Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Enquadramento e Introduçao Revistas - 10-10-22 - Corrigido
Enquadramento e Introduçao Revistas - 10-10-22 - Corrigido
FACULDADE DE PSICOLOGIA
UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
2021/2022
AGRADECIMENTOS
i
Resumo e Abstract
Palavras-chave:
ii
Índice
Índice de quadros
Anexos
iii
Possível poema ou escrita de arte sobre perturbações aditivas!!!
“Still saw addiction as a human passion such smoking, gambling, greediness for profit, sexual
excesses, etc” - Levenstein (Berridge and Edwards, 1981: 142-143)
O consumo de drogas tinha então um claro significado social, dando suporte às teorias que as
entendiam como um fator causador de desordem social e de insegurança: “é a droga que faz o
toxicodependente” e, portanto, se é a substância que faz o mal, é a ela que se deve fazer a
guerra.
iv
INTRODUÇÃO
v
NEeste Modelo Alternativo para as Perturbações de Personalidade convergem
características dos modelos dimensionais e dos modelos categoriais (APA, 2013). Neste
modelo existem dois critérios inovadores: o Critério A, correspondente aos défices no
funcionamento da personalidade e o critério B, operacionalizado pelo Inventário da
Personalidade para o DSM-5 (PID-5; Krueger et al., 2012) para avaliar traços de
personalidade maladaptativos. Este modelo avalia cinco domínios da personalidade, que
correspondem aos polos desadaptativos do Modelo dos Cinco Fatores da Personalidade, e
vinte e cinco facetas específicas (APA, 2013). Diversos os estudos indicam que ambos os
modelos funcionam de forma similar (e.g., Krueger & Markon, 2014; Suzuki, Griffin, &
Samuel, 2017). Evidenciam correlações onde a Afetividade Negativa, o Desprendimento, o
Antagonismo e a Desinibição, são similares, respetivamente, ao Neuroticismo e aos extremos
patológicos da Extroversão, Amabilidade e Conscienciosidade, descritos no Modelo dos
Cinco Fatores da Personalidade (FFM) (Krueger & Markon, 2014; Sleep et al., 2017).
Estes dois sistemas servem para diagnosticar perturbações da saúde mental, sendo que
o DSM-5 é usado principalmente nos Estados Unidos, enquanto o ICD-11 é usado
internacionalmente. Estudos recentes documentaram a validade convergente de ambos os
sistemas (Oltmanns & Widiger, 2019), mas também apontam para potenciais insuficiências
(Bach et al., 2020). Uma sincronização de ambos os sistemas pode ser útil para a beneficiar a
utilidade clínica (Mullins-Sweatt et al., 2016), fornecendo uma cobertura diagnóstica mais
completa (Bach et al., 2018) e permitindo uma conceituação de caso mais personalizada e
uma abordagem de tratamento subsequente.
vi
facetas de traços do domínio Anankastia relativo ao ICD-11, aparecendo o Inventário
de Personalidade Modificado para DSM-5—Formulário Breve Plus [PID5BF+M; (Bach
et al., 2020)].
vii
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
As definições são necessárias para impor limites teóricos sobre um assunto, apesar da
sua incompletude e da sua tendência parade mudar ao longo do tempo. Isto aplica-se às
definições sobre a adição, as substâncias e o seu uso. Antigamente, a maioria dos médicos
definia a adição como um hábito ou um vício. Apenas no século 20 é que os médicos
começaram a se preocupar e designaram esta condição como uma doença.
viii
comportamentais que incluem a compulsão de consumir a substância de forma continuada
como forma de experienciar os seus efeitos psíquicos ou de evitar a sensação desagradável
que a sua falta provoca (Socidrogalcohol, 2018), tornando o individuo “preso” neste ciclo
representado na figura 1. Envolvendo a perda do domínio sobre o próprio comportamento,
défices ao nível do controlo inibitório, das capacidades de planeamento e de tomada de
decisão e de regulação dos afetos (Peele, 1987).
Por outro lado, as perturbações compulsivas são caracterizadas por ansiedade e stress
antes de cometer um comportamento compulsivo acontecer repetitivo e alívio do stress pela
realização do comportamento compulsivo (APA, 2013). Perturbações compulsivas estão
fortemente associadas a mecanismos de reforço negativo e de automatismo (Koob & Volkow,
2010). Finalmente, o comportamento aditivo busca tanto a obtenção de prazer como a
redução dos estímulos dolorosos sendo assim motivado tanto pelo reforço positivo como
negativo (Goodman, 2008).
Figura 1
Dependência e
Abstinência (Withdrawal) e
Intensificação (Craving e
recaída
Tolerância)
Segundo Peele (1987), existem imensos critérios para a adição em si, sendo
considerados universais e comuns, no entanto o comportamento de pessoas com algum tipo
de adição é bem mais variado do que a noção convencional transparece. Esta universalidade
advém da visão biológica de que comportamentos complexos como o withdrawal e craving
são reações físicas às drogas. Devemos considerar que o comportamento aditivo, tal como
todos os sentimentos e ações humanas, estão sujeitos à influência social e cognitiva. Portanto,
a adição em si não acaba no consumo de drogas, a adição é o ajustamento de cada indivíduo
ao seu ambiente, apesar de ser autodefensivo. Uma defesa ineficaz a longo prazo, mas que
o indivíduo é capaz de modificar com mudanças das circunstâncias da vida e
psicológicas, além de respostas biológicas (caráter bio-psico-social).??? Assim, a
dependência é considerada uma problemática complexa, envolvendo aspetos individuais e
sociais que experienciam a sua variabilidade clínica.???
x
adição compreende as perceções subjetivas, valores culturais e individuais, noções de
autocontrolo e diferenças relacionadas com a personalidade (Peele, 1987).
Segundo a literatura é possível haver um controlo sobre a adição, tal como acontece
com o uso do álcool na nossa sociedade (Caliendo & Hennecke, 2022). No entanto, em
relação às drogas a sociedade descarta este controlo. Waldorf (1983) descobriu que aditivos
que pararam por vontade própria acabam por usar drogas de novo, mas de uma forma
controlada, não voltando a ficarem aditivos (as cited in Peele, 1987). No entanto, os media
não querem que estes dados se divulguem de modo a continuar com a propagação de que o
uso de substâncias é negativo de todas as formas, obscurecendo fatores sociais e de
personalidade que realmente distinguem os estilos do consumo de qualquer tipo de droga.
Ao longo da última década, houve uma diversificação das drogas disponíveis nos
mercados. Além das substâncias tradicionais à base de plantas (cannabis, cocaína e heroína),
atualmente testemunha-se a expansão de um mercado dinâmico de drogas sintéticas e do uso
não prescrito de drogas farmacêuticas. As drogas de hoje são mais potentes e a sua crescente
disponibilidade e uso consecutivo ou sequencial entre os usuários ocasionais ou regulares
representam um desafio ainda maior em relação ao passado para a prevenção do uso de
drogas, tratamento das perturbações relacionadas com substâncias e resposta às
consequências adversas para a saúde. Neste estudo, as substâncias são matérias psicoativas
com capacidade aditiva que farmacologicamente ativam o Sistema Nervoso Central, que
quando introduzidas no organismo produzem? alterações ao nível da consciência, funções
psíquicas básicas e comportamentais, processos do pensamento e senso-percetivos
(Socidrogalcohol, 2018). Neste grupo de substâncias incluem-se as drogas ilegais, como
também o álcool, tabaco e outros fármacos (psicofármacos). Ou seja, é uma substância ????
xi
em que os efeitos mentais são suficientemente agradáveis, interessantes ou úteis que
algumas pessoas utilizam para aliviar um mal específico (Fehrman et al., 2019).
O uso de drogas introduz perigo em vários níveis da vida. É um importante factor que
aumenta o risco de pior saúde, com uma mortalidade e morbilidade mais recentes, e têm
consequências significativas para a sociedade. Apesar do uso de drogas ser argumentado
como um problema de escolha individual, os efeitos de uma pessoa que use drogas, como
pior funcionamento individual ou a maior mortalidade, sugerem efeitos sociais e
interpessoais nos indivíduos que não escolheram usar drogas por si próprios (Sutin et al.,
2013). As dependências e os comportamentos aditivos não são apenas problemáticos para o
indivíduo e familiares, mas também para a sociedade como um todo, com enormes
repercussões sociais, económicas e de saúde pública, interferindo com uma ampla série de
recursos e serviços na sociedade.
xii
cerca de 38.,6 milhões em 2020. Apesar desta aparente neutralidade ????da situação, os
dados mostram que, em muitos países, a geração atual de adolescentes experimenta um nível
de drogas mais alto em comparação com o relato das gerações anteriores (Jalal et al., 2020).
Embora existam limitações metodológicas espera-se que à medida que os adolescentes atuais
vão envelhecendo, ocorra um aumento na prevalência do uso de drogas ao longo da vida
entre as populações em geral.
Os homens são mais propensos do que as mulheres a usar a maioria das drogas e os
jovens são mais propensos a usar qualquer tipo de droga (referência? E mais uma vez:
estamos a falar de que substâncias? Drogas, álcool?). Embora o uso geral de drogas
permaneça menor entre as mulheres do que entre os homens, as diferenças entre os sexos
variam substancialmente por região e, até certo ponto, pelo tipo de droga (referência). Por
exemplo, de acordo com os dados disponíveis mais recentes de pesquisas domiciliares em 64
países, menos de um terço das pessoas que usam cannabis ou cocaína mundialmente são
mulheres. No entanto, isto pode variar substancialmente por região, provavelmente
relacionado a oportunidades, papéis culturalmente definidos e a outros fatores sociais
xiii
(UNODC, 2018; McHugh et al., 2018). As mulheres apresentam prevalência semelhante de
uso de alguns grupos de substâncias e podem superar os homens. Isto geralmente é verdade
em relação ao uso não prescrito de medicamentos, principalmente opióides, sedativos e
tranquilizantes (McHugh et al., 2013). O uso indevido destas substâncias geralmente está
associado ao auto-tratamento da dor, ansiedade, sintomas de depressão, tensão e problemas
de sono, todos estes mais comuns nas mulheres do que nos homens (Albert, 2015).
Todavia, este padrão de evolução não ocorreu em todas as idades, sendo de destacar
como tendências menos positivas, o aumento do consumo recente (primeira vez a consumir)
nos 15-16 anos, do consumo atual e da embriaguez recente e atual nos 16 anos, e o aumento
do consumo binge (consumo de 5 ou mais bebidas alcoólicas numa única ocasião; consumo
excessivo) nos mais velhos (16-18 anos). Contrariamente à tendência de diminuição das
prevalências dos consumos recentes e atuais nos dois quadriénios anteriores (2011-2015 e
xiv
2007 -2011), entre 2015 e 2019 ocorreu um aumento do consumo recente (de 66% para
69%), sendo mais ténue no caso do consumo atual.
xv
2020 foram inferiores aos do anterior quinquénio, seja do conjunto dos utentes em
ambulatório, seja dos que iniciaram tratamento.
O relatório publicado pela Direção Geral de Saúde (DGS) e Institute for Health
Metrics and Evaluation (IHME)(2018), relativamente aos resultados apresentados no Global
Burden Disease 2016 respeitantes a Portugal, prova que embora as políticas face às drogas
estejam a perder a sua preponderância no panorama nacional, o consumo de substâncias
continua a ter um elevado impacto na saúde dos portugueses. É de salientar que é a principal
causa atribuível de anos de vida vividos com incapacidade, sendo também o principal fator de
risco para a mortalidade prematura em 2016.
xvi
causar uma sucessão de danos graves. Tais como o aumento do risco de intoxicações graves e
fatais, e o risco acrescido de exposição acidental. Averigua-se o aparecimento de novos
surtos psicóticos de difícil identificação e tratamento. Incitando preocupações agudas em
relação à saúde e tratamento destes indivíduos, como também com a segurança e saúde
pública (Socidrogalcohol, 2018).
3. Ocupa a maioria do seu tempo pessoal com a procura da substância e dos efeitos do
seu consumo;
xvii
4. Craving;
5. Disfunção social;
11. Abstinência.
xviii
em indivíduos não dependentes. Neste caso, para que seja realizado o diagnóstico devem ser
verificados no indivíduo, no ano anterior, pelo menos 3 dos seguintes critérios:
Figura 2
xix
O espectro do uso e abuso de álcool e perturbações relacionadas ao consumo repetitivo de
álcool.
Nota: Retirado de Saunders et al., 2019 tendo sido adaptado de Paton et al., (1981).
2.1 Objetivos
xx
Modificada do PID5BF+ (PID5BF+M), em relação ao qual existem poucos
estudos publicados.
2.2 Hipóteses
H2: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Afetividade Negativa do PID-5 do que o grupo com outros diagnósticos
psiquiátricos;
H3: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Antagonismo do PID-5 do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos;
H4: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Desinibição do PID-5 do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos;
H5: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Psicoticismo do PID-5 do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos;
H6: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Afetividade Negativa do PID5BF+M do que o grupo com outros diagnósticos
psiquiátricos;
H7: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Antagonismo do PID5BF+M do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos;
H8: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Desinibição do PID5BF+M do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos;
H9: Espera-se que o grupo com PSPA tenha resultados médios mais elevados no
domínio Psicoticismo do PID5BF+M do que o grupo com outros diagnósticos psiquiátricos.
3 MÉTODO
3.1 Participantes
xxi
O estudo contou com a participação de 502 participantes, utentes de instituições de
saúde mental de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 18 e os 77 anos (Midade
= 44.93, DP = 12.73) que responderam a um protocolo enquadrado no projeto de
investigação “Personalidade e Psicopatologia III: Estudos de validação do Modelo
Alternativo do DSM-5 para as Perturbações de Personalidade na população portuguesa”.
xxii
Perturbação Espetro do Autismo 1 .2
Perturbação Obsessivo-Compulsiva e Perturbações 9 1.8
relacionadas
Perturbações Bipolares e Perturbações Relacionadas 72 14.3
Perturbações da Personalidade
Perturbação Antissocial da Personalidade 3 .6
Perturbação da Personalidade sem Outra Especificação 1 .2
Perturbação Dependente da Personalidade 3 .6
Perturbação Esquizotípica da Personalidade 1 .2
Perturbação Estado-Limite da Personalidade 60 12.0
Perturbação Evitante da Personalidade 3 .6
Perturbação Narcísica da Personalidade 4 .8
Perturbação Obsessiva-Compulsiva da Personalidade 5 1.0
Perturbação Paranoide da Personalidade 2 .4
Perturbações de Ansiedade 24 4.8
Perturbações Depressivas 171 34.1
Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do 1 .2
Comportamento
Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações 113 22.5
Aditivas
Trauma e Perturbações Relacionadas com Stress 2 .4
xxiii
O nível de escolaridade do 12º ano é o mais frequente (26.3%), como pode ser observado no
Quadro 3.
xxiv
6º ano 32 9.4
9º ano 74 21.7
12º ano 110 32.3
Licenciatura ou mais 102 29.9
xxv
Personalidade (AMPD) (APA, 2013). Para esse efeito são medidas 25 facetas que definem os
5 domínios da personalidade (Afetividade Negativa, Desprendimento, Antagonismo,
Desinibição e Psicoticismo), que representam os extremos patológicos dos traços do Modelo
dos 5 fatores (FFM, Costa e McCrae, 1992). Cada faceta integra um número de itens variável
entre 4 e 14. As respostas aos itens são dadas através de uma escala de Likert de 4 pontos, de
0 (Muito Falso ou Frequentemente Falso) a 3 (Muito Verdadeiro ou Frequentemente
Verdadeiro).
xxvi
Existem várias versões deste instrumento que estão adaptadas para a população
portuguesa (Pires et al., 2017; Pires et al., 2018), sendo que neste estudo foi utilizada a versão
longa. A adaptação portuguesa da forma longa do PID-5 mostrou-se, sob o ponto de vista
psicométrico, robusta e próxima do instrumento original (Krueger et al., 2012; Pires et al.,
2017). Em termos de precisão, a escala revelou estabilidade temporal (com um intervalo de
quatro semanas entre aplicações). Ao nível dos domínios, os coeficientes de precisão teste-
reteste variaram entre um mínimo de rs = .79 (p < .01) para a desinibição e um máximo de rs
= .92 (p < .01) para a afetividade negativa (Pires et al., 2017).
xxvii
versão modificada do PID5BF+, o PID5BF+M, em que a faceta perseveração, que contribui
para o domínio de afetividade negativa, foi excluída e as subfacetas ordenação, rigidez e
perfeccionismo foram adicionadas, estas advindas da faceta original do perfeccionismo
rígido. Estas três novas facetas da anankastia estão de acordo com a versão inicial de 37
facetas do modelo de traço do DSM-5 que inclui o domínio de compulsividade. Assim, na
presente investigação será estudada a versão modificada de 36 itens do PID5BF+, o
PID5BF+M (Bach et al., 2020).
O PID5BF+M é constituído por uma seleção de itens do PID-5 (Bach et al., 2020), em
que para além dos 5 domínios que o PID-5 caracteriza, o instrumento permite também
caracterizar a anankastia. E assim possibilita a aproximação entre o DSM-5 e o ICD-11 no
que diz respeito à classificação da personalidade e suas perturbações. Cada domínio é
composto por 3 facetas, de modo a que todos os domínios sejam representados por um
número igual e comparável de indicadores de traços. Esta versão modificada do PID5BF+
compreende 36 itens avaliados numa escala de Likert de 4 pontos, de 0 (Muito Falso ou
Frequentemente Falso) a 3 (Muito Verdadeiro ou Frequentemente Verdadeiro), permitindo a
caracterização das 18 facetas da personalidade, representadas por 2 itens cada. Neste
instrumento quanto maiores os resultados maior a disfunção numa faceta ou domínio de traço
específico.
xxviii
investigou a utilidade dos domínios de traços propostos no ICD-11 e no DSM-5 na
diferenciação de pacientes com perturbações de personalidade e com outras perturbações
mentais. Neste estudo, a consistência interna dos seis domínios do PID5BF+M foi moderada.
Na amostra de pacientes com perturbações de personalidade, os coeficientes alfa variaram
entre .65 (desprendimento) e .76 (psicoticismo). Na amostra de pacientes com outros
diagnósticos psiquiátricos, os coeficientes alfa variaram entre .66 (afetividade negativa) e .77
(psicoticismo). A menor consistência interna deste instrumento em relação à consistência
interna do PID-5 dever-se-á possivelmente ao facto de os domínios do PID5BF+M serem
constituídos por poucos itens, o que pode afetar a sua precisão.
3.3 Procedimento
xxix
eletrónico das investigadoras foi disponibilizado aos participantes, no sentido do
esclarecimento de eventuais dúvidas relativas à investigação.
4 RESULTADOS
O estudo de precisão foi realizado através do coeficiente alfa de Cronbach, que foi
calculado para cada domínio e faceta do PID-5 e para cada domínio do PID5BF+M. Com o
propósito de perceber o poder discriminativo de cada item observou-se as correlações item-
total corrigidas assim como, o efeito da exclusão de qualquer item do domínio ou faceta a que
pertence.
xxx
ajustamento de Kolmogorov-Smirnov (N > 50) e as representações gráficas Q-Q plots.
Quando estes indicadores conduziam a diferentes decisões acerca da normalidade da
distribuição, foi usada a regra da maioria.
Verificou-se que os valores do alfa não sofreram alterações relevantes por via de
exclusão de itens, exceto no domínio Antagonismo em que aumentaria de .90 para .94, caso o
item 142R fosse excluído. E nas facetas de Ansiedade, que aumentaria de .78 para .82 caso o
item 96R fosse retirado, e de suspeição em que aumentaria de .65 para .68 caso o item 177R
fosse eliminado.
xxxi
Quadro 5. Coeficientes de precisão (Alfa de Cronbach) e medidas descritivas
(Mínimo, Máximo, Média e Desvio-Padrão) dos domínios e facetas do PID-5 na amostra
total (N = 502)
Krueger Pires
et al. et al. Presente estudo
(2012) - (2019)
PG - PC
α α α Min. Max. M DP
Afetividade Negativa .93 .87 .87 .19 2.90 1.64 .53
Labilidade Emocional .89 .82 .80 .00 3.00 1.68 .68
Ansiedade .91 .77 .78 .22 3.00 1.86 .60
Ansiedade de Separação .85 .73 .75 .00 3.00 1.38 .68
Submissão .78 .58 .70 .00 3.00 1.14 .70
Hostilidade .89 .82 .82 .00 2.90 1.21 .62
Perseveração .88 .76 .77 .00 3.00 1.29 .57
Afetividade Restrita .73 .72 .69 .00 2.71 1.14 .59
Despreendimento .96 .88 .89 .04 2.96 1.20 .55
Afastamento .93 .85 .86 .00 3.00 1.21 .67
Evitamento de .84 .79 .79 .00 3.00 .98 .76
Intimidade
Anedonia .88 .77 .81 .00 3.00 1.42 .66
Depressividade .95 .90 .91 .00 3.00 1.21 .71
Suspeição .73 .50 .65 .00 2.86 1.47 .55
Antagonismo .95 .90 .90 .00 2.62 .84 .55
Manipulação .81 .77 .78 .00 3.00 .89 .69
Falsidade .85 .82 .83 .00 2.60 .72 .56
Grandiosidade .72 .74 .74 .00 2.83 .90 .64
Procura de Atenção .89 .86 .87 .00 3.00 1.08 .74
Insensibilidade .91 .81 .82 .00 2.43 .63 .49
Desinibição .84 .90 .89 .00 2.71 1.19 .54
Irresponsabilidade .81 .75 .76 .00 2.71 .83 .62
Impulsividade .77 .80 .81 .00 3.00 1.39 .70
Distratibilidade .91 .83 .82 .00 3.00 1.36 .62
Perfecionismo Rígido .90 .84 .83 .10 3.00 1.48 .62
Envol. em Comport. de .85 .84 .85 .00 2.93 1.33 .59
xxxii
Risco
Psicoticismo .96 .95 .94 .00 2.82 1.03 .61
Crenças e Experiências .83 .79 .79 .00 3.75 .95 .67
Incomuns
Excentricidade .96 .92 .92 .00 3.00 1.12 .74
Desr. Cognitiva e .86 .86 .85 .00 2.83 1.00 .62
Percetual
O mesmo procedimento foi adotado para a análise do alfa de Cronbach dos domínios
do PID5BF+M, ou seja, os valores obtidos no presente estudo foram comparados com o do
estudo de Pires et al. (2021) numa população clínica. Os resultados obtidos constam no
Quadro 6.
xxxiii
Quadro 6. Coeficientes de precisão (Alfa de Cronbach) e medidas descritivas
(Mínimo, Máximo, Media, Desvio Padrão) dos domínios e facetas do PID5BF+M na
amostra total (N = 502)
Pires et
al. (2021) Presente estudo
- PC
α α Min. Max. M DP
Afetividade Negativa .67 .69 .00 3.00 1.67 .63
Labilidade Emocional .61 .00 3.00 1.69 .87
Ansiedade .81 .00 3.00 1.92 .89
Ansiedade de .57 .00 3.00 1.40 .88
Separação
Despreendimento .65 .67 .00 3.00 1.10 .63
Afastamento .64 .00 3.00 1.13 .84
Evitamento de .46 .00 3.00 .97 .86
Intimidade
Anedonia .62 .00 3.00 1.19 .84
Antagonismo .71 .74 .00 3.00 .82 .62
Manipulação .63 .00 3.00 .58 .76
Falsidade .56 .00 3.00 1.05 .80
Grandiosidade .50 .00 3.00 .83 .80
Desinibição .72 .69 .00 3.00 1.26 .60
Irresponsabilidade .61 .00 3.00 .73 .78
Impulsividade .59 .00 3.00 1.46 .82
Distratibilidade .54 .00 3.00 1.59 .78
Psicoticismo .76 .77 .00 3.00 .95 .68
Crenças e Experiências .56 .00 3.00 1.11 .87
Incomuns
Excentricidade .63 .00 3.00 1.02 .86
Desr. Cognitiva e .60 .00 3.00 .73 .78
Percetual
Anankastia .70 .73 .00 3.00 1.45 .63
Rigidez .52 .00 3.00 1.84 .75
xxxiv
Perfecionismo .58 .00 3.00 1.47 .85
Ordem .47 .00 3.00 1.04 .81
xxxv
De forma a corroborar ou a rejeitar a primeira hipótese utilizou-se o coeficiente de
correlação de Pearson ou o de Spearman, de acordo com a distribuição das variáveis em
análise, sendo que as variáveis em estudo são quantitativas e continuas. Assim, foi aplicado o
coeficiente de correlação de Pearson (teste paramétrico) quando as variáveis em estudo
apresentaram distribuição normal. Nos casos em que, pelo menos uma das variáveis em
estudo não apresentou distribuição normal, foi aplicado o coeficiente de correlação de
Spearman (teste não paramétrico). No Quadro 7 e 8 é apresentado as correlações entre os
domínios e facetas do PID-5 e os seus compatíveis do PID5BF+M na amostra total.
xxxvi
Quadro 8. Correlações entre as facetas do PID-5 e as facetas correspondentes do
PID5BF+M, na amostra total.
4.4 Testes de significância para a comparação dos resultados nas duas populações
xxxviii
resultados do teste de igualdade de valores médios para amostras independentes, recorrendo à
estatística t de Student, nos domínios e facetas do PID-5.
xxxix
Submissão 245.60 254.29 - .630 .528
Hostilidade 268.37 243.53 - 1.79 .073 .02
Afetividade 263.46 245.85 - 1.27 .203
Restrita
Afastamento 235.88 258.87 - 1.66 .097 .01
Ev. de Intimidade 229.85 261.72 - 2.30 .021 .02
Anedonia 216.58 267.99 - 3.71 ¿ .001 .04
Depressividade 218.05 267.29 - 3.55 ¿ .001 .04
Suspeição 271.43 242.09 - 2.12 .034 .03
Antagonismo 309.65 224.05 - 6.17 ¿ .001 .24
Manipulação 308.17 224.74 - 6.05 ¿ .001 .23
Falsidade 317.33 220.42 - 7.00 ¿ .001 .30
Grandiosidade 289.97 233.34 - 4.10 ¿ .001 .10
Procura de 293.51 231.67 - 4.47 ¿ .001 .12
Atenção
Insensibilidade 308.06 224.80 - 6.01 ¿ .001 .22
Irresponsabilidade 309.50 224.12 - 6.17 ¿ .001 .24
Impulsividade 273.60 241.07 - 2.35 .019 .03
Perfecionismo
Rígido 229.72 261.78 - 2.31 .021 .02
Envol. em
Comport. de 291.71 232.51 - 4.27 ¿ .001 .11
Risco
Psicoticismo 264.83 245.21 - 1.42 .157
Crenças e
Experiências 267.59 243.90 - 1.71 .087 .02
Incomuns
Excentricidade 259.77 247.60 - .88 .380
Desr. Cognitiva e 263.33 245.92 - 1.26 .209
Percetual
xl
grupos em estudo, e além de que a diferença existente é contraria à hipótese elaborada (t = -
1.621, p = .053). A afetividade negativa tem resultados médios menores no grupo com PSPA
do que no grupo OD.
M DP M DP t p d
xli
Despreendimento 1.04 .58 1.13 .65 - 1.420 .078
xlii
Rigidez 230.32 261.50 - 2.29 .011 .02
Perfecionismo 244.81 254.66 - .720 .236
Ordem 243.00 255.51 - .919 .179
5 DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
- Contributos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albert P. R. (2015). Why is depression more prevalent in women?. Journal of psychiatry &
neuroscience : JPN, 40(4), 219–221. https://doi.org/10.1503/jpn.150205
xliii
American Psychiatric Association (APA). (2013). Diagnostic and statistical manual of
mental disorders (5th ed.). https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596
IBM Corp. Released 2020. IBM SPSS Statistics for Windows, Version 27.0. Armonk, NY:
IBM Corp
Bach, B., & First, M. B. (2018). Application of the ICD-11 classification of personality
disorders. BMC psychiatry, 18(1), 351. https://doi.org/10.1186/s12888-018-1908-3
Bach, B., Sellbom, M., Skjernov, M., & Simonsen, E. (2018). ICD-11 and DSM-5
personality trait domains capture categorical personality disorders: Finding a common
ground. The Australian and New Zealand journal of psychiatry, 52(5), 425–434.
https://doi.org/10.1177/0004867417727867
Bach, B., Kerber, A., Aluja, A., Bastiaens, T., Keeley, J. W., Claes, L., Fossati, A., Gutierrez,
F., Oliveira, S. E. S., Pires, R., Riegel, K. D., Rolland, J.-P., Roskam, I., Sellbom, M.,
Somma, A., Spanemberg, L., Strus, W., Thimm, J. C., Wright, A. G. C., &
Zimmermann, J. (2020). International assessment of DSM-5 and ICD-11 personality
disorder traits: Toward a common nosology in DSM-51. Psychopathology, 53(3–4),
179–188. https://doi.org/10.1159/000507589
Becoña Iglesias, E., Cortés Tomás, M., & Arias Horcajadas, F. (2011). Manual de adicciones
para psicó logos especialistas en psicología clínica en formación. Barcelona:
Socidrogalcohol
Blume, A.W., Schmaling, K.B., & Marlatt, G.A. (2001). Motivation drinking behavior
change depressive symptoms may not be noxious. Addict Behaviors, 26, 267-72.
Caliendo, M., & Hennecke, J. (2022). Drinking is different! Examining the role of locus of
control for alcohol consumption. Empirical Economics, 1-31.
Coolidge, F. L., & Segal, D. L. (1998). Evolution of personality disorder diagnosis in the
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. Clinical psychology
review, 18(5), 585–599. https://doi.org/10.1016/s0272-7358(98)00002-6
Crocq M. A. (2007). Historical and cultural aspects of man's relationship with addictive
drugs. Dialogues in clinical neuroscience, 9(4), 355–361.
https://doi.org/10.31887/DCNS.2007.9.4/macrocq
xliv
EMCDDA, Impact of COVID-19 on Drug Markets, Use, Harms and Drug Services in the
Community and Prisons: Results from an EMCDDA Trendspotter Study
(Luxembourg.: Publications Office of the European Union, 2021),
https://www.emcdda.europa.eu/system/files/publications/13745/TD0321143ENN_00.
pdf.
Direção-Geral da Saúde, Institute for Health Metrics and Evaluation. Portugal: The Nation’s
Health 1990–2016: An overview of the Global Burden of Disease Study 2016 Results.
Seattle, WA: IHME, 2018.
Doherty L, Sullivan T & Voce A 2021. Impact of the COVID-19 pandemic on cannabis
demand and supply in Australia. Statistical Bulletin no. 33. Canberra: Australian
Institute of Criminology. https://doi.org/10.52922/sb78252
Fehrman E., Egan V., Gorban A. N., Levesley J., Mirkes E. M., Muhammad A. K. (2019).
Personality Traits and Drug Consumption: A Story Told by Data (1th ed.). Springer
Nature Switzerland AG 2019. https://doi.org/10.1007/978-3-030-10442-9
Franco, C. & Bolotner S. (2014). Patologia Dual. Uma nova forma de entender as adições e a
saúde mental. XXXII Congresso Brasileiro de Psiquiatria.
Gili, A., Bacci, M., Aroni, K., Nicoletti, A., Gambelunghe, A., Mercurio, I., & Gambelunghe,
C. (2021). Changes in Drug Use Patterns during the COVID-19 Pandemic in Italy:
Monitoring a Vulnerable Group by Hair Analysis. International journal of
environmental research and public health, 18(4), 1967.
https://doi.org/10.3390/ijerph18041967
Gordh, A. H., Brkic, S., & Söderpalm, B. (2011). Stress and consumption of alcohol in
humans with a Type 1 family history of alcoholism in an experimental laboratory
setting. Pharmacology, biochemistry, and behavior, 99(4), 696–703.
https://doi.org/10.1016/j.pbb.2011.05.028
Institute for Health Metrics and Evaluation, “Global Burden of Disease Study 2019 Data
Resources: GBD Results Tools”.
xlv
Haigler, E. D., & Widiger, T. A. (2001). Experimental manipulation of NEO-PI-R
items. Journal of personality assessment, 77(2), 339–358.
https://doi.org/10.1207/S15327752JPA7702_14
Hasin, D.S., et al. (2013). DSM-5 criteria for substance use disorders: recommendations and
rationale. American Journal of Psychiatry 170:834–
851. https://doi.org/10.1176/appi.ajp.2013.12060782
Jalal, H., Buchanich, J. M., Sinclair, D. R., Roberts, M. S., & Burke, D. S. (2020). Age and
generational patterns of overdose death risk from opioids and other drugs. Nature
medicine, 26(5), 699–704. https://doi.org/10.1038/s41591-020-0855-y
José, B. S., van Oers, H. A., van de Mheen, H. D., Garretsen, H. F., & Mackenbach, J. P.
(2000). Stressors and alcohol consumption. Alcohol and alcoholism (Oxford,
Oxfordshire), 35(3), 307–312. https://doi.org/10.1093/alcalc/35.3.307~
Kerber, A., Schultze, M., Müller, S., Rühling, R. M., Wright, A., Spitzer, C., Krueger, R. F.,
Knaevelsrud, C., & Zimmermann, J. (2022). Development of a Short and ICD-11
Compatible Measure for DSM-5 Maladaptive Personality Traits Using Ant Colony
Optimization Algorithms. Assessment, 29(3), 467–487.
https://doi.org/10.1177/1073191120971848
Krueger, R. F., Derringer, J., Markon, K. E., Watson, D., & Skodol, E. (2012). Initial
construction of a maladaptive personality trait model and inventory. Psychological
Medicine, 42(9), 1879-1890. http://doi.org/10.1017/S0033291711002674
Krueger, R. F., & Markon, K. E. (2014). The role of the DSM-5 personality trait model in
moving toward a quantitative and empirically based approach to classifying
xlvi
personality and psychopathology. Annual review of clinical psychology, 10, 477–501.
https://doi.org/10.1146/annurev-clinpsy-032813-153732
Lappan, S.N., Brown, A.W., Hendricks, P.S. (2019). Dropout rates of in-person psychosocial
substance use disorder treatments: a systematic review and meta-analysis. Addiction
115:201–217. https://doi.org/10.1111/add.14793
Malbergier, A., Cardoso, L., & Amaral, R. (2012). Uso de substâncias na adolescência e
problemas familiares. Cadernos da Saúde Pública, 28(4), 678-688.
Maples, J. L., Carter, N. T., Few, L. R., Crego, C., Gore, W. L., Samuel, D. B., Williamson,
R. L., Lynam, D. R., Widiger, T. A., Markon, K. E., Krueger, R. F., & Miller, J. D.
(2015). Testing whether the DSM-5 personality disorder trait model can be measured
with a reduced set of items: An item response theory investigation of the Personality
Inventory for DSM-5. Psychological assessment, 27(4), 1195–1210.
https://doi.org/10.1037/pas0000120
McHugh, R. K., Devito, E. E., Dodd, D., Carroll, K. M., Potter, J. S., Greenfield, S. F.,
Connery, H. S., & Weiss, R. D. (2013). Gender differences in a clinical trial for
prescription opioid dependence. Journal of substance abuse treatment, 45(1), 38–43.
https://doi.org/10.1016/j.jsat.2012.12.007
McHugh, R. K., Votaw, V. R., Sugarman, D. E., & Greenfield, S. F. (2018). Sex and gender
differences in substance use disorders. Clinical psychology review, 66, 12–23.
https://doi.org/10.1016/j.cpr.2017.10.012
xlvii
NIDA. 2018, June 6. Understanding Drug Use and Addiction DrugFacts. Retrieved from
https://nida.nih.gov/publications/drugfacts/understanding-drug-use-addiction on 2022,
September 29
O'Doherty F. (1991). Is drug use a response to stress?. Drug and alcohol dependence, 29(1),
97–106. https://doi.org/10.1016/0376-8716(91)90026-u
Oltmanns, J. R., & Widiger, T. A. (2019). Evaluating the assessment of the ICD-11
personality disorder diagnostic system. Psychological assessment, 31(5), 674–684.
https://doi.org/10.1037/pas0000693
Paton, A., Potter, J. F., & Saunders, J. B. (1981). ABC of alcohol. Nature of the
problem. British medical journal (Clinical research ed.), 283(6302), 1318–1319.
https://doi.org/10.1136/bmj.283.6302.1318
Peele, S. (1987). The meaning of addiction: Compulsive experience and its interpretation
(6th ed.). D. C. Heath and Company.
Pires, R., Sousa Ferreira, A., & Guedes, D. (2017). The psychometric properties of the
portuguese version of the personality inventory for DSM‐5. Scandinavian Journal of
Psychology, 58(5), 468-475. http://doi.org/10.1111/sjop.12383
Pires, R., Sousa Ferreira, A., Guedes, D., Gonçalves, B., & Henriques-Calado, J. (2018).
Estudo das Propriedades Psicométricas - Formas Longa, Reduzida e Breve - da
Versão Portuguesa do Inventário da Personalidade para o DSM-5 (PID-5).
(Portuguese). Revista Iberoamericana de Diagncstico y Evaluacicn Psicolcgica,
2(47), 197–212
Pires, R., Sousa Ferreira, A., Gonçalves, B., Henriques-Calado, J., & Paulino, M. (2019). The
Portuguese version of the Personality Inventory for the DSM-5 in a community and a
clinical sample. Personality and mental health, 13(1), 40–52.
https://doi.org/10.1002/pmh.1437
Pires, R., Calado, J. H., Ferreira, A. S., Bach, B., Paulino, M., Marques, J. G., Moreira, A. R.,
Grácio, J., & Gonçalves, B. (2021). The Utility of ICD-11 and DSM-5 Traits for
Differentiating Patients With Personality Disorders From Other Clinical Groups.
Frontiers in Psychiatry, 12 . https://doi.org/10.3389/fpsyt.2021.633882
xlviii
Santos, J. J. C. (2017). Comorbilidade na toxicodependência e motivação para o
tratamento (Doctoral dissertation).
Saunders, J. B., Degenhardt, L., Reed, G. M., & Poznyak, V. (2019). Alcohol Use Disorders
in ICD-11: Past, Present, and Future. Alcoholism, clinical and experimental
research, 43(8), 1617–1631. https://doi.org/10.1111/acer.14128
Sleep, C. E., Hyatt, C. S., Lamkin, J., Maples-Keller, J. L., & Miller, J. D. (2018). Examining
the relations among the DSM-5 alternative model of personality, the five-factor
model, and externalizing and internalizing behavior. Personality disorders, 9(4), 379–
384. https://doi.org/10.1037/per0000240
Sutin, A. R., Evans, M. K., & Zonderman, A. B. (2013). Personality traits and illicit
substances: the moderating role of poverty. Drug and alcohol dependence, 131(3),
247–251. https://doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2012.10.020
Suzuki, T., Griffin, S. A., & Samuel, D. B. (2017). Capturing the DSM-5 Alternative
Personality Disorder Model Traits in the Five-Factor Model's Nomological
Net. Journal of personality, 85(2), 220–231. https://doi.org/10.1111/jopy.12235
Vetulani J. (2001). Drug addiction. Part II. Neurobiology of addiction. Polish journal of
pharmacology, 53(4), 303–317.
xlix
Volkow, N. D., Koob, G. F., & McLellan, A. T. (2016). Neurobiologic Advances from the
Brain Disease Model of Addiction. The New England journal of medicine, 374(4),
363–371. https://doi.org/10.1056/NEJMra1511480
World Drug Report 2018 (United Nations publication, Sales No. E.18.XI.9).
Widiger, T. A., & Costa, P. T., Jr (2012). Integrating normal and abnormal personality
structure: the Five-Factor Model. Journal of personality, 80(6), 1471–1506.
https://doi.org/10.1111/j.1467-6494.2012.00776.x
Wit, H., & Phillips, T. (2012). Do initial response to drugs predict future use or abuse?.
Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 36, 1565-1576.
doi:10.1016/j.neubiorev.2012.04.005.
Tabela 1
Família de substâncias e matéria-prima (Lyman, & Petter, 1991).
Família Produto
Estimulantes
Tabaco/Nicotina
Café/cafeína
Coca/Cocaína Crack
Anfetaminas (inibidor de apetite)
l
Depressivos
Álcool
Barbitúricos (calmantes)
Alucinogénios
LSD
Peyote/Mescalina
PCP/feniclidina
Cannabis Sativa
Marijuana
Haxixe
Narcóticos
Ópio/Morfina e Heroína
Inalantes
Éter
Acetona
Cola de Sapateiro
As drogas ainda podem ser divididas em duas classes principais relativamente aos
seus níveis de ativação: depressoras e estimulantes (Gleitman, Fridlund, & Reisberg,
2007). As depressoras reduzem a atividade de todos neurónios do sistema nervoso
central e incluem os sedativos (e.g. barbitúricos), álcool e os opiáceos (ópio, heroína e
morfina). Durante o consumo, e com o seu aumento, estas drogas afetam a atenção,
memória, movimento corporal, descoordenação da linguagem, podendo a pessoa ficar
completamente incapacitada e perder a consciência (Gleitman, Fridlund, & Reisberg,
2007). As drogas estimulantes conduzem ao aumento da ativação e incluem a nicotina,
cafeína, cocaína e anfetaminas. Os possíveis efeitos causados por estes produtos são:
batimentos cardíacos acelerados, aumento da pressão sanguínea, insónia, redução de
apetite, e elação do humor.
li
lii