Livro de Etica e Cidadania 5ºano

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Manual do Educador | Cidadania Moral e Ética | 5o Ano
Armando Moraes • Maria Soledade da Costa
Editoras
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva
Revisão de texto
Equipe pedagógica
Assessoria pegagógica
Eduardo Pedroza
Patrícia Senna
Projeto gráfico, capa e editoração eletrônica

Box Design Editorial
Coordenação editorial
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67
Impresso no Brasil.
ISBN: 978-85-7236-033-3
O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função

da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo
básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro
de 2017, do Ministério da Educação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
As palavras que estão destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modificações com o novo Acordo Ortográfico.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro.
A Distribuidora de Edições Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
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Apresentação
Caro educador,
O estudo da ética e da cidadania é fundamental no con-

tínuo processo formativo dos educandos. Esse estudo vai
além da simples demanda curricular, incutindo valores que
vão ajudar os alunos a viver de forma sadia na sociedade
em que estão inseridos.
Ao organismo escolar, detentor da função de facilitador
do aprendizado, recai a necessidade de permanecer aler-
ta na tarefa de guiar os alunos em um livre desenvolver do
pensamento ético, para que os ensinamentos adquiridos
se adequem da melhor forma a suas vivências particula-
res; sempre voltados para a construção da cidadania.
Com este intuito, foi organizado o presente Manual do
Educador, composto de orientações didáticas, dinâmicas,
fundamentações teóricas e ideias em geral que poderão
servir como ferramentas para tornar suas aulas ainda mais
frutuosas e prazerosas.
Desejamos a você um bom trabalho, que desperte em
seus alunos a necessidade de, onde quer que estejam,
colaborarem incessantemente para a construção de uma
cultura de paz permanente no mundo, tendo a moral, em-
patia e ética como pedras basilares de seu agir.
Um grande abraço!
Armando Moraes e Maria Soledade da Costa
Shutterstock.com/Sergey Novikov
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Sumário
5 Mensagem
6 Sumário do livro do aluno
Unidade 1
10 Páginas do livro do aluno
36 Fundamentação
Unidade 2
86 Fundamentação
Unidade 3
118 Fundamentação
Unidade 4
159 Fundamentação
Shutterstock.com/szefei
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MENSAGEM
Trabalho e sorte
Não é acaso, é dedicação.
Não é medo, é superação.
Não é teoria, é ação.
Não é espera, é acontecimento.
Não é classe, é conhecimento.
Não é sentimento, é comprometimento.
Não é sorte, é trabalho.
Não é pessimismo, é atitude.
Não é formalidade, é elegância.
Não é inocência, é consciência.
Não é experiência, é vivência.
Não é jeitinho, é transparência.
Não é superioridade, é sensibilidade.
Não é idade, é felicidade.
Não é inferioridade, é humanidade.
Não é ingenuidade, é responsabilidade.
Não é fé, é adesão.
Não é percepção, é coração.
Não é imaginação, é decisão.
Não é favor, é cor.
Não é sabor, é valor.
Não é palavra, é flor.
Não é opinião, é convicção.
Não é olhar, é atenção.
Não é sedução, é paixão.
Shutterstock.com/Andresr
Sim, é busca e é encontro e é essência na aparência.

É liberdade e é responsabilidade.
É trabalho e é sorte.
MAYER, Canísio. Dinâmicas pedagógicas: Técnicas e textos para o cresci-

mento pessoal e coletivo. São Paulo: Ideias & Letras, 2015.
Manual do Educador – 5o ano 5
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Sumário do livro do aluno
Sumário
Unidade 1
8 O cidadão planetário
16 A responsabilidade cidadã
21 O consumismo e o desperdício
26 A solidariedade e o diálogo
29 Os valores éticos
Unidade 2
36 O aquecimento global
41 A extinção dos animais e vegetais
49 A água
53 A Amazônia e seus encantos
58 Os predadores da Amazônia
61 Buscando a paz
Unidade 3
80 A ética e a pobreza mundial Shutterstock.com/Here
85 O desemprego
91 A saúde da população
95 As regiões atingidas pela fome
102 Os cidadãos invisíveis
Unidade 4
108 A violência no mundo
113 A cultura de paz!
117 O trabalho infantil
128 O trabalho infantojuvenil no Brasil
132 Os maiores problemas globais
140 As ONGs
4 Cidadania Moral e Ética I 5o ano
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A decisão está em suas mãos
5
Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. As
meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas, ele sabia responder; outras,
não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas
passarem as férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia a todas as perguntas sem hesitar. Impacientes
com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não sou-
besse responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que
usaria para pregar uma peça no sábio.
− O que você vai fazer? − perguntou a irmã.
− Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou
morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.
Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E, assim, qualquer
resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava meditando.
− Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me, sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
− Depende de você. Ela está em suas mãos!
Nós somos responsáveis pelos nossos atos, seja em nossa vida profissional
ou pessoal. As decisões estão nas nossas mãos, como a borboleta. Cabe a nós
escolher o que fazer com a nossa vida.
RANGEL, Alexandre. O que podemos aprender com os gansos. São Paulo: Original, 2004.
Shutterstock.com/chuyuss
Cidadania Moral e Ética I 5o ano 5
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Orientação didática
Repleto de sabedoria, o texto “A decisão está em suas mãos” abre nossas
reflexões e desperta a criticidade de cada um. Leia-o com os seus alunos e re-
force as ideias nele contidas fazendo um paralelo entre a história contada e o
nosso dia a dia. Deixe claro que, muitas vezes, a decisão está em nossas mãos!
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Unidade
Segundo uma das definições mais aceitas na Educação, proposta pelo suíço Jean
Piaget (1896–1980), valores são investimentos afetivos. Isso quer dizer que, apesar de
se apoiarem em conceitos, estão ligados a emoções, tanto positivas quanto negativas.
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Educar para os valores é transmitir aos filhos ou aos alunos ideias em que realmente
acreditamos − por exemplo, que vale a pena ouvir enquanto outra pessoa estiver falan-
do. Ou que ficar muito tempo no chuveiro pode levar à falta de água para todos. Ou
ainda que cada um é responsável por seus atos.
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E EU COM ISSO?
• O que você tem a ver com a Amazônia?
• Sabia que temos uma casa comum?
• Sabia que você é um cidadão planetário?
• Que você acha da paz? É possível? Você semeia a paz?
• A natureza depende de nós, mas acredite, nós dependemos
mais dela! O que você tem a ver com os animais extintos?
• Você sabe o que são predadores? Sabia que você pode ser um?
• Já ouviu falar na camada de ozônio? Sabia que ela está furada?
A unidade começa com alguns questionamentos. Promova a intera-

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ção na sala por meio de um debate de opiniões. Esteja sempre atento
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às colocações de cada um e elucide quaisquer dúvidas que surgirem.

Aproveite a ocasião para fazer uma avaliação prévia do conhecimento
adquirido e, assim, traçar suas estratégias de ensino para o ano letivo.
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O CIDADÃO
PLANETÁRIO
8 Para começar
Vivemos rodeados de desafios no decorrer de
nossa existência. São situações que todos enfren-
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tamos independentemente do lugar onde mora-
mos, com quem moramos e da vida que levamos.
Sempre haverá desafios e vencê-los é uma questão
de escolha e consciência!
O mundo também sofre as consequências de
nossas escolhas ao longo dos séculos, até dos
milênios. Nem imaginamos quando tomamos uma
decisão o quanto poderá influir na vida do plane-
ta. Essa consciência vem a partir do momento que
entendemos fazer parte de uma única sociedade: a
planetária.
Tudo que fazemos ou deixamos de fazer tem uma
consequência mundial. Por mais estranho que isso pareça e por mais que se explique,
as pessoas ainda têm muito o que aprender sobre vida em comunidade!
Quando começamos a considerar o nosso Planeta como nossa casa, aí entendemos
que a nossa sala, nosso quarto, nossa cozinha, nosso quintal... são partes do planeta.
Sabemos disso, mas não temos a conscientização de quando agirmos, pensarmos de
forma global.
Vamos colocar de forma prática esse pensamento: qualquer material que colocamos
no chão como lixo, seja na rua ou dentro de casa, estamos colocando no território do
Globo Terrestre. E isto é mais sério do que se possa imaginar. Uma garrafa PET jogada
fora da janela de um carro estará afetando o meio ambiente! Pois no exato momento, em
muitos e muitos lugares, esse mesmo ato se repete.
Uma garrafa PET não se dilui como outros materiais e quando alagam as ruas e valas,
ela vai na enxurrada e termina nos rios e mares. Acredite, um desastre ecológico mundial
acontece: são entupimentos gigantescos e a destruição da flora e da fauna é certeira.
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Exponha um grande mapa-múndi em preto e verão ser distintas para caracterizar os oceanos e
branco, para que os alunos possam preenchê-lo. os continentes. Instrua os alunos a pintarem corre-
Depois, faça um sorteio com os alunos. À medida tamente o local de cada parte. Corrija, ao final da
que são sorteados, instrua-os a escolherem uma atividade, junto à turma.
cor. Previamente, disponibilize as cores, que de-
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A cada dia, temos menos tempo para tomar consciência de que somos cidadãos pla-
netários e precisamos, para o nosso próprio bem, exercer a cidadania!
9
E assim, com essa compreensão, entendendo que liberdade vive junto com a respon-
sabilidade, não mais iremos jogar plásticos e outros materiais fora das lixeiras (de pre-
ferência, seletivas), mesmo sabendo que existe o livre arbítrio e a liberdade de escolha.
Cada escolha que fazemos terá sempre um resultado no futuro imediato ou a longo prazo!
E aí? Vai “encarar” esse desafio planetário? Exercer a cidadania planetária?
Para fazer
1. Uma imagem vale mais que mil palavras. Observe os grupos de imagens a seguir e
formule um comentário ou uma frase que valha a pena alguém ler numa reportagem.
a.
Shutterstock.com/Riccardo Mayer
Shutterstock.com/sweetmonster
Shutterstock.com/Denis Kuvaev
Shutterstock.com/Muellek Josef
Shutterstock.com/Filipe Frazao
Resposta pessoal
b.
Shutterstock.com/Blend Images Shutterstock.com/Melory Shutterstock.com/sanya buanam
Resposta pessoal
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Oriente os alunos a realizarem uma pesquisa, em jornais e revistas, de ma-
térias que abordem problemas ambientais onde vivem e no mundo. Peça-lhes
que tragam, recortadas, as reportagens para a sala de aula. Crie uma roda de
conversa para refletirem sobre as causas e consequências dos problemas.
Depois, cole as reportagens, confeccionando um mural.
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2. O cidadão planetário tem consciência de seus deveres. Indique a atitude ecologicamente
correta que se espera de um cidadão responsável, observando as imagens abaixo.
10
Shutterstock.com/mekcar Shutterstock.com/Shumilina Maria
Procurar o fabricante, entregar nas lojas ou Manter fechado enquanto não usa.
no lixo seletivo, nunca no lixo comum.

Shutterstock.com/Garsya Shutterstock.com/Ricardo de Paula Ferreira
Utilizar em receitas culinárias apropriadas, Jogar o lixo corretamente nos seletores.
ou como adubo.
Shutterstock.com/Ricardo de Paula Ferreira Shutterstock.com/wavebreakmedia
Nunca prender esses animais porque, além Levar um coletor de fezes de animais, nun-
de cruel, é contra a lei. ca deixar na rua ou calçadas.

Shutterstock.com/Dragon Images Shutterstock.com/Nuk2013
Usar no lugar de sacolas plásticas. Levar para o lixo seletivo, jamais deixar no
chão.
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A primeira ideia é a conscientização sobre os seres de nosso Planeta.
Eles precisam de nós, e nós, deles. As atividades do livro do aluno devem
despertar essa consciência da existência do outro, bem como a reflexão por
parte dos alunos sobre os nossos deveres. O bem comum deve ser sempre
o nosso objetivo.
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3. Observe atentamente o anúncio abaixo, leia e agora crie um projeto sobre a reutiliza-
ção dos pneus! O que podemos fazer com eles? Esse será um projeto para levar a
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sugestão para a diretoria e depois para a prefeitura. Quem sabe sua ideia não será
aprovada?
Calçadas de pneus reciclados
Shutterstock.com/Bjoern Wylezich
Você já imaginou calçadas de borracha reciclada, muito mais
resistentes, que não quebram, não racham, absorvem impactos, duram
10 vezes mais e ainda por cima, são ecologicamente corretas?
Projeto pense pneus

Objetivo: Resposta pessoal
Desenvolvimento (como deve ser feito):
Pessoal envolvido:
Material e/ou alguma outra necessidade para o cumprimento do projeto:
Autor(a) do projeto:
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Professor, elabore junto com os alunos todos os passos do projeto pense pneus.
Realize uma campanha de conscientização em defesa do meio ambiente. Ofereça,
junto com seus alunos, um momento de reflexão para as turmas da escola, organi-
zando palestras, oficinas com materiais reciclados, músicas sobre o tema e a leitura
de textos referentes à poluição e à preservação do meio ambiente para que todos
participem.
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4. Olhe que linda ideia! Escreva uma frase sobre essa imagem que trata da reutilização
de pneus.
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Shutterstock.com/sunsetman
Resposta pessoal
5. Há sempre o que precisamos melhorar e o que já fazemos de bom. Seguindo esse

pensamento, escreva, nos respectivos quadros, o que você já faz como cidadão pla-
netário, e o que precisa fazer.
Atitudes que eu já pratico Atitudes que pretendo praticar
Resposta pessoal Resposta pessoal
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As questões propostas relacionam o tema em estudo com o cotidiano das
crianças. É, pois, uma ótima oportunidade para se fazer uma atribuição de
valor às atitudes cidadãs descritas por cada uma em seu dia a dia, e despertá-
-las para a responsabilidade que temos com o futuro.
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Teste: você cuida bem do planeta Terra?
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Será que você se preocupa com a ecologia e com o meio ambiente?
Responda a este teste e veja se você ajuda a preservar a vida na Terra.
Resposta pessoal
1. Depois de fazer um acampamento com a turma, você:

a. Recolhe o lixo e leva-o até um local com depósitos apropriados.
b. Joga todo o lixo no rio mais próximo.
c. Deixa o lixo em um cantinho e vai embora.
2. Como você cuida de seus cadernos?

a. Anota recados, faz aviõezinhos e sempre arranca as páginas à toa.
b. Costuma gastar só as folhas necessárias.
c. Nunca prestou muita atenção a isso.
3. Quando está ouvindo música e precisa sair, você:

a. Desliga o som e ainda apaga todas as luzes.
b. Deixa tudo como está para não ter de ligar outra vez.
c. Só desliga o som.
4. Quando escova os dentes, você:

a. Deixa a torneira aberta.
b. Só abre a torneira para enxaguar a boca.
c. Usa um copo de água para lavar a boca.
5. Depois de tomar um picolé na praia, o que você faz?

a. Se não encontrar logo uma lixeira, joga o papel em um canto.
b. Leva o lixo para casa.
c. Larga os restos em qualquer lugar.

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Professor, divida a turma em grupos. Distribua alguns materiais, como: cola,
revistas, jornais, tesouras e folhas de papel. Oriente-os a confeccionarem um
cartaz abordando os cuidados que devemos ter com o meio ambiente. Em
seguida, cada grupo apresentará para a turma o seu trabalho.
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6. O que você faz se tiver uma muda de árvore onde você joga bola?
a. Nada.
14 b.
c.
Improvisa uma cerca para protegê-la.
Arranca a planta para não atrapalhar o jogo.
7. Você teria um passarinho em casa?

a. Não, porque não acha certo mantê-lo preso.
b. Sim, porque adora ouvir o canto dele.
c. Só se tivesse certeza de que ele nasceu em cativeiro e não foi capturado e

aprisionado.
8. Como você participa das campanhas de reciclagem da escola?

a. Quando lembra, leva revistas antigas.
b. Não leva nada para não ter de carregar coisas para a escola.
c. Recolhe papéis e latas com seus vizinhos.
9. Na hora do banho, você:

a. Demora só o tempo necessário.
b. Se esquece da vida e fica brincando.
c. Às vezes, enrola um pouco para terminar, porque a água está quentinha.
10. O que você faz depois de comer um pacote de salgadinho no carro?

a. Joga o saco pela janela para não deixar o carro sujo.
b. Guarda o saco e depois o joga na lixeira.
c. Não se lembra da cena. Da próxima vez, vai prestar atenção.
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Professor, lance uma proposta à turma: Em pequenos grupos, deverão ela-
borar uma paródia musical com o tema: Cidadão Planetário. Junto com os
alunos escreva, na lousa, tópicos elaborados por eles para facilitar o desenvol-
vimento do trabalho. Em seguida, cada grupo cantará sua versão para a turma.
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Some os pontos para achar o total.
Resultado
15
1 a - 2 b- 0 c - 1
De 0 a 6 pontos
2 a- 0 b - 2 c - 1 Você acha que só os outros têm de cuidar da natureza?
Não é bem assim. Imagine como as cidades seriam melhores
3 a-2 b-0 c-1 com mais árvores, menos poluição, rios limpos e sem lixo.
4 a - 0 b - 1 c- 2 Esforce-se para ajudar.
5 a - 1 b - 2 c -0 De 7 a 13 pontos
Você sabe o que é preciso fazer para ajudar o planeta,
6 a-1 b-2 c-0 mas, às vezes, descuida-se. Preste mais atenção a atitudes
simples que podem ser importantes.
7 a-2 b-0 c-1
De 14 a 20 pontos
8 a-1 b-0 c-2
Parabéns! Você é mesmo um defensor do nosso planeta!
9 a-2 b-0 c-1 Continue assim e tente convencer seus amigos a fazerem
pequenas coisas, como economizar água e energia, pre-
10 a - 0 b - 2 c - 1 servar plantas e animais e evitar a poluição. Junto, vocês
poderão ajudar ainda mais!
Para refletir
Simples atitudes do seu dia a dia mos-
Shutterstock.com/OnlyZoia
Shutterstock.com/Mama Belle Love kids

tram seu comportamento em relação a al-
guém. Comportamentos que estimulam o
respeito e a consideração são grandes si-
nais de paz. A paz só é possível à medida
que nós agimos de forma solidária.
A cooperação acontece quando os indi-
víduos colaboram uns com os outros para
Shutterstock.com/changnum bigcola
Shutterstock.com/Mama Belle Love kids

tarefas e ideais do mesmo interesse. Ela
leva à formação de equipes, tão presentes
nos tempos modernos.
Quando a competição se torna muito
forte, pode gerar hostilidade e luta entre os
competidores. Uns procuram eliminar os
outros da competição − é o que se chama
de conflito social.
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A reflexão proposta na seção Para refletir nos direciona para a realidade, de
forma que as crianças poderão citar exemplos concretos de atitudes que esti-
mulam o respeito e a cooperação entre os indivíduos. Incentive a participação
da turma! A partir do texto, pode-se, também, refletir acerca de temas como a
paz e os conflitos sociais.
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A RESPONSABILIDADE
16 CIDADÃ
Para começar
Shutterstock.com/racorn
Todas as vezes em que falamos em res-
ponsabilidade, a palavra liberdade está
diretamente ligada, pois uma pessoa livre
é aquela que é responsável pelos seus
próprios atos. As crianças, por exemplo,
não têm total liberdade, porque precisam
de um responsável por elas. Ou seja,
tudo o que acontece a uma criança ou
um adolescente cabe a um adulto tomar
as providências. Quando nos tornamos
adultos, o direito de ir e vir sozinho é por
nossa conta. Qualquer coisa que acontecer, mesmo que tenhamos ajuda de al-
gum parente, seremos os responsáveis diretos.
Assim é o cidadão que tem seus direitos garantidos na Constituição brasileira, mas
também tem deveres a cumprir, leis para obedecer. Sem falar da consciência de cuidar
do meio ambiente, sentir-se responsável também pelo planeta!
Atualmente, a visão do homem sobre a vida é mais ampla, como vimos no outro capí-
tulo. A ideia agora é globalizada, mundial. Este é o foco das questões ambientais, eco-
lógicas e dos relacionamentos entre os povos.
A cada dia, a humanidade está sentindo a necessidade de assumir essa nova iden-
tidade de comunidade planetária. Ou seja, tudo que fazemos provoca uma reação no
mundo, não tem como ser diferente.
Diante de tantos desastres ecológicos e situações de conflitos entre os povos, o ser
humano deve perceber a importância de se unir e ampliar sua visão!
Essa consciência faz de nós pessoas melhores, e nossos estudos, passeios, tra-
balhos, relacionamentos, absolutamente tudo, até nossa alimentação, contribui para o
nosso bem e o de todos!
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Vídeos sobre cidadania e curtas sobre a vida no Planeta podem ser uma
boa pedida antes da leitura. Há muitos filmes de animação sobre a natureza e
a ameaça de extinção às espécies. Pode-se exibir um deles antes e depois de
se trabalhar o tema central na sala de aula, sobre preservação da vida!
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Para fazer
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1. Vamos idealizar uma tabela que vai nos ajudar a acompanhar nosso desempenho nos
hábitos e cuidados diários com o consumo da água. Resposta pessoal
Lembre-se: o mais importante é quanto tempo a torneira fica aberta, e o hábito de não
deixá-la aberta sem uso.
Atividade Tempo de duração Quantas vezes Data

Tomar banho
Lavar as mãos
Escovar os dentes
Às vezes, fazemos alguma atividade de consumo da água que não é comum. Você
pode acrescentar “atividades extras”, como lavar sapatos, lavar roupa, lavar os brinque-
dos ou a bolsa da escola (mesmo que seja outra pessoa, você vai observar o tempo de
duração, principalmente).
CIDADANIA COMEÇA EM CASA − CONSUMO DA ÁGUA
2. Vamos criar, em casa, um seletor de lixo! Que tal lançar essa ideia pela vizinhança?
Primeiro, é importante você estar bem informado. Saber sobre cada tipo de lixo e
como separá-lo.
SELETORES DE LIXO − COMECE EM CASA
Lixo reciclável: Resposta pessoal
Lixo que não se recicla:

Seletores de lixo:
Lixo orgânico:
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As atividades propostas visam o acompanhamento de atitudes cidadãs em
nosso dia a dia, como os cuidados com a água e a coleta seletiva do lixo.
Analise esse acompanhamento junto com a turma e promova a conscien-
tização de seus alunos. O ideal é que essa ideia seja, de fato, adotada por
eles. O projeto de criação dos seletores de lixo pode ser aplicado na escola
também.
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3. Aqui você vê algumas sugestões de lixeiras em casa. O mais importante é separar o
LIXO ORGÂNICO do LIXO COMUM (plástico, papel, vidro...). Então, você pode ter
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duas lixeiras apenas. Ou você tem três: LIXO ORGÂNICO, PLÁSTICO, PAPEL.
Shutterstock.com/Natali Zakharova Shutterstock.com/Naypong Shutterstock.com/Frank11
Existem muitos tipos de lixeira fáceis de ter em casa. Isso vai ajudar muito o meio am-
biente e os catadores de papel.
É muito importante que todo remédio fora do prazo de validade, alimento estragado,
caixas de leite, iogurtes, etc sejam esvaziados totalmente para evitar que alguém com
muita fome os consuma e adoeça gravemente.
Quando, na sua casa, sobrar alimentos que estiverem em boas condições, pode-se
colocar em vasilhas descartáveis e doá-los. Todas essas ações são cidadãs!
4. Escreva abaixo, nas plaquinhas, frases que convidam as pessoas a fazerem coleta
seletiva do lixo em casa. Resposta pessoal
Shutterstock.com/lovemelovemypic
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Professor, elabore uma ficha como o modelo abaixo.
Ser cidadão é...
Direitos Deveres
1o momento:
Distribua uma cópia da ficha para cada aluno e coloque a música de Gon-
zaguinha, “O que é, o que é?”. Durante a realização da atividade, vá orientan-
do os alunos sobre seus direitos e deveres de cidadão. Conclua a atividade
questionando-os se seus direitos estão sendo realmente respeitados.
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5. Pesquise e pinte o símbolo da reciclagem usando a cor de acordo com o lixo que ele
representa.
azul amarelo vermelho verde cinza
papel metal plástico vidro não recicláveis
6. Você se preocupa com a conservação da sua casa e da sua escola? Liste quatro
19
atitudes suas que demonstrem essa preocupação! Resposta pessoal
Em minha casa Em minha escola
7. Agora, faça uma lista de ações que todos devem praticar para preservar o meio am-
biente.
Resposta pessoal
8. Você agora já sabe muito bem o significado do termo “cidadão planetário”. Então,
assine o termo de compromisso abaixo e escreva, em seu caderno, uma frase sobre
responsabilidade com a Terra.
Eu, habitante do planeta Terra, sinto-me um cidadão planetário, cuidador da

sociedade planetária à qual pertenço.
Desejo colaborar para a melhoria da vida no planeta defendendo a natureza!
Eu, Resposta pessoal , comprometo-me
com o meio ambiente durante toda a minha vida.
Assinatura: Resposta pessoal
O compromisso com o nosso planeta é indispensável para um mundo melhor!
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2o momento:
Execute novamente a música de Gonzaguinha para a reflexão dos alunos.
Em seguida, questione-os sobre a mensagem na letra da música; que senti-
mentos foram despertados; se existe uma relação entre a letra da canção e os
problemas atuais do país. Conclua o trabalho solicitando a confecção de um
mural, com o registro da música trabalhada, imagens e frases sobre proble-
mas sociais do país.
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9. Vamos cantar a música e ficar bem atentos à mensagem que a letra transmite!
20
O Sal da Terra
Beto Guedes
Anda! Vamos precisar de todo mundo!

Quero te dizer nenhum segredo! Um mais um é sempre mais que dois!
Falo nesse chão, da nossa casa! Pra melhor juntar as nossas forças
Vem que tá na hora de arrumar... é só repartir melhor o pão.
Recriar o paraíso agora,
Tempo! para merecer quem vem depois...
Quero viver mais duzentos anos,
quero não ferir meu semelhante, Deixa nascer o amor!
nem por isso quero me ferir. Deixa fluir o amor!
Deixa crescer o amor!
Vamos precisar de todo mundo Deixa viver o amor!
pra banir do mundo a opressão. O sal da Terra.
Para construir a vida nova
vamos precisar de muito amor.
A felicidade mora ao lado
e quem não é tolo pode ver...
A paz na Terra, amor!

O pé na terra!
A paz na Terra, amor!
O sal da...
Terra!
És o mais bonito dos planetas!
Tão te maltratando por dinheiro!
Tu que és a nave, nossa irmã.
Canta!
Leva tua vida em harmonia, Shutterstock.com/Ilike
e nos alimenta com seus frutos.

Tu que és do homem a maçã...
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A música de Beto Guedes é riquíssima em interpretações. Aproveite o mo-
mento para organizar um círculo de debates, no qual cada aluno opinará a
respeito do texto e da relação com a consciência cidadã que devemos ter.
Fique atento à participação de cada aluno, pois, assim, você poderá avaliar a
apreensão do conteúdo.
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O CONSUMISMO E
O DESPERDÍCIO
Para começar
21
Atualmente, muito mais que nos séculos anteriores, ou mesmo nas décadas ante-
riores, existe uma oferta muito grande de todo tipo de produto. As lojas estão sempre
cheias de novidades e crediários. Tudo para que as pessoas comprem, mesmo que nem
precisem tanto de algumas coisas. Já existe a possibilidade, pela Internet, de as pessoas
nem saírem de casa para realizar compras.
Com essa oferta tão grande e tantas facilidades, as pessoas começam numa compra
sem fim, e aí viram consumistas! O consumismo é a prática de comprar tudo o que vê.
Essa prática pode se tornar uma mania, que vira um vício. Ou seja, a pessoa não conse-
gue parar de comprar, de gastar!
Então, o lado financeiro fica comprometido, mas também o psíquico e o emocional.
As crianças também são afetadas por esse comportamento. Elas ficam ansiosas pe-
las compras. E como todo consumista, após uma compra, já pensam na próxima.
A nossa sociedade, principalmente no Ocidente, é extremamente consumista.
Esse consumo exagerado causa outros problemas, além de deixar as pessoas nessa
dependência e ansiedade. Há um acúmulo de lixo e isso é desperdício. Quem compra mui-
Shutterstock.com/Rawpixel.com
to, acumula muita coisa; quem come sem ter cuidado, joga fora alimentos que poderiam
servir para quem nada comeu por muitas horas! Sem falar no lixo orgânico, que se multi-
plica, e nos muitos vegetais que poderiam ser melhor aproveitados, mas são jogados fora.
E esse comportamento é o oposto ao modo de agir do cidadão, não é mesmo?
Então, vamos refletir sobre essas duas atitudes tão opostas!
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Professor, leve os alunos a realizar uma enque- responder à pesquisa. Marque um dia para todos
te sobre o consumismo com base na pergunta a trazerem as respostas que obtiveram para a sala
seguir: “Ao comprar um produto, o que o influen- de aula e, coletivamente, levantarem o número de
cia?”. Apresente também alternativas, como: a pro- respostas dadas a cada item. Conclua orientando-
paganda; as opiniões de outras pessoas; a moda; -os na produção de um gráfico em barras, linhas
as vitrines; os meios de comunicação, etc. Cada ou de setores e exponha as produções na escola.
grupo de alunos entrevistará dez pessoas para
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Vamos ler o que um pequeno trecho do texto de Pedro Frade, criador do site gastro-
nômico Petit Gastrô, mostra-nos sobre o desperdício.
22
“Como cozinheiro, sempre me preocupou os diversos problemas no
mundo que possuem total relação com minha profissão, e acredito que
seja fundamental uma atenção especial de todas as pessoas. O proble-
ma do desperdício de alimentos não é novo, ocorre um aumento con-
siderável a cada ano, e a tendência é sempre piorar devido à pequena
mobilização para que essa situação seja contornada.
Os números atuais sobre o desperdício de alimentos são de dois
bilhões de toneladas sendo desperdiçadas, ou seja, metade de toda
a comida produzida no mundo tem o lixo como o destino. Ao mesmo
tempo em que tantos alimentos são desperdiçados, temos também o
desperdício de água, terras cultiváveis, insumos agrícolas, tempo de
trabalho e qualquer outra coisa usada na produção deles. A partir do
momento em que tantos recursos estão sendo desperdiçados, o produ-
tor também perde muito dinheiro.
Após analisar essa situação atual do desperdício de alimentos, depa-
ramo-nos com um problema gravíssimo, a questão da fome do mundo.
Enquanto o mundo joga fora 2 bilhões de toneladas de alimentos no
lixo, 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo. Temos, ao mesmo
tempo, muita comida indo para o lixo, e muitas pessoas passando fome,
comprovando que, além de absolutamente tudo estar errado, é preciso
fazer algo urgentemente. No mundo, a cada um minuto, cinco crianças
morrem de desnutrição, e esses dados servem para refletirmos...”
Disponível em: http://www.petitgastro.com.br/desperdicio-de-comida-fome-mundial-e-a-
-necessidade-de-mudancas/ Acesso em: 21/06/2017.
Shutterstock.com/A. Zhuravleva
Vamos assistir ao vídeo: Prato Consciente
https://www.youtube.com/watch?v=zqU5MSxARsw
Você gostou do vídeo? Por quê? O que mais chamou
a sua atenção?
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Dinâmica
Primeiro passo: Pedir às crianças que olhem O professor cita itens diferentes, pois está em
à sua frente, sem saírem do lugar e sem se virarem. posição contrária à das crianças.
Segundo passo: O professor fala o que ele vê Terceiro passo: O professor pede a alguns
(por exemplo: as cadeiras, os alunos, um quadro). As alunos que se levantem e observem o lugar e, em
crianças também devem falar o que estão vendo à seguida, anotem o que viram.
sua frente (a mesa, o professor, a lousa).
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Para fazer
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1. Imagine que você está em um supermercado e precisa ajudar sua tia nas compras da
semana. Ela está com pouco dinheiro e deve comprar, apenas, o essencial. Marque,
apenas, o que você considera indispensável.
Resposta pessoal
pão batata frita farinha de trigo
sorvete iogurte açúcar
ovos queijo óleo
feijão macarrão pipoca
arroz bombom azeitona
margarina biscoito molho de tomate
carne chocolate refrigerante
2. Para você, o que é importante na hora de comprar?

Resposta pessoal
3. Qual a diferença entre comprar marcas famosas e marcas comuns?

Resposta pessoal
4. Quando você vai fazer compras com sua família, vocês costumam fazer uma pesquisa
de preços? Por quê?
Resposta pessoal
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Quarto passo: Após alguns minutos, cada um Conclusão: Às vezes, estamos tão atribulados
lê o que escreveu. É interessante notar as diferen- ou distraídos que passamos por lugares, pessoas
ças e as semelhanças de olhar de cada um. e situações e não os percebemos. Na nossa vida
Quinto passo: Na sequência, o professor ques- também é assim, vivemos algumas situações e
tiona por que uma pessoa viu algo e a outra não. não as percebemos.
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5. Observe as imagens atentamente e reflita sobre todo o significado que elas podem
fornecer. Depois, escreva uma frase que ajude a sociedade planetária a não ser tão
24
consumista.
Doações
Shutterstock.com/Luis Molinero Shutterstock.com/Antonio Guillem Shutterstock.com/Take Photo Shutterstock.com/Blend Images
Resposta pessoal
6. Você sabe a diferença entre os termos consumista e consumidor? Defina cada um.
Procure no dicionário e escreva abaixo:
Consumidor: Resposta pessoal
Consumista: Resposta pessoal
7. Você já conhece a diferença entre consumista e consumidor. Observe a imagem em

que o Sr. Joaquim está fazendo compras e complete as frases abaixo.
a. Sr. Joaquim pratica atitudes de consumidor quando...
Sugestão de resposta: compra o que realmente é necessário para o seu consumo.
b. Sr. Joaquim pratica atitudes de consumista quando...
Sugestão de resposta: compra produtos desnecessários, sem consciência.
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Professor, leve para a sala o texto “Pedro com- consumidor é a mesma coisa?”. Depois desse le-
pra tudo”, de Maria de Lourdes Coelho. Distribua vantamento, leve-os a refletir sobre atitudes que
cópias para os alunos, leia com eles os parágrafos devemos ter ao comprarmos produtos e marcas,
introdutórios e, em seguida, promova o levanta- aproveitar liquidações, pechinchar para se obter
mento de hipóteses em relação ao texto, como: descontos, adquirir apenas o que realmente usa-
“Por que o título do texto é Pedro compra tudo?”, remos, etc. Conclua o trabalho sugerindo a produ-
“O que pode influenciá-lo?”, “Será que é neces- ção de um texto coletivo sobre os questionamen-
sário comprar tudo?”, “Será que consumismo e tos que surgirem durante o debate.
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Uma proposta
Aprenda a se divertir sem ser consumista.
Muitas vezes, somos influenciados pelas propagandas e achamos que temos
de adquirir determinado produto, como carro, roupa, brinquedos...
Que tal pesquisar uma brincadeira antiga, registrar como se brinca e, em
25
seguida, brincar com seus colegas? Mãos à obra e descubra que você também
pode se divertir de outras formas.
Para refletir:
• Todo consumidor tem direito de trocar uma mercadoria que, ao abrir, veio
estragada ou defeituosa.
• O consumidor também tem o direito de ser bem atendido.
• É direito do consumidor comprar o produto com a validade visível e saber
as substâncias que o compõem.
Para consumir, é preciso:

• Verificar se a compra é necessária.
• Conferir se o produto que está sendo adquirido é de boa qualidade.
• Comparar e analisar um preço justo.
• Observar se existem explicações sobre o produto.
Todas as pessoas consomem para viver. Alimentos, vestuário, energia, etc.

são alguns exemplos de produtos consumidos pela nossa sociedade.
Todos os cidadãos têm direito a serviços públicos, como: luz, água, trans-
portes, saúde, educação, etc. Consumimos esses serviços, porque pagamos
impostos.
Será que consumimos, apenas, o necessário para viver?
Shutterstock.com/Monkey Business Images
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Professor, simule, com a sua turma, uma com- gem vão de acordo com o material disponível. As
pra em um supermercado. Na própria sala ou próprias crianças podem fazer produtos “fantasia”
em uma sala de apoio, faça as estantes com os com reciclagem de PETs e caixas. Mostrar o que
produtos, variando entre os completamente ne- realmente é essencial é o mote desta unidade e
cessários e os parcialmente necessários ou até, desse tema especificamente.
desnecessários no momento. As ideias de monta-
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A SOLIDARIEDADE
26 E O DIÁLOGO
Para começar
O que é necessário para haver um diálogo? Talvez você diga que apenas duas pes-
soas já bastam. Mas o diálogo só acontece quando ambas as partes desejam que ele
aconteça. Pode ser entre duas pessoas ou entre grupos.
Na realidade, o diálogo estabelece a troca de saberes, pois alguém sempre tem algo
a nos ensinar e nós também. Todos sempre aprendemos e ensinamos, essa é a verdade.
O respeito é o primeiro valor necessário para uma sociedade existir e sobreviver. Em
seguida, vem a justiça. Esses dois valores vão trazendo outros, pois, se eu respeito e
sou respeitado, isto significa que há justiça; se há falas e há escutas, isto significa que
há diálogo. A solidariedade, que já vimos em outros textos, é quando nos colocamos
exatamente no lugar do outro, sentimos a dor do outro e somos justos, respeitosos, co-
laboradores, amigos, verdadeiros... então esse valor precioso para a comunicação entre
os seres envolve toda a questão do bom relacionamento.
A cidadania “chama” a solidariedade e o diálogo. Quando países, representados por
líderes religiosos, reúnem-se e dialogam, podemos ter a mais absoluta certeza de que
houve respeito ao sagrado de cada um. Houve escuta, houve fala e consequentemente,
o acordo, possível motivo do encontro.
Em qualquer que seja a circunstância, até mes-
Shutterstock.com/Apples Eyes Studio

mo em conflitos que resultam em guerra, a paz
só acontece quando se estabelece o diálogo;
e certamente porque abriu-se espaço para o
respeito.
O diálogo e a solidariedade são valores
éticos que compõem a possibilidade da har-
monia e também da paz, dos acordos, dos
acertos...
Então, cidadãos, vamos dialogar!
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Depois de formarem os conceitos sobre as de um já existente em sala de aula) com os alunos,
práticas que levam ao fortalecimento do compor- tendo o comportamento solidário como eixo prin-
tamento solidário entre as pessoas, será a hora cipal. Exponha o contrato na sala e, após um pe-
perfeita para exercitar a teoria. Por isso, realize ati- ríodo, analise, com os alunos, se o comportamen-
vidades e projetos que promovam o exercício des- to e a relação entre os alunos melhorou dentro dos
se valor tão importante. Uma boa ideia é realizar preceitos estabelecidos no documento.
um contrato de convivência (ou ampliar o escopo
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Para fazer
27
1. Leia os exemplos abaixo e, em seguida, escreva como você resolveria cada situação
de forma pacífica. Resposta pessoal
a. Quando um amigo briga comigo, eu...
b. Quando uma pessoa está falando, eu...
c. Quando minha brincadeira não foi aceita pelo grupo, eu...
2. Estamos sempre dialogando. É uma necessidade do ser humano. Escreva uma situa-
ção em que você tem muita dificuldade de dialogar. E outra situação em que você
dialoga com muita facilidade. Resposta pessoal
a.
b.
3. Complete a cruzadinha com as palavras relacionadas à solidariedade que estão no

retângulo abaixo.
S
C O L A B O R A Ç Ã O
atenção − dedicação L
compreensão − ajuda
C O N F I A N Ç A
amizade − confiança
D
colaboração − respeito
A J U D A
R E S P E I T O
I
A T E N Ç Ã O
D E D I C A Ç Ã O
A M I Z A D E
D
C O M P R E E N S Ã O
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Uma atividade interessante é montar um proje- É importante que os alunos percebam a exis-
to de boa convivência para ser trabalhado na es- tência dos conteúdos trabalhados em sala de aula
cola. Converse com os outros professores e com para além desse espaço, estabelecendo relações
a direção da escola para que todos se envolvam importantes entre a teoria vista no livro didático
na realização dessa atividade. Monte exposições (nas aulas) e a realidade concreta.
com seus alunos, realize palestras, chame a co-
munidade.
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4. Observe a imagem e crie um pequeno texto sobre a cena, um texto que envolva a
solidariedade.
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Shutterstock.com/Diego Cervo
Resposta pessoal
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Dinâmica: O valor da amizade
Material: Providencia-se para cada aluno uma lembrança ou um bastão.
Primeiro passo: Os alunos devem formar um círculo e, em seguida, receber um bastão (uma lem-
brança) ou uma vela, enfim, um símbolo do encontro.
Segundo passo: Um de cada vez passa o bastão ao outro. Por exemplo: Maurício passa o bastão
a Fabiana dizendo algumas palavras sobre a amizade; Fabiana o recebe de Maurício e oferta o dela ao
amigo do lado. O processo se sucede, até voltar ao Maurício, que foi o primeiro.
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OS VALORES
ÉTICOS
29
Para começar
Já sabemos que toda comunida-
de precisa de regras para que haja
ordem e justiça.
São os valores éticos que vão
guiar as atitudes dos cidadãos. É
como se fossem uma bússola apon-
tando o caminho certo. Mas não po-
demos esquecer que existe o livre ar-
bítrio e a liberdade vai fazer com que
a pessoa faça suas escolhas.
Vivemos tempos de violência e
muitas informações e mudanças de
conceitos. A humanidade está pro-
curando uma nova identidade. Mas a
essência não pode ser perdida. E é exatamente o comportamento ético e moral que vai
levar o homem para que ele mesmo não destrua a sociedade que construiu ao longo
dos séculos.
Quando falamos, por exemplo, de justiça, entendemos que não podemos julgar as
pessoas, não é nossa missão. Temos que fazer a nossa parte e esperar que o seme-
lhante também faça. Este é o significado de cidadão planetário, isto é, fazer a sua parte
consciente da necessidade de contribuir para o planeta.
Quando falamos anteriormente sobre o respeito, vimos o quanto está ligado à justiça
e à solidariedade. Quando respeito meu colega de sala de aula, se ele erra, eu espero
uma oportunidade para “dialogar”, falo para que ele entenda o quanto o respeito como
meu semelhante. A justiça, em primeiro lugar, acontece dentro de nós como uma refle-
xão de nossas atitudes. Jamais deve ser olhando primeiro o erro do outro e julgando-o.
Temos sempre que pensar que não vivemos a vida de outra pessoa para saber o que
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Peça às crianças que façam, junto com os familiares, uma lista de valores e
contravalores que estão presentes no mundo de hoje.
VALORES CONTRAVALORES
Honestidade Desonestidade
Em outro momento, peça para os alunos lerem suas respostas para o grande
grupo. Conclua o trabalho, pedindo aos alunos que criem uma tirinha sobre situa-
ções do dia a dia abordando os valores ou contravalores. Exponha os trabalhos.
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se passa dentro dela. Caso a pessoa tenha cometido algum tipo de ação que afeta o
bem-estar de outra pessoa ou da sociedade, são os órgãos do governo, os tribunais, a
30
polícia que tomarão as providências legais.
Quando agimos sem ser no diálogo, mas apontando o erro da pessoa diante da co-
munidade, isto é ser antiético.
Estamos vivendo coisas novas e numa velocidade muito grande. Porém, é a essência
do ser que, conduzida pela ética, orienta-nos. Os valores do respeito, da liberdade, da
justiça e da responsabilidade devem continuar governando nossas atitudes.
A ética nos ajuda a compreender que não temos direito algum sobre a vida da outra
pessoa, a não ser que sejamos responsáveis por ela.
No nosso dia a dia na escola, por exemplo, não podemos faltar com respeito ao pro-
fessor, um profissional que trabalha conosco desde que entramos no ambiente escolar,
assim como nossos amigos e todos os que convivem conosco. É dessa forma que de-
vemos agir cuidadosa e responsavelmente. Assim, seguimos rumo ao futuro cuidando
do nosso presente.
Não importa a etnia, a religião, a aparência física, a limitação ou a condição social. É a
atitude ética diante do que acontece, buscando as melhores escolhas, que vale. Vamos
estabelecendo a paz por meio do diálogo, compreendendo que estamos numa única
sociedade, a planetária.
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Oriente a sua turma para a realização de uma entrevista entre os próprios
alunos sobre um tema atual em que eles terão a oportunidade de, em duplas,
exercitar a fala e a escuta. Estabeleça uma sequência de entrevistas, de modo
que cada dupla terá a sua vez de representar a entrevista. No final, pergunte à
turma como foi a experiência de ouvir e ser ouvido.
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Para fazer
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1. Os valores da cidadania e da ética vistos no texto anterior e em tantos outros preci-
sam ser colocados em prática para o bem comum! Nos quadros abaixo, há duas ima-
gens para que você observe e crie a moral da história. O que aprendemos analisando
essas imagens?
Resposta pessoal
2. Como você se sente quando alguém não o(a) respeita? Por quê?
Resposta pessoal
3. De qual forma você pode contribuir para que não falte respeito entre você e seus
amigos?
Resposta pessoal
4. Como você agiria diante de um colega que tem atitudes desrespeitosas e antiéticas
com você e com os outros?
Resposta pessoal
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Oriente os alunos a trabalharem em grupo. Este é o principal ensinamento
deste capítulo: nada se faz sozinho e as atividades sugeridas refletem isso,
além do amor, do respeito, da solidariedade, justiça e ética, necessários para
se realizar qualquer coisa. Proponha que cada grupo escolha um dos temas e
motive-os a criar panfletos e cartazes em que exponham suas ideias. Exponha
nos corredores da escola para que todos possam apreciar os trabalhos.
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5. Por que o símbolo da justiça é uma mulher com olhos vendados? E por que ela segu-
ra uma balança? Pesquise e responda.
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Shutterstock.com/Alexander Kirch
Resposta pessoal
Para refletir
Leia o texto abaixo.
O tamanduá e o rato
Certo dia, um rato passeava pelo bosque. Ele
ia contente e tranquilo, de repente, encontrou
um tamanduá, que ria descaradamente dele.
− Por que ri de mim? − Perguntou o rato, bas-
tante chateado.
− Mas você já se olhou alguma vez no espe-
lho? Como pode andar passeando por aí, tão pe-
queno e insignificante? Alguém pode pisar em
você. Ah! Ah! Ah!
O rato afastou-se, sentindo-se muito humilha-
do. Alguns dias mais tarde, enquanto o rato pas-
seava pelo bosque, ouviu gritos desesperados.
Era o tamanduá que estava sendo perseguido
por um elefante enfurecido.
O rato lembrou-se de que os animais de sua
espécie causavam grande pavor aos elefantes.
Sem hesitar, saiu no encalço do elefante e fez-
-lhe frente, num gesto audacioso.
− Só se atreve com animais indefesos, não é?
Por que é que não se mete comigo, elefante? −
Gritou o rato.
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Professor, distribua folhas de papel sulfite em todo o desenho deve ser realizado sem tirar a ca-
branco e canetas para os alunos. Oriente-os que neta do papel. Em seguida, peça que todos mos-
todos devem desenhar sem tirar a ponta da ca- trem seu desenho e ressalte que não há nenhum
neta do papel. Inicialmente, peça-lhes para que desenho igual ao outro, portanto, todos percebam
desenhem um rosto com olhos, nariz e uma boca a mesma situação entre as pessoas.
cheia de dentes. Continue o desenho fazendo o Promova um momento de reflexão enfatizando
pescoço, o tronco e os membros. Lembrando que que todos tem seu ponto de vista e devemos res-
peitá-los.
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33
O elefante, aterrorizado, enfiou suas patas dianteiras no solo, travando em seco. Deu
meia-volta e afastou-se com toda pressa. Não era capaz de suportar a presença do rato.
O tamanduá, já salvo da perseguição do elefante, ficou envergonhado, pois tinha me-
nosprezado o rato. Nunca mais voltaria a fazê-lo. Agora, tinha que lhe pedir desculpas.
− Aceite as minhas desculpas, ratinho. Sou um ingrato pedante − disse-lhe.
− Esqueça isso, amigo. Vejo que você compreendeu que todos os animais do bosque
merecem o mesmo respeito, replicou o rato.
Desde então, tornaram-se bons amigos.
NUNO, Fernando; SALERMO, Silvana. Uma Fábula para cada Dia. Blumenau: Todolivro, 2016. (Adaptado para
fins didáticos.)
Agora, reflita sobre o texto lido.

• É importante entender que precisamos de ajuda? Por quê?
• Não conhecemos o futuro. Hoje podemos ajudar, amanhã poderemos precisar de
ajuda! Já pensou nisso?
• Quantas vezes agimos como o tamanduá?
• Mas será que, quando somos humilhados, agimos como o rato?
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Sugestão de leitura
Professor, indique para os alunos a leitura do livro Respeito é bom e faz
bem, de Jenny O’Neal. Esse livro aborda temas interessantes, como virtudes
ensinadas ou adquiridas, o respeito ao outro, amor, a bondade, etc. Se possí-
vel, realize a leitura com eles e peça que ilustrem como eles queriam que fosse
o mundo ideal, com o ser humano praticando o respeito.
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FUNDAMENTAÇÃO
O MUNDO COM QUE SONHAMOS
Objetivos: Material:
• Despertar o interesse dos participantes por • Cópia do texto: Minha pátria, meu Sonho.
conhecer a realidade política, social, econô- • Caneta, papel, régua, borracha e lápis preto
mica e cultural do país e do mundo, desen- para desenhar.
volvendo a capacidade de observação e o • Revistas e jornais atuais para a realização de
espírito crítico para a interpretação de notí- leituras.
cias e charges dos jornais. • Selecionar e digitalizar charges para análise.
• Compreender que somos do tamanho de
nossos sonhos.
• Refletir sobre a conscientização dos proble-
mas sociais mais graves que enfrentamos
para que possamos mudar nossa postura
diante deles.
Shutterstock.com/Monkey_Business_Images
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1o Momento: Reflexão cantos e recantos naturais. Aflitos, meditam sobre
a. Distribua o texto: Minha Pátria, meu Sonho. esses primores que não encontram em outro lugar,
b. Em seguida, peça aos alunos que leiam e re- e mesmo assim veem acabar, na falta de uma mãe
flitam sobre o texto. gentil, outra bandeira parece ser mais estrelada;
c. Durante a leitura do texto, peça que os parti- outro Sol, mais luminoso.
cipantes identifiquem as principais questões Minha pátria tem palmeiras, tem crimes, tem flo-
que nos impedem de realizar nosso sonho. res. Tem sofrimento, miséria e amores. Pergunto-
d. Em contrapartida, peça que os participantes -me onde está o impávido colosso, que prostrado
apresentem a ideia que o autor faz do mundo eternamente em berço esplêndido vê o rio Ipiran-
atual através de seu sonho. ga morrer antes de chegar ao mar.
e. Pergunte aos alunos: “Qual é a relação que Oh! Pátria minha, mãe de todas as cores, sob
você percebe entre o texto e a realidade do o céu azul anil convivem etnias e culturas diver-
mundo atual?” sificadas. Quanto sofre a pátria minha ao ver es-
f. Lance o questionamento: “O autor fala da ses seus filhos varonis menos viris, tombados pela
esperança dele. E você, qual é a sua espe- fome e abandono.
s
rança, o seu sonho diante do nosso país e Esperança sim, devemos tê-la em nosso peito
mundo?”. forte que se abala ao perceber que o hoje é o fu-
turo do passado, que o instante presente é o pri-
Minha Pátria, meu Sonho meiro dia de um futuro a construir. Abandonar os
Minha pátria é o Brasil, terra cheia de belezas e erros do passado, valorizar os homens e mulheres
encantos mil. Terra natal da esperança, do sonho que vivem nesta terra, acreditando que o amanhã
intenso, do céu formoso, risonho e límpido. se aproxima e que o futuro começa agora, eis o
Quem me dera ver essa pátria livre da pobreza, primeiro passo para que o Sol da liberdade brilhe
ouvir o canto dos sabiás e não o estampido das no céu e nossa pátria neste instante.
armas ou o choro de crianças desnutridas. Nes- Mas é assim, a pátria minha. Que eu venero e
sa minha pátria, alguns nascem inevitavelmente me orgulho de pintar na cara suas cores. Porque
por falta de cautela dos pais, crescem precaria- apesar de tudo, em nossa terra ainda há flores
mente por falta de condições, roubam diariamente que não encontramos em lugar nenhum. E quem
por falta de ética, matam friamente impelidos pela sabe um dia os filhos teus, Brasil, não fujam à
miséria, morrem desesperadamente no descaso luta, nem temam a própria morte. E assim pode-
pela vida. remos tê-lo como nossa Pátria amada, idolatrada,
Brasil, terra adorada, que tem filhos que fogem salve, salve, Brasil.
à luta. Filhos, estes, que se orgulham de seus en-
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2o Momento: Análise de Charge acontece no país e no mundo como uma for-
a. Utilizando o computador como ferramenta ma de compreender o melhor possível a reali-
facilitadora, o trabalho propõe a observação dade em que vivemos e tentar superá-la com
e a interpretação de charges inspiradas ou a construção de um mundo que sonhamos.
produzidas sobre a realidade do mundo atual. h. Identificar com os participantes os principais
b. O educador reúne charges relativas a dife- veículos de transmissão de informações da
rentes períodos da história mundial atual. atualidade como o jornal, revistas, a TV e,
c. As charges devem ser digitalizadas e inseri- mais recentemente, a Internet. Questionar
das como figura em um documento do Word sobre a neutralidade das informações divul-
ou outro programa. Em seguida, o educador gadas, lembrando que precisamos ser críti-
deve numerar as diferentes charges e colo- cos para perceber o que está por trás dos
car uma legenda contendo o nome do autor, fatos retratados nas charges tão comuns em
a fonte e a data em que foi publicada. revistas e jornais. Quais são os valores im-
d. Se no local da dinâmica houver acesso à plícitos nas mensagens das charges? A que
Internet, o educador poderá utilizá-la para, tipo de interesse uma determinada charge
junto com os participantes, ter acesso a jor- serve?
nais e revistas que apresentam charges inte- i. No ambiente onde será realizada a dinâmica,
ressantes sobre a atualidade ou visitar sites pedir para que os participantes se organizem
dos próprios chargistas — www.chargeonli- em grupos conforme o número de computa-
ne.com.br. As principais charges dos jornais dores disponível.
brasileiros são publicadas diariamente nesta j. A partir das sequências de charges disponibi-
página, além de ter inúmeros endereços de lizadas no documento do Word, previamente
chargistas. preparado pelo educador e/ou na Internet, os
e. Se não for possível, providencie um compu- participantes devem ser incentivados a ob-
tador conectado a um datashow para que to- servar atentamente as charges, identificando
dos possam acompanhar as orientações. a mensagem que estas procuram passar e
f. Caso o local não esteja equipado com o nú- relacionando-as com o contexto histórico no
mero de computadores suficientes, a dinâmi- qual foram produzidas. Para isso podem se
ca não fica inviabilizada. O educador prepara utilizar outros recursos auxiliares, como livros
um roteiro com cópias para que os partici- de História do Brasil, livros de Filosofia e de
pantes possam ter uma visão completa da Ética, assim como jornais atuais.
dinâmica. k. Em seguida, o educador propõe que os par-
g. O educador inicia uma discussão sobre a ticipantes façam anotações individuais sobre
importância de se estar atento a tudo o que o que observaram e registrem suas dúvidas.
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l. O educador propõe as seguintes questões: ca é neutra. A seleção do tema e a forma
“Que temas aparecem com frequência nas como ele é retratado pelo chargista, está in-
charges?” timamente ligada a sua visão de mundo. Por
“Qual a relação entre uma determinada sua vez, a compreensão dos fatos retratados
charge e o contexto histórico no qual foi pro- nas charges trazem em si os valores e a visão
duzida?” de mundo de cada um.
“Qual a opinião sobre o fato que o chargis- O educador deve propor que os partici-
ta transmite através do desenho? Esta opi- pantes reflitam sobre a realidade política e
nião é contra ou a favor do conjunto de ideias social em que vivem, procurando ser críticos
dominantes em nossa sociedade?” em relação à esta realidade.
“Quais valores a charge ou determinado
chargista quer transmitir?”
“Qual é o conceito de ética implícito na
charge?”
“A imagem que a charge transmite sobre o
mundo é negativa? Por quê?”
“O chargista retrata o mundo que temos
ou o mundo com que sonhamos construir?
Por quê?”
“Você concorda ou discorda da mensa-
gem transmitida pelo chargista? Na sua opi-
nião ela retrata a realidade? Justifique.”
m. Explorar a leitura que cada um faz da char-
ge. A leitura que cada um faz do mundo, da
Shutterstock.com/Kokhanchikov
seguinte forma:
• Partindo de uma determinada charge sele-
cionada, os participantes deverão expor para
o restante do grupo as suas observações.
• Este momento da dinâmica é de grande im-
portância, pois é possível que surjam diferen-
tes interpretações sobre uma mesma charge.
• O educador propõe que os participantes
pensem sobre o fato de que a informação,
seja ela escrita ou na forma de imagem, nun-
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3º Momento: Charge – Sonhar é preciso • O educador pode passar algumas técni-
a. Dividir os participantes em equipes para que, cas de construção do desenho, tais como:
em seguida, façam leituras de jornais e revis- o desenho deve ser feito com um espaço ra-
tas atuais e pesquisas na Internet para iden- zoável; é importante que todo desenho tenha
tificar os fatos e acontecimentos atuais. uma base, um chão, que delimite o espaço;
b. O educador deve pedir aos grupos que con- é recomendável tentar centralizar o desenho,
feccionem suas próprias charges, seguindo criando margens imaginárias ou riscando
as seguintes orientações: com o lápis, de maneira bem fraca. Pensar
• A charge é uma arte que resulta da soma- no espaço para escrita.
tória de humor e crítica que acontecem em c. A partir da leitura e das dicas, cada equipe
determinado tempo e espaço. O tema deve deverá confeccionar uma charge com o se-
ser relevante e atual. guinte tema: “O mundo com que sonhamos”.
• Segundo os grandes chargistas, na constru- d. Ao final de todas as etapas anteriores, o re-
ção de uma charge deve-se utilizar a menor sultado do trabalho poderá ser exposto e de-
quantidade de texto possível. Os participan- batido.
tes devem buscar frases curtas, exercitando e. Pode-se finalizar a exposição, defendendo,
sempre a sua capacidade de síntese. mais uma vez, a ideia de que o bom resulta-
• Na construção da charge, a linguagem deve do do trabalho vai estar intimamente ligado à
respeitar a língua padrão, porém, como se motivação e preparação do educador. Cabe
trata de uma construção artística de cunho a ele o desafio de problematizar as imagens,
humorístico, às vezes a linguagem coloquial tornando o tema interessante e investigativo
facilita a comunicação mais direta. Cabe ao aos participantes, criando novas e diferentes
participante decidir o que é melhor. possibilidades para o desenvolvimento da
• A charge a ser construída deve respeitar os criatividade, do senso crítico, da interação,
limites da ética. O participante deve focar no da construção do conhecimento e do sonho
conteúdo e na mensagem que deseja passar de um mundo melhor.
através do seu desenho. Os traços do dese-
nho podem ser caricaturados. Bate-Papo
• O educador deve incentivar os participan- Sonhar com um mundo melhor, cheio de opor-
tes que não possuem tanta facilidade para tunidades para todos é esperança, é desejo, é o
o desenho, lembrando que existem grandes que ainda resta aos mais pobres, é querer uma
chargistas que não são grandes desenhistas. realidade mais humana, uma vida mais digna, uma
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Shutterstock.com/Karramba Production
convivência civilizada. Sonhos são os nossos pro-

jetos e que sempre devem incluir a vida do outro e
o bem comum. Não podemos nos enganar achan-
do que a minha felicidade não depende da felici-
dade do outro, principalmente daqueles que são
excluídos da sociedade e que mais sofrem.
Sonharmos com um mundo novo, e que de-
vemos construir. E não há grandes mistérios na
concretização desse sonho. Queremos uma so-
ciedade onde não haja exploração, fome, miséria
e desrespeito pela vida. Onde a “teia da vida” seja
respeitada, sem privilégios para ninguém. Quere-
mos que todos sejam sujeitos e cooperem entre
si como corresponsáveis pela construção de um
mundo novo muito melhor.
Precisamos lutar pelo que queremos. E para
que possamos viver uma nova realidade, temos
que “arregaçar as mangas” e correr atrás dos nos-
sos sonhos.
SANTOS, José Osmando; RODRIGUES, Jader. Aprender

brincando: Dinâmicas, muitas dinâmicas. Petrópolis: Vozes.
2009. Adaptado para fins didáticos.
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Unidade
A unidade traz reflexões acerca de problemas ambientais como

aquecimento global, extinção dos animais e vegetais e a poluição e
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o desperdício de água. As crianças deverão ser introduzidas nessa

realidade dentro do que é próprio para a faixa etária, de modo a dar
continuidade à formação de consciências cidadãs.
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E EU COM ISSO?
• Você já ouviu falar do aquecimento global?
• Você acha que os seres humanos são responsáveis pela extinção
dos animais e vegetais? Por quê?
• Você acha que a água do planeta vai acabar algum dia? O que
podemos fazer para que esse dia não chegue tão depressa?
• Você já ouviu falar sobre a Amazônia e seus encantos?
• A Amazônia está sendo bem preservada?
• Há alguns predadores da Amazônia. Você conhece alguns?
• Para você, o que significa buscar a paz?
• Você se considera um amigo da paz? O que você faz para
que a paz aconteça no seu dia a dia?
Cuidando do meio ambiente

Objetivo: Os alunos deverão concluir que o cuidado com o meio am-
biente é fundamental para a sobrevivência dos seres vivos na Terra. É,
portanto, um dever sagrado para todos, principalmente para aqueles que
têm compromisso com o autor da vida.
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Experiência dos alunos sobre o tema: sondar seus conhecimentos
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sobre o meio ambiente. Utilizando perguntas e respostas, conduzir à

ideia de que meio ambiente é tudo o que nos cerca, o que nos envolve
por toda parte, com todas as formas de vida, influências e condições que
nos afetam: nossa casa, quintal, rua, escola, calçadas, praia, clube...
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O AQUECIMENTO
36 GLOBAL
Para começar
Este é um tema muito falado e importantíssimo para a vida na sociedade planetária.
Estamos vivendo momentos de preocupação e de busca de soluções para melhorar a
situação do aquecimento global.
O mais grave obstáculo é o próprio homem que continua agindo imprudente e irres-
ponsavelmente sem os cuidados discutidos e mostrados a respeito do aquecimento
global.
O aquecimento global é muito sério. Atinge o ser humano e a natureza inteira. Trata-
-se de um superaquecimento: as calotas polares estão derretendo em ritmo acelerado.
A poluição provocou uma forte camada de gases na atmosfera, aumentando o efeito
estufa.
O efeito estufa é um fenômeno causado pelas emissões de gases nocivos à atmosfe-
ra, que a alteram em sua composição, e consequentemente afeta alterando a tempera-
tura do planeta. Entre outras coisas, atribui-se a ele o fato de que a camada de ozônio,
(um filtro natural da atmosfera, que nos protege do contato direto com a luz do Sol) aos
poucos, seja desfeita.
Shutterstock.com/Alexander Kirch
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Leia o texto abaixo e reflita com os alunos. Questione a respeito da res-
ponsabilidade que o homem tem nesse problema ambiental e estimule-os a
pensar nas soluções possíveis para o mesmo.
“O aquecimento global poderá ser sanado quando, entre ou-

tras coisas, houver um crescimento global de mentalidade.”
Veríssimo Andrade
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O avanço do mar é uma outra consequência do aquecimento global, assim como os
incêndios e a quantidade de desertos.
37
O mundo inteiro está ciente sobre esse caos na natureza. Muitos países lutam para
diminuir e encontrar uma solução para, de fato, resolver. É por isso que o diálogo é tão
importante.
Os grandes empresários, donos de muitas fábricas que poluem o ar, devem buscar
soluções, assim como os donos de madeireiras, buscando o jeito certo de evitar o des-
matamento, que é outra catástrofe imposta à natureza.
É muita informação! Mas todas elas estão ligadas às atitudes cidadãs e, principalmente,
à compreensão de que estamos sob o mesmo “teto”. Tudo que acontece no mundo, de
um jeito ou de outro, atinge-nos, como já foi visto em textos anteriores.
O que nos falta é tomar consciência de nossa responsabilidade e, em seguida, agir
pelo bem comum.
Todo gesto em favor da natureza contribui para a sua conservação e ajuda a melhorar
a situação de grandes problemas, como tsunamis, tempestades de neve, falta de água,
extinção de animais e vegetais, furacões, chuvas e enchentes.
É difícil de acreditar que uma pequena ação de jogar, por exemplo, um palito de picolé
no chão cause um problema tão grave. Realmente um não causa, mas milhares, sim. Por
isso, a preservação do meio ambiente tem que ser uma ação conjunta. TODOS têm que
fazer sua parte.
Então, está disposto a ajudar nessa luta?
Shutterstock.com/bokan
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Professor, leve-os a perceber que, como diz o ditado, “uma andorinha só
não faz verão”. Isso significa que a atitude de uma pessoa talvez não repre-
sente muito, mas a soma de todas as atitudes faz a diferença. Dê, aos alunos,
exemplos mais concretos: se apenas um deles zelar pela sala de aula, fará
pouca diferença. Mas se todos colaborarem, a diferença será significativa.
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Para fazer
38
1. Observando a figura abaixo, faça a relação entre ela e o texto estudado nesta lição.
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Luciano Cosmo
2. Realize uma pesquisa e escreva o significado dos temas abaixo.
Aquecimento global
Resposta pessoal
Efeito estufa
Resposta pessoal
Sustentabilidade
Resposta pessoal
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Anotações
Este é o momento ideal para sintetizar o conhe-
cimento adquirido até aqui, acerca do mundo e
de nossas responsabilidades cidadãs. Ressalte a
questão do respeito em meio à globalização.
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3. Sabemos, através de pesquisas, o quanto o mundo está sendo ameaçado pelos
descuidos dos próprios humanos. Mas, como cidadãos, precisamos agir. O mundo
39
precisa de nossa ação ética e cidadã!
Diante das situações abaixo, busque soluções práticas ao seu alcance, ou seja, a sua
parte de cidadão planetário. Depois, apresente uma sugestão para as autoridades
governamentais ambientalistas.
Como colaborar: Resposta pessoal
Sugestão para as autoridades:
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Piyaset
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Jan Martin Will
Resposta pessoal
Shutterstock.com/GlebStock
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Dudarev Mikhail
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As atividades propostas visam a ampliar a compreensão do texto da lição.
Fique atento às respostas da turma para elucidar quaisquer dúvidas que vie-
rem à tona. A pesquisa proposta aponta temas que servirão de base para que
o aluno exponha o seu ponto de vista, despertando, assim, sua criticidade.
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Vamos cantar! Shutterstock.com/palasha
O mundo
40
Zeca Baleiro
O mundo é pequeno pra caramba! tem nego da Prússia!

Tem alemão, italiano, italiana, O mundo é uma esfiha de carne,
o mundo, filé à milanesa, tem nego da Zâmbia,
tem coreano, japonês, japonesa... tem nego do Zaire...
O mundo é uma salada russa! O mundo é azul lá de cima,

Tem nego da Pérsia, o mundo é vermelho na China!
tem nego da Prússia! O mundo tá muito gripado,
O mundo é uma esfiha de carne, açúcar é doce,
tem nego da Zâmbia, o sal é salgado...
tem nego do Zaire...
O mundo caquinho de vidro,
O mundo é azul lá de cima, tá cego do olho,
o mundo é vermelho na China! tá surdo do ouvido!
O mundo tá muito gripado, O mundo tá muito doente!
açúcar é doce, O homem que mata,
o sal é salgado... o homem que mente...
O mundo caquinho de vidro, Por que você me trata mal

tá cego do olho, se eu te trato bem?
tá surdo do ouvido! Por que você me faz o mal
O mundo tá muito doente! se eu só te faço bem?(2x)
O homem que mata,
Todos somos filhos de Deus!
o homem que mente...
Todos somos filhos de Deus!
Por que você me trata mal Só não falamos
se eu te trato bem? as mesmas línguas...(4x)
Por que você me faz o mal
Everybody filhos de God!
se eu só te faço bem?(2x)
Everybody filhos de God!
O mundo é pequeno pra caramba! Só não falamos
Tem alemão, italiano, italiana, as mesmas línguas...
o mundo, filé à milanesa,
Everybody filhos de Gandhi!
tem coreano, japonês, japonesa...
Everybody filhos de Gandhi!
O mundo é uma salada russa! Só não falamos
Tem nego da Pérsia, as mesmas línguas...
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Avalie o aprendizado de seus alunos. Perceba as soluções apresentadas
por eles como atitudes cidadãs e reforce a ideia de não jogar lixo pela rua ou
em terrenos baldios, nem deixá-lo espalhado pelo quintal, manter em ordem e
limpos os ambientes que frequentamos.
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A EXTINÇÃO DOS
ANIMAIS E VEGETAIS
41
Para começar
Um problema grave que enfrentamos e que
Shutterstock.com/Greg Peterson
também está ligado ao aquecimento global é a
extinção da fauna e da flora. Mas o maior causa-
dor do desaparecimento de animais e vegetais é
o próprio homem.
O que será que acontece com o ser humano,
que não toma consciência dessa destruição da
natureza no mundo inteiro? Nós dependemos
dela! Dependemos dos animais e dos vegetais.
Direta ou indiretamente, cada ser contribui para
o equilíbrio e continuidade da vida no território
Shutterstock.com/Carlos Caetano
mundial!
Fizemos uma atividade em outro texto sobre o
que podemos fazer para minimizar os problemas
do aquecimento global. Se pensarmos individual-
mente, entenderemos que não há nada a fazer.
Mas se compreendermos a grande lição da na-
tureza, de que cada um precisa fazer a sua par-
te, certamente encontraremos uma maneira, por
mais simples que seja, de colaborar.
A natureza ensina-nos que todos os seres são
muito importantes para que a harmonia da vida
seja constante. Exatamente como uma corrente,
cada um é um elo. Mas se os elos são quebra-
dos ou retirados, fica complicado para emendar
o que sobrou.
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Anotações
Realize uma reflexão sobre a mensagem do tex-
to abaixo.
Quando a última árvore tiver caído,

quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado
finalmente, vocês vão entender que:
“Dinheiro não se come”.
Greenpeace
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Quando há um desmatamento sem os devidos cuidados ambientais, todos os mora-
dores das árvores estarão desabrigados e correm risco de morte. Pois os filhotes não
42
conseguem fugir nem esconder-se, não sabem ainda buscar seu alimento, nem se de-
fender. E os adultos que não puderem levar seus filhotes fogem para se preservarem. Há
ainda, no meio desse caos, os homens que caçam os animais dessas árvores para se
divertirem ou para comercializar.
Este é só um exemplo, entre muitos fatos parecidos, sobre a crueldade humana e,
principalmente, total desprezo ao meio ambiente e à consciência cidadã planetária.
Ação cidadã
Mas nem tudo está perdido! Muitos seres humanos agem de forma cidadã com a
consciência planetária.
São profissionais de diversas áreas que se unem e resgatam esses animais que foram
capturados para serem comercializados e outros encontrados perdidos, principalmente
filhotes sem suas famílias. São ONGs e instituições do governo que têm a licença de
cuidar desses bichos.
Os animais recebem tratamento dos veterinários, alimentação e são conduzidos,
quando estão mais fortalecidos, a praticarem exercícios. E então, dependendo da gravi-
dade em que foram encontrados, são devolvidos ao seu hábitat natural.
Este é um trabalho lindo e totalmente voltado para o planeta. Cada espécie recupera-
da vai se reproduzir e se encaixar no ciclo da natureza.
Por isso, existem pessoas que colaboram com doações de medicamentos, material
para higiene e alimentos. Outros colaboram financeiramente. Outros, ainda, oferecem
seus serviços profissionais.
Shutterstock.com/paintings Shutterstock.com/nattanan726
42 Cidadania Moral e Ética I 5 ano

o
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Sugira que os alunos façam uma pesquisa em sua cidade objetivando sa-
ber da existência ou não de ONGs e instituições que exercem a consciência
planetária cuidando de animais. Se existir, peça que registrem, através de fo-
tos, esse trabalho cidadão. Em seguida, façam a exposição das fotos no mural
da escola.
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Para fazer
1. Você conhecia esse trabalho de resgate? Acha importante? Por quê?
Resposta pessoal 43
2. Escreva, nas placas abaixo, qual é a responsabilidade do cidadão planetário no que
diz respeito à extinção dos animais e das plantas. Resposta pessoal
3. É por causa da interferência humana na natureza que os ambientalistas estão muito

preocupados. Resposta pessoal
As espécies estão em perigo de extinção!
Escreva, nos quadrinhos abaixo, quais as causas que levam ao fenômeno da extinção.
Tráfico da fauna e da flora.
Poluição da água, do solo e da atmosfera.
Caça e pesca sem critérios.
Mudanças climáticas e aquecimento global.
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Peça para os alunos pesquisarem em casa nomes de animais que estão
ameaçados de extinção no Brasil. Confeccione um cartaz com esses nomes
e deixe-o exposto na sala de aula. Com a ajuda da turma, organize-o dividindo
em grupos, por exemplo, aves, mamíferos, etc.
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4. Leia o texto abaixo e sublinhe as atitudes que podemos ter para evitar danos à natureza.
44
Aquecimento Global
O fenômeno do aquecimento global co-
loca em risco o futuro da vida na Terra. Por
Shutterstock.com/Versta
isso, mudar, todo mundo pode e deve aju-
dar a preservar a natureza e a proteger o
planeta.
Que tal pedir a seus pais que utilizem
menos o carro? Quanto mais pessoas ado-
tarem essa ideia, mais diminuirá a quanti-
dade de gases poluentes liberados no ar.
Não desperdice papel. Para a produção
de cada mil quilos dele, cerca de cinquen-
ta árvores são derrubadas. Também não
jogue lixo nas ruas ou na natureza.
Poupe energia: evite deixar aparelhos
ligados à toa. Por exemplo, esquecer o ce-
lular carregando durante a noite toda não
está com nada!
Disponível em: http://recreionline.abril.com.br/club/
blog/422272_post.shtml. Acesso em: 03/06/2017.
5. O aquecimento global e seus efeitos danosos à natureza têm sido causa de intermi-
náveis reuniões internacionais à procura de soluções. Marque um X nas principais
causas do aquecimento global.
Reflorestamento.
X Desmatamento.
Escassez de água.
Derretimento das calotas polares.
X Emissão de gases poluentes.
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Comente que cuidar do meio ambiente implica respeito e consideração por
aqueles que virão depois de nós, mesmo que não os conheçamos. Comente
também que o verde das árvores e das plantas é belo, sim, mas sua importân-
cia vai muito além da beleza. É do carinho e cuidado com o meio ambiente que
depende a manutenção das condições favoráveis à vida em nosso planeta.
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Vamos pesquisar!
6. Pesquise sobre os animais abaixo e depois faça comentários resumidos sobre eles.
45
Procure também nome de plantas em extinção ou já extintas e anote-os para uma
atividade depois dessa pesquisa. Depois ilustre um dos animais pesquisados.
Animais já extintos no Brasil:

Resposta pessoal
Animais em perigo de extinção no Brasil:
Animais extintos no mundo (cite dois):
Animais em perigo de extinção no

planeta (cite apenas dez):
Depois de toda essa pesquisa, escreva um resumo sobre o que você pensa dessa
situação da fauna mundial.
Resposta pessoal
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Os alunos deverão pesquisar, mais profundamente, sobre um dos animais
que estão na relação de “Animais em perigo de extinção” (curiosidades, ima-
gens etc.). Os mesmos devem estudá-los e apresentá-los aos colegas (cada
colega deverá escolher apenas um nome de um animal em extinção). A ativi-
dade poderá ser realizada também em duplas ou grupos.
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7. Leia o texto a seguir.
46
O tráfico ilegal dos animais é uma das formas mais cruéis de prejudicar a natu-
reza e de provocar a sua extinção. Uma das soluções seria conscientizar os com-
pradores e não os vendedores. As espécies são vendidas por preços muito altos
dependendo da raridade. Por isso, os vendedores continuam sua caça, mesmo
correndo o risco de serem presos. Mas, se quem compra entendesse o mal que faz
ao próprio planeta, evitaria esse tráfico.
Das atividades ilegais no planeta, depois das drogas e das armas, o comércio
ilegal de animais é o maior, porque é muito lucrativo!
Em relação aos vegetais, os botânicos (que são os estudiosos das plantas) aler-
tam para a grande possibilidade de a metade das plantas do nosso planeta es-
tarem em processo de extinção. O que faremos sem as plantas? Como vamos
respirar? As queimadas, os desmatamentos e as catástrofes climáticas que conhe-
cemos são causadores da extinção das plantas. Mas ainda há um tipo de extinção
pouco falada que já é causa de preocupação para os ambientalistas e estudiosos:
estamos acabando com os minérios da Terra. Há muita preocupação com os seres
vivos, mas a falta de minerais pode trazer uma grave crise ao planeta. Muitos mi-
nerais são utilizados na fabricação de pilhas, placas eletrônicas, microchips, fios e
cabos, baterias, celulares, etc.
Esse “novo” problema precisa ser tratado com ética e devemos partir logo para
uma solução. Uma delas seria consumir menos e aprender a sintetizar a matéria.
Extinção é um grave problema. Só a visão de cidadão planetário poderá ajudar as
pessoas a se unirem e buscarem soluções. A luta pela conservação do ambiente,
certamente, evita a extinção de animais e vegetais.
Equipe pedagógica
Observe esta árvore sem folhas. Foi o

que sobrou dela depois do desmata-
mento. Faça folhas para que ela fique
com uma copa novamente. Em cada
folha, escreva um nome de espécie de
planta que está extinta ou em perigo
de extinção.
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Organize com os alunos uma produção de texto coletivo com base nas
pesquisas realizadas. Exponham suas conclusões e apontem soluções para o
problema. Isso contribuirá para o desenvolvimento da consciência cidadã de
seus alunos que deverão copiar esse texto no caderno.
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8. Para toda atividade que envolve animais, existem regras cidadãs que devem ser cum-
pridas. Isto vale para pesca e caça, para empresas que vão utilizar madeira vale para
47
locais que têm árvores e consequentemente são abrigo de aves. Vale para quem vai
a um zoológico, vale para visitas a parques e jardins botânicos.
São comportamentos importantes. Escreva, ao lado das imagens, qual a regra de
cidadania planetária que você criaria para que não houvesse perigo de extinção para
as espécies vegetais e animais.
Shutterstock.com/Dudarev Mikhail
Shutterstock.com/Sinelev
Resposta pessoal
Shutterstock.com/wk1003mike
Shutterstock.com/PhuuchaayHYBRID Shutterstock.com/CCat82
Shutterstock.com/Saurav022
9. Em que lugar ou lugares você pregaria estes dois cartazes?
Você come plástico? Eles também não.

Shutterstock.com/Rich Carey
Pássaro na
gaiola não Shutterstock.com/pio3
canta...
LAMENTA
Resposta pessoal
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As atividades seguem no mesmo pensamento de focar a ética através de
atitudes. A criação de regras por parte de cada aluno impulsiona-os em dire-
ção ao cumprimento de seus deveres, bem como pode gerar a mobilização da
turma em desenvolver uma campanha na escola, despertando a comunidade
estudantil para a preservação da fauna e da flora.
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10. Leia a canção e discuta com seus colegas.
48
As Baleias
Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Não é possível que você suporte a barra

de olhar nos olhos do que morre em suas mãos.
E ver no mar se debater o sofrimento,
e até sentir-se um vencedor nesse momento!
Não é possível que no fundo do seu peito

seu coração não tenha lágrimas guardadas,
pra derramar sobre o vermelho derramado
no azul das águas que você deixou manchadas.
Seus netos vão te perguntar em poucos anos

pelas baleias que cruzavam oceanos.
Que eles viram em velhos livros Como é possível que você tenha coragem
ou nos filmes dos arquivos de não deixar nascer a vida que se faz?
dos programas vespertinos de televisão. Em outra vida que sem ter lugar seguro
te pede a chance de existência no futuro!
O gosto amargo do silêncio em sua boca
vai te levar de volta ao mar e a fúria louca, Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
de uma cauda exposta aos ventos, vai te fazer um verdadeiro vencedor!
em seus últimos momentos, Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos,
relembrada num troféu em forma de arpão. numa canção que fala muito mais de amor.
Não é possível que você suporte a barra!
Shutterstock.com/SasinTipchai
Escreva, em seu caderno, sobre a irresponsa-

bilidade do ser humano com o meio ambien-
te e os seres vivos. Quais as consequências
disso no futuro? Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 48 25/07/17 18:02
Oriente os seus alunos para a produção de uma paródia que trate da extin-
ção dos animais. Essa atividade pode ser feita em pequenos grupos e apre-
sentada para os colegas, promovendo, assim, a socialização de conhecimen-
tos. Fique atento às ideias expostas para elucidar possíveis equívocos.
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A ÁGUA
49
Para começar
Planeta Água
Guilherme Arantes
Água que nasce na fonte serena do mundo

e que abre um profundo grotão.
Água que o Sol evapora
Água que faz inocente riacho
pro céu vai embora
e deságua na corrente do ribeirão.
que você tenha coragem virar nuvens de algodão.
cer a vida que se faz? Águas escuras dos rios
Gotas de água da chuva
que levam a fertilidade ao sertão.
e sem ter lugar seguro alegre arco-íris sobre a plantação.
Águas que banham aldeias
de existência no futuro! Gotas de água da chuva
e matam a sede da população.
tão tristes são lágrimas na inundação.
e procurar seus sentimentos
Águas que caem das pedras
dadeiro vencedor! Águas que movem moinhos
no véu das cascatas, ronco de trovão.
ouvir a voz dos ventos, são as mesmas águas que encharcam o chão.
E depois dormem tranquilas
fala muito mais de amor. E sempre voltam humildes
no leito dos lagos,
pro fundo da terra,
e você suporte a barra! no leito dos lagos.
pro fundo da terra.
Água dos igarapés
Terra! Planeta Água.
onde Iara, a mãe d’água,
é misteriosa canção.
[...]
Shutterstock.com/NuntekulPhotography
CMeE_5A_2017.indd 49 25/07/17 18:02
A música de Guilherme Arantes oferece espaço para a inovação através de
apresentações multimídias, explore-o. Promova a interpretação do texto refle-
tindo a respeito da importância da água. Nesse momento, é importante ouvir
as opiniões dos alunos, relacionando-as ao nosso dia a dia.
ME_CMeE_5A_2017.indd 57 01/08/17 01:41

Quem não fica feliz quando está com muita sede e bebe um copo de água? Isso é
maravilhoso! Este líquido transparente sacia nossa sede e nenhum outro o substitui,
50
não é mesmo?
Precisamos da água tanto quanto precisamos do ar para respirar! Mas os outros

seres do planeta também precisam. E é a água a fonte da vida! Onde ela passa, as se-
mentes brotam, os campos ficam verdinhos, os animais se abastecem! A água é um bem
precioso, igual a um tesouro muito valioso.
Existe um pensamento que diz que, no futuro, as nações não vão brigar por terras,
mas por água. Será poderosa a nação que tiver mais água em seu solo!
Tal ideia e previsão para o futuro são assustadoras, mas pelo que estamos vivendo
atualmente, não é difícil imaginar por que esse pensamento existe! Há um tempo não
se comprava água. Hoje a indústria dos fornecedores de água cresceu e, se quisermos
beber uma água razoavelmente saudável, temos que comprar em garrafões de plástico.
Mas por que tudo isso? O que aconteceu ou está acontecendo?
Tudo começa com a população mundial, que não para de crescer, consequentemen-
te aumentando o consumo. Mas um grande obstáculo ficou entre o homem e a água: a
poluição. Claro que quem polui somos nós, os animais não fazem isso.
Sem nenhuma responsabilidade, o ser humano começa a abusar dos recursos na-
turais e automaticamente do cuidado com a água. A poluição da água é crescente e
acontece de forma desordenada. Primeiro, a sujeira nas ruas que vai entupindo as valas
do meio-fio. Depois, a falta de controle das torneiras e dos chuveiros, o saneamento das
cidades onde os esgotos transbordam águas sujas e também desembocam no oceano.
Mas não para por aí! E o aquecimento global?
Pois é, também afeta a falta de água. O desmatamento vai criando desertos por toda
parte!
Existem saídas! Algumas precisam de recur-
Shutterstock.com/3d brained
sos financeiros maiores e, para isso, as auto-
ridades vão precisar investir. Outras saídas
são mais econômicas, mas não resolvem
tão bem a situação de uma forma mais
globalizada.
Então, nesse cuidado com a água
mais do que nunca, a ideia de cidadão
planetário precisa ser acolhida e assumi-
da, não é mesmo?
CMeE_5A_2017.indd 50 25/07/17 18:02
Reúnam-se, em uma roda de conversa, e discutam as características da água
e sua importância. Depois, façam um mural com fotos a respeito dos diversos
usos da água. Conversem sobre como as crianças podem ajudar em casa e
como são importantes as regras para evitar o desperdício de água.
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Para fazer
51
1. Volte até a letra da canção Planeta Água, escolha a estrofe de que você mais gostou,
transcreva-a no local indicado e faça um desenho relativo ao tema.
Resposta pessoal
Para refletir
Tomar água nos

dá vida. Shutterstock.com/Wake up
Tomar consciência
nos dá água.
CMeE_5A_2017.indd 51 20/07/17 10:01
Painel do consumo Montando a brincadeira:
• Desenhe, com os alunos, um painel com o
Materiais:
globo terrestre no papel Kraft. Desenhe uma
• Papel Kraft (1,5 m x 1,5 m).
torneira saindo do globo terrestre.
• Papel branco recortado em forma de gotas.
• Peça aos alunos que escrevam frases de
• Tinta guache nas cores azul, verde e preta.
conscientização sobre o desperdício de água
• Giz de cera azul.
nas gotas de papel e pinte-as com o giz de
cera. Cole-as saindo da torneira.
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2. Já conversamos sobre o desperdício em outro texto. Vimos que devemos comer o
que realmente colocamos no prato, que não devemos ser consumistas, mas consu-
52
midores. Agora vamos pensar no tema Água e desperdício.
Observe a imagem e formule uma frase que possa

chamar a atenção das pessoas em suas casas para
evitar o desperdício de água, que é muito sério, pois
há vazamentos nas encanações das casas e dos
prédios, torneiras que ficam gotejando, porque estão
mal fechadas ou com defeitos.
Resposta pessoal
3. Experimente achar uma torneira que fica pingando e coloque uma bacia embaixo ou
até um copo. Anote em quanto tempo encheu e qual foi o recipiente que você usou
(bacia, tigela, panela, copo).
A gota d’água
Recipiente: Resposta pessoal
Em quanto tempo encheu:
Qual a atitude cidadã a ser tomada quando a torneira fica pingando, mesmo fechada?
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Exemplo:
• Água, base da vida. Preservar é a saída.
• Quando for lavar louças, enxágue tudo de uma só vez.
• Não poluir os rios é mais inteligente e viável economicamente do que limpar suas águas.
• Fim do desperdício!
• Espere sua máquina de lavar ficar cheia de roupa para, só então, colocar para funcionar.
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A AMAZÔNIA E
SEUS ENCANTOS
53
Para começar
A Amazônia ou Floresta Amazônica é
a maior floresta tropical do mundo e es-
tende-se por nove países: Bolívia, Peru,
Equador, Colômbia, Venezuela, Surina-
me, Guiana, Guiana Francesa e Brasil,
onde está a sua maior parte.
Ela é rica em água; seu principal rio é
o Amazonas, com afluentes importantes,
Shutterstock.com/Cocos.Bounty
como o rio Negro, o Tapajós e o Madeira.
A riqueza da flora na Amazônia é tão vasta que, só para termos uma ideia, no solo bra-
sileiro temos 170 mil espécies de vegetais, enquanto a Amazônia possui cerca de 3.650
milhões km2 de florestas contínuas. É algo magnífico saber da grandiosidade do verde
que se espalha em nossa América do Sul, e principalmente, em nosso País, não é?
Por isso, dizemos que a Amazônia contribui, de modo significativo, para a produção
de oxigênio no planeta Terra!
E a fauna? Há variedade imensa. Há uma explicação científica de que muitos animais
refugiaram-se nessa floresta, diante das grandes secas depois do período de glaciação.
A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam em árvores.
Entre as aves, estão: tucanos, papagaios e pica-paus. Entre os mamíferos: morcegos,
macacos e roedores.
A diversidade das espécies é uma realidade ainda desconhecida nas mais altas ár-
vores da floresta. A copa das árvores da Floresta Amazônica armazena uma variedade
imensa de invertebrados. Eles são importantíssimos na preservação da biodiversidade.
Claro, já estudamos o quanto a natureza vive em equilíbrio, como uma corrente.
Existem, atualmente, milhares de órgãos no Brasil e no mundo preocupados com a
preservação da natureza. Mas a falta de consciência ecológica impede cuidados que
todos deveriam ter com essa riqueza natural chamada Amazônia.
Vamos à luta! Sejamos defensores da Amazônia!
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Questione seus alunos acerca da Amazônia. Pergunte o que sabem sobre.
Em seguida, confeccione um álbum seriado com seus alunos, fazendo uma
explanação sobre a preservação do meio ambiente. Peça às crianças para
trazerem gravuras da fauna e da flora. Fale sobre a biodiversidade do mundo.
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Para fazer
54
1. Escreva C para as frases corretas e E para as erradas.
a. E A Amazônia ou Floresta Amazônica é a menor floresta tropical do mundo.
b. C A floresta tropical é rica em água.
c. C A Amazônia possui cerca de 3.650 milhões km2 de florestas contínuas.
d. C Há uma variedade imensa da fauna.
2. Observe o mapa do Brasil e localize em que estado se concentra a maior parte da

Floresta Amazônica. Depois, pinte-o de verde.
3. Pesquisa: RIO AMAZONAS E OS OUTROS GRANDES RIOS.

Escreva resumidamente sobre o rio Amazonas, sua importância para o planeta e qual
a real situação dele: poluição e diminuição de volume.
Rio Amazonas: Resposta pessoal
Situação atual:
Nível de poluição:
Volume:
Sua conclusão sobre esse rio:
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As atividades propostas contribuem para a apreensão do conteúdo expli-
cado. Então, fique atento aos questionamentos de seus alunos. A questão
número 3 pode despertar a turma para a realidade de alguns rios e, assim,
conscientizá-los, cada vez mais, acerca de nossa responsabilidade cidadã.
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4. A Amazônia contribui, de modo significativo, para a produção de oxigênio do planeta
Terra! O que você acha que o governo está fazendo para preservar a Amazônia? Ex-
55
plique.
Resposta pessoal
5. Observe a imagem e dê a sua opinião sobre as perguntas abaixo.
Shutterstock.com/overcrew
a. Por que isso acontece?
Resposta pessoal
b. Como esse tipo de ação poderia ser evitada?
6. Crie uma frase para as pessoas, informando a importância de não desperdiçar a água
e não a poluir.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 55 25/07/17 18:02
Passeio
Os alunos vão passear por um local escolhido escrever o que sentiu, o que percebeu. Deixar livre
pelo orientador e pelos integrantes (sugestão: a redação desse texto. Também pode ser feito um
zoológico, um jardim público, uma praça), fazen- desenho, uma poesia, ao invés de narrativa. Deixar
do observações, anotações do que lhes chamou livre a criatividade do aluno, permitindo a cada um
a atenção. Essa narrativa é livre, cada um deverá explorar a inteligência que desejar.
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7. Muitas pessoas não se preocupam com a preservação da água e, por consequência,
prejudicam a natureza. Desenhe, nos quadrados abaixo, quatro maneiras de consumir
56
a água de forma correta e dê uma breve orientação de como utilizar adequadamente
esse bem precioso. Resposta pessoal
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Se alguns dos integrantes, em algum momento do passeio, sentir dificuldade no que

escrever por um tempo considerado, o orientador poderá então sugerir temas como:
• Preservação da espécie animal e vegetal.

• A importância dos vegetais e dos animais na vida humana.
• A importância dos vegetais e dos animais na cura de doenças.
• Educação ambiental.
SOARES, Vilmabel. Práticas pedagógicas vivenciais – Exercícios para trabalhar: valores, atitudes, afetividade,
relacionamento interpessoal, inteligências múltiplas, autoconhecimento, autoestima. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
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Vamos cantar!
57
Amazônia
Roberto Carlos
Tanto amor perdido no mundo Terríveis sinais de alerta

verdadeira selva de enganos. despertam pra selva viver!
A visão cruel e deserta Amazônia, insônia do mundo!
de um futuro de poucos anos. Amazônia, insônia do mundo!
Sangue verde derramado, Todos os gigantes tombados
o solo manchado. deram suas folhas ao vento!
Feridas na selva Folhas são bilhetes deixados
a lei do machado! aos homens do nosso tempo.
Avalanches de desatinos Quantos anjos queridos,
numa ambição desmedida! guerreiros de fato,
Absurdos contra os destinos! de morte feridos,
De tantas fontes de vida, caídos no mato!
quanta falta de juízo, Como dormir e sonhar,
tolices fatais. quando a fumaça no ar
Quem desmata mata, arde nos olhos de quem pode ver.
não sabe o que faz!
Como dormir e sonhar, Terríveis sinais de alerta
quando a fumaça no ar despertam pra selva viver!
arde nos olhos de quem pode ver. Amazônia, insônia do mundo!
• Qual é a explicação para esta frase “Amazônia, insônia do mundo”?
Resposta pessoal
• O que você, cidadão planetário, sugere aos governantes e aos grupos ambienta-
listas no cuidado com a Amazônia?
Resposta pessoal
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Peça para os alunos pesquisarem sobre o desmatamento, as queimadas
e a poluição na Amazônia. Divida a sala em grupos e confeccionem cartazes
com o material pesquisado. Cada grupo deverá socializar o seu trabalho com
a turma. Se preferir, aproveite os cartazes e promova uma campanha ecológi-
ca na escola.
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OS PREDADORES
DA AMAZÔNIA
58
Para começar
A quantidade de predadores na Amazônia é a prova da falta de ética. Eles são de
grupos variados. Estão entre os empresários sem consciência que desmatam clandes-
tinamente (escondido e sem licença) a floresta. Eles são donos de madeireiras ou atra-
vessadores que vão vender a madeira e fazem esse trabalho sujo por dinheiro. Muitas
vezes, contratam homens para enfrentar os defensores militares ou ambientalistas que
estão cuidando da segurança da mata. Com isso, a violência acontece e pessoas ino-
centes morrem.
Mas não para por aí, com o desmatamento, como já vimos em texto anterior, os ani-
mais ficam desprotegidos e fáceis de serem capturados ou mortos.
Então este já forma outro grupo, o dos caçadores. Eles agem também por conta pró-
pria independente do desmatamento. Avançam escondidos e caçam os animais raros,
da Amazônia. Muitos não sobrevivem, porque não há nenhum cuidado com o transporte
deles. O tráfico de animais é um crime comum na floresta.
Shutterstock.com/Tom Tietz
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Após a explicação do texto, oriente a turma para que desenvolvam um texto
escrito apresentando cinco propostas para que o problema do desmatamento
acabe na Amazônia, bem como exponham o problema em questão. Determine
um tempo, entre cinco a dez minutos, para cada apresentação.
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Na natureza, o predador é o animal que caça o outro exclusivamente para se alimen-
tar. Já sabemos que essa é uma lei da natureza, é a cadeia alimentar que funciona entre
59
os animais. Mas os predadores aqui falados são os seres humanos cruéis que matam e
torturam animais sem dó nem piedade. O homem é o pior dos predadores, o mais agres-
sivo, é aquele que não está caçando para manter a cadeia alimentar.
Há ainda um grupo muito perigoso que circula na floresta para traficar drogas. Estes
não vão atrás dos animais, porém podem matá-los se estiverem na sua mira. Ou até
aproveitam para vender também. São perigosos e muito agressivos.
Não há ética, muito menos cidadania planetária para essas pessoas. Não há natureza
nem consciência de sua importância. Só existe o interesse pelo dinheiro. A Amazônia é
uma vítima e há muito tempo vem sofrendo nas mãos dos predadores.
Para fazer
1. Leia o texto abaixo e baseando-se nele, responda às questões.
Existem pessoas que sempre respeitaram a natureza e hoje sofrem pela violência
contra a Amazônia.
Os povos indígenas sempre respeitam a natureza!

Shutterstock.com/Joa Souza
O mato não pode acabar.

Por isso, não cortamos pau à toa.
Nós só cortamos pau precisando fazer casa,
precisando fazer fogo, precisando fazer canoa,
precisando fazer pinguela, precisando fazer arco.
Só quando é preciso!
Nós também não matamos os bichos à toa.
Só matamos a caça para comer.
Matamos os peixes para comer.
Só matamos as aves para comer.
PAULA, Eunice Dias de; PAULA, Luiz Gouveia de; AMARANTE, Elizabeth.
História dos povos indígenas − 500 anos de luta no Brasil. São Paulo: Vozes, 2001.
CMeE_5A_2017.indd 59 25/07/17 18:02
A reflexão agora segue rumo às atitudes conscientes. O texto trabalhado
nos dá exemplos concretos que devem ser seguidos em nosso dia a dia. Nes-
se sentido, questione a turma sobre a existência de atitudes semelhantes (em
defesa da natureza) que se pode perceber em sua casa, em sua comunidade
ou em seu município.
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2. Baseando-se no texto, responda às questões abaixo.
60
a. Os indígenas cortam a madeira, caçam os animais, matam-nos, mas, mesmo as-
sim, são defensores da natureza. Por quê?
Resposta pessoal
b. Procure, no dicionário, o significado da palavra “pinguela” e escreva-o abaixo.
Pequeno pau com auxílio do qual se arma laço para pegar aves.
c. Para os indígenas, a mata não pode acabar. Por quê?
Porque é da mata que eles retiram a sua sobrevivência.
3. Observando a imagem e refletindo sobre a seguinte frase, desenvolva este tema nas
linhas abaixo. Use sua criatividade e aprendizado!
A Amazônia, pulmão do mundo! Resposta pessoal
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Educador, fique atento às respostas apresentadas por seus alunos. Se pre-
cisar, reforce o conteúdo trabalhado, de modo que possam desenvolver bem o
tema da preservação ambiental. A questão três deve ser apresentada pelo aluno
para toda a turma, de modo que compartilhem o conhecimento.
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BUSCANDO A PAZ
61
Para começar
A paz é possível!
O mundo vive hoje momentos tensos e dramáticos de violência. Mas se procurarmos
na história da humanidade, em todas as épocas e civilizações encontraremos guerras,
vítimas, muita violência, escravidão, briga pelo poder, intolerância, crueldade. Então po-
demos concluir que este é um tema bem antigo e uma luta igualmente antiga. Porém é
bom lembrar que quando um assunto é muito bom, mesmo que seja resolvido, estará
acompanhando o homem pelos tempos, para estudos contínuos.
A busca pela paz e a reivindicação pela não violência sempre continuarão. Isso quer
dizer que não vamos nos acomodar e deixar pra lá!
O mundo precisa de paz. A sociedade planetária está cansada das notícias violentas.
Então, hoje em dia, por causa do diálogo inter-religioso (entre as religiões) e um gru-
po considerável de cidadãos conscientes, são fundadas instituições responsáveis por
promover a paz. É a cultura da paz.
Shutterstock.com/Igor Zh.
CMeE_5A_2017.indd 61 25/07/17 18:02
Nesse capítulo a discussão deve seguir abordando a Cultura da Paz. De
início, questione seus alunos sobre o que eles entendem por paz. Pergunte o
que eles, cidadãos conscientes, estão fazendo para promover a paz em sua
casa, em sua escola, em sua comunidade. Mostre que se cada um fizer a sua
parte, o mundo se transforma.
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Existe uma expressão muito usada hoje e com objetivos bem específicos: a “Cultura
da Paz”. Vamos ler este texto sobre esse assunto.
62
Shutterstock.com/Monkey Business Image
“...Quando assinamos, no ano passado,

o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz
e Não Violência, estávamos aceitando a
definição dada pela Unesco para uma Cul-
tura de Paz, ou seja, o comprometimento
de promover e vivenciar o respeito à vida e
à dignidade de cada pessoa sem discrimi-
nação ou preconceito, a rejeição de qual-
quer forma de violência, o compartilhar de
tempo e recursos com generosidade a fim de terminar com a exclusão, a injus-
tiça e a opressão política e econômica, desenvolver a liberdade de expressão
e diversidade cultural através do diálogo e da compreensão do pluralismo,
manter um consumo responsável respeitando todas as formas de vida e con-
tribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, área, país e planeta.
A educação deve ser orientada para a Cultura da Paz, desde e, principal-
mente, dos níveis elementares. Para tanto, professores precisam de formação
adequada, bem como a formação de novos professores deve ser feita levan-
do-se em conta esses valores.
A saúde do planeta − tanto dos seres humanos como da natureza − deve
ser cuidada, de maneira a jamais violentar a vida.
A segurança deve estar voltada para maiores oportunidades de empregos,
maior justiça social com maior inclusão e nunca em mais armamentos. Deve-
mos nos desarmar tanto física como psicologicamente, a fim de encontrarmos
um nível de segurança superior, onde as causas das violências são extirpadas
− não apenas seus efeitos.
Procurar desenvolver a Mídia da Paz − com jornalistas, intelectuais, publici-
tários, artistas, promotores de eventos conscientes da influência das palavras,
sons e imagens nos seres humanos e em todos os seres.
Para que a Cultura da Paz seja estabelecida, teremos de preparar pessoas
e equipes que possam atuar na comunidade, nas mais diversas áreas, a fim
de educar para a Paz.
Temos de encorajar os que desenvolvem trabalhos, estudos, obras relacio-
nadas com a Cultura da Paz...”
Disponível em: http://www.monjacoen.com.br/textos/textos-da-monja-coen/141-o-que-e-uma-cultura-de-paz
Acesso em: 12/06/2017.
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Com a participação dos alunos, crie uma lista de atitudes que devemos ter
para que possamos evitar a violência e fixe-a na parede da sala. Previamente,
selecione uma música que fale/transmita paz, para ser ouvida/cantada após a
fixação da lista. É importante estar atento para as atitudes de cada um durante
a atividade.
ME_CMeE_5A_2017.indd 70 01/08/17 01:41

Cultura de Paz
Enquanto movimento, a Cultura de Paz
63
iniciou-se oficialmente pela Unesco (Orga-
nização das Nações Unidas para a Edu-
cação, a Ciência e a Cultura) em 1999 e
empenha-se em prevenir situações que
possam ameaçar a paz e a segurança −
como o desrespeito aos direitos humanos,
discriminação e intolerância, exclusão so-
cial, pobreza extrema e degradação ambien-
tal − utilizando como principais ferramentas a
conscientização, a educação e a prevenção.
De acordo com a Unesco, a Cultura de Paz “está in-
trinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não Shutterstock.com/Lyudmyla Kharlamova
violenta de conflitos” e fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, res-

peito à vida, aos direitos individuais e ao pluralismo...
A proposta da cultura de paz busca alternativas e soluções para estas questões que
afligem a humanidade como um todo, não se foca na questão da violência, mas na paz
como um estado social de dignidade onde tudo possa ser preservado e respeitado. Es-
tes pontos são um dos grandes desafios da construção de uma cultura de paz.
De acordo com o dr. David Adams (ex-membro da Unesco), a Cultura de Paz tem
como base oito pilares:
1. Educação para uma cultura de paz.

2. Tolerância e solidariedade.
3. Participação democrática.
4. Fluxo de informações.
5. Desarmamento.
6. Direitos humanos.
7. Desenvolvimento sustentável.
8. Igualdade de gêneros.
É válido lembrar que, para construir uma sociedade mais humana, é fundamental que
cada um comece por si mesmo e faça sua parte por meio de uma mudança de atitudes,
valores e comportamentos que visem a construção de um mundo mais justo e melhor
de se viver...
Disponível em: http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/cultura-de-paz/ Acesso em:
26/04/2017.
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O garoto (o aluno) chamado amor Era uma vez um garotinho (aluno) chamado
Instrua os alunos a fazer o gesto, cada vez que Amor. Amor sonhava sempre com a Paz. Certo
na história aparecer as seguintes palavras: dia, descobriu que a vida só tinha sentido quando
ele descobrisse a Paz, e foi justamente nesse dia
Paz – aperto de mão que o Amor saiu à procura da Paz.
Amor – um abraço
Garra – trocar de lugar

Sorriso – gargalhada
Bem–vindos – bater palmas
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Vamos cantar!
64
A Paz
Michael Jackson (Versão do grupo Roupa Nova).
Deve haver um lugar dentro do seu coração

onde a paz brilhe mais que uma lembrança!
Sem a luz que ela traz já nem se consegue mais
encontrar o caminho da esperança!
Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens
Shutterstock.com/pixelheadphoto digitalskillet
se fazendo irmão e estendendo a mão!
Só o amor muda o que já se fez
e a força da paz junta todos outra vez.
Venha, já é hora de acender a chama da vida

e fazer a Terra inteira feliz.
Se você for capaz de soltar a sua voz
pelo ar, como prece de criança,
deve, então, começar, outros vão te acompanhar!
E cantar com harmonia e esperança,
deixe que esse canto lave o pranto do mundo,
pra trazer perdão e dividir o pão!
Só o amor muda o que já se fez,
e a força da paz junta todos outra vez!

Quanta dor e sofrimento em volta a gente ainda tem! (ainda tem)
Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vêm! (ainda vêm)
A lição pro futuro vem da alma e do coração,
Shutterstock.com/Tom Wang
é buscar a paz, não olhar pra trás! (com amor)
Se você começar, outros vão te acompanhar!
E cantar com harmonia e esperança,
deixe que esse canto lave o pranto do mundo,
pra trazer perdão e dividir o pão!
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Chegando à escola onde estudava, encontrou no interior de cada um de nós, basta dar um sor-
os seus amigos que tinham muita garra, com um riso. Então, o Amor pediu que trouxessem a Paz,
sorriso nos lábios, e foi nesse momento que o o Sorriso e a Garra para junto dele. E disse-lhes:
Amor começou a perceber que o Sorriso dos ami- “Deem um sorriso bem bonito e sejam todos Bem-
gos transmitia a Paz, pois sentiu que a Paz existe -vindos”.
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65
e a força da paz junta todos outra vez! Shutterstock.com/wavebreakmedia


Inteira feliz!
Inteira feliz!
Um lugar no mundo, lugar que a gente vive!
Inteira feliz!
Um lugar no mundo, lugar que a gente vive!
Inteira feliz!
Qual é o sentimento que muda o que já foi feito?
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Educador, a música trabalhada vem sintetizar a grandeza da Cultura da Paz.
Mais uma vez, seria interessante a apresentação multimídia de um vídeo que
contenha a letra da música. Peça que ouçam atentamente a canção e reflitam
a respeito das atitudes que devemos assumir para construir um mundo de paz.
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Para fazer
66
1. Escolha uma causa pela qual se deva lutar pela paz, existem muitas: natureza, reli-
gião, terras, racismo. Faça um desenho acompanhado de uma frase.
Resposta pessoal
2. Realize uma pesquisa e monte um cartaz. Encontre um personagem da história mun-

dial que lutou pela paz. Não importa a época: pode ser antes de Cristo, pode ser
no século passado ou ainda nos tempos atuais. Veja o que precisa ter na pesquisa:
Resposta pessoal
Nome do personagem.
Atitudes e éticas pela paz que o tornaram popular.
A época em que viveu.
Quando morreu, se for o caso.
Qual a sua conclusão sobre este personagem? Cole alguma figura que
possa ilustrar sua pesquisa.
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Confeccione, com os alunos, um avião de dobradura. Peça aos alunos que
escrevam mensagens de paz e distribuam entre seus colegas. Em seguida,
cada aluno deve ir à frente da turma e ler o que foi escrito. Finalize a atividade
perguntando como se sentiram ao receberem mensagens positivas.
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3. A pomba é um dos símbolos que representam a paz. Ligue-a às ações que promovem
a paz.
67
Ser paciente
Matar
Brigar
Respeitar uns aos outros
Roubar
Shutterstock.com/DVARG
Ser mal-educado
Conversar
Estar de mau humor
Ser intolerante
Amar
Ser amigo
4. Por um mundo de paz! Para você, como é um mundo pacífico?

Resposta pessoal
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Leia o poema com os alunos e reflita com eles sobre as atitudes construtivas de um mundo de paz.
A busca da paz
e deixando confiança com atenção.
Tranquila, vou seguindo,
Para você ter paz,
no meu caminho pela escola.
tenha fé, carinho, amor, amizade,
Deixando confiança e amizade a toda hora.
confiança, esperança, tranquilidade e muito
Nas avenidas onde passo,
mais, pois assim você ficará feliz e
levo paz em minhas mãos.
deixará assim outras pessoas também!
Andando calmamente,
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5. Leia o texto e responda ao que se pede.
A Paz Perfeita
68 Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar,
numa pintura, a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas,
mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranquilo. Esse lago era um espelho perfeito onde se
refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas, encontrava-se um céu
muito azul, com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para essa pintura pensa-
ram que ela refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas essas eram escabrosas e estavam
despidas de vegetação. Sobre elas, havia um céu tempestuoso do qual se precipitava
um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo, parecia retumbar uma es-
pumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia
um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Nesse arbusto, encontrava-se um ninho.
Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente
pousado no seu ninho. Paz perfeita.
Qual pensas que foi a pintura ganhadora? O rei escolheu a segunda. Sabes por quê?
“Porque”, explicou o rei, “paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas,
sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo
isso, permanecemos calmos no nosso coração.”
Este é o verdadeiro significado da paz.
Disponível em: http://www.tagnet.org/iasdbb/reflex/paz.htm. Acesso em: 24/03/2014.
Shutterstock.com/ClearVisions
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Organize um mural na sala de aula com o tema “Recadinho do coração”.
Os alunos fixam o mural para as crianças que retornaram às aulas após um
período de faltas, expressam sentimentos espontâneos ou observações sobre
atitudes dos colegas, por meio da escrita ou do desenho. Estimule a atividade.
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6. Qual das duas pinturas referenciadas no texto transmitiram a paz perfeita? Por quê?
A segunda pintura, porque paz não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas,
69
sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de estar no meio de tudo isso,
permanecemos calmos em nosso coração.
7. Partindo do princípio de que as armas servem para nos defender, por que o desarma-
mento contribui para a cultura da paz?
Resposta pessoal
8. Construa o símbolo da paz a seguir.

Pomba
1
8
Dobrar o bico para dentro.
2 Dobrar só a parte de cima.
De ponta cabeça. 6
5
4
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Declame o poema com os seus alunos, em seguida, reflitam sobre os valores presentes no mesmo.
Se preferir, divida-os em pequenos grupos.
Criança Merece Paz Se todos fossem irmãos,
(Anne Lieri)
sem brigas e sem maldades,
Criança merece ter paz Todos num só coração, o Universo em união
e um mundo de igualdade! de mãos dadas com amor! seria felicidade!
Gente grande é incapaz
Não importa a raça e a cor, Pedem a paz as crianças,
de entender essa verdade!
criança é terna pureza! voltemos a ser meninos!
Um mundo sem opressão, Pequeno botão de flor Um planeta de esperança,
sem violência e sem dor! que cresce em graça e beleza! a todos os pequeninos!
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9. Decodifique as mensagens a seguir para identificar formas de se evitar a violência e
promover a paz.
70 a b c d e f g h i j k l m
n o p q r s t u v x y w z
a. Não ser em relação às outras pessoas.
Não ser omisso em relação às outras pessoas.
b. Sempre resolver os por meio do .
Sempre resolver os problemas por meio do diálogo.
c. com ações para viver bem.
Colaborar com ações para viver bem.
d. a maneira de de cada pessoa.
Respeitar a maneira de pensar de cada pessoa.
e. Ser com as .
Ser gentil com todas as pessoas.
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Organize com os alunos a “Galeria do posso, não posso”. Os alunos farão
desenhos expressando atitudes de “posso” e “não posso”. Exponha os dese-
nhos e discuta, a partir daí, as normas de atitudes entre os alunos. Dessa for-
ma, o comprometimento é maior, ou seja, são eles quem elaboram as regras.
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Sessenta e quatro maneiras de praticar a não violência
71
Você sabia que, para criar um mundo pacífico, devemos aprender a praticar a não
violência uns com os outros, por meio das nossas escolhas e ações nas interações do
dia a dia? Apresentamos, a seguir, algumas das 64 maneiras de praticar a não violência,
divulgadas pelo Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz.
Shutterstock.com/michaeljung
Oração
“A oração vinda do coração pode
conseguir o que nada mais no mundo
consegue” − disse Gandhi. Comece
e termine o dia com uma oração pela
paz. Que a paz comece por você.
Sorriso
O mestre budista Thich Nhat Hanh
disse: “Se, em nossa vida diária, pu-
dermos sorrir, não apenas nós mes-
mos, mas todos ganharão com isso. Shutterstock.com/Monkey Business Images
Esse é o tipo mais básico de traba-

lho pela paz”. Hoje, partilhe seu sor-
riso com, pelo menos, três pessoas,
sabendo que esse gesto contribui
para a paz.
Harmonia
Procure não se envolver em nenhum
tipo de fofoca. Isso contribui para a
harmonia. Hoje, decida ver o bem
nos outros em vez de procurar os
seus defeitos.
Fazer as pazes
Faça as pazes. Hoje mesmo, peça
desculpas a alguém que você tenha
magoado e seja sincero em suas in-
tenções.
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A partir das maneiras de praticar a não violência, estabeleça um diálogo
com a turma. Questione se essas práticas fazem parte de seu cotidiano e
reforce a importância de cada uma em nosso dia a dia. Em seguida, construa
cartazes de conscientização da não violência entre os alunos e cole-os nas
paredes da escola.
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Shutterstock.com/wavebreakmedia
Elogio
Sentir-se apreciado ajuda as pessoas a crescerem.
72
Elogie, pelo menos, três pessoas, hoje, pelas suas
qualidades pessoais, conquistas ou pela ajuda solícita.
Testemunho
Aqueles que praticam a não violência não podem fe-
char os olhos à injustiça e à crueldade. Estamos aqui
para sermos testemunhas da justiça e da compaixão.
Hoje, esteja disposto a defender a verdade por meio
de sua presença, suas palavras e ações.
Educação
O conhecimento fortalece sua convicção e aprofunda sua sabedoria e compreensão.
Aprenda sobre o poder da não violência estudando a respeito. Leia artigos, revistas
ou livros; veja um filme ou vídeo sobre assuntos relacionados à não violência. Aprenda
sobre direitos humanos, diversidade, ecologia, história, política, perdão, espiritualida-
de, paz, biografias de heróis e muito mais.
Escolha
Esteja atento, hoje, a qualquer piada ou comentário que mostre desrespeito em rela-
ção a grupos étnicos, mulheres ou homens, classes de pessoas, grupos religiosos,
homossexuais. Tenha consideração pela dignidade de cada pessoa e escolha não
participar de conversas desrespeitosas.
Homenagem
Albert Einstein disse: “Há apenas duas maneiras de viver sua vida. Uma é viver como
se nada fosse um milagre. A outra é viver como se tudo fosse milagre”. Hoje, antes de
cada refeição, pare para homenagear todas as mãos que trouxeram esse alimento a
você e abençoe a terra por sua fertilidade. Shutterstock.com/Monkey Business Images
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Abraços musicais
Os alunos devem dançar no ritmo de uma música escolhida pelo educador,
abraçando os colegas enquanto dançam. Quando a música parar, os alunos de-
verão abraçar apenas um colega. Ao iniciar a música, os alunos deverão dançar
em dupla. Na próxima vez que a música parar, trocar de par, fazer um abraço em
grupos de três. E assim sucessivamente, até fazer um abraço com todos.
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10. Como se cultiva a paz?
73
Resposta pessoal
11. Leia estes pensamentos e escreva o que entendeu sobre cada um:
a. “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”
(Antoine de Saint-Exupéry)
Resposta pessoal
b. “A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca.”

(Antoine de Saint-Exupéry)
Resposta pessoal
c. “A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.”

(Buda)
Resposta pessoal
d. Agora crie a sua própria frase sobre a paz.
Resposta pessoal
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Anotações
As atividades propostas vêm contribuir para
a compreensão do tema em estudo. Educador,
oriente a turma, de modo que todos respondam
as questões, possibilitando, assim, uma avaliação
prévia do conteúdo trabalhado. Caso seja neces-
sário, reforce alguns valores.
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12. Pesquise os símbolos da paz e seus significados. Ilustre com figuras e desenhos.
Aproveite e crie um símbolo da paz! Resposta pessoal
74
Símbolos da paz Meu símbolo (desenho)
Esta foi uma unidade rica em discussões a respeito de nosso comportamento ético.
Aprendemos muito sobre a cidadania planetária. Hoje compreendemos que o mundo é
uma única casa e nós, seus moradores. Precisamos nos ajudar e lutar por este Planeta
Azul.
Vamos cantar, lembrando que o tempo é nosso aliado, mas também é guerreiro que
não espera. Ele segue em frente! Sigamos em frente buscando sempre exercer nossa
cidadania planetária.
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Paz na escola
Material: Desenho da sua escola, piloto para quadro, cartolina.
Cole o desenho da escola na cartolina e exponha-o na lousa. Fale da im-
portância de um ambiente de paz. Faça a seguinte pergunta: “O que um aluno
deve fazer para construir uma escola de paz?” Peça aos alunos para regis-
trarem as suas respostas, um a um, na cartolina exposta na lousa. Ao final da
atividade, coloque a música “Paz pela paz”, de Nando Cordel.
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Vamos cantar!
Oração ao tempo
Caetano Veloso
És um senhor tão bonito

quanto a cara do meu filho.
75
Tempo, tempo, tempo, tempo,
vou te fazer um pedido.
compositor de destinos,
tambor de todos os ritmos.

entro num acordo contigo.
o que usaremos pra isso,
por seres tão inventivo,
fica guardado em sigilo.
e pareceres contínuo.
apenas contigo e comigo!
és um dos deuses mais lindos!
e quando eu tiver saído
que sejas ainda mais vivo
para fora do teu círculo,
no som do meu estribilho!
tempo, tempo, tempo, tempo,
Tempo, tempo, tempo, tempo, não serei nem terás sido!
ouve bem o que te digo.
ainda assim acredito
peço-te o prazer legítimo
ser possível reunirmo-nos,
e o movimento preciso!
tempo, tempo, tempo, tempo,
Tempo, tempo, tempo, tempo, num outro nível de vínculo!
quando o tempo for propício.
portanto, peço-te aquilo,
de modo que o meu espírito
e te ofereço elogios!
ganhe um brilho definido.
Tempo, tempo, tempo, tempo, nas rimas do meu estilo,
e eu espalhe benefícios. tempo, tempo, tempo, tempo!
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Orientação didática azul, brincos, sapato preto, sapato marrom, tênis...,

Trocando de lugar troca de lugar”. Ao final, o professor comenta que
Objetivo: Descontrair-se, soltar-se. deve trocar de lugar quem estiver disposto, anima-
Desenvolvimento: Solicite aos alunos que do e com vontade de estudar, etc.
formem um círculo em pé. Ao ouvirem determina-
das características colocadas pelo professor, os FINAMOR, Ana Lígia Nunes. Dinâmicas de grupo, histórias,
mensagens, músicas, filmes e muitas atividades: para dinamizar
alunos que possuírem algumas delas devem tro-
cursos, treinamentos, grupos de encontro e reuniões. 2ª edição.
car de lugar. Por exemplo: “quem estiver de blusa
Canoas: Salles, 2008.
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Era uma vez
76
Um quilo de paz
Rogério Davi Moreira
Sentado numa poltrona, em frente à TV, estava Washington. Até que:

− Plic! Não aguento mais jogar videogame! Todos os dias a mesma coisa!
Washington é um garoto de doze anos e mora em São Paulo. Filho de uma família
muito rica, tinha de tudo, mas não era feliz. Com poucos amigos, sentia falta de algo
importante: a paz. Certo dia, pediu dinheiro à sua mãe para comprar algo. A mãe, sem
perguntar para quê, entregou-lhe o dinheiro.
O garoto entrou numa loja e pediu:
− Quero um quilo de paz.
A balconista, irritada e sem lhe dar atenção, respondeu:
− Aqui não se vende paz!
Passou em outra loja, em um bar, em uma padaria. Depois de andar muito, cansou de
ser debochado e voltou para casa. Sentou-se no sofá, pensativo. Onde compraria a paz?
O toque da campainha quebrou seus pensamentos. Ao abrir a porta, um senhor bas-
tante idoso suplicou:
− Por favor, meu bom menino, há dois dias não ponho nada na boca, não aguento
mais esta fome. Pode me dar algo para comer?
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Após a leitura do texto “Um quilo de paz” promova a interpretação do mes-
mo. Oriente os seus alunos para que percebam a grandeza das pequenas
atitudes: a paz que tanto buscamos está em nós mesmos, basta cultivá-la em
nosso dia a dia, através de pequenos gestos. É importante que toda a turma
participe desse momento.
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− O senhor sabe me dizer onde eu posso comprar a paz? − perguntou o menino,
ainda preocupado com seu problema.
77
− Sim, traga-me algo para comer que eu te digo.
Ansioso, mais do que depressa, Washington foi até a cozinha. Voltou com um prato
transbordando de comida e um copo de suco de laranja. Sentou-se ao lado do homem,
ouvindo-o atentamente.
− Olha, meu amigo. Existe um dinheiro com o qual podemos comprar a paz. É com o
nosso coração.
− Mas, se eu tirar o coração, como posso viver? − pergunta o garoto, confuso.
− “Com o coração”, quero dizer: quando fazemos o bem aos nossos irmãos! Hoje, eu
sei que você vai se sentir muito feliz, com muita paz, por ter me tratado bem, por ter me
dado um prato de comida. Sentiria o mesmo se tivesse feito isso à outra pessoa.
− É verdade? − perguntou Washington. Puxa, estou tão feliz só de ouvir o senhor me
falar isso!
Daquele dia em diante, o garoto refletiu muito sobre aquela conversa e como se sentia
feliz ao ajudar alguém. Continuou praticando o bem. E, como por encanto, começou a
ter muitos amigos. E pôde confirmar que a paz está dentro de cada um de nós, basta
cultivá-Ia.
Se deseja o bem, faça-o primeiro. Se busca a paz, doe-a primeiro. Se quer ser feliz,
faça felizes os seus. Só assim receberá tudo, tudo do nosso amigo e bom Deus.
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Bandeira da paz
Materiais: Papel ofício, palito de churrasco.
Execução: Corte o papel ofício ao meio e distribua a metade do papel para
cada aluno. Passe cola em uma das pontas do papel ofício e cole o palito de
churrasco. Peça aos alunos que escrevam em letras grandes a palavra Paz.
Organize uma marcha pela escola com as crianças segurando as bandeiras e
pedindo paz no mundo.
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FUNDAMENTAÇÃO
Vivendo e sentindo
Objetivos: Procedimento:
• Proporcionar aos participantes uma reflexão
sobre os sentimentos e experiência vividos Cores e sentimentos
no seu cotidiano. 1o Momento: Reflexão.
• Possibilitar um discernimento dos sentimen- a. Educador, selecione várias imagem que re-
tos procurando canalizá-los para construção tratem situações do dia a dia, como, por
de uma vida mais consciente e harmônica. exemplo:
• Entender que a realização da pessoa huma- • Uma criança com medo.
na começa a se dar no encontro com o pró- • Uma criança africana retratando o problema
prio indivíduo e na capacidade de se aceitar da miséria.
como é. • Um jovem isolado, depressivo.
• Uma foto que mostra qualquer tipo de des-
Material: personalização da pessoa humana.
• Folha de papel ofício. • Um grupo de jovens unidos e felizes.
• Lápis preto para desenhar. b. Após fazer a seleção das imagens, amplie-as
• Lápis colorido ou giz de cera. o máximo que puder.
• CD com as músicas para reflexão e fundo c. Espalhe as imagens pelo chão e peça para
musical. que os participantes observem, leiam e refli-
• Aparelho de som. tam atentamente sobre elas.
• Cópias das imagens e das folhas da dinâmi- d. Questionar: Quais os sentimentos que bro-
ca da percepção. tam em você a partir das realidades mostra-
das nas imagens?
e. Cada participante deve escolher três ima-
gens que mais se aproximam dos sentimen-
tos que está vivenciando no momento.
f. Questionar: Esses sentimentos interferem
positiva ou negativamente nas expectativas
que você têm em relação a este encontro
consigo mesmo?
Shutterstock.com/Pablo Calvog
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2o Momento: Músicas e percepção. • Cada participante deve escolher uma pessoa
a. O educador deve selecionar e gravar um CD entre os demais e durante a sequência mu-
com várias músicas que retratem os senti- sical tentar perceber nela: gestos, palavras
mentos humanos. e/ou expressões, sentimentos e atitudes.
b. Nas pontas e ao redor das duas “estrelas”, Após a escolha, deverá destacar o nome da
coloque os nomes de todos os participantes pessoa na estrela e anotar tudo o que perce-
da dinâmica. beu sobre ela na folha-guia que receberá.
c. Convide os participantes para que escutem • Questionar: Pelo que percebeu, que música
e apreciem as músicas, explicando que cada você acha que a pessoa escolheria? Por que?
um deverá escolher uma que signifique algo • Solicitar para que desenhe como ficaria o ros-
para ele, através da letra ou da melodia. to da pessoa que escolheu a partir do exercí-
d. Motivar os participantes a envolverem-se no cio de percepção que acabou de fazer.
desenvolvimento da dinâmica de percepção, • Pedir para descrever a pessoa que cada um
orientando-os da seguinte forma: escolheu.
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Folha-guia para o participante:
“Dinâmica de percepção”
Gestos Palavras e/ou expressões

Sentimentos Atitudes

Música que você acha que a pessoa escolheu.

Por quê?
Desenhe como ficaria o rosto da pessoa que você escolheu a partir do exercício de percep-
ção que acabou de fazer.
Como você descreveria a pessoa que você escolheu?
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3o Momento: Expressão artística dos senti- i. Em seguida, pedir para que cada um tente,
mentos. agora, descrever, em uma frase, um pouco
a. Educador: Coloque um fundo musical procu- do que foi expresso no desenho. Pode escre-
rando preparar os participantes para uma ex- ver no verso da folha, o que é possível tradu-
periência de percepção dos seus sentimen- zir em palavras.
tos. j. Faça uma partilha de todo o processo da di-
b. Pedir para que todos fechem os olhos, sin- nâmica, procurando perceber as diferentes
tam-se relaxados e concentrados na música experiências do grupo.
de fundo.
c. Distribuir uma folha de papel ofício e lápis de Bate-Papo
cor ou giz de cera para cada participante. Apesar de ser um exercício simples e fácil de
d. Motive os participantes a fazerem uma refle- realizar, é muito comum que o grupo apresente cer-
xão sobre as principais experiências vividas ta timidez, crítica ou censura sobre o que o outro
nestes últimos dias. produziu. O educador deve estar atento às dificul-
e. Depois de certo tempo, pedir para procu- dades que, porventura, surgirem, buscando apro-
rarem expressar todos esses sentimentos, fundar e discutir as possíveis resistências que pos-
através de um desenho que poderá ter uma sam aparecer:
forma definida ou meramente abstrata. É um exercício para trabalhar as nossas per-
f. O participante deverá dar significado às co- cepções e sentimentos frente à realidade e o
res. Usará cor escura quando o sentimento momento que vivemos. Permite identificar um
ou experiência forem mais intensos, seja po- pouco do que somos ao revelarmos os nos-
sitiva ou negativamente. Quando o sentimen- sos sentimentos. Ajuda tomar consciência de
to for mais brando e comum, utilizar uma cor si mesmo e constitui um ponto de partida para
mais clara. afirmação da sua identidade.
g. Destaque a importância de tentar traduzir e É importante destacar também que nossos
entender os sentimentos e experiências que sentimentos estão intimamente relacionados
fazemos ao longo da nossa vida. com as cores. As pessoas não escolhem ne-
h. Após a expressão artística dos sentimentos cessariamente uma cor porque ela é boa para si
em forma de um desenho ou abstração, es- própria, mas porque gostam da cor, mesmo que
colher um local para exposição dos desenhos esta possa ser contrária às suas necessidades.
e pedir para observar, em detalhe, tudo o que Elas nos ajudam a conhecer mais sobre nós
foi expresso no papel. É importante deixar um mesmos influenciando os nossos componentes
tempo para esse momento, de preferência físico, mental e emocional.
em silêncio e com um fundo musical.
SANTOS, José Osmando; RODRIGUES, Jader. Aprendendo Brincando. Petrópolis: Vozes, 2009. Adaptado para fins didáticos.
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Unidade
Nesta unidade trabalharemos com problemas sociais como a po-

breza, o desemprego e a saúde mundial. Inicie a aula fazendo uma
CMeE_5A_2017.indd 78 25/07/17 18:02
exposição de gravuras relacionadas à pobreza e a fome. Após a

observação das imagens, comece uma discussão com os alunos
explorando os conhecimentos prévios a respeito do tema.
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E EU COM ISSO?
• Para você, o que é ser uma pessoa ética?
• A pobreza mundial é culpa de alguém? Quais seriam os
responsáveis para eliminar a pobreza mundial?
• Você sabe o que é desemprego? Na cidade onde você mora, há
pessoas desempregadas?
• Você costuma cuidar da sua saúde?
• Todas as pessoas do planeta têm as mesmas condições para
cuidar da saúde?
• Algumas regiões do nosso País e do mundo são mais atingidas
pela fome. Por que isso acontece?
• Você acha que é possível superar a situação de fome no mundo?
• Você já ouviu falar em cidadãos descartáveis? O que isso
significa?
A unidade vai explorar temas de grande impacto e relevância na vida em socie-

dade. Portanto, a linha reflexiva adotada trabalhará o papel de agente de mudanças
25/07/17 18:03
que compete a cada cidadão consciente de seu lugar no mundo. O educador, como
mediador do processo, deverá sempre estar atento à necessidade de intervenções
e orientações, para que a unidade transcorra concernente a seu propósito.
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A ÉTICA E A
80 Para começar
POBREZA MUNDIAL
Dignidade Humana
Dentre tantos assuntos que temos tra-
balhado, sempre refletindo sobre a cida-
dania e o papel moral e ético do cidadão,
a dignidade humana está sempre na pau-
ta. Isso se dá exatamente porque vemos
diariamente notícias e demais registros
do desrespeito aos direitos fundamen-
tais dos seres humanos, o que compro-
mete seriamente a dignidade.
O progresso econômico de alguns
países, infelizmente, leva outros a situa-
Shutterstock.com/Sadik Gulec
ções de pobreza e comprometimento da
segurança de suas populações, levando-as a ficar sem cuidados básicos e, até mesmo,
passar fome, como consequência do enriquecimento ilícito de algumas pessoas, da
exploração do trabalho sem a preservação dos direitos, do consumo excessivo dos re-
cursos naturais e conflitos armados que maltratam suas populações.
Isso cria um abismo social, que gera muitíssimas situações de desigualdade e distri-
buição injusta dos recursos mundiais, inclusive de comida. Essa desigualdade, infeliz-
mente, cresce a cada dia e maltrata pessoas em todo o mundo, quase sempre povos já
sofridos, principalmente mulheres, crianças e idosos.
O enfrentamento a essas situações deveria se dar por meios governamentais e por
uma justa distribuição de renda, que levasse a uma equidade na conservação dos direi-
tos humanos e na manutenção das atenções básicas das populações. Por isso, é tão
importante refletir sobre o tema, pois a cidadania é conquistada através da conscienti-
zação das pessoas e pelo exercício diário dos que já têm essa consciência de corres-
ponsabilidade pelo outro.
CMeE_5A_2017.indd 80 25/07/17 18:03
A pobreza é um assunto muito polêmico, porém necessário de ser traba-
lhado. As crianças devem ser informadas das situações geradoras dessa
pobreza, a fim de que possam se posicionar e opinar sobre o que estão
estudando. A atenção a assuntos como este é fundamental para a formação
cidadã que se almeja.
ME_CMeE_5A_2017.indd 92 01/08/17 01:41

Para fazer
81
1. Responda às perguntas abaixo:
a. Quais são as principais causas da falta de dignidade e da pobreza no mundo?
Resposta pessoal
b. Em sua opinião, o que deveria ser feito para mudar essa situação?
Resposta pessoal
c. Cite um exemplo de desrespeito à dignidade humana.
Resposta pessoal
2. Escreva, nos quadros abaixo, algumas situações que demonstram a crescente desi-
gualdade social no mundo.
CMeE_5A_2017.indd 81 25/07/17 18:03
As atividades propostas reverberam informações trazidas pelo texto de
abertura da unidade. A reflexão das crianças pode ser acompanhada através
das respostas que elas derem às perguntas. É sempre interessante incentivar
a reflexão delas, motivando rodas de conversa e debates sobre os temas tra-
balhados.
ME_CMeE_5A_2017.indd 93 01/08/17 01:41

3. Como podemos conscientizar as pessoas de seu papel de cidadão e do dever em
ajudar o semelhante?
82
Resposta pessoal
4. Observe as imagens abaixo e escreva, no local indicado, um comentário sobre o que

elas mostram em relação à falta de dignidade humana e à pobreza no mundo.
Resposta pessoal
Agência Brasil
Agência Brasil
Shutterstock.com/EsHanPhot
Shutterstock.com/FelixLipov
Agência Brasil
CMeE_5A_2017.indd 82 25/07/17 18:03
As imagens são provocadoras. A partir delas, os alunos, usando sua capa-
cidade interpretativa, escreverão comentários sobre o que veem e darão suas
opiniões acerca do assunto. A ligação dos temas com o cotidiano é muito
importante para dar visibilidade aos problemas, caso não estejam tão claros
para os alunos.
ME_CMeE_5A_2017.indd 94 01/08/17 01:41

5. Procure, no diagrama, cinco palavras que estão relacionadas à falta de dignidade das
pessoas e à pobreza no mundo.
A
B
D
F G
E S
N M
I G
S
U
A
A
Ú
L
D
D
E
A
V
D
C
E
X
83
B N M O R A D I A B O P N
Q R E N D A B N O I U T S
W E R C E D U C A Ç Ã O X
Fique por dentro!
Betinho: Herbert José de Souza (1935-1997) mais

conhecido como Betinho foi um sociólogo e ativista
dos direitos humanos. Seu trabalho mais importante foi
o projeto da Ação da Cidadania Contra a Fome, a Mi-
séria e pela Vida. Mobilizou várias campanhas para ar-
recadar mantimentos em favor dos pobres e excluídos.
Shutterstock.com/wikipedia
Procure saber um pouco mais sobre o trabalho realizado por Betinho e escreva abaixo.
Resposta pessoal
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Anotações
A atividade reforça as ideias da seção sobre a
questão da negação da dignidade às pessoas. O
quadro “Fique por dentro!” traz a figura de Beti-
nho. Será interessante pesquisar quem foi ele e
seu legado para a cidadania. É muito importante
as crianças saberem disso.
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Vamos cantar!
84
Gente
Jauperi
Eu não gosto de gente que gosta um pouquinho.

Eu não gosto de gente fingida.
Eu não gosto de gente que não olha no olho,
gente que reclama da vida!
Gente que aperta a mão assim sem apertar,

gente que foge e não encara o olhar.
Gente que tem medo, gente que enfraquece,
gente que maltrata, gente que aborrece.
Gente que não sabe ser gente!
Gente, gente, gente,
Shutterstock.com/Blend Images
ô, gente! A gente precisa ser gente!
Oxente, a gente precisa de gente!
Que abrace, que sorria,

dê a mão, dê alegria!
Que abrace, que sorria,
dê a mão, dê alegria,
e amor todo dia!
6. A música fala de “ser gente”. Após cantá-la, vamos discutir com os colegas sobre o
que ela nos diz.
a. O que a música quer nos falar? Comente abaixo.
Resposta pessoal
b. Transcreva a parte de que você mais gostou e diga por quê.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 84 25/07/17 18:03
Ouça com os alunos a canção da página 84 e realize uma roda de conversa
sobre o que ela fala. As crianças poderão expressar suas opiniões e você, ao
ouvi-las, poderá fazer uma avaliação da aprendizagem dos alunos. Registre es-
sas contribuições e, coletivamente, faça um mural e exponha-o na sala de aula.
ME_CMeE_5A_2017.indd 96 01/08/17 01:41

O DESEMPREGO
Para começar
85
Trabalho x Desemprego
Nossa formação doméstica e acadêmica nos prepara para sermos adultos responsá-
veis e cuidar de nossa preparação profissional também, para que possamos nos sus-
tentar e dar uma vida digna à família que desejamos construir. Assim, quando atingirmos
certa idade e certo grau de formação acadêmica, estaremos prontos para ingressar no
mercado de trabalho.
Desde que as primeiras sociedades surgiram, há muito tempo, o trabalho consiste
em executar atividades que remunerem e garantam a subsistência de algum modo. Ao
longo do tempo, as formas de trabalho mudaram e evoluíram, mas depois da criação das
máquinas, na época da Revolução Industrial, as vagas começaram a diminuir. Hoje em
dia, sobretudo por causa da grande mecanização e da tecnologia, os trabalhadores são
substituídos, gerando desemprego e problemas sociais de grandes dimensões.
Cada vez mais, é preciso estar preparado e qualificado profissionalmente para man-
ter-se no mercado de trabalho. Contudo, é necessário que os governos também invistam
em educação e ampliação das vagas de emprego para que a população não sofra com
a falta de trabalho, para que as pessoas se mantenham e sustentem as suas famílias de
modo digno.
Shutterstock.com/kurhan
CMeE_5A_2017.indd 85 25/07/17 18:03
O texto aborda a função social do trabalho, de modo que os alunos com-
preendam que ele é mais que apenas uma atividade remunerada. A ligação
com os problemas sociais advindos da escassez de empregos é importante
de ser refletida com as crianças, para que visualizem melhor como a engrena-
gem do mercado funciona e se posicionem enquanto cidadãos em formação.
ME_CMeE_5A_2017.indd 97 01/08/17 01:41

Mais que uma forma de subsistência,
Shutterstock.com/BlueSkyImage
o trabalho também é uma forma de reali-
86
zação do ser humano, pois ele exerce um
papel social e de garantias de direitos bá-
sicos para a população. Através do traba-
lho, a força intelectual dos seres humanos
se materializa naquilo que eles produzem,
e assim buscam transformar o mundo num
lugar melhor para todos.
Domínio público
Então, o que fazer para diminuir o desemprego? É necessário que os nossos gover-
nantes invistam na educação, oferecendo cursos de capacitação profissional, a fim de
que a população possa ter oportunidade de se qualificar e ocupar os diversos postos de
trabalho existentes no mercado.
O trabalho pode ser físico ou intelectual, ele tem como objetivo a obtenção ou a
transformação de alguma coisa, baseado no pagamento de salário, pelo esforço ou pelo
tempo realizado. Existem várias formas de trabalho:
Doméstico − Antigamente, era considerado trabalho de mulheres ou meninas.

Hoje, com as mulheres trabalhando fora, o trabalho doméstico deve ser dividido
entre todas as pessoas que vivem na casa: homens, mulheres, meninos e meninas.
Urbano − Variedade de trabalho dos centros urbanos, mais caracterizado pela
prestação de serviços e pelo comércio.
Rural − Tipo de trabalho próprio das regiões agrárias, mais caracterizado pela pro-
dução, comercialização de alimentos e agronegócio.
Autônomo − É quando a pessoa trabalha por conta própria, sem estar ligada dire-
tamente a uma empresa, mas tem a documentação regulamentada.
Formal − Quando a pessoa trabalha para alguma empresa e tem Carteira de Tra-
balho assinada.
Informal − Quando a pessoa trabalha sem qualquer regulamentação.
Voluntário − Trabalho realizado sem remuneração e sem fins lucrativos, com objeti-
vos éticos, culturais, de assistência social, etc.
Todas as formas de trabalho são uma necessidade básica do ser humano. Atualmen-
te, o emprego é visto, apenas, como uma necessidade financeira. Mas não é assim que
o pensamento deve ser; seja qual for o trabalho, até o voluntário (sem salário), é uma
produção, é o resultado de algo feito, produzido pela pessoa.
CMeE_5A_2017.indd 86 25/07/17 18:03
Converse com os alunos a respeito de pessoas que eles conhecem e que
passaram pela situação de desemprego, apontando as causas e principais
problemas vividos. Peça aos alunos que preparem, em grupos, dramatizações
mostrando as seguintes situações: “um trabalhador sendo despedido”, “um
trabalhador comunicando a sua dispensa do trabalho à família”; “conversando
com seus colegas de trabalho sobre sua demissão” e apresentem para seus
colegas.
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Para fazer
87
1. De acordo com o texto, quais seriam as principais causas do desemprego?
Resposta pessoal
2. O que os governos devem fazer para evitar o desemprego da população?

Resposta pessoal
3. O trabalho é apenas uma atividade remunerada? Justifique sua resposta a partir do

texto.
Resposta pessoal
4. Com a ajuda do educador, vamos fazer uma pesquisa para responder às perguntas
seguintes.
a. Qual é a diferença entre “Trabalho Formal” e “Trabalho Informal”?

Formal é quando a pessoa trabalha em uma empresa e tem carteira assinada e o informal é
quando trabalha sem uma regulamentação.
b. Quais são os benefícios que o trabalho formal garante ao trabalhador?
Resposta pessoal
c. Quais são as áreas que mais empregam trabalhadores no Brasil?
Resposta pessoal
d. Qual é o percentual da população brasileira que está sem emprego no momento?
Resposta pessoal
e. Quais profissões atualmente estão em alta no mercado de trabalho brasileiro?
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 87 25/07/17 18:03
As atividades colocam as crianças em contato com a realidade observada
no Brasil, favorecendo um entendimento concreto do que acontece com a
população às crianças. O educador, como mediador, deve orientar e estimular
a construção de opiniões sobre o tema.
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5. Pesquise, em revistas, jornais e Internet, figuras que mostrem exemplos de trabalhos
formais e trabalhos informais. Depois, ilustre-as nos quadros abaixo, para criar um
88
painel explicativo sobre o tema. Resposta pessoal
Trabalhos Formais
Trabalhos Informais
CMeE_5A_2017.indd 88 25/07/17 18:03
A pesquisa gerará a visualização do subtema da seção, acerca da forma-
lidade e da informalidade dentro do mercado de trabalho. O educador deve
orientar e combinar a pesquisa com os alunos antecipadamente. Após o traba-
lho feito, seria interessante fazer um debate com as crianças sobre o que eles
encontraram em sua pesquisa, bem como suas opiniões sobre os resultados.
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6. A música abaixo retrata a dureza para se manter no trabalho. Vamos ouvi-la e comen-
tá-la depois.
Trabalhador
Seu Jorge
Está na luta, no corre-corre, no dia a dia,

89
marmita é fria, mas se precisa ir trabalhar!
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã,
patrão reclama e manda embora quem atrasar. Shutterstock.com/Alf Ribeir
Trabalhador,
trabalhador brasileiro.
Dentista, frentista, polícia, bombeiro.
Trabalhador brasileiro.
Tem gari por aí que é formado engenheiro!
Trabalhador!
E sem dinheiro vai dar um jeito.

Vai pro serviço,
É compromisso, vai ter problema se ele faltar!
Salário é pouco, não dá pra nada,
desempregado também não dá.
Shutterstock.com/StockLite
E desse jeito a vida segue sem melhorar...
Trabalhador,
trabalhador brasileiro.
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro.
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro!
Trabalhador!
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Anotações
Música sempre ajuda a entender melhor algum
tema. Sobretudo se o trabalho é feito com crian-
ças. O cantor Seu Jorge narra a dureza da jornada
daqueles que querem levar uma vida digna. Uma
boa discussão com os alunos pode ter lugar após
a execução da canção.
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7. Qual é o assunto abordado pela música “Trabalhador” que ouvimos?
Resposta pessoal
90 8. Você concorda com o que ela diz? Por quê?

Resposta pessoal
9. Transcreva a estrofe que mais chamou a sua atenção e explique por quê.
Resposta pessoal
10. Quais profissões o cantor cita na música?

Dentista, frentista, polícia, bombeiro, gari, garçom, garçonete, jurista e pedreiro.
11. Em sua opinião, quais são as profissões mais valorizadas e quais são as menos
valorizadas hoje em dia no Brasil? Escreva-as no quadro abaixo e diga por quê.
Profissões mais valorizadas Por quê?
Profissões menos valorizadas Por quê?
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Tanto a interpretação da música quanto a percepção sobre a realidade das
profissões no Brasil são indicativos do senso crítico de que já dispõem as
crianças. Isso deve ser estimulado e orientado para um correto entendimento
dos papéis sociais e do exercício da cidadania dos alunos. Para isso, a media-
ção do educador é imprescindível.
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A SAÚDE DA
POPULAÇÃO
Para começar
91
Saúde no Brasil
Saúde é o estado de quem
apresenta ausência de alguma
enfermidade e tem uma vida
estável e saudável do ponto
de vista fisiológico e mental.
Mas também devemos colocar
nesse conjunto todos os fato-
res que influenciam para que
um indivíduo tenha esse esta-
do. Quando falamos de saúde,
queremos nos referir não só à
ausência de doenças, como
também a todas as condições
que envolvem a vida de cada
ser humano. Alimentação, água Shutterstock.com/Komsan Loonprom
e esgoto tratados, moradias
dignas, segurança pública, acesso à educação, ao lazer, ao trabalho e aos hospitais.
Esses cuidados deveriam ser todos garantidos pelos governos, pois são nossos im-
postos que financiam o funcionamento do sistema de saúde. Mas, infelizmente, a reali-
dade é bem diferente. Grande parte da população não tem acesso à água de qualidade
ou aos serviços de saneamento básico, as moradias são precárias por conta da explo-
são populacional que ocorre na maioria das grandes cidades, a assistência médica é
deficitária, e educação deixa a desejar no quesito conscientização das pessoas, princi-
palmente.
Outro ponto negativo que influencia na saúde das pessoas é a falta de empregos
para todos, o que compromete a alimentação saudável e até mesmo deixa muita gente
sem condições de adquirir alimentos.
CMeE_5A_2017.indd 91 25/07/17 18:03
A situação da saúde no Brasil é um tema um tanto complexo, mas neces-
sário de ser abordado e discutido com as crianças. A conscientização acerca
dos problemas da população cria o senso de pertença e corresponsabilidade,
reforçando a reflexão sobre a cidadania. Após a leitura do texto, deve-se fazer
uma discussão com os alunos e ouvir suas impressões sobre o assunto.
ME_CMeE_5A_2017.indd 103 01/08/17 01:41

Uma parte da população busca saída pagando por assistência nos planos de saúde
privados, pois os hospitais públicos estão quase sempre superlotados e sem médicos
92
suficientes para atender à demanda que existe. A parte carente da população não tem
a assistência necessária por falta de hospitais e profissionais de saúde que os atenda.
Temos, como cidadãos, que discutir a situação da saúde no Brasil e buscar soluções
para os problemas. Exigir de nossos governantes que nossos direitos sejam respeita-
dos. A falta de saúde de qualidade afeta a todos, por isso é importante que saibamos o
que acontece e tomemos uma posição quanto ao assunto. Isso também é exercício de
cidadania.
Para fazer
1. Sabemos que todos os cidadãos têm direito à saúde. Na sua opinião, como anda a
saúde no Brasil?
Resposta pessoal
2. Que ações o governo deve tomar para garantir um bom serviço de saúde à popula-
ção?
Sugestão de resposta: Contratar mais profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, etc);
construir hospitais e equipá-los.
3. Diante da difícil situação na saúde pública, o que têm feito os brasileiros para garantir
o seu atendimento?
A contratação de planos de saúde privados.
4. Quais os principais desafios dos nossos governantes para melhorar o sistema da

saúde pública no Brasil?
Agilizar o atendimento diminuindo as filas, evitar o desperdício de recursos e garantir a qua-
lidade no atendimento.
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As atividades associam o texto trabalhado à realidade da população, per-
mitindo aos alunos uma visualização dos problemas que são enfrentados dia-
riamente por muitas pessoas, até mesmo entre eles e suas famílias. Os links
feitos darão condições de responder aos exercícios com base no texto e na
realidade.
ME_CMeE_5A_2017.indd 104 01/08/17 01:41

5. Observe a cena.
93
Shutterstock.com/didesign021
Pesquise e escreva, nas linhas abaixo, sobre a importância desses profissionais para
a sociedade.
Resposta pessoal
Fique por dentro!

7 de abril − Dia Mundial da saúde
Top 10 da saúde
O Dia Mundial da Saúde é comemorado todo ano para celebrar o aniversário da Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS), fundada em 1948. Esta comemoração faz parte
de uma campanha global que convida a todos para focar num problema de saúde que
tenha impacto global: uma oportunidade para iniciar a ação coletiva para proteger a saú-
de e o bem-estar da população mundial.
1. Valorize os momentos de se 5. Descubra o lazer.

alimentar. 6. Faça exercício para a mente.
2. Enriqueça sua alimentação com 7. Beba, no mínimo, 8 copos de água
cores variadas. por dia.
3. Pratique exercícios físicos. 8. Dê atenção às coisas simples.
4. Modere o consumo de gorduras e 9. Participe de trabalhos voluntários.
açúcares. 10. Mantenha-se sempre positivo.
CMeE_5A_2017.indd 93 25/07/17 18:03
A atividade foca na relação entre profissional de saúde e paciente, em um
nível ideal. A partir desse enfoque, os alunos irão inferir sobre a importância
desses profissionais para a população. Ao mesmo tempo, a reflexão vai na
linha de que isso está um tanto distante da realidade. O quadro “Fique por
dentro” dá informações sobre o dia mundial da saúde. A mediação do educa-
dor é essencial para orientar essa reflexão.
ME_CMeE_5A_2017.indd 105 01/08/17 01:41

6. A partir do texto, reflita e escreva, nos quadros abaixo, quais hábitos podem ser ado-
tados pelas pessoas para cuidar melhor da saúde. Resposta pessoal
94
7. Observe as imagens abaixo e escreva, ao lado de cada uma delas, como você as
interpreta. Resposta pessoal
Shutterstock.com/Jales Valquer
Agência Brasil
Shutterstock.com/Sergey Vasilyev
CMeE_5A_2017.indd 94 25/07/17 18:03
As atividades trabalham com o senso crítico dos alunos em suas correla-
ções entre o tema abordado e a realidade da população, fazendo com que,
ao se sentirem parte do todo, mostrem suas opiniões nos comentários que
escreverem sobre a saúde coletiva e nas sugestões dadas para a melhoria da
saúde em nível individual.
ME_CMeE_5A_2017.indd 106 01/08/17 01:41

AS REGIÕES
ATINGIDAS PELA FOME
95
Para começar
Populações com fome
Shutterstock.com/ESB Professional
A fome é um grande proble-

ma para a sociedade atual, pois
a cada dia mais pessoas passam
a ser excluídas do mercado de
trabalho ou sofrem por causa de
outras situações, como violência
étnica, conflitos armados, mu-
danças climáticas e superpovoa-
mento de grandes cidades.
Com isso, a fome deixa de
ser apenas um problema isola-
do e passa a ser um problema
de saúde mundial, pois provoca
inúmeras doenças e compromete
o desenvolvimento das pessoas.
Milhões de pessoas são afetadas
pela fome no mundo, principalmente na África, que concentra as nações mais empobre-
cidas do planeta. Enquanto isso, outros tantos milhões de pessoas desperdiçam alimen-
tos todos os dias, sem ter a consciência de que isso é uma afronta àquelas pessoas que
não têm o que comer. Além disso, o desperdício é uma questão ética muito séria, pois
deveríamos pensar em nossos semelhantes carentes.
No Brasil, também temos muitas pessoas em situação de fome. É preciso exigir políti-
cas sociais mais eficientes para começar a resolver esses problemas. Ao mesmo tempo,
enquanto sociedade, precisamos pensar numa ação concreta e coletiva para ajudar essas
pessoas.
CMeE_5A_2017.indd 95 25/07/17 18:03
O texto apresenta o problema da fome no mundo e dá pistas de suas cau-
sas principais. Após sua leitura, deve-se fazer um debate com os alunos sobre
o assunto e observar suas colocações e opiniões de modo geral, a fim de
perceber seu nível de conscientização acerca do problema e sua consciência
ética enquanto cidadão em formação.
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Para fazer
96
1. A fome é um dos maiores problemas do mundo. De que maneira seria possível solu-
cionar esse problema?
Resposta pessoal
2. Que continente, atualmente, é o mais atingido pela fome?

O continente africano.
3. Localize e pinte, no mapa abaixo, o continente mais afetado pela fome.
Europa
América
do Norte Ásia
África
América
Central
América
do Sul
Oceania
4. Para resolver o problema da fome, é necessário que todos tenham acesso a alimento
suficiente para uma vida saudável e ativa. Se você fosse um governante, que estraté-
gia usaria para resolver esse grave problema que é a fome no mundo?
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 96 25/07/17 18:03
As atividades têm o objetivo de que os alunos façam correlações entre a
fome e outros problemas, além de incentivar sua reflexão pessoal em relação
a seu papel na sociedade, formando e partilhando opiniões com os colegas
quanto ao tema. A mediação do educador favorece esse exercício orientando
e suprindo lacunas, se houver.
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5. Leia o poema.
97
A fome
Iêda Rocha
A fome é a miséria que destrói partes do mundo,

pois extingue a existência de pessoas como Raimundo,
José, Benedita ou Maria e todos aqueles que estão a sofrer,
dias, meses, anos e vida, não há distinção entre o anoitecer.
Pois o dia nunca desponta, e lá no lixo da cidade

buscam satisfazer sua básica necessidade.
A vida é banalidade, fantasia e alucinação,
não faz sentido ser criança, ser jovem ou ancião.
A dor ameaça, é intensa, é como a dor da morte,

só sabe quem trouxe a infeliz sorte,
mas alguém precisa sobreviver,
enquanto tantos só pensam em ter.
E desenvolve-se, apressadamente, a dor social

quando adoece, não há leito nem hospital,
é uma dor que humilha, maltrata, elimina a vida Shutterstock.com/jrmiller482
e para saciar não precisa só de comida.
Clama-se por dignidade, justiça e igualdade,

são gritos sem esperança em busca da liberdade,
são vidas que no mundo, em cada país ou nação,
buscam, ansiosamente, da vida a concretização.
Interprete o poema e escreva com suas palavras o que você entendeu.

Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 97 25/07/17 18:03
As atividades desta página colocam os alunos em contato com um gênero
literário que aborda o tema em foco. Isso é interessante, pois incentiva a lei-
tura desse gênero e traz a possibilidade de construções diferentes do ponto
de vista intelectual. Tanto se discute o tema quanto se propicia a criatividade
artística e textual de modo geral.
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Vamos pesquisar!
98
6. Muitas pessoas lutam para conseguir melhores condições de vida para seus seme-
lhantes. Essas pessoas entenderam que poderiam fazer mais por quem precisava de
auxílio. A seguir, temos dois grandes personagens que abraçaram essa causa. Com
a ajuda do educador, pesquise sobre suas vidas e suas ações e escreva nos espaços
abaixo.
Irmã Dulce
Resposta pessoal
Shutterstock.com/rook76
Gandhi
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Jayakumar
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A pesquisa, acompanhada pelo educador, levará as crianças a conhecer
melhor as personalidades citadas, bem como as ações em prol da dignidade
das pessoas sofridas e carentes, buscando melhorar a vida delas, manter a
paz e acabar com a fome. É um bom exercício de aprendizagem de cidada-
nia na prática.
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7. Leia o texto informativo abaixo.
99
Número de vítimas da fome cai para menos de 800 milhões: a
erradicação é o próximo objetivo
72 países alcançaram o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir

para metade a percentagem de pessoas que sofrem de desnutrição crônica.
27 de maio de 2015, Roma − O número de pessoas que passam fome no
mundo caiu para 795 milhões − 216 milhões a menos que em 1990-92 − cer-
ca de 1 em cada nove pessoas, de acordo com a última edição do relatório
anual sobre a fome das Nações Unidas (O Estado da Insegurança Alimentar
no Mundo 2015 − SOFI).
Em regiões em desenvolvimento, a prevalência de desnutrição − que mede
a proporção de pessoas que não consomem alimentos suficientes para le-
varem uma vida ativa e saudável − diminuiu para 12.9% da população, em
relação aos 23.3% registrados há um quarto de século atrás, segundo o SOFI
publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agri-
cultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD)
e o Programa Alimentar Mundial (PAM).
A maioria dos países monitorizados pela FAO − 72 de 129 − atingiram a meta
dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de reduzir para metade a incidên-
cia de desnutrição até 2015, sendo que, como um todo, as regiões em desenvol-
vimento não alcançaram o objetivo apenas por uma pequena margem. [...]
“Este quase completo cumprimento das metas sobre a fome dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio mostra-nos que podemos, de fato, eliminar o
flagelo da fome no decurso das nossas vidas. Devemos ser a geração Fome
Zero. Esse objetivo deverá integrar-se em todas as intervenções públicas e
no centro da nova agenda de desenvolvimento sustentável a ser estabelecida
este ano,” disse o Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva.
“Se queremos verdadeiramente criar um mundo livre da fome e da pobreza,
então devemos tornar isso numa prioridade e investir nas zonas rurais dos paí-
ses em desenvolvimento, onde vivem a maioria das pessoas mais pobres e que
mais fome passam no mundo,” disse o Presidente do FIDA, Kanayo F. Nwanze.
Texto adaptado para fins didáticos. Disponível em: http://www.fao.org/news/story/pt/item/288582/
icode/ Acesso em: 21/06/2017.
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É interessante que as crianças sejam informadas sobre as organizações
que cuidam do problema da fome no mundo e das atividades por elas desen-
volvidas. O texto traz informações estatísticas que ajudam a visualizar a situa-
ção das populações mais atingidas pela fome e o trabalho das instituições de
combate à fome. Após sua leitura, uma roda de conversa sobre o tema é o
passaporte para as atividades.
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Agora, responda as perguntas abaixo:
a. O que significa a sigla FAO?
100
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
b. Segundo a FAO, quais são as regiões mais atingidas pela fome?
As zonas rurais dos países em desenvolvimento.
c. O que o texto sugere como solução do problema da fome?
Sugestão de resposta: Devemos trabalhar para transformar as nossas comunidades rurais
para que proporcionem postos de trabalho dignos, com condições e oportunidades
decentes.
8. Observe a charge abaixo, depois escreva o que você compreendeu sobre ela.
Resposta pessoal
Eu tenho
um iPhone,
e você? Eu tenho
um iFome.
9. Que outras atitudes você pensa que poderiam ajudar a acabar com a fome? Escreva-
-as nos espaços abaixo. Resposta pessoal
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Os exercícios propostos revisitam as informações contidas no texto e refor-
çam o aprendizado dos alunos em relação ao tema, incentivando a consciên-
cia crítica das crianças com respostas pessoais, correlacionando o assunto a
fatos concretos do cotidiano. O educador deve sempre fazer inferências para
avaliar a apreensão do conteúdo.
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10. Com a música abaixo vamos refletir um pouco mais sobre o tema.
101
Eu Louvei
Adão Negro / Sérgio Cassiano
Eu quis tudo de bom pra nós.

Foi que eu quis um mundo bem melhor.
Agora só falta pra gente é fazer acontecer
um lugar onde a gente viva em paz.
Onde a desigualdade tenha fim, eu louvei e vi.

As crianças da minha terra, não morram de fome.
E se você abrir seu coração e ouvir,

vai saber que tem que acontecer e se cumprir!
A redenção tarda, mas há de vingar
a justiça, tenho ainda na esperança.
Onde a desigualdade tenha fim, eu louvei e vi.

As crianças da minha terra, não morram de fome.
11. Desenhe e pinte, no quadro abaixo, uma representação da letra da música que você
ouviu. Resposta pessoal
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Um pouco de poesia em forma de música ajuda a entender melhor o tema
e estimula a criatividade das crianças. Com o desenho, eles expressarão seus
sentimentos em relação ao que ouviram e exercitarão, por meio da arte, sua
consciência cidadã. Os desenhos podem ser apresentados para a turma.
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OS CIDADÃOS
102 INVISÍVEIS
Para começar
A palavra invisível se refere a algo que não se
pode ver. Disso todos sabem. Não há dúvidas.
Porém, as palavras podem ser associadas a di-
versos significados dependendo da cultura ou
do tipo de evolução que as sociedades têm.
Quando esse termo é associado a uma pes-
soa significa que essa pessoa não teria visibi-
lidade, ou seja, que não é reconhecida como
Shutterstock.com/ Zurijeta
cidadã. As diversas mudanças nas relações hu-
manas que observamos nos dias de hoje, o con-
sumismo exagerado, os preconceitos e alguns
conflitos tornam pessoas invisíveis, imperceptí-
veis no convívio social.
Infelizmente, essa é uma dura realidade que
diz respeito às pessoas que estão fora do mer-
cado de trabalho, que não têm documentos
de identificação, mendigos, moradores de rua,
imigrantes clandestinos. Todos eles sofrem
desse mal que afeta diretamente sua digni-
dade humana, pois, se não são reconhecidos
como pessoas, também não têm seus direitos
Shutterstock.com/Travel Stock
respeitados.
Assim, a sociedade perde qualidade de vida,
há mais isolamento social, o preconceito impe-
de novas relações e mais pessoas ficam numa
situação a que se dá o nome de indigência. Vi-
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Atualmente, a nossa sociedade trata as pessoas carentes com descaso e
as coloca à margem de tudo, gerando desigualdades de todos os tipos. A re-
flexão sobre o texto será potencializada com um bom debate com as crianças,
mediado pelo educador. Na discussão, a troca de opiniões e experiências é
uma riqueza a ser explorada no sentido da construção da ética nas atitudes
cotidianas e coletivas.
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vem como se não existissem e sentem na pele o descaso das outras pessoas em relação
a elas.
103
É necessário que haja uma mudança no jeito de ver essas pessoas, que são justamen-
te aquelas que mais precisam de amparo e ser incluídas na sociedade, de modo que te-
nham seus direitos resguardados e a sociedade possa ser menos injusta e mais cidadã.
Para fazer
1. A quem o texto chama de cidadãos invisíveis?
Resposta pessoal
2. Por que isso acontece?

Resposta pessoal
3. Quais prejuízos essa conduta pode causar à sociedade?

Resposta pessoal
4. Como podemos agir para que isso não aconteça?

Resposta pessoal
5. Explique, com suas palavras, a frase “ultimamente o Mundo anda muito doente”. Ex-
plique também como “curar” essa doença referida na frase.
Resposta pessoal
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Anotações
A partir do texto sobre os cidadãos invisíveis,
as crianças são estimuladas a fazer links com a
realidade em que vivem e dar suas opiniões so-
bre o tema. É uma excelente oportunidade para
o educador fazer uma avaliação da apreensão do
conteúdo a partir das respostas encontradas.
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Era uma vez
104 Cavaleiro do amor

Silvia Schmidt
Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade.
Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois ele era perfeito.
Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza.
Todos reconheciam que, realmente, era o coração mais bonito que já haviam visto.
O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.
De repente, um velho homem, montado em um cavalo, surgiu do meio da multidão,
desceu ao chão e bradou: “Seu coração, nem de longe, é tão bonito quanto o meu!”.
O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem: batia fortemente, mas
era cheio de cicatrizes.
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O texto Cavaleiro do amor é uma boa opção para um trabalho de debate
com os alunos. Faça a leitura com a turma e, em seguida, promova a interpre-
tação do texto, deixando que as crianças coloquem suas opiniões e impres-
sões sobre o tema. Oriente-os a perceber os valores ali presentes.
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Havia lugares onde faltavam pedaços e também partes com enxertos que não se en-
caixavam bem, que tinham as laterais ressaltadas.
105
A multidão se espantou:
− Como pode dizer que seu coração é mais bonito?
O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo:
− O senhor deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. O meu é
perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas!
− Sim, − disse o velho homem − O seu tem aparência perfeita, mas eu nunca trocaria
o meu por ele. As marcas representam pessoas a quem dei o meu amor. Eu arranquei
pedaços do meu coração e dei a elas e, muitas vezes, elas me deram pedaços de seus
corações para eu colocar nos espaços deixados; como esses pedaços não eram do
tamanho exato, hoje parecem enxertos feios e grosseiros, mas eu os conservo como
lembranças do amor que compartilhamos.
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Ao final, o educador pode fazer uma síntese com os alunos, construindo o
caminho reflexivo proposto para a unidade. Reflita com os seus alunos acerca
da beleza existente na simplicidade das imperfeições. Esta é uma oportunida-
de para avaliar a participação da turma, bem como a compreensão do tema
em estudo.
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FUNDAMENTAÇÃO
Atividade:
A beleza da diversidade
Esta atividade auxilia o aluno a: Procedimento:
• Reconhecer a diversidade, constatando a • O professor oferece aos alunos uma folha de
beleza desse fenômeno; papel em branco e pede que cada um dese-
• Olhar para o diferente sem discriminação e nhe uma grande casa. Nessa casa o aluno
com sensibilidade. desenhará tantas janelas quantas forem ne-
cessárias para registrar o nome das religiões
Conteúdo: presentes em sua família.
• As religiões do Brasil. • Exemplo: ele pode desenhar uma janelinha
para si e escrever nela o nome de sua reli-
Você vai precisar de:
gião; outra para um tio, mais outra para uma
• Papel A4 (folha para cada aluno) e caixinhas
prima, uma quarta para os avós, etc. Esse
de lápis de cor;
trabalho pode ser terminado em casa com
• Um cartaz grande com o desenho de uma
auxílio das informações que o aluno poderá
casa com inúmeras janelas;
obter perguntando aos seus familiares qual
• Uma imagem grande de floresta que dê des-
sua pertença religiosa.
taque à biodiversidade.
• Na aula seguinte, o professor apresenta, num
grande cartaz (ou faz no quadro), o desenho
de uma casa enorme com muitas janelas e,
à medida que os alunos vão dizendo quais
religiões estão presentes em sua família, ele
vai escrevendo o nome delas nas janelas da
grande casa. Ao término, pode, com a ajuda
dos alunos, ir completando o trabalho com o
nome de outras religiões presentes no Brasil,
por exemplo: budismo, candomblé, etc.
• Preenchidas todas as janelas, a turma encon-
tra um nome para essa casa. Se a casa que
cada um elaborou se intitulava: “As religiões
presentes em minha família”, a casa coletiva
pode ser chamada de...
Shutterstock.com/Monkey Business Images
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Refletir com os alunos sobre a seguinte questão: como membros de uma família que moram
sob o mesmo teto devem comporta-se a fim de viver de maneira harmoniosa? Após serem defi-
nidas algumas precondições, conduzir a reflexão para a questão de o Brasil ser a casa territorial
dos brasileiros e de existirem muitas pessoas diferentes, com religiões e maneiras de ser distintas,
que compõem a diversidade humana brasileira. Comparar essa diversidade com a biodiversidade,
mostrando imagens de uma floresta com diferentes espécies de plantas e animais e enfocando a
beleza da diversidade. Esse mesmo enfoque, por fim, é dado à diversidade de religiões e crenças
que compõem o cenário brasileiro.
RODRIGUES, Edile Maria Fracaro. Alteridade, culturas & tradições: atividades do Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
São Paulo: Cortez, 2009.
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Unidade
A paz deve ser a marca de nossa personalidade. Viver em paz é abandonar intri-
gas, apegos materiais e a violência. Os valores da paz e da não violência são per-
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manentes e eternos. São comuns a todas as pessoas de todos os lugares, etnias e
crenças. Não é algo que se precise adquirir. Eles nascem com você, são inatos. Não
podem ser ensinados. Devem ser compreendidos e cultivados ao longo da vida.
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E EU COM ISSO?
• Você acha que o mundo está violento?
• Por que será que a violência mundial está crescendo cada
vez mais?
• O que é possível fazer para praticar a paz?
• Você já ouviu falar da exploração do trabalho infantil?
Conhece alguma situação de exploração?
• Quais são os maiores problemas globais?
• Você já ouviu falar em ONGs? Na sua cidade, existe alguma
ONG?
• Você já visitou alguma ONG ou colaborou com alguma?
Como se sentiu?
A unidade propõe trabalhar temas fortes, mas condizentes com as

realidades observadas atualmente no convívio social. O educador, me-
25/07/17 18:03
diando o processo, deverá propiciar aos alunos momentos de reflexão,

atividades paralelas e trabalho em sala que reforcem a necessidade
da construção de uma cultura de paz, pautada pela moral e pela ética.
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A VIOLÊNCIA
108 NO MUNDO
Para começar
Shutterstock.com/Twin Design
A violência se caracteriza por qualquer ato que
atinja a integridade do meu semelhante de ma-
neira negativa ou degradante, isto é, qualquer ato
que machuque, cause ferimentos ou danos mais
sérios, sejam físicos ou psicológicos. A integrida-
de de uma pessoa é o conjunto de todas as coisas
que lhe proporcionem bem-estar físico e mental.
Daí, quando somos violentos, ou seja, praticamos
atos que agridem nosso semelhante, estamos afe-
tando a própria dignidade dessa pessoa. E isso,
em qualquer nível, não é sinal de cidadania.
Mas a violência não se traduz apenas em atos
violentos, ou agressão física a nossos semelhan-
tes. Ela pode ocorrer de forma silenciosa. É o que
se chama de violência simbólica, isto é, formas de
ser violento com as outras pessoas que não são
perceptíveis por todos. Isso acontece quando per-
seguimos alguém, praticamos bullying, fazemos
pressão psicológica, tratamos com indiferença
por causa de diferenças étnicas, religiosas e tan-
tos modos mais.
Há ainda a violência doméstica, que é aquela
praticada dentro de casa. Agressões às mulheres
e aos filhos por parte dos esposos e pais ou entre Shutterstock.com/Pressmaster
demais parentes. Mas todas elas atentam contra a

dignidade dos seres humanos e devem ser com-
batidas pela sociedade, educando e conscienti-
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O texto traz uma abordagem bem clara da violência em linhas gerais. Ao
mediar o assunto com as crianças, o educador deve fazer correlações entre
os fatores indicados como causadores de violência, de modo que os alunos
percebam que ser violento vai além de cometer atos de violência, mas que há
toda uma cultura violenta nas sociedades atuais.
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zando a população dos seus direitos e de como evitar a violência, ou mesmo denunciar
os agressores para que as autoridades competentes ajudem a combater esse mal.
109
É preciso entender o que provoca a violência para que o combate seja eficiente. Na
sociedade onde a gente vive, muitos são os fatores que podem gerar a violência: a po-
breza, a falta de empregos em geral, o custo de vida alto além das possibilidades de
muitas pessoas, o crescimento desordenado de muitas cidades, os conflitos armados,
diferenças religiosas entre outros.
Para fazer
A partir do texto, interprete e responda, com suas palavras, às perguntas abaixo.
1. Como podemos explicar o que é a violência?

Resposta pessoal
2. O que caracteriza a integridade de uma pessoa?

Resposta pessoal
3. Escreva exemplos de formas de violência simbólica.

Resposta pessoal
4. Como ocorre a violência doméstica?

Resposta pessoal
5. Quais são os principais fatores causadores da violência?

Resposta pessoal
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Os exercícios propostos visam reforçar as informações trazidas no texto
de abertura da unidade, contando com a capacidade interpretativa dos alu-
nos. No acompanhamento, o educador deve ficar atento às respostas para,
se for o caso, suprir alguma lacuna. Esse tipo de atividade estimula a cons-
ciência crítica.
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6. O que a sociedade deve fazer para combater a violência?
Resposta pessoal
110 7. Vimos no texto que a violência é mais que atos violentos. Que outras ações pratica-
das por nós podem levar à violência? Escreva nos espaços abaixo.
Resposta pessoal
8. O que é bullying?
Resposta pessoal
9. “Ainda hoje prolongamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levan-
tamos a mão contra quem é nosso irmão. […]; e esta atitude se faz mais aguda:
aperfeiçoamos nossas armas, nossa consciência adormeceu, tornamos mais sutis
as nossas razões para nos justificar. Como fosse uma coisa normal, continuamos a
semear destruição, dor, morte! A violência e a guerra trazem somente morte, falam de
morte! A violência e a guerra têm a linguagem da morte!”.
Em seu caderno escreva uma reflexão sobre esta citação do Papa Francisco.
Resposta pessoal
10. Sublinhe as respostas que completam a seguinte frase: Para que não haja a violên-
cia, precisamos...
a. conversar.
b. empurrar.
c. ouvir o outro.
d. aceitar a opinião e a decisão do outro.
e. desrespeitar o próximo.
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Anotações
Os exercícios reforçam a interpretação dos alu-
nos acerca do tema em curso, proporcionando
links para que eles correlacionem o assunto com a
cotidianidade. O acompanhamento das atividades
pelo educador é interessante para avaliar o nível
dessa interpretação e o alcance da criticidade das
crianças.
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11. A música a seguir fala sobre a importância de cuidar bem das mulheres. Vamos
aprender mais sobre este assunto, respondendo às questões da página seguinte.
111
Quem ama abraça!
Gabriel Moura/Rogê
Estamos juntos pra dizer Gentileza, sejamos educados,

chega de tanta humilhação, discriminação é coisa do passado!
que você cansa de sofrer (oh, mulher)! Diga não a essa enorme covardia,
Pra cada um, pedimos paz. é hora de mudar essa situação.
Um novo dia vai nascer É hora de mudar essa postura, meu irmão,
num amanhã muito melhor. denuncie, não tenha medo!
Quem ama ajuda, quem ama agrada, Ninguém pode mais ficar calado!
dá carinho e dá calor. Xô machismo!
Quem ama cuida, quem ama abraça, Xô violência!
não maltrata o seu amor! Xô de uma vez!
Com responsabilidade, Quem ama abraça!

com bravura e com coragem, quem ama ajuda, quem ama agrada,
nós podemos de verdade, dá carinho e dá valor.
vidas e mais vidas salvar! Quem ama cuida, quem ama abraça,
É só você denunciar, não maltrata o seu amor!
todos nós estamos vendo
o que está acontecendo,
ninguém pode mais negar!
Quem ama ajuda, quem ama agrada,

dá carinho e dá valor.
Quem ama cuida, quem ama abraça,
não maltrata o seu amor!
Mulher cidadã,
Shutterstock.com/michaeljung
não importa a cor, o peso, a idade,

todas vocês são lindas de verdade!
Amiga, irmã, mães,
esposas, filhas, avós.
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A música faz parte de uma campanha pelo fim da violência contra as mulhe-
res. Importantíssimo abordar essa temática com as crianças, seja para a cons-
cientização específica quanto ao tema, seja para a ampliação dos horizontes
cidadãos de modo geral. É uma realidade ainda perceptível em muitas famí-
lias, infelizmente. A discussão sobre a música dá margem a muitas opiniões
dos alunos, e isso é de grande relevância para a formação cidadã.
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a. Qual é o tema principal abordado pela música?
A violência contra as mulheres.
112 b. Transcreva a estrofe que mais chamou a sua atenção e diga por quê.
Resposta pessoal
c. No quadro abaixo, faça uma ilustração que possa ser usada em uma campanha
pelo fim da violência contra as mulheres. Depois, pinte-a.
Resposta pessoal
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A partir da música trabalhada, as atividades visam reforçar as informações
passadas e as discussões feitas em sala de aula, terminando com a expressão
artística a favor da cidadania. Violência é assunto sério e deve ser conversado
com os alunos. A mediação do educador é imprescindível.
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A CULTURA
DE PAZ!
113
Para começar
A paz é mais que um estado de espírito. Ela Shutterstock.com/maxstockphoto
é um comportamento, uma atitude, uma postura

diante do mundo e das situações, que visa a pre-
servar a minha integridade pessoal e a do meu
semelhante. Assim, é uma construção cotidiana,
atitudes que se sobrepõem e vão formando um
caminho a ser percorrido juntamente com outros
valores importantes à vida em sociedade.
Podemos falar, então, de uma cultura de paz, ou
seja, o conjunto de atitudes, pensamentos e mo-
bilizações sociais que visem a construir a paz em
seu sentido mais amplo. Inúmeras atitudes feitas
com um só objetivo: a construção de um mundo
melhor para todos, cujo principal valor seja a paz!
Cada um, em seu trabalho, em sua família, em Shutterstock.com/oneinchpunch
sua escola deve trabalhar pela paz. É um trabalho

de formiguinha, mas que surte um grande efeito
quando levado a sério. Inúmeras pessoas dedica-
ram e dedicam suas vidas a esse ideal, e nos dei-
xam grandes lições para serem aprendidas e se-
guidas. Se cada um fizer a sua parte, com certeza,
construiremos um mundo mais justo para todos,
inclusive com paz para as pessoas.
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Nesta seção, o tema da paz deve ser ampliado para que saia do lugar co-
mum da simples ausência de conflitos. As crianças precisam incutir a ideia de
uma cultura de paz, que consiste no conjunto de atitudes morais e éticas que
constroem um mundo mais igualitário e uma sociedade mais harmoniosa.
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Para fazer
114
1. Leia e cante a música de Nando Cordel.
Paz pela Paz

Nando Cordel
A paz no mundo
começa em mim; Shutterstock.com/Studio 1One
se eu tenho amor,
com certeza sou feliz.
Se eu faço o bem a meu irmão,
tenho a grandeza dentro do meu coração.
Chegou a hora de a gente construir a paz.
Ninguém suporta mais o desamor.
Paz pela paz − pelas crianças,
paz pela paz − pelas florestas,
paz pela paz − pela coragem de mudar.
Paz pela paz − pela justiça,
paz pela paz − a liberdade,
Shutterstock.com/Blend Images
paz pela paz − pela beleza de te amar.
A paz no mundo
começa em mim;
se eu tenho amor,
com certeza, sou feliz.
Se eu faço o bem a meu irmão,
tenho a grandeza dentro do meu coração.
Chegou a hora de a gente construir a paz.
Ninguém suporta mais o desamor.
Paz pela paz − pro mundo novo,
paz pela paz − à esperança,
paz pela paz − pela coragem de mudar.
Paz pela paz − pela justiça,
paz pela paz − à liberdade,
paz pela paz − pela beleza de te amar.
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A música trabalhada pode dar boas pistas para a reflexão dos alunos, sob a
orientação do educador. Peça para os alunos fazerem em dupla, trio, como o
professor desejar, uma ilustração para cada verso da música em que apareça
a expressão “PAZ PELA PAZ”. Exponha nos corredores a sequência dos ver-
sos da música.
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2. Agora, responda às perguntas.
115
a. Qual é o título da música cantada?
Paz pela Paz.
b. Para o autor, onde começa a paz do mundo?
Em mim, ou seja, em cada um de nós.
c. O que ele quer dizer com o título da música?
Resposta pessoal
3. Vimos que podemos praticar a paz no nosso dia a dia. Como você pratica a paz?
Resposta pessoal
4. Escreva, nos espaços abaixo, quais atitudes ajudam a construir uma cultura de paz.
Resposta pessoal
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Anotações
As atividades propostas visam reforçar o traba-
lho feito com a música em sala de aula. O edu-
cador deve orientar a atividade sobre a cultura
de paz, contribuindo com o entendimento de um
conjunto de atitudes cidadãs, para a fixação dos
alunos.
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5. Vimos no texto sobre a cultura de paz, lido na página 113, que muitas pessoas de-
dicaram suas vidas a essa causa. Grandes personalidades e pessoas anônimas. Va-
116
mos conhecer um pouco mais sobre uma dessas pessoas: O Profeta Gentileza. Você
já ouviu falar dele? Então vamos fazer uma pesquisa sobre ele e responder: que
mensagem o Profeta Gentileza nos deixa para a construção da paz?
Resposta pessoal
Shutterstock.com/Wikipédia
6. Desenhe e pinte uma bela representação sobre a cultura da paz.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 116 25/07/17 18:03
O trabalho de pesquisa, orientado pelo educador, trará ao conhecimento
dos alunos o Profeta Gentileza, um humilde propagador da paz e dos valores
para uma vida melhor. Após o trabalho, pode-se registrar em um mural as
melhores frases ditas por ele, recolhidas pelos alunos em suas pesquisas. A
seguir, uma roda de conversa sobre o tema seria interessante.
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O TRABALHO
INFANTIL
117
Para começar
Leia o texto a seguir que mostra a vida dura de trabalho de duas crianças.
Os pequenos trabalhadores do Brasil

Shutterstock.com/think4photop
Mariana acorda todos os dias às quatro
horas da manhã, toma um pouco de café e,
depois, entra em um caminhão que a leva
para o trabalho. Passando por estradas de
terra, sem a menor segurança, chega à la-
voura em algumas horas.
Trabalha durante o dia todo cortando
cana, parando só para almoçar a comida,
já fria, que sua mãe preparou pela manhã.
Volta à noite para casa, muito cansada.
Dorme cedo sabendo que, no dia seguin-
te, tudo começará de novo.
Esta poderia ser a história de uma pes-
soa qualquer do campo. Mariana, porém,
tem apenas oito anos e chega a passar 12
horas fora de casa, se somarmos o tem-
po que ela leva para ir à lavoura e voltar
dela com o tempo que gasta realizando
seu serviço.
A menina corre perigo: pode se machu-
car gravemente ao manejar o facão, uma
vez que esse é muito pesado. O risco au-
menta com o cansaço.
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O texto é bem esclarecedor dos problemas do trabalho infantil a partir dos
personagens Mariana e João. Tal fenômeno é uma realidade, não apenas no
campo, mas em todos os âmbitos da sociedade. Muitas vezes os alunos já
devem ter visto situações semelhantes, porém, agora, refletirão sobre elas sob
outra ótica. A mediação do educador dará esse diferencial, alimentando a visão
crítica e o senso de cidadania na observação das situações em destaque.
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Depois de tanto cortar cana debaixo do Sol quente, ela acaba não prestando tanta
atenção ao que está fazendo. E, como se não bastasse, Mariana também pode ser pica-
118
da por bichos que se encontram no mato e sofrer com calos nas mãos e dores na coluna.
Existem muitas crianças trabalhando por este Brasil afora, como Mariana, persona-
gem desta história inspirada na realidade.
Dessas crianças, é tirado o direito de estudar e brincar, prejudicando seu desenvolvi-
mento. Isso acontece não só no cultivo da cana-de-açúcar, mas em muitas outras ativi-
dades, tanto no campo quanto na cidade.
É o caso de João, que, aos 9 anos, se vê obrigado a trabalhar em uma carvoaria. Con-
vivendo com uma fumaça que nunca para de sair das chaminés dos fornos de carvão e
que o faz tossir muito. Há o risco de ele se queimar e de sofrer com dores no corpo, já
que não tem forças para levar tanto carvão de um lado para o outro.
Histórias de infâncias perdidas em lavouras são mais comuns do que se pode pensar.
Para ter uma ideia, procure na sua cozinha por algumas laranjas, café, mate, extrato de
tomate. Mesmo que não ache tudo, é certo que você já fez uso de algum desses itens
ao menos uma vez na vida. E, pode acreditar: é bem provável que ele tenha sido colhido
por um menor.
Com pouca saúde e sem chance de estudar, a vida é muito difícil para todas essas
crianças. Mas o que as leva ao trabalho pesado e as tira da escola?
Shutterstock.com/Sergei Kazakov
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Peça para os alunos realizarem uma pesquisa (em revista, jornal ou Internet)
de fotografias de crianças brasileiras em uma situação com direitos garantidos
e outra com direitos não garantidos. Cole cada foto em uma folha de papel
sulfite ou cartolina e elabore uma legenda. Em um dia determinado, os alunos
poderão apresentar e explicar seu trabalho para os colegas.
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A explicação é que vivemos em um país com grandes diferenças sociais. Isso significa
que, de um lado, há pessoas com condições de dar aos filhos aquilo de que eles preci-
119
sam. De outro, há famílias que não têm como dar de comer às crianças, porque recebem
pouco dinheiro pelo serviço que realizam e, por isso, acabam levando seus meninos e
suas meninas a trabalhar, para poder ajudá-los.
Essas crianças que trabalham quase sempre se tornam adultos que, por não terem
tido a oportunidade de estudar, vão continuar a levar uma vida dura e, provavelmente,
terão de botar seus filhos na roça da mesma forma que seus pais fazem hoje.
TOLEDO, Daniel Bastos; PUGLIESI, Danielle; CORDEIRO, Tiago. Os pequenos trabalhadores do Brasil. In:
Ciência Hoje das Crianças, ano 12, no 93. Rio de Janeiro: SBPC, jul. 1999.
Para fazer
1. Complete o quadro de acordo com o texto que você leu.
Título do texto Os pequenos trabalhadores do Brasil.
Personagens Mariana e João.

Idades das personagens 8 anos e 9 anos.
Quanto tempo Mariana fica fora de casa? 12 horas.
Onde Mariana trabalha? Na lavoura.
2. Mariana corre perigo! Quais são esses perigos? Marque X nas alternativas que cor-
respondem aos perigos que Mariana enfrenta.
a. X Machucar-se ao manejar o facão.
b. Machucar-se por usar a caneta para escrever.
c. X Ficar desatenta por causa do cansaço.
d. X Ser picada por bichos.
e. Descansar brincando.
f. X Sofrer com calos e dores na coluna.

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Após a leitura e discussão do texto, as atividades visam reforçar as informa-
ções trazidas e permitir aos alunos uma avaliação da realidade em relação aos
personagens citados e os trabalhos arriscados que executam. A opinião das
crianças é muito importante para avaliar seu grau de apreensão do conteúdo
por parte do educador.
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3. Agora, compare a sua rotina com a de Mariana escrevendo o que você faz na tabela
abaixo.
120 Atividade
Hora que acorda

Mariana
04:00 h da manhã
Você
A criança deve responder a

que horas acorda.
A criança deve responder o

Café da manhã Um pouco de café
que toma no café da manhã.
Caminhão sem A criança deve responder

Meio de transporte
segurança como vai à escola.
A criança deve responder que não trabalha /

Lugar de trabalho Lavoura ou responder que seu lugar de trabalho é a
escola.
A criança deve responder

que não trabalha / ou
Tipo de trabalho Cortando cana
responder que seu trabalho
é estudar.
A criança deve responder o

Almoço Comida fria
que costuma almoçar.
Hora em que volta A criança deve responder a que horas volta

À noite
para casa para casa após a escola.
4. Sua vida é igual à de Mariana? Por quê?

Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 120 25/07/17 18:03
Anotações
A atividade comparativa ajuda os alunos a com-
preenderem a importância dos direitos da criança e
dos males que seu desrespeito pode ocasionar. Ao
mesmo tempo, leva-os a pensar nos semelhantes
que precisam fazer o que nossa personagem faz
para sobreviver, valorizando mais a vida que têm.
ME_CMeE_5A_2017.indd 134 01/08/17 01:42

5. Leia este outro texto.
Assinada pelos países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU),
121
em 1959, a Declaração Universal dos Direitos da Criança assegura estes direitos, ainda
pouco conhecidos e respeitados, principalmente pelos adultos. Vamos, então, conhecê-
-los para podermos exigir que sejam cumpridos.
ilustrar
Shutterstock.com/Filipe Frazao
crianças Ilustrar
deitada em 3 criança
círculo estudando
1. Direito à igualdade, 2. Direito à especial 3. Direito a um

sem distinção de raça, proteção para seu nome e a uma
religião ou nacionalidade. desenvolvimento nacionalidade.
físico, mental e social.
Shutterstock.com/Olesia Bilkei
Shutterstock.com/Peter Bernik
Shutterstock.com/holbox
4. Direito à alimentação, 5. Direito à educação e 6. Direito ao amor

à moradia e à assistência aos cuidados especiais e à compreensão
médica adequadas para para a criança física ou por parte dos pais
a criança e a mãe. mentalmente deficiente. e da sociedade.
8. Direito a
7. Direito à ser socorrida
educação gratuita em primeiro
e ao lazer infantil. lugar, em
caso de
catástrofes.
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A Declaração Universal dos Direitos da Criança é um excelente mote para
um debate com os alunos sobre como eles a percebem, se há respeito a ela
ou não, sugestões que poderiam ser acrescentadas ao texto, etc. O educador,
como mediador desse processo, deverá criar o clima para que isso flua em
sala de aula e as crianças exponham seus pontos de vista e suas sugestões.
ME_CMeE_5A_2017.indd 135 01/08/17 01:42

Shutterstock.com/KonstantinChristian
122
9. Direito a ser protegida 10. Direito a crescer dentro de
contra o abandono e a um espírito de solidariedade,
exploração no trabalho. compreensão, amizade e justiça
entre os povos.
Agora, responda as seguintes perguntas.
a. Dos direitos que você leu, qual está relacionado ao texto “Pequenos trabalhadores
do Brasil?
O direito de número 9.
b. O que garante o direito de número 7?
Direito à educação gratuita e ao lazer infantil.
Quando a criança estuda, está desenvolvendo sua cidada-

nia e construindo um futuro com qualidade.
Temos de fazer valer o que está escrito no Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente − Lei no 8.069/90.
Art. 60 − É proibido qualquer trabalho a menores de catorze
anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
6. Você pensa que há mais direitos da criança a serem respeitados? Escreva-os abaixo
como sugestão para ampliar os que já existem.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 122 25/07/17 18:03
A continuação das atividades coloca as crianças em contato com o ECA,
trazendo os direitos básicos da criança que fazem valer sua etapa de vida
frente aos desrespeitos que observamos no cotidiano do nosso país. A refle-
xão sobre esses direitos é uma boa oportunidade para fortalecer o exercício
cidadão dos alunos.
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Leia a 2a parte da história: “Os pequenos trabalhadores do Brasil”.
123
Criança trabalhando é contra a lei
Para vivermos em uma sociedade, temos

de respeitar as leis que tratam dos direitos
e dos deveres das pessoas. Talvez você
não saiba, mas as crianças também têm
suas leis escritas no Estatuto da Criança e Shutterstock.com/Diego Cervo
do Adolescente, o ECA.
Ele garante a proteção na infância e os
direitos fundamentais das crianças e dos
adolescentes.
O trabalho infantil é proibido pelo ECA.
Só a partir dos 14 anos, a criança pode
ter uma ocupação como aprendiz, desde
que ela continue a ir à escola e tenha con-
dições adequadas no aprendizado dessa
profissão.
[...]
O que diz o ECA?

No Estatuto da Criança e do Adolescente, está escrito que são deveres da família, da
comunidade e do Estado garantir às crianças e aos adolescentes os direitos:
• à vida;
• à saúde;
• ao lazer;
• à alimentação;
• à cultura;
• ao respeito;
• à dignidade; Shutterstock.com/Paul Michael Hughes
• à liberdade;
• à convivência familiar e comunitária;
• à educação;
• à capacitação profissional.
CMeE_5A_2017.indd 123 25/07/17 18:03
Produção de texto
Fale aos alunos que eles também devem respei- nós devemos agir de acordo com os princípios da
tar os pressupostos da Declaração Universal dos Declaração Universal dos Direitos da Criança sem
Direitos da Criança, não discriminando nenhuma discriminar ou distinguir qualquer outra criança ou
outra criança, tratando o outro com igualdade e adolescente?”. Depois, peça para trocarem de ca-
respeito. Solicite aos alunos que escrevam um derno para todos lerem as opiniões dos colegas.
texto respondendo à seguinte pergunta: “Todos
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Criança tem o direito: de brincar, de dar opinião, de se divertir, de procurar ajuda, de
participar, entre outros.
124
É proibido por lei: tratar a criança com violência, ofender a criança, entre outros.
Bolsa–Escola
Existem alguns projetos, como o chamado Bolsa-Escola, que oferecem dinheiro para
que as famílias pobres não coloquem seus filhos para trabalhar e os mantenham estu-
dando. Apesar disso, o número de crianças que puderam largar o trabalho e passar a
usar o lápis e a borracha é muito pequeno, se compararmos à quantidade de meninos e
meninas que ainda sofrem no campo.
É preciso fazer mais!
TOLEDO, Daniel Bastos; PUGLIESI, Danielle; CORDEIRO, Tiago. Os pequenos trabalhadores do Brasil. In:
Ciência Hoje das Crianças, ano 12, n. 93. Rio de Janeiro: SBPC, jul. 1999.
Para fazer
1. O que significa a sigla ECA?
Estatuto da Criança e do Adolescente.
2. Dentre os direitos garantidos pelo ECA e apontados pelo texto, escolha seis que
você julgue mais importantes e diga por quê. Resposta pessoal
Direito Justificativa
CMeE_5A_2017.indd 124 25/07/17 18:03
As atividades giram em torno do ECA e favorecem uma reflexão dos alunos
acerca de seus direitos em sociedade, sem deixar de pensar em seus deveres
também. O senso crítico e a consciência cidadã devem sempre procurar o
equilíbrio entre os direitos e os deveres em sociedade. A partir disso, a forma-
ção cidadã se fortalece.
ME_CMeE_5A_2017.indd 138 01/08/17 01:42

3. Qual a função do ECA na sociedade brasileira?
Garantir a proteção na infância e os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes.
4. A partir de que idade e como o adolescente pode trabalhar no Brasil por lei?
A partir dos 14 anos, como menor aprendiz.
125
5. Vamos ler este cordel sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e discutir sobre
ele.
Cordel do Estatuto da Criança e do Adolescente

Vou contar para vocês
o que deixou tão contente Antes dos anos noventa,
todo o nosso País, lembram bem as entidades,
porém especialmente e toda a população
a quem é a todo instante as reais dificuldades
um público tão importante: pra criança e adolescente
criança e adolescente. em especial carente
de família de verdade.
Quando no ano 90,
julho, convém ressaltar, E após ser sancionada
o governo federal pouca gente acreditou
resolveu sancionar que fosse posta em prática,
o estatuto por lei mas tanto se lutou!
que muito serviu, direi Agora temos a lei
para nos auxiliar. e então, amigos, sei
que a espera terminou! Shutterstock.com/Tracy Whiteside
CMeE_5A_2017.indd 125 20/07/17 10:03
O cordel é uma excelente expressão artística para demonstrar algum tema
de interesse público, como o ECA. O educador poderá fazer uma recitação,
dividindo, como melhor for, a turma e fazendo desse momento ao mesmo tem-
po lúdico e informativo. As crianças irão se interessar mais com essa forma
interativa de aprender.
ME_CMeE_5A_2017.indd 139 04/08/17 10:30

Só sabe o valor do ECA
Shutterstock.com/Billion Photos
quem vivia a perecer.
126
À busca de um auxílio
pra poder se defender.
Sem ele, o público em questão
vivia sem solução!
Sem saber o que fazer.
Por isso, esse público-alvo
Mas para firmar o ECA tem muito a comemorar!
não fora tão fácil, não. Também todo segmento
Movimentos sociais, que esteve a lutar!
lutando, deram-se as mãos. Não só no treze de julho
E juntos com a sociedade podemos mostrar orgulho,
defendendo tal idade pois o ECA aqui está.
conseguiram essa ação.
Mas é inútil, amigos,
Shutterstock.com/Billion Photos
se ficarmos todos sós
tentando fazer cumpri-lo.
Temos que juntar a voz.
Sempre que alguém precisar
deve o ECA apresentar
pra se desatar os nós.
Texto adaptado para fins didáticos. Manoel Messias Belizario Neto. João Pessoa - PB - por correio eletrônico
Disponível em: http://www.cordelparaiba.blogspot.com/. http://www.pucrs.br/mj/poema-cordel-84.php. Acesso
em: 12/04/2017.
Transcreva a estrofe do cordel que mais chamou a sua atenção e diga por quê.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 126 25/07/17 18:04
A partir do cordel trabalhado, as crianças exercitarão sua opinião em relação
às informações recebidas e darão respostas pessoais às atividades propostas
para a página, mas sempre em consonância com o fio condutor da unidade, ou
seja, o exercício cotidiano da cidadania em atitudes e a promoção de valores
éticos e morais em sociedade.
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6. Hoje em dia, mesmo com o ECA, todas as crianças e adolescentes do Brasil têm
seus direitos respeitados? Por quê?
127
Resposta pessoal
7. Leia este poema.

Meninos Carvoeiros
Os meninos carvoeiros passam a caminho da cidade.
− Eh, carvoeiro!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)
− Eh, carvoeiro!
Só mesmo estas crianças raquíticas vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles.
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvourinhos que trabalhais como se brincásseis!
− Eh, carvoeiro!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado, encarapitados nas alimárias,
apostando corrida, dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desampa-
rados!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Interia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
a. Do que o poema trata?
Das crianças carvoeiras.
b. O que as crianças carvoeiras fazem?
Trabalham produzindo carvão.
c. O que o texto “Os pequenos trabalhadores do Brasil”, lido na página 117, tem de
semelhante com esse?
Ambos falam sobre o trabalho infantil.
CMeE_5A_2017.indd 127 25/07/17 18:04
Realize uma campanha contra o trabalho infantil. Separe canetinhas coloridas,
cola, tesoura, cartolina, imagens, etc. Organize os alunos em grupos. Incentive-
-os a reivindicar seus direitos. Depois de tudo pronto, compartilhe com outros
alunos da escola, indo de sala em sala, divulgando a campanha.
ME_CMeE_5A_2017.indd 141 01/08/17 01:42

O TRABALHO INFANTO-
JUVENIL NO BRASIL
128
Para começar
Atenção aos dados.
Conheça as principais atividades em que crianças e adolescentes estão inseridos.
Região Nordeste
Região Norte
Atividades agrícolas, serviços
Agropecuária,
domésticos, comércio
extrativismo vegetal,
ambulante, turismo, prostituição,
madeireiras, RR AP
pesca (caranguejos).
comércio, garimpo,
prostituição, pesca, AM PA CE
MA RN
turismo e serviços PI
PB
PE
domésticos. AC TO
AL
RO SE
BA
MT
DF
GO
MG Região Sudeste
ES
Região Centro-Oeste
MS Atividades agrícolas,
SP RJ
Carvão vegetal, comércio ambulante,
PR
agropecuária, extrativismo catação de lixo, produção
SC
mineral, comércio ambulante RS

de roupas, construção
e catação de lixo. civil, prostituição e
serviços domésticos.
Região Sul
Agropecuária, trabalho doméstico,
extrativismo mineral, indústria de
couro e calçados, móveis, comércio
ambulante, catação de papéis e lixo.
CMeE_5A_2017.indd 128 25/07/17 18:04
Os dados apresentados mostram características do trabalho infantil por re-
gião do país. Isso dá uma ideia do problema em âmbito nacional, mas, ao mes-
mo tempo, com aspectos de cada região em particular. É interessante para os
alunos perceberem essas diferenças e exercitarem mais a capacidade crítica
acerca do problema que a seção aborda.
ME_CMeE_5A_2017.indd 142 01/08/17 01:42

Para fazer
129
1. Quais os trabalhos que crianças e adolescentes realizam na região onde você vive?
Resposta pessoal
2. E você, o que acha a respeito do trabalho infantil? Dê sua opinião.

Resposta pessoal
3. Relacione as palavras às afirmativas correspondentes.

a. Diálogo
b. Justiça
c. Solidariedade
d. Respeito
D É quando todas as crianças tratam bem e cuidam igualmente das pessoas, dos
animais, das plantas e dos lugares.
C É quando as crianças recebem e oferecem algo em troca.
A É quando as crianças falam e escutam. Entendem as pessoas e são entendidas.
B É quando todas as crianças têm garantidos os seus direitos e deveres.
4. Você sabia que até recentemente era extremamente normal crianças trabalharem em
roçados, fábricas e outros ofícios? Pesquise uma profissão que no passado era co-
mum empregar crianças. Faça um breve relatório sobre sua pesquisa, em seu cader-
no, e leia-o em sala de aula. Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 129 25/07/17 18:04
As atividades reforçam as informações dos dados apresentados e pro-
põem uma reflexão por parte das crianças em relação aos tipos de trabalho
que elas podem ser levadas a fazer, dependendo da região em que moram.
Isto incentiva a formação de opinião nos alunos e reforça a consciência
crítica sobre o tema.
ME_CMeE_5A_2017.indd 143 01/08/17 01:42

5. Pesquise, em revistas, jornais e na Internet, figuras que mostrem o trabalho infantil na
região do país onde você mora. Depois, reproduza-as no quadro abaixo, para montar
130
um painel sobre o assunto e discutir com os colegas em sala de aula.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 130 25/07/17 18:04
Antecipadamente, solicite e oriente uma pesquisa com os alunos, que irão
montar um painel a partir das informações dos dados do IBGE, na abertura da
seção. É interessante que eles conheçam as diferenças entre as regiões no
tocante ao assunto e possam discutir em sala sobre elas com os colegas. Na
mediação, faça com eles uma síntese do tema e das observações realizadas.
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6. Faça uma interpretação da letra da música e escreva-a abaixo.
131
Criança Não Trabalha
Arnaldo Antunes / Palavra Cantada
Lápis, caderno, chiclete, peão,

Sol, bicicleta, skate, calção,
esconderijo, avião, correria,
Shutterstock.com/oliveromg
tambor, gritaria, jardim, confusão!
Bola, pelúcia, merenda, crayon,

banho de rio, banho de mar,
pula sela, bombom,
tanque de areia, gnomo, sereia,
pirata, baleia, manteiga no pão!
Giz, merthiolate, band aid, sabão,

tênis, cadarço, almofada, colchão,
quebra-cabeça, boneca, peteca,
botão, pega-pega, papel, papelão!
Criança não trabalha!

Criança dá trabalho!
Criança não trabalha!
1, 2 feijão com arroz!

3, 4 feijão no prato!
5, 6 tudo outra vez! Shutterstock.com/Photographee.eu
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 131 25/07/17 18:04
A música, com letra de Arnaldo Antunes, é apropriada para uma brincadeira
em sala de aula, como o educador pensar que seja conveniente. Ela fala sobre
brincadeiras e reforça a ideia que criança não pode trabalhar. Após ouvi-la (e
brincar), as crianças a interpretarão, colocando em palavras o que entenderam.
ME_CMeE_5A_2017.indd 145 01/08/17 01:42

OS MAIORES
PROBLEMAS GLOBAIS
132
Para começar
Shutterstock.com/A3pfamily
Temos sempre discutido sobre al-

guns problemas que afetam a todos
nós em nível mundial. Todos eles com
muitas implicações no nosso cotidia-
no e com graves riscos para nosso fu-
turo. Mas, de modo geral, são sempre
problemas ligados à falta de políticas
sociais eficazes, à falta de conserva-
ção do meio ambiente e à falta de uma
consciência cidadã que nos leve a en-
carar o outro como semelhante e que
necessita de nossa corresponsabilida-
de para cuidar de nossa casa comum.
A falta de políticas sociais leva ao
desemprego, à falta de estrutura que
leva ao aparecimento e ao crescimento do número de doenças, à pobreza, à fome e à
desorganização por causa de conflitos ao redor do planeta. A ganância de alguns e a
falta de consciência ambiental de outros leva à degradação dos ecossistemas e biomas,
ao esgotamento dos recursos naturais não renováveis.
A falta de cuidados com nosso planeta agrava o efeito estufa ou aquecimento global,
as mudanças climáticas drásticas, a transformação brusca de ambientes que leva à ex-
tinção de espécies animais e vegetais, além de comprometer a vida na Terra. Chegamos
a pensar, às vezes, que não há solução. Mas há!
A solução é a conscientização da população, a começar por cada um de nós. Cuidar
melhor do planeta, buscando saídas ecológicas para nossas necessidades de consumo.
Trabalhar por um mundo melhor, mais justo, mais igualitário, com melhores condições de
vida para todos. É uma questão de cidadania em nível planetário!
CMeE_5A_2017.indd 132 25/07/17 18:04
Nesta seção os problemas já trabalhados reaparecem, mas com aspectos
de resolução depois de uma caminhada baseada nos valores morais e éticos
construídos a partir de uma consciência cidadã. A partir de agora, nos enca-
minhamos para o final da unidade e do ano letivo. As atividades terão essa
conotação de revisão de temas e avaliação da aprendizagem.
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Para fazer
133
1. Quais problemas você pensa que são os maiores desafios da humanidade atualmente?
Resposta pessoal
2. O que ocasiona a degradação dos recursos naturais do planeta?

Resposta pessoal
3. Quais seriam as soluções para esses problemas?

Resposta pessoal
4. A partir do texto, correlacione as consequências dos problemas principais citados.

Problema principal Consequências
A falta de políticas sociais leva ao desemprego, à
falta de estrutura que leva ao aparecimento e ao
crescimento do número de doenças, à pobreza, à
Falta de políticas sociais fome e à desorganização por causa de conflitos ao
redor do planeta.
Leva à degradação dos ecossistemas e biomas, ao

Ganância e falta de
esgotamento dos recursos naturais não renováveis.
consciência ambiental
Agrava o efeito estufa ou aquecimento global, as

mudanças climáticas drásticas, a transformação
Falta de cuidados com o brusca de ambientes que leva à extinção de
planeta espécies animais e vegetais, além de comprometer
a vida na Terra.
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Anotações
As atividades, como dito na abertura da seção,
revisam conteúdos e favorecem a colocação da
opinião dos alunos a partir das informações dadas
nos textos e mediadas em sala de aula. Também
favorecem a avaliação por parte do educador, em
relação à aprendizagem das crianças.
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5. Por que as soluções dependem do exercício da cidadania em nível planetário?
Resposta pessoal
134 6. Vimos que há problemas principais que têm suas consequências para a população
do planeta. De acordo com sua consciência crítica, aponte três soluções para cada
consequência citada abaixo.
Desemprego e pobreza
Resposta pessoal
Escassez de água
Resposta pessoal
Extinção de espécies animais e vegetais

Resposta pessoal
Mudanças climáticas
Resposta pessoal
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As atividades propostas incentivam a consciência crítica dos alunos, a par-
tir das informações que eles receberam em sala de aula e em suas pesquisas,
colocando-os como agentes modificadores das situações apresentadas. É
uma boa oportunidade para avaliar o amadurecimento intelectual de cada um.
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7. Pinte as principais consequências do aquecimento global.
135
Aumento da temperatura dos oceanos Animais sem ameaças de extinção
Ondas de calor inéditas Secas intermináveis
Clima favorável Derretimento das geleiras
Florestas muito verdes Furacões avassaladores
Enchentes devastadoras
8. Observe a charge e escreva ao lado um comentário sobre ela.

Aquecimento global
Resposta pessoal
9. Quais os perigos que o aquecimento global pode trazer para nós?

Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 135 25/07/17 18:04
Os exercícios estão sempre fazendo relação entre conteúdos vistos e o
senso crítico dos alunos, de modo que eles opinem baseados nas informa-
ções recebidas ao longo da unidade. Uma revisão que cria links com o coti-
diano e favorece o exercício da consciência cidadã.
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10. Quais as soluções para combater o aquecimento global? Marque X nas alternativas
verdadeiras.
136
X Diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc).
Jogar o lixo em qualquer depósito, ou seja, não realizar a coleta seletiva.
X Instalar sistemas de controle de gases poluentes nas indústrias.
Utilizar bastante gasolina.
X Colaborar com o sistema de coleta seletiva do lixo.
11. Identifique as figuras de acordo com os principais problemas do mundo.

a. Pobreza mundial c. Violência mundial
Shutterstock.com/Daniel Wiedemann b. Desemprego d. Aquecimento global
Shutterstock.com/Drop of Light
Shutterstock.com/Vic Labadie
a b c
Shutterstock.com/Tatiana Grozetskaya
a d
Shutterstock.com/Bene_A
Quando falamos em cuidados com o planeta, lembramo-nos de citar a preocupação

com o uso de energia limpa e alternativa, pois a energia ainda é gerada por meios que
agridem muito o meio ambiente.
12. Pesquise, em revistas, jornais e na Internet, figuras que mostrem as possibilidades

de produção de energia limpa e sustentável, que não agrida o meio ambiente. De-
pois, forme um painel para exibição em sala de aula. Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 136 25/07/17 18:04
Dando sequência ao conteúdo, enfatizamos o aquecimento global como
uma grave consequência da falta de cuidado com o nosso planeta. Ao mes-
mo tempo, inúmeros outros problemas podem advir do aquecimento global,
comprometendo a vida na Terra. A reflexão vai seguir a linha da prevenção aos
efeitos desse mal, incentivando a consciência crítica e cidadã dos alunos.
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A igualdade entre as pessoas é outra necessidade urgente para melhorarmos
as condições de vida na nossa casa comum. Os abismos sociais afastam as pes-
137
soas e destroem sua dignidade.
• Leia o texto e responda às perguntas.
O bicho
Vi ontem um bicho O bicho não era um cão,
na imundície do pátio não era um gato,
catando comida entre os detritos. não era um rato.
Quando achava alguma coisa, O bicho, meu Deus,
não examinava nem cheirava: era um homem.
engolia com voracidade.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
a. Por que o autor compara o homem a um bicho?
Porque o homem está catando comida no lixo como um bicho.
b. O que levou o homem a ir catar lixo?
Sugestão de resposta: De acordo com o texto, o homem catava comida no lixo para matar
a sua fome.
c. O que o homem fazia quando achava alguma coisa?
Não examinava, nem cheirava, engolia com voracidade.
d. Você acha que esse alimento era de boa qualidade? Por quê?
Sugestão de resposta: Não, se estava no lixo, é porque não servia.
e. Em sua opinião, por que ele comia com tanta voracidade?
Sugestão de resposta: Porque estava com fome.
f. Que sentimento o autor demonstra na frase: “O bicho, meu Deus, era um homem”?
Sugestão de resposta: Espanto, tristeza...
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O poema de Manuel Bandeira é um excelente texto para a discussão sobre
a falta de dignificação do ser humano por situações sociais de afastamento e
de exclusão. Após sua leitura, antes das atividades, o educador poderá fazer
um momento de debate, o que enriquecerá as possibilidades de respostas
por parte dos alunos.
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• A música a seguir nos fala sobre o futuro e a necessidade de acreditar que podemos
fazer mais.
138
Depois, vamos conversar com nossos colegas sobre o que ela nos diz!
Em tudo que é belo

Jorge Vercillo
Eu ainda acredito Eu ainda acredito

num futuro mais bonito. nas florestas e nos índios.
Que o novo é bem-vindo Na bravura das leoas,
e o amor é infinito! na alegria dos golfinhos!
que nem tudo está perdido, no galope do unicórnio.
que o sorriso é sagrado, Acredito em gnomos,
e aqui é o paraíso e no voo dos tucanos,
e que tudo estava errado e no canto das baleias
sobre o dia do juízo. alegrando os oceanos!
no carinho ao invés do grito. na justiça lá de cima.
Na doçura dos meninos, Na verdade e na vida
que no fundo todos somos. como som de uma rima!
Eu ainda acredito E em tudo que é belo,
Shutterstock.com/George Rudy
nos heróis adormecidos, e em tudo que é nobre,
nessa força que revolta, como as cores do arco-íris
e nos faz ficar erguidos quando a chuva se descobre,
cada vez que nos sentimos e agradece iluminada pelo
derrotados e punidos! Sol de ouro e cobre!
Eu ainda acredito Sei, talvez eu seja visto
que depois da tempestade como ingênuo, demagogo,
sempre vem a calmaria, inocente ou pervertido,
e consigo a liberdade! um hipócrita, um louco!
Eu ainda acredito No entanto, eu insisto
em objetos luminosos. nesta chama que consome!
Que há vida no universo, Eu ainda acredito porque
outras luas, outros povos, sofro com a fome,
eu ainda acredito... porque ainda sou um homem...
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A música de Jorge Vercillo propicia uma valiosa reflexão acerca dos nos-
sos atos e de suas consequências para o mundo inteiro. Ao mesmo tempo,
enche-nos de esperança quanto ao amanhã, nos passando a mensagem de
que podemos sempre ser melhores para os outros e para nossa casa comum.
A reflexão com as crianças deve seguir nessa linha. Após ouvir a música, é
interessante deixar que eles conversem entre si sobre o que entenderam dela
para, depois, realizar as atividades sugeridas.
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a. Sobre o que a música fala?
Resposta pessoal
b. Você acha importante o tema que ela aborda? Por quê?
Resposta pessoal
139
c. Transcreva a estrofe da música que mais chamou sua atenção e diga por quê.
Resposta pessoal
d. Quais versos da música poderíamos usar para falar para as pessoas da importân-
cia de ter esperança? Transcreva-os abaixo.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 139 25/07/17 18:04
A letra da música trabalhada é riquíssima de significados e interpretações.
As crianças não terão dificuldades nas atividades. Muitos links poderão ser
feitos a partir da música e das proposições dos enunciados. O educador deve
mediar o processo como forma de avaliar o progresso dos alunos e para suprir
alguma lacuna, se houver.
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AS ONGs
140
Para começar
As ONGs, ou Organizações Não Governamentais, são instituições formadas por gru-
pos de pessoas, que se organizam em defesa de um determinado objetivo que conside-
ram importante para a manutenção da sociedade. Isto é, pessoas que se associam, sem
fins lucrativos e sem ligação com nenhum órgão governamental para defender causas
que significam muito para a preservação e a defesa da cidadania.
Essas instituições se mantêm com doações, inclusive de órgãos governamentais,
mesmo que sejam associações de pessoas comuns sem ligação com governos. Elas
formam e informam a sociedade sobre seus direitos e trabalham para minimizar a falta
de políticas sociais, que afetam a dignidade das pessoas e de todos os âmbitos ligados
ao referencial de uma vida cidadã.
As ONGs podem ser de diversas realidades e trabalharem também com uma diver-
sidade de objetivos: crianças carentes, idosos em situação de abandono, espécies em
extinção, moradores de rua, minorias étnicas, etc. Elas são muito importantes para ajudar
na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
CMeE_5A_2017.indd 140 25/07/17 18:04
A última seção da unidade destaca o papel das ONGs como instituições
de relevância para a sociedade em geral, pois se preocupam com a preserva-
ção da vida digna para as pessoas ao redor do mundo, defendendo seus di-
reitos e suprindo suas necessidades mais urgentes. É muito interessante que
as crianças percebam esse papel preponderante e entendam sua importância.
A reflexão deve seguir nessa linha.
ME_CMeE_5A_2017.indd 154 01/08/17 01:42

A ONU − Organização das Nações Unidas
Fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia − Esta-
141
dos Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída
por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização internacional, cujo
objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança
internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos
direitos humanos e do progresso social.
Quando foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participa-
ção de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver meca-
nismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial. Atualmente, conta com
192 países-membros, sendo que cinco deles (Estados Unidos, China, Rússia, Reino
Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o
poder de veto sobre qualquer resolução da ONU.
A sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes defi-
nem, através de reuniões constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administra-
tivos e diplomáticos internacionais. A ONU está dividida em vários organismos admi-
nistrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Conselho Econômico e
Social, Assembleia Geral entre outros.
A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:
• Defender os direitos fundamentais do ser humano;
• Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;
• Buscar mecanismos que promovam o progresso social das nações;
• Criar condições que mantenham a justiça e o direito internacional.
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/geografia/onu.htm. Acesso em: 22/05/2017.
Você sabia?
• As línguas oficiais da ONU são inglês, francês, russo, mandarim, espanhol e árabe.
• Desde 02/01/2017, a ONU é presidida pelo secretário-geral português Antó-
nio Guterres. Ele substituiu o sul-coreano Ban Ki-moon.
• A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países-
-membros. Os países que mais contribuem são: Estados Unidos, Japão, Ale-
manha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
• Dia 24 de outubro comemora-se o Dia da ONU.
CMeE_5A_2017.indd 141 25/07/17 18:04
A informação desta página é específica sobre a ONU. O educador poderá
mostrar imagens e vídeos de curta duração sobre a Organização e sua mis-
são ao redor do mundo, para enriquecer o aprendizado dos alunos acerca da
importância desse organismo internacional para a sociedade planetária e a
preservação dos direitos humanos e o desenvolvimento dos povos.
ME_CMeE_5A_2017.indd 155 01/08/17 01:42

Para fazer
142
1. O que são as ONGs?
São instituições formadas por grupos de pessoas, que se organizam em defesa de um de-
terminado objetivo que consideram importante para a manutenção da sociedade.
2. Quais causas você considera importantes para serem trabalhadas pelas ONGs? Por
quê?
Resposta pessoal
3. Com a ajuda do educador ou de um adulto, pesquise algumas ONGs que atuam no

Brasil e a causa que elas defendem e liste nos quadros abaixo. Resposta pessoal
ONG Causa defendida
4. Agora, observando sua pesquisa e a de seus colegas, crie uma ONG imaginária. Es-
colha a causa a defender, e, em seu caderno, escreva objetivos, dê um nome e uma
sigla e faça um desenho que a represente. Depois pinte. Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 142 25/07/17 18:04
Os exercícios propostos reforçam as informações dadas e incentivam a
pesquisa e a criatividade. O objetivo principal das atividades é exercitar a
capacidade de interpretação da realidade e a correlação com a importância
dessas instituições mostradas, como organismos de defesa da própria vida
como um todo, sob a ótica da cidadania.
ME_CMeE_5A_2017.indd 156 01/08/17 01:42

5. Marque um X no que caracteriza uma ONG.
Foi criada pelo governo.
143
X Entidade sem fins lucrativos.
Tem objetivo negativo dentro da sociedade.
X Fundada pelos valores da democracia, igualdade, liberdade e diversidade.
Define sua vocação política.
6. Sobre a ONU, responda às perguntas.
a. Quando foi criada?

Em 24 de outubro de 1945.
b. Por quantos países é formada?
192 países.
c. Quais são suas línguas oficiais?
Inglês, francês, russo, mandarim, espanhol e árabe.
d. Quais os países que mais contribuem financeiramente com a ONU?
Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
7. Qual é o objetivo principal da ONU?

Criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, o desen-
volvimento econômico, a definição de leis internacionais, o respeito aos direitos humanos e o
progresso social.
8. Qual a importância da ONU para a sociedade atual?

Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 143 25/07/17 18:04
Anotações
Estendemos nossa reflexão à ONU, como for-
ma de propiciar mais visibilidade de sua existência
e de seus objetos de missão no mundo. A partir
das atividades propostas para a página, os alunos
reforçarão as informações a respeito do tema e da
instituição, contribuindo mais ainda para sua for-
mação cidadã.
ME_CMeE_5A_2017.indd 157 01/08/17 01:42

Era uma vez
144
O Diamante
Um Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e aí
sentou-se para dormir debaixo de uma árvore. Chega
correndo, então, um habitante daquela aldeia e diz, qua-
se sem fôlego:
− Aquela pedra! Eu quero aquela pedra.
− Mas que pedra? Pergunta-lhe o Hindu.
− Ontem à noite, eu vi meu Senhor Shiva e, num so-
nho, ele disse que eu viesse aos arredores da cidade,
ao pôr do sol; aí devia estar o Hindu que me daria uma
pedra muito grande e preciosa que me faria rico para
sempre.
Então, o Hindu mexeu na sua mochila e tirou a pedra
e foi dizendo:
− Provavelmente é desta que ele lhe falou; encontrei-a
numa trilha da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la!
E assim falando, ofereceu-lhe a pedra.
O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um dia-
mante e, talvez, o maior jamais visto no mundo. Pegou,
pois, o diamante e foi-se embora. Mas, quando veio a
noite, ele virava de um lado para o outro em sua cama
sem conseguir dormir. Então, rompendo o dia, foi ver no-
vamente o Hindu e o despertou dizendo:
− Eu quero que me dê essa riqueza que lhe tornou
possível desfazer-se de um diamante tão grande assim
tão facilmente!
MELLO, Anthony de. O canto do Pássaro. São Paulo: Loyola, 1982.
Após ler a história, escreva sobre a verdadeira riqueza da vida para você.
Resposta pessoal
CMeE_5A_2017.indd 144 25/07/17 18:04
Encerrando nossas atividades da unidade e do ano letivo, a história O
Diamante traz a reflexão acerca da verdadeira riqueza que está em cada um
de nós. O educador deve incentivar essa reflexão dando pistas a partir da
interpretação do texto. A caminhada com os valores morais e éticos, alicer-
çados pela consciência cidadã, é contínua.
ME_CMeE_5A_2017.indd 158 01/08/17 01:42

FUNDAMENTAÇÃO
Shutterstock.com/Syda Productions
Educar para a paz

As manifestações pacifistas, o crescimento do vo- afirmam, nos próximos anos, não dos comportamentos
luntariado... são, sem dúvida, sinais positivos de uma irracionais de Estados ou de indivíduos, mas das exi-
grande vontade e de busca de paz. Mas será a paz gências legítimas dos marginalizados do mundo. A raiva
apenas a ausência de guerra? Ou é algo mais? e a revolta dos pobres e dos excluídos vem crescendo
A intolerância, o racismo, a violência nas ruas, a in- e explodindo em muitos lugares do mundo e com todo
diferença perante os demais (a começar pelos de nos- direito: eles estão cansados de tamanha exclusão.
sa casa), o egoísmo, a violação dos direitos humanos, O mundo evoluiu rapidamente e em diversos seto-
enfim, a descarada exploração não são sinais de uma res: medicina, tecnologia, informática, comunicação,
sociedade imatura que, mesmo que fale e anseie pela etc., mas será que se trata de verdadeiro progresso
paz, tem ainda muito caminho a percorrer? quando os valores e os semelhantes são sacrificados?
Disso as nossas TVs pouco falam, enquanto gastam
Todos falam isso
bilhões de dólares para mostrar e enaltecer um corpo
É fácil perceber como o problema da falta de paz
exterior perfeito, sem defeitos, iludindo e formando as
tornou-se, nos últimos tempos, um dos temas mais
novas gerações que ficam a tarde inteira do domingo
candentes. Basta abrir os jornais, ligar a televisão, ou
vendo “desfiles de bundas” na televisão.
verificar as inúmeras manifestações pelo mundo afora.
Não é isso que garantirá a paz, mas o cultivo dos
Fala-se de paz nas conversas de amigos, nas escolas,
valores e a formação do caráter.
nas igrejas, na rua... No entanto, é bom nos pergun-
tarmos: será que a paz é uma realidade concreta pelo O que fazer
menos em nosso meio? Será que não serpenteiam, O grupo dos cem Prêmios Nobel insiste em rea-
entre nós, autênticos atentados à convivência pacífica, firmar também a necessidade de retomar o desarma-
sinais graves de intolerância, sementes de racismos, mento e de instituir uma Corte Penal Internacional, a
de violência cotidiana? fim de que os direitos humanos, sociais, políticos, eco-
As próprias gerações mais jovens parecem trazer nômicos e culturais tomem o lugar da guerra.
dentro de si outros sinais de contradição. Enquanto Igualmente necessária é uma reflexão profunda
elas gritam slogans exigindo amor, solidariedade e jus- sobre toda a conjuntura social que este capitalismo
tiça, descobre-se que, mesmo em suas escolas, exis- selvagem tem provocado. A concentração de renda
tem formas absurdas de violência. e a consequente desigualdade social têm contribuído
muito para o incremento de atos de violência em nos-
A maior das ameaças
so mundo.
Segundo análise feita por cem Prêmios Nobel, exis-
te mais uma grande ameaça à paz no mundo. Ela virá,
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O que mais? 4. Ser amigo sincero e prestativo. Muitos que-
A paz casa muito bem com a vida. O direito à vida rem ter bons amigos e amigas, mas há quem es-
em todas as suas fases de crescimento; o direito à queça de ser, por sua vez, amigo. Isso significa
identidade, independentemente de etnia, do sexo, das praticar a cordialidade, o respeito, a atenção.
convicções religiosas; o direito aos bens materiais, ne- 5. Mostrar interesse pelos outros. Ninguém gos-
cessários à subsistência; o direito ao trabalho e à igual ta daquele que se coloca como centro do mundo,
partilha dos seus frutos para uma convivência solidá- querendo ser constantemente elogiado e inician-
ria..., são fatores indispensáveis para a paz. do todas as frase pelo antipático “eu”. O interesse
Não basta gritar, protestar. É preciso agir, promover pelos outros é o endereço da felicidade.
e construir. É momento de darmos uma parada nessa 6. Reconhecer os próprios erros. Você é huma-
correria desenfreada e louca da sociedade consumis- no, dê-se o direito de errar e admita perante o
ta, e repensarmos nossa maneira de ser e de agir. É outro que, efetivamente, você errou. Isso aumen-
preciso que cada cidadão se pergunte seriamente: o tará sua credibilidade.
que estou fazendo para que haja mais justiça e, conse- 7. Não poupar elogios. O outro precisa saber
quentemente, mais paz? A partir dessa reflexão, talvez que é amado. Isso não significa bajulação. Há
possamos chegar a algumas conclusões que serão vi- sempre, e em todas as pessoas, coisas boas,
tais para o nosso futuro. dons extraordinários. Que bom se ela ouvir isso
de você! Evite as críticas, mas saiba corrigir,
Gestos que constroem paz
quando for necessária, com muito amor.
A vida oferece poucas oportunidades para ser he-
8. Aceitar o diferente. Os seres humanos não
rói, mas o dia a dia está marcado por pequenos gestos
são feitos em série. A diferença enriquece a
que podem revestir você de uma grandeza sem par
convivência. Um jardim é bonito porque existem
e fazer a felicidade dos demais, aí mesmo onde você
muitas variedades de flores. Amar é aceitar o di-
mora, estuda ou trabalha. Veja umas dicas:
ferente. A beleza da orquestra está na harmonia
1. Dar atenção às pessoas. Não importa que se-
de sons e nos instrumentos diferentes.
jam ricas ou pobres, jovens ou velhas, conheci-
9. Solicitar a opinião e a ajuda dos outros. To-
das ou desconhecidas. Pelo seu acolhimento e
dos têm sua verdade, seus pontos de vista. A
atenção, mostre-lhes que elas são importantes e
opinião dos outros costuma melhorar a proposta
únicas.
original. Não tenha receio de dar a sua opinião e
2. Manter o otimismo. Agradeça o dom da vida
aceite que ela possa não ser levada em conta.
e veja somente o bem, que sempre é maior, exis-
10. Cultivar a gratuidade. Na realidade, as me-
tente em cada pessoa. A vida é curta demais
lhores coisas da vida não são pagas: a própria
para desperdiçá-la com amarguras.
vida, o ar, o Sol, a graça, a amizade são pura gra-
3. Cultivar sempre o diálogo. Dialogar é, antes de
tuidade. Faça o que puder para fazer felizes os
tudo, ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. Mes-
demais. E você será feliz. A gratuidade de uma
mo quando você tem obrigação de discordar, faça
visita, de um sorriso, de um elogio, de um per-
isso com simpatia e respeito. Mantenha sempre
dão..., comprova o grau de maturidade das pes-
abertas as portas para uma nova conversa.
soas, alegra o coração e traz felicidade.
HEERDT, Mauri Luiz. Educando para vida: reflexões e propostas para as datas mais importantes do ano. São Paulo: Mundo e Missão,
2005. Adaptado para fins didáticos.
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Livro de Etica e Cidadania 5ºano

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Projeto gráfico, capa e editoração eletrônica

O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função

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O estudo da ética e da cidadania é fundamental no con-

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ME_CMeE_5A_2017.indd 4 01/08/17 01:40

Sim, é busca e é encontro e é essência na aparência.

MAYER, Canísio. Dinâmicas pedagógicas: Técnicas e textos para o cresci-

Manual do Educador – 5o ano 5

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4 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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Cidadania Moral e Ética I 5o ano 5

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Manual do Educador – 5o ano 7

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A unidade começa com alguns questionamentos. Promova a intera-

às colocações de cada um e elucide quaisquer dúvidas que surgirem.

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8 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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10 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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Cidadania Moral e Ética I 5o ano 9

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Manual do Educador – 5o ano 11

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no lixo seletivo, nunca no lixo comum.

Utilizar em receitas culinárias apropriadas, Jogar o lixo corretamente nos seletores.

de cruel, é contra a lei. ca deixar na rua ou calçadas.

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12 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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Calçadas de pneus reciclados

Projeto pense pneus

Desenvolvimento (como deve ser feito):

Material e/ou alguma outra necessidade para o cumprimento do projeto:

Cidadania Moral e Ética I 5o ano 11

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Manual do Educador – 5o ano 13

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5. Há sempre o que precisamos melhorar e o que já fazemos de bom. Seguindo esse

Atitudes que eu já pratico Atitudes que pretendo praticar

Resposta pessoal Resposta pessoal

12 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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14 Cidadania Moral e Ética I 5o ano

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1. Depois de fazer um acampamento com a turma, você:

b. Joga todo o lixo no rio mais próximo.

c. Deixa o lixo em um cantinho e vai embora.

2. Como você cuida de seus cadernos?

b. Costuma gastar só as folhas necessárias.

c. Nunca prestou muita atenção a isso.

3. Quando está ouvindo música e precisa sair, você:

4. Quando escova os dentes, você:

b. Só abre a torneira para enxaguar a boca.

c. Usa um copo de água para lavar a boca.

5. Depois de tomar um picolé na praia, o que você faz?