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Perspectivas para o professor do século XXI.

Não perder o passado completamente de vista.


É através do olhar no passado, que podemos abrir nossas mentes e
corações para o que está no porvir, principalmente quando estamos falando
sobre a Educação. Por que isso acontece? Porque estamos lidando com seres
humanos, seres históricos e culturais. Claro, não podemos deixar de lado as
conquistas pedagógicas modernas. Teorias, metodologias que sintetizam o
velho e o novo. Em nosso mundo globalizado, é muito comum nos vermos
perdidos frente ao fluxo de informações. A rapidez com que os jovens se
atualizam na cultura digital faz com que estar em conformidade com as novas
tecnologias seja uma das premissas da profissão professor. Mas a escola é uma
instituição de desenvolvimento científico e cultural, onde os jovens devem
aprender a ter raciocínio crítico, ou apenas absorver informações prontas
vindas da web? Esse é um paradigma que preocupa os educadores atualmente.
O conflito globalização/regionalização não diminuiu o interesse das
grandes potências em universalizar a Educação, principalmente por que ela é
necessária à manutenção do sistema capitalista. Pensemos em duas realidades
distintas. Apesar do funcionamento das transnacionais as levarem onde existe
mão de obra e matéria prima barata; com as novas tecnologias se faz
necessário que esta mão de obra seja extremamente especializada. É óbvio que
estas empresas vão se instalar em países que levam seu sistema educacional
mais a sério. Mas estariam estes países se preocupando com a formação total
de seus cidadãos?
Para os holistas, como Edgar Morin, estas sociedades banalizam a
formação do homem inteiro, isto é, do simplesmente humano. Podemos
encontrar uma maneira de sair do Estado centralizador e do mercado através
da participação comunitária e solidária; em outras palavras estamos em busca
da “Escola Cidadã” concebida por Paulo Freire, que visa à formação do
cidadão que controla seu Estado, sem subordinação mecânica ao mercado
(neoliberalismo).
Outro ponto interessante são os espaços educativos em nossa nova
sociedade do conhecimento. Não somente a Escola, mas todos os ambientes
podem proporcionar ao indivíduo aprendizagens, garantindo que o
conhecimento a cada dia que passa, se torne socializado como “o grande
capital da humanidade”.
Podemos concluir que a nova Educação não nascerá da formação de
autômatos não críticos e não pensantes. Se faz necessária uma grande
transformação estrutural que não é apenas tecnológica, mas também recheada
de recursos humanos, de respeito às diferenças e às individualidades, um lugar
que satisfaça os desejos da sociedade como um todo, em suma um lugar onde
a ética prevaleça. Daí o papel do novo professor, aquele engajado para que
estas mudanças aconteçam.

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