folículo dominante, deste modo,
aumentando a presença de folículos dominantes no momento das aplicações dos
tratamentos hormonais.

Protocolos que utilizam Progestinas


Dispositivo intravaginal - CIDR

Santos et al. (2003) observaram maiores taxas de sincronização e prenhez em


vacas que respondem à primeira aplicação de GnRH. A ovulação à aplicação de
GnRH depende da presença de folículo com capacidade de responder a estímulo
de LH. Tratamentos para manter o desenvolvimento folicular podem ser feitos com
base em estratégias que aumentem a pulsatilidade de LH. Concentração subluteal
de progesterona (P4) aumenta a freqüência de pulsos de LH e o período de
manutenção do folículo dominante (FORTUNE, 1994). Remoção dos bezerros por
48h, em vacas em anestro, aumenta os pulsos de LH a níveis similares aos
observados em vacas ciclando (EDWARDS, 1985). Portanto, uma maneira de se
utilizar o CIDR é através da inserção do dispositivo antes da primeira aplicação de
GnRH dos protocolos de sincronização da ovulação, visando aumentar a resposta
ao primeiro estímulo hormonal.

Vasconcelos et al. (2004) avaliaram o efeito do implante de P4 por 7 ou 14 dias


associado ou não a remoção de bezerros (RB) por 48h, nas taxas de ovulação ao
primeiro GnRH, sincronização, concepção à inseminação em tempo fixo (IATF) e
prenhez em 25 dias de estação de monta (EM). Vacas Nelore paridas (n = 374)
foram agrupadas por ordem de parição e distribuídas aleatoriamente em 5 grupos:
G1: Controle; G2 e G3 receberam CIDR (Eazi-Breed CIDR ) por 7 dias sem e com
RB no dia –10, respectivamente; G4 e G5 receberam CIDR por 14 dias sem e com
RB no dia –10, respectivamente. Os animais do G2, G3, G4 e G5 foram
inseminados em tempo fixo (IATF-dia 0) após serem sincronizados com: GnRH no
dia – 8, PGF no dia – 2 e GnRH junto com a IATF. A taxa de ovulação ao 1 o GnRH
foi a variável que mais influenciou a taxa de sincronização (P<0,01), sendo de
95,5% para as vacas que ovularam e de 71,4% para as que não ovularam. A
concepção à IATF não diferiu entre tratamentos, porém ao se avaliar o porcentual
de gestação em 25 dias de estação de monta (EM), observou-se efeito da
interação (P<0,01) entre tratamento e ordem, nas multíparas a prenhez foi: 45,6;
66,5; 63,4; 60,7 e 82,1 e nas primíparas: 0,0; 29,9; 59,9; 26;2 e 66,0% para G1,
G2, G3, G4 e G5, respectivamente. Nas primíparas os grupos que sofreram RB
(G3 e G5) apresentaram maior taxa de prenhez em 25 dias de EM. Nas
multíparas, apenas no G5 houve maior taxa de prenhez em 25 dias de EM,
provavelmente, devido à associação da tendência de maior sincronização e
concepção na IATF deste grupo. Independentemente da ordem, os tratamentos
apresentaram taxas de prenhez superiores ao controle. Esses dados mostraram
que os tratamentos com CIDR por 7 ou 14 dias e a RB foram importantes em
aumentar a taxa de ovulação ao 1o GnRH. E ainda, o aumento na taxa de prenhez
em 25 dias de EM devido a IATF e a indução de ciclicidade obtida.

Em vacas em anestro com implante de P4, a progesterona é mantida a níveis


subluteais, aumentando a pulsatilidade de LH, permitindo que o folículo continue
crescendo e, devido maior produção de estradiol, possa ocorrer pico de LH e
ovulação. Já em vacas ciclando, devido presença do corpo lúteo, o implante de
progesterona pode aumentar a concentração de P4 a níveis que diminuem a
pulsatilidade de LH, o que diminuiria o tempo de dominância e conseqüentemente
o tamanho do folículo dominante é menor. Ou seja, o implante de progesterona
pode ter atuação diferente em vacas em anestro e ciclando.

A inclusão do CIDR ao protocolo CO-Synch parece ser um método alternativo


para aumentar a sincronização da ovulação em vacas. O CIDR é inserido no
momento da primeira aplicação de GnRH e retirado no momento da aplicação de
PGF2. De modo geral, é observado um efeito positivo da inclusão do CIDR no
protocolo CO-Synch, devido ao aumento da taxa de sincronização, mas esse
efeito não é observado nas vacas ciclando e que apresentam altas concentrações
de progesterona no momento do tratamento com a PGF2.

Vilela et al. (2004) avaliaram o efeito da inclusão do CIDR no protocolo Ovsynch


modificado, nas taxas de concepção a IATF e gestação ao longo da estação de
monta, em vacas Nelore paridas. Vacas Nelore multíparas (n = 453), com 34 a 74
dias pós-parto, foram divididas em 3 grupos: G1 = RB - 48h – GnRH - 6d - PGF2
+ RB - 40h - GnRH + TAI; G2 = RB - 48h – GnRH + CIDR® - 6d – retira CIDR +
PGF2 + RB - 40h - GnRH + IATF. Ambos os grupos (G1 e G2) foram submetidos
a monta natural 14 dias após da IATF, por 76 dias; G3: (controle) foi submetido a
monta natural por 90 dias. A inclusão do CIDR no grupo 2 não aumentou a taxa de
concepção a IATF, nas vacas em anestro. Isto ocorreu, provavelmente, devido as
estratégias da aplicação da PGF2 no dia 6 e devido a RB antes da primeira
injeção de GnRH, o que aumentou a taxa de sincronização.

Tabela 9: Taxa de concepção a IATF e taxa de prenhez durante a EM em


vacas em anestro (VILELA et al., 2004).
Taxa de Prenhez (%)
G1 G2 G3 C1 C2
IATF 39,5 41,6 --- >0,10 ---
30 dias 55,8 59,6 5,2 >0,10 <0,01
60 dias 73,4 74,8 19,6 >0,10 <0,01
90 dias 79,2 87,3 49,5 0,09 <0,01
C1: contraste G1 vs. G2 e C2: contraste G1 + G2 vs. G3.

Vacas ciclando tiveram menor taxa concepção a IATF (P<0,01) do que vacas em
anestro (21,9 vs. 40,5%). Isto ocorreu devido a maior concentração de
progesterona no grupo 2 e menor taxa de ovulação a primeira aplicação de GnRH,
o que reduz a taxa de sincronização.

Tabela 10: Taxa de concepção a IATF e taxa de prenhez durante a EM em


vacas ciclando (VILELA et al., 2004).
Taxa de Prenhez (%)
G1 G2 G3 C1 C2
IATF 19,5 24,6 --- >0,10 ---
30 dias 44,2 59,8 22,2 >0,10 0,02
60 dias 59,7 80,1 62,3 0,06 >0,10
90 dias 78,2 83,1 65,7 >0,10 >0,10
C1: contraste G1 vs. G2 e C2: contraste G1 + G2 vs. G3.

Vacas em anestro e ciclando tratadas (G1 e G2) tiveram maior taxa de prenhez no
início da estação de monta (30 dias). No final da estação de monta (60 e 90 dias),
vacas em anestro sincronizadas tiveram maior taxa de prenhez se comparadas
com G3. Estes dados sugerem que a ciclicidade do rebanho deve ser determinada
antes de se iniciar um protocolo, pois as estratégias são diferentes para vacas
ciclando e para vacas em anestro.

MGA (Acetato de Melengestrol)

O Acetato de Melengestrol (MGA), é um esteróide progestacional sintético de


atividade oral, capaz de manter a gestação e alterar o ciclo estral, quando
utilizados por períodos de 7 a 14 dias (ZIMBELMAN AND SMITH, 1966). A
completa supressão do estro e da ovulação em vacas e novilhas ocorre quando
0,42 mg/dia de MGA é fornecido na alimentação destes animais.

Perez et al. (2004) avaliaram um protocolo de sincronização do crescimento


folicular e da ovulação, possibilitando o uso da inseminação artificial em tempo fixo
de uma maneira mais eficiente em vacas Nelore pós-parto com bezerro ao pé.
Foram utilizados 136 animais divididos em 2 grupos, onde o grupo 1 (n = 106,
Tratamento) recebeu Acetato de Melengestrol (MGA misturado a 140 g de sal
mineral visando ingestão de 0,5mg/vaca/dia), por um período de 10 dias. Após
este período, os animais sofreram remoção de bezerros (60 horas), seguido por
uma aplicação de GnRH. Transcorridos 6,5 dias receberam uma aplicação de
prostaglandina e outra remoção de bezerros (40 horas), a qual foi seguida por
outra aplicação de GnRH e IATF. Após a IATF foi observado cio dos animais por
um período de 25 dias. O diagnóstico de gestação foi realizado aos 28 e 55 dias
após a IATF. No grupo 2 (n = 30, Controle), os animais foram inseminados 12
horas após a detecção do estro. A taxa de sincronização da ovulação foi de 75,5%
(80/106). A taxa de concepção na IATF nos animais do grupo tratado com MGA foi
de 42,5% (45/106). É interessante observar que a concepção das vacas
efetivamente sincronizadas (regressão do CL e ovulação sincronizada) do grupo
MGA (57,7%; 45/78) não foi diferente (P>0,10) do grupo controle (58,3%; 7/12). A
porcentagem de vacas gestantes em 25 dias de estação de monta foi de 49,1%
(52/106) no grupo que recebeu o protocolo com MGA e de 23,3% (7/30) no grupo
controle. Estes dados sugerem que o protocolo proposto no experimento foi
eficiente para sincronizar a ovulação, permitindo a IA em tempo fixo, aumentando
a taxa de prenhez e permitindo a redução da estação de monta em propriedades
com vacas Nelore paridas.

Implantes subcutâneos de Norgestomet (Crestar )

O protocolo Crestar consiste de um implante subcutâneo (3 mg de Norgestomet)


por 9 dias, juntamente com a inserção do implante auricular deve-se aplicar uma
injeção contendo valerato de estradiol (5 mg) e norgestomet (3 mg). Este
tratamento é utilizado para sincronização de estro e ovulação em vacas ciclando
ou em anestro pós-parto. Na maioria dos trabalhos em que foram utilizados,
grande porcentagem dos animais mostrou cio logo após a retirada do implante,
mas a fertilidade foi variada, com porcentagens de prenhez entre 33 a 68%,
provavelmente, devido a porcentagem de animais em anestro e ciclando.

Perez et al. (2004) avaliaram o efeito da aplicação do eCG no momento da


retirada do implante do protocolo Crestar e/ou efeito da RB entre a retirada do
implante e a IATF. Vacas Nelore (n = 415) com 119  39,7 dias pós-parto (DPP),
escore da condição corporal (ECC) entre 2,25 a 3,5 (escala de 1 - 5) foram
distribuídas em 4 grupos, com delineamento 2 x 2 fatorial (eCG x RB): G1 (n =
105) CRESTAR; G2 (n = 102) CRESTAR + RB (58h); G3 (n = 104) CRESTAR +
eCG (Folligon, 400UI) no momento da retirada do implante e G4 (n = 104)
CRESTAR + eCG no momento da retirada do implante + RB (58h). IATF foi
realizada nos 4 grupos 50-58 h após a remoção do implante. Estruturas ovarianas
e gestações foram avaliadas por ultra-som (Aloka SSD-500). A ciclicidade foi
determinada antes do início do protocolo através de 2 exames ultra-sonográficos,
com 10 dias de intervalo. O desenvolvimento folicular foi determinado através da
diferença entre o diâmetro folicular no dia da IATF e no dia da retirada do
implante. Os dados foram analisados pelo GLM e os parâmetros incluídos no
modelo foram DPP, RB, eCG, ECC, ciclicidade, ordem de parição, sexo do
bezerro e interações. Vacas que receberam eCG tiveram melhor desenvolvimento
folicular (1,8  0,2 vs. 1,2  0,1 mm; P<0,01), maior detecção de estro antes da
IATF (42,1 vs. 26,4%; P<0,01) e maior taxa de sincronização (75,3 vs. 64,5%;
P<0,05) do que as vacas que não receberam eCG. A remoção de bezerros não
afetou nenhum destes parâmetros. A taxa de concepção na IATF não foi afetada
pelo eCG (53,6% nas vacas tratadas vs. 50,3% nas vacas não tratadas) e nem
pela RB (51,2 com RB vs. 52,7% sem RB). Independentemente do tratamento,
ECC não afetou a taxa de sincronização, mas influenciou (P<0,05) a taxa de
concepção na IATF (2,25 – 59,4%; 36,2%; 2,5 – 68,2%; 44,1%; 2,75 – 71,8%;
45,9%; 3,0 – 77,7; 58,8%; 3,25 – 74,1%; 57,2%; 3,5 – 68,1; 69,3%)
respectivamente. Os dados sugerem que o tratamento com eCG aumenta a taxa
de sincronização por aumentar o desenvolvimento folicular entre a retirada do
implante e a IATF, mas não aumenta a taxa de concepção na IATF,
provavelmente, porque os efeitos negativos do ECC na concepção são maiores do
que os efeitos positivos do tratamento com eCG.

Protocolos de Sincronização da Ovulação à base de estradiol e progesterona

O embasamento para a utilização do estradiol associado a progesterona para o


controle do ciclo estral e da ovulação em bovinos leva em consideração o tipo de
estradiol e suas multifunções, que variam de acordo com a dose utilizada e a
presença ou ausência de progesterona no momento da aplicação. A aplicação de
benzoato de estradiol juntamente com a inserção do dispositivo intravaginal de
progesterona é capaz de sincronizar a emergência de nova onda de crescimento
folicular, cerca de 4 dias após, no entanto, se o estradiol for aplicado na ausência
de progesterona (após a retirada do dispositivo), o folículo dominante é capaz de
ovular em resposta a este estímulo.

A capacidade da PGF2 induzir a regressão do CL em bovinos varia de acordo


com o estádio do ciclo estral que o animal se encontra no dia da aplicação, sendo
que nos primeiros 5 dias do ciclo estral o CL não tem capacidade de responder à
aplicação de PGF2 (KASTELIC et al., 1990). Concentração sérica de
progesterona e a pulsatilidade de LH estão relacionados com o diâmetro,
manutenção e regressão do folículo dominante. Quando as concentrações de
progesterona são mantidas a níveis subluteais, a freqüência de pulsos de LH
aumenta e o folículo dominante continua a crescer por maior período de tempo
(FORTUNE, 1994). Moreno et al. (2002) verificaram que a antecipação da luteólise
promoveu redução nos níveis plasmáticos de progesterona, maior crescimento do
FD, maior CL e melhores taxas de prenhez, em animais tratados com CIDR.

Com base nestas informações Sá filho et al. (2003) avaliaram o efeito do momento
da aplicação de PGF2α em protocolo de IATF baseado em estradiol e
progesterona, na taxa de concepção de novilhas meio sangue Nelore/Red Angus.
Novilhas meio sangue Nelore/Red Angus (n = 35), com idade 22 - 24 meses e
escore da condição corporal de 3,5 - 3,75. As novilhas foram divididas
aleatoriamente em dois grupos, Grupo 1 (n = 17): Inserção de CIDR (Eazi-Breed
CIDR) + aplicação de BE 2,0 mg IM (Estrogin ) no Dia 0; aplicação de
cloprostenol (Ciosin®) 0,53 mg IM no Dia 7; remoção do CIDR no Dia 9; aplicação
de BE 0,8 mg IM 24 horas após remoção do CIDR ; IATF 50 horas após remoção
do CIDR (36 horas após BE) e Grupo (n = 18): Inserção de CIDR + aplicação de
BE 2,0 mg IM no Dia 0; aplicação de cloprostenol 0,53 mg IM + remoção do CIDR
no Dia 9; aplicação de BE 0,8 mg IM 24 horas após remoção do CIDR; IATF 50
horas após remoção do CIDR (36 horas após BE). O grupo 1 que recebeu PGF2α
no dia 7 teve tendência (P = 0,13) de maior taxa de concepção na IATF (64,7%;
11/17) do que o grupo 2 (38,9%; 7/18). Provavelmente devido a luteólise que
ocorreu antecipadamente no grupo 1, a única fonte de progesterona ficou sendo o
CIDR, o que fez com que os níveis de progesterona ficassem baixos, aumentando
a pulsatilidade de LH, promovendo a manutenção do crescimento do folículo
dominante, o que provavelmente aumentou o diâmetro do folículo ovulatório, a
taxa de ovulação ao final do protocolo, e também a formação de um CL de maior
diâmetro. Esses resultados preliminares indicam que a alteração no momento da
aplicação de PGF2α pode aumentar a taxa de concepção na inseminação artificial
em tempo fixo em novilhas sincronizadas com CIDR e benzoato de estradiol.

Baseado nestes dados, Losi et al. (2005) avaliaram a dose reduzida de PGF2
(12,5 mg de dinoprost trometamina; 2,5 ml de Lutalyse®) em 246 vacas paridas
Nelore e aneloradas, com 40 a 110 dias pós-parto e condição corporal média 3,46
+ 0,34 no momento da IATF, mantidas em regime de pasto com suplementação
mineral. Não houve diferença das dosagens utilizadas de dinoprost trometamina
(Lutalyse 2,5 vs 5,0 ml) na taxa de regressão estrutural do corpo lúteo, 95,2%
(120/126) e 98,3% (118/120), na taxa de ovulação, 90,5% (114/126) e 95,0%
(114/120) e na taxa de concepção, 55,6% (70/126) e 61,7% (74/120). Estes dados
mostram que em protocolos em que no dia 0 é feita a inserção de CIDR® e
aplicação de BE, o uso da dose reduzida de 12,5 mg de dinoprost trometamina
(2,5 ml de Lutalyse®) no dia 7 foi eficiente em causar a luteólise de corpos lúteos
formados a mais de sete dias, permitindo a recomendação de seu uso, que implica
na redução do custo do protocolo.

Em outro estudo, Meneghetti et al. (2005) avaliaram o efeito do estímulo ovulatório


(GnRH, BE, ECP). Para tal utilizaram 946 vacas paridas, Nelore e aneloradas,
com dias 40 a 110 dias pós-parto e condição corporal de 3,06 + 0,45 no momento
da IATF, mantidas em regime de pasto com suplementação mineral. Os animais
foram submetidos ao mesmo protocolo somente alterando o estímulo ovulatório no
final do protocolo: os animais dos Grupos 1 e 2 receberam ECP (E.C.P. ®) nas
doses de 0,5 e 1 mg, respectivamente. No dia 10 as vacas do Grupo 3 receberam
1 mg de BE (Estrogin®), 24 horas após a retirada do CIDR® e os animais do
Grupo 4 receberam 100 µg de GnRH (Fertagyl®) na IATF, realizada 48 a 54hs
após a remoção do CIDR® e os bezerros retornaram após o final da IATF. Não
houve efeito dos tratamentos utilizados nas taxas de ovulação, prenhez ao
protocolo e concepção das vacas efetivamente sincronizadas, sendo
respectivamente de 90,0% (99/110), 58,2% (64/110) e 64,5% (64/99) nos animais
que receberam 0,5mg de Cipionato de estradiol; de 87,4% (180/206), 46,1%
(95/206) e 51,7% (93/180) nos que receberam 1 mg de ECP; 89,9% (285/317),
52,1% (165/317) e 56,8% (162/285) nas vacas que receberam BE; 90,1%
(282/313), 54,0% (169/313) e 59,2% (167/282) nos animais que receberam GnRH.
Estes dados sugerem que pode-se utilizar 0,5mg de ECP no final do protocolo
citado, devido redução de custo em relação ao GnRH e por reduzir uma passagem
dos animais no tronco em relação ao protocolo com BE.

Considerações Finais

Características reprodutivas tem baixa herdabilidade, portanto dependem muito do


meio ambiente e do manejo reprodutivo adotado na propriedade. Silva et al.
(2005) avaliaram diferentes manejos reprodutivos na distribuição da concepção ao
longo da estação de monta. Foram utilizadas 707 vacas cruzadas (Brangus x
Nelore), divididas aleatoriamente em 5 grupos, levando-se em consideração os
dias pós-parto, escore da condição corporal e sexo do bezerro: G1 (n=141)
controle: monta natural (1:25) por 107 dias; G2 (n=133) observação de cio e
inseminação artificial nos primeiros 57 dias, seguida por repasse de touros (1:25)
por mais 50 dias; G3 (n=143) dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR) por
6 dias, remoção de bezerros por 60 horas, observação de cio e inseminação
artificial por 57 dias, seguida por repasse de touros (1:25) por mais 50 dias; G4
(n=143) remoção de bezerros por 48 horas, seguido de aplicação de GnRH
(Fertargyl, 100mcg, i.m.), juntamente com a inserção do dispositivo intravaginal de
progesterona (CIDR), sendo que após 6,5 dias, retirou-se o dispositivo e foi
aplicado PGF2 (Lutalyse, 25mg, i.m.), realizando-se nova remoção de bezerros
por 48 horas, seguida por aplicação de GnRH e IATF. Após 7 dias os animais
foram colocados em repasse com touros por 107 dias. O G5 (n=147) recebeu o
mesmo protocolo do G4, sendo que após a IATF os animais ficaram apartados
para re-observação de cio e inseminação, entre os dias 17 a 25, entrando em
repasse com touros, por mais 50 dias. Foi realizado diagnóstico de gestação por
ultra-sonografia, 30 dias após a IATF (G4 e G5) e 30 dias após o final da estação
de monta. Os protocolos de sincronização de cio ou de ovulação no início da
estação de monta aumentaram a porcentagem de vacas prenhas nos 5 primeiros
dias da estação (P<0,01), sendo que no grupo 3, com observação de cio a
porcentagem de vacas gestantes foi de 19,58%, enquanto nos grupos que
receberam inseminação em tempo fixo as taxas de prenhez também foram
maiores neste período (G4 - 44,22 e G5 - 53,33%), quando comparados com os
grupos que foram submetidos aos manejos de monta natural (G1 - 8,51%) ou de
observação de cio seguido de inseminação artificial (G2 - 3,76%). Houve
influência (P<0,01) de condição corporal nas taxas de vacas gestantes em todos
os momentos analisados. Estes resultados mostram que estratégias de
sincronização de ovulação permitem emprenhar as vacas mais rapidamente
durante a estação de monta.

D istrib uição da g estação por tratam ento , du ran te a estação de mo nta


% V a ca s
Ge sta nte s
10 0,0 0

90 ,00

80 ,00

70 ,00

60 ,00

50 ,00

40 ,00

30 ,00

20 ,00

10 ,00

0,0 0
0 dia s 5 dias 22 dias 44 dias 6 6 dia s 88 dias 1 07 dias

Touro IA + Touro S incroniz a çã o de Cio + Touro IATF + Touro IATF + RO + Touro


Portanto, para a vaca ficar gestante é necessário a vaca, o touro (sêmen), a
detecção de cio e o inseminador e para que se obtenha um bom desempenho
reprodutivo, todos esses fatores tem que ser trabalhados com máxima eficiência.

O exemplo seguinte mostra que a multiplicação de pequenas falhas resulta num


grande problema (Tab. 11).

Tabela 11. Exemplo do efeito cumulativo da fertilidade da vaca, do touro, da


eficiência da detecção do cio e do inseminador na Taxa de Prenhez
(% de vacas gestantes a cada 21 dias).
Índices
Parâmetros
% %
Fertilidade da Vaca 95 70
Fertilidade do Touro 95 70
Eficiência na Detecção de Cio 95 70
Eficiência da Inseminação 95 70
TAXA DE PRENHEZ 81,4 24,0

A função do técnico é determinar e implementar estratégias possíveis para


emprenhar a vaca no início da estação de monta, de acordo com cada realidade,
que varia de fazenda para fazenda, e dentro de cada fazenda, de lote para lote.

Vamos inseminar o maior número de vacas o quanto antes!!!!!!!!!


BOA ESTAÇÃO DE MONTA!!!!!!!!!!

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