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DESCRIÇÃO

Introdução ao estudo de análise de circuitos elétricos a partir do Teorema da Superposição e princípio da linearidade, análise de circuitos
ligados em estrela ou triângulo e suas transformações equivalentes.

PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais do princípio da linearidade de circuitos elétricos, necessários para aplicação do Teorema da
Superposição. Analisar outras formas de associação de elementos para além dos modos em série e paralelo, por meio das ligações em
estrela e triângulo, bem como suas transformações equivalentes.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha à mão papel, caneta para anotações e, se possível, uma calculadora científica para facilitar seus
cálculos na solução de equações dos circuitos elétricos e transformações equivalentes para as ligações estrela e triângulo.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Aplicar cálculos para solução de circuitos elétricos através do Teorema da Superposição

MÓDULO 2
Descrever circuitos elétricos equivalentes em estrela e triângulo

INTRODUÇÃO

TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO E CIRCUITOS EQUIVALENTES


EM ESTRELA E TRIÂNGULO
AVISO: Orientações sobre unidades de medida

ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA

Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km). No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir
um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.

MÓDULO 1
 Aplicar cálculos para solução de circuitos elétricos através do Teorema da Superposição

TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO

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A APLICAÇÃO DA LEI DE KIRCHHOFF DAS CORRENTES (LKC) E DA LEI DE KIRCHHOFF DAS


TENSÕES (LKT) PERMITE A SOLUÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS POR MANEIRAS MUITO
SIMPLES, POR MEIO DA ANÁLISE NODAL E ANÁLISE DE MALHAS, RESPECTIVAMENTE.
No entanto, se o circuito for grande ou complexo, a aplicação dessas leis pode se tornar muito trabalhosa, em virtude da quantidade de
cálculos e equações necessárias para encontrar as variáveis tensão e corrente nos elementos. Para lidar com o problema de solução de
circuitos elétricos complexos, diversos teoremas foram desenvolvidos para simplificar a análise.

Entre os teoremas mais utilizados, pode-se citar o Teorema de Thévenin, o Teorema de Norton e o Teorema da Superposição, sendo esse o
principal tema abordado neste módulo.

É importante destacar que os teoremas de circuitos são válidos apenas para circuitos lineares e, por esse motivo, deve-se ter muito claro o
princípio da linearidade em circuitos elétricos.

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE

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O princípio da linearidade é uma relação matemática de grande impacto em circuitos elétricos em geral, intimamente relacionada com a
proporcionalidade e que pode ser representada graficamente por uma reta.

 VOCÊ SABIA
A linearidade é basicamente a propriedade de uma função ser compatível com adição (aditividade) e escalonamento (homogeneidade),
também chamado de superposição.

Em um circuito que obedece a propriedade de homogeneidade, se a entrada, ou seja, a fonte de alimentação (excitação) for multiplicada por
uma constante, a sua saída, ou seja, a resposta à excitação, deverá também ser multiplicada por essa mesma constante. Considerando a Lei
de Ohm, que relaciona a entrada em corrente para saída em tensão no resistor:

v = Ri

(1)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Quando o valor dessa corrente for aumentado “k vezes”, a tensão sob o resistor terá um aumento de “k vezes”, ou seja:

Kv = KiR

(2)

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Uma função matemática representada por uma linha reta que passa pela origem possui a propriedade de proporcionalidade. Seja como
exemplo, a função

f (x) = 2x

, representada pela Figura 1.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 1: Função matemática

f (x) = y = 2x

Para o valor de

x = 2
, tem-se que

f (x) = 2 × 2 = 4

. Se o valor de

for dobrado, ou seja,

x = 4

, tem-se que

f (x) = 8

. Isso significa que, ao duplicar

(entrada), duplica-se também

f (x)

(saída). Essa relação é válida para qualquer valor de

, ou seja, o fator de escala ou proporcionalidade não varia.

Já a propriedade de adição (aditividade) diz que a resposta para a soma de entradas diferentes em um circuito é dada pela soma das
respostas a cada uma dessas entradas aplicadas separadamente.

 EXEMPLO
A partir da relação entre tensão e corrente no resistor, sua resposta a uma entrada constituída de duas correntes será obtida pelas respostas
individuais a cada uma dessas correntes:

v1 = i 1 R , v2 = i 2 R

Aplicando

i1 + i2

, tem-se:

v = (i1 + i2 ) R = i1 R + i2 R = v1 + v2

(3)

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A Figura 2 ilustra a propriedade de adição para uma função linear qualquer,

f (x)

:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 2: Ilustração para uma função linear.

SE AS ENTRADAS

x1

x2

FOREM SOMADAS E COLOCADAS DENTRO DA FUNÇÃO

f (x)

, A SAÍDA SERÁ

f (x1 + x2 )
OU A PARTIR DA PROPRIEDADE DE ADIÇÃO,

f (x1 + x2 ) = f (x1 ) + f (x2 )

.
De modo geral, os conceitos de linearidade aplicados aos resistores são também estendidos para os demais componentes do circuito, os
indutores e capacitores. As leis desses componentes são dadas por:

INDUTOR

di
v = L
dt

(4)

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CAPACITOR
dv
i = C
dt

(5)

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Inicialmente, as Equações 4 e 5 podem não parecer referentes a funções lineares. No entanto, basta observar a derivada como a variável
independente da função linear:

INDUTOR
A relação no indutor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada

di/dt

é o eixo horizontal e

, o eixo vertical, conforme Figura 3. A inclinação dessa reta é a indutância L.

di di
v = f ( ) = L
dt dt
(6)

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 Figura 3: Relação tensão x corrente para o indutor.

CAPACITOR
A relação no capacitor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada

dv/dt

é o eixo horizontal e i como eixo vertical, conforme Figura 4. A inclinação dessa reta é a capacitância C.
dv dv
i = f ( ) = C
dt dt

(7)

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 Figura 4: Relação tensão x corrente para o capacitor.
 ATENÇÃO

O princípio da linearidade não se aplica à potência elétrica. Essa proposição pode ser entendida analisando a fórmula de potência, expressa
pela Equação 8:

2
v
2
p = Ri =
R

(8)

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A Equação 8 demonstra que a relação entre tensão e corrente para potência elétrica é quadrática, portanto, o Teorema da Superposição, que
será demonstrado mais adiante, não se aplica para cálculos de potência.

Resumindo o princípio da linearidade:

“UM CIRCUITO É LINEAR QUANDO SUA SAÍDA ESTÁ LINEARMENTE RELACIONADA À SUA
ENTRADA, OU SEJA, SAÍDA E ENTRADA SÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.”

 EXEMPLO
Veja o circuito linear ilustrado na Figura 5. Os elementos contidos nesse circuito não são importantes, desde que sejam lineares. A
alimentação (entrada) do circuito é feita por uma fonte de tensão e a resposta (saída) é representada pela corrente no resistor R. Quando a
fonte de tensão fornece 10V, a corrente no resistor é de 2A. Considerando o princípio da linearidade, calcule o valor da corrente no resistor se
a fonte de tensão entregar uma tensão de 10mV ao circuito.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 5: Circuito linear resistivo.

Como o circuito é linear, as propriedades de adição e homogeneidade são válidas. Considerando a proporcionalidade entre os valores de
entrada e saída, tem-se:

Para:

vS = 10V → iR = 2A

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Então:

vs = 10mV → iR = 2mA

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Perceba que, em virtude da proporcionalidade, basta fazer uma “regra de três” para obter a solução.

TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO

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O Teorema da Superposição é baseado no princípio da linearidade apresentado anteriormente, sendo, sem dúvidas, um dos mais utilizados
em técnicas de solução de circuitos elétricos.

Esse teorema se aplica a circuitos lineares que contenham fontes independentes ou dependentes, resistores, indutores e capacitores, que
são elementos lineares, conforme descrito anteriormente. A utilização desse teorema pode, muitas vezes, reduzir a complexidade e facilitar a
solução de circuitos elétricos.
 SAIBA MAIS

Normalmente, o Teorema da Superposição é aplicado para analisar circuitos que contenham duas ou mais fontes que não estejam
conectadas em série ou paralelo, ou seja, em arranjos diferentes que não permitam uma associação equivalente direta dessas fontes.

É possível, dessa forma, determinar os efeitos individuais de cada uma dessas fontes e suas contribuições específicas nas grandezas dos
circuitos. Para fontes de diferentes tipos, o resultado final (total) referente às fontes trata-se da soma algébrica de seus resultados individuais.

De modo resumido, tem-se que:

O Teorema da Superposição assegura que a corrente elétrica ou a tensão em um elemento de um circuito linear é dada pela soma algébrica
das correntes ou tensões produzidas pela atuação isolada de cada uma das fontes independentes.

Esse Teorema, portanto, permite que se encontre uma solução para corrente elétrica ou tensão no circuito linear utilizando apenas uma fonte
por vez. Assim, após encontrar as soluções individuais, basta prosseguir com uma soma algébrica para combinar os resultados e obter a
resposta total. É importante destacar que a contribuição das fontes pode permitir que as correntes elétricas tenham sentidos opostos ou que
as tensões possuam polaridades invertidas, por esse motivo, a contribuição total é a soma algébrica, de modo que o sinal de cada fonte deve
ser considerado.

 VOCÊ SABIA

Para aplicar o Teorema da Superposição, é necessário obter as contribuições individuais das fontes do circuito elétrico, ou seja, é necessário
avaliar cada fonte individualmente, enquanto todas as outras restantes devem ser removidas.

Existem, basicamente, dois tipos de fonte em circuitos que deverão ser removidas, as fontes de tensão e as fontes de corrente. Para
desativá-las, tem-se:
FONTES DE TENSÃO
Para desativar uma fonte de tensão em um circuito elétrico, basta substituí-la por um curto-circuito, ou seja, uma conexão direta entre seus
terminais. Assim, a tensão será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se houver resistência interna na fonte, essa deverá ser mantida
em série no circuito. A Figura 6 ilustra a remoção de uma fonte de tensão em parte de um circuito.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 6: Remoção de uma fonte de tensão.

FONTES DE CORRENTE
Para desativar uma fonte de corrente em um circuito elétrico basta substituí-la por um circuito aberto, ou seja, uma conexão aberta entre seus
terminais. Assim, a corrente elétrica será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se houver resistência interna na fonte, essa deverá ser
mantida em paralelo no circuito. A Figura 7 ilustra a remoção de uma fonte de corrente em parte de um circuito.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 7: Remoção de uma fonte de corrente.

 ATENÇÃO

Pode-se dizer que o número de circuitos a ser analisado a partir do Teorema da Superposição se refere ao número de fontes existentes,
tendo em vista que o efeito de cada uma será determinado individualmente. A princípio isso pode parecer uma desvantagem do método de
análise, no entanto, a superposição contribui para reduzir a complexidade de circuitos elétricos pela simples substituição de fontes por curtos-
circuitos ou por circuitos abertos em diferentes situações de análise.

ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO


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ETAPA 1

Desativar todas as fontes independentes do circuito elétrico, exceto uma. As fontes de tensão são substituídas por um curto-circuito e as
fontes de corrente por um circuito aberto. As fontes dependentes, ou controladas, devem ser mantidas no circuito.


ETAPA 2

Repetir a Etapa 1 até que todas as fontes independentes tenham sido consideradas e calculadas suas contribuições individuais.


ETAPA 3

Determinar a resposta total nos elementos fazendo a soma algébrica das respostas individuais de cada fonte. As tensões e correntes em
cada ramo serão a soma das tensões e correntes das fontes independentes obtidas individualmente. É importante atentar-se ao sentido das
correntes e à polaridade das tensões, conforme já descrito.

 EXEMPLO

Com base no Teorema da Superposição e no princípio da linearidade descritos, calcule a corrente elétrica que circula por meio do resistor

R2

do circuito ilustrado na Figura 8:


Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 8: Circuito para o Exemplo 2.

Inicialmente, será determinada a contribuição da fonte de tensão de 24V. Para isso, a fonte de corrente deve ser desativada, o que significa
substituí-la por um circuito aberto, conforme ilustrado na Figura 9.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 9: Substituição da fonte de corrente por um circuito aberto.

O resultado é um circuito em série simples e a contribuição da fonte na corrente, dada por


I
2

, será:

V V 24

I = = = = 2A
2
RT R1 + R2 8 + 4

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Para encontrar a contribuição da fonte de corrente, é necessário desativar a fonte de tensão, ou seja, substituí-la por um curto-circuito,
conforme ilustrado na Figura 10:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 10: Substituição da fonte de tensão por um curto-circuito.

O resultado é uma combinação em paralelo dos resistores

R1

R2

. Com base no princípio de divisão de corrente, a contribuição da fonte de 6A, denominada

′′
I
2

, será:
R1 8
′′
I = I = 6 = 4A
2
R1 + R2 8 + 4

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como as duas correntes encontradas tem o mesmo sentido de fluxo no resistor

R2

, a corrente total é dada pela soma de


I
2

′′
I
2

′ ′′
I = I + I = 2 + 4 = 6A
2 2

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Este exemplo demonstra que, caso se deseje calcular a corrente elétrica em um circuito, a contribuição para tal corrente deve ser
determinada para cada fonte, conforme Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito de cada fonte é determinado, correntes de
mesmo sentido são adicionadas e correntes de sentido oposto são subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O
resultado obtido é o sentido da soma maior e o valor absoluto da diferença.

Do mesmo modo, caso se deseje calcular a tensão em um elemento, sua contribuição também deve ser determinada para cada fonte,
conforme o Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito de cada fonte é determinado, tensões de mesma polaridade são
adicionadas, enquanto tensões de polaridades opostas são subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O
resultado obtido tem a polaridade da soma maior e o valor absoluto da diferença.

 ATENÇÃO

Do mesmo modo que demonstrado anteriormente para o princípio da linearidade, o Teorema da Superposição não pode ser aplicado para
calcular a potência elétrica fornecida em um circuito. Sabe-se que a dissipação de potência nos elementos lineares do circuito como
resistores, varia em função do quadrado da tensão aplicada ou da corrente que está no seu ramo. Portanto, a potência total de cada
componente do circuito não será a soma das potências individuais quando as fontes atuam de forma isolada.

MÃO NA MASSA

1. COM BASE NO TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO, A CORRENTE ELÉTRICA QUE CIRCULA PELO RESISTOR

R2
DO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 11 É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 11: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 1.

A) 6,65A

B) 8,5A

C) 5,45A

D) 7,25A

E) 4,5A
2. O CIRCUITO DA FIGURA 12 ILUSTRA UM CIRCUITO ELÉTRICO ALIMENTADO POR UMA FONTE DE
TENSÃO DE 1V. CONSIDERANDO OS VALORES DOS COMPONENTES E O PRINCÍPIO DA LINEARIDADE, O
VALOR DA CORRENTE

i0

QUANDO A FONTE DE TENSÃO FOR DE 10V É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 12: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 2.

A) 1A

B) 2A

C) 3A
D) 4A

E) 5A

3. A FIGURA 13 ILUSTRA UM CIRCUITO ELÉTRICO LIGADO EM PONTE. AO APLICAR O TEOREMA DA


SUPERPOSIÇÃO, A CORRENTE

I2

QUE CIRCULA PELO RESISTOR DE

12kΩ

É DE APROXIMADAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 13: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 3.

A) 1,56mA

B) 2,88mA

C) 1,77mA

D) 4,45mA

E) 6,66mA
4. AO APLICAR O TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO NO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 14, A CORRENTE
ELÉTRICA QUE CIRCULA PELO RESISTOR DE

12Ω

É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 14: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 4.

A) 2,05A

B) 1,08A

C) 3,42A

D) 2,36A

E) 1,56A
5. PARA O CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 15, A CORRENTE

I0

É DE

0, 16A

QUANDO A FONTE DE TENSÃO

vs

VALE 12V. SE A FONTE

vs

FOR SUBSTITUÍDA POR UMA FONTE DE

24V

, O VALOR DA CORRENTE

I0

SERÁ DE, APROXIMADAMENTE:


IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 15: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 5.

A) 0,64A

B) 1,5A

C) 0,56A

D) 1,48A

E) 0,32A
6. SUPONDO INICIALMENTE QUE A CORRENTE

I0

SEJA 1A E UTILIZANDO O PRINCÍPIO DA LINEARIDADE, O VALOR REAL PARA

I0

NO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 16 É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 16: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 6.

A) 1A

B) 2A

C) 3A

D) 4A
E) 5A

GABARITO

1. Com base no Teorema da Superposição, a corrente elétrica que circula pelo resistor

R2

do circuito ilustrado na Figura 11 é de:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 11: Mão na massa - Exercício 1.

A alternativa "D " está correta.


É possível começar a resolver o circuito calculando a contribuição da fonte de tensão de 32V. Nesse caso, a fonte de corrente deve ser
desligada, ou seja, substituída por um circuito aberto equivalente. O resultado é um circuito em série cuja corrente será:

V V 32 32

I = = = = = 2A
2
RT R1 + R2 14 + 2 16

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Em que


I
2

é a corrente no resistor

R2

referente à contribuição da fonte de tensão.

Para calcular o efeito da fonte de corrente, a fonte de tensão deve ser desligada do circuito, ou seja, substituída por um curto-circuito
equivalente. O resultado é a combinação dos resistores

R1

R2

em paralelo. Assim, a corrente será:

R1 14
′′
I = I = 6 = 5, 25A
2
R1 + R2 14 + 2

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Portanto, a corrente no resistor


R2

é a soma das contribuições das fontes de tensão e de corrente:

′ ′′
I2 = I + I = 2 + 5, 25 = 7, 25A
2 2

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2. O circuito da Figura 12 ilustra um circuito elétrico alimentado por uma fonte de tensão de 1V. Considerando os valores dos
componentes e o princípio da linearidade, o valor da corrente

i0

quando a fonte de tensão for de 10V é de:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 12: Mão na massa - Exercício 2.

A alternativa "B " está correta.


Primeiramente deve-se encontrar o valor da corrente

i0

para a configuração ilustrada no circuito, ou seja, com os parâmetros já conhecidos de resistores e da fonte de tensão igual a 1V:

Calculando a resistência equivalente com os resistores da malha da direita:

8∥(5 + 3) = 4Ω

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A corrente total que flui da fonte é de:

1 1
i = = A
1 + 4 5

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Com base no princípio de divisão de corrente, a corrente

i0

será de:

1 1
i0 = i = = 0, 1A
2 10

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Considerando que a fonte seja de 10V (e que os resistores mantenham os mesmos valores), tem-se:

i = 2A
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Portanto a corrente

i0

será de:

1 1
i0 = i = 2 = 1A
2 2

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3. A Figura 13 ilustra um circuito elétrico ligado em ponte. Ao aplicar o Teorema da Superposição, a corrente

I2

que circula pelo resistor de

12kΩ

é de aproximadamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 13: Mão na massa - Exercício 3.

A alternativa "C " está correta.

Utilizando o Teorema da Superposição, primeiro será considerado o efeito da fonte de corrente de 4mA no resistor de

12KΩ

. Deve-se aplicar a regra de divisão de corrente, ou seja:

R1 6k

I = I = 4mA = 1, 33mA
2
R1 + R2 6k + 12k
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Considerando agora o efeito da fonte de tensão de 8V, tem-se:

V 8
′′
I = = = 0, 44mA
2
R1 + R2 6k + 12k

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Tendo em vista que as correntes elétricas referentes às duas fontes têm o mesmo sentido através de

R2

, a corrente total nesse resistor será a soma das duas, aproximadamente:

′ ′′
IR2 = I + I = 1, 33 + 0, 44 = 1, 77mA
2 2

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4. Ao aplicar o Teorema da Superposição no circuito ilustrado na Figura 14, a corrente elétrica que circula pelo resistor de

12Ω

é de:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 14: Mão na massa - Exercício 4.

A alternativa "B " está correta.

SOLUÇÃO

5. Para o circuito ilustrado na Figura 15, a corrente


I0

é de

0, 16A

quando a fonte de tensão

vs

vale 12V. Se a fonte

vs

for substituída por uma fonte de

24V

, o valor da corrente

I0

será de, aproximadamente:


Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 15: Mão na massa - Exercício 5.

A alternativa "E " está correta.

A solução do problema pode ser encontrada utilizando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) aplicada às duas malhas do circuito e atribuindo
o valor de 24V à fonte de tensão vs. No entanto, como já foi fornecida a corrente

I0

quando a fonte vale 12V, é possível aplicar o princípio da linearidade para encontrar a nova corrente.

Quando
vs = 12V

I0 = 0, 16A

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para

vs = 12V

I0 = 2 × 0, 16 = 0, 32A

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Ou seja, como a fonte de tensão dobrou de valor e o circuito é linear, a corrente elétrica também deverá ser dobrada.

6. Supondo inicialmente que a corrente

I0

seja 1A e utilizando o princípio da linearidade, o valor real para

I0

no circuito ilustrado na Figura 16 é de:


Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 16: Mão na massa - Exercício 6.

A alternativa "C " está correta.

Se I0 = 1A, ent ã o: V 1 = (3 + 5)I0 = 8V

V1
I1 = = 2A
4

Se a Lei de Kirchhoff das tensões for aplicada ao nó 1, temos:

I2 = I1 + I0 = 3A

V2 = V1 + 2I2 = 8 + 6 = 14V

V2
I3 = = 2A
7

Ao aplicar a Lei de Kirchhoff das tensões no nó 2, temos:

I4 = I3 + I2 = 5A

Dessa forma,
IS = 5A

. Isso significa que, ao supor

I0 = 1A

, tem-se

IS = 5A

. Assim, o valor real da corrente da fonte de

15A

resultará em uma corrente

I0

de

3A

como valor real.

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GABARITO

TEORIA NA PRÁTICA
Utilizando o Teorema da Superposição, determine o valor da corrente i, que circula pelo resistor de

no circuito elétrico ilustrado na Figura 17.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 17: Teoria na prática.

RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UTILIZANDO O TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO, O VALOR DA TENSÃO V NO RESISTOR DE 4Ω DO


CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 18 É DE, APROXIMADAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 18: ATIVIDADES - EXERCÍCIO 1.

A) 10V

B) 8V

C) 12V

D) 6V

E) 14V

2. O CIRCUITO ELÉTRICO ILUSTRADO NA FIGURA 19 CONTÉM DUAS FONTES, UMA DE TENSÃO DE

15V

E UMA DE CORRENTE DE
6A

. CONSIDERANDO A CONTRIBUIÇÃO DESSAS DUAS FONTES, A CORRENTE

I1

QUE CIRCULA PELO RESISTOR

(R1 )

É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 19: ATIVIDADES - EXERCÍCIO 2.

A) 4,0A
B) 1,5A

C) 3,0A

D) 2,0A

E) 2,5A

GABARITO

1. Utilizando o Teorema da Superposição, o valor da tensão v no resistor de 4Ω do circuito ilustrado na Figura 18 é de,
aproximadamente:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 18: Atividades - Exercício 1.

A alternativa "C " está correta.


Como o circuito contém duas fontes, é necessário calcular a contribuição de cada uma delas separadamente na tensão total do resistor de

. Seja assim:

v = v1 + v2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que

v1

v2

são as parcelas de tensão referentes às fontes de 4V e de 4A, respectivamente.

Para obter

v2

deve-se fazer a fonte de corrente como um circuito aberto. Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões, tem-se:

12i1 − 4 = 0 → i1 = 0, 33A

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim,

v1 = 4i1 = 1, 33 V

OBS.:

v1
também poderia ser encontrada utilizando divisão de tensão.

Para obter

v2

, deve-se fazer a fonte de tensão como zero, ou seja, substituí-la por um curto-circuito. Assim, aplicando divisão de corrente, tem-se:

8
i3 = 4 = 2, 66A
4 + 8

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então a tensão

v2

será:

v2 = 4i3 = 10, 66V

A tensão total será a soma das tensões

v1

v2

v = 1, 33 + 10, 66 ≈ 12V

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. O circuito elétrico ilustrado na Figura 19 contém duas fontes, uma de tensão de

15V
e uma de corrente de

6A

. Considerando a contribuição dessas duas fontes, a corrente

I1

que circula pelo resistor

(R1 )

é de:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 19: Atividades - Exercício 2.

A alternativa "E " está correta.


A corrente

I1

pode ser encontrada aplicando o Teorema da Superposição. Considerando inicialmente a contribuição da fonte de tensão, deve-se fazer a
fonte de corrente como zero, ou seja, substituí-la por um circuito aberto. Tem-se um simples circuito composto pela fonte de tensão em série
com o resistor

R1

V 15

I = = = 2, 5A
1
R1 6

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para calcular a contribuição da fonte de corrente, por sua vez, deve-se fazer a fonte de tensão como zero, ou seja, substituí-la por um curto-
circuito. Como a corrente elétrica sempre toma o caminho de menor resistência, tem-se que a contribuição dessa fonte em Portanto, a
corrente total no resistor

R1

será: será nula:

′′
I = 0A
1

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, a corrente total no resistor

R1

será:
′ ′′
I = I + I = 2, 5 + 0 = 2, 5A
1 1

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÓDULO 2

 Descrever circuitos elétricos equivalentes em estrela e triângulo


LIGAÇÕES DE CIRCUITOS EM ESTRELA E TRIÂNGULO

INTRODUÇÃO
Imagem: Stock.adobe.com

OS ELEMENTOS DE UM CIRCUITO ELÉTRICO PODEM SER CONECTADOS DE DIVERSAS


FORMAS PARA CONSTITUIR UM EQUIPAMENTO OU UM DISPOSITIVO ELÉTRICO.
A organização dos elementos, como fontes de alimentação, resistores, indutores e capacitores é importante para definir a forma como a
energia será utilizada. Esta, por sua vez, é chamada de associação. Tratando mais especificamente de circuitos elétricos básicos e
alimentados com corrente contínua, os elementos do circuito resumem-se aos resistores.

A associação de resistores é muito comum em circuitos elétricos, pois nem sempre é possível obter um valor específico de resistência com
apenas um resistor. A associação desses resistores é sempre representada por um resistor equivalente

(Req )

, elemento fictício, ou seja, que não está, de fato, presente na rede, mas que representa a resistência total referente aos elementos
associados.
O comportamento da associação, ou seja, a forma como as tensões e correntes estão presentes no circuito, dependem do tipo de ligação dos
resistores. As associações básicas são dos tipos:

SÉRIE

PARALELO

MISTA (SÉRIE-PARALELO)

Além disso, os circuitos podem ter uma configuração complexa, em que os elementos não podem ser considerados associados em série ou
em paralelo, como é o caso das configurações em estrela (Y) e triângulo (∆), que serão abordadas neste módulo.

ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Imagem: Shutterstock.com

Seja o circuito ilustrado na Figura 20, que representa um circuito com uma fonte de tensão e dois resistores ligados em série, de modo que
apenas a corrente i circula por ambos (uma única corrente de malha).

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 20: Circuito com um laço e dois resistores em série.
Ao aplicar a Lei de Ohm para cada um dos resistores, tem-se:

v1 = iR1 , v2 = iR2

(9)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) à malha, arbitrando que a corrente circule no sentido horário, tem-se:

−v + v1 + v2 = 0

(10)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Relacionando as Equações 9 e 10:

v = v1 + v2 = i (R1 + R2 )
v
i =
R1 + R2

(11)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A Equação 11 pode ser modificada, pois os dois resistores podem ser substituídos por um equivalente:

v = iReq

Onde,

Req = R1 + R2
(12)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A resistência equivalente em um circuito com

resistores ligados em série é a soma algébrica dessas resistências individuais desses elementos.

Para

resistores:

Req = R1 + R2 + ⋯ + RN = ∑ Rn

n=1

(13)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Seja o circuito ilustrado na Figura 21, composto por uma fonte de tensão e dois resistores ligados em paralelo,

R1

R2

. Por estarem ligados em paralelo, os dois resistores estão submetidos à mesma tensão.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 21: Circuito com dois resistores em paralelo.
v = i 1 R1 = i 2 R2

v v
i1 = i2 =
R1 R2

(14)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Aplicando a Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) no nó a, tem-se a corrente total que vem da fonte:

i = i1 + i2

(15)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo a Equação 14 na Equação 15, tem-se:


v v 1 1 v
i = + = v( + ) =
R1 R2 R1 R2 Req

(16)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Onde

Req

é denominada resistência equivalente dos resistores ligados em paralelo.

1 1 1 1 R1 + R2
= + → =
Req R1 R2 Req R1 R2

(17)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A resistência equivalente de dois resistores ligados em paralelo é dada pelo produto dessas resistências dividido pela sua soma.
R1 R2
Req =
R1 + R2

(18)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ASSOCIAÇÃO MISTA (SÉRIE-PARALELO)

A CONFIGURAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO MISTA, OU SÉRIE-PARALELO, EM UM CIRCUITO


ELÉTRICO É FORMADA POR UMA COMBINAÇÃO DE ELEMENTOS LIGADOS EM SÉRIE E EM
PARALELO.
São muitas as combinações possíveis para a associação mista de resistores, portanto, é necessário analisar partes do circuito
separadamente a fim de definir a abordagem que fornece a melhor estratégia de determinação das grandezas necessárias. A melhor forma
de resolver um circuito em associação mista é compreender bem as associações em série e paralelo apresentadas anteriormente. A Figura
22 ilustra um circuito com resistores em associação mista.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 22: Circuito CC em série-paralelo.

LIGAÇÕES EM ESTRELA (Y) E TRIÂNGULO (∆)

 VOCÊ SABIA

Em muitas situações, a configuração dos elementos de um circuito elétrico não se configura como associação em série e nem como
associação em paralelo. Essas situações dificultam, a princípio, a análise do circuito a partir das leis básicas, como a Lei de Kirchhoff das
correntes (LKC) e a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), aplicadas às análises nodal e de malhas.
Muitos desses circuitos complexos podem ser simplificados a partir de uma conversão em redes equivalentes de três terminais. As
configurações de ligação em estrela (Y) e triângulo (∆) são, frequentemente, responsáveis por essa dificuldade e que podem ser facilmente
convertidas em redes equivalentes. Muitas vezes, essas ligações são também identificadas por “T” e “pi” (π), respectivamente, ilustradas na
Figura 23 e Figura 24:

Imagem: Fundamentos de Circuitos Elétricos. Sadiku, 2013


 Figura 23: Circuito ligado em estrela: (a) Y; (b) T
Imagem: Fundamentos de Circuitos Elétricos. Sadiku, 2013
 Figura 24: Circuito ligado em triângulo: (a) ∆ (b) π.

Portanto, de modo a auxiliar na aplicação das técnicas de análise de circuitos para redes com essas ligações, serão apresentados, na
sequência, os desenvolvimentos das equações necessárias para a conversão de circuitos em estrela para triângulo e vice-versa.

Seja o circuito da Figura 25, com os terminais

fixos. Caso se deseje utilizar o circuito na configuração estrela (Y), em vez da configuração em triângulo (∆), basta aplicar diretamente as
equações que serão desenvolvidas na sequência. É importante destacar que apenas uma das configurações, estrela ou triângulo, podem
estar presentes entre os terminais

a
,

, de modo que se possa dizer que são equivalentes.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 25: Conceito de conversão ∆-Y

O objetivo matemático da conversão entre as configurações é determinar uma expressão para

R1
,

R2

R3

em função de

RA

RB

RC

, e vice-versa, de modo a garantir que a resistência entre dois terminais quaisquer da configuração estrela seja equivalente à resistência entre
dois terminais quaisquer da configuração triângulo.

CONVERSÃO TRIÂNGULO – ESTRELA (∆ - Y)


É possível que, em algumas situações, seja mais conveniente analisar um circuito em uma determinada configuração.

 EXEMPLO
Pode ser interessante fazer a conversão de parte de um circuito que esteja ligada em triângulo para seu equivalente em estrela. Essa
mudança é denominada conversão triângulo-estrela. Para fazer essa conversão, deve-se sobrepor o circuito em estrela ao circuito em
triângulo já existente e determinar o valor da resistência em cada par de nós que seja correspondente à ligação em estrela.

De modo geral, a conversão triângulo-estrela transforma os resistores em triângulo

(RA , RB , RC )

em estrela

(R1 , R2 , R3 )

, de modo que existirão expressões para

R1 , R2 eR3

, em função de

RA , RB

RC

. Considerando o circuito da Figura 25, a resistência entre os terminais

a − c

deve ser a mesma tanto para a ligação triângulo quanto para ligação estrela:

Ra−c (Y ) = Ra−c (Δ)


(19)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, tem-se que:

RB (RA + RC )
Ra−c = R1 + R3 =
RB + (RA + RC )

(20)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Aplicando o mesmo raciocínio aos pares de nós

a − b

b − c

, é possível obter outras expressões:


RC (RA + RCB )
Ra−b = R1 + R2 =
RC + (RA + RB )

(21)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

RA (RB + RC )
Rb−c = R2 + R3 =
RA + (RB + RC )

(22)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao subtrair a Equação 20 da Equação 21, tem-se:

RC RB + RC RA RB RA + RB RA
(R1 + R2 ) − (R1 + R3 ) = ( ) − ( )
RA + RB + RC RA + RB + RC
De modo que:

RA RC − RB RA
R2 − R3 =
RA + RB + RC

(23)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao subtrair a Equação 23 da Equação 22, tem-se:

RA RB + RA RC RA RC − RB RA
(R2 + R3 ) − (R2 − R3 ) = ( ) − ( )
RA + RB + RC RA + RB + RC

Logo:
2RB RA
2R3 =
RA + RB + RC

(24)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É possível, então, determinar uma expressão para o resistor

R3

(ligação em estrela), em função dos resistores

RA

RB

RC

(ligação em triângulo):

RA RB
R3 =
RA + RB + RC
(25)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se o mesmo raciocínio for aplicado para

R1

R2

, tem-se:

RB RC
R1 =
RA + RB + RC

(26)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

RA RC
R2 =
RA + RB + RC
(27)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É importante observar que não é necessário memorizar as expressões descritas nas Equações 25 a 27. Para fazer a transformação, basta
criar um nó extra

, conforme ilustrado na Figura 26 e seguir a seguinte regra:

“CADA RESISTOR DO CIRCUITO ESTRELA É O PRODUTO DOS RESISTORES NOS DOIS


RAMOS EM TRIÂNGULO ADJACENTES, DIVIDIDO PELA SOMA DOS TRÊS RESISTORES EM
ESTRELA.”
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 26: Superposição de circuitos Y e ∆ (transformação).

CONVERSÃO ESTRELA – TRIÂNGULO (Y - ∆)


Em outras situações, pode ser mais conveniente analisar um circuito em triângulo, em vez de em estrela. Para isso, é necessário fazer a
conversão estrela-triângulo para encontrar os resistores equivalentes, semelhante ao que foi feito no tópico anterior. Com base nas Equações
25 e 26, tem-se a seguinte divisão:
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RA
= =
R1 (RB RC ) / (RA + RB + RC ) RC

Ou

RC R3
RA =
R1

(28)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em seguida, divide-se a Equação 25 pela Equação 27:

R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RB
= =
R2 (RA RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou

RC R3
RB =
R2

(29)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo

RA

RB

por esses valores na Equação 27, tem-se:

(RC R3 /R1 ) RC
R2 =
(RC R3 /R2 ) + (RC R3 /R1 ) + RC
(R3 /R1 ) RC
=
(R3 /R2 ) + (R3 /R1 ) + 1

(30)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Reduzindo a expressão para um denominador comum:

RC R3 /R1
R2 =
(R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 ) / (R1 R2 )

R2 R3 RC
=
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3

Isolando
RC

R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RC =
R3

(31)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Com base nesse mesmo procedimento, é possível encontrar as expressões para

RA

RB

(ligação triângulo), em função de

R1

R2

RA
(ligação estrela):

R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RA =
R1

R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RB =
R2

(32)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É importante observar que:

“O VALOR DE CADA RESISTOR DO TRIÂNGULO É IGUAL À SOMA DAS POSSÍVEIS


COMBINAÇÕES DOS PRODUTOS DAS RESISTÊNCIAS DO CIRCUITO ESTRELA (EXTRAÍDAS
DUAS A DUAS), DIVIDIDA PELA RESISTÊNCIA ESTRELA MAIS OPOSTA.”
CIRCUITOS EM ESTRELA OU TRIÂNGULO EQUILIBRADOS
Em circuitos que o valor das três resistências é igual tanto na ligação em estrela

(R1 = R2 = R3 )

, como na ligação em triângulo

(RA = RB = RC )

, diz-se que o circuito é equilibrado. Se

RA = RB = RC

, a Equação 25 facilmente se transformaria em (usando apenas RA):

2
RA RB RA RA R RA
A
R3 = = = =
RA + RB + RC RA + RB + RC 3RA 3

(33)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Seguindo o mesmo procedimento:


RA RA
R1 = , R2 =
3 3

(34)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

De forma geral, as fórmulas de conversão anteriormente desenvolvidas são, para circuitos equilibrados, resumidas em:


RY = , RΔ = 3RY
3

(35)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ISSO INDICA QUE, PARA UM CIRCUITO EM ESTRELA DE TRÊS RESISTORES IGUAIS, O


VALOR DE CADA RESISTOR DO TRIÂNGULO É IGUAL A TRÊS VEZES O VALOR DE UM
RESISTOR EM ESTRELA.
 EXEMPLO

Converta o circuito ilustrado na Figura 27, ligado em triângulo (ou delta) em seu equivalente em estrela (ou T).

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 27: Circuito do Exemplo 1.

Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do circuito em triângulo para seu equivalente em estrela consiste em encontrar os valores
de

R1

,
R2

R3

RB RC 20 × 10
R1 = = = 3, 33Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10

RA RC 30 × 10
R2 = = = 5Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10

RA RB 20 × 30
R3 = = = 10Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O circuito equivalente em estrela é ilustrado na Figura 28.

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 28: Circuito Y equivalente ao ∆.

MÃO NA MASSA
1. CONSIDERE O CIRCUITO DA FIGURA 29, QUE ILUSTRA UMA LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO (OU DELTA ‒ ∆).
APÓS A CONVERSÃO EM SEU CIRCUITO EQUIVALENTE EM ESTRELA, OS VALORES DAS RESISTÊNCIAS

R1

R2

R3

VALEM, RESPECTIVAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 29: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 1.

A)

R1 = 10Ω, R2 = 8, 5Ω e R3 = 3Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

B)

R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

C)

R1 = 4, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

D)

R1 = 8Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 2Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

E)

R1 = 7, 5Ω, R2 = 5, 5Ω e R3 = 10Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. A FIGURA 30 ILUSTRA UM CIRCUITO CUJOS ELEMENTOS ESTÃO LIGADOS EM PONTE. CONSIDERE QUE:

RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL


A RESISTÊNCIA TOTAL

RT

PARA ESSE CIRCUITO É DE, APROXIMADAMENTE:


IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 30: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 2.

A)

4, 5Ω

B)

1, 5Ω

C)

2, 75Ω
D)

5, 5Ω

E)

2, 5Ω

3. A CONVERSÃO DO CIRCUITO LIGADO EM TRIÂNGULO (OU DELTA), ILUSTRADO NA FIGURA 31, PARA
SEU EQUIVALENTE EM ESTRELA FORNECE COMO NOVOS VALORES DE RESISTÊNCIA:
IMAGEM: FUNDAMENTOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS. SADIKU, 2013
 FIGURA 31: MÃO NA MASSA ‒ EXERCÍCIO 3.

A)

R1 = 7, 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

B)

R1 = 3Ω, R2 = 5Ω e R3 = 7, 5Ω
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

C)

R1 = 7, 5Ω, R2 = 5Ω e R3 = 3Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

D)

R1 = 3Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 5Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

E)

R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. O CIRCUITO DA FIGURA 32 APRESENTA UMA ASSOCIAÇÃO COMPLEXA DE RESISTORES. COM BASE


NOS CONCEITOS DE LIGAÇÕES EM ESTRELA E TRIÂNGULO, A RESISTÊNCIA TOTAL EQUIVALENTE ENTRE
OS PONTOS A E B É DE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 32: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 4.

A)

16, 75Ω

B)

25, 5Ω

C)

18, 75Ω

D)

23, 05Ω

E)
25Ω

5. PARA O CIRCUITO DA FIGURA 33, O VALOR DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE VISTA PELA FONTE, OU
SEJA, A RESISTÊNCIA TOTAL EQUIVALENTE ENTRE OS PONTOS A E B É DE, APROXIMADAMENTE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 33: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 5.

A)

25Ω
B)

40Ω

C)

45Ω

D)

35Ω

E)

30Ω

6. A FIGURA 34 ILUSTRA UM CIRCUITO EM QUE OS RESISTORES ESTÃO ASSOCIADOS DE FORMA


COMPLEXA, OU SEJA, NÃO PODEM SER DIRETAMENTE RESUMIDOS A CIRCUITOS EM SÉRIE OU EM
PARALELO. CONSIDERANDO A POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO ENTRE EQUIVALENTES EM ESTRELA OU
EM TRIÂNGULO, O VALOR DA RESISTÊNCIA ENTRE OS TERMINAIS AB DO CIRCUITO É DE,
APROXIMADAMENTE:
IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES
 FIGURA 34: MÃO NA MASSA - EXERCÍCIO 6.

A)

57, 13Ω

B)

45, 15Ω

C)

60, 25Ω

D)
38, 18Ω

E)

26, 14Ω

GABARITO

1. Considere o circuito da Figura 29, que ilustra uma ligação em triângulo (ou delta ‒ ∆). Após a conversão em seu circuito
equivalente em estrela, os valores das resistências

R1

R2

R3

valem, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 29: Mão na massa - Exercício 1.

A alternativa "B " está correta.

Para converter o circuito em triângulo para seu equivalente em estrela, basta voltar às Equações 25, 26 e 27, que fornecem diretamente os
valores das resistências

R1

R2
e

R3

RB RC 15 × 30
R1 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30

RA RC 20 × 30
R2 = = = 10Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30

RA RB 20 × 15
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 20 + 15 + 30

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, os valores dos resistores para o circuito equivalente em estrela são:

R1 = 7, 5Ω, R2 = 10Ω e R3 = 5Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. A Figura 30 ilustra um circuito cujos elementos estão ligados em ponte. Considere que:

RA = 2Ω, RB = 5Ω e RC = 4Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A resistência total

RT

para esse circuito é de, aproximadamente:


Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 30: Mão na massa - Exercício 2.

A alternativa "C " está correta.

Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segmento destacado na Figura 30 para seu equivalente em estrela é:

RB RC 5 × 4
R1 = = = 1, 8Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4

RA RC 2 × 4
R2 = = = 0, 72Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4
RA RB 2 × 5
R3 = = = 0, 9Ω
RA + RB + RC 2 + 5 + 4

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo o segmento em triângulo pelo seu equivalente em estrela, a resistência total pode ser agora facilmente encontrada a partir de
associações em série e paralelo, e será de:

(4 + 1, 8)(2 + 0, 72)
RT = 0, 9 +
(4 + 1, 8) + (2 + 0, 72)

(5, 8)(2, 72)


RT = 0, 9 +
(5, 8) + (2, 72)

RT = 0, 9 + 1, 85

RT = 2, 75Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. A conversão do circuito ligado em triângulo (ou delta), ilustrado na Figura 31, para seu equivalente em estrela fornece como
novos valores de resistência:
Imagem: Fundamentos de Circuitos Elétricos. Sadiku, 2013
 Figura 31: Mão na massa ‒ Exercício 3.

A alternativa "E " está correta.

Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do segmento destacado na Figura 31 para seu equivalente em estrela é:

RB RC 10 × 25
R1 = = = 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25

RA RC 25 × 15
R2 = = = 7, 5Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25

RA RB 15 × 10
R3 = = = 3Ω
RA + RB + RC 15 + 10 + 25
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, os valores dos resistores para o circuito equivalente em estrela são:

R1 = 5Ω, R2 = 7, 5Ω e R3 = 3Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. O circuito da Figura 32 apresenta uma associação complexa de resistores. Com base nos conceitos de ligações em estrela e
triângulo, a resistência total equivalente entre os pontos A e B é de:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 32: Mão na massa - Exercício 4.

A alternativa "D " está correta.

Primeiramente, deve-se transformar os resistores da primeira malha, ligados em triângulo, em seu equivalente em estrela
(R1 , R2 eR3 )

RB RC 40 × 10
R1 = = = 4Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10

RA RC 40 × 50
R2 = = = 20Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10

RA RB 50 × 10
R3 = = = 5Ω
RA + RB + RC 40 + 50 + 10

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Após a transformação, tem-se:

20Ω

em série com

60Ω = 80Ω

em série com

20Ω = 25Ω

O paralelo dessas associações é:

80Ω∥25Ω = 19, 05Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A resistência total equivalente entre os pontos A e B é:


RT = 4Ω + 19, 05Ω = 23, 05Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. Para o circuito da Figura 33, o valor da resistência equivalente vista pela fonte, ou seja, a resistência total equivalente entre os
pontos A e B é de, aproximadamente:

Imagem: Isabela Oliveira Guimarães


 Figura 33: Mão na massa - Exercício 5.

A alternativa "B " está correta.


SOLUÇÃO

6. A Figura 34 ilustra um circuito em que os resistores estão associados de forma complexa, ou seja, não podem ser diretamente
resumidos a circuitos em série ou em paralelo. Considerando a possibilidade de conversão entre equivalentes em estrela ou em
triângulo, o valor da resistência entre os terminais AB do circuito é de, aproximadamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 34: Mão na massa - Exercício 6.

A alternativa "A " está correta.

Primeiramente, deve-se aplicar a conversão da ligação em triângulo dos resistores de

30Ω

15Ω

10Ω
para seu equivalente em estrela. De forma semelhante, essa conversão pode ser aplicada entre os resistores de

20Ω

25Ω

30Ω

sem alterar o resultado.

RB RC 10 × 30
R1 = = = 5, 45Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10

RA RC 30 × 15
R2 = = = 8, 18Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10

RA RB 15 × 10
R3 = = = 2, 72Ω
RA + RB + RC 30 + 15 + 10

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Após a transformação, tem-se as seguintes associações em série e paralelo:

20Ω + 5, 45Ω = 25, 45Ω

25Ω + 8, 18Ω = 33, 18Ω

25, 45Ω∥33, 18Ω → 14, 4Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, a resistência total equivalente será de, aproximadamente:


RT = 22Ω + 14, 4Ω + 2, 72Ω + 18Ω = 57, 13Ω

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

GABARITO

TEORIA NA PRÁTICA
Os circuitos em ponte são muito importantes nas montagens de equipamentos eletrônicos, como, por exemplo, para medição de resistência.
Uma das montagens mais utilizadas é a chamada Ponte de Wheatstone, para medição de resistências com elevada precisão, resistores entre

1M Ω

. A solução de circuitos em ponte pode ser facilmente encontrada a partir de transformações estrela-triângulo. Com base nos conceitos
dessas transformações, calcule a potência elétrica fornecida à ponte do circuito da Figura 35.
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 35: Teoria na Prática.

RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. COM BASE NAS EQUAÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO DE CIRCUITOS ESTRELA-TRIÂNGULO, A


RESISTÊNCIA TOTAL DO CIRCUITO ILUSTRADO NA FIGURA 36 É DE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 36: ATIVIDADES - EXERCÍCIO 1.
A)

2, 54Ω

B)

3, 27Ω

C)

4, 65Ω

D)

3, 82Ω

E)

4, 18Ω

2. A CONVERSÃO DO CIRCUITO DA FIGURA 37, LIGADO EM ESTRELA, PARA SEU EQUIVALENTE EM


TRIÂNGULO, FORNECE COMO VALORES PARA

R1

R2

R3
, RESPECTIVAMENTE:

IMAGEM: ISABELA OLIVEIRA GUIMARÃES


 FIGURA 37: ATIVIDADES - EXERCÍCIO 2.

A)

55Ω, 120Ω e 85Ω

B)

25Ω, 160Ω e 70Ω

C)

140Ω, 70Ω e 35Ω


D)

150Ω, 85Ω e 50Ω

E)

70Ω, 35Ω e 140Ω

GABARITO

1. Com base nas equações de transformação de circuitos estrela-triângulo, a resistência total do circuito ilustrado na Figura 36 é
de:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 36: Atividades - Exercício 1.

A alternativa "B " está correta.

A conversão do circuito em triângulo para seu equivalente em estrela permite a análise do circuito equivalente a partir de associações em
série e paralelo. No caso do circuito da Figura 36, como os resistores do triângulo são iguais, é possível utilizar as equações de conversão
para circuitos equilibrados:

RΔ 6
RY = = = 2Ω
3 3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


A resistência total será de:

2 × 9
RT = 2 [ ] = 3, 27Ω
2 + 9

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. A conversão do circuito da Figura 37, ligado em estrela, para seu equivalente em triângulo, fornece como valores para

R1

R2

R3

, respectivamente:
Imagem: Isabela Oliveira Guimarães
 Figura 37: Atividades - Exercício 2.

A alternativa "C " está correta.

A partir das equações de conversão estrela para triângulo, tem-se:

R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RA = = = 140Ω
R1 10

R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RB = = = 70Ω
R2 20

R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 10 × 20 + 20 × 40 + 40 × 10
RC = = = 35Ω
R3 40

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de circuitos elétricos é facilmente entendida com a aplicação das leis básicas de circuitos, como a Lei de Ohm e as Leis de
Kirchhoff (das tensões e das correntes). No entanto, para circuitos mais complexos ou que contenham uma grande quantidade de elementos
e fontes de alimentação, apenas o conhecimento dessas leis pode ser insuficiente para prosseguir com a análise. Dessa forma, teoremas
como o da Superposição, apresentado neste conteúdo, permitem a simplificação dos circuitos.

O Teorema da Superposição apresentado baseia-se no princípio da linearidade dos elementos de circuito e diz que a corrente elétrica ou a
tensão em um elemento de um circuito linear é dada pela soma algébrica das correntes ou tensões produzidas pela atuação isolada de cada
uma das fontes independentes. Dessa forma, o resultado dessas grandezas pode ser obtido a partir de uma análise individual de cada fonte
do circuito, somadas algebricamente. Por fim, foram apresentadas as equivalências entre as ligações em estrela ou triângulo, bem como suas
equivalentes transformações que permitem simplificar a aplicação das leis básicas em circuitos cujos elementos não estão ligados em série
ou em paralelo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. Porto Alegre: AMGH, 2013.

BOYLESTAD, R. L.; NASCIMENTO, J. L. do. Introdução à análise de circuitos. São Paulo: Pearson Education, 2004.

IRWIN, J. D. Análise de circuitos em engenharia. São Paulo: Pearson Education, 2010.

JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1994.

NILSSON, J. W., RIEDEL, S. A. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson Education, 2008.
EXPLORE+
Para se aprofundar nos tópicos desenvolvidos, leia o seguinte livro:

CRUZ, E. C. A. Eletricidade básica – circuitos em corrente continua. São José dos Campos: Érica, 2014.

CONTEUDISTA
Isabela Oliveira Guimarães

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