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Farmacologia II - Fármacos Anti-Infeciosos - Parte 2
Farmacologia II - Fármacos Anti-Infeciosos - Parte 2
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
Gilberto Alves
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Grupos farmacoterapêuticos/farmacológicos
- Antibacterianos
- Antivíricos
- Antiparasitários
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
• Não têm maquinaria metabólica e por isso dependem da célula infetada para
o seu crescimento e replicação (os vírus são chamados de parasitas
intracelulares obrigatórios);
Vírus SARS-Cov-2
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
• Muitas infeções víricas são leves e autolimitadas, mas algumas são mortais (algumas estirpes de influenza, HIV-1, SARS-Cov-2);
• Os doentes imunocomprometidos correm riscos de desenvolver doenças graves causadas por vírus que raramente são graves em
indivíduos saudáveis;
• Desafios A terapia antivírica é mais difícil que a terapia antibacteriana ou antifúngica porque os vírus incorporam-se nas células do
hospedeiro e os alvos terapêuticos são muitas vezes similares a estruturas ou enzimas das células humanas (toxicidade seletiva + difícil);
• Os fármacos antivíricos para serem eficazes têm de bloquear a entrada ou a saída do vírus da célula ou serem ativos dentro da célula do
hospedeiro.
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
Replicação viral:
3. Desnudamento ou descapsulação: o capsídeo abre próximo de poros nucleares e o DNA viral move-
se para o núcleo a célula; o material genético do vírus pode controlar o sistema metabólico da célula;
4. Síntese de ácidos nucleicos (4a): DNA é replicado e o RNA é produzido para síntese proteica. Síntese
de proteínas (4b): proteínas são usadas como enzimas virais que catalisam a multiplicação (e.g. DNA
polimerase), como capsómeros, ou como componentes do revestimento, ou são incorporadas na
membrana da célula hospedeira;
6. Libertação: libertação novas partículas virais que resulta na disseminação do vírus dentro e fora do
organismo.
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
Mecanismo de ação de fármacos sobre o vírus Herpes. Mecanismo de ação de fármacos sobre o vírus Influenza.
(GOODMAN & GILMAN, 12ª Edição, 2011) (GOODMAN & GILMAN, 12ª Edição, 2011)
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos ?
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos
A Infeção Aguda
E B
Hepatite
Hepatite A tem
D C Período inicial da Os vírus A, B e C são sintomatologia
hepatite, caracterizada normalmente os semelhante à infeção
por uma duração responsáveis pelas gripal e resulta da
inferior a 6 semanas; hepatites agudas; contaminação por
alimentos ou líquidos.
Infeção crónica
Antivíricos de Os antivíricos de ação direta, "DAAs" (Direct Action Antivirals), surgiram como resultado da
ação direta investigação realizada na última década centrada no vírus da hepatite C (VHC);
("DAAs" - Direct Todos são inibidores de proteínas indispensáveis à replicação viral, os seus mecanismos de
Action Antivirals) ação são distintos, uma vez que as proteínas alvo da sua ação farmacológica são diferentes;
Vírus HIV
• Retrovírus com genoma de RNA que infecta as células possuidoras de um recetor de membrana, o CD4, para a qual uma
glicoproteína do invólucro do vírus , a gp 120 tem grande afinidade.
• Para além dos linfócitos T, também os monócitos e algumas células nervosas possuem este tipo de recetor, sendo
também infetadas.
• O prognóstico e transmissibilidade da doença está diretamente relacionado com a carga viral.
Objetivos do tratamento
Inibidores da protease
Inibidores da fusão
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais
Tratamento da SIDA.
(LÜLLMANN et al., 3ª Edição, 2005)
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais
Life cycle of HIV. Binding of viral glycoproteins to host cell CD4 and chemokine
receptors leads to fusion of the viral and host cell membranes via gp41 and entry of
the virion into the cell. After uncoating, reverse transcription copies the single-
stranded HIV RNA genome into double-stranded DNA, which is integrated into the
host cell genome. Gene transcription by host cell enzymes produces messenger RNA,
which is translated into proteins that assemble into immature noninfectious virions
that bud from the host cell membrane. Maturation into fully infectious virions is
through proteolytic cleavage. NNRTIs, nonnucleoside reverse transcriptase inhibitors;
NRTIs, nucleoside/nucleotide reverse transcriptase inhibitors.
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais
Inibidores da protease Usam-se em associação com os restantes grupos, resultando em grandes reduções da carga
viral e num aumento de sobrevivência.
Mecanismo de ação
Atuam sobre a
protease do HIV,
essencial à
replicação de
partículas
infeciosas e
maduras
Estruturas químicas dos inibidores da protease. (GOODMAN & GILMAN, 12ª Edição, 2011)
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais Análogos nucleosídeos inibidores da
transcriptase inversa (reversa)
Análogos não nucleosídeos inibidores da • Abacavir; • Estavudina;
transcriptase inversa (reversa)
• Adefovir; • Lamivudina;
• Efavirenz • Didanosina; Tenofovir;
Mecanismos de ação •
• Nevirapina • Emtricitabina; • Zidovudina.
• Rilpivirina • Entecavir;
Inibem a
transcriptase
inversa,
impedindo a
síntese de DNA
viral, essencial à
Estruturas químicas. (GOODMAN & GILMAN, 12ª replicação. Estruturas químicas. (GOODMAN & GILMAN, 12ª
Edição, 2011) Edição, 2011)
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS Análogos nucleosídeos inibidores da
Antivíricos: Antirretrovirais transcriptase inversa (reversa)
Mecanismos de ação dos análogos não nucleosídeos inibidores da Mecanismos de ação dos análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase
transcriptase inversa (reversa). (GOODMAN & GILMAN, 12ª Edição, 2011) inversa (reversa). (GOODMAN & GILMAN, 12ª Edição, 2011)
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antivíricos: Antirretrovirais
Inibidores da fusão Enfuvirtida
Os inibidores da fusão são um tipo de compostos que impedem o vírus de se ligar e entrar nas células humanas CD4. Atuam numa
fase do ciclo de vida do VIH, antes da entrada do vírus na célula, impedindo a infeção de novas células.
Os estudos efetuados com o primeiro inibidor da fusão disponível para o tratamento da infeção pelo VIH tiveram resultados bastante
bons para os doentes.
Quando o VIH se liga a um recetor CD4, prende-se utilizando uma proteína da sua superfície conhecida como gp120 que aparenta a
forma de três balões. Depois de estar preso, os três braços da gp120 abrem-se e revelam regiões que podem agarrar-se a co-recetores
adicionais na superfície da célula, conhecidos como CCR5 e CXCR4.
Parasitas
• Fármacos anti-helmínticos são altamente eficazes no tratamento das infeções causadas por céstodos, nemátodos e tremátodos, mas
é obrigatória a associação de medidas de higiene capazes de quebrar o ciclo de autoinfecção;
• Os mais utilizados na clínica são os novos benzimidazóis - albendazol, mebendazol e flubendazol (são preferencialmente usados nas
infeções por céstodos e nemátodos)
• O praziquantel é usado em muitas infeções por céstodos e tremátodos, sendo considerado como fármaco de eleição na maioria das
infestações causadas por tremátodos.
• O mebendazol, ativo contra a maioria dos céstodos e de muitos nemátodos, apresenta uma biodisponibilidade muito baixa. As suas
reacções adversas são predominantemente gastrintestinais e pouco frequentes.
• O albendazol possui uma atividade idêntica à do mebendazol e é considerado o fármaco de eleição no tratamento das infeções
sistémicas por nemátodos;
Antimaláricos
Consulta do
viajante
FÁRMACOS ANTI-INFECIOSOS
Antiparasitários: Antiprotozoários
Outros