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concurso público

039. Prova Objetiva

professor de educação básica I – educação infantil


(cód. 039)

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no 01/2019 08.09.2019 | tarde PCAM1801


Conhecimentos Gerais 01. Segundo o texto, é correto afirmar que

(A) o problema dos perfis falsos e robôs nas redes so-


ciais é grave, por interferirem no poder de decisão
Língua Portuguesa das pessoas e por roubarem informações de ordem
privada.

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 07. (B) entrevistas gravadas são mais difíceis de serem fei-
tas, não só por exigirem um aparato eletrônico, mas
Houve um tempo em que o jornalismo investigativo vivia também porque a linguagem empregada pode ser
de entrevistas confidenciais que pessoas bem informadas so- mais coloquial.
bre algum assunto de interesse davam a repórteres em que
confiavam, em troca de não terem sua identidade revelada. (C) há um monitoramento constante dos cidadãos quando
estes estão em festas nacionais, visando a uma maior
Eram tempos em que uma caneta, um bloquinho e uma
segurança dos que participam dessas comemorações.
agenda de telefones privilegiada constituíam todo o básico
de investigação de qualquer jornalista. Um profissional sério
(D) pequenos dispositivos disfarçados, como itens de
desprezava até os gravadores de fita cassete, que, em geral,
casa ou de vestimenta, e agendas eletrônicas pos-
intimidavam os entrevistados. A palavra gravada precisava
sibilitavam a poucas pessoas uma investigação dis-
ser cuidadosamente medida e calculada. Em off, a conversa
creta e eficaz.
corria mais solta. Assim nasciam os grandes furos.
Por óbvio, naquele tempo já havia pequenos aparelhos (E) a combinação de diferentes tecnologias possibilitou
desenvolvidos pelas agências de espionagem internacionais que o jornalismo investigativo mudasse a sua dinâ-
que permitiam instalar dispositivos de gravação e filmagem mica de atuação e a forma como os “furos” são con-
disfarçados de abajures, canetas, óculos e até botões de seguidos.
roupa. Nada disso, porém, era de fácil acesso às pessoas
comuns – o que só mudaria com o advento dos smartphones,
a partir do final da década de 1990.
A cumplicidade entre internet e dispositivos móveis de 02. A autora do texto afirma que
captação de som, imagem e informação, com a possibilidade
de retransmissão instantânea do material captado, alterou de (A) os smartphones são os responsáveis pelo declínio da
vez a relação entre o homem moderno e seu ambiente social. privacidade, já que podem enviar para a internet con-
Começava, nesse momento, a grande derrocada da privaci- teúdos que foram capturados pelo próprio aparelho.
dade como a conhecemos um dia.
A primeira rede social via internet nos moldes atuais, a (B) as redes sociais concebidas na América do Norte tor-
Classmates, surgiu em 1995, nos Estados Unidos e Cana- naram possível a qualquer cidadão invadir a privacida-
dá. Era voltada para a troca de informações entre estudantes de alheia e manipular dados inverídicos, fazendo-os
universitários. Desde então, as redes se multiplicaram e aca- parecer verdadeiros.
baram por se transformar nos principais polos de dissemina-
ção de informação do planeta. A maior rede disponível hoje, (C) estudantes universitários são responsáveis pelos
o Facebook, foi criada em 2004 por estudantes de Harvard e grandes escândalos que estampam as páginas dos
reúne mais de 2,2 bilhões de usuários, entre pessoas reais, jornais, já que são os criadores das redes sociais.
perfis falsos e robôs.
(D) o material que se encontra escrito nas redes sociais
Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem o
tem menor poder do que a palavra gravada, devido
que mais consumimos, presidentes são eleitos e derrubados,
à maior credibilidade do que é registrado em áudio
e os pecados que gostaríamos de ver escondidos são torna-
e/ou vídeo.
dos públicos.
O onipresente olho nos acompanha a cada passo que da- (E) o fim do século XIX e o começo do século XX repre-
mos, reconhecendo-nos quando circulamos, pretensamente sentam o momento de maior efervescência na dis-
anônimos, em meio às multidões dos blocos carnavalescos. cussão dos limites da privacidade.
(Luiza Pastor. Redes sociais destruíram ideia de privacidade,
diz pesquisadora. www1.folha.uol.com.br, 28.06.2019. Adaptado)

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03. No último parágrafo, o vocábulo pretensamente, no 06. Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da
contexto em que se encontra, dá ideia de algo língua, quanto ao emprego e à colocação dos pronomes,
a seguinte frase:
(A) confirmado por evidências empíricas.
(A) Jornalistas sérios conheciam os gravadores de fita
(B) irreal, mas presente no imaginário das pessoas. cassete, mas desprezavam-o.
(C) suposto, mas não necessariamente real. (B) A privacidade começou a decair e não lhe protegem
por causa dos interesses escusos.
(D) relativizado pelas condições em que cada indivíduo
se encontra. (C) Além de medir bem a palavra gravada, o profissional
adequadamente calcula-a.
(E) desejado, mas impossível de ser alcançado.
(D) As pessoas com seus pecados, muitos ou poucos,
os levam para a internet, os tornando públicos.

(E) Os grandes furos nasciam de conversas, e os infor-


04. Em destaque, encontra-se vocábulo empregado em sen-
mantes eram quem os providenciava.
tido figurado em:

(A) Começava, nesse momento, a grande derrocada da


privacidade como a conhecemos um dia. (4o parágrafo) 07. Considere a seguinte passagem do texto:

(B) Houve um tempo em que o jornalismo investigativo “A primeira rede social via internet nos moldes atuais,
vivia de entrevistas confidenciais que pessoas bem a Classmates, surgiu em 1995, nos Estados Unidos e
informadas… (1o parágrafo) Canadá. Era voltada para a troca de informações entre es-
tudantes universitários. Desde então, as redes se multipli-
(C) Um profissional sério desprezava até os gravadores caram e acabaram por se transformar nos principais polos
de fita cassete, que em geral intimidavam os entre- de disseminação de informação do planeta.” (5o parágrafo)
vistados. (2o parágrafo)
Nesse trecho, o vocábulo que expressa sentido de meio é:
(D) … que permitiam instalar dispositivos de gravação e
(A) entre
filmagem disfarçados de abajures, canetas, óculos e
até botões de roupa. (3o parágrafo) (B) para

(E) Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem (C) por
o que mais consumimos, presidentes são eleitos e
(D) via
derrubados …(6o parágrafo)
(E) do

05. Assinale a alternativa que está em conformidade com a Leia a tira para responder às questões de números 08 a 10.
norma-padrão da língua quanto à pontuação.

(A) É, por intermédio da imprensa, que, hoje temos A CURIOSIDADE É O POR EXEMPLO, SABE QUANDO
QUE IMPULSIONA A MENTE
acesso ao que de fato acontece no mundo. CIENTÍFICA.
A GENTE ESTÁ BEBENDO
LEITE, AÍ NÓS RIMOS E
O LEITE SAI
(B) A indústria e o comércio, sobretudo o on-line ras- PELO NARIZ?

treiam nossas atividades para venderem mais.

(C) Precisamos nos questionar diariamente: se o que


fazemos on-line está protegido?

(D) Antes a vida alheia era exposta nas praças; hoje os


meios são outros: as redes sociais.

(E) Para se preservar, pessoas públicas – da política ou


das artes –, falam “em off” com jornalistas. A IDIOTICE A MINHA
BEM, VAMOS VER O QUE É O QUE DEDUÇÃO É DE
ACONTECE QUANDO IMPULSIONA QUE O LEITE
EU INSPIRO LEITE PELO A MENTE VAI SAIR PELAS
NARIZ E RIO! MASCULINA. ORELHAS. NÃO
QUER VER?

(Bill Watterson. O melhor de Calvin, 07.07.2019. https://cultura.estadao.com.br)

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08. A “mente científica”, anunciada no 1o quadro, fica repre- Matemática
sentada na tira por meio

(A) da provocação argumentativa feita por Calvin, a qual


tem o objetivo de mudar a maneira como a garota 11. Em uma escola, há um total de 800 alunos, dos quais,
entende a anatomia humana.
estão na educação infantil. Entre os demais alunos, 350
(B) de uma hipótese que Calvin tem sobre algo que estão no ensino fundamental, e os alunos restantes, no en-
acredita ser possível e que pretende comprovar se sino médio. Em relação ao número total de alunos dessa
valendo de um experimento. escola, aqueles que estão no ensino médio representam

(C) da tentativa de realização de um experimento sem (A)


fundamento, como tudo o que é feito na Ciência, e
que acidentalmente pode levar a alguma descoberta.
(B)
(D) da necessidade de provar para alguém que na Ciên-
cia está a resposta para todos os questionamentos
que a humanidade possa ter. (C)

(E) da relação que há entre a curiosidade e o fato de a


mente masculina ser mais propensa a desvendar o (D)
que está por trás do funcionamento das coisas.

(E)

09. Assinale a alternativa que completa corretamente a frase


a seguir, segundo a norma-padrão da língua portuguesa
e as ideias presentes no texto.
No último quadro,             a garota             do 12. Foi feito um levantamento com determinado número de
que Calvin propunha, ela            , irritada. alunos para saber qual o vegetal que eles mais gostam
de comer no almoço. O gráfico a seguir apresenta alguns
(A) ainda que … se contrariou … ficara dos resultados obtidos.

(B) embora … tenha se convencido … saiu

(C) já que … não gostou … foi embora

(D) apesar de … repudiar … partiu

(E) como … se certificou … teria dado as costas

10. Quanto ao emprego do acento indicativo de crase, assi-


nale a alternativa que apresenta frase em conformidade Sabendo-se que cada aluno escolheu apenas um vege-
com a norma-padrão da língua portuguesa. tal de sua preferência e que 18 alunos disseram preferir
cenoura, então o número de alunos que preferem batata
(A) Crianças não estão acostumadas à ver os fatos cien- supera o número de alunos que preferem brócolis em
tíficos que estão no cotidiano delas.
(A) 32.
(B) Tem crescido o número de pais e filhos que visitam
às feiras de ciências nas grandes cidades. (B) 22.
(C) Graças à um interesse maior pela ciência, tem sido
(C) 18.
possível incentivar experimentos na escola.
(D) 36.
(D) De diretores de escola à professores, todos preci-
sam se envolver nas atividades escolares.
(E) 28.
(E) Experiências científicas, infelizmente, estão limitadas
às escolas que podem pagar por elas.

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13. Uma professora precisa organizar as pastas de trabalhos RASCUNHO
de seus alunos. Considerando que essa professora leva
35 minutos para organizar 3 pastas, então o tempo que
ela levará para organizar as 27 pastas de seus alunos é de

(A) 5 horas e 15 minutos.

(B) 5 horas e 25 minutos.

(C) 4 horas e 55 minutos.

(D) 4 horas e 45 minutos.

(E) 5 horas e 05 minutos.

14. Em uma caixa, há vários lápis de cor, que serão distri-


buídos entre os alunos de uma sala, de modo que cada
aluno receberá o mesmo número de lápis. Se forem dis-
tribuídos 5 lápis para cada aluno, restarão 14 lápis na
caixa, porém não será possível distribuir 7 lápis para
cada aluno, pois nesse caso ficariam faltando 18 lápis.
O número de lápis que há na caixa é

(A) 112.

(B) 100.

(C) 88.

(D) 94.

(E) 106.

15. Uma folha de papelão retangular ABCD, foi recortada em


dois pedaços, ambos retangulares, conforme mostra a
figura.

Se o perímetro do pedaço ΙΙ é 340 cm, então a área do


pedaço Ι é igual a

(A) 2 600 cm2.

(B) 3 000 cm2.

(C) 3 200 cm2.

(D) 2 400 cm2.

(E) 2 800 cm2.

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Conhecimentos Pedagógicos e Legislação 17. A Portaria SME no 69/2018 – Regimento Escolar Comum
da Rede Municipal de Ensino de Campinas – afirma em
seu artigo 15 que
16. Leia a afirmação presente nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais “A gestão escolar democrática envolve, dentre outras:
e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e I. a gestão do tempo;
Africana:
II. a gestão do espaço;
“A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura III. a gestão das interações sociais internas, comunitárias
Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação e intersetoriais;
Básica trata-se de decisão política, com fortes repercus- IV. a gestão dos saberes escolares, das informações e do
sões pedagógicas, inclusive na formação de professores.” conhecimento; e
V. a gestão de recursos materiais e financeiros.”
Em relação à obrigatoriedade de inclusão do ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos Com base nessa Portaria, assinale a alternativa correta
da Educação Básica, pode-se afirmar corretamente: sobre a gestão democrática.
(A) Entende-se que, ao garantir vagas para negros nos
(A) Na gestão democrática, a escola é espaço privile-
bancos escolares, é preciso valorizar a história e a
giado do processo educacional, envolvendo a partici-
cultura do Brasil, buscando reparar danos, que se
pação da comunidade escolar e dos colegiados nos
repetem há cinco séculos, à identidade e aos direitos
processos consultivos e decisórios.
dos cidadãos brasileiros.
(B) Os princípios da gestão democrática envolvem a arti-
(B) Tem como pressuposto a não mudança de um foco
culação entre os aspectos pedagógicos e financeiros
etnocêntrico marcadamente de raiz europeia por
na garantia de condições a todos que ingressam na
um africano, mas ampliação do foco nos currículos
escola para nela permanecerem com sucesso.
escolares para a diversidade cultural, racial, social e
econômica brasileira.
(C) A formação do Conselho Escolar é a única garantia
(C) Assume a relevância do estudo de temas decor- da gestão democrática na escola, uma vez que prio-
rentes da história e cultura afro-brasileira e africana riza a participação dos profissionais da educação na
como pertinentes e restritos à população branca, elaboração do projeto pedagógico em detrimento da
uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos comunidade escolar.
atuantes no seio de uma sociedade multicultural.
(D) As normas da gestão democrática também valem
(D) Busca-se a inclusão de conteúdos novos e diversi- para ensino privado na educação básica e são adap-
ficados e, na medida em que forem paulatinamente tadas às peculiaridades de cada escola, sob supervi-
assimilados, possibilitará o repensar das relações são de especialista da rede municipal.
étnico-raciais e dos objetivos da educação oferecida
pelas escolas de Ensino Fundamental. (E) Na gestão democrática, cabe ao professor, em sua
sala de aula, fazer a gestão do tempo, do espaço
(E) Valoriza-se a oralidade, a corporeidade e a arte, por e dos saberes escolares, informações e conheci-
exemplo a dança, a culinária e as vestimentas, marcas mento, enquanto a direção da escola faz a gestão de
da cultura de raiz africana, em detrimento da literatura recursos materiais e financeiros.
africana.

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18. Sobre o tema escola para a Educação Integral, assinale 19. Viviane, diretora de uma escola da rede municipal de
a alternativa correta. Campinas, recebeu a senhora Luiza, mãe de uma aluna
do Ensino Fundamental, que questionava a aprovação
(A) Novas tarefas são atribuídas aos profissionais da da filha para o 4o ano, alegando que a aluna sabia muito
escola com a implementação da Educação Integral, menos do que ela quando estava com a mesma idade na
as quais têm sido incorporadas de forma consciente escola. Disse que a escola não tem projeto pedagógico
e comprometida, minimizando as tensões entre os e que os professores fazem o querem em sala de aula,
profissionais, famílias e a própria comunidade. aprovando sem o aluno saber.
Com base no Regimento Escolar Comum da Rede Muni-
(B) A abrangência das funções da escola, para a Edu-
cipal de Ensino de Campinas – Portaria SME no 69/2018,
cação Integral, nos dias atuais, coloca-se como um
assinale a alternativa correta sobre o questionamento da
desafio, principalmente como uma instituição educa-
mãe, a senhora Luiza.
dora e protetora, cabendo ao professor a clareza e
firmeza da finalidade pedagógica, sem se envolver
(A) O acesso ao projeto pedagógico da escola depen-
com as demais funções extrassala.
de do interesse da comunidade escolar, tendo como
pré-requisito a efetiva participação no estabeleci-
(C) A Educação Integral deve estar inscrita no amplo
mento das normas de conduta dos alunos.
campo das políticas sociais, secundarizando a
especificidade das políticas educacionais dirigidas
(B) A mãe cumpre seu dever de acompanhar o desen-
às crianças, aos jovens e aos adultos, pois atende a
volvimento escolar da filha, pois revela preocupação
um complexo e estruturado conjunto de disposições
com sua aprendizagem ao comparar os conheci-
legais mais amplo em vigor no país.
mentos com base em impressões pessoais e peda-
gógicas sistematizadas.
(D) A Educação Integral no Brasil, com base em legisla-
ção específica, nos últimos anos, traz novas possibi-
(C) Os professores possuem autonomia no planejamento
lidades de articulação entre os campos da educação
do trabalho pedagógico, selecionam e sequenciam o
do desenvolvimento social, da saúde, do esporte, da
conteúdo de acordo com a realidade da turma; dessa
inclusão digital e da cultura, ainda que o caminho
forma, uma turma de 3o ano pode ver o conteúdo
a ser percorrido seja longo até transformar o legal
esperado para o 1o ano.
em real.
(D) A mãe pode tomar decisões individuais, no âmbito da
(E) O projeto de Educação Integral é fruto de pesquisas
UE, que interferem no desenvolvimento escolar da
e contribuições de especialistas das secretarias mu-
aluna pela qual é responsável, por exemplo, retroagir
nicipais de educação e saúde, que, ao elaborarem
a de ano, anulando a aprovação de sua filha.
um projeto particular à realidade de cada município,
apresentam-no à comunidade escolar e à sociedade
(E) O projeto pedagógico é um documento público que
civil para aprovação e ajustes quando necessário.
fica à disposição de toda a comunidade escolar, no
qual se registra o compromisso, público, da comu-
nidade escolar em aperfeiçoar, continuadamente, a
educação ofertada na unidade.

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20. Considerando-se que o Projeto Político-Pedagógico 22. Na discussão sobre o currículo e os direitos dos educan-
(PPP) da escola é um instrumento orientador primordial dos, a centralidade está
da ação educativa, assinale a alternativa correta.
(A) na escola.
(A) O sucesso de elaboração de um PPP tem como
base o compromisso político e o engajamento dos (B) no conhecimento.
professores de forma mais intensa que os demais
envolvidos, equipe escolar e comunidade, pois afeta (C) no método de ensino.
diretamente sua prática pedagógica.
(D) na família.
(B) A articulação de espaços coletivos e participativos
na escola deve ter como princípio o reconhecimento (E) no repertório do aluno.
dos erros do passado e o compromisso de reparação
aos envolvidos da comunidade escolar no presente.

(C) Na medida em que se busca elaborar o PPP como 23. A avaliação é uma ação coletiva de formação dos
uma expressão viva da realidade, a participação da estudantes e ocorre em diferentes esferas com objetivos
comunidade escolar é um princípio estruturador do distintos, sendo os três níveis de avaliação, a saber:
trabalho coletivo na escola. da aprendizagem dos alunos, da instituição e do sistema
escolar.
(D) Um PPP eficiente e revelador da realidade escolar é
marcado por ações de voluntarismo, ainda que não Assinale a alternativa correta sobre a avaliação da
metódicas, que desencadeiam transformações na instituição.
direção de uma formação cultural de qualidade aos
(A) O coletivo dos profissionais é protagonista da avalia-
alunos.
ção, uma vez que trabalha e conduz a complexidade
(E) A construção do PPP nas e pelas escolas revela um da formação na escola, orientando-se pelo projeto
esgotamento de suas possibilidades, requerendo político-pedagógico da escola.
a aproximação, assim, de práticas mais gerenciais
pautadas pela eficiência e pelo profissionalismo. (B) O professor tem um papel central na implementa-
ção de instrumentos de medidas capazes de revelar
dados a serem analisados que revelem o desenvolvi-
mento do educando.
21. Considerando-se que a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional – Lei no 9.394/1996, em seu artigo 2o, (C) Está articulada à avaliação de aprendizagem dos alu-
afirma que a educação é dever da família e do Estado, nos, oportunizando regime de permanentes trocas en-
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de so- tre os professores, não sendo articulada à avaliação
lidariedade humana e tem por finalidade (...), leia as des- do sistema escolar, visto que são dimensões distintas.
crições de duas finalidades citadas neste artigo.
(D) A equipe escolar desenvolve instrumento de avalia-
I. Refere-se à concepção teórica e educacional que ção diagnóstica do nível de alfabetização das crian-
considera as dimensões intelectual, afetiva, física, ças matriculadas no EF que permite evidenciar o que
ética, estética, política, social e profissional. foi agregado na aprendizagem, em termos de habili-
II. Fundamenta-se na perspectiva de educação como um dades de leitura.
processo articulado entre ciência e trabalho, este con-
(E) Envolve o conjunto das unidades escolares de uma
cebido como expressão criadora e transformadora.
rede municipal ou estadual, permanecendo sob a
responsabilidade do poder público e de parceiros da
As descrições das finalidades da educação citadas no
educação.
artigo 2o da Lei no 9.394/96 correspondem a:

(A) I. Pleno desenvolvimento do educando – II. Qualifi-


cação para o trabalho

(B) I. Concepção de ser humano – II. Qualificação do


aprendiz

(C) I. Respeito à liberdade e apreço à tolerância –


II. Garantia do direito à educação e à aprendizagem
ao longo da vida

(D) I. Desenvolvimento da educação e do trabalho –


II. Valorização da diversidade social

(E) I. Preparo para exercício da cidadania – II. Igualdade


de condições para o acesso ao mercado de trabalho

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24. Leia o depoimento a seguir: Conhecimentos Específicos
“Sou mãe de uma menina com 5 anos, diagnosticada com
autismo. Mudamos de bairro e procurei a escola de Edu- 26. A coordenadora pedagógica de uma escola ouviu uma
cação Infantil mais próxima para realizar sua transferência. criança que chorava intensamente e foi verificar. Ao che-
Fui muito bem atendida e orientada na secretaria da escola, gar à sala, a professora relatou que Theo chorava por-
assim combinamos que, antes de começarem as aulas, que, durante a atividade de técnica de pintura com tinta
levaria minha filha para conhecer a nova escola. amarela e pincel, ele utilizou os dedos para pintar e ainda
Para minha surpresa, quando cheguei na escola com mi- queria mudar a cor da tinta, mas, naquele dia, estava pre-
nha filha, o tratamento mudou, negaram que tinham con- visto pintar somente com a tinta amarela. Theo alegava
dições de recebê-la como aluna e não tentaram nenhum que a árvore que desenhara tinha folhas verdes. A crian-
contato com ela. Fiquei muito chateada, decepcionada e, ça, então, foi tirada da atividade, pois, de acordo com a
quando ganhei forças, questionei o motivo de mudança de professora, em sua sala, as crianças “não têm querer”.
postura da escola. Explicaram que minha filha era muito Após mediar a situação, a coordenadora concluiu que,
grande para 5 anos, que causaria problemas na turma, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação
mas que não era um problema do diagnóstico e até me Básica para a Educação Infantil, a professora
indicaram uma escola só para autistas no próprio bairro.”
(A) se equivocou ao planejar a atividade antecipada-
Com base nas contribuições do documento Política Na- mente, pois o documento afirma que a criança deve
cional de Educação Especial na perspectiva da educação ser protagonista e autônoma, por isso, o educador
inclusiva, assinale a alternativa correta que apresenta pon- deve evitar realizar um planejamento previamente;
deração a ser apresentada à mãe na busca da escola para diariamente ele deve ouvir os meninos e meninas e
a filha com TEA (Transtorno do Espectro Autista). atendê-los em relação ao que querem fazer e ao que
(A) A matrícula de aluno com necessidades educacionais se interessam, respeitando seus tempos e necessi-
especiais na escola deve atender ao pré-requisito dades.
essencial: laudo de médico descritivo do quadro da
(B) ampliou o repertório cultural e valorizou a expressão
criança.
das crianças; também ensinou ao garoto a importân-
(B) A ausência de contato na escola com a criança revela cia de esperar, acatar regras e aceitar frustrações.
respeito, pois toda pessoa com TEA apresenta dificul- A atitude de tirar Theo da atividade foi correta, já
dade de contato físico, de concentração, com sons que seu mau comportamento incomodou as demais
altos e outros. crianças e prejudicou a realização da atividade.
(C) A escola deve se organizar para o atendimento de (C) agiu de forma coerente com a concepção do referido
todos os educandos com necessidades educacio- documento, por realizar um planejamento com inter-
nais especiais e assegurar a qualidade da educação. venções que imprimam o mesmo ritmo de aprendi-
(D) A escola necessita de um tempo para oferecer as zado a todos, conservem a limpeza das mãos das
condições de atendimento ao aluno com TEA, o que crianças e da sala de atividade e que, ainda, man-
tem se tornado um problema com a má-formação tenham o foco no professor e a disciplina na turma.
dos professores.
(D) agiu de forma adequada, pois cabe ao docente ele-
(E) O atendimento educacional de alunos com TEA, ger os conteúdos considerados importantes para as
quando realizado de forma mais isolada, impulsio- crianças aprenderem, devendo conteúdos como as
na o desenvolvimento e permite o ingresso na sala cores, as letras e os números ser ensinados um a
comum. um, de forma isolada, para facilitar a aprendizagem
pela criança, a avaliação do resultado pelo professor
e a constatação do aprendizado pela família.
25. Leia o trecho a seguir:
(E) definiu aprioristicamente o que seria tratado, sem
A avaliação pedagógica deve ser realizada pelo professor,
permitir a possibilidade do imprevisto no planeja-
coordenador e direção, na medida em que apresentem
mento. A prática educativa deve ser previamente or-
formação profissional que lhes habilite. O professor tem
ganizada para evitar o improviso, mas deve permitir
como pressuposto na avaliação pedagógica princípios e
o imprevisto. O documento ressalta a importância de
critérios pensados coletivamente, articulados ao projeto
uma postura investigativa do profissional, que, entre
político-pedagógico da escola, à proposta curricular e às
outros aspectos, considere a criança protagonista e
suas convicções acerca do seu papel social.
transgressora.
Com base no trecho, entende-se que a avaliação é uma
atividade que envolve
(A) capacidade prática e método.
(B) assertividade e contextualização.
(C) habilidade e ética.
(D) legitimidade técnica e política.
(E) aptidão e competência.

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27. Ao discorrer sobre a formação continuada, as Diretrizes 29. Duas professoras de educação infantil de uma escola da
Curriculares da Educação Básica para a Educação Infan- rede municipal de Campinas debatiam sobre o trabalho
til afirmam que a Unidade Educacional como espaço re- pedagógico com as crianças. Jucélia defendia que é im-
flexivo se configura como principal lugar de constituição portante alfabetizar as crianças na educação infantil e
dos profissionais da educação. E, de acordo com Alarcão prepará-las para o ensino fundamental e Fabíola defen-
(2010), em Professores reflexivos em uma escola refle- dia o trabalho com letramento para essa faixa etária. A
xiva, a reflexão, para ser eficaz, precisa ser sistemática respeito da alfabetização e do letramento, as Diretrizes
nas suas interrogações e estruturante dos saberes dela Curriculares da Educação Básica para a Educação Infan-
resultantes, e a metodologia de pesquisa-ação apresen- til afirmam que, na educação infantil, devem-se valorizar
ta-se com potencialidades para servir a esse objetivo.
Segundo a autora, a pesquisa-ação apresenta três ca- (A) as experiências corporais na relação com o letra-
racterísticas importantes, são elas: mento, sendo os textos narrativos, poéticos ou cien-
tíficos, tão importantes quanto a fala, a pintura, o
(A) a legitimação do conhecimento intuitivo prático; som, o desenho e o movimento; enfim, tudo o que
o reconhecimento e a valorização da profissão de incorpora a imaginação.
professor; e a obrigatoriedade da realização de
registros. (B) o interesse e o desejo das famílias de ver as crianças
pequenas escreverem o próprio nome, além da codi-
(B) a contribuição para a mudança; o caráter participati- ficação e decodificação das sílabas. Deve-se permi-
vo, motivador e apoiante do grupo; e o impulso de- tir ao Conselho de Escola definir sobre alfabetizar ou
mocrático. não as crianças.

(C) a visibilidade de boas práticas educacionais; a valo- (C) a literatura infantil e a alfabetização. Para o ensino
rização da experiência com consequente minoração de letras, deve-se primeiro propor uma atividade
da teoria e ênfase nos procedimentos; e a eficácia e com o corpo (andar sobre linhas), seguida de uma
eficiência profissional. atividade oral de identificação de letras, cópia e, por
fim, escrever sem copiar.
(D) a melhoria da expressão escrita dos docentes; a
garantia de maior significação da formação inicial e (D) as histórias, os contos, as parlendas, as rodas de
continuada; e a compreensão e o controle total dos conversa, os exercícios motores de escrita e as li-
processos produtivos. ções de casa. Deve-se contribuir para que as crian-
ças cheguem ao ensino fundamental reconhecendo
(E) a autonomia intelectual; as interações no grupo de as letras do alfabeto e sabendo grafá-las.
educadores; e a aceitação e o reconhecimento, pela
academia, do conhecimento produzido nas escolas. (E) os textos produzidos individual ou coletivamente com
as crianças, o alfabeto e os numerais destituídos de
contexto para facilitar o reconhecimento; a identifica-
ção dos objetos pessoais dos bebês e crianças e as
28. Trata-se daquele trabalho em que a escolha do objeto de cópias de modelos.
estudo irá partir da realidade em que o grupo de bebês e
crianças pequenas está inserido, aquilo que irá desper-
tar a curiosidade, a vontade de investigar, de conhecer
mais profundamente, de olhar, de sentir, de experimentar
o e­ ntorno. Implica também, na flexibilidade dos profis-
sionais que estão à frente de cada turma. Esse traba-
lho possibilita a integração entre as turmas da Unidade
Educacional e a comunidade, uma vez que as vivências
envolvem o cotidiano da Educação Infantil e transbordam
os espaços das instituições educativas.
O texto diz respeito a uma das possibilidades da efetiva-
ção das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para
a Educação Infantil nas unidades de educação infantil no
município de Campinas, referindo-se ao trabalho com

(A) centros de interesse.

(B) temas transversais.

(C) cantos (cantinhos de atividades diversificadas).

(D) temas geradores.

(E) projetos.

PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde 10
30. Segundo Barbosa (2008), em Projetos Pedagógicos na 31. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a
Educação Infantil, a expressão documentação pedagó- Educação Infantil afirmam que a educação de crianças
gica tem sido utilizada para registrar e problematizar a produtoras de culturas pressupõe um profissional que
forma de acompanhar e potencializar o desenvolvimen- transcenda questões como: “se é esse ou aquele que lim-
to de um trabalho pedagógico e as aprendizagens das pa o bumbum das crianças”, e que busque produzir co-
crianças pequenas. Essa autora apresenta vários ins- nhecimentos sobre as Pedagogias das Infâncias, a partir
trumentos de acompanhamento e diferentes formas de de indagações do cotidiano que se vivencia. De acordo
organização desses registros que podem ser utilizados com o referido documento, o termo pedagogias das in-
para a construção de uma consistente e qualificada do- fâncias refere-se
cumentação pedagógica. De acordo com Barbosa, os
(A) à pesquisa sobre a infância e as diferentes formas
dossiês referem-se
de educar em tempos e espaços de grupos sociais
(A) à organização de materiais sobre temas e assuntos. denominados primitivos, visando compreender as
São temáticos, realizados pelo professor e pelas especificidades e os problemas das crianças em de-
crianças para a compreensão do processo de ensino terminado tempo histórico, lugar e cultura.
e aprendizagem realizado pelo grupo, com o intuito (B) ao estudo, exclusivamente, das teorias dos cinco te-
de organizar e apresentar as suas aprendizagens re- óricos que pesquisaram no passado sobre as crian-
lativas a determinado tema. ças, cujas descobertas impactam até hoje na educa-
ção infantil, são eles: Piaget, Wallon, Vygotsky, Paulo
(B) a caixas ou pastas que recolhem os diversos traba- Freire e Emília Ferreiro.
lhos produzidos pelas crianças através de variadas
modalidades de expressão durante um período de (C) a aplicação de metodologia que atende as crianças
tempo; são pensadas para serem obras em processo. em seus desejos. Nessa concepção, é a criança que
Esses materiais são analisados com as crianças e os define o que fazer, onde estar e como fazer, sem que
pais para que se discutam, entre outros, os progres- haja a intervenção do professor, que atua apenas
sos, as dificuldades e as propostas de novos desafios. como um facilitador.
(D) a estudos das práticas educativas voltadas para as
(C) a documentos de acompanhamento que oferecem a infâncias, as quais se constituem em diferentes tem-
crianças, professores e pais a oportunidade de reou- pos, lugares diversos, que se configuram e reconfi-
vir, revisitar, relembrar experiências e acontecimen- guram nas múltiplas relações cotidianas.
tos que marcaram suas histórias na escola de edu-
cação infantil. Recolhem diferentes materiais como (E) ao estudo das relações sociais das culturas de pa-
desenhos, pinturas, falas das crianças e fotos e mos- res, das crianças entre elas e delas no mundo, com-
tram a unicidade e a diversidade de cada criança. pondo amizades, conflitos, curiosidades, gostos,
sentidos, prazeres, brincadeiras, imaginação.
(D) a fichas individuais das crianças em que são registra-
dos os aspectos de cunho mais afetivo, emocionais
e sociais dos relacionamentos, como os envolvidos 32. Conforme mencionado nas Diretrizes Curriculares da
em episódios familiares, doenças, frases ditas pela Educação Básica para a Educação Infantil, a Diretriz
criança, brincadeiras de maior interesse e episódios Curricular apresenta princípios que orientam o trabalho
recorrentes de desentendimentos acontecidos com educativo, e o currículo é o que se configura no cotidiano.
a criança. Desse modo, de acordo com o documento citado, o currí-
culo nas escolas da Educação Infantil da Rede Municipal
(E) a registros fotográficos ou sonoros de um determi- de Campinas
nado período de tempo ou turma, em diversos mo-
(A) diz respeito a um conjunto de orientações e etapas,
mentos da rotina e dos trabalhos realizados. Reúne
elencadas por especialistas que esperam determi-
vídeos, fotos e registros sonoros dos diferentes te-
nadas manifestações nos bebês e nas crianças, em
mas abordados durante o percurso de estudo das
uma certa idade e em um tempo predefinido.
crianças e professores.
(B) refere-se a atividades que se pretende desenvolver,
tendo em vista determinadas prontidões que se espe-
ra que as crianças tenham no próximo nível de ensino.
(C) é constituído na relação que se dá no âmbito edu-
cativo com as crianças, suas famílias e as equipes
educacionais, no mundo da cultura, considerando to-
dos os sujeitos socioculturais que produzem cultura.
(D) considera as datas comemorativas como norteadoras
do currículo, privilegiando, ao longo do ano, conteúdos
sobre as festividades. Essas datas são muito aprecia-
das e aguardadas pelas crianças e suas famílias.
(E) é prescrito e apresenta um rol de atividades e conte-
údos a serem trabalhados por todos os profissionais
de Educação Infantil e aprendidos pelos bebês e pe-
las crianças em fases específicas.
11 PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde
33. O Referencial Curricular Nacional para a Educação 35. A professora Rose comentou que seu grupo, naquele dia,
Infantil (RCNEI), volume 1, apresenta algumas modalida- estava bem ativo e falante; a professora Eva retrucou,
des para organização do tempo nas instituições de edu- dizendo ser “exigente” e que seu grupo é disciplinado e
cação infantil. Há certa modalidade na qual as atividades se mantêm quieto, sentado e calado.
são planejadas e orientadas com o objetivo de promover
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para
uma aprendizagem específica e definida, com a intenção
a Educação Infantil, volume 3, dado o alcance que a
de oferecer desafios com graus diferentes de comple-
questão motora assume na atividade da criança, é muito
xidade para que as crianças possam ir, paulatinamente
importante que, ao lado das situações planejadas espe-
resolvendo problemas a partir de diferentes proposições.
cialmente para trabalhar o movimento em suas várias di-
Por exemplo: se o objetivo é fazer com que as crianças
mensões, a instituição
avancem em relação à representação da figura humana
por meio do desenho, pode-se planejar várias etapas de (A) reserve intervalos de tempos nos quais as crianças
trabalho para ajudá-las a reelaborar e a enriquecer seus possam se mexer, em conformidade com os movi-
conhecimentos prévios sobre esse assunto. mentos apresentados pelo docente, para dispersar
Segundo o RCNEI, essa modalidade de organização do suas energias física e para que possam desenvolver
tempo é denominada a coordenação motora.

(A) atividade permanente. (B) estabeleça os locais nos quais as crianças podem
caminhar e brincar, assim como, os momentos nos
(B) sequência de atividades.
quais podem conversar, para garantir que todas as
(C) atividade de fixação. crianças possam se movimentar e se expressar na
instituição de educação infantil.
(D) atividade independente.
(C) reflita sobre o espaço dado ao movimento em to-
(E) sondagem.
dos os momentos da rotina diária, incorporando os
diferentes significados que lhe são atribuídos pelos
34. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação familiares e pela comunidade, e que o trabalho in-
Básica para a Educação Infantil, o planejamento das corpore a expressividade e a mobilidade próprias às
ações formativas acontecerá em cada Unidade Educa- crianças.
cional, de acordo com seu Projeto Pedagógico, articulado
(D) uniformize procedimentos que contribuam para disci-
com a política da SME.
plinar o comportamento e o corpo das crianças, visto
De acordo com as Diretrizes mencionadas, é correto que, em alguns momentos, as manifestações moto-
afirmar que, entre outros temas, o Projeto Pedagógico, ras prejudicam a concentração, e o comportamento
como organizador do cotidiano, considera as Diretrizes impetuoso as coloca em risco.
Curriculares da Educação Infantil balizadoras para as
ações formativas, tais como: (E) adote o uso da fila, conduzida pelo professor, du-
rante o deslocamento nos espaços da instituição,
(A) estudo de documentos e leis sobre a educação in- em virtude da segurança de meninos e meninas e
fantil no Brasil; a cultura organizacional, desempe- do aprendizado social. A fila também garante que o
nho e melhoria da qualidade nos serviços prestados; educador perceba rapidamente se alguma criança
formação e construção do Projeto Pedagógico na se afastou do grupo.
escola.

(B) estudo das concepções e dos procedimentos das


pedagogias da infância; a aula expositiva e a aula
participativa; estudo da violência contra a criança e
incorporação de ações preventivas no Projeto Peda-
gógico.

(C) sociologia da infância; avaliação externa e autoa-


valiação na instituição educativa; ações formativas
voltadas para a formação inicial através da oferta,
por SME, de curso de pedagogia para os monitores
e agentes de educação infantil.

(D) articulação entre os programas de formação e as


demandas dos Projetos Pedagógicos; consideração
das práticas inclusivas e da Educação Especial no
Projeto Pedagógico em colaboração entre o ensino
regular e especial.

(E) disciplina e a indisciplina na educação infantil; ações


formativas específicas sobre doenças, vacinação e
saúde na primeira infância; Projeto Pedagógico e
avaliação das crianças nas instituições de educação
infantil.
PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde 12
36. Concepção de desenvolvimento que parte do pressupos- 38. A brincadeira é uma linguagem, e, na instituição infantil, é
to de que os eventos que ocorrem após o nascimento o adulto, na figura do professor, que ajuda a estruturar o
não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvi- campo das brincadeiras na vida das crianças. É ele que
mento, dado que o indivíduo já nasce com padrões de organiza sua base estrutural, por meio da oferta de deter-
comportamento. O aparecimento de cada nova capaci- minados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da de-
dade depende de um processo de maturação do sistema limitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar.
nervoso. Bastam condições ambientais minimamente ra- De acordo com o Referencial curricular nacional para a
zoáveis para que esse desenvolvimento ocorra. As ideias educação infantil, volume 1, é correto afirmar que
dessa concepção serviram de base para a formulação de
algumas teorias pedagógicas, influenciando muitas das (A) durante as brincadeiras na escola, deve-se disponi-
práticas educativas, em especial de crianças pequenas. bilizar objetos de uso cotidiano como: escovas, latas,
Para elas, foi criado o “Jardim de infância”, um lugar onde tocos, tecidos, colher de pau, entre outros, para que
as crianças, pequenas sementes, seriam cuidadas pelos as crianças possam explorar. Devem ser evitados os
adultos, jardineiros responsáveis por fazer brotar as ca- brinquedos de couro, borracha ou peles, pois podem
racterísticas individuais das mesmas. A ênfase na here- dar alergias e ainda, assolam os animais e o meio-
ditariedade fez com que muitos professores pensassem -ambiente.
que, diante de cada criança, não há o que fazer.
(B) os brinquedos que imitam bonecas tipo modelo e su-
(Oliveira et alii, 2011, Creche: crianças, faz de conta e cia. Adaptado)
per-heróis não devem ser incentivados na educação
O texto trata da concepção de desenvolvimento infantil, para as crianças pequenas, já que se mos-
tram como materiais carregados de estereótipos, in-
(A) construtivista. centivam a violência, o consumo e impõem padrões
estéticos idealizados.
(B) maturacionista.
(C) o uso de sucata ou elementos da natureza é desa-
(C) interacionista. conselhável para as crianças pequenas brincarem
na escola, uma vez que podem ser levados à boca e
(D) ambientalista.
causar engasgamento ou conter tintas e elementos
(E) inatista. tóxicos no contato com a pele.

(D) apenas os brinquedos industrializados e com selo de


qualidade, preferencialmente resistentes e com plás-
37. O Referencial curricular nacional para a educação in- tico rígido, devem ser disponibilizados às crianças
fantil, volume 3, organiza os conteúdos matemáticos em na educação infantil, evitando-se, assim, acidentes
três blocos. Essa organização por blocos visa a ofere- com pontas ou peças pequenas e pontiagudas que
cer visibilidade às especificidades dos conhecimentos se soltam.
matemáticos a serem trabalhados na educação infantil.
(E) os brinquedos se constituem em objetos privilegia-
De acordo com o documento citado, as experiências com
dos da educação das crianças, são objetos que dão
dinheiro em brincadeiras ou em situações de interesse
suporte ao brincar e podem ser das mais diversas
das crianças, as atividades de culinária e o uso dos ca-
origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor.
lendários (com a observação das suas características e
Podem ser comprados ou fabricados pelos professo-
regularidades) são exemplos de atividades relacionadas
res e pelas próprias crianças, ter vida curta ou durar
ao bloco de conteúdos
gerações.
(A) grandezas e medidas.

(B) espaço e cálculo mental.

(C) números e sistema de numeralização.

(D) uso social e associação dos números.

(E) conceitos, espaço e forma.

13 PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde
39. Na interação com manifestações de músicas, artes plás- 40. Segundo Bomtempo (in: Kishimoto et. alii, 2009), para
ticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia Vygotsky, o que define o brincar é a situação imaginária
e literatura, as crianças podem alimentar experiências de criada pela criança; este autor dá grande ênfase ao signi-
apropriação dessas diferentes linguagens artísticas. Em ficado no brincar. Sobre isso, é correto afirmar que, para
O trabalho do professor na educação infantil, Oliveira et. Vygotsky,
alii (2016) afirmam que, na experiência com as lingua-
(A) a imaginação é uma atividade consciente, as crianças
gens artísticas, as crianças devem construir conhecimen-
se envolvem em situações imaginárias a partir dos
tos necessários para o desenvolvimento de seu próprio
cinco meses de vida, aproximadamente, e o brincar
percurso criativo, por exemplo,
preenche necessidades que mudam com o tempo.
(A) utilizar as tradicionais bandinhas de música em seu (B) jogo simbólico é um mecanismo comportamental que
processo de criação para produzir improvisações possibilita a transição de coisas como objetos de ação
musicais, já que esses instrumentos são os mais in- para coisas como objeto de pensamento. Através do
dicados para essa atividade, tendo em vista que a brincar, desejos irrealizáveis podem ser realizados.
sonoridade é boa e, quando tocados juntos, produ-
zem um som alto e claro. (C) a criança até três anos não considera o brinquedo
uma coisa séria, pois, nessa fase, ela já separa a
(B) participar de sessões regulares de apreciação mu- fantasia e a realidade. Nessa idade, a criança é livre
sical, momento em que a criança deve contemplar para determinar sua ação no brincar, e essas ações
somente canções infantis de artistas brasileiros, e não estão subordinadas ao significado do objeto.
também, participar de rodas de leitura para a escuta (D) no brinquedo, o objeto torna-se mais importante do
atenta de bons textos da literatura infantil. que o significado conferido ao objeto. Também é mais
importante a similaridade do objeto com a coisa ima-
(C) assistir sessões compartilhadas de filmes, exclusiva-
ginada, do que com o gesto realizado com o objeto.
mente infantis, e preferentemente obras de grande
circulação, para que tenham acesso a essa arte, ten- (E) o jogo simbólico é uma fase no desenvolvimento da
do em vista que a maior parte dos educandos que inteligência, marcada pelo domínio da assimilação
frequenta as escolas públicas nunca foi ao cinema. sobre a acomodação, tendo como função acomodar
a experiência passada.
(D) ampliar o repertório de imagens, músicas, movimen-
tos e enredos, apropriando-se dessas referências
culturais em seu próprio processo de criação e, ain- 41. De acordo com o Referencial curricular nacional para
da, deparar-se com problemas estéticos e desenvol- a educação infantil, volume 3, o trabalho na educação
ver estratégias para solucioná-los. Podem também, infantil com os conhecimentos derivados das Ciências
apreciar as suas próprias produções, bem como as Humanas e Naturais deve ser voltado para a ampliação
de colegas. das experiências das crianças e para a construção de co-
nhecimentos diversificados sobre o meio social e natural.
(E) ensaiar peças de teatro ou atividades de dança para Nesse sentido, refere-se à pluralidade de fenômenos e
apresentação nos eventos e festas da escola, de- acontecimentos (físicos, biológicos, geográficos, históri-
vendo as coreografias e as intepretações ser ensi- cos e culturais), ao conhecimento
nadas, unicamente, pelo professor da turma ou por
profissional devidamente habilitado na área. (A) das diversas formas de organização social como:
família, cidade e campo. É necessário graduar os
conteúdos de acordo com a complexidade que apre-
sentam, começando pelos menores e mais simples.
(B) das partes do corpo, das plantas, animais e meios
de transporte, visto que as crianças só têm condi-
ções de pensar sobre aquilo que está mais próximo
a elas e, portanto, que seja materialmente acessível
e concreto.
(C) da diversidade de formas de explicar e representar o
mundo, ao contato com as explicações científicas e
à possibilidade de conhecer e construir novas formas
de pensar sobre os eventos que as cercam.
(D) das experiências pontuais de observação de peque-
nos animais ou plantas. A ênfase nessa proposta
deve recair sobre as características perceptíveis e
os passos da experiência devem ser estabelecidos e
conduzidos pelo professor.
(E) dos estados da água, as partes das plantas e partes
do corpo humano, entre outros temas. O professor
deve evitar apresentar explicações ou termos cien-
tíficos às crianças, visto que não compreendem os
termos técnicos.
PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde 14
42. Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a 44. Contemplar o cuidado na esfera da instituição da educa-
Educação Infantil, destacam-se três aspectos importan- ção infantil significa compreendê-lo como parte integrante
tes de avaliação na Educação Infantil; entre esses aspec- da educação. A identificação das necessidades sentidas
tos, está a documentação pedagógica, que favorece a e expressas pelas crianças, depende também da com-
continuidade do que as crianças elaboram, sistematizam, preensão que o adulto tem das várias formas de comuni-
criam e inventam. Nessas Diretrizes Curriculares, consi- cação que elas, em cada faixa etária possuem e desen-
dera-se que a documentação pedagógica constitui-se em volvem. O cuidado precisa considerar, principalmente, as
ferramenta de escuta e olhar atento através de diversos necessidades das crianças, que quando observadas, ou-
meios, entre os quais, é correto citar as vidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre
a qualidade do que estão recebendo. De acordo com o
(A) gravações, fotografias, projeto pedagógico, livro de Referencial curricular nacional para a educação infantil,
registro de ponto de docente e demais funcionários, volume 1, os procedimentos de cuidado precisam seguir,
balancetes e painéis. entre outros, os princípios

(B) fichas de avaliação descritiva das crianças, regimen- (A) sociais da boa alimentação, de higiene, de impassi-
to escolar, carteirinha de vacinação das crianças e bilidade e de cortesia.
planilhas, apenas.
(B) de promoção à saúde.
(C) atas do Conselho de Escola, autoavaliação, livros de
literatura infantil e de formação de professores, notas (C) de assepsia e do desenvolvimento físico infantil.
fiscais de brinquedos e materiais.
(D) políticos; estéticos; da sustentabilidade; da pueri-
(D) entrevistas com as famílias, relatórios, planejamen- cultura.
tos, livros da vida, diário de campo, vídeos, registros
de tempos pedagógicos e portfólios. (E) éticos; de adaptação; de moralidade; de apropriação
de habilidades de autocuidado para autonomia.
(E) atas de reuniões administrativas, diários de classe,
manuais institucionais, leis municipais da educação
e fichas de saúde das crianças.
45. Alexandra, professora de educação infantil, afirma que
não irá se envolver em assuntos externos à escola, no
entanto a docente observa que uma criança chega cons-
43. De acordo com o Referencial curricular nacional para a tantemente com lesões no corpo, e a menina ainda relata
educação infantil, volume 3, o desenvolvimento da ima- as agressões sofridas, sendo os agressores os próprios
ginação criadora, da expressão, da sensibilidade e das pais da criança.
capacidades estéticas das crianças poderão ocorrer no
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
fazer artístico, assim como no contato com a produção de
(Lei no 8.069/1990), artigo 245 – item das infrações ad-
arte presente nos museus, livros, reproduções, revistas,
ministrativas, ao médico, professor ou responsável por
vídeos, ateliê de artistas e artesãos, feiras, espaços urba-
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino funda-
nos, entre outros. De acordo com o documento, o desen-
mental, pré-escola ou creche que deixa de comunicar à
volvimento da capacidade artística e criativa da criança
autoridade competente os casos de que tenha conheci-
deve estar apoiado, também,
mento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tra-
(A) na prática reflexiva das crianças ao aprender, que tos contra criança ou adolescente será aplicada pena de
articula a ação, a percepção, a sensibilidade, a cog-
(A) advertência ou repreensão ou suspensão, depen-
nição e a imaginação.
dendo da gravidade da omissão.
(B) no “deixar fazer”, ou seja, permitir que a criança crie
(B) demissão ou demissão a bem do serviço público,
sem intervenção, modelos, padrões ou avaliações,
conforme determinação das autoridades.
respeitando os dons e talentos de cada um.
(C) reclusão de um a três anos e a cassação do diploma
(C) nas atividades de artes que servem, basicamente,
que o habilita a exercer o cargo.
para passar o tempo e relaxar, por meio de desenhos
prontos e modelagens com massinhas. (D) detenção de até seis meses e anulação do ato de
posse, caso seja funcionário público.
(D) no trabalho de arte com uma conotação decorativa,
servindo para ilustrar temas de datas comemorati- (E) multa de três a vinte salários de referência, aplican-
vas e enfeitar as paredes com motivos considerados do-se o dobro em caso de reincidência.
infantis.

(E) no uso das atividades das artes para reforçar ou fa-


vorecer o aprendizado dos mais variados conteúdos,
pois a arte ativa o funcionamento do cérebro.

15 PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde
46. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para 48. Segundo o Referencial curricular nacional para a
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensi- educação infantil (RCNEI), volume 1, o atendimento
no de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, para institucional à criança pequena, no Brasil e no mundo,
conduzir suas ações, os sistemas de ensino, os estabe- apresenta, ao longo de sua história, concepções bastante
lecimentos e os professores terão como referência, entre divergentes sobre sua finalidade social. Grande parte
outros, o princípio “Ações educativas de combate ao ra- dessas instituições nasceram com o objetivo de atender
cismo e a discriminações”. Este princípio encaminha para exclusivamente às crianças de baixa renda, e essa
algumas ações; entre elas, está a concepção educacional era marcada por características
assistencialistas. De acordo com o RCNEI, modificar essa
(A) admissão de que a discussão sobre a questão ra- concepção de educação infantil assistencialista significa
cial se limita ao Movimento Negro e a estudiosos do
tema e não à escola, cabendo à educação respeitar (A) apresentar propostas educativas nas quais os pro-
a diversidade. fissionais devem atuar como substitutos maternos e
usar o espaço de educação infantil para o desenvol-
(B) certeza de que as crianças não discriminam ou co- vimento de uma pedagogia relacional, baseada ex-
metem ações de racismo, mas cabe intervir se al- clusivamente no estabelecimento de relações pes-
gum comportamento de racismo ocorrer por parte de soais intensas entre adultos e crianças.
adultos.
(B) dar ênfase ao ensino de conceitos, à alfabetização e
(C) inclusão de personagens negros nos cartazes da es- ao uso de material apostilado ou livros didáticos que
cola, sobre qualquer tema, inclusive quando se tratar devem ser adotados por todas as escolas de educa-
de manifestações culturais próprias e exclusivas. ção infantil, visando dar as mesmas oportunidades
para as crianças de escolas públicas e privadas.
(D) valorização da oralidade, da corporeidade e da arte,
por exemplo, como a dança, marcas da cultura de (C) atentar para várias questões, que envolve assumir
raiz africana, ao lado da escrita e da leitura. as especificidades da educação infantil e rever con-
cepções sobre a infância, as relações entre classes
(E) exaltação do dia 19 de abril para valorização dos ín- sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel
dios brasileiros; nesta data as crianças podem rece- do Estado diante das crianças pequenas.
ber cocares e pinturas para homenagear esse povo
exótico. (D) sanar as faltas e carências das crianças por meio da
boa alimentação e da construção das estruturas cog-
nitivas e da produção dos conhecimentos como meta
47. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a na educação infantil, contribuindo com o pensamen-
Educação Infantil destacam três aspectos importantes de to humano e para a estreita relação com o processo
avaliação na Educação Infantil. De acordo com o referido de aprendizagens específicas.
documento, entre esses aspectos, é correto citar
(E) garantir o direito das crianças brincarem, como for-
(A) a ação compartilhada com as famílias, que contribui ma particular de expressão, pensamento e interação
para a compreensão dos rumos e a importância da e adotar concepção espontaneísta que extirpe da
Educação Infantil. educação infantil toda ação educativa que esteja re-
lacionada à escolarização precoce.
(B) a análise sobre a aquisição de certas habilidades e
competências, pela criança, para que possa se tor-
nar futuramente uma pessoa cidadã produtiva e res-
ponsável.

(C) as múltiplas linguagens; precisando as diferentes


disciplinas ser trabalhadas e devendo os resultados
constar nos relatórios das crianças.

(D) o respeito e o reconhecimento pelo diferente, aco-


lhendo os alunos de inclusão (deficientes) e os nor-
mais, sem impedir, diminuir ou desqualificar o exer-
cício dos direitos.

(E) a aprendizagem na qual a criança deve demonstrar


superar os desafios de um espaço público educativo
e deve harmonizar-se com o coletivo social instituído.

PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde 16
49. A respeito da linguagem musical o Referencial curricular
nacional para a educação infantil, volume 3, afirma que,
na educação infantil, os conteúdos podem ser tratados
em contextos que incluem, entre outros, a reflexão so-
bre aspectos referentes aos elementos da linguagem
musical. Por exemplo, o reconhecimento e a utilização
expressiva, em contextos musicais, das diferentes carac-
terísticas geradas pelo silêncio e pelos sons: altura, du-
ração, intensidade e timbre, ou ainda, o reconhecimento
e utilização das variações de velocidade e densidade na
organização e realização de algumas produções musi-
cais. De acordo com o RCNEI, o termo “densidade” se
refere

(A) à característica que distingue e “personaliza” cada


som, ou seja, é o que diferencia dois sons de mesma
frequência.

(B) a propriedade que permite definir e distinguir se um


som é agudo (baixo) ou se é um som grave (alto).

(C) à maior ou menor concentração de eventos sonoros


numa determinada unidade de tempo.

(D) ao número de ciclos de uma onda sonora por segun-


do, que define se um som é longo ou curto.

(E) à percepção da amplitude da onda sonora, que de-


fine se um som é forte ou fraco; também é chamada
de volume.

50. Segundo Oliveira (2002), Lourenço Filho, em 1929, pu-


blicou o livro Introdução ao estudo da Escola Nova, di-
vulgando as novas concepções entre os educadores
brasileiros. Em 1932 surgiu no Brasil o Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, documento que defendia
amplo leque de pontos. Entre outros pontos discutidos
nesse período de renovação do pensamento educacio-
nal, estava a educação pré-escolar, instituída como a
base do sistema escolar. De acordo com Oliveira, nesse
momento histórico, o debate acerca da renovação peda-
gógica

(A) foi realizado nos parques infantis, onde as crianças


brasileiras passaram a receber educação que estava
plenamente de acordo com os preceitos escolano-
vistas.

(B) passou a ser realizado nas creches, as quais aban-


donaram o atendimento baseado no modelo higie-
nista, de saúde e o foco no atendimento assisten-
cialista.

(C) foi efetivado na “Casa da Criança”: instituições públi-


cas que atendiam crianças das classes populares e
que ficaram conhecidas como “fazedoras de anjos”.

(D) ocorreu principalmente em instituições filantrópicas


de puericultura, que passaram a atender, amplamen-
te, os bebês e as crianças da classe média alta.

(E) dirigiu-se mais aos jardins da infância, onde estuda-


vam preferencialmente as crianças dos grupos so-
ciais de prestígio.

17 PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde
Redação

Texto 1

Está sendo debatido na Justiça do Trabalho do mundo inteiro o formato Uber de trabalho, que já é chamado de uberiza-
ção das relações de trabalho. A Justiça do Trabalho brasileira, seguindo a tendência internacional, vem sendo provocada a
decidir em recentes reclamações trabalhistas que requerem vínculo de emprego para motoristas inscritos na plataforma Uber
de trabalho.
A empresa estadunidense venceu algumas importantes batalhas em sua pátria mãe, mas vem sofrendo algumas derrotas
pelo mundo. É certo que o debate ainda está apenas no começo, mas já existem algumas decisões interessantes pelo mundo
e também no Brasil.
(Disponível em: https://torresani.jusbrasil.com.br/artigos/482070647/motoristas-do-uber-possuem-vinculo-de-emprego-ou-nao.
Acesso em: 29.07.2019. Adaptado)

Texto 2

Em um caso no qual motoristas do serviço Uber reivindicavam o reconhecimento de seus vínculos empregatícios com a
companhia por trás do app, um juiz federal norte-americano julgou em favor do Uber.
Conforme a reivindicação dos motoristas do serviço, eles teriam direito a salário-mínimo, plano de saúde e algumas outras
proteções que as leis trabalhistas dos EUA oferecem para profissionais devidamente contratados. No entanto, o juiz reconhe-
ceu que os motoristas são freelancers e não empregados propriamente ditos, considerando que eles podem trabalhar apenas
quando querem e fazer o que acharem necessário nos intervalos entre as corridas.
Um porta-voz do Uber afirmou que a empresa está satisfeita com o resultado do processo. O advogado dos motoristas,
entretanto, pretende apelar da decisão em última instância.
(Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/mercado/129259-justica-eua-decide-favor-uber-em-caso-vinculo-empregaticio.htm.
Acesso em: 29.07.2019. Adaptado)

Texto 3

A Justiça de Minas reconheceu vínculo empregatício entre Uber e motorista. Para a caracterização da relação de empreg­o,
é necessário demonstrar a prestação de serviços com pessoalidade sob dependência do empregador e mediante salário.
Assim entendeu a 11a Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3a Região ao reconhecer o vínculo empregatício de um
motorista do Uber.
Para a juíza convocada Ana Maria Espi Cavalcanti, trata-se de trabalho remunerado, na medida em que o motorista
r­ecebia semanalmente pela produção, descontados a participação e os valores recebidos em moeda. “O contrato de adesão
firmado entre o Uber e o motorista deixa claro que a empresa de aplicativo define os valores a serem pagos pelos clientes e
gerencia o pagamento ao motorista”, diz.
Segundo a juíza, o Uber se destina a um setor de atividade específico – transporte de passageiros – e não há dúvidas de
que controla e desenvolve o negócio, estabelecendo os critérios de remuneração de seus motoristas. “Na prática, o motorista
se sujeita às regras estabelecidas ao seu poder disciplinário, como a desativação do trabalhador com baixa/má reputação.
(Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-jul-29/justica-mg-reconhece-vinculo-emprego-entre-uber-motorista.
Acesso em: 29.07.2019. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-
-padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:

Devem ser reconhecidos os vínculos empregatícios entre Motoristas e Uber?

PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde 18
redação
Em hipótese alguma será considerado o texto escrito neste espaço.

H O
U N
S C
R A

NÃO ASSINE ESTA FOLHA


19 PCAM1801/039-PEB-I-EducInfantil-Tarde

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