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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL TAKASHI MORITA

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL MANHÃ

Cabos para rede industrial - Mod Bus, Profibus, OPC


UA e ASI.

São Paulo, SP
2023
Nome: Bianca Martins Ribeiro Dos Santos, 2116.

O que é uma rede Modbus?


Modbus é um Protocolo de Comunicação Serial. Isso significa que ele é utilizado para
a transmissão de informações sobre redes seriais entre dispositivos eletrônicos. Ele é
aplicado em Controladores Lógico Programáveis, os CLPs.
O Modbus é um protocolo de comunicação da camada de aplicação (modelo OSI) e pode
utilizar o RS-232, RS-485 ou Ethernet como meios físicos - equivalentes camada de
enlace (ou link) e camada física do modelo. O protocolo possui comandos para envio de
dados discretos (entradas e saídas digitais) ou numéricos (entradas e saídas analógicas).

Modelo de comunicação.
O protocolo Modbus especifica que o modelo de comunicação é do tipo mestre-
escravo (ou servidor-cliente). Assim, um escravo não deve iniciar nenhum tipo de
comunicação no meio físico enquanto não tiver sido requisitado pelo mestre. Por
exemplo, a estação mestre (geralmente um PLC) envia mensagens solicitando dos
escravos que enviem os dados lidos pela instrumentação ou envia sinais a serem
escritos nas saídas, para o controle dos atuadores ou nos registradores. A imagem
abaixo mostra um exemplo de rede Modbus com um mestre (PLC) e três escravos
(módulos de entradas e saídas, ou simplesmente E/S). Em cada ciclo de
comunicação, o PLC lê e escreve valores em cada um dos escravos.

Acesso ao meio.
No entanto, ainda é possível haver colisões durante o acesso ao meio compartilhado,
e o protocolo não é específico em como solucioná-las. Como ilustração de um
problema possível, suponha que, em uma dada aplicação do protocolo Modbus sobre
um barramento RS-485, o mestre requisita seus escravos em sequência. Suponha
também que o mestre, após um tempo específico, passa a requisitar o escravo
seguinte, tendo recebido ou não uma resposta do escravo anterior. Nesse caso, se o
primeiro escravo demora mais tempo para responder do que o tempo que o mestre
espera, pode acontecer de o primeiro escravo responder bem no período em que o
mestre resolveu fazer a requisição ao escravo seguinte, ou no período em que o
segundo escravo já tinha iniciado sua resposta – havendo colisão no meio. Não há
nada especificado no protocolo para resolver esse tipo de problema. Cabe
inteiramente à aplicação – através de hardware ou software - implementar de forma
correta o acesso ao meio, os parâmetros de time-out etc.
Frames.
Basicamente, uma comunicação em Modbus obedece a um frame que contém o
endereço do escravo, o comando a ser executado, uma quantidade variável de dados
complementares e uma verificação de consistência de dados (CRC).
Exemplo-1: Se o PLC precisa ler as 10 primeiras entradas analógicas (do endereço
0000 ao 0009) no módulo 2. Para isso é preciso utilizar o comando de leitura de
múltiplos registros analógicos (comando 3). O frame de comunicação utilizado é
mostrado abaixo (os endereços são mostrados em sistema hexadecimal):
Endereço Comando End. Dos Quant. De CRC
registros. Regitros
2
02 03 00 00 00 00 Caractere

A resposta do escravo seria um frame semelhante composto das seguintes partes: O


endereço do escravo, o número do comando, os dez valores solicitados e um
verificador de erros (CRC). Em caso de erros de resposta (por exemplo um dos
endereços solicitados não existe) o escravo responde com um código de erro.
A resposta para a pergunta acima seria a seguinte:

Mas antes uma pequena recordação!

Para se entender este frame de resposta, antes precisamos saber corretamente o que
é um byte.

Cada palavra tem as seguintes formas, - bit, - nibble, - byte e - word.

Segue abaixo uma tabela representação de cada formato .

Agora que ja sabemos o que é byte podemos então decifrar o frame da rede modbus.

Exemplo-2: Reposta da pergunta citada no exemplo-1.

O primeiro byte(02) é o nó do escravo; O segundo byte(03) é a função utilizada para


leitura, sendo essa um Holding Register; O terceiro byte é a quantidade de endereços
que o Slave(escravo) está enviando ao Master, sendo que a cada 2 bytes se forma
uma Word que significa uma palavra de 16 bit, por isso este frame tem 14
(hexadecimal) = 20 bytes que é = 10 word ou 10 palavras de 16 bits que tem seu
range mínimo de -32768 ate 32767. Com isso entendemos que o Slave(Escravo)
respondeu 10 endereços a ao master e todos com o valor zero.

Em redes seriais baseadas em RS-485 ou RS-232 o Modbus pode ter dois modos de
transmissão: RTU e ASCII.

Modbus RTU.

O termo RTU, do inglês Remote Terminal Unit, refere-se ao modo de transmissão


onde endereços e valores são representados em formato binário. Neste modo para
cada byte transmitido são codificados dois caracteres. Números inteiros variando entre
-32768 e 32767 podem ser representados por 2 bytes. O mesmo número precisaria de
quatro caracteres ASCII para ser representado (em hexadecimal). O tamanho da
palavra no modo RTU é de 8 bits.

Formato do pacote RTU.

Endereço Código da Dados CRC


do escravo função

1 byte 1 byte 0 a 252 bytes 2 bytes

(CRC-16)

Modbus ASCII.

Os dados são dados codificados e transmitidos através de caracteres ASCII - cada


byte é transmitido através de dois caracteres. Apesar de gerar mensagens legíveis por
pessoas este modo consome mais recursos da rede. Por exemplo, para transmitir o
byte 0x5B este deverá ser codificado em dois caracteres ASCII: 0x35 (“5”) e 0x42
(“B”). O tamanho da palavra no modo ASCII é de 7 bits. Somente são permitidos
caracteres contidos nos intervalos

0-9

A-F

Intervalo entre duas mensagens deve ser de 3,5 caracteres.


Formato do pacote ASCII.

Início Endereço Função Dados LCR

":" (ASCII 2 caracteres 2 caracteres 0 a 2 x 252 2 caracteres


0x3Ah) caracteres

A seguir, estão algumas características técnicas comuns do protocolo Modbus:

• Arquitetura: O Modbus é baseado em uma arquitetura mestre-escravo, onde um


dispositivo mestre (geralmente um controlador) controla a comunicação com vários
dispositivos escravos (sensores, atuadores, etc.).

• Tipo de Comunicação: O Modbus suporta comunicação serial e comunicação


Ethernet TCP/IP. A variante serial utiliza RS-232, RS-485 ou RS-422 como padrões
físicos de comunicação. A variante Ethernet utiliza TCP/IP para comunicação em
redes locais.

• Modo de Transmissão: O Modbus utiliza o modo de transmissão half-duplex, o que


significa que a comunicação ocorre em apenas uma direção por vez. O dispositivo
mestre envia solicitações aos dispositivos escravos e aguarda suas respostas.

• Protocolo: O protocolo Modbus é baseado em uma estrutura de mensagens simples.


Existem dois tipos de mensagens: solicitação (comandos do mestre para os escravos)
e resposta (respostas dos escravos para o mestre). As mensagens são compostas por
diferentes campos, como endereço do dispositivo, código de função, dados e
verificação de erro.

• Endereçamento: Cada dispositivo Modbus possui um endereço único para


identificação na rede. No caso do Modbus RTU (serial), os endereços variam de 1 a
247. No Modbus TCP/IP (Ethernet), os endereços são baseados nos endereços IP dos
dispositivos.

• Taxa de Transmissão: O Modbus serial permite diferentes taxas de transmissão,


geralmente variando de 1200 bps a 115200 bps. A taxa de transmissão pode ser
configurada para atender às necessidades da aplicação e das limitações do ambiente.

• Segurança: O Modbus não possui recursos de segurança incorporados. É um


protocolo de comunicação aberto e não criptografado. Portanto, para garantir a
segurança da rede Modbus, podem ser necessárias medidas adicionais, como redes
privadas virtuais (VPNs) ou protocolos de segurança adicionais.
As características técnicas de transmissão do protocolo Modbus variam dependendo
da sua variante, como Modbus RTU (serial) e Modbus TCP/IP (Ethernet). A seguir,
estão algumas características técnicas comuns de transmissão do Modbus:

Modbus RTU (Serial):

- Modo de transmissão: Utiliza comunicação síncrona assíncrona half-duplex.

- Padrões físicos: Utiliza as interfaces RS-232, RS-485 ou RS-422 para transmissão


serial.

- Taxas de transmissão: Suporta taxas de transmissão variando de 1200 bps a 115200


bps.

- Quadro de dados: Cada quadro de dados consiste em uma sequência de bits,


incluindo o endereço do dispositivo, código de função, dados e verificação de erro
(CRC).

- Tempo de resposta: O tempo de resposta depende da taxa de transmissão e da


carga da rede. Geralmente, é rápido em comparação com outras tecnologias de
comunicação serial.

Modbus TCP/IP (Ethernet):

- Modo de transmissão: Utiliza comunicação assíncrona full-duplex.

- Padrões físicos: Utiliza Ethernet TCP/IP como padrão de comunicação.

- Protocolo de transporte: Utiliza o protocolo TCP/IP para segmentar e reagrupar os


pacotes de dados durante a transmissão.

- Endereçamento: Utiliza endereços IP para identificar os dispositivos na rede.

- Taxas de transmissão: A velocidade de transmissão depende da velocidade da rede


Ethernet (por exemplo, 10 Mbps, 100 Mbps ou 1 Gbps).

- Quadro de dados: Os dados são encapsulados em pacotes TCP/IP com informações


de origem, destino, dados e verificação de integridade.

- Tempo de resposta: Depende da latência e do tráfego na rede Ethernet.

Vantagens do Modbus:

• Simplicidade: O Modbus possui uma estrutura de mensagens simples e direta, o que


facilita sua implementação e compreensão.

• Amplamente suportado: O Modbus é um dos protocolos de comunicação mais


utilizados na indústria, sendo suportado por uma ampla gama de dispositivos e
sistemas.
• Interoperabilidade: O Modbus permite a comunicação entre dispositivos de diferentes
fabricantes, facilitando a integração de sistemas heterogêneos.

• Baixo custo: O Modbus é um protocolo de código aberto e não possui custos de


licenciamento, o que o torna acessível para implementação em diferentes sistemas e
dispositivos.

• Flexibilidade: O Modbus oferece diferentes variantes, como Modbus RTU (serial) e


Modbus TCP/IP (Ethernet), permitindo escolher a melhor opção para cada aplicação.

Desvantagens do Modbus:

• Baixa velocidade de transmissão: Especialmente na variante Modbus RTU (serial), a


taxa de transmissão é limitada em comparação com protocolos de comunicação mais
recentes, o que pode impactar a velocidade de comunicação em sistemas de grande
escala.

• Falta de recursos de segurança: O Modbus não possui recursos de segurança


incorporados, como autenticação ou criptografia, o que pode tornar a rede vulnerável a
ataques e acesso não autorizado.

• Limitações na quantidade de dados: O Modbus possui limitações na quantidade de


dados que podem ser transmitidos em uma única mensagem, o que pode ser uma
limitação em sistemas complexos que exigem uma comunicação mais intensiva.

• Falta de confirmação de entrega: O Modbus não possui um mecanismo de


confirmação de entrega de mensagens, o que significa que não há garantia de que
uma mensagem tenha sido recebida pelo dispositivo escravo.

Profibus.
Profibus (Process Field Bus) é um protocolo de comunicação utilizado em sistemas de
automação industrial. Ele foi desenvolvido para permitir a comunicação confiável e
eficiente entre dispositivos de campo, como sensores e atuadores, e sistemas de
controle em ambientes industriais.

O Profibus é baseado em uma arquitetura mestre/escravo, onde um controlador


mestre se comunica com vários dispositivos escravos. Existem duas variantes
principais do Profibus:

1. Profibus DP (Decentralized Periphery): É usado para conectar dispositivos de


campo a um controlador de automação, como um PLC (Programmable Logic
Controller). Ele suporta comunicação de alta velocidade e é ideal para aplicações com
requisitos de tempo real, como controle de processos industriais.

2. Profibus PA (Process Automation): É usado principalmente na indústria de


processos, como refinarias e plantas químicas. Ele suporta comunicação bidirecional
para transmissão de dados de processo e controle, além de fornecer alimentação
elétrica para dispositivos de campo.
Principais características do Profibus:

- Topologia: O Profibus suporta diferentes topologias de rede, como barramento (bus)


e estrela (star), permitindo a flexibilidade na configuração da rede de acordo com os
requisitos do sistema.

- Taxa de transmissão: O Profibus DP suporta taxas de transmissão de até 12 Mbps,


enquanto o Profibus PA suporta taxas de até 31.25 kbps.

- Alimentação: O Profibus PA fornece alimentação elétrica para os dispositivos de


campo através do cabo de comunicação, reduzindo a necessidade de fontes de
alimentação adicionais.

- Diagnóstico: O Profibus possui recursos avançados de diagnóstico que permitem a


detecção e correção de falhas na rede, melhorando a confiabilidade e o tempo de
resposta do sistema.

- Cabos: O Profibus utiliza cabos blindados para garantir a imunidade a interferências


eletromagnéticas em ambientes industriais agressivos.

- Protocolo: O Profibus utiliza o modelo de comunicação mestre/escravo, onde o


mestre inicia e controla a comunicação com os dispositivos escravos.

Sistema Profibus.

O Profibus é um protocolo de comunicação que pode ser implementado em diferentes


meios físicos de transmissão, como cabos de cobre ou fibra óptica. As características
técnicas de construção do Profibus podem variar dependendo da variante do protocolo
utilizada, como Profibus DP ou Profibus PA. Abaixo estão algumas características
técnicas comuns:

• Meio físico: O Profibus pode ser implementado utilizando diferentes tipos de cabos,
dependendo da aplicação e da variante do protocolo. Os cabos utilizados podem ser
de cobre, como o cabo de par trançado blindado (Profibus DP) ou de fibra óptica
(Profibus DP e Profibus PA).

• Topologia de rede: O Profibus suporta diferentes topologias de rede, incluindo


barramento (bus), estrela (star) e árvore (tree). A escolha da topologia depende das
necessidades e requisitos do sistema específico.

• Cabos e conectores: Para a implementação do Profibus, são utilizados cabos e


conectores específicos que garantem a qualidade e a confiabilidade da comunicação.
Os cabos são projetados para serem robustos e resistentes a interferências
eletromagnéticas.

• Terminação: A rede Profibus requer terminação adequada nos extremos da linha


para evitar reflexões de sinal e garantir a integridade da comunicação. A terminação é
realizada por meio de resistores ligados aos cabos.

• Taxa de transmissão: O Profibus DP suporta diferentes taxas de transmissão, como


9,6 kbps, 19,2 kbps, 93,75 kbps, 187,5 kbps, 500 kbps, 1,5 Mbps, 3 Mbps, 6 Mbps e
12 Mbps. Já o Profibus PA suporta taxas de transmissão de até 31,25 kbps.

• Comprimento máximo do cabo: O comprimento máximo do cabo depende do tipo de


cabo utilizado, da taxa de transmissão e da variante do Profibus. Em geral, o Profibus
DP permite comprimentos de cabo de até vários quilômetros, enquanto o Profibus PA
tem alcance limitado devido à alimentação elétrica fornecida pelo cabo.

As características técnicas de transmissão do Profibus podem variar entre essas


variantes. Abaixo estão algumas características comuns relacionadas à transmissão
do Profibus:

• Modo de transmissão: O Profibus utiliza um modo de transmissão síncrono, onde a


comunicação é controlada por um relógio mestre. Isso permite uma comunicação
precisa e sincronizada entre os dispositivos na rede.

• Modulação: O Profibus utiliza a modulação de amplitude com codificação Manchester


diferencial. Isso significa que os dados são codificados em termos de mudanças de
amplitude e transições de sinal para garantir uma comunicação confiável e livre de
erros.

• Tolerância a falhas: O Profibus é projetado para ser robusto e tolerante a falhas. Ele
utiliza técnicas de detecção e correção de erros para garantir uma comunicação
confiável em ambientes industriais desafiadores, onde podem ocorrer interferências
eletromagnéticas e ruídos.
• Comprimento máximo do cabo: O comprimento máximo do cabo depende da taxa de
transmissão, da variante do Profibus e do tipo de cabo utilizado. Em geral, o Profibus
DP permite comprimentos de cabo de até vários quilômetros, enquanto o Profibus PA
tem alcance limitado devido à alimentação elétrica fornecida pelo cabo.

OPC UA.

OPC UA (OPC Unified Architecture) é um padrão de comunicação aberto e


interoperável para troca de dados entre sistemas de automação e controle em
diferentes indústrias. Ele é projetado para permitir a interoperabilidade, segurança e
confiabilidade na comunicação entre dispositivos e sistemas heterogêneos.

Aqui estão algumas características técnicas do OPC UA:

• Arquitetura: O OPC UA possui uma arquitetura cliente/servidor, onde os clientes


solicitam dados e serviços aos servidores. Isso permite que os sistemas de automação
e controle acessem e troquem informações de forma eficiente.

• Independência de plataforma: O OPC UA é independente de plataforma, o que


significa que ele pode ser implementado em diferentes sistemas operacionais, como
Windows, Linux e outros. Isso facilita a integração em diversos ambientes de
automação.

• Comunicação segura: O OPC UA oferece recursos avançados de segurança, como


autenticação, criptografia de dados e integridade da mensagem. Isso garante a
proteção dos dados e a segurança na comunicação entre os dispositivos e sistemas
conectados.

• Modelo de informação: O OPC UA utiliza um modelo de informação consistente,


chamado de Modelo de Informação OPC (OPC Information Model). Esse modelo
define a estrutura e organização dos dados, permitindo uma comunicação padronizada
e facilitando o entendimento dos dados compartilhados entre os dispositivos.

• Suporte a diferentes protocolos de comunicação: O OPC UA é capaz de se


comunicar com diferentes protocolos de comunicação, como Ethernet, TCP/IP, MQTT
e outros. Isso possibilita a integração com uma ampla gama de dispositivos e sistemas
existentes.

• Funcionalidades avançadas: O OPC UA oferece funcionalidades avançadas, como


suporte a histórico de dados, notificações de eventos, controle de acesso e
gerenciamento de alarmes. Isso permite a implementação de sistemas complexos de
automação e controle, atendendo a diversas necessidades da indústria.

Especificações OPC Classic

1- OPC DA (Data access): Define a troca de dados, incluindo valores, tempo e


informações de qualidade.

2- OPC A&E (Alarm and events): Define a troca de informações de mensagem de tipo
de alarme e evento, bem como estados variáveis e gerenciamento de estado.
3- OPC HDA (Histórical data access): Define métodos de consulta e análises que
podem ser aplicadas em dados históricos.

Protocolo de transmissão.

OPC UA suporta dois protocolos de transporte: OPC TCP e SOAP / HTTP(S).


O protocolo de transmissão define o meio pelo qual as mensagens são
passadas entre o cliente e o servidor.

1- OPC TCP: Este é um protocolo TCP (sockets) que fornece um canal full-
duplex entre o cliente e o servidor.

As mensagens são empacotadas em uma estrutura especificada pelo protocolo


binário OPC TCP e a estrutura é transmitida usando um soquete ou um
soquete seguro (dependendo dos requisitos de segurança do ponto final).

Como OPC TCP é específico para a especificação OPC UA, apenas os clientes
OPC UA são capazes de receber dados transmitidos com OPC TCP.

2- SOAP / HTTP (S): Usando este protocolo de transmissão, as mensagens


são empacotadas no corpo de uma mensagem SOAP e transmitidas via HTTP
(S).
Uma mensagem SOAP é um documento XML, as vezes chamado de envelope,
que está em conformidade com o esquema SOAP XML. O envelope SOAP tem
um “titular” no qual os dados da mensagem são inseridos.

O envelope inteiro é então transmitido através de HTTP ou HTTPS


(dependendo dos requisitos de segurança do ponto final).

SOAP / HTTP é um padrão de indústria estabelecido e é amplamente utilizado


para troca de informações de nível empresarial, um cliente de serviço web
genérico pode receber envelopes SOAP transmitidos por HTTP (S).

Vantagens do OPC UA:

• Interoperabilidade: O OPC UA permite a troca de dados entre sistemas e


dispositivos de diferentes fabricantes, independentemente da plataforma,
sistema operacional ou protocolo de comunicação utilizado. Isso facilita a
integração de sistemas heterogêneos em um ambiente de automação.

• Segurança: O OPC UA oferece recursos avançados de segurança, como


autenticação, criptografia de dados e integridade da mensagem. Isso garante a
proteção dos dados e a segurança na comunicação entre os dispositivos e
sistemas conectados.

• Confiabilidade: O OPC UA foi projetado para fornecer comunicação confiável,


mesmo em ambientes industriais desafiadores, onde podem ocorrer ruídos,
interferências e perda de conexão. Ele inclui mecanismos de detecção e
correção de erros para garantir a integridade dos dados transmitidos.

• Flexibilidade e escalabilidade: O OPC UA é altamente flexível e escalável,


permitindo que os sistemas de automação sejam expandidos e adaptados
conforme necessário. Ele suporta a adição e remoção de dispositivos e oferece
recursos para gerenciar grandes quantidades de dados.

• Modelagem de informações: O OPC UA utiliza um modelo de informações


consistente, permitindo que os dados sejam estruturados e organizados de
forma padronizada. Isso facilita a interpretação e o entendimento dos dados
compartilhados entre os dispositivos e sistemas.

Desvantagens do OPC UA:

• Complexidade: A implementação e configuração do OPC UA podem ser


complexas, exigindo conhecimentos técnicos avançados. Isso pode ser um
desafio para usuários menos experientes ou pequenas empresas que não
possuem recursos técnicos suficientes.
• Custo: A adoção do OPC UA pode envolver custos significativos, incluindo a
aquisição de software, treinamento, configuração e integração de sistemas.
Isso pode ser uma limitação para empresas com orçamentos restritos.

• Requisitos de recursos: O OPC UA pode exigir recursos computacionais


significativos, como memória e capacidade de processamento, especialmente
em ambientes com grandes volumes de dados ou alta taxa de comunicação.
Isso pode afetar o desempenho de sistemas com recursos limitados.

• Retrocompatibilidade: Embora o OPC UA tenha suporte para a


interoperabilidade com as versões anteriores do OPC (como o OPC Classic), a
migração de sistemas legados pode ser um desafio devido a diferenças de
protocolo e requisitos de software.

ASI.
O sistema AS-Interface, ou somente AS-I, é um sistema de rede industrial utilizado na
conexão entre dispositivos de campo, como sensores e atuadores, e sistemas de
processamento de dados, como os CLPs (controlador lógico programável). Sua
principal característica é de trafegar informações de natureza discreta, ou seja, zero
(0) e um (1) e usar o mesmo par de fios da alimentação para trafegar dados. O
sistema AS-I está no nível mais baixo de uma planta industrial, ou seja, no nível dos
dispositivos de leitura (sensores) e atuadores e esse sistema não é utilizado para
comunicações de mais alto nível como os sistemas Profibus, Modbus, Industrial
Ethernet e etc. O AS-I faz a comunicação entre master e slave de forma cíclica onde o
master solicita a informação e o slave responde realizando uma tarefa ou retornando
um valor lido. A UTILIZAÇÃO - O sistema AS-I se trata de uma comunicação com
características peculiares de hardware e software, como; o tipo de cabo, os
conectores, os dispositivos dedicados, a fonte que pode ser específica ou não, a
programação do CLP e a forma de acesso aos dados.

A literatura existente sobre o assunto, em sua maioria, trata-se de softwares,


programadores e endereçadores específicos para o sistema AS-I e neste artigo será
descrito como fazer o uso do sistema utilizando um CLP SIEMENS, que é um
dispositivo multitarefa, ou seja, pode ser usado para qualquer aplicação, e nele
acoplado um módulo master para o sistema AS-I. O módulo master é o responsável
pela codificação e decodificação das informações que trafegam entre o barramento de
comunicação AS-I e o processador do CLP, sabendo que o sistema é composto por
master e slave, o módulo master tem a função de mestre da rede.

3 SISTEMA Para uma rede de comunicação AS-I são necessários alguns


componentes como; o CLP, o módulo master, o módulo slave, fonte AS-I e o
cabeamento específico.
As características de construção do ASI (Actuator Sensor Interface) estão
relacionadas ao formato físico dos cabos e conectores utilizados para a comunicação
entre os dispositivos.

Aqui estão algumas das principais características de construção do ASI:

• Cabo ASI: O cabo ASI é projetado especificamente para suportar a transmissão de


dados e alimentação de dispositivos ASI. Geralmente, é um cabo blindado para
proteção contra interferências eletromagnéticas. Ele possui condutores para a
transmissão de dados e condutores adicionais para a alimentação dos dispositivos.

• Conectores ASI: Os conectores ASI são utilizados para a conexão dos cabos ASI aos
dispositivos. Eles são projetados para garantir uma conexão confiável e robusta,
mesmo em ambientes industriais adversos. Os conectores ASI podem ser do tipo
macho/fêmea ou com terminais de parafuso para facilitar a instalação.

• Terminação: O sistema ASI requer terminações adequadas no final do circuito para


garantir a integridade do sinal. As terminações são resistores colocados nos extremos
do circuito para evitar reflexões de sinal e minimizar a interferência.

• Proteção contra curto-circuito: Os dispositivos ASI são projetados para serem


protegidos contra curto-circuito. Eles possuem circuitos de proteção internos para
evitar danos em caso de curto-circuito acidental ou falha na fiação.

• Alimentação de dispositivos: O ASI fornece alimentação para os dispositivos


conectados através dos condutores adicionais do cabo ASI. A capacidade de
fornecimento de energia depende da especificação do sistema ASI utilizado.

As características de transmissão do ASI (Actuator Sensor Interface) estão


relacionadas à forma como os dados são transmitidos entre os dispositivos
conectados.

Aqui estão algumas das principais características de transmissão do ASI:


• Transmissão Serial: O ASI utiliza um método de transmissão serial para enviar os
dados entre o controlador mestre e os dispositivos escravos. Os bits de dados são
enviados sequencialmente, um após o outro, ao longo do cabo ASI.

• Modulação da Corrente: O ASI utiliza a modulação da corrente elétrica para transmitir


os dados. O sinal digital é convertido em um sinal de corrente analógica, onde níveis
diferentes de corrente representam valores diferentes. Essa modulação da corrente
ajuda a reduzir a sensibilidade do sistema a interferências eletromagnéticas.

• Taxa de Transmissão: A taxa de transmissão dos dados no ASI é relativamente baixa


em comparação com outros protocolos de comunicação, como o Ethernet.
Geralmente, a taxa de transmissão do ASI varia de 167 bits por segundo (bps) a 2.083
kbps, dependendo da especificação do sistema ASI utilizado.

• Distância de Transmissão: A distância máxima de transmissão no ASI depende da


especificação do sistema ASI e das características do cabo utilizado. Em geral, a
distância máxima de transmissão pode variar de alguns metros a alguns quilômetros.

• Imunidade a Interferências: O ASI é projetado para ser imune a interferências


eletromagnéticas. O uso de cabo blindado ajuda a proteger os dados de interferências
externas. Além disso, a modulação da corrente ajuda a minimizar os efeitos das
interferências.

• Confiabilidade: O ASI é conhecido por sua confiabilidade na transmissão de dados


em ambientes industriais. A combinação de cabos blindados, modulação da corrente e
outros recursos de proteção contribui para uma transmissão estável e livre de erros.

Bibliografia.

https://www.profibus.org.br/noticia/tutorial-a-tecnologia-as-i-em-sete-
capitulos

https://www.cimm.com.br/portal/artigos/19693-tudo-sobre-asi-rede-
de-comunicacao-para-aplicacoes-industriais

https://www.logiquesistemas.com.br/blog/opc-ua/

https://www.logiquesistemas.com.br/blog/opc-
ua/#:~:text=O%20OPC%20UA%20%C3%A9%20um,industrial%20d
e%20certificados%20digitais%20x.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Modbus

https://www.smar.com/pt/artigo-tecnico/tecnologia-profibus

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