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Fernandes
Dayana Dourado de Oliveira Costa
Jéssica Mendes Costa
Karlinne Maria Martins Duarte
Mayara Pereira da Silva
Paola Trindade Garcia
Regimarina Soares Reis
Sonayra Brusaca Abreu
SAÚDE DA MULHER
Universidade Federal do Maranhão
UNA-SUS/UFMA
SAÚDE DA MULHER
São Luís
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Prof.a Dra. Nair Portela Silva Coutinho
Reitora
Prof. Dr. Fernando de Carvalho Silva
Vice-Reitor
Prof. Dr. Fernando de Carvalho Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação
Prof.a Dra. Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Coordenadora-Geral da UNA-SUS/UFMA
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Jardel Oliveira Santos; Prof.a Dra. Michele Goulart Massuchin; Prof. Dr. Jadir
Machado Lessa; Prof.a Dra. Francisca das Chagas Silva Lima; Bibliotecária Tatiana Cotrim
Serra Freire; Prof.a Dra. Maria Mary Ferreira; Prof.a Dra. Raquel Gomes Noronha; Prof. Dr.
Ítalo Domingos Santirocchi; Prof. M.e Cristiano Leonardo de Alan Kardec Capovilla Luz
Projeto de design
Eurides Florindo de Castro Junior
Hudson Francisco de Assis Cardoso Santos
Marcio Henrique Sá Netto Costa
Normalização
Edilson Thialison da Silva Reis - 13ª Região, nº Registro - 764
Revisão técnica
Camila Carvalho de Souza Amorim Matos
Ana Maria Lima Almeida
Fabrício Silva Pessoa
Revisão pedagógica
Carolina Abreu de Carvalho
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
Larissa Di Leo Nogueira Costa
Revisão textual
Fábio Alex Matos Santos
ISBN: 978-85-7862-649-5
CDU 613.9-055.2
Copyright @ UFMA/UNA-SUS, 2017. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida,
armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por
qualquer meio eletrônico, mecânico, fotocópia, microfilmagem, gravação ou no outro, sem
permissão do autor.
INFORMAÇÕES SOBRE OS AUTORES
p.
1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 15
2 A MULHER NO CONTEXTO BRASILEIRO ...................................... 17
2.1 Evolução das políticas de Atenção à Saúde da Mulher .............. 17
2.2 Contexto sociodemográfico das mulheres brasileiras ........... 22
2.3 Metas e indicadores em Saúde da Mulher................................. 26
REFERÊNCIAS ............................................................................... 31
3 SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE .................. 35
3.1 Ações específicas em Saúde da Mulher e o papel da Atenção
Básica .................................................................................... 35
3.2 PMAQ no contexto da Saúde da Mulher .................................... 37
3.3 Planejamento de ações em Saúde da Mulher............................ 41
3.4 Organização da demanda espontânea na AB............................. 46
3.4.1 Acolhimento........................................................................... 46
3.4.2 Atraso menstrual ................................................................................ 48
3.4.3 Sangramento uterino anormal ................................................. 50
3.4.4 Queixas urinárias ......................................................................... 51
3.4.5 Corrimento vaginal e cervicites................................................ 52
3.4.6 Mastalgia ............................................................................... 53
3.4.7 Exame Papanicolau ...................................................................... 54
3.4.8 Dor pélvica................................................................................... 55
REFERÊNCIAS ............................................................................... 57
4 ATENÇÃO NO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO E O PUERPÉRIO... ... 61
4.1 O pré-natal no contexto da Atenção Básica............................... 61
4.2 Diagnóstico da gravidez .............................................................. 65
4.3 Consultas ..................................................................................... 67
4.3.1 Entrevista e exame físico............................................................ .. 68
4.4 Fatores de risco na gravidez........................................................ 79
4.5 Exames de rotina......................................................................... 80
4.6 Ações realizadas durante o pré-natal ......................................... 82
4.6.1 Cálculo da idade gestacional.. .................................................. 82
4.6.2 Data provável do parto ................................................................ 83
4.6.3 Medida da altura uterina............................................................. 84
4.6.4 Palpação obstétrica.... ............................................................. 85
4.6.4.1 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)........................ 86
4.7 Puerpério........................................... ....................................... 87
REFERÊNCIAS ............................................................................... 93
5 ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA À GESTANTE...... ....................... 95
5.1 Alterações gestacionais de interesse para a Odontologia..........95
5.2 O pré-natal odontológico............................................................ 96
5.2.1 A consulta odontológica para gestantes ...................................... 98
5.2.2 Uso de medicamentos na gravidez ............................................ 102
5.2.3 Orientações multiprofissionais de saúde bucal da gestante...... 105
REFERÊNCIAS ............................................................................. 109
6 PROMOÇÃO EM SAÚDE DA MULHER: AÇÕES ESPECÍFICAS PARA
RASTREAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS ....113
6.1 Planejamento familiar....... ................................................ 113
6.2 Climatério e menopausa........................................................... 118
6.3 Câncer do colo do útero e mama........................................... 121
6.4 DSTs e HIV/AIDS....... ................................................................. 122
6.5 Violência contra a mulher......................................................... 124
REFERÊNCIAS ............................................................................. 127
PREFÁCIO
1 INTRODUÇÃO
15
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
17
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
19
Cadernos de Saúde da Família
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher: princípios e Diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2011
(Série C. Projetos, Programas e Relatórios).
20
Saúde da Mulher
Em seu auge, o
Enfoque em questões movimento feminista
relacionadas à brasileiro teve forte
equidade de gênero. atuação no campo da A Área Técnica de O Ministério da Saúde
Buscava-se integrar as saúde, criticando de Saúde da Mulher em parceria com
mulheres no processo forma contundente propõe novas ações diversos segmentos
de desenvolvimento, os programas para a atenção das da sociedade elabora
preocupando-se com destinados às mulheres rurais, com o documento com a
sua autonomia mulheres, em deficiência, negras, 2ª reimpressão dos
política e econômica virtude da assistência indígenas, princípios e diretrizes
e com a redução da voltada apenas a presidiárias, lésbicas. da PNAISM.
desigualdade com os alguns cuidados de
homens. saúde no ciclo
gravídico-puerperal.
21
Cadernos de Saúde da Família
Brasil
População total, homens e mulheres 2000-2030
240.000.000
180.000.000
2016
Mulheres: 104.355.330
120.000.000
60.000.000
0
00
03
06
09
12
15
18
21
24
27
30
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
22
Saúde da Mulher
23
Cadernos de Saúde da Família
4,86%
Violência Física
Violência Psicológia
6,51%
Violência Moral
Violência Patrimonial
Tráfico de Pessoas
24
Saúde da Mulher
Figura 6 - Gráfico das causas de mortalidade entre mulheres conforme CID-10, no Brasil, em
2015.
0 5 10 15 20 25 30 35
25
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
Rz mamografias Rz exames
realizadas citopatológicos do
colo do útero
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Saúde da Mulher
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
REFERÊNCIAS
31
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
Fonte: Adaptado de: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de Medicina de Família
e Comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.
35
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
REFLETINDO!
37
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
Citopatológico
alterado
(Geral)
Citopatológico
A equipe realiza busca ativa das seguintes
atrasado
situações:
II.13.6 (Geral)
Poderá marcar mais de uma opção de resposta.
Exames (USG
mamária e
Mamografia) de
mama alterado
(Geral)
II.14 - Atenção ao Pré-natal e Puerpério
Essencial Sim
A equipe realiza consulta de pré-natal?
II.14.1 Não
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
(PMAQ): Instrumento de avaliação externa para as equipes de Atenção Básica
e Saúde Bucal (Saúde da Família ou Parametrizada). Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2016a. Disponível: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/
documentos/Instrumento_Avaliacao_Externa_AB_SB.pdf>.
41
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
43
Cadernos de Saúde da Família
PLANEJAMENTO FAMILIAR
● A comunidade conhece as atividades de planejamento
familiar desenvolvidas pela equipe da ESF?
● Como têm sido desenvolvidas as atividades educativas
relativas ao planejamento familiar?
● Como se dá a participação da equipe multiprofissional
nas atividades relativas ao planejamento familiar?
● Como os usuários participam da escolha dos métodos
contraceptivos?
● Como é realizada assistência nos casos de infertilidade
conjugal?
● Como é tratada a contracepção de emergência em sua
unidade?
● Existe disponibilidade contínua dos métodos
contraceptivos para os usuários de seu território e/ou
município?
CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL
● O cartão da gestante está sendo preenchido a cada
atendimento em sua unidade?
● Como é realizado o acolhimento das gestantes que estão
sob a responsabilidade de sua equipe?
● Como você e sua equipe têm prestado assistência à
gestante e à puérpera?
● Quantas consultas estão sendo disponibilizadas para cada
gestante?
● Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das
gestantes pela sua equipe?
● Como sua equipe tem desenvolvido as atividades
educativas com as gestantes e puérperas em seu
território e/ou município?
CLIMATÉRIO
● Como tem sido a atenção de sua equipe às mulheres com
distúrbios relacionados ao climatério em seu território?
● Como os sintomas do climatério têm sido tratados pela
equipe?
● Como a sua equipe tem trabalhado na promoção da
saúde das mulheres no climatério?
● Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das
mulheres no climatério pela sua equipe?
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Saúde da Mulher
IMPORTANTE!
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Cadernos de Saúde da Família
3.4.1 Acolhimento
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Saúde da Mulher
Acolher a mulher
nas suas necessidades de
vida e saúde
Atuação profissional -
pessoa - família de
corresponsabilização
Atuação voltada às
necessidades locais
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
• Considerar abortamento
• Atentar para violência sexual Sangramento intermenstrual
• Ver abordagem do teste de Teste de gravidez* Encaminhar para
gravidez positivo no Enfermeiro(a)/ serviço de emergência
Definição:
Fluxograma 2 – Atraso menstrual médico(a) • Sangramento não relacionado ao ciclo
e amenorreias e no NÃO RESPONDEU menstrual.
Capítulo 2, sobre Pré-Natal NEGATIVO
Padrões:
Tratamento clínico do • Escape ou spotting: ocorre em qualquer
Sangramento agudo sangramento agudo momento do ciclo menstrual e, geralmente,
SIM
Sangramento uterino aumentado (ovulatório) intenso? (Quadro 4) em pequena quantidade.
Enfermeiro(a)/médico(a) Médico(a) • Sangramento pós-coito: é desencadeado pelo
Definição: ato sexual e, geralmente, decorre de patologias
• Ciclos menstruais regulares. da vagina ou do colo uterino***.
• Volume do sangramento interfere nas atividades. RESPONDEU
NÃO
Etiologias:
Causas mais relevantes: Avaliar padrão de • Associado a ACO ou AMP.
• Funcional (causa endometrial). sangramento • Patologias cervicais (cervicite, câncer de colo
• Miomatose. Médico uterino, pólipo cervical, condiloma, trauma)
• Adenomiose. ou ectopia.
• DIU de cobre. • Câncer de endométrio (especialmente se > 45
• Coagulopatias. anos).
Sangramento irregular (anovulatório) • Endometrite ou DIP.
Outras causas, mas que geralmente • Pólipos de endométrio.
provocam sangramento intermenstrual: Definição:
• Pólipos endometriais. • Ciclos irregulares.
• Hiperplasia ou carcinoma de endométrio. • Volume do sangramento variável. Uso de
• Doença inflamatória pélvica, endometrite. anticoncepcional
Causas mais relevantes: hormonal e
• Primeiros anos após menarca. sangramento de
• Climatério. escape?
• Síndrome dos ovários policísticos.
Sangramento iniciou • Hipotireoidismo.
NÃO SIM
após inserção de DIU • Hiperprolactinemia.
de cobre ou há história
sugestiva de Considerar também as causas do sangramento
Ver protocolo de
coagulopatia?** intermenstrual (Quadro 2)
Planejamento
Evidência de
Reprodutivo
cervicite, câncer de
SIM NÃO colo uterino, pólipo
Menarca recente cervical ou ectopia?
Manejo Manejo clínico ou climatério?
conforme por três meses
Quadro 1 NÃO SIM SIM NÃO
(Quadros 1 e 5)
Solicitar Proceder
ultrassonografia • Investigar e manejar Orientar Encaminhar para
NÃO Boa
Boa conforme
e encaminhar como para histeroscopia
resposta?
resposta? Quadro 3
para amenorreia
ginecologista SIM secundária
Manter e
observar
* Para mais informações sobre o teste de gravidez, ver Fluxograma 2 – Atraso menstrual e amenorreias.
** Sangramento uterino aumentado desde a menarca OU história familiar de coagulopatia OU múltiplas manifestações hemorrágicas.
*** Patologias da vagina não foram incluídas no fluxograma, por não serem de origem uterina. Incluem trauma, vaginose, vaginite atrófica e carcinoma.
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Saúde da Mulher
ITU complicada
NÃO
Havendo recursos adequados,
algumas pessoas podem ser tratadas
ITU não complicada ambulatorialmente.
Iniciar uso de antibiótico de forma Nesse caso:
NÃO Apresenta sintomas SIM
empírica (a escolha deve estar
sistêmicos*** • Iniciar tratamento empírico.
direcionada para cobertura de
Enfermeiro(a)/Médico(a) • Colher amostra de urina para
germes comuns).
Enfermeiro(a)/Médico(a) realização de cultura.
• Reavaliar em 24 horas e, se houver
melhora clínica evidente, manter o
tratamento ambulatorial.
- Urocultura de controle não é necessária para • Se sinais precoce de sepse ou caso
ITU com resolução clínica. não ocorra melhora, encaminhar
- Se os sintomas persistirem após 48h a 72h para avaliação e tratamento
de tratamento ou recorrência em poucas hospitalar.
semanas, devem ser reavaliados e Médico(a)
classificados como ITU complicada. Urocultura
deve ser repetida e tratamento empírico
iniciado com droga de outra classe.
51
Cadernos de Saúde da Família
EXAME FÍSICO
• Exame do abdome: sinais de peritonite, massa abdominal,
dor à palpação de hipogástrio.
• Exame ginecológico.
• Exame especular: observar características do colo/sinais
de cervicite; coletar material para teste de aminas e, se
disponível, microscopia a fresco.
• Toque vaginal: dor à mobilização do colo (cervicite); dor à
mobilização do útero e anexos (DIP ou sinais de
Tratar gonorreia e clamídia endometrite/pelveperitonite secundária a aborto/parto).
conforme consta na página Enfermeiro(a)/médico(a)
40 do Protocolo Saúde das
Mulheres.
Enfermeiro(a)/Médico(a)
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Saúde da Mulher
3.4.6 Mastalgia
SIM NÃO
ECM normal? Avaliação médica
NÃO
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Cadernos de Saúde da Família
SIM NÃO
30 anos ou mais?
Novo resultado
normal?
NÃO SIM
Colposcopia
Achados SIM
colposcópicos
(vide texto)?
SIM
NÃO
JEC completamente
visível?
SIM
NÃO
Citologia Biópsia
Lesão intraepitelial
ou câncer?
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Saúde da Mulher
Sinais de alerta
ACOLHIMENTO COM ESCUTA QUALIFICADA - Atraso menstrual,
Atenção aos SINAIS DE ALERTA amenorreia ou gravidez
Equipe multiprofissional confirmada.
- Parto ou abortamento
recentes.
Mulher com queixa de dor em andar inferior do abdome - Febre, calafrio, hipotensão,
• Avaliação do problema e definição do padrão da dor
Enfermeiro(a)/médico(a) taquicardia, taquipneia.
- Distensão ou rigidez
abdominal, sinais de
irritação peritoneal.
- História de violência sexual.
* Sobre Teste Rápido de Gravidez, ver a Nota Técnica da Rede Cegonha de 12 de dezembro de 2013. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/nt_teste_rapido_gravidez_ab.pdf>.
** Perda ponderal, comprometimento do estado geral, sangramento urogenital ou gastrintestinal.
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Cadernos de Saúde da Família
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Saúde da Mulher
REFERÊNCIAS
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
DIREITO À SAÚDE
Toda gestante tem direito a atendimento gratuito
e de qualidade nos hospitais públicos e conveniados ao SUS
DIREITOS SOCIAIS
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Saúde da Mulher
DIREITOS TRABALHISTAS
• Estabilidade no emprego
- Toda empregada gestante tem direito à estabilidade no emprego, desde a confirmação
da gravidez até cinco meses após o parto.
• Licença e salário-maternidade
- A gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias (art. 392), sem prejuízo do
emprego e do salário, devendo a gestante notificar o seu empregador da data do início
do afastamento, que poderá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e a ocorrência deste.
- O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas,
empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais,
por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto, adoção ou guarda judicial.
- O benefício poderá ser pago nos 120 dias em que ficam afastadas do emprego por
causa do parto e poderá ter início até 28 dias antes.
- Nos casos em que a criança venha a falecer durante a licença-maternidade, o salário-
maternidade não será interrompido.
- Em casos de aborto, será pago o benefício por duas semanas, a licença varia entre 14
a 30 dias de acordo com a prescrição médica.
• Funções exercidas pela gestante
- Durante a gravidez, a gestante poderá se adequar a outras funções no trabalho, sem
prejuízo dos salários e demais benefícios, quando as condições de saúde da mãe e do
bebê o exigir – assegurada a volta à função anteriormente exercida, logo após o retorno
da licença-maternidade –, devendo a gestante apresentar ao empregador o atestado
médico confirmando que as condições atuais do trabalho podem causar prejuízos à
saúde da mãe e do bebê.
DIREITOS DE PROTEÇÃO À MATERNIDADE
• Dispensa do horário de trabalho para realização de no mínimo seis consultas médicas
e demais exames complementares.
• Dispensa durante a jornada de trabalho para amamentar o filho, até que este complete
6 meses de idade, sendo dois descansos especiais de meia hora cada um.
• Quando a saúde de seu filho exigir, a licença de seis meses poderá ser dilatada, a critério
da autoridade competente.
DIREITOS DO PAI
• O pai tem direito à licença-paternidade de cinco dias contínuos logo após o nascimento
do bebê.
• O pai tem direito a participar do pré-natal.
• O pai tem direito a acompanhar a gestante durante o pré-parto, parto e pós-parto.
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica:
Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016a. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_
mulher.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2016
63
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
4.3 Consultas
IMPORTANTE!
Não existe alta de pré-natal. A gestante deve ser acompanhada
durante toda a gestação, a fim de preservar a saúde e a segurança
até o momento do parto.
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Cadernos de Saúde da Família
Condutas
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
QUANDO
ENTREVISTA O QUE AVALIAR?
AVALIAR?
• Status em relação ao cigarro
Tabagismo e • Para as fumantes,
(fumante, ex-fumante, tempo
exposição à Primeira avaliar se pensam em
de abstinência, tipo de fumo).
fumaça do consulta. parar de fumar nesse
• Exposição ambiental à
cigarro. momento.
fumaça de cigarro.
Álcool e
• Padrão prévio e/
outras
ou atual de consumo
substâncias
de álcool e outras
psicoativas
substâncias psicoativas
(lícitas e
(lícitas e ilícitas).
ilícitas).
• Doenças autoimunes,
• Diabetes, hipertensão,
doenças respiratórias
cardiopatias.
(asma, DPOC),
• Trombose venosa.
doenças hepáticas,
• Alergias, transfusão
tireoidopatias, doença
de sangue, cirurgias,
renal, infecção urinária,
medicamentos de uso
IST, tuberculose,
eventual ou contínuo
Primeira hanseníase, malária,
(prescritos ou não pela equipe
consulta. rubéola, sífilis, outras
de saúde, fitoterápicos e
doenças infecciosas.
outros).
• Transtornos mentais,
• Cirurgias prévias (mama,
epilepsia, neoplasias,
abdominal, pélvica).
desnutrição, excesso de
• Hemopatias (inclusive
peso, cirurgia bariátrica.
doença falciforme e
Antecedentes • Avaliar sinais de
talassemia).
clínicos, depressão.
ginecológicos, • Malformações
obstétricos congênitas.
e de • Intercorrências em
aleitamento gestações anteriores
• Idade na primeira gestação.
materno. como síndromes
• Número de gestações
hemorrágicas ou
anteriores, partos (termo, pré
hipertensivas,
e pós-termo; tipo e intervalo),
isoimunização Rh,
abortamentos e perdas fetais.
diabetes gestacional,
Primeira • Gestações múltiplas.
incompetência
consulta. • Número de filhos vivos,
istmocervical, gravidez
peso ao nascimento, recém-
ectópica.
nascidos com história de
• Mola hidatiforme,
icterícia, hipoglicemia
gravidez anembrionada
ou óbito neonatal e pós-
ou ovo cego.
neonatal.
• Intercorrências no
puerpério.
• Experiência em partos
anteriores.
70
Saúde da Mulher
QUANDO
ENTREVISTA O QUE AVALIAR?
AVALIAR?
• História de útero
bicorno, malformações
uterinas, miomas
• Ciclos menstruais. submucosos, miomas
Antecedentes • História de infertilidade. intramurais com mais
Primeira
clínicos, • Resultado do último exame de 4 cm de diâmetro ou
consulta.
ginecológicos, preventivo de câncer de colo múltiplos, cirurgias
obstétricos uterino. ginecológicas e
e de mamária, implantes,
aleitamento doença inflamatória
materno. pélvica.
• História de aleitamento em
Primeira outras gestações, tempo,
• Desejo de amamentar.
consulta. intercorrências ou desmame
precoce.
• Desejo e prazer
• Idade de início da atividade
sexual.
Primeira sexual.
Saúde sexual • Práticas sexuais.
consulta. • Intercorrências como dor,
• Medidas de proteção
desconforto.
para IST.
Primeira • Estado vacinal: dT/dTpa, hepatite B, influenza, tríplice
Imunização
consulta. viral.
• Hábitos de higiene
• Antecedentes ou história
bucal como rotina de
atual de sangramento
escovação e uso de fio
Primeira gengival, mobilidade dentária,
Saúde bucal dental.
consulta. dor, lesões na boca, infecções,
• Data da última
pulpite, cáries, doença
avaliação de saúde
periodontal ou outras queixas.
bucal.
• Pré-eclâmpsia.
• Doenças hereditárias.
• Hipertensão.
• Gemelaridade.
• Tuberculose.
• Diabetes.
• Câncer de mama ou
Antecedentes Primeira • Hanseníase.
ovário.
familiares. consulta. • Transtorno mental.
• Deficiência e
• Doença neurológica.
malformações.
• Grau de parentesco com o
• Parceiro com IST ou
pai do bebê.
HIV/Aids.
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica:
Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_
mulher.pdf>.
71
Cadernos de Saúde da Família
72
Saúde da Mulher
• Realizar orientações
específicas.
Primeira Região cervical
• Avaliação médica na
consulta • Palpação de tireoide.
presença de achados
anormais.
Mamas
• Inspeção estática e dinâmica,
avaliando simetria, alterações do
contorno, abaulamento ou
• Realizar orientações
espessamento da pele, coloração,
Primeira específicas.
textura, circulação venosa, tipo de
consulta • Para as condutas nos
mamilo.
achados anormais.
• Palpação de mamas, região
supraclavicular e axilar em busca de
alterações de textura, nódulos,
abaulamentos, entre outros.
• Realizar orientações
Primeira
Tórax específicas.
consulta
• Avaliação pulmonar. • Avaliação médica na
2º trimestre
• Avaliação cardíaca. presença de achados
3º trimestre
anormais.
Resultados
• (-) ou ausente – monitorar
rotineiramente.
• (+) apenas no tornozelo
– observar; pode ser postural,
pelo aumento de temperatura
ou tipo de calçado.
• (++) em membros
Edema
inferiores + ganho de peso
• Inspeção na face e membros
+ hipertensão – orientar
superiores.
decúbito lateral esquerdo,
• Palpação da região sacra, com a
Primeira pesquisar sinais de alerta e
gestante sentada ou em decúbito
consulta movimentos fetais, agendar
lateral.
2º trimestre retorno em sete dias; se
• Palpação de membros inferiores
3º trimestre hipertensão e/ou proteinúria
(MMII), região pré-maleolar e pré-
presente, encaminhar ao
tibial, com a gestante em decúbito
alto risco.
dorsal ou sentada, sem meias.
• (+++) em face, membros
• Observar varizes e sinais flogísticos.
e região sacra, ou edema
observado ao acordar pela
manhã, independentemente
de ganho de peso e
hipertensão. Suspeita de
pré-eclâmpsia; encaminhar
para avaliação médica e ao
alto risco.
73
Cadernos de Saúde da Família
De acordo com
• Realizar orientações
a necessidade, Região inguinal e perineal
específicas.
orientados pela • Inspeção de vulva.
• Avaliação médica na
história • Palpação de linfonodos.
presença de achados
e queixas da • Região anal.
anormais.
gestante.
• Realizar colpocitopatologia
oportuna, de acordo com a
De acordo com necessidade.
a necessidade, • Não há contraindicação no
orientados pela uso da escova endocervical,
Exame especular
história não havendo mudanças na
e queixas da coleta da gestante.
gestante. • Não há restrição quanto à
idade gestacional para a
coleta da citologia.
Toque bimanual
De acordo com • Avaliar condições do colo uterino
a necessidade, (permeabilidade).
• Realizar orientações
orientados pela • Sensibilidade à movimentação
específicas e avaliação
história uterina e anexos.
médica, se necessário.
e queixas da • Volume uterino (regularidade e
gestante. compatibilidade com
a amenorreia).
74
Saúde da Mulher
• Valores persistentes de PA
sistólica ≥ 140 mmHg e/ou
diastólica ≥ 90 mmHg (em
três ou mais avaliações de
saúde, em dias diferentes,
com duas medidas em cada
avaliação) caracterizam
hipertensão arterial (HA)
na gestação e devem ser
acompanhadas no alto risco.
• PA entre 140/90 e 160/110
mmHg, assintomática e
sem ganho de peso > 500 g
semanais, fazer proteinúria,
agendar consulta médica
imediata, solicitar USG e
referir ao alto risco para
avaliação.
• Elevação ≥ 30 mmHg da
PA sistólica e/ou ≥ 15 mmHg
Dados vitais
de diastólica em relação à
Avaliar sentada ou em decúbito
PA anterior à gestação ou
lateral esquerdo:
até a 16ª semana, controlar
Todas as • Pulso.
com maior frequência
consultas • Frequência respiratória.
para identificar HA. Se
• Aferição de pressão arterial (PA).
assintomática e PA
• Frequência cardíaca.
< 140/90 mmHg, reavaliar
• Temperatura axilar.
frequentemente e orientar
medidas alimentares.
• PA > 160/110 mmHg ou PA
> 140/90 mmHg e proteinúria
positiva e/ou sintomas
de cefaleia, epigastralgia,
escotomas e reflexos
tendíneos aumentados,
referir com urgência à
maternidade.
• Gestantes com HAS prévia
e em uso de medicação anti-
hipertensiva devem ser
acompanhadas no pré-natal
de alto risco.
• Ver também “Atenção às
intercorrências do pré-natal”
e “O que fazer nas
síndromes hipertensivas,
pré-eclâmpsia e eclâmpsia”.
75
Cadernos de Saúde da Família
Abdome
• Palpação abdominal.
Palpação obstétrica
• Para identificação da situação e
apresentação fetal (polo cefálico,
pélvico e dorso fetal) e
Recomendação
acompanhamento da altura uterina.
A situação transversa e a
Primeira • Em torno da 36ª semana,
apresentação pélvica ao final
consulta recomenda-se a determinação da
da gestação podem trazer
2º trimestre apresentação fetal (cefálica e pélvica).
risco ao parto, e a gestante
3º trimestre • Determinar a situação fetal
deve ser encaminhada para a
(longitudinal, transversa e oblíqua)
maternidade de referência.
colocando as mãos sobre as fossas
ilíacas, deslizando-as em direção à
escava pélvica e abarcando o polo
fetal que se apresenta. A situação
longitudinal é a mais comum.
• Manobra de Leopold.
Recomendação
• Traçados iniciais abaixo ou
acima da faixa devem ser
medidos novamente em 15
dias para descartar erro da
Medida da altura uterina idade gestacional e risco
• Indica o crescimento fetal e a para o feto.
medida deve ficar dentro da faixa • Nas avaliações
que delimita os percentis 10 e 90 do subsequentes, traçados
Todas as gráfico de crescimento uterino de persistentemente acima
consultas, acordo com a idade gestacional. ou abaixo da faixa e com
após a 12ª • Após delimitar o fundo uterino e a inclinação semelhante
semana de borda superior da sínfise púbica, fixar indicam provável erro
gestação a extremidade da fita métrica de idade gestacional;
inelástica na primeira e deslizá-la com encaminhar para avaliação
a borda cubital da mão pela linha médica para confirmação
mediana do abdome até a altura do da curva, verificar a
fundo uterino. necessidade de solicitação
de ultrassonografia ou
referência ao alto risco. Se
a inclinação for diferente,
encaminhar para o alto
risco.
76
Saúde da Mulher
77
Cadernos de Saúde da Família
Recomendação
• Alterações persistentes da
frequência dos BCF devem
ser avaliadas pelo médico
ou na maternidade de
Ausculta dos batimentos cardiofetais
referência, assim como BCF
(BCF)
não audíveis com Pinard após a
24ª semana e não percepção de
Todas as • Audível com uso de sonar doppler a
movimentos fetais e/ou se não
consultas, a partir da 10ª/12ª semana.
ocorreu crescimento uterino.
partir da 10ª a • Audível com uso de estetoscópio de
• Ocorre aumento transitório
12ª semana de Pinard a partir da 20ª semana.
da frequência na presença de
gestação • Verificar ritmo, frequência e
contração uterina, movimento
regularidade dos BCF. Contar número
fetal ou estímulo mecânico. Se
de BCF em um minuto. A frequência
ocorrer desaceleração durante
esperada é de 110 a 160 bpm.
e após contração, pode ser
sinal de preocupação. Nestas
condições, referir para avaliação
em serviço de maior densidade
tecnológica ou maternidade.
78
Saúde da Mulher
79
Cadernos de Saúde da Família
SOLICITAÇÃO DE EXAMES
Na primeira consulta, solicitar:
• Hemoglobina e hematócrito: repetir no 3º trimestre.
• Eletroforese de hemoglobina
• Tipagem sanguínea e fator Rh.
• Coombs indireto (se for Rh negativo).
• Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR;
repetir próximo à 30ª semana.
• Glicemia em jejum: repetir próximo à 30ª semana.
• Exame sumário de urina (Tipo I): repetir próximo à 30ª
semana.
• Teste rápido para HIV ou sorologia (anti-HIV I e II). Repetir
no 3º trimestre.
80
Saúde da Mulher
81
Cadernos de Saúde da Família
82
Saúde da Mulher
83
Cadernos de Saúde da Família
42
41
4t0ermo
39arto a
8 P
,5
34
3
,5
37
34 5 31
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8,5 34
36
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35
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34
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33
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CONTRAÇÕES UTER
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24
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16 23
7
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1 5,5 2,5
3
15 5
2 P90 8
2 8 8
,6 9,5 11,5 12,5 13,5 14 21,
1 9
22 12 1 ,5 2
4,5 15 17 18 19 19 10
2 1
11 20
12 19
13 14
15 16 17 18
84
Saúde da Mulher
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-
natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2006. 63 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5). Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1926.pdf>.
85
Cadernos de Saúde da Família
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-
natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2006. 63 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5). Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1926.pdf>.
86
Saúde da Mulher
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-
natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2006. 63 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5). Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1926.pdf>.
4.7 Puerpério
87
Cadernos de Saúde da Família
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-
natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2006. 63 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5). Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1926.pdf>.
88
Saúde da Mulher
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres.
Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/
docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_mulher.pdf>.
89
Cadernos de Saúde da Família
No puerpério imediato, tirar dúvidas e orientar quanto ao retorno das atividades sexuais.
90
Saúde da Mulher
CONSIDERAÇÕES FINAIS
91
Cadernos de Saúde da Família
92
Saúde da Mulher
REFERÊNCIAS
OMS. Pregnant women must be able to access the right care at the right
time, says WHO. Geneva: OMS, 2016b. Disponível em: <http://www.who.int/
mediacentre/news/releases/2016/antenatal-care-guidelines/en/>. Acesso em: 9
dez. 2016.
93
Cadernos de Saúde da Família
94
Saúde da Mulher
95
Cadernos de Saúde da Família
IMPORTANTE!
96
Saúde da Mulher
97
Cadernos de Saúde da Família
16%
31% 53%
98
Saúde da Mulher
9%
38%
53%
Prevenção.
Dor/Tratamento de urgência.
Motivos diversos.
99
Cadernos de Saúde da Família
MITOS VERDADES
“A gestação não é um fator
pré-determinante de doenças
bucais. As cáries estão
associadas às mudanças de
“Cada gravidez, um dente.” hábitos alimentares e de
higiene e a gengivite está
associada à presença de placa
(BASTIANI et al., 2010; BRASIL,
2008; SILVA et et al., 2006).”
100
Saúde da Mulher
CONSULTA ODONTOLÓGICA
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
Legenda
* – Mancha branca ativa Ca – Lesão cavitada ativa PF – Prótese fixa
O – Mancha branca inativa Ci – Lesão cavitada inativa RE – Restauração estética
A – Ausente E – Extraído SP – Selamento provisório
Ae – Abrasão/erosão H – Hígido T – Traumatismo
Am – Amálgama M – Restauração metálica X – Extração indicada
/ / / /
/ / / /
/ / / /
/ / / /
101
Cadernos de Saúde da Família
Categoria Descrição
102
Saúde da Mulher
103
Cadernos de Saúde da Família
104
Saúde da Mulher
21%
67%
8%
Dentista 3%
Amigos
Não receberam orientações
Médico ginecologista
Revista
1%
Fonte: Adaptado de: BASTIANI, C. et al. Conhecimento das gestantes sobre alterações
bucais e tratamento odontológico durante a gravidez. Odontol. Clín.-Cient.,
Recife, v. 9, n. 2, p. 155-160, abr./jun. 2010.
105
Cadernos de Saúde da Família
106
Saúde da Mulher
CONSIDERAÇÕES FINAIS
107
Cadernos de Saúde da Família
108
Saúde da Mulher
REFERÊNCIAS
109
Cadernos de Saúde da Família
MELO, M. M.; SOARES, M.B.O.; SILVA, S.R. Orientações recebidas por gestantes
adolescentes durante o pré-natal, Cienc. Cuid. Saúde, v. 14, n. 3, p. 1323-1329,
jul./set., 2015.
110
Saúde da Mulher
111
Cadernos de Saúde da Família
112
Saúde da Mulher
113
Cadernos de Saúde da Família
AÇÕES DE
AÇÕES EDUCATIVAS AÇÕES CLÍNICAS
ACONSELHAMENTO
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf>.
114
Saúde da Mulher
ANTICONCEPCIONAL
ANTICONCEP-
INJETÁVEL DIU DE MÉTODOS DE
CONDIÇÃO ATUAL CIONAL MINIPÍLULA
Combinado Progestágeno COBRE BARREIRA**
ORAL*
(mensal) (trimestral)
1
Idade < 40 anos 1 1 1 1 1
A: 2
Idade ≥ 40 anos 2 2 2 1 1 1
Não aplicável
(preservativo
Gravidez B B C C 4 deve
ser utilizado pela
dupla proteção)
1
Amamentação: (diafragma não
D: 1
menos de 6 sem do 4 4 3 3 aplicável se ≤
E: 3
parto 6 semanas pós-
parto)
Amamentação: 6 sem
3 3 1 1 1 1
a 6 meses do parto
Amamentação: mais
2 2 1 1 1 1
de 6 meses do parto
Obesidade 2 2 1 1 1 1
IST (exceto HIV e F: 4
1 1 1 1 1
hepatite) G: 2
Fumo: <35 anos 2 2 1 1 1 1
Fumo: ≥ 35 anos; ≤ 15
3 3 1 1 1 1
cigarros/dia
Fumo: ≥ 35 anos; > 15
4 4 1 1 1 1
cigarros/dia
Não aplicável
(não é necessário
para a segurança
HAS sem
3 3 2 2 1 do método o
acompanhamento
acompanha-
mento
da HAS)
HAS controlada em
3 3 2 1 1 1
acompanhamento
HAS: PAS 140-159 e
3 3 2 1 1 1
PAD 90-99 mmHg
115
Cadernos de Saúde da Família
ANTICONCEPCIONAL
ANTICONCEP-
INJETÁVEL DIU DE MÉTODOS DE
CONDIÇÃO ATUAL CIONAL MINIPÍLULA
Combinado Progestágeno COBRE BARREIRA**
ORAL*
(mensal) (trimestral)
HAS com PAS>160 e
4 4 3 2 1 1
PAD ≥ 100 mmHg
HAS + portadora de
4 4 3 2 1 1
doença vascular
História atual de TEP/
4 4 3 3 1 1
TVP
Histórico TEP/
TVP + uso atual de 4 4 2 2 1 1
anticoagulante oral
História prévia de
4 4 2 2 1 1
TEP/TVP
2 (introdução
do método)
Isquemia cardíaca
4 4 3 3 1 1
(prévia ou atual)
(manutenção
do método)
2 (introdução
do método)
AVC (prévio ou atual) 4 4 3 3 1 1
(manutenção
do método)
Dislipidemias 2/3 2/3 2 2 1
Diabetes há mais
de 20 anos OU com
doença vascular 3/4 3/4 3 2 1 1
(nefro, retino ou
neuropatias)
2 (introdução 1 (introdução
2 (introdução
do método) do método)
Enxaqueca sem aura do método)
3 2 2 1 1
(<35 anos) 3 (manutenção
(manutenção (manutenção
do método)
do método) do método)
3 (introdução 2 (introdução 2 (introdução
3 (introdução
do método) do método) do método)
Enxaqueca sem aura do método)
4 3 3 1 1
(≥ 35 anos) 4 (manutenção
(manutenção (manutenção (manutenção
do método)
do método) do método) do método)
2 (introdução 2 (introdução
do método) do método)
4 (introdução 4 (introdução
Enxaqueca com aura 3 3 1 1
do método) do método)
(manutenção (manutenção
do método) do método)
116
Saúde da Mulher
ANTICONCEPCIONAL
ANTICONCEP-
INJETÁVEL DIU DE MÉTODOS DE
CONDIÇÃO ATUAL CIONAL MINIPÍLULA
Combinado Progestágeno COBRE BARREIRA**
ORAL*
(mensal) (trimestral)
Câncer (CA) de mama
4 4 4 4 1
atual
Histórico de CA de
mama – ausência de 3 3 3 3 1
evidência por 5 anos
Uso atual de
3 2 1 3 1
anticonvulsivantes**
Legenda:
A – O DIU de cobre é categoria 2 para mulheres com idade menor ou igual a 20 anos pelo maior risco de expulsão
(maior índice de nuliparidade) e por ser faixa etária considerada de maior risco para contrair IST.
B – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação nesses casos quando
usados acidentalmente durante a gravidez.
C – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação nesses casos
quando usados acidentalmente durante a gravidez, mas ainda não está definida a relação entre o uso do acetato de
medroxiprogesterona na gravidez e os efeitos sobre o feto.
D – O DIU de cobre é categoria 1 se: a) For introduzido em menos de 48 horas do parto, com ou sem aleitamento, desde
que não haja infecção puerperal (cat. 4); b) For introduzido após quatro semanas do parto.
E – O DIU de cobre é categoria 3 se introduzido entre 48 horas e quatro semanas após o parto.
F – Categoria 4 para colocação de DIU de cobre em casos de DIP atual, cervicite purulenta, clamídia ou gonorreia.
G – Em quaisquer casos, inclusive DIP atual, o DIU de cobre é categoria 2, se o caso for continuação do método (usuária
desenvolveu a condição durante sua utilização), ou se forem outras IST que não as listadas na letra.
Notas:
* Anticoncepcionais com dose menor ou igual a 35 mcg de etinilestradiol.
** Diafragma, preservativo masculino, feminino e espermicida.
*** Anticonvulsivantes: fenitoína, carbamazepina, topiramato, oxcarbazepina, barbitúricos, primidona. Não entra
nessa lista o ácido valproico.
117
Cadernos de Saúde da Família
118
Saúde da Mulher
119
Cadernos de Saúde da Família
120
Saúde da Mulher
121
Cadernos de Saúde da Família
As doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) estão entre
os problemas de saúde pública
mais frequentes, sendo atualmente
consideradas como principal fator
facilitador da transmissão sexual do HIV.
A ocorrência das doenças
sexualmente transmissíveis e da
infecção pelo HIV acarreta em grandes consequências para o exercício da
122
Saúde da Mulher
REFLETINDO!
123
Cadernos de Saúde da Família
124
Saúde da Mulher
125
Cadernos de Saúde da Família
REFLETINDO!
IMPORTANTE!
A Lei n° 10.778, de 24 de novembro de 2003, estabelece a
notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência
contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou
privados (BRASIL, 2003).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
126
Saúde da Mulher
REFERÊNCIAS
127
Cadernos de Saúde da Família
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Saúde da Mulher
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Cadernos de Saúde da Família
130