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Tema4 - Teorema Da Superposição e Circuitos Equivalentes em Estrela e Triângulo
Tema4 - Teorema Da Superposição e Circuitos Equivalentes em Estrela e Triângulo
Introdução ao estudo de análise de circuitos elétricos a partir do Teorema da Superposição e princípio da linearidade, análise de circuitos
ligados em estrela ou triângulo e suas transformações equivalentes.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais do princípio da linearidade de circuitos elétricos, necessários para aplicação do Teorema da
Superposição. Analisar outras formas de associação de elementos para além dos modos em série e paralelo, por meio das ligações em
estrela e triângulo, bem como suas transformações equivalentes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha à mão papel, caneta para anotações e, se possível, uma calculadora científica para facilitar seus
cálculos na solução de equações dos circuitos elétricos e transformações equivalentes para as ligações estrela e triângulo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Descrever circuitos elétricos equivalentes em estrela e triângulo
INTRODUÇÃO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km). No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir
um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
Aplicar cálculos para solução de circuitos elétricos através do Teorema da Superposição
TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
Entre os teoremas mais utilizados, pode-se citar o Teorema de Thévenin, o Teorema de Norton e o Teorema da Superposição, sendo esse o
principal tema abordado neste módulo.
É importante destacar que os teoremas de circuitos são válidos apenas para circuitos lineares e, por esse motivo, deve-se ter muito claro o
princípio da linearidade em circuitos elétricos.
PRINCÍPIO DA LINEARIDADE
Imagem: Shutterstock.com
O princípio da linearidade é uma relação matemática de grande impacto em circuitos elétricos em geral, intimamente relacionada com a
proporcionalidade e que pode ser representada graficamente por uma reta.
VOCÊ SABIA
A linearidade é basicamente a propriedade de uma função ser compatível com adição (aditividade) e escalonamento (homogeneidade),
também chamado de superposição.
Em um circuito que obedece a propriedade de homogeneidade, se a entrada, ou seja, a fonte de alimentação (excitação) for multiplicada por
uma constante, a sua saída, ou seja, a resposta à excitação, deverá também ser multiplicada por essa mesma constante. Considerando a Lei
de Ohm, que relaciona a entrada em corrente para saída em tensão no resistor:
v = Ri
(1)
Quando o valor dessa corrente for aumentado “k vezes”, a tensão sob o resistor terá um aumento de “k vezes”, ou seja:
Kv = KiR
(2)
f (x) = 2x
f (x) = y = 2x
Para o valor de
x = 2
, tem-se que
f (x) = 2 × 2 = 4
. Se o valor de
x = 4
, tem-se que
f (x) = 8
f (x)
Já a propriedade de adição (aditividade) diz que a resposta para a soma de entradas diferentes em um circuito é dada pela soma das
respostas a cada uma dessas entradas aplicadas separadamente.
EXEMPLO
A partir da relação entre tensão e corrente no resistor, sua resposta a uma entrada constituída de duas correntes será obtida pelas respostas
individuais a cada uma dessas correntes:
v1 = i 1 R , v2 = i 2 R
Aplicando
i1 + i2
, tem-se:
v = (i1 + i2 ) R = i1 R + i2 R = v1 + v2
(3)
f (x)
:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 2: Ilustração para uma função linear.
SE AS ENTRADAS
x1
x2
f (x)
, A SAÍDA SERÁ
f (x1 + x2 )
OU A PARTIR DA PROPRIEDADE DE ADIÇÃO,
.
De modo geral, os conceitos de linearidade aplicados aos resistores são também estendidos para os demais componentes do circuito, os
indutores e capacitores. As leis desses componentes são dadas por:
INDUTOR
di
v = L
dt
(4)
CAPACITOR
dv
i = C
dt
(5)
Inicialmente, as Equações 4 e 5 podem não parecer referentes a funções lineares. No entanto, basta observar a derivada como a variável
independente da função linear:
INDUTOR
A relação no indutor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada
di/dt
é o eixo horizontal e
di di
v = f ( ) = L
dt dt
(6)
CAPACITOR
A relação no capacitor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada
dv/dt
é o eixo horizontal e i como eixo vertical, conforme Figura 4. A inclinação dessa reta é a capacitância C.
dv dv
i = f ( ) = C
dt dt
(7)
O princípio da linearidade não se aplica à potência elétrica. Essa proposição pode ser entendida analisando a fórmula de potência, expressa
pela Equação 8:
2
v
2
p = Ri =
R
(8)
A Equação 8 demonstra que a relação entre tensão e corrente para potência elétrica é quadrática, portanto, o Teorema da Superposição, que
será demonstrado mais adiante, não se aplica para cálculos de potência.
“UM CIRCUITO É LINEAR QUANDO SUA SAÍDA ESTÁ LINEARMENTE RELACIONADA À SUA
ENTRADA, OU SEJA, SAÍDA E ENTRADA SÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.”
EXEMPLO
Veja o circuito linear ilustrado na Figura 5. Os elementos contidos nesse circuito não são importantes, desde que sejam lineares. A
alimentação (entrada) do circuito é feita por uma fonte de tensão e a resposta (saída) é representada pela corrente no resistor R. Quando a
fonte de tensão fornece 10V, a corrente no resistor é de 2A. Considerando o princípio da linearidade, calcule o valor da corrente no resistor se
a fonte de tensão entregar uma tensão de 10mV ao circuito.
Como o circuito é linear, as propriedades de adição e homogeneidade são válidas. Considerando a proporcionalidade entre os valores de
entrada e saída, tem-se:
Para:
vS = 10V → iR = 2A
vs = 10mV → iR = 2mA
Perceba que, em virtude da proporcionalidade, basta fazer uma “regra de três” para obter a solução.
TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
Imagem: Stock.adobe.com
O Teorema da Superposição é baseado no princípio da linearidade apresentado anteriormente, sendo, sem dúvidas, um dos mais utilizados
em técnicas de solução de circuitos elétricos.
Esse teorema se aplica a circuitos lineares que contenham fontes independentes ou dependentes, resistores, indutores e capacitores, que
são elementos lineares, conforme descrito anteriormente. A utilização desse teorema pode, muitas vezes, reduzir a complexidade e facilitar a
solução de circuitos elétricos.
SAIBA MAIS
Normalmente, o Teorema da Superposição é aplicado para analisar circuitos que contenham duas ou mais fontes que não estejam
conectadas em série ou paralelo, ou seja, em arranjos diferentes que não permitam uma associação equivalente direta dessas fontes.
É possível, dessa forma, determinar os efeitos individuais de cada uma dessas fontes e suas contribuições específicas nas grandezas dos
circuitos. Para fontes de diferentes tipos, o resultado final (total) referente às fontes trata-se da soma algébrica de seus resultados individuais.
O Teorema da Superposição assegura que a corrente elétrica ou a tensão em um elemento de um circuito linear é dada pela soma algébrica
das correntes ou tensões produzidas pela atuação isolada de cada uma das fontes independentes.
Esse Teorema, portanto, permite que se encontre uma solução para corrente elétrica ou tensão no circuito linear utilizando apenas uma fonte
por vez. Assim, após encontrar as soluções individuais, basta prosseguir com uma soma algébrica para combinar os resultados e obter a
resposta total. É importante destacar que a contribuição das fontes pode permitir que as correntes elétricas tenham sentidos opostos ou que
as tensões possuam polaridades invertidas, por esse motivo, a contribuição total é a soma algébrica, de modo que o sinal de cada fonte deve
ser considerado.
VOCÊ SABIA
Para aplicar o Teorema da Superposição, é necessário obter as contribuições individuais das fontes do circuito elétrico, ou seja, é necessário
avaliar cada fonte individualmente, enquanto todas as outras restantes devem ser removidas.
Existem, basicamente, dois tipos de fonte em circuitos que deverão ser removidas, as fontes de tensão e as fontes de corrente. Para
desativá-las, tem-se:
FONTES DE TENSÃO
Para desativar uma fonte de tensão em um circuito elétrico, basta substituí-la por um curto-circuito, ou seja, uma conexão direta entre seus
terminais. Assim, a tensão será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se houver resistência interna na fonte, essa deverá ser mantida
em série no circuito. A Figura 6 ilustra a remoção de uma fonte de tensão em parte de um circuito.
FONTES DE CORRENTE
Para desativar uma fonte de corrente em um circuito elétrico basta substituí-la por um circuito aberto, ou seja, uma conexão aberta entre seus
terminais. Assim, a corrente elétrica será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se houver resistência interna na fonte, essa deverá ser
mantida em paralelo no circuito. A Figura 7 ilustra a remoção de uma fonte de corrente em parte de um circuito.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 7: Remoção de uma fonte de corrente.
ATENÇÃO
Pode-se dizer que o número de circuitos a ser analisado a partir do Teorema da Superposição se refere ao número de fontes existentes,
tendo em vista que o efeito de cada uma será determinado individualmente. A princípio isso pode parecer uma desvantagem do método de
análise, no entanto, a superposição contribui para reduzir a complexidade de circuitos elétricos pela simples substituição de fontes por curtos-
circuitos ou por circuitos abertos em diferentes situações de análise.
ETAPA 1
Desativar todas as fontes independentes do circuito elétrico, exceto uma. As fontes de tensão são substituídas por um curto-circuito e as
fontes de corrente por um circuito aberto. As fontes dependentes, ou controladas, devem ser mantidas no circuito.
ETAPA 2
Repetir a Etapa 1 até que todas as fontes independentes tenham sido consideradas e calculadas suas contribuições individuais.
ETAPA 3
Determinar a resposta total nos elementos fazendo a soma algébrica das respostas individuais de cada fonte. As tensões e correntes em
cada ramo serão a soma das tensões e correntes das fontes independentes obtidas individualmente. É importante atentar-se ao sentido das
correntes e à polaridade das tensões, conforme já descrito.
EXEMPLO
Com base no Teorema da Superposição e no princípio da linearidade descritos, calcule a corrente elétrica que circula por meio do resistor
R2
Inicialmente, será determinada a contribuição da fonte de tensão de 24V. Para isso, a fonte de corrente deve ser desativada, o que significa
substituí-la por um circuito aberto, conforme ilustrado na Figura 9.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 9: Substituição da fonte de corrente por um circuito aberto.
′
I
2
, será:
V V 24
′
I = = = = 2A
2
RT R1 + R2 8 + 4
R1
R2
′′
I
2
, será:
R1 8
′′
I = I = 6 = 4A
2
R1 + R2 8 + 4
R2
′
I
2
′′
I
2
′ ′′
I = I + I = 2 + 4 = 6A
2 2
Este exemplo demonstra que, caso se deseje calcular a corrente elétrica em um circuito, a contribuição para tal corrente deve ser
determinada para cada fonte, conforme Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito de cada fonte é determinado, correntes de
mesmo sentido são adicionadas e correntes de sentido oposto são subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O
resultado obtido é o sentido da soma maior e o valor absoluto da diferença.
Do mesmo modo, caso se deseje calcular a tensão em um elemento, sua contribuição também deve ser determinada para cada fonte,
conforme o Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito de cada fonte é determinado, tensões de mesma polaridade são
adicionadas, enquanto tensões de polaridades opostas são subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O
resultado obtido tem a polaridade da soma maior e o valor absoluto da diferença.
ATENÇÃO
Do mesmo modo que demonstrado anteriormente para o princípio da linearidade, o Teorema da Superposição não pode ser aplicado para
calcular a potência elétrica fornecida em um circuito. Sabe-se que a dissipação de potência nos elementos lineares do circuito como
resistores, varia em função do quadrado da tensão aplicada ou da corrente que está no seu ramo. Portanto, a potência total de cada
componente do circuito não será a soma das potências individuais quando as fontes atuam de forma isolada.
MÃO NA MASSA
1. COM BASE NO TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO, A CORRENTE ELÉTRICA QUE CIRCULA PELO RESISTOR
R2
DO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 11 É DE:
A) 6,65A
B) 8,5A
C) 5,45A
D) 7,25A
E) 4,5A
2. O CIRCUITO DA FIGURA 12 ILUSTRA UM CIRCUITO ELÉTRICO ALIMENTADO POR UMA FONTE DE
TENSÃO DE 1V. CONSIDERANDO OS VALORES DOS COMPONENTES E O PRINCÍPIO DA LINEARIDADE, O
VALOR DA CORRENTE
i0
A) 1A
B) 2A
C) 3A
D) 4A
E) 5A
I2
12kΩ
É DE APROXIMADAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
FIGURA 13: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 3.
A) 1,56mA
B) 2,88mA
C) 1,77mA
D) 4,45mA
E) 6,66mA
4. AO APLICAR O TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO NO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 14, A CORRENTE
ELÉTRICA QUE CIRCULA PELO RESISTOR DE
12Ω
É DE:
A) 2,05A
B) 1,08A
C) 3,42A
D) 2,36A
E) 1,56A
5. PARA O CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 15, A CORRENTE
I0
É DE
0, 16A
vs
vs
24V
, O VALOR DA CORRENTE
I0
A) 0,64A
B) 1,5A
C) 0,56A
D) 1,48A
E) 0,32A
6. SUPONDO INICIALMENTE QUE A CORRENTE
I0
I0
A) 1A
B) 2A
C) 3A
D) 4A
E) 5A
GABARITO
1. Com base no Teorema da Superposição, a corrente elétrica que circula pelo resistor
R2
V V 32 32
′
I = = = = = 2A
2
RT R1 + R2 14 + 2 16
Em que
′
I
2
é a corrente no resistor
R2
Para calcular o efeito da fonte de corrente, a fonte de tensão deve ser desligada do circuito, ou seja, substituída por um curto-circuito
equivalente. O resultado é a combinação dos resistores
R1
R2
R1 14
′′
I = I = 6 = 5, 25A
2
R1 + R2 14 + 2
′ ′′
I2 = I + I = 2 + 5, 25 = 7, 25A
2 2
2. O circuito da Figura 12 ilustra um circuito elétrico alimentado por uma fonte de tensão de 1V. Considerando os valores dos
componentes e o princípio da linearidade, o valor da corrente
i0
i0
para a configuração ilustrada no circuito, ou seja, com os parâmetros já conhecidos de resistores e da fonte de tensão igual a 1V:
8∥(5 + 3) = 4Ω
1 1
i = = A
1 + 4 5
i0
será de:
1 1
i0 = i = = 0, 1A
2 10
Considerando que a fonte seja de 10V (e que os resistores mantenham os mesmos valores), tem-se:
i = 2A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Portanto a corrente
i0
será de:
1 1
i0 = i = 2 = 1A
2 2
3. A Figura 13 ilustra um circuito elétrico ligado em ponte. Ao aplicar o Teorema da Superposição, a corrente
I2
12kΩ
é de aproximadamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 13: Mão na massa - Exercício 3.
Utilizando o Teorema da Superposição, primeiro será considerado o efeito da fonte de corrente de 4mA no resistor de
12KΩ
R1 6k
′
I = I = 4mA = 1, 33mA
2
R1 + R2 6k + 12k
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V 8
′′
I = = = 0, 44mA
2
R1 + R2 6k + 12k
Tendo em vista que as correntes elétricas referentes às duas fontes têm o mesmo sentido através de
R2
′ ′′
IR2 = I + I = 1, 33 + 0, 44 = 1, 77mA
2 2
4. Ao aplicar o Teorema da Superposição no circuito ilustrado na Figura 14, a corrente elétrica que circula pelo resistor de
12Ω
é de:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 14: Mão na massa - Exercício 4.
SOLUÇÃO
é de
0, 16A
vs
vs
24V
, o valor da corrente
I0
A solução do problema pode ser encontrada utilizando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) aplicada às duas malhas do circuito e atribuindo
o valor de 24V à fonte de tensão vs. No entanto, como já foi fornecida a corrente
I0
quando a fonte vale 12V, é possível aplicar o princípio da linearidade para encontrar a nova corrente.
Quando
vs = 12V
I0 = 0, 16A
Para
vs = 12V
I0 = 2 × 0, 16 = 0, 32A
Ou seja, como a fonte de tensão dobrou de valor e o circuito é linear, a corrente elétrica também deverá ser dobrada.
I0
I0
V1
I1 = = 2A
4
I2 = I1 + I0 = 3A
V2 = V1 + 2I2 = 8 + 6 = 14V
V2
I3 = = 2A
7
I4 = I3 + I2 = 5A
Dessa forma,
IS = 5A
I0 = 1A
, tem-se
IS = 5A
15A
I0
de
3A
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Utilizando o Teorema da Superposição, determine o valor da corrente i, que circula pelo resistor de
3Ω
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 10V
B) 8V
C) 12V
D) 6V
E) 14V
15V
E UMA DE CORRENTE DE
6A
I1
(R1 )
É DE:
A) 4,0A
B) 1,5A
C) 3,0A
D) 2,0A
E) 2,5A
GABARITO
1. Utilizando o Teorema da Superposição, o valor da tensão v no resistor de 4Ω do circuito ilustrado na Figura 18 é de,
aproximadamente:
4Ω
. Seja assim:
v = v1 + v2
Em que
v1
v2
Para obter
v2
deve-se fazer a fonte de corrente como um circuito aberto. Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões, tem-se:
12i1 − 4 = 0 → i1 = 0, 33A
Assim,
v1 = 4i1 = 1, 33 V
OBS.:
v1
também poderia ser encontrada utilizando divisão de tensão.
Para obter
v2
, deve-se fazer a fonte de tensão como zero, ou seja, substituí-la por um curto-circuito. Assim, aplicando divisão de corrente, tem-se:
8
i3 = 4 = 2, 66A
4 + 8
Então a tensão
v2
será:
v1
v2
v = 1, 33 + 10, 66 ≈ 12V
15V
e uma de corrente de
6A
I1
(R1 )
é de:
I1
pode ser encontrada aplicando o Teorema da Superposição. Considerando inicialmente a contribuição da fonte de tensão, deve-se fazer a
fonte de corrente como zero, ou seja, substituí-la por um circuito aberto. Tem-se um simples circuito composto pela fonte de tensão em série
com o resistor
R1
V 15
′
I = = = 2, 5A
1
R1 6
Para calcular a contribuição da fonte de corrente, por sua vez, deve-se fazer a fonte de tensão como zero, ou seja, substituí-la por um curto-
circuito. Como a corrente elétrica sempre toma o caminho de menor resistência, tem-se que a contribuição dessa fonte em Portanto, a
corrente total no resistor
R1
′′
I = 0A
1
R1
será:
′ ′′
I = I + I = 2, 5 + 0 = 2, 5A
1 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
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A associação de resistores é muito comum em circuitos elétricos, pois nem sempre é possível obter um valor específico de resistência com
apenas um resistor. A associação desses resistores é sempre representada por um resistor equivalente
(Req )
, elemento fictício, ou seja, que não está, de fato, presente na rede, mas que representa a resistência total referente aos elementos
associados.
O comportamento da associação, ou seja, a forma como as tensões e correntes estão presentes no circuito, dependem do tipo de ligação dos
resistores. As associações básicas são dos tipos:
SÉRIE
PARALELO
MISTA (SÉRIE-PARALELO)
Além disso, os circuitos podem ter uma configuração complexa, em que os elementos não podem ser considerados associados em série ou
em paralelo, como é o caso das configurações em estrela (Y) e triângulo (∆), que serão abordadas neste módulo.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Imagem: Shutterstock.com
Seja o circuito ilustrado na Figura 20, que representa um circuito com uma fonte de tensão e dois resistores ligados em série, de modo que
apenas a corrente i circula por ambos (uma única corrente de malha).
v1 = iR1 , v2 = iR2
(9)
Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) à malha, arbitrando que a corrente circule no sentido horário, tem-se:
−v + v1 + v2 = 0
(10)
v = v1 + v2 = i (R1 + R2 )
v
i =
R1 + R2
(11)
A Equação 11 pode ser modificada, pois os dois resistores podem ser substituídos por um equivalente:
v = iReq
Onde,
Req = R1 + R2
(12)
resistores ligados em série é a soma algébrica dessas resistências individuais desses elementos.
Para
resistores:
Req = R1 + R2 + ⋯ + RN = ∑ Rn
n=1
(13)
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Seja o circuito ilustrado na Figura 21, composto por uma fonte de tensão e dois resistores ligados em paralelo,
R1
R2
. Por estarem ligados em paralelo, os dois resistores estão submetidos à mesma tensão.
v v
i1 = i2 =
R1 R2
(14)
Aplicando a Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) no nó a, tem-se a corrente total que vem da fonte:
i = i1 + i2
(15)
(16)
Onde
Req
1 1 1 1 R1 + R2
= + → =
Req R1 R2 Req R1 R2
(17)
A resistência equivalente de dois resistores ligados em paralelo é dada pelo produto dessas resistências dividido pela sua soma.
R1 R2
Req =
R1 + R2
(18)
VOCÊ SABIA
Em muitas situações, a configuração dos elementos de um circuito elétrico não se configura como associação em série e nem como
associação em paralelo. Essas situações dificultam, a princípio, a análise do circuito a partir das leis básicas, como a Lei de Kirchhoff das
correntes (LKC) e a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), aplicadas às análises nodal e de malhas.
Muitos desses circuitos complexos podem ser simplificados a partir de uma conversão em redes equivalentes de três terminais. As
configurações de ligação em estrela (Y) e triângulo (∆) são, frequentemente, responsáveis por essa dificuldade e que podem ser facilmente
convertidas em redes equivalentes. Muitas vezes, essas ligações são também identificadas por “T” e “pi” (π), respectivamente, ilustradas na
Figura 23 e Figura 24:
Portanto, de modo a auxiliar na aplicação das técnicas de análise de circuitos para redes com essas ligações, serão apresentados, na
sequência, os desenvolvimentos das equações necessárias para a conversão de circuitos em estrela para triângulo e vice-versa.
fixos. Caso se deseje utilizar o circuito na configuração estrela (Y), em vez da configuração em triângulo (∆), basta aplicar diretamente as
equações que serão desenvolvidas na sequência. É importante destacar que apenas uma das configurações, estrela ou triângulo, podem
estar presentes entre os terminais
a
,
R1
,
R2
R3
em função de
RA
RB
RC
, e vice-versa, de modo a garantir que a resistência entre dois terminais quaisquer da configuração estrela seja equivalente à resistência entre
dois terminais quaisquer da configuração triângulo.
EXEMPLO
Pode ser interessante fazer a conversão de parte de um circuito que esteja ligada em triângulo para seu equivalente em estrela. Essa
mudança é denominada conversão triângulo-estrela. Para fazer essa conversão, deve-se sobrepor o circuito em estrela ao circuito em
triângulo já existente e determinar o valor da resistência em cada par de nós que seja correspondente à ligação em estrela.
(RA , RB , RC )
em estrela
(R1 , R2 , R3 )
R1 , R2 eR3
, em função de
RA , RB
RC
a − c
deve ser a mesma tanto para a ligação triângulo quanto para ligação estrela:
RB (RA + RC )
Ra−c = R1 + R3 =
RB + (RA + RC )
(20)
a − b
b − c
(21)
RA (RB + RC )
Rb−c = R2 + R3 =
RA + (RB + RC )
(22)
RC RB + RC RA RB RA + RB RA
(R1 + R2 ) − (R1 + R3 ) = ( ) − ( )
RA + RB + RC RA + RB + RC
De modo que:
RA RC − RB RA
R2 − R3 =
RA + RB + RC
(23)
RA RB + RA RC RA RC − RB RA
(R2 + R3 ) − (R2 − R3 ) = ( ) − ( )
RA + RB + RC RA + RB + RC
Logo:
2RB RA
2R3 =
RA + RB + RC
(24)
R3
RA
RB
RC
(ligação em triângulo):
RA RB
R3 =
RA + RB + RC
(25)
R1
R2
, tem-se:
RB RC
R1 =
RA + RB + RC
(26)
RA RC
R2 =
RA + RB + RC
(27)
É importante observar que não é necessário memorizar as expressões descritas nas Equações 25 a 27. Para fazer a transformação, basta
criar um nó extra
Ou
RC R3
RA =
R1
(28)
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RB
= =
R2 (RA RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou
RC R3
RB =
R2
(29)
Substituindo
RA
RB
(RC R3 /R1 ) RC
R2 =
(RC R3 /R2 ) + (RC R3 /R1 ) + RC
(R3 /R1 ) RC
=
(R3 /R2 ) + (R3 /R1 ) + 1
(30)
RC R3 /R1
R2 =
(R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 ) / (R1 R2 )
R2 R3 RC
=
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
Isolando
RC
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RC =
R3
(31)
RA
RB
R1
R2
RA
(ligação estrela):
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RA =
R1
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RB =
R2
(32)
(R1 = R2 = R3 )
(RA = RB = RC )
RA = RB = RC
2
RA RB RA RA R RA
A
R3 = = = =
RA + RB + RC RA + RB + RC 3RA 3
(33)
(34)
De forma geral, as fórmulas de conversão anteriormente desenvolvidas são, para circuitos equilibrados, resumidas em:
RΔ
RY = , RΔ = 3RY
3
(35)
Converta o circuito ilustrado na Figura 27, ligado em triângulo (ou delta) em seu equivalente em estrela (ou T).
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do circuito em triângulo para seu equivalente em estrela consiste em encontrar os valores
de
R1
,
R2
R3
RB RC 20 × 10
R1 = = = 3, 33Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RC 30 × 10
R2 = = = 5Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RB 20 × 30
R3 = = = 10Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÃO NA MASSA
1. CONSIDERE O CIRCUITO DA FIGURA 29, QUE ILUSTRA UMA LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO (OU DELTA ‒ ∆).
APÓS A CONVERSÃO EM SEU CIRCUITO EQUIVALENTE EM ESTRELA, OS VALORES DAS RESISTÊNCIAS
R1
R2
R3
VALEM, RESPECTIVAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
FIGURA 29: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 1.
A)
R1 = 10Ω, R2 = 8, 5Ω e R3 = 3Ω
B)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
C)
R1 = 4, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω
D)
R1 = 8Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 2Ω
E)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 5, 5Ω e R3 = 10Ω
2. A FIGURA 30 ILUSTRA UM CIRCUITO CUJOS ELEMENTOS ESTÃO LIGADOS EM PONTE. CONSIDERE QUE:
RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω
RT
A)
4, 5Ω
B)
1, 5Ω
C)
2, 75Ω
D)
5, 5Ω
E)
2, 5Ω
3. A CONVERSÃO DO CIRCUITO LIGADO EM TRIÂNGULO (OU DELTA), ILUSTRADO NA FIGURA 31, PARA
SEU EQUIVALENTE EM ESTRELA FORNECE COMO NOVOS VALORES DE RESISTÊNCIA:
IMAGEM: FUNDAMENTOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS. SADIKU, 2013
FIGURA 31: MÃO NA MASSA ‒ EXERCÍCIO 3.
A)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
B)
R1 = 3Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
C)
R1 = 7, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 3Ω
D)
R1 = 3Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 5Ω
E)
R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
A)
16, 75Ω
B)
25, 5Ω
C)
18, 75Ω
D)
23, 05Ω
E)
25Ω
5. PARA O CIRCUITO DA FIGURA 33, O VALOR DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE VISTA PELA FONTE, OU
SEJA, A RESISTÊNCIA TOTAL EQUIVALENTE ENTRE OS PONTOS A E B É DE, APROXIMADAMENTE:
A)
25Ω
B)
40Ω
C)
45Ω
D)
35Ω
E)
30Ω
A)
57, 13Ω
B)
45, 15Ω
C)
60, 25Ω
D)
38, 18Ω
E)
26, 14Ω
GABARITO
1. Considere o circuito da Figura 29, que ilustra uma ligação em triângulo (ou delta ‒ ∆). Após a conversão em seu circuito
equivalente em estrela, os valores das resistências
R1
R2
R3
valem, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 29: Mão na massa - Exercício 1.
Para converter o circuito em triângulo para seu equivalente em estrela, basta voltar às Equações 25, 26 e 27, que fornecem diretamente os
valores das resistências
R1
R2
e
R3
RB RC 15 × 30
R1 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
RA RC 20 × 30
R2 = = = 10Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
RA RB 20 × 15
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30
R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω
2. A Figura 30 ilustra um circuito cujos elementos estão ligados em ponte. Considere que:
RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω
A resistência total
RT
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segmento destacado na Figura 30 para seu equivalente em estrela é:
RB RC 5 × 4
R1 = = = 1, 8Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
RA RC 2 × 4
R2 = = = 0, 72Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
RA RB 2 × 5
R3 = = = 0, 9Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
Substituindo o segmento em triângulo pelo seu equivalente em estrela, a resistência total pode ser agora facilmente encontrada a partir de
associações em série e paralelo, e será de:
(4 + 1, 8)(2 + 0, 72)
RT = 0, 9 +
(4 + 1, 8) + (2 + 0, 72)
RT = 0, 9 + 1, 85
RT = 2, 75Ω
3. A conversão do circuito ligado em triângulo (ou delta), ilustrado na Figura 31, para seu equivalente em estrela fornece como
novos valores de resistência:
Imagem: Fundamentos de Circuitos Elétricos. Sadiku, 2013
Figura 31: Mão na massa ‒ Exercício 3.
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segmento destacado na Figura 31 para seu equivalente em estrela é:
RB RC 10 × 25
R1 = = = 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
RA RC 25 × 15
R2 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
RA RB 15 × 10
R3 = = = 3Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω
4. O circuito da Figura 32 apresenta uma associação complexa de resistores. Com base nos conceitos de ligações em estrela e
triângulo, a resistência total equivalente entre os pontos A e B é de:
Primeiramente, deve-se transformar os resistores da primeira malha, ligados em triângulo, em seu equivalente em estrela
(R1 , R2 eR3 )
RB RC 40 × 10
R1 = = = 4Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
RA RC 40 × 50
R2 = = = 20Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
RA RB 50 × 10
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10
20Ω
em série com
60Ω = 80Ω
5Ω
em série com
20Ω = 25Ω
5. Para o circuito da Figura 33, o valor da resistência equivalente vista pela fonte, ou seja, a resistência total equivalente entre os
pontos A e B é de, aproximadamente:
6. A Figura 34 ilustra um circuito em que os resistores estão associados de forma complexa, ou seja, não podem ser diretamente
resumidos a circuitos em série ou em paralelo. Considerando a possibilidade de conversão entre equivalentes em estrela ou em
triângulo, o valor da resistência entre os terminais AB do circuito é de, aproximadamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 34: Mão na massa - Exercício 6.
30Ω
15Ω
10Ω
para seu equivalente em estrela. De forma semelhante, essa conversão pode ser aplicada entre os resistores de
20Ω
25Ω
30Ω
RB RC 10 × 30
R1 = = = 5, 45Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
RA RC 30 × 15
R2 = = = 8, 18Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
RA RB 15 × 10
R3 = = = 2, 72Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Os circuitos em ponte são muito importantes nas montagens de equipamentos eletrônicos, como, por exemplo, para medição de resistência.
Uma das montagens mais utilizadas é a chamada Ponte de Wheatstone, para medição de resistências com elevada precisão, resistores entre
1Ω
1M Ω
. A solução de circuitos em ponte pode ser facilmente encontrada a partir de transformações estrela-triângulo. Com base nos conceitos
dessas transformações, calcule a potência elétrica fornecida à ponte do circuito da Figura 35.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 35: Teoria na Prática.
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
2, 54Ω
B)
3, 27Ω
C)
4, 65Ω
D)
3, 82Ω
E)
4, 18Ω
R1
R2
R3
, RESPECTIVAMENTE:
A)
B)
C)
E)
GABARITO
1. Com base nas equações de transformação de circuitos estrela-triângulo, a resistência total do circuito ilustrado na Figura 36 é
de:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 36: Atividades - Exercício 1.
A conversão do circuito em triângulo para seu equivalente em estrela permite a análise do circuito equivalente a partir de associações em
série e paralelo. No caso do circuito da Figura 36, como os resistores do triângulo são iguais, é possível utilizar as equações de conversão
para circuitos equilibrados:
RΔ 6
RY = = = 2Ω
3 3
2 × 9
RT = 2 [ ] = 3, 27Ω
2 + 9
2. A conversão do circuito da Figura 37, ligado em estrela, para seu equivalente em triângulo, fornece como valores para
R1
R2
R3
, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
Figura 37: Atividades - Exercício 2.
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RA = = = 140Ω
R1 10
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RB = = = 70Ω
R2 20
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RC = = = 35Ω
R3 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de circuitos elétricos é facilmente entendida com a aplicação das leis básicas de circuitos, como a Lei de Ohm e as Leis de
Kirchhoff (das tensões e das correntes). No entanto, para circuitos mais complexos ou que contenham uma grande quantidade de elementos
e fontes de alimentação, apenas o conhecimento dessas leis pode ser insuficiente para prosseguir com a análise. Dessa forma, teoremas
como o da Superposição, apresentado neste conteúdo, permitem a simplificação dos circuitos.
O Teorema da Superposição apresentado baseia-se no princípio da linearidade dos elementos de circuito e diz que a corrente elétrica ou a
tensão em um elemento de um circuito linear é dada pela soma algébrica das correntes ou tensões produzidas pela atuação isolada de cada
uma das fontes independentes. Dessa forma, o resultado dessas grandezas pode ser obtido a partir de uma análise individual de cada fonte
do circuito, somadas algebricamente. Por fim, foram apresentadas as equivalências entre as ligações em estrela ou triângulo, bem como suas
equivalentes transformações que permitem simplificar a aplicação das leis básicas em circuitos cujos elementos não estão ligados em série
ou em paralelo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BOYLESTAD, R. L.; NASCIMENTO, J. L. do. Introdução à análise de circuitos. São Paulo: Pearson Education, 2004.
JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1994.
NILSSON, J. W., RIEDEL, S. A. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson Education, 2008.
EXPLORE+
Para se aprofundar nos tópicos desenvolvidos, leia o seguinte livro:
CRUZ, E. C. A. Eletricidade básica – circuitos em corrente continua. São José dos Campos: Érica, 2014.
CONTEUDISTA
Isabela Oliveira Guimarães