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Ritmo de aumento do nível do mar global dobrou, aponta relatório da OMM

O aumento do nível do mar global dobrou atingindo um novo recorde em 2022. O degelo
extremo das geleiras e os níveis recordes de calor nos oceanos – que causam a expansão
das águas contribuíram para um aumento médio do nível do mar de 4,62 mm por ano entre
2013 e 2022, desde o início das medições na década de 90 o nível já subiu 10cm. Isso prova
o desastre que as mudanças climáticas impulsionadas pelo aquecimento global provoca.

Estudos indicam que o derretimento das geleiras causado pelo aumento da temperatura
dos oceanos devido as emissões de gases que provocam o efeito estufa afetaram de forma
tão profunda os mares que seus níveis continuarão a subir por milhares de anos. O gelo
marinho da Antártida recuou para níveis mínimos. O nível de temperatura dos oceanos
foram os mais quentes já registrados, com cerca de 58% de suas superfícies atingidas por
uma onda de calor marinha. Cerca de 15.000 pessoas morreram durante as ondas de calor
da Europa no ano passado, isso demonstra o tamanho do impacto do aquecimento global no
planeta, a Organização Meteorológica Mundial informou que 2022 alcançou a marca do
quinto ou sexto ano mais quente já registrado, com a temperatura média global 1,15 graus
Celsius acima da média do período pré-industrial, esse processo ainda pode se agravar com
previsão de mais uma onda de aquecimento para 2023 e 2024 ocasionados pelas mudanças
climáticas e os efeitos causado pelo El Niño. Territórios insulares podem desaparecer por
completo com o aumento do nível dos oceanos e toda zona costeira mundial sofrerá com o
avanço do mares engolindo parte do litoral e modificando a geografia dos continentes.

Apesar de todo quadro negativo existe a possibilidade real de reverter todo esse cenário,
isso será possível com os países cumprindo as metas estabelecidas pela cúpula do G7
realizada em 2015 em Paris, que estabelece que aquecimento global não ultrapasse um
aumento de 1,5°C em relação ao século 19, mas essa meta só será possível com a
redução de emissão de CO2 em 40% até 2030, outras medidas urgentes deverão ser
tomadas como a busca por novas fontes de energia limpa, conscientização da importância
da sustentabilidade e diminuição da poluição.

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